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aula 00 de afo
Curso de AFO (STJ) Tcnico Jud. Administrativa Aula 00 Conceitos e Princpios Oramentrios
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
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Ol pessoal, como vo as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que
sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com
material de qualidade.
Meu nome Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive h mais de 7
anos em Braslia. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu
sotaque mineiro que come quieto um po de queijin, sempre com caf (humm,
maravilha!!!).
Vamos a um breve resumo do meu currculo:
Graduado em Administrao na Universidade Federal de Uberlndia
UFU;
MBA em Comrcio Exterior e Negcios Internacionais na Fundao
Getlio Vargas FGV;
Atualmente, sou Analista Legislativo da Cmara dos Deputados,
onde trabalho com as nossas Leis Oramentrias;
Fui classificado no concurso para Consultor de Oramentos da
Cmara dos Deputados, certame realizado em 2014;
Ex-Analista de Planejamento e Oramento do Ministrio do
Planejamento, Oramento e Gesto MPOG, onde atuava na Secretaria
de Planejamento e Investimentos Estratgicos - SPI;
Ex-Analista Judicirio (rea Administrativa) do Supremo Tribunal
Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do
concurso do STJ);
Ex-Analista Judicirio (rea Administrativa) do Conselho Nacional
de Justia, onde atuava na Seo de Gesto de Contratos (oriundo do
concurso do STF);
Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao,
onde atuava na Coordenao de Tomada de Contas Especial;
Aula Demo
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Classificado no concurso de Analista Legislativo (Administrao) do
Senado Federal em 2012;
Venho lecionando administrao no Ponto dos Concursos nos ltimos
quatro anos e meio;
Possuo um livro publicado pela Editora Mtodo, sob coordenao do
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, intitulado Administrao para
Concursos.
Quando o tema oramento, este trabalho feito em parceria com o Professor
Allan Mendes. Deixe-me passar algumas informaes sobre o professor antes
de comearmos:
Atualmente, Tcnico de Apoio Especializado Oramento do Ministrio
Pblico da Unio (MPU), onde exerce a funo de Diretor
Administrativo e Financeiro do Programa de Sade dos Membros
e Servidores do MPF;
Est classificado dentro das vagas para o cargo de Auditor Interno do
GDF Planejamento e Oramento;
Graduado em Cincias Contbeis na UNB;
Graduado em Direito na UPIS;
Ps-Graduado em Contabilidade Pblica na WPS;
Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao,
onde atuava como Chefe da Diviso de Prestao de Contas de
Convnios.
Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho
uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o
gelo. Permitam-me.
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Brincadeiras parte, hoje comeo um curso de Noes de Administrao
Financeira e Oramentria (Parte dos Conhecimentos Especficos) para
o cargo de Tcnico Judicirio rea: Administrativa (Cargo 1) para o
concurso do Superior Tribunal de Justia.
Inicialmente, vejam a programao do curso e o sumrio desta aula para
prosseguirmos.
Fala papito, vamos
pra night!!! Esse lance de estudar
para concurso uma perda de tempo!!!
Sabe de nada, Inocente!!!
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Aula Contedo Programtico
00 1 Oramento pblico. 1.1 Conceito 1.2 Tcnicas oramentrias. 1.3
Princpios oramentrios.
01
2 O oramento pblico no Brasil. 2.1 Sistema de planejamento e de
oramento federal. 2.2 Plano plurianual. 2.3 Diretrizes oramentrias.
2.4 Oramento anual.
02
1.4 Ciclo oramentrio. 1.5 Processo oramentrio. 2.5 Sistema e
processo de oramentao. 2.8 Crditos ordinrios e adicionais. 3
Programao e execuo oramentria e financeira. 3.1 Descentralizao
oramentria e financeira. 3.2 Acompanhamento da execuo.
03 2.6 Classificaes oramentrias. 2.7 Estrutura programtica.
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Sumrio
Detalhe Sobre o Curso/Edital ..................................................... 05
Conceitos e Princpios Oramentrios ...................................... 07
Questes ......................................................................................... 33
Mapas Mentais ................................................................................ 44
Bibliografia ...................................................................................... 48
Exerccios Trabalhados ............................................................... 48
Gabarito ......................................................................................... 55
E como ser o curso, Professor?
O foco deste curso, ministrado em 3 aulas (alm desta aula demo), capacit-
los para resolver a prova de AFO para o cargo de Tcnico Judicirio (rea:
Administrativa) para o concurso do STJ.
Meu objetivo aqui fazer com que vocs acertem as questes desta disciplina
e que isso contribua para a aprovao no concurso.
Esse curso de teoria e exerccios comentados possui foco na nossa banca:
CESPE.
Vale lembrar que a prova est prevista para 27/9/15. Tempo de sobra para
estudar!!!! E qual a remunerao e a quantidade de vagas, professor?
o Remunerao Inicial: R$ 5.365,92. Nada mal, no ???
o Vagas e Redaes Corrigidas: 15 vagas, sendo que os 1000
primeiros estaro aprovados caso faam os mnimos
necessrios!!!
Estudar de forma correta fundamental. O candidato precisa ser organizado,
traar metas realistas e cumpri-las. Depois s fazer a prova e esperar a sua
medalha, que na verdade um belo crach!!!!
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Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares.
A minha resposta: depende do nvel e da disponibilidade de cada um. O edital
ser todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, est
citada a bibliografia bsica.
Aprofundando ou no em livros, fundamental que o aluno diversifique seus
estudos com as outras matrias do certame. essencial que o candidato no
deixe de lado aquela matria que ele possui um conhecimento prvio, mas no
necessrio para gabaritar.
Opte por estudar trs matrias (portugus, oramento, direito constitucional)
diferentes por dia. No prximo dia, escolha outras trs e assim vai. Em um
intervalo de 3 ou 4 dias, voc viu um pouco de todas as matrias do edital,
deixando sempre a cabea fresquinha com os mais variados conhecimentos.
Vamos conversar ao longo do curso no frum sobre a sua preparao.
No deixe de participar.
Outro ponto que quero falar sobre as questes comentadas. Ao longo do
curso, irei colocar questes das matrias j estudadas. Assim, possvel
que eu coloque, por exemplo, uma questo da matria vista hoje na aula 2. A
ideia no deixar o contedo cair no esquecimento, ok?
A estrutura da aula ser a seguinte: exposio da teoria com exerccios e seus
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comentrios. Ao final da aula, esses mesmos exerccios sero colocados,
porm sem os devidos comentrios, para quem queira tentar resolv-los sem
que haja explicaes.
Frum: o frum de dvidas um importante mecanismo de aprendizado e de
valorizao do aluno que realmente est adquirindo o nosso curso de maneira
legal. Qualquer questionamento com relao matria pode ser feito por l.
medida que as perguntas so realizadas, vou respondendo seguindo a ordem
de postagem.
As perguntas so respondidas no prazo mximo de 1 semana. No entanto,
mais comum que eu responda em um prazo menor do que sete dias. Vale frisar
que todos os questionamentos sero atendidos.
1 Oramento pblico. 1.1 Conceito 1.2 Tcnicas
oramentrias. 1.3 Princpios oramentrios.
O oramento pblico pode ser entendido como um conjunto de informaes
que evidenciam as aes governamentais, bem como um elo capaz de ligar os
sistemas de planejamento e finanas. Trata-se de um documento em que so
previstas (estimadas) as receitas e fixadas as despesas.
Guardem isso: fixao de despesas e previso de receitas!
O examinador adora trocar essas informaes. s vezes, ele coloca numa
questo que no oramento so previstas as despesas e fixadas as receitas.
Errado!!! Temos que entender a lgica: como podemos fixar as receitas do
governo? No h como. O governo no tem certeza de que receber essas
receitas. Todo mundo vai pagar os seus impostos? E qual o valor exato?
Impossvel de saber, no ?
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Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. O governo deve ter um
limite para os seus gastos. No comeo do ano, o governo costuma anunciar um
corte de gastos previstos no oramento anual. Normalmente, a ideia tem sido
a de conteno da inflao.
