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Arcabouço legal do sus UFSCAR. Disciplina de saúde pública – 1º semestre- 2015. profa. DRA. ROSANGELA G.M. DE SOUZA - DTO

Aula Arcabouço Legal Do Sus

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Arcabouço legal do Sistema Único de Saúde

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  • Arcabouo legal do susUFSCAR.

    Disciplina de sade pblica 1 semestre- 2015.

    profa. DRA. ROSANGELA G.M. DE SOUZA - DTO

  • Constituio federal (1988)

    Art. 196. A sade direito de todos e dever doEstado, garantido mediante polticas sociais e

    econmicas que visem reduo do risco de

    doena e de outros agravos e ao acesso universal e

    igualitrio s aes e servios para sua promoo,

    proteo e recuperao.

    Art. 197. So de relevncia pblica as aes eservios de sade, cabendo ao poder pblico

    dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao,

    fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser

    feita diretamente ou atravs de terceiros e,

    tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito

    privado.

  • Constituio Federal: continuao...

    Art. 198. (*) As aes e servios pblicos de sade integram umarede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema

    nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - descentralizao, com direo nica em cada esfera degoverno;

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividadespreventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

    III - participao da comunidade.

    Pargrafo nico. O Sistema nico de Sade ser financiado, nostermos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade

    social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,

    alm de outras fontes.

    (*) Emenda Constitucional n 29, de 2000.

  • Constituio Federal: continuao...

    Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada.

    1. As instituies privadas podero participar de forma

    complementar do Sistema nico de Sade, segundo diretrizes deste,

    mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo

    preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

    2. vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou

    subvenes s instituies privadas com fins lucrativos.

    3. vedada a participao direta ou indireta de empresas ou

    capitais estrangeiros na assistncia sade no Pas, salvo nos casos

    previstos em lei.

    4. A lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a

    remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de

    transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,

    processamento e transfuso de sangue e seus derivados, sendo

    vedado todo tipo de comercializao.

  • Constituio Federal: continuao...

    Art. 200. Ao Sistema nico de Sade compete, alm de outrasatribuies, nos termos da lei:

    I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de

    interesse para a sade e participar da produo de

    medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados

    e outros insumos;

    II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica,

    bem como as de sade do trabalhador;

    III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade;

    IV - participar da formulao da poltica e da execuo das

    aes de saneamento bsico;

  • Constituio Federal: continuao... Artigo 200

    V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico

    e tecnolgico;

    VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu

    teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;

    VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte,

    guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e

    radioativos;

    VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o

    do trabalho.

  • LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 -

    Lei Orgnica da Sade 8080, de 19 de setembro de 1990 Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e

    recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos

    servios correspondentes e d outras providncias.

    DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1. Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados

    isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou

    eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito Pblico ou

    privado.

  • LEI N

    8.080,

    DE 19

    DE

    SETEMBRO

    DE

    1990

    Ttulo I Disposies gerais.

    Ttulo II Do Sistema nico de Sade disposio preliminar.

    Captulo I - Dos objetivos e atribuies.

    Captulo II Dos princpios e diretrizes.

    Captulo III Da organizao, da direo e da gesto.

    Captulo IV Da competncia e das atribuies.

    Ttulo III Dos servios privados de assistncia sade.

    Captulo I do funcionamento.

    Captulo II Da participao complementar.

    Ttulo IV Dos recursos humanos.

    Ttulo V Do financiamento.

    Captulo I dos recursos.

    Capitulo II da gesto financeira.

    Captulo III do planejamento e do oramento.

    Das disposies finais e transitrias.

  • Lei 8080 - Ttulo I Disposies gerais.

    Art. 2 - A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies

    indispensveis ao seu pleno exerccio.

    1 - O dever do Estado de garantir a sade consiste na reformulao e execuo de polticas econmicas e sociais

    que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos no estabelecimento de condies que assegurem acesso

    universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua

    promoo, proteo e recuperao.

    2 - O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.

  • Lei 8080 - Ttulo I Disposies gerais.

    Art. 3 - A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a

    moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o

    trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o

    acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade

    da populao expressam a organizao social e

    econmica do Pas.

    Pargrafo nico. Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir

    s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico,

    mental e social.

