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1 Psicologia Experimental Behaviorismo Abordagem Cognitiva

Aula Behaviorismo Cognitivo

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�Psicologia Experimental

� Behaviorismo

�Abordagem Cognitiva

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� História da Psicologia Experimental e do

Behaviorismo

•Fechner: Pesquisou a estimulação sensorial (visual, auditiva, olfativa, gustativa, tátil).Excitação e intensidade da sensação

•Wundt: Fundador da Psicologia Científica criando em 1879 o 1o. Laboratório de Psicologia Experimental em Leipzig na Alemanha

�Pavlov: Por meio de experimentos em laboratório identificou os reflexos condicionados. Teorizou o Condicionamento Clássico

Titchener: Leis de associações entre os elementos da consciência conectando-as às condições fisiológicas: Estruturalismo

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� História da Psicologia Experimental e do

Behaviorismo

•Behaviorismo

�Watson:Fundador (Pai) da corrente behaviorista. Princípios básicos do comportamento humano equivalente ao comportamento dos animais

�Thorndike: Associacionismo: Lei do efeito e aprendizagem: respostas corretas levam a resultados satisfatórios

�Skinner: Behaviorismo Radical. Condicionamento Operante. Análise Experimental Comportamento

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� Behaviorismo Clássico ou Metodológico: Watson� Abandono dos estudo dos processos mentais (pensamentos,

sentimentos) � Estudo somente os fenômenos observáveis. � Paradigma Pavloniano do Condicionamento clássico:

Estímulo�Resposta S�R

� Behaviorismo Radical ou Linguístico: Skinner� Inclui todos os comportamentos (públicos ou privados). � Foco no Condicionamento Operante: Consequências (reforço

ou punição).

– Três níveis de seleção: Filogenética (aspectos biológicos, herança da espécie); Ontogenética (história de vida e experiência individual); Cultural (aspectos culturais que influenciam a conduta humana)

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Análise Experimental do Comportamento: AEC

�Metodologia experimental, relação entre as variáveis que influenciam o comportamento.

�Busca conhecer a interação Organismo-Ambiente.

�Variável Independente: (manipulada pelo ambiente / experimentador)

�Variável Dependente: (resultado da manipulação)

�Relação de SE�ENTÃO

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� Tipos de Comportamento

� Comportamento Reflexo ou Respondente

Relação S�R = Causa�Efeito. Comportamentos automáticos, involuntários (Inato ou aprendido)�Ocorre na presença de Estímulos Eliciadores�Reflexo Inato: Relacionados à sobrevivência � Exemplos: Alteração pupila, transpiração, contração

muscular, salivação, etc. �Reflexo Condicionado ou Aprendido (estímulo neutro

que adquire a função de eliciar resposta automática)� Exemplos: perfume�lembrança automática de

alguém; barata�resposta de medo;motorzinho dentista� medo

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� Comportamentos Operantes�Comportamentos voluntários com um objetivo e

intenção no ambiente�Ocorre na presença de estímulos discriminativos�Provoca consequências no ambiente e é influenciado

por estas consequências �As consequências podem ser de Reforço ou Punição�Quando ocorre Reforço �Aumenta de frequência�Quando ocorre Punição � Diminui de frequência�Relação Sd�R�C �Não tem relação de causa�Efeito e sim de

probabilidade

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� Condicionamento Operante: Aprendizagem pelas consequências� Para manter ou aumentar a frequência de um comportamento� Reforço Positivo: Ganhos obtidos com o comportamento.

Arbitrário (não é produto do próprio comportamento). Natural ou auto-reforçamento (produto do próprio comportamento)�Ex. Se estudar ganhará mais conhecimento

� Reforço Negativo: Evita-se algo aversivo (ruim) com o comportamento. Ex. Se respeitar a sinalização evitará uma multa.

� Para diminuir ou tentar extinguir um comportamento� Punição Positiva: “Ganha-se” algo ruim (aversivo) para

tentar diminuir o comportamento. Ex. Se passar o sinal vermelho ganhará uma multa.� Punição Negativa: “Perde-se algo bom” para tentar diminuir

o comportamento. Ex. Se fizer bagunça não jogará mais videogame.

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� Esquema de reforçamento contínuo (CRF)� Toda vez que acontece o comportamento ocorre a gratificação.

