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Curso de AFO (STJ) Técnico Jud. – Administrativa Aula 00 – Conceitos e Princípios Orçamentários Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 1 Olá pessoal, como vão as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com material de qualidade. Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive há mais de 7 anos em Brasília. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu sotaque mineiro que come quieto um pão de queijin, sempre com café (humm, maravilha!!!). Vamos a um breve resumo do meu currículo: Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia – UFU; MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na Fundação Getúlio Vargas – FGV; Atualmente, sou Analista Legislativo da Câmara dos Deputados, onde trabalho com as nossas Leis Orçamentárias; Fui classificado no concurso para Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados, certame realizado em 2014; Ex-Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, onde atuava na Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI; Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Supremo Tribunal Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do concurso do STJ); Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Conselho Nacional de Justiça, onde atuava na Seção de Gestão de Contratos (oriundo do concurso do STF); Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, onde atuava na Coordenação de Tomada de Contas Especial; Aula Demo

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    Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes

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    Ol pessoal, como vo as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que

    sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com

    material de qualidade.

    Meu nome Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive h mais de 7

    anos em Braslia. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu

    sotaque mineiro que come quieto um po de queijin, sempre com caf (humm,

    maravilha!!!).

    Vamos a um breve resumo do meu currculo:

    Graduado em Administrao na Universidade Federal de Uberlndia

    UFU;

    MBA em Comrcio Exterior e Negcios Internacionais na Fundao

    Getlio Vargas FGV;

    Atualmente, sou Analista Legislativo da Cmara dos Deputados,

    onde trabalho com as nossas Leis Oramentrias;

    Fui classificado no concurso para Consultor de Oramentos da

    Cmara dos Deputados, certame realizado em 2014;

    Ex-Analista de Planejamento e Oramento do Ministrio do

    Planejamento, Oramento e Gesto MPOG, onde atuava na Secretaria

    de Planejamento e Investimentos Estratgicos - SPI;

    Ex-Analista Judicirio (rea Administrativa) do Supremo Tribunal

    Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do

    concurso do STJ);

    Ex-Analista Judicirio (rea Administrativa) do Conselho Nacional

    de Justia, onde atuava na Seo de Gesto de Contratos (oriundo do

    concurso do STF);

    Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao,

    onde atuava na Coordenao de Tomada de Contas Especial;

    Aula Demo

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    Classificado no concurso de Analista Legislativo (Administrao) do

    Senado Federal em 2012;

    Venho lecionando administrao no Ponto dos Concursos nos ltimos

    quatro anos e meio;

    Possuo um livro publicado pela Editora Mtodo, sob coordenao do

    Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, intitulado Administrao para

    Concursos.

    Quando o tema oramento, este trabalho feito em parceria com o Professor

    Allan Mendes. Deixe-me passar algumas informaes sobre o professor antes

    de comearmos:

    Atualmente, Tcnico de Apoio Especializado Oramento do Ministrio

    Pblico da Unio (MPU), onde exerce a funo de Diretor

    Administrativo e Financeiro do Programa de Sade dos Membros

    e Servidores do MPF;

    Est classificado dentro das vagas para o cargo de Auditor Interno do

    GDF Planejamento e Oramento;

    Graduado em Cincias Contbeis na UNB;

    Graduado em Direito na UPIS;

    Ps-Graduado em Contabilidade Pblica na WPS;

    Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao,

    onde atuava como Chefe da Diviso de Prestao de Contas de

    Convnios.

    Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho

    uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o

    gelo. Permitam-me.

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    Brincadeiras parte, hoje comeo um curso de Noes de Administrao

    Financeira e Oramentria (Parte dos Conhecimentos Especficos) para

    o cargo de Tcnico Judicirio rea: Administrativa (Cargo 1) para o

    concurso do Superior Tribunal de Justia.

    Inicialmente, vejam a programao do curso e o sumrio desta aula para

    prosseguirmos.

    Fala papito, vamos

    pra night!!! Esse lance de estudar

    para concurso uma perda de tempo!!!

    Sabe de nada, Inocente!!!

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    Aula Contedo Programtico

    00 1 Oramento pblico. 1.1 Conceito 1.2 Tcnicas oramentrias. 1.3

    Princpios oramentrios.

    01

    2 O oramento pblico no Brasil. 2.1 Sistema de planejamento e de

    oramento federal. 2.2 Plano plurianual. 2.3 Diretrizes oramentrias.

    2.4 Oramento anual.

    02

    1.4 Ciclo oramentrio. 1.5 Processo oramentrio. 2.5 Sistema e

    processo de oramentao. 2.8 Crditos ordinrios e adicionais. 3

    Programao e execuo oramentria e financeira. 3.1 Descentralizao

    oramentria e financeira. 3.2 Acompanhamento da execuo.

    03 2.6 Classificaes oramentrias. 2.7 Estrutura programtica.

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    Sumrio

    Detalhe Sobre o Curso/Edital ..................................................... 05

    Conceitos e Princpios Oramentrios ...................................... 07

    Questes ......................................................................................... 33

    Mapas Mentais ................................................................................ 44

    Bibliografia ...................................................................................... 48

    Exerccios Trabalhados ............................................................... 48

    Gabarito ......................................................................................... 55

    E como ser o curso, Professor?

    O foco deste curso, ministrado em 3 aulas (alm desta aula demo), capacit-

    los para resolver a prova de AFO para o cargo de Tcnico Judicirio (rea:

    Administrativa) para o concurso do STJ.

    Meu objetivo aqui fazer com que vocs acertem as questes desta disciplina

    e que isso contribua para a aprovao no concurso.

    Esse curso de teoria e exerccios comentados possui foco na nossa banca:

    CESPE.

    Vale lembrar que a prova est prevista para 27/9/15. Tempo de sobra para

    estudar!!!! E qual a remunerao e a quantidade de vagas, professor?

    o Remunerao Inicial: R$ 5.365,92. Nada mal, no ???

    o Vagas e Redaes Corrigidas: 15 vagas, sendo que os 1000

    primeiros estaro aprovados caso faam os mnimos

    necessrios!!!

    Estudar de forma correta fundamental. O candidato precisa ser organizado,

    traar metas realistas e cumpri-las. Depois s fazer a prova e esperar a sua

    medalha, que na verdade um belo crach!!!!

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    Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares.

    A minha resposta: depende do nvel e da disponibilidade de cada um. O edital

    ser todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, est

    citada a bibliografia bsica.

    Aprofundando ou no em livros, fundamental que o aluno diversifique seus

    estudos com as outras matrias do certame. essencial que o candidato no

    deixe de lado aquela matria que ele possui um conhecimento prvio, mas no

    necessrio para gabaritar.

    Opte por estudar trs matrias (portugus, oramento, direito constitucional)

    diferentes por dia. No prximo dia, escolha outras trs e assim vai. Em um

    intervalo de 3 ou 4 dias, voc viu um pouco de todas as matrias do edital,

    deixando sempre a cabea fresquinha com os mais variados conhecimentos.

    Vamos conversar ao longo do curso no frum sobre a sua preparao.

    No deixe de participar.

    Outro ponto que quero falar sobre as questes comentadas. Ao longo do

    curso, irei colocar questes das matrias j estudadas. Assim, possvel

    que eu coloque, por exemplo, uma questo da matria vista hoje na aula 2. A

    ideia no deixar o contedo cair no esquecimento, ok?

    A estrutura da aula ser a seguinte: exposio da teoria com exerccios e seus

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    comentrios. Ao final da aula, esses mesmos exerccios sero colocados,

    porm sem os devidos comentrios, para quem queira tentar resolv-los sem

    que haja explicaes.

    Frum: o frum de dvidas um importante mecanismo de aprendizado e de

    valorizao do aluno que realmente est adquirindo o nosso curso de maneira

    legal. Qualquer questionamento com relao matria pode ser feito por l.

    medida que as perguntas so realizadas, vou respondendo seguindo a ordem

    de postagem.

    As perguntas so respondidas no prazo mximo de 1 semana. No entanto,

    mais comum que eu responda em um prazo menor do que sete dias. Vale frisar

    que todos os questionamentos sero atendidos.