  • Ttulo II Do Sistema nico de Sade disposio preliminar.

    Art. 4 - O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e

    municipais, da administrao direta e indireta e das

    fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema

    nico de Sade-SUS.

    1 - Esto includas no disposto neste artigo as instituies pblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e

    produo de insumos, medicamentos inclusive de sangue e

    hemoderivados, e de equipamentos para a sade.

    2 - A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade-SUS, em carter complementar.

  • Captulo I - Dos objetivos e atribuies.

    Art. 5 - Dos objetivos do Sistema nico de Sade-SUS :

    I - a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e

    determinantes da sade;

    II - a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos

    campos econmico e social, a observncia do disposto no 1 do

    artigo 2 desta Lei;

    III - a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo,

    proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada

    das aes assistenciais e das atividades preventivas.

  • Captulo I - Dos objetivos e atribuies.

    Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade-SUS:

    I - a execuo de aes:

    a) de vigilncia sanitria;

    b) de vigilncia epidemiolgica;

    c) de sade do trabalhador; e

    d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica.

    II - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de

    saneamento bsico;

    III - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade;

    IV - a vigilncia nutricional e orientao alimentar;

    V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do

    trabalho;

  • Captulo I - Dos objetivos e atribuies.

    VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo;

    VII - o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para

    a sade;

    VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas, para consumo

    humano;

    IX - participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e

    utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

    X - o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e

    tecnolgico;

    XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados.

  • VIGILNCIA SANITRIA

    1 - Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes

    capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de

    intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio

    ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao

    de servios de interesse da sade, abrangendo:

    I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente,

    se relacionem com a sade, compreendidas todas as etapas e

    processos, da produo ao consumo; e

    II - o controle da prestao de servios que se relacionam direta

    ou indiretamente com a sade.

  • VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    2 - Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento,

    a deteco ou preveno de qualquer mudana nos

    fatores determinantes e condicionantes de sade

    individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar

    e adotar as medidas de preveno e controle das

    doenas ou agravos.

  • SADE DO TRABALHADOR

    3 - Entende-se por sade do trabalhador, para fins desta lei,

    um conjunto de atividades que se destina, atravs das aes

    de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo

    e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa a

    recuperao e a reabilitao da sade dos trabalhadores

    submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de

    trabalho, abrangendo:

    I - assistncia ao trabalhador vtima de acidente de trabalho ou

    portador de doena profissional e do trabalho;

    II - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de

    Sade-SUS, em estudos, pesquisas, avaliao e controle dos riscos

    e agravos potenciais sade existentes no processo de trabalho;

  • Sade do trabalhador cont...

    III - participao, no mbito de competncia do SUS, da

    normatizao, fiscalizao e controle das condies de produo,

    extrao, armazenamento, transporte, distribuio e manuseio de

    substncias, de produtos, de mquinas e de equipamentos que

    apresentem riscos sade do trabalhador;

    IV - avaliao do impacto que as tecnologias provocam sade;

    V - informao ao trabalhador e sua respectiva entidade sindical e

    a empresas sobre os riscos de acidente de trabalho, doena

    profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizaes,

    avaliaes ambientais e exames de sade, de admisso, peridicos e

    de demisso, respeitados os preceitos da tica profissional;

  • Sade do trabalhador cont...

    VI - participao na normatizao, fiscalizao e controle

    dos servios de sade do trabalhador nas instituies e

    empresas pblicas e privadas;

    VII - reviso peridica da listagem oficial de doenas

    originadas no processo de trabalho, tendo na sua

    elaborao, a colaborao das entidades sindicais; e

    VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer

    ao rgo competente a interdio de mquina, de setor de

    servio ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver

    exposio a risco iminente para a vida ou sade dos

    trabalhadores.

  • Captulo II Dos princpios e diretrizes.

    Art. 7 As aes e servios pblicos de sade e os servios

    privados contratados ou conveniados que integram o Sistema

    nico de Sade - SUS so desenvolvidos de acordo com as

    diretrizes previstas no artigo 198 da Constituio Federal,

    obedecendo ainda aos seguintes princpios:

    I - universalidade de acesso aos servios de sade em todos os

    nveis de assistncia;

    II - integralidade de assistncia, entendida como um conjunto

    articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos,

    individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis

    de complexidade do sistema;

    III - preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua

    integridade fsica e moral;

  • Captulo II Dos princpios e diretrizes. Continuao...

