Aula Alvenaria

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    CAPTULO IV - ALVENARIA

    Alvenaria a arte ou ofcio de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais

    ou artificiais, ligadas ou no por argamassa. Segundo ZULIAN et al. (2002) tambm pode ser definida

    como o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras similares, executadas com pedras, comtijolos cermicos, blocos de concreto, cermicas e silicocalcrio, assentados com ou sem argamassa de

    ligao.

    A alvenaria pode ser empregada na confeco de diversos elementos construtivos (paredes,

    abbadas, sapatas, etc.) recebendo as seguintes denominaes:

    a) alvenaria ciclpica: executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas ou no;

    b) alvenaria insossa: executadas com pedras ou blocos cermicos, assentados sem argamassa,

    denominadas tambm de alvenaria seca;c) alvenaria com argamassa: executadas com argamassa de ligao entre os elementos, sendo

    tambm denominadas:

    - alvenaria hidrulica: executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa bsica de

    cal e areia 1:4, adicionando-se cimento na proporo de uma parte de cimento para 8 partes de

    argamassa bsica);

    - alvenaria ordinria: executadas com argamassas de cal (1:4 - argamassa de cal e

    areia).

    d) alvenaria de vedao - painis executados com blocos, entre estruturas, com objetivo defechamento das edificaes.

    e) alvenaria de diviso: painis executados com blocos ou elementos especiais (drywall

    gesso acartonado), para diviso de ambientes, internamente, nas edificaes.

    Quando a alvenaria empregada na construo para resistir cargas, ela chamada alvenaria

    resistente, pois alm do seu peso prprio, ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, etc.). Quando a

    alvenaria no dimensionada para resistir cargas verticais alm de seu peso prprio denominada

    alvenaria de vedao.

    As paredes utilizadas como elemento de vedao devem possuir caractersticas tcnicas que

    so:

    - Resistncia mecnica

    - Isolamento trmico e acstico

    - Resistncia ao fogo

    - Estanqueidade

    - Durabilidade

    Os dois tipos principais de alvenarias so as naturais (pedras irregulares e regulares) e

    artificiais (blocos de concreto, silicocalcrio, cermicos, solo-cimento, adobe).

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    As alvenarias de tijolos e blocos cermicos ou de concreto, so as mais utilizadas, mas existem

    investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrializao de sistemas

    construtivos aplicando materiais diversos.

    A alvenaria abordada nesta apostila ser a artificial, por ser a mais utilizada no pas.Tijolos de barro cozido

    a) Tijolo comum (macio, caipira)

    So blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilneas (Figura 20), obtidos aps

    a queima das peas em fornos contnuos ou peridicos com temperaturas da ordem de 900 a 1000C.

    Caractersticas do Tijolo Tijolo Comum

    Dimenses mais comuns (cm): 21(C) x 10 (L)

    x 5 (A)

    Peso: 2,50 kg

    Resistncia do tijolo: 20 kgf/cm2

    Quantidade de tijolos por m2:

    -parede de tijolo: 77 unidades

    -parede de 1 tijolo: 148 unidades

    Figura 20: Caractersticas do tijolo comum. Fonte: FARIA-JNIOR (2008).

    b - Tijolo furado(baiano)

    Tijolo cermico vazado, moldados com arestas vivas retilneas. So produzidos a partir da

    cermica vermelha, tendo a sua conformao obtida atravs de extruso. A seo transversal destes

    tijolos varivel, existindo tijolos com furos cilndricos e com furos prismticos (Figura 21 )

    Caractersticas do Tijolo Tijolos (furo prismtico e cilndrico)

    Dimenses mais comuns (cm): 19 (C) x

    19 (L) x 9(A)

    Peso: 3,0 kgResistncia do tijolo

    - espelho: 30 kgf/cm2

    - um tijolo: 10 kgf/cm2

    Resistncia da parede: 45 kgf/cm2

    Quantidade de tijolos por m2:

    -parede de tijolo: 22 unidades

    -parede de 1 tijolo: 42 unidades

    Figura 21: Caractersticas do tijolo de furo Fonte: Fonte: FARIA-JNIOR (2008).

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    No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos esto dispostos paralelamente

    superfcie de assentamento o que ocasiona uma diminuio da resistncia dos painis de alvenaria.

    As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificao, que compromete a aderncia com asargamassas de assentamento e revestimento, por este motivo so constitudas por ranhuras e salincias,

    que aumentam a aderncia.

    c - Tijolo laminado (21 furos)

    Tijolo cermico utilizado para executar paredes de tijolos vista (Figura 22). O processo de

    fabricao semelhante ao do tijolo furado.