    1 Oramento pblico. 1.1 Conceito 1.2 Tcnicas

    oramentrias. 1.3 Princpios oramentrios.

    O oramento pblico pode ser entendido como um conjunto de informaes

    que evidenciam as aes governamentais, bem como um elo capaz de ligar os

    sistemas de planejamento e finanas. Trata-se de um documento em que so

    previstas (estimadas) as receitas e fixadas as despesas.

    Guardem isso: fixao de despesas e previso de receitas!

    O examinador adora trocar essas informaes. s vezes, ele coloca numa

    questo que no oramento so previstas as despesas e fixadas as receitas.

    Errado!!! Temos que entender a lgica: como podemos fixar as receitas do

    governo? No h como. O governo no tem certeza de que receber essas

    receitas. Todo mundo vai pagar os seus impostos? E qual o valor exato?

    Impossvel de saber, no ?

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    Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. O governo deve ter um

    limite para os seus gastos. No comeo do ano, o governo costuma anunciar um

    corte de gastos previstos no oramento anual. Normalmente, a ideia tem sido

    a de conteno da inflao.

    O oramento pblico surgiu com o objetivo de controlar os gastos

    governamentais, em relao s receitas auferidas, evitando o excesso de

    gastos pblicos, sem receita correspondente.

    Atualmente podemos elencar as seguintes funes/dimenses do oramento

    pblico:

    Poltica: representa o embate entre as diversas foras polticas presentes

    na sociedade;

    Planejamento: orienta a ao do Estado no longo prazo;

    Jurdica: lei formal aprovada pelo Poder Legislativo;

    Gerencial: administrao, controle e a avaliao dos recursos utilizados;

    Financeira: estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por

    meio da arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos

    provocada pelos gastos governamentais;

    Econmica: instrumento de cumprimento das funes econmicas do

    Estado. Alocativa, distributiva e estabilizadora.

    receita pblica (obteno de

    recursos)

    crdito pblico (criao de recursos)

    o oramento pblico (gesto

    de recursos)

    despesa pblica (destinao de

    recursos)

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    1) (CESPE MDIC 2014) A funo poltica do oramento diz respeito ao

    estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da

    arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos provocada

    pelos gastos governamentais.

    A questo est incorreta. A funo de estabelecer o fluxo de entrada de

    recursos obtidos por meio da arrecadao de tributos, bem como da sada de

    recursos provocada pelos gastos governamentais, a Financeira, e no a

    Poltica.

    Gabarito: E

    O conceito e utilizao do oramento pblico vm evoluindo juntamente com a

    prpria histria da sociedade. Inicialmente o oramento surgiu na Inglaterra

    como um instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do

    Poder Executivo, fruto das conquistas da classe burguesa em contraposio ao

    absolutismo, cabendo ao soberano autorizao para realizar as despesas

    estatais.

    Este oramento chamado de ORAMENTO TRADICIONAL OU CLSSICO,

    cuja principal preocupao era relacionada a questes tributrias, deixando de

    lado aspectos sociais e econmicos. O foco do oramento tradicional era no

    objeto do gasto, sendo as despesas classificadas apenas por unidades

    administrativas ou itens de despesa.

    Para a prova, lembre-se que o oramento tradicional ou clssico era uma

    pea apenas para controle dos gastos pblicos.

    Oramento Tradicional:

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    No ps-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atuao do

    Estado, medida que a sociedade exigia um Estado provedor de servios

    pblicos, a importncia e objetivos do oramento foram evoluindo. A fase

    seguinte ao oramento tradicional foi o ORAMENTO DESEMPENHO ou

    ORAMENTO DE REALIZAES, em que os gastos governamentais eram

    voltados para o cumprimento das metas preestabelecidas, no intuito de

    alcanar resultados especficos.

    Esse modelo de oramento representou uma evoluo do oramento

    tradicional, pois alm de apresentar o objeto do gasto, como o oramento

    tradicional, dispunha de uma nova dimenso, o programa de trabalho,

    com a finalidade de avaliar o desempenho das aes do governo.

    Contudo, muita ateno, apesar de nessa fase o oramento se preocupar em

    atingir resultados, nesse oramento ainda no havia a preocupao com o

    planejamento governamental.

    Oramento de Desempenho:

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    A primeira experincia de ligao do oramento com o planejamento Estatal

    ocorreu nos Estados Unidos na dcada de 60, conhecido como Planning

    Programming and Budgeting System (PPBS). Contudo, sua operacionalizao e

    implementao se mostraram rduas, tendo em vista a carncia de pessoal

    qualificado e a resistncia dos envolvidos para a sua aceitao.

    Fruto da experincia adquirida ao longo dos anos, foi se desenvolvendo uma

    nova forma de oramento: o ORAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza

    como instrumento de ligao entre o planejamento e a

    execuo/acompanhamento/controle da ao Governamental.

    o modelo em vigor no Brasil. Ponto caracterstico desse tipo de oramento

    sua vinculao direta com o Planejamento Governamental. Como o prprio

    nome nos indica, no Oramento-Programa o foco est nos programas de

    governo, nos projetos e atividades necessrios para atingir as metas

    pretendidas.

    Com base nesta caracterstica, o oramento-programa ultrapassa a fronteira

    do oramento com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo

    de atuao. O oramento passa a ser um instrumento de operacionalizao das

    diretrizes, objetivos e metas do governo.

    Os objetivos do oramento-programa podem ser classificados em finais e

    derivados:

    Fique atento diferena entre o oramento desempenho e o oramento

    programa. J foi cobrado em prova qual seria o oramento com preocupao

    principal no resultado dos gastos, sem vinculao com o instrumento central

    Derivados

    Apenas contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demonstram quantitativamente os propsitos especficos (mecanismos) de governo.

    Finais Representam as finalidades da ao governamental. Esses objetivos demonstram uma avaliao qualitativa dos propsitos de governo.

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    do governo. Nesse caso, no se confunda, trata-se do oramento desempenho,

    pois conforme j vimos, o Oramento-Programa se vincula ao instrumento

    central de planejamento do Governo.

    Vejamos as vantagens do Oramento-Programa:

    2) (CESPE TCE-RS 2012) A alocao dos recursos visa, no oramento

    tradicional, aquisio de meios e, no oramento-programa, ao

    atendimento de metas e objetivos previamente definidos.

    Perfeito. Oramento tradicional preocupa-se com os meios e oramento-

    programa est focado nos objetivos.

    Gabarito: C

    Melhor planejamento das aes

    Maior oportunidade para reduo dos gastos

    Melhor controle da execuo do programa

    Identificao dos gastos e realizaes por programa

    Inter-relacionamento entres custos e programao

    nfase no que a instituio realizar e no no que ela gasta

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    3) (CESPE INPI 2013) O Planning Programming and Budgeting System

    (PPBS), adotado na dcada de 60 do sculo passado, foi uma tentativa

    de incorporao do planejamento ao oramento, tendo sido

    considerado um sistema de fcil operacionalizao e implementao.

    O PPBS realmente foi um programa na dcada de 60 com a tentativa de

    incorporar o planejamento ao oramento, contudo, sua operacionalizao e

    implementao se mostraram complexas de serem executadas, tendo em vista

    a falta de pessoal qualificado e da resistncia dos envolvidos para a sua

    aceitao.

    Gabarito: E

    4) (CESPE MPU 2015) O oramento de desempenho, por considerar o

    resultado dos gastos e os nveis organizacionais responsveis pela

    execuo dos programas, distingue-se do oramento clssico.

    Correto, o oramento desempenho representou uma evoluo do oramento

    tradicional, pois alm de apresentar o objeto do gasto, como o oramento

    tradicional, dispunha de uma nova dimenso, o programa de trabalho, com a

    finalidade de avaliar o desempenho das aes do governo.

    Gabarito: C

    Outro tipo de oramento frequentemente cobrado em provas o ORAMENTO

    BASE-ZERO (OBZ). Nessa forma de oramento, devem-se rever todos os

    valores consignados no oramento antecedente. Nenhum programa tem

    continuidade garantida. Todos os programas devem ser revistos, a partir da

    anlise da sua permanncia. Assim, como o prprio nome diz, partindo-se do

    zero para construo de um novo oramento.