O oramento pblico surgiu com o objetivo de controlar os gastos
governamentais, em relao s receitas auferidas, evitando o excesso de
gastos pblicos, sem receita correspondente.
Atualmente podemos elencar as seguintes funes/dimenses do oramento
pblico:
Poltica: representa o embate entre as diversas foras polticas presentes
na sociedade;
Planejamento: orienta a ao do Estado no longo prazo;
Jurdica: lei formal aprovada pelo Poder Legislativo;
Gerencial: administrao, controle e a avaliao dos recursos utilizados;
Financeira: estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por
meio da arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos
provocada pelos gastos governamentais;
Econmica: instrumento de cumprimento das funes econmicas do
Estado. Alocativa, distributiva e estabilizadora.
receita pblica (obteno de
recursos)
crdito pblico (criao de recursos)
o oramento pblico (gesto
de recursos)
despesa pblica (destinao de
recursos)
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1) (CESPE MDIC 2014) A funo poltica do oramento diz respeito ao
estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da
arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos provocada
pelos gastos governamentais.
A questo est incorreta. A funo de estabelecer o fluxo de entrada de
recursos obtidos por meio da arrecadao de tributos, bem como da sada de
recursos provocada pelos gastos governamentais, a Financeira, e no a
Poltica.
Gabarito: E
O conceito e utilizao do oramento pblico vm evoluindo juntamente com a
prpria histria da sociedade. Inicialmente o oramento surgiu na Inglaterra
como um instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do
Poder Executivo, fruto das conquistas da classe burguesa em contraposio ao
absolutismo, cabendo ao soberano autorizao para realizar as despesas
estatais.
Este oramento chamado de ORAMENTO TRADICIONAL OU CLSSICO,
cuja principal preocupao era relacionada a questes tributrias, deixando de
lado aspectos sociais e econmicos. O foco do oramento tradicional era no
objeto do gasto, sendo as despesas classificadas apenas por unidades
administrativas ou itens de despesa.
Para a prova, lembre-se que o oramento tradicional ou clssico era uma
pea apenas para controle dos gastos pblicos.
Oramento Tradicional:
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No ps-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atuao do
Estado, medida que a sociedade exigia um Estado provedor de servios
pblicos, a importncia e objetivos do oramento foram evoluindo. A fase
seguinte ao oramento tradicional foi o ORAMENTO DESEMPENHO ou
ORAMENTO DE REALIZAES, em que os gastos governamentais eram
voltados para o cumprimento das metas preestabelecidas, no intuito de
alcanar resultados especficos.
Esse modelo de oramento representou uma evoluo do oramento
tradicional, pois alm de apresentar o objeto do gasto, como o oramento
tradicional, dispunha de uma nova dimenso, o programa de trabalho,
com a finalidade de avaliar o desempenho das aes do governo.
Contudo, muita ateno, apesar de nessa fase o oramento se preocupar em
atingir resultados, nesse oramento ainda no havia a preocupao com o
planejamento governamental.
Oramento de Desempenho:
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A primeira experincia de ligao do oramento com o planejamento Estatal
ocorreu nos Estados Unidos na dcada de 60, conhecido como Planning
Programming and Budgeting System (PPBS). Contudo, sua operacionalizao e
implementao se mostraram rduas, tendo em vista a carncia de pessoal
qualificado e a resistncia dos envolvidos para a sua aceitao.
Fruto da experincia adquirida ao longo dos anos, foi se desenvolvendo uma
nova forma de oramento: o ORAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza
como instrumento de ligao entre o planejamento e a
execuo/acompanhamento/controle da ao Governamental.
o modelo em vigor no Brasil. Ponto caracterstico desse tipo de oramento
sua vinculao direta com o Planejamento Governamental. Como o prprio
nome nos indica, no Oramento-Programa o foco est nos programas de
governo, nos projetos e atividades necessrios para atingir as metas
pretendidas.
Com base nesta caracterstica, o oramento-programa ultrapassa a fronteira
do oramento com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo
de atuao. O oramento passa a ser um instrumento de operacionalizao das
diretrizes, objetivos e metas do governo.
Os objetivos do oramento-programa podem ser classificados em finais e
derivados:
Fique atento diferena entre o oramento desempenho e o oramento
programa. J foi cobrado em prova qual seria o oramento com preocupao
principal no resultado dos gastos, sem vinculao com o instrumento central
Derivados
Apenas contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demonstram quantitativamente os propsitos especficos (mecanismos) de governo.
Finais Representam as finalidades da ao governamental. Esses objetivos demonstram uma avaliao qualitativa dos propsitos de governo.
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do governo. Nesse caso, no se confunda, trata-se do oramento desempenho,
pois conforme j vimos, o Oramento-Programa se vincula ao instrumento
central de planejamento do Governo.
Vejamos as vantagens do Oramento-Programa:
2) (CESPE TCE-RS 2012) A alocao dos recursos visa, no oramento
tradicional, aquisio de meios e, no oramento-programa, ao
atendimento de metas e objetivos previamente definidos.
Perfeito. Oramento tradicional preocupa-se com os meios e oramento-
programa est focado nos objetivos.
Gabarito: C
Melhor planejamento das aes
Maior oportunidade para reduo dos gastos
Melhor controle da execuo do programa
Identificao dos gastos e realizaes por programa
Inter-relacionamento entres custos e programao
nfase no que a instituio realizar e no no que ela gasta
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3) (CESPE INPI 2013) O Planning Programming and Budgeting System
(PPBS), adotado na dcada de 60 do sculo passado, foi uma tentativa
de incorporao do planejamento ao oramento, tendo sido
considerado um sistema de fcil operacionalizao e implementao.
O PPBS realmente foi um programa na dcada de 60 com a tentativa de
incorporar o planejamento ao oramento, contudo, sua operacionalizao e
implementao se mostraram complexas de serem executadas, tendo em vista
a falta de pessoal qualificado e da resistncia dos envolvidos para a sua
aceitao.
Gabarito: E
4) (CESPE MPU 2015) O oramento de desempenho, por considerar o
resultado dos gastos e os nveis organizacionais responsveis pela
execuo dos programas, distingue-se do oramento clssico.
Correto, o oramento desempenho representou uma evoluo do oramento
tradicional, pois alm de apresentar o objeto do gasto, como o oramento
tradicional, dispunha de uma nova dimenso, o programa de trabalho, com a
finalidade de avaliar o desempenho das aes do governo.
Gabarito: C
Outro tipo de oramento frequentemente cobrado em provas o ORAMENTO
BASE-ZERO (OBZ). Nessa forma de oramento, devem-se rever todos os
valores consignados no oramento antecedente. Nenhum programa tem
continuidade garantida. Todos os programas devem ser revistos, a partir da
anlise da sua permanncia. Assim, como o prprio nome diz, partindo-se do
zero para construo de um novo oramento.
Esse tipo de oramento possui alguns entraves para sua implementao, entre
eles, a resistncia imposta pela burocracia, quando avaliada a eficcia de seus
programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de oramento com uma viso
de planejamento de longo prazo.
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Em oposio ao OBZ, h o ORAMENTO INCREMENTAL. Esse oramento
funciona assim: num determinado ano, so arroladas as despesas e as
receitas. No prximo exerccio o que feito? Apenas a correo/atualizao
dos valores, mantendo-se a base do ano anterior.
Por fim, como um novo modelo que vem tomando fora, est o ORAMENTO
PARTICIPATIVO, que convoca os cidados a participarem da etapa de
formulao do oramento. Cuidado para o fato de que nem a competncia do
Executivo para apresentar o Projeto e nem a competncia do Legislativo para
aprov-lo so usurpadas.
O que acontece apenas o chamamento da populao para, junto ao Poder
Executivo, estabelecer as prioridades do Oramento. Atualmente, essa
experincia pode ser observada em alguns municpios brasileiros (Porto Alegre,
Belo Horizonte). No mbito federal, houve uma tentativa na Lei Oramentria
Anual de 2012 (LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa popular. No
entanto, no foi uma experincia bem sucedida.