    IV - igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou

    privilgios de qualquer espcie;

    V - direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade;

    VI - divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios

    de sade e sua utilizao pelo usurio;

    VII - utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de

    prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica;

    VIII - participao da comunidade;

  • Captulo II Dos princpios e diretrizes. Continuao...

    IX - descentralizao poltico-administrativa, com direo nica

    em cada esfera de governo:

    a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios;

    b) regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade;

    X - integrao, em nvel executivo, das aes de sade, meio

    ambiente e saneamento bsico; XI - conjugao dos recursos

    financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, na prestao de

    servios de assistncia sade da populao;

    XII - capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de

    assistncia; e

    XIII - organizao dos servios pblicos de modo a evitar

    duplicidade de meios para fins idnticos.

  • TTULO II - CAPTULO III Da organizao, da direo e da gesto

    Direo nica.

    Regionalizao.

    Hierarquizao em nveis de complexidade.

    Consrcio municipal.

    Organizao distrital.

    Comisses intersetoriais de acompanhamento do SUS.

  • TTULO II - CAPTULO IV Da competncia e das atribuies .

    Unio

    Estados

    Municpios

    Mecanismos de controle, avaliao e fiscalizao.

    Oramento.

    Plano anual das aes de sade.

    ... Entre outros...

  • TTULO III DOS SERVIOS PRIVADOS DE ASSISTNCIA SADE

    CAPTULO I Do funcionamento.

    Servios privados: observar os princpios ticos do SUS; necessrio autorizao do Ministrio da Sade.

    CAPTULO II Da participao complementar.

    Pode-se recorrer aos servios da iniciativa privada para complementar cobertura.

    Prioridade: Entidades filantrpicas e sem fins lucrativos.

  • Lei No. 8080

    Ttulo IV Dos recursos humanos.

    Ttulo V Do financiamento.

    Captulo I dos recursos.

    Capitulo II da gesto financeira.

    Captulo III do planejamento e do oramento.

    Das disposies finais e transitrias.

  • Lei No. 8142 Controle Social do SUS.

    Dispe sobre a participao da comunidade na gesto

    do Sistema nico de Sade (SUS} e sobre as transferncias

    intergovernamentais de recursos financeiros na rea da

    sade e d outras providncias.

    Instncias colegiadas:

    I - a Conferncia de Sade; e

    II - o Conselho de Sade.

  • CONFERNCIA DE SADE

    1 A Conferncia de Sade reunir-se- a cada quatro anos com a representao dos vrios segmentos

    sociais, para avaliar a situao de sade e propor as

    diretrizes para a formulao da poltica de sade nos

    nveis correspondentes, convocada pelo Poder

    Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo

    Conselho de Sade.

  • CONSELHO DE SADE

    2 O Conselho de Sade, em carter permanente e

    deliberativo, rgo colegiado composto por representantes

    do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e

    usurios, atua na formulao de estratgias e no controle da

    execuo da poltica de sade na instncia correspondente,

    inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas

    decises sero homologadas pelo chefe do poder legalmente

    constitudo em cada esfera do governo.

    3 O Conselho Nacional de Secretrios de Sade (Conass) e

    o Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade

    (Conasems) tero representao no Conselho Nacional de

    Sade.

  • Referncias bibliogrficas.

    BRASIL. Constituio: Repblica Federativa do Brasil. Braslia: Centro Grfico, 1988.

    BRASIL. ABC do SUS doutrinas e princpios. Braslia, DF, 1990a.

    BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispe sobre as condies para a promoo,

    proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios

    correspondentes e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 20 set. 1990b.

    BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispe sobre a participao da comunidade

    na gesto do Sistema nico de Sade - SUS e sobre as transferncias intergovernamentais de

    recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias. Senado Federal, Braslia, DF:

    28 de dezembro de 1990c.

    Brasil. Conselho Nacional de Secretrios de Sade. Legislao do SUS / Conselho Nacional de

    Secretrios de Sade. - Braslia : CONASS, 2003.