    Esse tipo de oramento possui alguns entraves para sua implementao, entre

    eles, a resistncia imposta pela burocracia, quando avaliada a eficcia de seus

    programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de oramento com uma viso

    de planejamento de longo prazo.

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    Em oposio ao OBZ, h o ORAMENTO INCREMENTAL. Esse oramento

    funciona assim: num determinado ano, so arroladas as despesas e as

    receitas. No prximo exerccio o que feito? Apenas a correo/atualizao

    dos valores, mantendo-se a base do ano anterior.

    Por fim, como um novo modelo que vem tomando fora, est o ORAMENTO

    PARTICIPATIVO, que convoca os cidados a participarem da etapa de

    formulao do oramento. Cuidado para o fato de que nem a competncia do

    Executivo para apresentar o Projeto e nem a competncia do Legislativo para

    aprov-lo so usurpadas.

    O que acontece apenas o chamamento da populao para, junto ao Poder

    Executivo, estabelecer as prioridades do Oramento. Atualmente, essa

    experincia pode ser observada em alguns municpios brasileiros (Porto Alegre,

    Belo Horizonte). No mbito federal, houve uma tentativa na Lei Oramentria

    Anual de 2012 (LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa popular. No

    entanto, no foi uma experincia bem sucedida.

    O oramento participativo requer mobilizao social. Alm disso, o governo

    deve ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da

    sociedade. O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculaes

    oramentrias, ele no poder adequar os gastos para resolver problemas da

    populao.

    Vale dizer que o oramento atual cheio de vinculaes oramentrias que

    impedem essa discricionariedade. Cerca de 90% do oramento da Unio

    vinculada.

    5) (CESPE ANTAQ 2014) O oramento base-zero utilizado como um

    mtodo que define objetivos com vistas otimizao do custo-

    benefcio, entretanto a sua adoo prejudica a adequada vinculao do

    oramento ao planejamento de longo prazo.

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    Exato, a caracterstica de questionar os gastos pblicos anualmente,

    principalmente em relao ao custo-benefcio, acaba prejudicando a vinculao

    com o planejamento de longo prazo, pois alguns desses gastos s traro

    benefcios no futuro.

    Gabarito: C

    ORAMENTO AUTORIZATIVO X ORAMENTO IMPOSITIVO

    No Brasil, temos um oramento autorizativo. Significa dizer que h apenas

    autorizao para realizao das despesas, conferindo margem de

    discricionariedade ao gestor para execut-las.

    No entanto, foi promulgada recentemente a Emenda Constituio n 86/2015.

    Essa emenda tornou obrigatria a execuo oramentria/financeira das

    programaes oriundas das emendas individuais de deputados e senadores.

    Mas o que so essas emendas individuais?

    So emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a

    pea oramentria est sendo analisada, so previstas as seguintes

    modalidades de emenda:

    Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e

    senadores de cada unidade da federao;

    Emendas Coletivas de Comisso, elaboradas pelas diversas comisses

    existentes na Cmara e no Senado;

    Emendas Individuais, que cada parlamentar (deputados e senadores)

    tem direito de propor ao projeto.

    Ento, meus caros, a alterao constitucional atinge somente essa ltima

    modalidade, ok?

    Na verdade, as emendas individuais impositivas j vinham sendo previstas nas

    duas ltimas Leis de Diretrizes Oramentrias - LDOs (Lei 12.919/2013 e Lei

    13.080/2015). No entanto, os parlamentares tornaram o regramento matria

    constitucional.

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    Apesar da obrigatoriedade, vale mencionar que as emendas individuais

    podero ter suas execues limitadas (assim como acontece com as demais

    despesas discricionrias) caso se verifique que a reestimativa da receita e da

    despesa poder resultar no no cumprimento da meta de resultado fiscal

    estabelecida na LDO.

    Alm dessa limitao, a emenda individual perder sua obrigatoriedade de

    execuo caso se verifique um impedimento de ordem tcnica. Nesses casos,

    remanejamentos de programao podem ser feitos. Na inrcia do Congresso

    Nacional em deliberar sobre o remanejamento, pode o Poder Executivo

    implementar o remanejamento.

    6) (CESPE TCE-ES 2013) Com a perspectiva da aprovao do

    oramento impositivo no Brasil,

    a) o Poder Executivo no poder propor modificaes, durante o

    exerccio, das aes introduzidas pelos parlamentares.

    b) haver um fortalecimento do Poder Executivo na elaborao da

    proposta oramentria.

    c) o Poder Executivo estar obrigado a arrecadar a receita prevista.

    d) a execuo da despesa no depender das condies operacionais

    associadas realizao das obras e servios autorizados.

    e) a execuo do oramento continuar dependendo da realizao da

    receita.

    O item correto o e. A despeito de estar previsto a obrigatoriedade da

    execuo das emendas parlamentares, a execuo s pode ocorrer caso a

    previso das receitas para o perodo se concretize.

    Apesar dessa questo ser de 2013, est de acordo com o texto constitucional

    que entrou em vigor com a Emenda Constitucional n 86/2015:

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    CF 88, art. 166, 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da

    despesa poder resultar no no cumprimento da meta de resultado fiscal

    estabelecida na lei de diretrizes oramentrias, o montante previsto no 11

    deste artigo poder ser reduzido em at a mesma proporo da limitao

    incidente sobre o conjunto das despesas discricionrias.

    Vejamos os erros das demais assertivas:

    a) o Poder Executivo, na inrcia do Congresso Nacional, poder implementar

    remanejamento de programao com impedimentos de ordem tcnica.

    b) uma vez que as emendas tornam-se obrigatrias, os parlamentares no

    precisam mais negociar a execuo (em tese) das suas emendas. Assim, o

    Poder Legislativo fortalecido nessa relao de poderes.

    c) o oramento impositivo no est relacionado a receitas. Ele est relacionado

    a despesas, mais especificamente aquelas oriundas das emendas individuais.

    d) depender sim. Essas condies podem gerar impedimentos de ordem

    tcnica.

    Gabarito: E

    Finalizando esse tpico sobre noo e evoluo do oramento, a doutrina ainda

    divide o oramento em trs tipos, dependendo dos Poderes que participam da

    elaborao, aprovao e execuo deste:

    o Poder Legislativo responsvel pela elaborao, a votao e o controle do oramento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execuo.

    Oramento Legislativo

    o Poder Executivo responsvel pela elaborao, a votao, o controle e a execuo do oramento.

    Oramento Executivo

    o Poder Executivo reponsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a votao e controle so responsailidade do Poder Legislativo. Trata-se do modelo adotado pela nossa Constituio Federal de 1988.

    Oramento Misto

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    7) (CESPE TC-DF 2014) Denomina-se oramento misto o oramento

    pblico elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos

    recursos seja executada por empresas do setor privado.

    No esse o conceito. No Oramento misto, a elaborao e execuo do

    oramento ficam a cargo do Poder Executivo.

    Gabarito: E

    Princpios Oramentrios

    O oramento pblico tem princpios que regem sua elaborao e controle.

    Esses princpios oramentrios so regras que norteiam o processo de

    elaborao, aprovao, execuo e controle do oramento, encontrados na

    Constituio, em legislao infraconstitucional, e por meio de interpretaes da

    doutrina.

    A Lei 4.320/64, abaixo da Constituio, um dos principais instrumentos

    legislativos sobre oramento e contabilidade pblica. Essa lei estatui normas

    gerais de direito financeiro para elaborao e controle dos oramentos e

    balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal.

    Foi recepcionada pela atual Constituio, devendo seus dispositivos serem

    seguidos normalmente. Uma dvida recorrente se, com a sano da Lei

    Complementar n 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade

    Fiscal, aquela teria sido revogada. Contudo, essas duas leis tratam de temas

    diferentes, mantendo-se a validade de ambas.

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    Em seu art. 2, a Lei n. 4.320/64 prev expressamente a existncia dos

    princpios da unidade, universalidade e anualidade. Esse artigo da 4.320/64 foi

    cobrado em provas do Cespe, por isso bom saber o seu contedo:

    Lei n. 4.320/64 - Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da

    receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o

    programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade,

    universalidade e anualidade.