O oramento participativo requer mobilizao social. Alm disso, o governo
deve ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da
sociedade. O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculaes
oramentrias, ele no poder adequar os gastos para resolver problemas da
populao.
Vale dizer que o oramento atual cheio de vinculaes oramentrias que
impedem essa discricionariedade. Cerca de 90% do oramento da Unio
vinculada.
5) (CESPE ANTAQ 2014) O oramento base-zero utilizado como um
mtodo que define objetivos com vistas otimizao do custo-
benefcio, entretanto a sua adoo prejudica a adequada vinculao do
oramento ao planejamento de longo prazo.
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Exato, a caracterstica de questionar os gastos pblicos anualmente,
principalmente em relao ao custo-benefcio, acaba prejudicando a vinculao
com o planejamento de longo prazo, pois alguns desses gastos s traro
benefcios no futuro.
Gabarito: C
ORAMENTO AUTORIZATIVO X ORAMENTO IMPOSITIVO
No Brasil, temos um oramento autorizativo. Significa dizer que h apenas
autorizao para realizao das despesas, conferindo margem de
discricionariedade ao gestor para execut-las.
No entanto, foi promulgada recentemente a Emenda Constituio n 86/2015.
Essa emenda tornou obrigatria a execuo oramentria/financeira das
programaes oriundas das emendas individuais de deputados e senadores.
Mas o que so essas emendas individuais?
So emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a
pea oramentria est sendo analisada, so previstas as seguintes
modalidades de emenda:
Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e
senadores de cada unidade da federao;
Emendas Coletivas de Comisso, elaboradas pelas diversas comisses
existentes na Cmara e no Senado;
Emendas Individuais, que cada parlamentar (deputados e senadores)
tem direito de propor ao projeto.
Ento, meus caros, a alterao constitucional atinge somente essa ltima
modalidade, ok?
Na verdade, as emendas individuais impositivas j vinham sendo previstas nas
duas ltimas Leis de Diretrizes Oramentrias - LDOs (Lei 12.919/2013 e Lei
13.080/2015). No entanto, os parlamentares tornaram o regramento matria
constitucional.
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Apesar da obrigatoriedade, vale mencionar que as emendas individuais
podero ter suas execues limitadas (assim como acontece com as demais
despesas discricionrias) caso se verifique que a reestimativa da receita e da
despesa poder resultar no no cumprimento da meta de resultado fiscal
estabelecida na LDO.
Alm dessa limitao, a emenda individual perder sua obrigatoriedade de
execuo caso se verifique um impedimento de ordem tcnica. Nesses casos,
remanejamentos de programao podem ser feitos. Na inrcia do Congresso
Nacional em deliberar sobre o remanejamento, pode o Poder Executivo
implementar o remanejamento.
6) (CESPE TCE-ES 2013) Com a perspectiva da aprovao do
oramento impositivo no Brasil,
a) o Poder Executivo no poder propor modificaes, durante o
exerccio, das aes introduzidas pelos parlamentares.
b) haver um fortalecimento do Poder Executivo na elaborao da
proposta oramentria.
c) o Poder Executivo estar obrigado a arrecadar a receita prevista.
d) a execuo da despesa no depender das condies operacionais
associadas realizao das obras e servios autorizados.
e) a execuo do oramento continuar dependendo da realizao da
receita.
O item correto o e. A despeito de estar previsto a obrigatoriedade da
execuo das emendas parlamentares, a execuo s pode ocorrer caso a
previso das receitas para o perodo se concretize.
Apesar dessa questo ser de 2013, est de acordo com o texto constitucional
que entrou em vigor com a Emenda Constitucional n 86/2015:
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CF 88, art. 166, 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da
despesa poder resultar no no cumprimento da meta de resultado fiscal
estabelecida na lei de diretrizes oramentrias, o montante previsto no 11
deste artigo poder ser reduzido em at a mesma proporo da limitao
incidente sobre o conjunto das despesas discricionrias.
Vejamos os erros das demais assertivas:
a) o Poder Executivo, na inrcia do Congresso Nacional, poder implementar
remanejamento de programao com impedimentos de ordem tcnica.
b) uma vez que as emendas tornam-se obrigatrias, os parlamentares no
precisam mais negociar a execuo (em tese) das suas emendas. Assim, o
Poder Legislativo fortalecido nessa relao de poderes.
c) o oramento impositivo no est relacionado a receitas. Ele est relacionado
a despesas, mais especificamente aquelas oriundas das emendas individuais.
d) depender sim. Essas condies podem gerar impedimentos de ordem
tcnica.
Gabarito: E
Finalizando esse tpico sobre noo e evoluo do oramento, a doutrina ainda
divide o oramento em trs tipos, dependendo dos Poderes que participam da
elaborao, aprovao e execuo deste:
o Poder Legislativo responsvel pela elaborao, a votao e o controle do oramento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execuo.
Oramento Legislativo
o Poder Executivo responsvel pela elaborao, a votao, o controle e a execuo do oramento.
Oramento Executivo
o Poder Executivo reponsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a votao e controle so responsailidade do Poder Legislativo. Trata-se do modelo adotado pela nossa Constituio Federal de 1988.
Oramento Misto
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7) (CESPE TC-DF 2014) Denomina-se oramento misto o oramento
pblico elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos
recursos seja executada por empresas do setor privado.
No esse o conceito. No Oramento misto, a elaborao e execuo do
oramento ficam a cargo do Poder Executivo.
Gabarito: E
Princpios Oramentrios
O oramento pblico tem princpios que regem sua elaborao e controle.
Esses princpios oramentrios so regras que norteiam o processo de
elaborao, aprovao, execuo e controle do oramento, encontrados na
Constituio, em legislao infraconstitucional, e por meio de interpretaes da
doutrina.
A Lei 4.320/64, abaixo da Constituio, um dos principais instrumentos
legislativos sobre oramento e contabilidade pblica. Essa lei estatui normas
gerais de direito financeiro para elaborao e controle dos oramentos e
balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal.
Foi recepcionada pela atual Constituio, devendo seus dispositivos serem
seguidos normalmente. Uma dvida recorrente se, com a sano da Lei
Complementar n 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade
Fiscal, aquela teria sido revogada. Contudo, essas duas leis tratam de temas
diferentes, mantendo-se a validade de ambas.
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Em seu art. 2, a Lei n. 4.320/64 prev expressamente a existncia dos
princpios da unidade, universalidade e anualidade. Esse artigo da 4.320/64 foi
cobrado em provas do Cespe, por isso bom saber o seu contedo:
Lei n. 4.320/64 - Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da
receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o
programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade,
universalidade e anualidade.
1 Integraro a Lei de Oramento:
I - Sumrio geral da receita por fontes e da despesa por funes do
Governo;
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias
Econmicas, na forma do Anexo n. 1;
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislao;
IV - Quadro das dotaes por rgos do Governo e da Administrao.
2 Acompanharo a Lei de Oramento:
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicao dos fundos
especiais;
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;
III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo,
em termos de realizao de obras e de prestao de servios. (Grifo nosso)
8) (CESPE FNDE 2012) A lei de oramento deve conter a discriminao
da receita e da despesa, de modo a evidenciar a poltica econmica e
financeira e o programa de trabalho adotados pelo governo,
obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade.
Questo literal do art. 2 da Lei n. 4.320/64:
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Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de
forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princpios de unidade universalidade e anualidade.
Gabarito: C
9) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) facultada a incluso, na lei de
oramento, do quadro demonstrativo do programa anual de trabalho
do governo no mbito de realizao de obras e prestao de servios,
uma vez que essa informao est contemplada nos quadros
demonstrativos das despesas.
O enunciado est incorreto, pois, primeiro, obrigatria a apresentao desses
quadros demonstrativos. Depois, conforme observamos da leitura dos incisos
II e III do 2, do artigo 2, da Lei n. 4.320/64, o quadro demonstrativo da
despesa distinto do quadro do programa anual de trabalho, no se incluindo
esse dentro daquele.