� Aprendizagem mais rápida; Provoca mais rapidamente a saciação; Qualquer falha pode levar a extinção.

� Esquemas de reforçamento Intermitentes� Somente algumas vezes acontece o reforçamento

� Mais resistente a extinção e a saciação. Mais persistência do sujeito. O sujeito não sabe quando terá o reforço.� Reforçamento Intermitente Razão Fixa ou Variável � Número de vezes do comportamento para obter uma

gratificação. Ex. Nem toda vez que se maquia ganha elogio.� Reforçamento Intermitente de Intervalo Fixo ou Variável� Depende do momento (minutos, horas ou dias) do

comportamento para que ocorra a gratificação. Ex. Se chegar às 10:00 horas encontrará com ele.

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� Modelagem e Modelação: Aquisição de novos comportamentos� Modelagem: � Técnica de aproximações sucessivas para instalar um novo

comportamento. Etapas pré-determinadas para que aos poucos chegue ao comportamento final. Em cada estágio um nível de exigência.

� Modelação: Aprendizagem Social� Aprende-se observando um modelo. Aprendizagem por observação e

por imitação.

� Técnica de Esvanecimento – (Fading)� Mudança gradual de estímulos para ocorrer o comportamento� Introdução inicial de um estímulo mais fácil (fading-in) que favorece

o comportamento. Mudança gradual para um estímulo mais sutil (fading-out) para o comportamento continuar ocorrendo por conta dos estímulos mais sutis. Ex. Treinamento de funcionários. Ganha-se habilidade e favorece a generalização.

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� Motivação� Operações Estabelecedoras (Impulso ou DRIVE): forma

científica e experimental de manipular a motivação por meio da Privação ou Saciação� Dependendo da motivação (privação ou saciação) o sujeito

ficará influenciado e prestará mais ou menos atenção ao estímulo discriminativo, ao comportamento e à consequência do comportamento.� Tríplice contingência com OE

OE

╟ : R � Consequência

Sd� Ex: Quanto mais privado de segurança, mais terá

comportamento que evite situações de medo.

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� Comportamento verbal� Uso da linguagem na comunicação de eventos internos

(privados) ou eventos públicos (observáveis)� Tipos: Tato ou nomeação (dar nome aos objetos, eventos,

situações, sensações, sentimentos); Ecoico: (repetir uma palavra, muitas vezes sem saber o real significado da mesma); Textual: (utilizar da leitura ou da escrita); Gestual: (gestos e sinais corporais); Tatear estendido (uso generalização ou invenção de palavras)� É por meio do comportamento verbal que podemos ter o

controle instrucional� Passar aos outros: regras, ordens, orientações, sugestões,

conselhos, dicas, avisos, ensinamentos, etc.� Também por meio do comportamento verbal que

identificamos ou comunicamos nossas autoregras e pensamentos.

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� Aprendizagem por Regras ou por Contingências� Aprendizagem por Regras: � Aprendemos por antecipação verbal de uma contingência

Se�Então� Aprendizagem por Contingências:� Aprendemos pela experiência direta com a situação, vivenciado

diretamente a relação Se�Então

� Características da Aprendizagem por Regras� Mais fácil de transmitir, mais rápida, mais lógica, evita erros,

racional, mecânica, princípio da realidade

� Características da aprendizagem por contingências� Mais lenta, mais flexível, cunho emocional, conhecimento

intuitivo, mais difícil falar, mais sujeito a erros, princípio do prazer.

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� Análise Funcional: Etapas

� Identificação do comportamento de interesse

(queixa)� Efeito comportamental

(frequência, duração e intensidade)� Antecedentes que influenciam o

comportamento� Consequentes que influenciam o

comportamento� Hipóteses e Intervenção

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� Antecedentes analisados na análise funcional:� Estímulos eliciadores (comportamentos automáticos, emoções)� Estímulos discriminativos (comportamentos operantes, voluntários,

condicionamentos)� Operações Estabelecedoras (motivação, privação e saciação)� Regras, autoregras, contingência vivenciadas� História de vida (aprendizagem anterior, experiências)

� Consequentes analisados na análise funcional� Mantém o comportamento: Presença de reforço positivo, negativo� Diminui comportamento adaptativos (punições, extinção)

� Intervenção: Levantamento de hipóteses e plano de trabalho, uso de técnicas, modificação de comportamento.