    Caractersticas do Tijolo Tijolo laminadoDimenses mais comuns (cm): 23 (C) x 11

    (L) x 5,5 (A)

    Peso: 2,7 kg

    Resistncia do tijolo 35 kgf/cm2

    Resistncia da parede: 200 a 260 kgf/cm2

    Quantidade de tijolos por m2:

    -parede de tijolo: 70 unidades

    -parede de 1 tijolo: 140 unidades

    Figura 22: Caractersticas do tijolo laminado Fonte: Fonte: FARIA-JNIOR (2008).

    d - Tijolos de solo cimento

    Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do prprio terreno onde se processa a

    construo, cimento Portland de 4 a 10%, e gua, prensados mecanicamente ou manualmente. So

    assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no trao 1:2:8 ou por meio de cola.

    Caractersticas do Tijolo Tijolo de solo-cimentoDimenses mais comuns (cm): 20 (C) x

    10 (L) x 4,5 (A)

    Resistncia a compresso: 30kgf/cm

    Quantidade de tijolos por m2:

    -parede de tijolo: 77 unidades

    -parede de 1 tijolo: 148 unidades

    Figura 23: Caractersticas do tijolo de solo-cimento. Fonte: Fonte: FARIA-JNIOR (2008).

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    Blocos de concreto

    Peas regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, p de pedra e gua

    (Figura 24). O equipamento para a execuo dos blocos a prensa hidrulica. O bloco obtido atravs

    da dosagem racional dos componentes, e dependendo do equipamento possvel obter peas de grande

    regularidade e com faces e arestas de bom acabamento. (Figura 25). Em relao ao acabamento os

    blocos de concreto podem ser para revestimento (mais rstico) ou aparentes.

    Figura 24 - Blocos de concreto com dois furos, trs e um furo (meio tijolo).

    A Tabela 9 determina as dimenses nominais dos blocos de concreto mais utilizados.

    Tabela 9- Dimenses nominais dos blocos de concreto

    dimenses a b c peso a b c peso

    * 09 x 19 x 39 10kg 09 x 19 x 19 4,8kg

    11 x 19 x 39 10,7kg 1/2 tijolo 14 x 19 x 19 6,7kg14 x 19 x 39 13,6kg 19 x 19 x 19 8,7kg19 x 19 x 39 15,5kg

    * quantidade de blocos por m : 12,5un* resistncia do bloco: deve-se consultar o fabricante

    Caractersticas do Bloco Concreto (Canaleta)

    Dimenses (cm): 39 (C) x 19 (B) x 19 (A) Dimenses (cm): 39 (C) x 19 (B) x 14 (A)

    Figura 25: Caractersticas do bloco de concreto.

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    Tipos de paredes

    Segundo PIANCA (1978), a espessura das paredes sempre mltiplo das dimenses dos

    tijolos. So colocadas em camadas horizontais (fiadas) e com juntas desencontradas. Podem ser

    dispostas de diversos modos conforme a espessura das paredes, que indicada pelo nmero de tijolos(Figura 26).

    Parede de espelho (cutelo) feitas com tijolos assentados segundo a espessura e o maior

    comprimento. Empregadas nas divises internas de edificaes.

    Parede de meio tijolo (frontal) tijolos assentados segundo a sua face maior e de modo que a

    largura corresponda espessura da parede. Servem para vedao e para suportar esforos.

    Parede de um tijolo tem como espessura o comprimento do tijolo. So recomendadas para

    paredes externas pois oferecem boa resistncia e impermeabilidade (quando revestidas).

    Parede de um tijolo e meio tem como espessura um tijolo e meio, sendo dispostos de vrias

    maneiras. Recomendadas para paredes que necessitaro de resistncia.

    Parede de espelho (cute lo) Parede de meio tijolo

    Pa rede de um tijolo Pa rede de um tijolo e me io

    Figura 26: Tipos de paredes em funo do assentamento dos tijolos. Fonte ZULIAN et al.,(2002)

    Elevao das paredes de tijolos macios

    Aps no mnimo um dia da impermeabilizao devero ser erguidas as paredes conforme o

    projeto de arquitetura. O servio ser iniciado pelos cantos (Figura 27 - esquerda) aps o assentamento

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    da primeira fiada, obedecendo ao prumo de pedreiro para o alinhamento vertical (Figura 27 - direita) e

    o escantilho no sentido horizontal.

    Os cantos sero levantados primeiro, pois desta forma o restante da parede ser erguida sem

    preocupaes de prumo e horizontalidade, devido a linha entre os dois cantos j levantados, fiada porfiada.

    Nivelamento da elevao da alvenaria Prumo da alvenaria

    Figura 27: Verificao do prumo de nivelamento da elevao da alvenaria.

    Na Figura 28, pode-se verificar a maneira mais prtica de executarmos a elevao daalvenaria, onde aps colocada a linha, a argamassa ser disposta sobre a fiada anterior.