Gabarito: E
Agora vamos ver quais so os principais princpios oramentrios, suas
caractersticas e detalhes. Muita ateno a cada detalhe, pois em muitos
casos as questes pedem apenas que o candidato correlacione o nome de cada
princpio com suas caractersticas.
LEGALIDADE: com base no art 5 da CF/88, consigna que ningum
ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.
No caso do setor pblico, o gestor s pode fazer aquilo que est na lei. Isso
vale tambm para a matria oramentria. Diante desse fato, justifica-se a
existncia das leis oramentrias: PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de
Diretrizes Oramentrias) e LOA (Lei Oramentria Anual).
O oramento uma de Lei Ordinria, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito
especial, com iniciativa exclusiva de apresentao do Projeto pelo Chefe do
Poder Executivo. Apesar de ser uma lei ordinria, o oramento pblico no cria
nem gera direitos e deveres, no inovando na ordem jurdica. Dessa forma,
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materialmente, o Oramento Pblico considerado uma lei de efeitos
concretos, logo, com natureza de ato administrativo.
Podemos ento dar as seguintes caractersticas para a lei oramentria:
Prestem ateno! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso no impede o
controle abstrato de constitucionalidade sobre as normas oramentrias,
conforme jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema mais
facilmente observado na Prova de Constitucional, mas bom ficar atento, uma
vez que tem sido tema em provas!
UNIDADE/TOTALIDADE: O oramento deve ser uno, uma s pea.
Assim, no podero coexistir diferentes oramentos para um mesmo ente da
federao. Esse princpio buscar evitar a proliferao de oramentos paralelos
em um mesmo ente da federao, determinando que haja um s oramento.
uma Lei
formal
Formalmente o oramento uma lei, mas, conforme vimos acima, em vrios casos ela no obriga o Poder Pblico, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. Dizemos assim que o oramento uma lei apenas formal, pois diversas vezes deixa de possuir uma caracterstica essencial das leis: a coercibilidade
Lei ordinria
Todas as leis oramentrias (PPA, LDO e LOA) so leis ordinrias
Lei temporria A lei oramentria tem vigncia limitada (um ano).
Lei especial Possui processo legislativo diferenciado e trata de matria especfica
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De acordo com a Constituio, a Lei Oramentria Anual ser composta
pelo oramento fiscal, pelo oramento da seguridade social e pelo
oramento de investimento de empresas.
Conforme CF/88, Art. 165:
5 - A lei oramentria anual compreender:
I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e
mantidas pelo Poder Pblico;
II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os
fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.
Representa todas as receitas e despesas de fundos, rgos da administrao direta e indireta, que necessitam desses recursos para manuteno de suas atividades
Fiscal
Envolve os mesmos rgos do oramento fiscal, contudo, refere-se s despesas e receitas vinculadas seguridade social, compreendendo sade, previdncia e assistncia social
Seguridade Social
Compreende os valores transferidos para as empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, que no pertenam ao oramento Fiscal e da Seguridade Social
Investimento de empresas
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A despeito da existncia desses oramentos, esse fato no representa exceo
ou quebra do princpio da unidade, eis que, a pea oramentria est unificada
em um nico documento, atendendo ao comando principiolgico. Inclusive
esse princpio pode vir definido como Princpio da Totalidade, no sentido da
coexistncia de mltiplos oramentos que devem ser consolidados em uma s
Lei Oramentria Anual.
10) (CESPE Polcia Federal 2014) De acordo com o princpio da
unidade, ou da totalidade oramentria, todos os entes federados
devem reunir seus diferentes oramentos em uma nica lei
oramentria, que consolidar todas as receitas e despesas pblicas
do Estado.
Essas questes sobre princpios costumam ser cobradas com frequncia pelo
CESPE.
Como j foi dito, o princpio da unidade ou totalidade determina que cada Ente
Federativo deve possuir apenas um oramento. Logo, no deve haver um
oramento para todos os entes federados.
Gabarito: E
UNIVERSALIDADE: determina que a Lei Oramentria Anual
compreender todas as despesas e receitas, inclusive as provenientes de
operaes de crdito, referentes a todos os Poderes do Ente da Federao
(Unio, Estados, Muncipios e Distrito Federal), seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta.
Esse princpio no se aplica s operaes de crdito por antecipao da receita,
as emisses de papel-moeda e outras entradas compensatrias no ativo e
passivo financeiro.
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Esse princpio est previsto na Constituio Federal e no artigo 3 e 4 da Lei
n 4.320/64:
Art. 3. A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de
operaes de crdito autorizadas em lei.
Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as operaes de
credito por antecipao da receita, as emisses de papel-moeda e outras
entradas compensatrias, no ativo e passivo financeiros.
Art. 4. A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos
rgos do Governo e da administrao centralizada, ou que, por intermdio
deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2.
Diferentemente das operaes de crdito, que se originam de obrigaes
assumidas pelo Estado em razo de um recurso disponibilizado por terceiros,
as operaes de crditos por antecipao de receita tratam de um mecanismo
de execuo de despesas do Estado, que, prevendo a realizao de uma
receita, j realiza o respectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento
diferenciado.
Cuidado que a universalidade no tem nada a ver com o princpio da totalidade
(unidade). Em algumas questes de prova o examinador tenta confundir o
candidato quantos aos princpios da unidade e da universalidade. Por isso,
fique atento: quando a questo tratar da apresentao de todas as receitas e
despesas, o princpio citado o da universalidade.
Operaes de Crdito so compromissos financeiros em razo de emprstimo (mtuo), abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo,
aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores oriundo de vendas com fornecimento parcelado, etc.
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EXCLUSIVIDADE: a lei oramentria anual no deve conter dispositivo
estranho previso da receita e fixao da despesa, com exceo da
autorizao para a abertura de crditos suplementares e contratao de
operaes de crdito, inclusive as de antecipao de receita.
Esse princpio busca evitar que matrias diversas ao oramento sejam tratadas
nessa Lei e da mesma forma que normas sobre oramento constem de
dispositivos com outras finalidades, ou seja, as leis oramentrias devem ser
tratadas especificamente.
A ideia, como bem cita o Consultor de Oramentos da Cmara dos Deputados
Eber Zoehler Santa Helena, evitar a existncia de caudas e rabilongos, como
a incluso em lei oramentria de procedimentos de ao de desquite!!! Tem
base? Pois isso j ocorreu. Veja as denominaes das caudas em outros
pases: tackings (Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e cavaliers
budgetaries (Frana).
Sobre as autorizaes que podero constar do Oramento, o artigo 7 da Lei n.
4.320/64, dispe:
Art. 7 A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para:
I - Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as
disposies do artigo 43;
II - Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por
antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa.
1 Em casos de dficit, a Lei de Oramento indicar as fontes de recursos
que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
2 O produto estimado de operaes de crdito e de alienao de bens
imveis somente se incluir na receita quando umas e outras forem
especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que
juridicamente possibilite ao Poder Executivo realiz-las no exerccio.
3 A autorizao legislativa a que se refere o pargrafo anterior, no tocante
a operaes de crdito, poder constar da prpria Lei de Oramento.
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11) (CESPE TRT 2 REGIO 2014) A incluso de dispositivos que
autorizam a criao de cargos pblicos na Lei Oramentria Anual
vedada porque fere o princpio oramentrio
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do oramento bruto.
e) da publicidade.
A lei oramentria deve conter apenas matria oramentria, conforme
preceitua o princpio da exclusividade.
Gabarito: A
ANUALIDADE/PERIODICIDADE: o oramento deve abranger um
perodo definido no tempo. No Brasil, o oramento coincide com o ano civil,
perodo de um ano. Assim, as autorizaes para gastos tero validade apenas
para o exerccio financeiro da sua autorizao, salvo algumas excees, como
os crditos especiais e extraordinrios.
Lei 4.320/64 - Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.