    1 Integraro a Lei de Oramento:

    I - Sumrio geral da receita por fontes e da despesa por funes do

    Governo;

    II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias

    Econmicas, na forma do Anexo n. 1;

    III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislao;

    IV - Quadro das dotaes por rgos do Governo e da Administrao.

    2 Acompanharo a Lei de Oramento:

    I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicao dos fundos

    especiais;

    II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;

    III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo,

    em termos de realizao de obras e de prestao de servios. (Grifo nosso)

    8) (CESPE FNDE 2012) A lei de oramento deve conter a discriminao

    da receita e da despesa, de modo a evidenciar a poltica econmica e

    financeira e o programa de trabalho adotados pelo governo,

    obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade.

    Questo literal do art. 2 da Lei n. 4.320/64:

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    Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de

    forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do

    Governo, obedecidos os princpios de unidade universalidade e anualidade.

    Gabarito: C

    9) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) facultada a incluso, na lei de

    oramento, do quadro demonstrativo do programa anual de trabalho

    do governo no mbito de realizao de obras e prestao de servios,

    uma vez que essa informao est contemplada nos quadros

    demonstrativos das despesas.

    O enunciado est incorreto, pois, primeiro, obrigatria a apresentao desses

    quadros demonstrativos. Depois, conforme observamos da leitura dos incisos

    II e III do 2, do artigo 2, da Lei n. 4.320/64, o quadro demonstrativo da

    despesa distinto do quadro do programa anual de trabalho, no se incluindo

    esse dentro daquele.

    Gabarito: E

    Agora vamos ver quais so os principais princpios oramentrios, suas

    caractersticas e detalhes. Muita ateno a cada detalhe, pois em muitos

    casos as questes pedem apenas que o candidato correlacione o nome de cada

    princpio com suas caractersticas.

    LEGALIDADE: com base no art 5 da CF/88, consigna que ningum

    ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    No caso do setor pblico, o gestor s pode fazer aquilo que est na lei. Isso

    vale tambm para a matria oramentria. Diante desse fato, justifica-se a

    existncia das leis oramentrias: PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de

    Diretrizes Oramentrias) e LOA (Lei Oramentria Anual).

    O oramento uma de Lei Ordinria, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito

    especial, com iniciativa exclusiva de apresentao do Projeto pelo Chefe do

    Poder Executivo. Apesar de ser uma lei ordinria, o oramento pblico no cria

    nem gera direitos e deveres, no inovando na ordem jurdica. Dessa forma,

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    materialmente, o Oramento Pblico considerado uma lei de efeitos

    concretos, logo, com natureza de ato administrativo.

    Podemos ento dar as seguintes caractersticas para a lei oramentria:

    Prestem ateno! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso no impede o

    controle abstrato de constitucionalidade sobre as normas oramentrias,

    conforme jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema mais

    facilmente observado na Prova de Constitucional, mas bom ficar atento, uma

    vez que tem sido tema em provas!

    UNIDADE/TOTALIDADE: O oramento deve ser uno, uma s pea.

    Assim, no podero coexistir diferentes oramentos para um mesmo ente da

    federao. Esse princpio buscar evitar a proliferao de oramentos paralelos

    em um mesmo ente da federao, determinando que haja um s oramento.

    uma Lei

    formal

    Formalmente o oramento uma lei, mas, conforme vimos acima, em vrios casos ela no obriga o Poder Pblico, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. Dizemos assim que o oramento uma lei apenas formal, pois diversas vezes deixa de possuir uma caracterstica essencial das leis: a coercibilidade

    Lei ordinria

    Todas as leis oramentrias (PPA, LDO e LOA) so leis ordinrias

    Lei temporria A lei oramentria tem vigncia limitada (um ano).

    Lei especial Possui processo legislativo diferenciado e trata de matria especfica

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    De acordo com a Constituio, a Lei Oramentria Anual ser composta

    pelo oramento fiscal, pelo oramento da seguridade social e pelo

    oramento de investimento de empresas.

    Conforme CF/88, Art. 165:

    5 - A lei oramentria anual compreender:

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e

    entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e

    mantidas pelo Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou

    indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

    rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os

    fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    Representa todas as receitas e despesas de fundos, rgos da administrao direta e indireta, que necessitam desses recursos para manuteno de suas atividades

    Fiscal

    Envolve os mesmos rgos do oramento fiscal, contudo, refere-se s despesas e receitas vinculadas seguridade social, compreendendo sade, previdncia e assistncia social

    Seguridade Social

    Compreende os valores transferidos para as empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, que no pertenam ao oramento Fiscal e da Seguridade Social

    Investimento de empresas

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    A despeito da existncia desses oramentos, esse fato no representa exceo

    ou quebra do princpio da unidade, eis que, a pea oramentria est unificada

    em um nico documento, atendendo ao comando principiolgico. Inclusive

    esse princpio pode vir definido como Princpio da Totalidade, no sentido da

    coexistncia de mltiplos oramentos que devem ser consolidados em uma s

    Lei Oramentria Anual.

    10) (CESPE Polcia Federal 2014) De acordo com o princpio da

    unidade, ou da totalidade oramentria, todos os entes federados

    devem reunir seus diferentes oramentos em uma nica lei

    oramentria, que consolidar todas as receitas e despesas pblicas

    do Estado.

    Essas questes sobre princpios costumam ser cobradas com frequncia pelo

    CESPE.

    Como j foi dito, o princpio da unidade ou totalidade determina que cada Ente

    Federativo deve possuir apenas um oramento. Logo, no deve haver um

    oramento para todos os entes federados.

    Gabarito: E

    UNIVERSALIDADE: determina que a Lei Oramentria Anual

    compreender todas as despesas e receitas, inclusive as provenientes de

    operaes de crdito, referentes a todos os Poderes do Ente da Federao

    (Unio, Estados, Muncipios e Distrito Federal), seus fundos, rgos e

    entidades da administrao direta e indireta.

    Esse princpio no se aplica s operaes de crdito por antecipao da receita,

    as emisses de papel-moeda e outras entradas compensatrias no ativo e

    passivo financeiro.

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    Esse princpio est previsto na Constituio Federal e no artigo 3 e 4 da Lei

    n 4.320/64:

    Art. 3. A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de

    operaes de crdito autorizadas em lei.

    Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as operaes de

    credito por antecipao da receita, as emisses de papel-moeda e outras

    entradas compensatrias, no ativo e passivo financeiros.

    Art. 4. A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos

    rgos do Governo e da administrao centralizada, ou que, por intermdio

    deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2.

    Diferentemente das operaes de crdito, que se originam de obrigaes

    assumidas pelo Estado em razo de um recurso disponibilizado por terceiros,

    as operaes de crditos por antecipao de receita tratam de um mecanismo

    de execuo de despesas do Estado, que, prevendo a realizao de uma

    receita, j realiza o respectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento

    diferenciado.

    Cuidado que a universalidade no tem nada a ver com o princpio da totalidade

    (unidade). Em algumas questes de prova o examinador tenta confundir o

    candidato quantos aos princpios da unidade e da universalidade. Por isso,

    fique atento: quando a questo tratar da apresentao de todas as receitas e

    despesas, o princpio citado o da universalidade.

    Operaes de Crdito so compromissos financeiros em razo de emprstimo (mtuo), abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo,

    aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores oriundo de vendas com fornecimento parcelado, etc.

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    EXCLUSIVIDADE: a lei oramentria anual no deve conter dispositivo

    estranho previso da receita e fixao da despesa, com exceo da

    autorizao para a abertura de crditos suplementares e contratao de

    operaes de crdito, inclusive as de antecipao de receita.

    Esse princpio busca evitar que matrias diversas ao oramento sejam tratadas

    nessa Lei e da mesma forma que normas sobre oramento constem de

    dispositivos com outras finalidades, ou seja, as leis oramentrias devem ser

    tratadas especificamente.