    Colocao da argamassa de assentamento Assentamento do tijolo e retirada do excessode argamassa

    Figura 28: Colocao da argamassa e assentamento dos tijolos.

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    Amarrao dos tijolos macios

    Os elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntas desencontradas, para garantir

    uma maior resistncia e estabilidade dos painis. O ajuste comum ou corrente o sistema mais

    utilizado (Figura 29).

    Parede de tijolo Parede de um tijolo

    Figura 29: Ajuste corrente para paredes de e um tijolo.

    Os ajustes Francs e Ingls tambm podem ser utilizados para paredes de um tijolo, conforme

    Figuras 30 e 31, respectivamente.

    Ajuste Francs Vista em planta

    Figura 30: Ajuste Francs para paredes de 1 tijolo.

    Ajuste Ingls Vista em planta

    Figura 31: Ajuste Ingls para paredes de um tijolo e tijolo aparente (difcil execuo).

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    Amarraes entre alvenarias

    Segundo ZULIAN et al. (2002) consideram-se alvenarias amarradas as que apresentam juntas

    verticais descontnuas. Na Figura 32, so mostrados os tipos de amarraes mais comuns para tijolos

    macios, de dois furos, cermicos ou blocos de concreto.

    Em T, parede de meia vez Cruzamento, parede de meia vez

    Parede de v em paredes de uma vez

    Canto em parede de vez Canto em parede de uma vez

    Figura 32: Diversos tipos de amarrao em diferentes tipos de paredes. Fonte: ZULIAN et al. (2002).Modificado.

    Paredes com bloco de concreto

    So paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com o desenvolvimento dos artigos

    pr-moldados, se estendem rapidamente em nossas obras.

    O processo de assentamento semelhante ao j descrito para a alvenaria de tijolos macios. As

    paredes iniciam-se pelos cantos utilizando o escantilho para o nvel da fiada e o prumo.

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    A argamassa de assentamento dos blocos de concreto mista composta por cimento, cal e

    areia no trao 1:1:6 ou 1:2:6.

    Vantagens:- peso menor

    - menor tempo de assentamento e revestimento, economizando mo-de-obra.

    - menor consumo de argamassa para assentamento.

    - melhor acabamento e uniformidade.

    Desvantagens:

    - no permite cortes para dividi-los.

    - geralmente, nas espaletas e arremates do vo, so necessrios tijolos comuns.

    - difcil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para embutimento de canos e condutes.

    - nos dias de chuva aparecem nos painis de alvenaria externa, os desenhos dos blocos. Isto

    ocorre devido absoro da argamassa de assentamento ser diferente dos blocos.

    Os blocos de concreto para execuo de obras no estruturais tm o seu fundo tampado

    (Figura 33) para facilitar a colocao da argamassa de assentamento. Portanto, a elevao da alvenaria

    se d assentando o bloco com os furos para baixo.

    Figura 33: Detalhe do assentamento dos blocos de concreto.

    O assentamento feito em amarrao. Pode ser junta a prumo (somente quando for vedao

    em estrutura de concreto).

    A amarrao dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizando barras de ao a

    cada trs fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontro das alvenarias (Figura 34).

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    Canto externo Parede externa com interna

    Figura 34: Amarraes em blocos de concreto.

    Paredes de tijolos furados

    As paredes de tijolos furados so utilizadas com a finalidade de diminuir o peso das estruturas

    e economia. No oferecem grande resistncia, portanto, s devem ser aplicados com a nica funo de

    vedarem um painel na estrutura de concreto.

    Sobre elas no devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos baianos

    tambm so utilizados para a elevao das paredes, e o seu assentamento ser feito em amarrao, tanto

    para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo (Figura 35).

    Assentamento corrente

    Figura 35: Execuo de alvenaria utilizando tijolos furados.

    A amarrao dos cantos e nas paredes internas realizada de maneira semelhante ao tijolomacio (Figura 36).

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    Figura 36: Exemplo de amarrao nas alvenaria de tijolo furado. Fonte: Modificado de RODRIGUES(2009).

    Quantidade de tijolos por parede

    Em funo do tamanho dos tijolos e da espessura da junta podemos calcular quantas unidades

    de tijolos precisamos para preencher um metro quadrado de alvenaria, e, a partir da, chegar ao

    consumo de material.

    Seja,

    THxTVN =

    Onde: N= nmero de tijolos por m2

    TH = Quantidade de tijolos na horizontal (metro linear)

    TV = Quantidade de tijolos na vertical (metro linear)

    JC

    TH

    +

    =100

    (C=comprimento tijolo, J=junta)

    JHTV

    +

    =100

    (H=altura tijolo, J=junta)

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    Exemplo: supondo-se uma parede de 1 tijolo de 23 x 11 x 5 cm e junta de 1 cm, temos:

    ( )707,162,4

    )15(

    100

    123

    100==

    ++

    = xxN

    Portanto, para esta parede so necessrios 70 tijolos por m. Acrescentar 10% para perdas.