Para aqueles cargos que cobram noes de Direito Tributrio, fique atento ao
fato que esse princpio no se aplica a esse ramo do Direito. Muitas bancas
gostam de afirmar que o princpio da anualidade um princpio tributrio.
ORAMENTO BRUTO: as receitas e despesas consignadas no
oramento devem ser apresentadas pelos seus valores brutos, sendo vedada a
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apresentao desses crditos deduzidos por algum valor. Esse princpio est
previsto no art. 6 da Lei n. 4.320/64:
Art. 6 Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos
seus totais, vedadas quaisquer dedues.
1 As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra
incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a
transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber.
2 Para cumprimento do disposto no pargrafo anterior, o clculo das cotas
ter por base os dados apurados no balano do exerccio anterior aquele em
que se elaborar a proposta oramentria do governo obrigado a transferncia.
Esse princpio se aplica inclusive para transferncias obrigatrias que um ente
faa para outro, em razo de um dispositivo legal ou constitucional (como o
Fundo de Participao dos Estados FPE). Assim, mesmo que parcela da
arrecadao de um tributo deva ser transferida a outro ente, por determinao
constitucional, essa parcela que ser transferida dever ser apresentada pelo
seu valor bruto como receita.
Como ocorrer a transferncia e em respeito ao princpio do oramento bruto,
a parcela transferida ser registrada como uma despesa no oramento do ente
transferidor.
12) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma
entidade pblica deva transferir a outra sero includas como receita
no oramento da entidade obrigada transferncia.
Em respeito ao princpio do oramento bruto, a parcela transferida ser
registrada como uma despesa no oramento do ente transferidor e no como
receita, como afirma a questo.
Gabarito: E
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Esse processo de transferncia est previsto no Manual de Contabilidade
aplicado ao Setor Pblico (MCASP) da Secretaria do Tesouro Nacional - STN:
Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartio
tributria), a transferncia poder ser registrada como deduo de receita ou
como despesa oramentria, de acordo com a legislao em vigor.
Ateno para o fato de que essa regra no vale para Imposto de Renda Retido
na fonte por estados e muncipios, pois nesse caso, a Constituio afirma que
esses recursos pertencem aos entes responsveis pela reteno.
Esse conhecimento foi cobrado recentemente em prova:
13) (CESPE TRE-GO 2015) O imposto de renda retido na fonte sobre
rendimentos pagos pelos estados e municpios, de competncia da
Unio, no chega a constituir-se em transferncia queles entes,
sendo diretamente apropriado como receita tributria prpria
Como j afirmei, a questo est correta! O MCASP trata sobre o tema:
a contabilidade espelha o fato efetivamente ocorrido: mesmo correspondendo
arrecadao de um tributo de competncia da Unio, tais recursos no
transitam por ela, ficando diretamente com o ente arrecadador. Desse modo,
no h de se falar em registro de uma receita de transferncia nos estados, DF
e municpios, uma vez que no ocorre a efetiva transferncia do valor pela
Unio.
Gabarito: C
DISCRIMINAO/ESPECIALIZAO: as dotaes previstas no
oramento devem ser especificadas, sendo vedado prever no oramento,
dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, servios de terceiros ou quaisquer outras. Tem como
finalidade dar transparncia aos gastos do governo, facilitando a funo de
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acompanhamento e controle do gasto pblico pelos rgos de controle e pela
sociedade.
Excepciona-se nesses casos a possiblidade de consignao de dotaes
globais para programas especiais de trabalho e a reserva de
contingncia.
Art. 5 A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de
terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo
20 e seu pargrafo nico.
Art. 20. Os investimentos sero discriminados na Lei de Oramento segundo os
projetos de obras e de outras aplicaes.
Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza,
no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da
despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as
Despesas de Capital.
NO AFETAO/NO VINCULAO: A receita de impostos no deve
ser vinculada a rgos, fundos e despesas, ressalvando-se as seguintes
excees previstas na Constituio Federal de 88:
Transferncias constitucionais/Repartio das receitas tributrias
(Fundos de Participao dos Estados e dos Municpios, Fundos de
Desenvolvimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste);
Garantia e contra-garantia de operaes de crdito por antecipao
de receita junto Unio;
Aes e servios pblicos de sade;
Desenvolvimento e manuteno do ensino;
Realizao de atividades de administrao fazendria.
CF 88 Art. 167. So vedados:
IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios
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pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para
realizao de atividades da administrao tributria, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de
garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art.
165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo; (grifo nosso)
O Princpio da No Afetao veda a vinculao da receita de
IMPOSTOS, logo, no se aplica receita de taxas, contribuies, emprstimos
compulsrios e contribuies de melhoria, que so as demais espcies de
tributo.
14) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que determinado municpio tenha
institudo contribuio de melhoria sobre imveis localizados prximos
de obra pblica concluda. Nessa situao, em respeito ao princpio da
no vinculao, o municpio estar proibido de determinar a
destinao do produto da arrecadao da referida contribuio ao
atendimento de despesa pblica especfica.
O princpio da no vinculao refere-se apenas aos impostos, assim, para
taxas, contribuies, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios,
no h essa vedao.
Gabarito: E
EQUILBRIO: possui duas vertentes, a formal e a material. A formal
indica que o total de despesas deve ser igual ao total das receitas na Lei
Oramentria, ou seja, a despesa autorizada deve ser equivalente a
receita estimada. J a material mais especfica e significa a busca do
equilbrio na execuo do oramento, como por exemplo, a utilizao de
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receitas de capital para o financiamento de despesas desse mesmo gnero e
no para pagamento de despesas de custeio.
Esse princpio do equilbrio, ao estabelecer compatibilizao entre receitas e
despesas, fundamental no controle dos gastos pblicos, evitando a
ocorrncia de dficits nas contas pblicas, tanto na sua concepo formal
quanto material.
Voc deve estar acompanhando as contas pblicas no Brasil nos ltimos anos.
O controle dos gastos no vem sendo bem feito e o dficit a consequncia.
UNIFORMIDADE: tem como objetivo permitir a comparao de
oramentos de diversos anos. Os aspectos formais de apresentao da lei
oramentria anual devem ser uniformes ao longo do tempo, possibilitando
comparaes entre oramentos de vrios perodos.
15) (CESPE FUB 2013) O oramento deve atender ao requisito de
uniformidade no que se refere ao aspecto formal para permitir a
comparabilidade ao longo dos exerccios financeiros.
Formal Material
Receitas de
Capital -->
Despesas de Capital
Equilbrio na execuo do oramento
Total de Receitas
=
Total de Despesas
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Correto, o oramento dever ser apresentado uniformemente ao longo dos
anos, permitindo a comparao de vrios perodos.
Gabarito: C
CLAREZA: determina que o oramento deve ser de fcil
compreenso. Trata-se de um princpio voltado para quem tiver contato com o
oramento, sendo necessrio que o documento seja compreensvel, objetivo e
claro para todos, evitando-se que termos tcnicos inviabilizem a leitura.
PUBLICIDADE: Como qualquer outro ato emanado pelo poder
pblico, ao Oramento deve ser garantida a sua publicidade.
PROGRAMAO: Esse princpio no muito visto na doutrina,
mas vem sendo cobrado ultimamente em provas de concurso. Ele se relaciona
com o oramento-programa, adotado no Brasil, que determina que o
oramento deva viabilizar o planejamento governamental, por meio de aes
voltadas para alcance desse fim.
Alm dos princpios relacionados acima, a Constituio ainda prev, nos incisos
do artigo 167, situaes vedadas pela Carta Magna. Esses casos no so
considerados pela Doutrina em geral como princpios, mas pela fora e
generalidade de suas disposies, achamos importante enumer-las.