    A ideia, como bem cita o Consultor de Oramentos da Cmara dos Deputados

    Eber Zoehler Santa Helena, evitar a existncia de caudas e rabilongos, como

    a incluso em lei oramentria de procedimentos de ao de desquite!!! Tem

    base? Pois isso j ocorreu. Veja as denominaes das caudas em outros

    pases: tackings (Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e cavaliers

    budgetaries (Frana).

    Sobre as autorizaes que podero constar do Oramento, o artigo 7 da Lei n.

    4.320/64, dispe:

    Art. 7 A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para:

    I - Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as

    disposies do artigo 43;

    II - Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por

    antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa.

    1 Em casos de dficit, a Lei de Oramento indicar as fontes de recursos

    que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

    2 O produto estimado de operaes de crdito e de alienao de bens

    imveis somente se incluir na receita quando umas e outras forem

    especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que

    juridicamente possibilite ao Poder Executivo realiz-las no exerccio.

    3 A autorizao legislativa a que se refere o pargrafo anterior, no tocante

    a operaes de crdito, poder constar da prpria Lei de Oramento.

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    11) (CESPE TRT 2 REGIO 2014) A incluso de dispositivos que

    autorizam a criao de cargos pblicos na Lei Oramentria Anual

    vedada porque fere o princpio oramentrio

    a) da exclusividade.

    b) da unidade.

    c) da universalidade.

    d) do oramento bruto.

    e) da publicidade.

    A lei oramentria deve conter apenas matria oramentria, conforme

    preceitua o princpio da exclusividade.

    Gabarito: A

    ANUALIDADE/PERIODICIDADE: o oramento deve abranger um

    perodo definido no tempo. No Brasil, o oramento coincide com o ano civil,

    perodo de um ano. Assim, as autorizaes para gastos tero validade apenas

    para o exerccio financeiro da sua autorizao, salvo algumas excees, como

    os crditos especiais e extraordinrios.

    Lei 4.320/64 - Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    Para aqueles cargos que cobram noes de Direito Tributrio, fique atento ao

    fato que esse princpio no se aplica a esse ramo do Direito. Muitas bancas

    gostam de afirmar que o princpio da anualidade um princpio tributrio.

    ORAMENTO BRUTO: as receitas e despesas consignadas no

    oramento devem ser apresentadas pelos seus valores brutos, sendo vedada a

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    apresentao desses crditos deduzidos por algum valor. Esse princpio est

    previsto no art. 6 da Lei n. 4.320/64:

    Art. 6 Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos

    seus totais, vedadas quaisquer dedues.

    1 As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra

    incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a

    transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber.

    2 Para cumprimento do disposto no pargrafo anterior, o clculo das cotas

    ter por base os dados apurados no balano do exerccio anterior aquele em

    que se elaborar a proposta oramentria do governo obrigado a transferncia.

    Esse princpio se aplica inclusive para transferncias obrigatrias que um ente

    faa para outro, em razo de um dispositivo legal ou constitucional (como o

    Fundo de Participao dos Estados FPE). Assim, mesmo que parcela da

    arrecadao de um tributo deva ser transferida a outro ente, por determinao

    constitucional, essa parcela que ser transferida dever ser apresentada pelo

    seu valor bruto como receita.

    Como ocorrer a transferncia e em respeito ao princpio do oramento bruto,

    a parcela transferida ser registrada como uma despesa no oramento do ente

    transferidor.

    12) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma

    entidade pblica deva transferir a outra sero includas como receita

    no oramento da entidade obrigada transferncia.

    Em respeito ao princpio do oramento bruto, a parcela transferida ser

    registrada como uma despesa no oramento do ente transferidor e no como

    receita, como afirma a questo.

    Gabarito: E

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    Esse processo de transferncia est previsto no Manual de Contabilidade

    aplicado ao Setor Pblico (MCASP) da Secretaria do Tesouro Nacional - STN:

    Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartio

    tributria), a transferncia poder ser registrada como deduo de receita ou

    como despesa oramentria, de acordo com a legislao em vigor.

    Ateno para o fato de que essa regra no vale para Imposto de Renda Retido

    na fonte por estados e muncipios, pois nesse caso, a Constituio afirma que

    esses recursos pertencem aos entes responsveis pela reteno.

    Esse conhecimento foi cobrado recentemente em prova:

    13) (CESPE TRE-GO 2015) O imposto de renda retido na fonte sobre

    rendimentos pagos pelos estados e municpios, de competncia da

    Unio, no chega a constituir-se em transferncia queles entes,

    sendo diretamente apropriado como receita tributria prpria

    Como j afirmei, a questo est correta! O MCASP trata sobre o tema:

    a contabilidade espelha o fato efetivamente ocorrido: mesmo correspondendo

    arrecadao de um tributo de competncia da Unio, tais recursos no

    transitam por ela, ficando diretamente com o ente arrecadador. Desse modo,

    no h de se falar em registro de uma receita de transferncia nos estados, DF

    e municpios, uma vez que no ocorre a efetiva transferncia do valor pela

    Unio.

    Gabarito: C

    DISCRIMINAO/ESPECIALIZAO: as dotaes previstas no

    oramento devem ser especificadas, sendo vedado prever no oramento,

    dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de

    pessoal, material, servios de terceiros ou quaisquer outras. Tem como

    finalidade dar transparncia aos gastos do governo, facilitando a funo de

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    acompanhamento e controle do gasto pblico pelos rgos de controle e pela

    sociedade.

    Excepciona-se nesses casos a possiblidade de consignao de dotaes

    globais para programas especiais de trabalho e a reserva de

    contingncia.

    Art. 5 A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a

    atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de

    terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo

    20 e seu pargrafo nico.

    Art. 20. Os investimentos sero discriminados na Lei de Oramento segundo os

    projetos de obras e de outras aplicaes.

    Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza,

    no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da

    despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as

    Despesas de Capital.

    NO AFETAO/NO VINCULAO: A receita de impostos no deve

    ser vinculada a rgos, fundos e despesas, ressalvando-se as seguintes

    excees previstas na Constituio Federal de 88:

    Transferncias constitucionais/Repartio das receitas tributrias

    (Fundos de Participao dos Estados e dos Municpios, Fundos de

    Desenvolvimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste);

    Garantia e contra-garantia de operaes de crdito por antecipao

    de receita junto Unio;

    Aes e servios pblicos de sade;

    Desenvolvimento e manuteno do ensino;

    Realizao de atividades de administrao fazendria.

    CF 88 Art. 167. So vedados:

    IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa,

    ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se

    referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios

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    pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para

    realizao de atividades da administrao tributria, como determinado,

    respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de

    garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art.

    165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo; (grifo nosso)

    O Princpio da No Afetao veda a vinculao da receita de

    IMPOSTOS, logo, no se aplica receita de taxas, contribuies, emprstimos

    compulsrios e contribuies de melhoria, que so as demais espcies de

    tributo.

    14) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que determinado municpio tenha

    institudo contribuio de melhoria sobre imveis localizados prximos

    de obra pblica concluda. Nessa situao, em respeito ao princpio da

    no vinculao, o municpio estar proibido de determinar a

    destinao do produto da arrecadao da referida contribuio ao

    atendimento de despesa pblica especfica.

    O princpio da no vinculao refere-se apenas aos impostos, assim, para

    taxas, contribuies, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios,

    no h essa vedao.

    Gabarito: E

    EQUILBRIO: possui duas vertentes, a formal e a material. A formal

    indica que o total de despesas deve ser igual ao total das receitas na Lei

    Oramentria, ou seja, a despesa autorizada deve ser equivalente a

    receita estimada. J a material mais especfica e significa a busca do

    equilbrio na execuo do oramento, como por exemplo, a utilizao de

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    receitas de capital para o financiamento de despesas desse mesmo gnero e

    no para pagamento de despesas de custeio.

    Esse princpio do equilbrio, ao estabelecer compatibilizao entre receitas e

    despesas, fundamental no controle dos gastos pblicos, evitando a

    ocorrncia de dficits nas contas pblicas, tanto na sua concepo formal

    quanto material.

    Voc deve estar acompanhando as contas pblicas no Brasil nos ltimos anos.

    O controle dos gastos no vem sendo bem feito e o dficit a consequncia.