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� Abordagem Cognitiva� O modo como as pessoas percebem e interpretam as situações será

determinante da maneira como ela irá sentir, agir e se comportar� Os transtorno psicológicos decorrem de um modo distorcido ou

disfuncional de perceber os acontecimentos, influenciando o afeto e o comportamento.� Os pensamentos modulam ou mantém emoções disfuncionais

formando um círculo vicioso, enfraquecendo a possibilidade de enfrentamento de uma situação ou de resolução de conflitos.� Não são os eventos em si que fazem a pessoa responder, mas

sim a percepção que tem destes eventos que o fazem pensar e sentir considerando suas experiências internas, ou seja, o modo como estrutura seu mundo, como olha para as coisas, como as significa e as valoriza e como as interpreta.

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� Considera-se três níveis de cognição� Pensamentos automáticos� rápidos e avaliativos, não passam por reflexão racional,

espontâneos, surge automaticamente no dia-a-dia.� ocorrem por “achar que” sem melhor avaliação, generalização,

personalização, leitura mental, desqualificação positiva, etc.

� Crenças intermediárias� regras, atitudes, formas de se colocar e se adaptar ao mundo� São padrões adquiridos, esquemas criados pela aprendizagem e

experiência pessoal que podem ser funcionais ou disfuncionais

� Crenças centrais� São ideias absolutistas de si (sou um fracasso), dos outros (as

pessoas são falsas, do mundo (o mundo é hostil, perigoso)� São desenvolvidas desde a infância, construídas ao longo da vida

(experiências e consequências)

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� Esquemas Cognitivos� As interpretações que um indivíduo faz do mundo estruturam-se de

forma progressiva durante seu desenvolvimento, formando regras ou esquemas de funcionamento.

� Esses esquemas orientam e organizam as novas interpretações e estabelecem critérios de avaliação para uma situação de acordo com sua percepção de mundo.� Fórmula que a pessoa utiliza para lidar com situações regulares,

selecionar detalhes relevantes e evocar experiências passadas� Acessa “sets cognitivos de prontidão” para enfrentamento ou

evitação� Uma percepção ou interpretação distorcida evoca esquema com

pensamentos automáticos e crenças disfuncionais� Um esquema rígido leva a um “modo de ação”. Neste modo o

sujeito não consegue sair deste funcionamento distorcido, mesmo com mudanças na estimulação. Ex. Depressão.

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� Modelos Cognitivos dos Transtornos

� Modelo Cognitivo da Depressão� Tríade Negativista� Pensamentos Negativos de si (autodepreciação)� Pensamentos Negativos do Mundo (vida é difícil,

obstáculos)� Pensamentos Negativos do Futuro (as coisas só pioram)

� Modelo Cognitivo da Ansiedade� Ativação de Esquema de perigo� Desvalorização dos próprios recursos (sou vulnerável)� Desenvolve Hipervigilância (paranoia, persecutoriedade)� Autoavaliação negativa (todos percebem minhas

dificuldades)

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� Processo terapêutico� Ênfase na aliança e relação terapêutica� Esforço colaborativo e participativo (terapeuta e cliente)� Modelo educacional – explicações, modelos comparativos,

exposição, estratégias e uso de técnicas� Análise e identificação de pensamentos automáticos

negativos e disfuncionais.� Questionamento socrático: testar a realidade e confrontar

crenças pré-existentes� Reestruturação cognitiva, role-play emocional e cognitivo� Modificar esquemas e modos operantes� Resignificação das experiências com novas interpretações

(emoções e cognição) para promover esquemas e sets funcionais

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� Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles estão sentados

individualmente em carteiras enfileiradas e são chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um carimbo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo” ou “excelente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra quem fez e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro receberá um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a tarefa deverá fazer durante o horário do recreio.

Aconduta desse professor é corretamente interpretada pela abordagem

A) comportamental, que preconiza a modelagem do comportamento da criança pelo reforço positivo dos comportamentos adequados pela extinção dos inadequados.

B) gestáltica, a qual destaca a correção do erro e o controle do comportamento como necessários para que o aluno estabeleça a distinção figura e fundo, criando a boa forma, favorecendo insights (introvisão) e raciocínios específicos sobre os problemas dados na tarefa.