    Outro mtodo

    Tijolo furado, assentamento em p ( tijolo). Medidas (m): 0,14 x 0,19 x 0,29

    rea de 1 tijolo, incluindo juntas: 0,21m (21cm) x 0,31m (31cm) = 0,0651m2;

    Quantidade de tijolos por m2: 1,00m2 0,0651m2= 15 peas. Acrescentar 10% para perdas.

    VOS EM PAREDES DE ALVENARIA

    Na execuo das paredes so deixados os vos de portas e janelas. No caso das portas os vos

    j so destacados na primeira fiada da alvenaria e das janelas na altura do peitoril determinado no

    projeto. Para que isso ocorra devemos considerar o tipo de batente a ser utilizado, pois a medida do

    mesmo dever ser acrescida ao vo livre da esquadria (Figura 37).

    Para esquadrias de madeira:

    porta = acrescentar 10 cm na largura e 5 cm na altura, devido aos batentes.

    janela = acrescentar 10 cm na largura e 10 cm na altura.

    Para esquadrias de ferro:

    Como o batente a prpria esquadria, os acrscimos sero de 3 cm tanto na largura como

    na altura.

    Figura 37: Vo da alvenaria e vo livre.

    Sobre o vo das portas e sobre e sob os vos das janelas devem ser construdas vergas (Figura

    38). Quando trabalha sobre o vo, a sua funo evitar as cargas nas esquadrias e quando trabalha sob

    o vo, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente pela alvenaria inferior. As

    vergas podem ser pr-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vo no mnimo 30cm ou

    1/5 do vo. No caso de janelas sucessivas, executa-se somente uma verga.

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    Figura 38:Distribuio das cargas nas vergas e possveis trincas em vo sem vergas. BORGES

    (1996) Modificado

    As vergas podem ser executadas com tijolos macios e blocos de concreto para vos entre 1,00

    m e 2,00 m (Figuras 39 e 40). Caso o vo exceda a 2,00m, deve-se calcular uma viga armada.

    Parede de meio tijolo macio e ferragens Parede de um tijolo macio e ferragens

    Figura 39: Vergas de tijolo macio para vos de at 1,0 m. BORGES (1996) Modificado

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    Figura 40: Vergas em alvenaria de tijolo macio para vos entre 1,00m e 2,00m, com argamassa decimento e areia 1:3. BORGES (1996) Modificado

    ARGAMASSA - PREPARO E APLICAO

    As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, so os componentes que formam a

    parede de alvenaria no armada, sendo a sua funo:

    - unir solidamente os elementos de alvenaria

    - distribuir uniformemente as cargas

    - vedar as juntas impedindo a infiltrao de gua e a passagem de insetos.

    As argamassas devem ter boa trabalhabilidade. Difcil aquilatar esta trabalhabilidade, pois

    so fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais ou menos trabalhvel, conforme o desejo de

    quem vai manuse-la. Podemos considerar que ela trabalhvel quando distribui-se com facilidade ao

    ser assentada, no "agarra" a colher do pedreiro; no endurece rapidamente permanecendo plstica por

    tempo suficiente para os ajustes (nvel e prumo) do elemento de alvenaria.

    Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedao

    A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais selecionados, granulometria

    adequada e com um trao de acordo com o tipo de elemento de alvenaria adotado (Tabela 10).

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    Tabela 10 - Trao de argamassa em latas de 18litros para argamassa de assentamento

    Aplicao TraoRendimento porsaco de cimento

    Alvenaria de tijolos de

    barro cozido (macio)

    1 lata de cimento

    2 latas de cal8 latas de areia 10m

    Alvenaria de tijolosbaianos ou furados

    1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

    16m

    Alvenaria de blocos deconcreto

    1 lata de cimento1/2 lata de cal6 latas de areia

    30m

    Podem ser preparadas:

    a) Manualmente (Figura 41)

    Figura 41: Preparo da argamassa manualmente

    b) - Com betoneira (Figura 42)

    Figura 42: Preparo da argamassa com betoneira

    A argamassa de assentamento utilizada de cimento, cal e areia no trao 1:2:8, com espessura

    que varia de 1 a 1,5 cm entre tijolos.

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    Aplicao

    Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o tijolo ou

    bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 43).

    Cordo: onde o pedreiro forma dois cordes de argamassa (Figura 43), melhorando o

    desempenho da parede em relao a penetrao de gua de chuva, ideal para paredes em alvenaria

    aparente.

    Assentamento Tradicional Assentamento em cordo

    Figura 43: Formas de assentamento do tijolo com argamassa.