    UNIFORMIDADE: tem como objetivo permitir a comparao de

    oramentos de diversos anos. Os aspectos formais de apresentao da lei

    oramentria anual devem ser uniformes ao longo do tempo, possibilitando

    comparaes entre oramentos de vrios perodos.

    15) (CESPE FUB 2013) O oramento deve atender ao requisito de

    uniformidade no que se refere ao aspecto formal para permitir a

    comparabilidade ao longo dos exerccios financeiros.

    Formal Material

    Receitas de

    Capital -->

    Despesas de Capital

    Equilbrio na execuo do oramento

    Total de Receitas

    =

    Total de Despesas

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    Correto, o oramento dever ser apresentado uniformemente ao longo dos

    anos, permitindo a comparao de vrios perodos.

    Gabarito: C

    CLAREZA: determina que o oramento deve ser de fcil

    compreenso. Trata-se de um princpio voltado para quem tiver contato com o

    oramento, sendo necessrio que o documento seja compreensvel, objetivo e

    claro para todos, evitando-se que termos tcnicos inviabilizem a leitura.

    PUBLICIDADE: Como qualquer outro ato emanado pelo poder

    pblico, ao Oramento deve ser garantida a sua publicidade.

    PROGRAMAO: Esse princpio no muito visto na doutrina,

    mas vem sendo cobrado ultimamente em provas de concurso. Ele se relaciona

    com o oramento-programa, adotado no Brasil, que determina que o

    oramento deva viabilizar o planejamento governamental, por meio de aes

    voltadas para alcance desse fim.

    Alm dos princpios relacionados acima, a Constituio ainda prev, nos incisos

    do artigo 167, situaes vedadas pela Carta Magna. Esses casos no so

    considerados pela Doutrina em geral como princpios, mas pela fora e

    generalidade de suas disposies, achamos importante enumer-las.

    Dessa forma, so vedados:

    O incio de programas e projetos no previstos na Lei

    Oramentria;

    Despesas ou obrigaes que excedam os crditos oramentrios ou

    adicionais;

    Operaes de crditos que excedam o montante das despesas de

    capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos

    suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo

    Poder Legislativo por maioria absoluta (Regra de Ouro);

    Vinculao da receita de impostos (Princpio da no afetao);

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    Abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao

    legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes;

    Transposio, remanejamento ou transferncia de recursos sem

    autorizao legislativa;

    Crditos ilimitados;

    Destinao de recursos do oramento fiscal e da seguridade social

    para cobrir o dficit de fundos, empresas e fundaes, salvo

    autorizao legislativa;

    Instituio de fundos sem autorizao legislativa prvia; e

    Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados,

    por meio de transferncias voluntrias ou emprstimos, pela Unio

    e Estados e suas instituies financeiras.

    Questes

    16) (CESPE Polcia Federal 2014) O oramento pblico constitui norma

    legal a ser aplicada integralmente e contm a previso de receitas e a

    estimativa de despesas a serem realizadas pelo governo em

    determinado exerccio financeiro, sendo objeto de estudo tanto do

    direito financeiro quanto do direito tributrio.

    Errado, o oramento pblico contm a PREVISO (ESTIMATIVA) das receitas e

    a FIXAO das despesas. Ateno, a banca adora trocar esses conceitos!

    Gabarito: E

    17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and

    budgeting system), dada a facilidade de sua implantao em rgos

    pblicos, foi, amplamente adotado, a partir da dcada de setenta do

    sculo XX, em todo o mundo.

    Novamente se afirma incorretamente que foi fcil a implementao do PPBS, o

    que j vimos que no foi dessa forma.

    Gabarito: E

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    18) (CESPE MPU 2015) Por meio do oramento-programa possvel

    expressar, com maior veracidade, a responsabilidade do governo para

    com a sociedade, visto que o oramento deve indicar com clareza os

    objetivos da nao.

    Ao vincular o planejamento governamental com a execuo dos recursos

    pblicos, o oramento-programa possibilita aferir com maior preciso a

    responsabilidade do gestor na busca pelas demandas da populao.

    Gabarito: C

    19) (CESPE TCE-RO 2013) O oramento-programa fornece subsdios ao

    planejamento, visto que possibilita a ligao entre o controle da

    execuo oramentria e a elaborao oramentria.

    Uma das caractersticas do Oramento Programa justamente sua vinculao

    com o Planejamento Governamental. Essa vinculao ocorre tanto na

    elaborao, quanto sobre o controle da execuo do Oramento.

    Gabarito: C

    20) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do oramento-programa podem

    ser classificados em finais e derivados, sendo os derivados

    representados pelo conjunto de impactos indiretos oriundos da ao

    governamental.

    Os objetivos do oramento-programa podem ser classificados em finais e

    derivados:

    Gabarito: C

    Derivados

    Apenas contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demonstram quantitativamente os propsitos especficos (mecanismos) de governo.

    Finais Representam as finalidades da ao governamental. Esses objetivos demonstram uma avaliao qualitativa dos propsitos de governo.

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    21) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) O oramento-programa uma

    tcnica ambiciosa de conciliao entre planejamento e controle poltico

    na pea oramentria. sua eficcia como instrumento de controle

    poltico que torna difcil sua implantao, j que no h grandes

    dificuldades tcnicas para a sua operacionalizao.

    A questo est errada, pois o oramento-programa enfrenta sim dificuldades

    na sua operacionalizao em face da sua complexidade. O oramento-

    programa resultado de uma construo coletiva, envolvendo dilogo entre

    vrios setores.

    Gabarito: E

    22) (CESPE CPRM 2013) O oramento no se restringe a um

    documento de carter contbil e administrativo, se for elaborado e

    executado de acordo com tcnicas oramentrias modernas

    amplamente referendadas.

    Exatamente. O que vigora hoje o oramento-programa (tcnica oramentria

    moderna e amplamente referendada), que no um mero documento de

    carter contbil e administrativo. O oramento-programa vincula o

    Planejamento Governamental com a execuo dos gastos pblicos.

    Gabarito: C

    23) (CESPE CNJ 2013) A organizao e a apresentao do oramento

    pblico so as principais preocupaes do oramento base-zero,

    enquanto a avaliao e a tomada de deciso acerca das despesas

    ocupam, nesse modelo, um papel secundrio.

    E a? O que vocs acham? OBZ preocupa-se mais com organizao e

    apresentao ou o seu foco est na avaliao e na tomada de deciso?

    Avaliao e tomada de deciso, no ? Uma vez que preciso zerar tudo ano

    a ano, avaliar o oramento e tomar decises preocupao constante nesse

    tipo de oramento.

    Gabarito: E

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    24) (CESPE ICMBIO 2014) As dificuldades de se implementar a tcnica

    de oramento de base-zero incluem a resistncia imposta pela

    burocracia quando a eficcia de seus programas avaliada.

    Isso mesmo. Avaliar a eficcia de um programa significa verificar se as metas

    e objetivos foram alcanados. Como muitos dos projetos do governo superam

    um exerccio financeiro, exige-se a permanncia desses projetos, mesmo que a

    avaliao realizada pela tcnica de Oramento Base-Zero conclua de outra

    forma.

    Gabarito: C

    25) (CESPE Polcia Federal 2014) No Brasil, elabora-se o oramento do

    tipo legislativo, dada a competncia para votar e aprovar o oramento

    ser do Poder Legislativo.

    Questo incorreta, no Brasil vigora atualmente o oramento do tipo misto.

    O Poder Executivo responsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a

    votao e controle so responsabilidade do Poder Legislativo.

    Gabarito: E

    26) (CESPE TC-DF 2012) No atual ordenamento constitucional

    brasileiro, a LOA , simultaneamente, uma lei especial e ordinria.

    Correto! A lei oramentria anual (LOA) uma lei formal, ordinria, temporria

    e especial!

    Gabarito: C

    27) (CESPE TC-DF 2014) Considera-se respeitado o princpio da

    unidade oramentria ainda que a lei oramentria anual seja

    composta por trs oramentos diferentes, como ocorre no Brasil.

    A despeito da existncia desses oramentos, esse fato no representa exceo

    ou quebra do princpio da unidade, eis que, a pea oramentria est unificada

    em um nico documento.