C) piagetiana, que preconiza a aprendizagem como envolvendo processos de assimilação e acomodação de novos conteúdos à estrutura cognitiva do aluno, tornada possível, enfatizando o erro cometido.

D) rogeriana, a qual compreende a conduta do professor como um convite à heteronomia do aluno como pessoa humana, pois a punição do erro deve acontecer num clima de afetividade e empatia.

E) sócio-histórica, que enfatiza o papel do parceiro mais experiente como muito valorizado para a aprendizagem, o que faz com que a correção do erro pelo professor favoreça a zona de desenvolvimento proximal.

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Questão: A psicologia como ciência caracteriza-se pela tensão entre recortes

epistemológicos e pressupostos ontológicos sobre seu objeto, criando, ao longo de sua história, uma diversidade de abordagens, tal como o cognitivismo e a psicologia fenomenológica. Em relação à concepção da psicologia como ciência nessas duas abordagens, são feitas as seguintes afirmativas:

I. Ambas preconizam uma visão de ciência centrada na concepção de descrição precisa e objetiva dos dados da experiência.

II. O cognitivismo contrapõe-se à psicologia fenomenológica, por considerar que a abordagem científica adequada será do processamento da informação como dado objetivo.

III. Para a psicologia fenomenológica, a experiência é irredutível a uma análise descontextualizada da subjetividade do sujeito; portanto, os métodos experimentais são adequados.

IV. O cognitivismo apresenta uma dispersão de métodos que se origina de desdobramentos da abordagem comportamental, da psicologia social, da teoria da informação e da teoria geral dos sistemas.

Estão CORRETAS somente as afirmativas

A) I e II . B) I e IV . C) II e III . D) II e IV . E) III e IV .

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� Caso clínico

Uma paciente apresenta-se em uma clínica de atendimento particular, declarando ter medo de viajar de avião e buscando um tratamento psicológico que fosse mais rápido e solucionasse seu problema de imediato. Tem 32 anos, sexo feminino, separada (em processo de divórcio), e com um filho de um ano e meio, terceiro grau completo (pedagoga), nível socioeconômico médio-alto. É a filha mais velha de família com três filhos. Mantém um bom relacionamento com a família, visitando frequentemente pais e irmão. No trabalho, apresenta um bom desempenho, tendo sido promovida recentemente a gerente de recursos humanos. Não usa drogas ou medicamentos e bebe socialmente. Relatou que, devido à sua recente promoção, está tendo que realizar viagens de avião a São Paulo. Tal promoção não a deixou satisfeita, pois não era o que ela desejava. Diz que sente medo ao viajar de avião, se sente ansiosa, passa mal, uma vez chorou ao embarcar. Disse preocupar-se mais quando o avião balança, quando tem turbulência. O grau de ansiedade/mal-estar na decolagem ou no momento de turbulência é maior. Nota o coração bater mais forte, suor nas mãos, suor frio. O início dos sintomas ocorreu há mais ou menos dois anos, quando se separou. Suas maiores preocupações atualmente são: o seu filho e sua educação, deixar de aproveitar a vida, perder o controle, ter que se sujeitar aos outros.

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� Diagnóstico: Transtorno de Ansiedade

– Fobia Específica, sintomas físicos com taquicardia, sudorese, etc.� Raciocínio clínico

� Identificação:

– Pensamentos automáticos negativista

– Crenças Intermediárias

– Crenças Centrais

– Modo de atuação

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� Processo clínico na Abordagem Cognitiva

� Questionamento das crenças distorcidas

� Identificação de evidências na realidade que promovam reestruturação cognitiva positiva

� Reavaliação, reflexão e alteração dos padrões de pensamentos disfuncionais

� Potencialização dos recursos existentes: Uso de reforços

– (potencializar a capacidade do cliente promovendo generalização destes recursos em outras áreas da vida)

� Busca de modelos comportamentais que auxiliem na mudança de percepção com interpretação mais favorável

� Estratégias Cognitivas e Comportamentais

– Técnica de relaxamento e de respiração diafragmática para redução e controle da ansiedade

– Técnica de exposição e enfrentamento desenvolvendo novos recursos

– Treino de Habilidades Sociais e de assertividade para conseguir se posicionar em situações que não concorde ou que não lhe agrade