Dessa forma, so vedados:
O incio de programas e projetos no previstos na Lei
Oramentria;
Despesas ou obrigaes que excedam os crditos oramentrios ou
adicionais;
Operaes de crditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta (Regra de Ouro);
Vinculao da receita de impostos (Princpio da no afetao);
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Abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao
legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes;
Transposio, remanejamento ou transferncia de recursos sem
autorizao legislativa;
Crditos ilimitados;
Destinao de recursos do oramento fiscal e da seguridade social
para cobrir o dficit de fundos, empresas e fundaes, salvo
autorizao legislativa;
Instituio de fundos sem autorizao legislativa prvia; e
Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados,
por meio de transferncias voluntrias ou emprstimos, pela Unio
e Estados e suas instituies financeiras.
Questes
16) (CESPE Polcia Federal 2014) O oramento pblico constitui norma
legal a ser aplicada integralmente e contm a previso de receitas e a
estimativa de despesas a serem realizadas pelo governo em
determinado exerccio financeiro, sendo objeto de estudo tanto do
direito financeiro quanto do direito tributrio.
Errado, o oramento pblico contm a PREVISO (ESTIMATIVA) das receitas e
a FIXAO das despesas. Ateno, a banca adora trocar esses conceitos!
Gabarito: E
17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and
budgeting system), dada a facilidade de sua implantao em rgos
pblicos, foi, amplamente adotado, a partir da dcada de setenta do
sculo XX, em todo o mundo.
Novamente se afirma incorretamente que foi fcil a implementao do PPBS, o
que j vimos que no foi dessa forma.
Gabarito: E
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18) (CESPE MPU 2015) Por meio do oramento-programa possvel
expressar, com maior veracidade, a responsabilidade do governo para
com a sociedade, visto que o oramento deve indicar com clareza os
objetivos da nao.
Ao vincular o planejamento governamental com a execuo dos recursos
pblicos, o oramento-programa possibilita aferir com maior preciso a
responsabilidade do gestor na busca pelas demandas da populao.
Gabarito: C
19) (CESPE TCE-RO 2013) O oramento-programa fornece subsdios ao
planejamento, visto que possibilita a ligao entre o controle da
execuo oramentria e a elaborao oramentria.
Uma das caractersticas do Oramento Programa justamente sua vinculao
com o Planejamento Governamental. Essa vinculao ocorre tanto na
elaborao, quanto sobre o controle da execuo do Oramento.
Gabarito: C
20) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do oramento-programa podem
ser classificados em finais e derivados, sendo os derivados
representados pelo conjunto de impactos indiretos oriundos da ao
governamental.
Os objetivos do oramento-programa podem ser classificados em finais e
derivados:
Gabarito: C
Derivados
Apenas contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demonstram quantitativamente os propsitos especficos (mecanismos) de governo.
Finais Representam as finalidades da ao governamental. Esses objetivos demonstram uma avaliao qualitativa dos propsitos de governo.
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21) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) O oramento-programa uma
tcnica ambiciosa de conciliao entre planejamento e controle poltico
na pea oramentria. sua eficcia como instrumento de controle
poltico que torna difcil sua implantao, j que no h grandes
dificuldades tcnicas para a sua operacionalizao.
A questo est errada, pois o oramento-programa enfrenta sim dificuldades
na sua operacionalizao em face da sua complexidade. O oramento-
programa resultado de uma construo coletiva, envolvendo dilogo entre
vrios setores.
Gabarito: E
22) (CESPE CPRM 2013) O oramento no se restringe a um
documento de carter contbil e administrativo, se for elaborado e
executado de acordo com tcnicas oramentrias modernas
amplamente referendadas.
Exatamente. O que vigora hoje o oramento-programa (tcnica oramentria
moderna e amplamente referendada), que no um mero documento de
carter contbil e administrativo. O oramento-programa vincula o
Planejamento Governamental com a execuo dos gastos pblicos.
Gabarito: C
23) (CESPE CNJ 2013) A organizao e a apresentao do oramento
pblico so as principais preocupaes do oramento base-zero,
enquanto a avaliao e a tomada de deciso acerca das despesas
ocupam, nesse modelo, um papel secundrio.
E a? O que vocs acham? OBZ preocupa-se mais com organizao e
apresentao ou o seu foco est na avaliao e na tomada de deciso?
Avaliao e tomada de deciso, no ? Uma vez que preciso zerar tudo ano
a ano, avaliar o oramento e tomar decises preocupao constante nesse
tipo de oramento.
Gabarito: E
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24) (CESPE ICMBIO 2014) As dificuldades de se implementar a tcnica
de oramento de base-zero incluem a resistncia imposta pela
burocracia quando a eficcia de seus programas avaliada.
Isso mesmo. Avaliar a eficcia de um programa significa verificar se as metas
e objetivos foram alcanados. Como muitos dos projetos do governo superam
um exerccio financeiro, exige-se a permanncia desses projetos, mesmo que a
avaliao realizada pela tcnica de Oramento Base-Zero conclua de outra
forma.
Gabarito: C
25) (CESPE Polcia Federal 2014) No Brasil, elabora-se o oramento do
tipo legislativo, dada a competncia para votar e aprovar o oramento
ser do Poder Legislativo.
Questo incorreta, no Brasil vigora atualmente o oramento do tipo misto.
O Poder Executivo responsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a
votao e controle so responsabilidade do Poder Legislativo.
Gabarito: E
26) (CESPE TC-DF 2012) No atual ordenamento constitucional
brasileiro, a LOA , simultaneamente, uma lei especial e ordinria.
Correto! A lei oramentria anual (LOA) uma lei formal, ordinria, temporria
e especial!
Gabarito: C
27) (CESPE TC-DF 2014) Considera-se respeitado o princpio da
unidade oramentria ainda que a lei oramentria anual seja
composta por trs oramentos diferentes, como ocorre no Brasil.
A despeito da existncia desses oramentos, esse fato no representa exceo
ou quebra do princpio da unidade, eis que, a pea oramentria est unificada
em um nico documento.
Gabarito: C
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28) (CESPE FUB 2015) De acordo com o princpio da unidade, o
oramento deve valer para uma unidade de tempo, isto , para o
perodo de um ano.
Inverso de princpios. o princpio da periodicidade/anualidade que prev a
existncia de um oramento para uma unidade de tempo e no o princpio da
unidade.
Gabarito: E
29) (CESPE TC-DF 2012) O princpio oramentrio da unidade um dos
mais antigos no Brasil no que se refere aplicao prtica, pois vem
sendo observado desde a publicao da Lei n. 4.320/1964.
O erro da questo dizer que o princpio oramentrio da unidade um dos
mais antigos no Brasil no que se refere aplicao PRTICA. Apesar de estar
previsto desde a Lei n. 4.320/1964, somente com a CF/1988 foi efetivamente
colocado em prtica. Antes disso, havia diversas peas oramentrias no
consolidadas, como o oramento monetrio, que sequer passava pela
aprovao legislativa.
Gabarito: E
30) (CESPE INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos
gastos pblicos, o princpio da unidade prope que os oramentos de
todos os entes federados (Unio, estados e municpios) sejam
reunidos em uma nica pea oramentria, que assume a funo de
oramento nacional unificado.
O princpio da unidade determina que cada ente da federao (Unio, estados
e municpios) possua um oramento uno, e no que dever haver um
oramento consolidado de todos esses entes, assim, cada ente tem que ter seu
prprio oramento.
Gabarito: E
31) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da exclusividade
tem o objetivo de impedir que a lei de oramento seja utilizada como
meio de aprovao de matrias estranhas s questes oramentrias.
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Exato! O objetivo desse princpio evitar que a lei oramentria anual
contenha dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa.
Gabarito: C
32) (CESPE MPU 2015) De acordo com o princpio da exclusividade,
vedado ao Poder Executivo incluir na lei oramentria anual (LOA)
autorizao para contratao de operao de crdito.
Item errado, pois o principio da exclusividade excepciona a autorizao na LOA
de abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito,
inclusive por antecipao de receita oramentria.
Gabarito: E
33) (CESPE CGE-PI 2015) A LOA no dever conter dispositivo
estranho previso da receita e fixao da despesa, nem autorizao
para a contratao de operao de crdito por antecipao de receita
oramentria (ARO).