    Gabarito: C

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    28) (CESPE FUB 2015) De acordo com o princpio da unidade, o

    oramento deve valer para uma unidade de tempo, isto , para o

    perodo de um ano.

    Inverso de princpios. o princpio da periodicidade/anualidade que prev a

    existncia de um oramento para uma unidade de tempo e no o princpio da

    unidade.

    Gabarito: E

    29) (CESPE TC-DF 2012) O princpio oramentrio da unidade um dos

    mais antigos no Brasil no que se refere aplicao prtica, pois vem

    sendo observado desde a publicao da Lei n. 4.320/1964.

    O erro da questo dizer que o princpio oramentrio da unidade um dos

    mais antigos no Brasil no que se refere aplicao PRTICA. Apesar de estar

    previsto desde a Lei n. 4.320/1964, somente com a CF/1988 foi efetivamente

    colocado em prtica. Antes disso, havia diversas peas oramentrias no

    consolidadas, como o oramento monetrio, que sequer passava pela

    aprovao legislativa.

    Gabarito: E

    30) (CESPE INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos

    gastos pblicos, o princpio da unidade prope que os oramentos de

    todos os entes federados (Unio, estados e municpios) sejam

    reunidos em uma nica pea oramentria, que assume a funo de

    oramento nacional unificado.

    O princpio da unidade determina que cada ente da federao (Unio, estados

    e municpios) possua um oramento uno, e no que dever haver um

    oramento consolidado de todos esses entes, assim, cada ente tem que ter seu

    prprio oramento.

    Gabarito: E

    31) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da exclusividade

    tem o objetivo de impedir que a lei de oramento seja utilizada como

    meio de aprovao de matrias estranhas s questes oramentrias.

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    Exato! O objetivo desse princpio evitar que a lei oramentria anual

    contenha dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa.

    Gabarito: C

    32) (CESPE MPU 2015) De acordo com o princpio da exclusividade,

    vedado ao Poder Executivo incluir na lei oramentria anual (LOA)

    autorizao para contratao de operao de crdito.

    Item errado, pois o principio da exclusividade excepciona a autorizao na LOA

    de abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito,

    inclusive por antecipao de receita oramentria.

    Gabarito: E

    33) (CESPE CGE-PI 2015) A LOA no dever conter dispositivo

    estranho previso da receita e fixao da despesa, nem autorizao

    para a contratao de operao de crdito por antecipao de receita

    oramentria (ARO).

    De novo! Ok, o princpio da exclusividade veda dispositivos estranhos

    previso da receita e fixao da despesa, contudo, excepciona a autorizao

    para abertura de crditos suplementares e a contratao de operao de

    crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO).

    Gabarito: E

    34) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para que seja realizada operao

    de crdito por antecipao da receita, para resolver insuficincias de

    caixa poder conter autorizao ao executivo, na lei de oramento

    vigente.

    A Lei Oramentria Anual poder conter autorizao para realizao de

    operao de crdito por antecipao de receita, no caso de insuficincia de

    caixa.

    Gabarito: C

    35) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para a elaborao do oramento

    sero consideradas todas as receitas, as operaes de crdito por

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    antecipao da receita e outras entradas compensatrias, em ativo e

    passivo financeiros.

    Esse enunciado se refere ao princpio da universalidade, todas as receitas e

    despesas devero constar do oramento. Contudo, esse princpio no se aplica

    s entradas compensatrias no ativo e passivo financeiro, tais como operaes

    de crdito por antecipao de receita e emisso de papel moeda.

    Gabarito: E

    36) (CESPE INPI 2013) O princpio da universalidade deve ser seguido

    na parcela do oramento que trata dos Poderes Executivo e Judicirio.

    No entanto, esse princpio no precisa ser observado no caso das

    despesas relativas ao Poder Legislativo.

    O princpio da universalidade se aplica a todos os poderes, inclusive ao Poder

    Legislativo, devendo todas as receitas e despesas de um ente da federao

    estarem presentes na Lei Oramentria Anual.

    Gabarito: E

    37) (CESPE TC-DF 2014) O princpio da universalidade est expresso

    no dispositivo constitucional que probe a concesso ou utilizao de

    crditos ilimitados.

    No isso!! O princpio da universalidade prev que a Lei Oramentria Anual

    compreender todas as despesas e receitas, inclusive as provenientes de

    operaes de crdito, referentes a todos os Poderes do Ente da Federao,

    seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta.

    Gabarito: E

    38) (CESPE FUB 2015) O princpio que estabelece que todas as

    receitas e despesas devem ser obrigatoriamente consideradas o

    denominado princpio da obrigatoriedade.

    O nome do princpio no esse. O princpio ao qual a questo se refere o da

    universalidade.

    Gabarito: E

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    39) (CESPE ANTAQ 2014) O princpio da anualidade oramentria

    determina que o oramento de cada um dos entes da Federao deve

    ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano anterior ao

    da sua execuo.

    O enunciado da questo est incorreto. O princpio da anualidade prev que o

    oramento se refira a um perodo de tempo determinado e no que sua

    elaborao ocorra no ano anterior ao de sua execuo.

    De fato, o oramento precisa ser elaborado no ano anterior, mas isso no tem

    a ver com o princpio da anualidade.

    Gabarito: E

    40) (CESPE TRE-GO 2015) De acordo com o princpio do oramento

    bruto, o montante total de despesas oramentrias deve ser igual ao

    montante total de receitas oramentrias.

    Nada disso, o princpio que determina a igualdade entre despesas e receitas

    o do equilbrio.

    Gabarito: E

    41) (CESPE INPI 2013) O princpio do oramento bruto refere-se

    apresentao dos valores do modo mais simples possvel, ou seja,

    aps todas as dedues brutas terem sido realizadas.

    O enunciado da questo afirma exatamente o contrrio do que determina o

    princpio do oramento bruto. De acordo com esse princpio, as receitas e

    despesas consignadas no oramento devem ser apresentadas pelos seus

    valores brutos, sendo vedada a apresentao desses crditos deduzidos por

    algum valor.

    Gabarito: E

    42) (CESPE MTE 2014) Nas transferncias de crditos oramentrios, a

    despesa do rgo transferidor registrada como deduo das receitas

    arrecadadas a fim de evidenciar o valor lquido da receita pertencente

    ao rgo arrecadador.

    De acordo com o 1, Art. 6, da Lei n. 4.320/64:

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    As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-

    se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e,

    como receita, no oramento da que as deva receber.

    Logo, o registro correto no rgo transferidor como despesa e no como

    deduo da receita. Lembre-se do princpio do oramento bruto.

    Gabarito: E

    43) (CESPE TRT 17 REGIO 2013) As parcelas referentes s

    transferncias constitucionais da Unio para os estados e municpios,

    por constiturem destinaes incondicionais, definidas por percentuais

    predeterminados, no integram a receita oramentria da Unio, e, em

    atendimento ao princpio do oramento bruto, ingressam diretamente

    como receita oramentria dos entes beneficirios.

    O princpio do oramento bruto se aplica inclusive s transferncias

    constitucionais da Unio para os estados e municpios, logo, as receitas a

    serem transferidas integram o oramento do ente transferidor. De acordo com

    1, Art. 6, da Lei n. 4.320/64:

    As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-

    se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e,

    como receita, no oramento da que as deva receber.

    Gabarito: E

    44) (CESPE FUB 2015) As despesas, dentro do oramento, devem

    aparecer em seus valores brutos, sem dedues.

    Correto! Assim determina o princpio do oramento bruto.

    Gabarito: C

    45) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) As dotaes globais destinadas a

    atender indiferentemente despesas de pessoal, material, servios de

    terceiros, transferncias ou quaisquer outras no sero consignadas

    lei de oramento. Entretanto, podero ser custeados por dotaes

    globais, classificadas entre as despesas de capital, os programas

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    especiais de trabalho que, por sua natureza, no se possam cumprir

    subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa.

    Exatamente. Como exceo ao princpio da especializao, poder ser prevista

    dotaes globais para atenderem programas especiais de trabalho que, por sua

    natureza, no se subordinem s normas gerais de execuo da despesa.