De novo! Ok, o princpio da exclusividade veda dispositivos estranhos
previso da receita e fixao da despesa, contudo, excepciona a autorizao
para abertura de crditos suplementares e a contratao de operao de
crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO).
Gabarito: E
34) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para que seja realizada operao
de crdito por antecipao da receita, para resolver insuficincias de
caixa poder conter autorizao ao executivo, na lei de oramento
vigente.
A Lei Oramentria Anual poder conter autorizao para realizao de
operao de crdito por antecipao de receita, no caso de insuficincia de
caixa.
Gabarito: C
35) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para a elaborao do oramento
sero consideradas todas as receitas, as operaes de crdito por
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antecipao da receita e outras entradas compensatrias, em ativo e
passivo financeiros.
Esse enunciado se refere ao princpio da universalidade, todas as receitas e
despesas devero constar do oramento. Contudo, esse princpio no se aplica
s entradas compensatrias no ativo e passivo financeiro, tais como operaes
de crdito por antecipao de receita e emisso de papel moeda.
Gabarito: E
36) (CESPE INPI 2013) O princpio da universalidade deve ser seguido
na parcela do oramento que trata dos Poderes Executivo e Judicirio.
No entanto, esse princpio no precisa ser observado no caso das
despesas relativas ao Poder Legislativo.
O princpio da universalidade se aplica a todos os poderes, inclusive ao Poder
Legislativo, devendo todas as receitas e despesas de um ente da federao
estarem presentes na Lei Oramentria Anual.
Gabarito: E
37) (CESPE TC-DF 2014) O princpio da universalidade est expresso
no dispositivo constitucional que probe a concesso ou utilizao de
crditos ilimitados.
No isso!! O princpio da universalidade prev que a Lei Oramentria Anual
compreender todas as despesas e receitas, inclusive as provenientes de
operaes de crdito, referentes a todos os Poderes do Ente da Federao,
seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta.
Gabarito: E
38) (CESPE FUB 2015) O princpio que estabelece que todas as
receitas e despesas devem ser obrigatoriamente consideradas o
denominado princpio da obrigatoriedade.
O nome do princpio no esse. O princpio ao qual a questo se refere o da
universalidade.
Gabarito: E
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39) (CESPE ANTAQ 2014) O princpio da anualidade oramentria
determina que o oramento de cada um dos entes da Federao deve
ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano anterior ao
da sua execuo.
O enunciado da questo est incorreto. O princpio da anualidade prev que o
oramento se refira a um perodo de tempo determinado e no que sua
elaborao ocorra no ano anterior ao de sua execuo.
De fato, o oramento precisa ser elaborado no ano anterior, mas isso no tem
a ver com o princpio da anualidade.
Gabarito: E
40) (CESPE TRE-GO 2015) De acordo com o princpio do oramento
bruto, o montante total de despesas oramentrias deve ser igual ao
montante total de receitas oramentrias.
Nada disso, o princpio que determina a igualdade entre despesas e receitas
o do equilbrio.
Gabarito: E
41) (CESPE INPI 2013) O princpio do oramento bruto refere-se
apresentao dos valores do modo mais simples possvel, ou seja,
aps todas as dedues brutas terem sido realizadas.
O enunciado da questo afirma exatamente o contrrio do que determina o
princpio do oramento bruto. De acordo com esse princpio, as receitas e
despesas consignadas no oramento devem ser apresentadas pelos seus
valores brutos, sendo vedada a apresentao desses crditos deduzidos por
algum valor.
Gabarito: E
42) (CESPE MTE 2014) Nas transferncias de crditos oramentrios, a
despesa do rgo transferidor registrada como deduo das receitas
arrecadadas a fim de evidenciar o valor lquido da receita pertencente
ao rgo arrecadador.
De acordo com o 1, Art. 6, da Lei n. 4.320/64:
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As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-
se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e,
como receita, no oramento da que as deva receber.
Logo, o registro correto no rgo transferidor como despesa e no como
deduo da receita. Lembre-se do princpio do oramento bruto.
Gabarito: E
43) (CESPE TRT 17 REGIO 2013) As parcelas referentes s
transferncias constitucionais da Unio para os estados e municpios,
por constiturem destinaes incondicionais, definidas por percentuais
predeterminados, no integram a receita oramentria da Unio, e, em
atendimento ao princpio do oramento bruto, ingressam diretamente
como receita oramentria dos entes beneficirios.
O princpio do oramento bruto se aplica inclusive s transferncias
constitucionais da Unio para os estados e municpios, logo, as receitas a
serem transferidas integram o oramento do ente transferidor. De acordo com
1, Art. 6, da Lei n. 4.320/64:
As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-
se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e,
como receita, no oramento da que as deva receber.
Gabarito: E
44) (CESPE FUB 2015) As despesas, dentro do oramento, devem
aparecer em seus valores brutos, sem dedues.
Correto! Assim determina o princpio do oramento bruto.
Gabarito: C
45) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) As dotaes globais destinadas a
atender indiferentemente despesas de pessoal, material, servios de
terceiros, transferncias ou quaisquer outras no sero consignadas
lei de oramento. Entretanto, podero ser custeados por dotaes
globais, classificadas entre as despesas de capital, os programas
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especiais de trabalho que, por sua natureza, no se possam cumprir
subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa.
Exatamente. Como exceo ao princpio da especializao, poder ser prevista
dotaes globais para atenderem programas especiais de trabalho que, por sua
natureza, no se subordinem s normas gerais de execuo da despesa.
Gabarito: C
46) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da especializao
contribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as
finanas executivas.
Na medida em que veda dotaes globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros,
transferncias ou quaisquer outras, o princpio da especializao contribui para
a transparncia e fiscalizao do oramento pelo Poder Legislativo.
Gabarito: C
47) (CESPE FUB 2013) O princpio do equilbrio uma importante
ferramenta de controle dos gastos e da dvida pblica por estabelecer
que o total da despesa oramentria tenha como limite a receita
oramentria prevista para o exerccio financeiro.
Esse princpio do equilbrio, ao estabelecer compatibilizao entre receitas e
despesas, fundamental no controle dos gastos pblicos, evitando a
ocorrncia de dficits nas contas pblicas, tanto na sua concepo formal
quanto material.
Voc deve estar acompanhando as contas pblicas no Brasil nos ltimos anos.
O controle dos gastos no vem sendo bem feito e o dficit a consequncia.
Gabarito: C
48) (CESPE TCE-ES 2012) Se, em determinado exerccio, a arrecadao
tributria de determinado ente federativo no alcanar o volume de
recursos previstos na lei oramentria anual, no haver possibilidade
de esse ente atender ao princpio do equilbrio oramentrio.
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O montante da despesa no pode superar o da receita. Caso a previso da
receita no se concretize, dever haver uma reduo da despesa a fim de no
ocorrer um desequilbrio oramentrio. Essa reduo permite que se cumpra o
princpio do equilbrio.
Gabarito: E
49) (CESPE ANAC 2012) De acordo com o princpio da clareza, a LOA
deve ser elaborada em linguagem compreensvel a todos os
interessados.
Isso mesmo. O princpio da clareza determina que o oramento deve ser de
fcil compreenso. Trata-se de um princpio voltado para quem tiver contato
com o oramento, sendo necessrio que o documento seja compreensvel,
objetivo e claro para todos, evitando-se que termos tcnicos inviabilizem a
leitura.
Gabarito: C
50) (CESPE TCE-RO 2013) No Brasil, adota-se o oramento misto, visto
que sua elaborao competncia do Poder Executivo, e sua votao e
controle so competncias do Poder Legislativo.
Correto, vamos relembrar as formas de classificao do oramento
dependendo dos Poderes incumbidos de sua elaborao, aprovao, execuo
e controle:
Gabarito: C
o Poder Legislativo responsvel pela elaborao, a votao e o controle do oramento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execuo.
Oramento Legislativo
o Poder Executivo responsvel pela elaborao, a votao, o controle e a execuo do oramento.
Oramento Executivo
o Poder Executivo reponsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a votao e controle so responsailidade do Poder Legislativo. Trata-se do modelo adotado pela nossa Constituio Federal de 1988.
Oramento Misto
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ORAMENTO PBLICO I
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ORAMENTO PBLICO II
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PRINCPIOS I
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PRINCPIOS II
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Bibliografia
Livro/Texto Autor
Manual Tcnico de Oramento SOF
Manual SIAFI STN
Gesto de finanas pblicas Albuquerque, Medeiros e Feij
Oramento Pblico Giacomoni
Exerccios Trabalhados
1) (CESPE MDIC 2014) A funo poltica do oramento diz respeito ao
estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da
arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos provocada pelos
2) (CESPE TCE-RS 2012) A alocao dos recursos visa, no oramento
tradicional, aquisio de meios e, no oramento-programa, ao atendimento
de metas e objetivos previamente definidos.
3) (CESPE INPI 2013) O Planning Programming and Budgeting System (PPBS),
adotado na dcada de 60 do sculo passado, foi uma tentativa de incorporao
do planejamento ao oramento, tendo sido considerado um sistema de fcil
operacionalizao e implementao.
4) (CESPE MPU 2015) O oramento de desempenho, por considerar o resultado
dos gastos e os nveis organizacionais responsveis pela execuo dos
programas, distingue-se do oramento clssico.
5) (CESPE ANTAQ 2014) O oramento base-zero utilizado como um mtodo
que define objetivos com vistas otimizao do custo-benefcio, entretanto a
sua adoo prejudica a adequada vinculao do oramento ao planejamento de
longo prazo.
6) (CESPE TCE-ES 2013) Com a perspectiva da aprovao do oramento
impositivo no Brasil,
a) o Poder Executivo no poder propor modificaes, durante o exerccio, das
aes introduzidas pelos parlamentares.
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b) haver um fortalecimento do Poder Executivo na elaborao da proposta
oramentria.
c) o Poder Executivo estar obrigado a arrecadar a receita prevista.
d) a execuo da despesa no depender das condies operacionais
associadas realizao das obras e servios autorizados.
e) a execuo do oramento continuar dependendo da realizao da receita.
7) (CESPE TC-DF 2014) Denomina-se oramento misto o oramento pblico
elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja
executada por empresas do setor privado.
8) (CESPE FNDE 2012) A lei de oramento deve conter a discriminao da
receita e da despesa, de modo a evidenciar a poltica econmica e financeira e
o programa de trabalho adotados pelo governo, obedecidos os princpios de
unidade, universalidade e anualidade.
9) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) facultada a incluso, na lei de oramento,
do quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo no mbito
de realizao de obras e prestao de servios, uma vez que essa informao
est contemplada nos quadros demonstrativos das despesas.
10) (CESPE Polcia Federal 2014) De acordo com o princpio da unidade, ou da
totalidade oramentria, todos os entes federados devem reunir seus
diferentes oramentos em uma nica lei oramentria, que consolidar todas
as receitas e despesas pblicas do Estado.
11) (CESPE TRT 2 REGIO 2014) A incluso de dispositivos que autorizam a
criao de cargos pblicos na Lei Oramentria Anual vedada porque fere o
princpio oramentrio
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do oramento bruto.
e) da publicidade.
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12) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma
entidade pblica deva transferir a outra sero includas como receita no
oramento da entidade obrigada transferncia.
13) (CESPE TRE-GO 2015) O imposto de renda retido na fonte sobre
rendimentos pagos pelos estados e municpios, de competncia da Unio, no
chega a constituir-se em transferncia queles entes, sendo diretamente
apropriado como receita tributria prpria
14) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que determinado municpio tenha institudo
contribuio de melhoria sobre imveis localizados prximos de obra pblica
concluda. Nessa situao, em respeito ao princpio da no vinculao, o
municpio estar proibido de determinar a destinao do produto da
arrecadao da referida contribuio ao atendimento de despesa pblica
especfica.
15) (CESPE FUB 2013) O oramento deve atender ao requisito de uniformidade
no que se refere ao aspecto formal para permitir a comparabilidade ao longo
dos exerccios financeiros.
16) (CESPE Polcia Federal 2014) O oramento pblico constitui norma legal a
ser aplicada integralmente e contm a previso de receitas e a estimativa de
despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exerccio
financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito
tributrio.
17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and budgeting
system), dada a facilidade de sua implantao em rgos pblicos, foi,
amplamente adotado, a partir da dcada de setenta do sculo XX, em todo o
mundo.
18) (CESPE MPU 2015) Por meio do oramento-programa possvel expressar,
com maior veracidade, a responsabilidade do governo para com a sociedade,
visto que o oramento deve indicar com clareza os objetivos da nao.
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19) (CESPE TCE-RO 2013) O oramento-programa fornece subsdios ao
planejamento, visto que possibilita a ligao entre o controle da execuo
oramentria e a elaborao oramentria.
20) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do oramento-programa podem ser
classificados em finais e derivados, sendo os derivados representados pelo
conjunto de impactos indiretos oriundos da ao governamental.
21) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) O oramento-programa uma tcnica
ambiciosa de conciliao entre planejamento e controle poltico na pea
oramentria. sua eficcia como instrumento de controle poltico que torna
difcil sua implantao, j que no h grandes dificuldades tcnicas para a sua
operacionalizao.
22) (CESPE CPRM 2013) O oramento no se restringe a um documento de
carter contbil e administrativo, se for elaborado e executado de acordo com
tcnicas oramentrias modernas amplamente referendadas.
23) (CESPE CNJ 2013) A organizao e a apresentao do oramento pblico
so as principais preocupaes do oramento base-zero, enquanto a avaliao
e a tomada de deciso acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um papel
secundrio.
24) (CESPE ICMBIO 2014) As dificuldades de se implementar a tcnica de
oramento de base-zero incluem a resistncia imposta pela burocracia quando
a eficcia de seus programas avaliada.
25) (CESPE Polcia Federal 2014) No Brasil, elabora-se o oramento do tipo
legislativo, dada a competncia para votar e aprovar o oramento ser do Poder
Legislativo.
26) (CESPE TC-DF 2012) No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA
, simultaneamente, uma lei especial e ordinria.
27) (CESPE TC-DF 2014) Considera-se respeitado o princpio da unidade
oramentria ainda que a lei oramentria anual seja composta por trs
oramentos diferentes, como ocorre no Brasil.
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28) (CESPE FUB 2015) De acordo com o princpio da unidade, o oramento
deve valer para uma unidade de tempo, isto , para o perodo de um ano.
29) (CESPE TC-DF 2012) O princpio oramentrio da unidade um dos mais
antigos no Brasil no que se refere aplicao prtica, pois vem sendo
observado desde a publicao da Lei n. 4.320/1964.
30) (CESPE INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos
pblicos, o princpio da unidade prope que os oramentos de todos os entes
federados (Unio, estados e municpios) sejam reunidos em uma nica pea
oramentria, que assume a funo de oramento nacional unificado.
31) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da exclusividade tem o
objetivo de impedir que a lei de oramento seja utilizada como meio de
aprovao de matrias estranhas s questes oramentrias.
32) (CESPE MPU 2015) De acordo com o princpio da exclusividade, vedado
ao Poder Executivo incluir na lei oramentria anual (LOA) autorizao para
contratao de operao de crdito.
33) (CESPE CGE-PI 2015) A LOA no dever conter dispositivo estranho
previso da receita e fixao da despesa, nem autorizao para a
contratao de operao de crdito por antecipao de receita oramentria
(ARO).
34) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para que seja realizada operao de
crdito por antecipao da receita, para resolver insuficincias de caixa poder
conter autorizao ao executivo, na lei de oramento vigente.
35) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para a elaborao do oramento sero
consideradas todas as receitas, as operaes de crdito por antecipao da
receita e outras entradas compensatrias, em ativo e passivo financeiros.
36) (CESPE INPI 2013) O