    Gabarito: C

    46) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da especializao

    contribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as

    finanas executivas.

    Na medida em que veda dotaes globais destinadas a atender

    indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros,

    transferncias ou quaisquer outras, o princpio da especializao contribui para

    a transparncia e fiscalizao do oramento pelo Poder Legislativo.

    Gabarito: C

    47) (CESPE FUB 2013) O princpio do equilbrio uma importante

    ferramenta de controle dos gastos e da dvida pblica por estabelecer

    que o total da despesa oramentria tenha como limite a receita

    oramentria prevista para o exerccio financeiro.

    Esse princpio do equilbrio, ao estabelecer compatibilizao entre receitas e

    despesas, fundamental no controle dos gastos pblicos, evitando a

    ocorrncia de dficits nas contas pblicas, tanto na sua concepo formal

    quanto material.

    Voc deve estar acompanhando as contas pblicas no Brasil nos ltimos anos.

    O controle dos gastos no vem sendo bem feito e o dficit a consequncia.

    Gabarito: C

    48) (CESPE TCE-ES 2012) Se, em determinado exerccio, a arrecadao

    tributria de determinado ente federativo no alcanar o volume de

    recursos previstos na lei oramentria anual, no haver possibilidade

    de esse ente atender ao princpio do equilbrio oramentrio.

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    O montante da despesa no pode superar o da receita. Caso a previso da

    receita no se concretize, dever haver uma reduo da despesa a fim de no

    ocorrer um desequilbrio oramentrio. Essa reduo permite que se cumpra o

    princpio do equilbrio.

    Gabarito: E

    49) (CESPE ANAC 2012) De acordo com o princpio da clareza, a LOA

    deve ser elaborada em linguagem compreensvel a todos os

    interessados.

    Isso mesmo. O princpio da clareza determina que o oramento deve ser de

    fcil compreenso. Trata-se de um princpio voltado para quem tiver contato

    com o oramento, sendo necessrio que o documento seja compreensvel,

    objetivo e claro para todos, evitando-se que termos tcnicos inviabilizem a

    leitura.

    Gabarito: C

    50) (CESPE TCE-RO 2013) No Brasil, adota-se o oramento misto, visto

    que sua elaborao competncia do Poder Executivo, e sua votao e

    controle so competncias do Poder Legislativo.

    Correto, vamos relembrar as formas de classificao do oramento

    dependendo dos Poderes incumbidos de sua elaborao, aprovao, execuo

    e controle:

    Gabarito: C

    o Poder Legislativo responsvel pela elaborao, a votao e o controle do oramento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execuo.

    Oramento Legislativo

    o Poder Executivo responsvel pela elaborao, a votao, o controle e a execuo do oramento.

    Oramento Executivo

    o Poder Executivo reponsvel pela elaborao e a execuo, enquanto a votao e controle so responsailidade do Poder Legislativo. Trata-se do modelo adotado pela nossa Constituio Federal de 1988.

    Oramento Misto

    UsurioRealce

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    ORAMENTO PBLICO I

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    ORAMENTO PBLICO II

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    PRINCPIOS I

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    PRINCPIOS II

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    Bibliografia

    Livro/Texto Autor

    Manual Tcnico de Oramento SOF

    Manual SIAFI STN

    Gesto de finanas pblicas Albuquerque, Medeiros e Feij

    Oramento Pblico Giacomoni

    Exerccios Trabalhados

    1) (CESPE MDIC 2014) A funo poltica do oramento diz respeito ao

    estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da

    arrecadao de tributos, bem como da sada de recursos provocada pelos

    2) (CESPE TCE-RS 2012) A alocao dos recursos visa, no oramento

    tradicional, aquisio de meios e, no oramento-programa, ao atendimento

    de metas e objetivos previamente definidos.

    3) (CESPE INPI 2013) O Planning Programming and Budgeting System (PPBS),

    adotado na dcada de 60 do sculo passado, foi uma tentativa de incorporao

    do planejamento ao oramento, tendo sido considerado um sistema de fcil

    operacionalizao e implementao.

    4) (CESPE MPU 2015) O oramento de desempenho, por considerar o resultado

    dos gastos e os nveis organizacionais responsveis pela execuo dos

    programas, distingue-se do oramento clssico.

    5) (CESPE ANTAQ 2014) O oramento base-zero utilizado como um mtodo

    que define objetivos com vistas otimizao do custo-benefcio, entretanto a

    sua adoo prejudica a adequada vinculao do oramento ao planejamento de

    longo prazo.

    6) (CESPE TCE-ES 2013) Com a perspectiva da aprovao do oramento

    impositivo no Brasil,

    a) o Poder Executivo no poder propor modificaes, durante o exerccio, das

    aes introduzidas pelos parlamentares.

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    b) haver um fortalecimento do Poder Executivo na elaborao da proposta

    oramentria.

    c) o Poder Executivo estar obrigado a arrecadar a receita prevista.

    d) a execuo da despesa no depender das condies operacionais

    associadas realizao das obras e servios autorizados.

    e) a execuo do oramento continuar dependendo da realizao da receita.

    7) (CESPE TC-DF 2014) Denomina-se oramento misto o oramento pblico

    elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja

    executada por empresas do setor privado.

    8) (CESPE FNDE 2012) A lei de oramento deve conter a discriminao da

    receita e da despesa, de modo a evidenciar a poltica econmica e financeira e

    o programa de trabalho adotados pelo governo, obedecidos os princpios de

    unidade, universalidade e anualidade.

    9) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) facultada a incluso, na lei de oramento,

    do quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo no mbito

    de realizao de obras e prestao de servios, uma vez que essa informao

    est contemplada nos quadros demonstrativos das despesas.

    10) (CESPE Polcia Federal 2014) De acordo com o princpio da unidade, ou da

    totalidade oramentria, todos os entes federados devem reunir seus

    diferentes oramentos em uma nica lei oramentria, que consolidar todas

    as receitas e despesas pblicas do Estado.

    11) (CESPE TRT 2 REGIO 2014) A incluso de dispositivos que autorizam a

    criao de cargos pblicos na Lei Oramentria Anual vedada porque fere o

    princpio oramentrio

    a) da exclusividade.

    b) da unidade.

    c) da universalidade.

    d) do oramento bruto.

    e) da publicidade.

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    12) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma

    entidade pblica deva transferir a outra sero includas como receita no

    oramento da entidade obrigada transferncia.

    13) (CESPE TRE-GO 2015) O imposto de renda retido na fonte sobre

    rendimentos pagos pelos estados e municpios, de competncia da Unio, no

    chega a constituir-se em transferncia queles entes, sendo diretamente

    apropriado como receita tributria prpria

    14) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que determinado municpio tenha institudo

    contribuio de melhoria sobre imveis localizados prximos de obra pblica

    concluda. Nessa situao, em respeito ao princpio da no vinculao, o

    municpio estar proibido de determinar a destinao do produto da

    arrecadao da referida contribuio ao atendimento de despesa pblica

    especfica.

    15) (CESPE FUB 2013) O oramento deve atender ao requisito de uniformidade

    no que se refere ao aspecto formal para permitir a comparabilidade ao longo

    dos exerccios financeiros.

    16) (CESPE Polcia Federal 2014) O oramento pblico constitui norma legal a

    ser aplicada integralmente e contm a previso de receitas e a estimativa de

    despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exerccio

    financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito

    tributrio.

    17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and budgeting

    system), dada a facilidade de sua implantao em rgos pblicos, foi,

    amplamente adotado, a partir da dcada de setenta do sculo XX, em todo o

    mundo.

    18) (CESPE MPU 2015) Por meio do oramento-programa possvel expressar,

    com maior veracidade, a responsabilidade do governo para com a sociedade,

    visto que o oramento deve indicar com clareza os objetivos da nao.

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    19) (CESPE TCE-RO 2013) O oramento-programa fornece subsdios ao

    planejamento, visto que possibilita a ligao entre o controle da execuo

    oramentria e a elaborao oramentria.

    20) (CESPE TCE-ES 2012) Os objetivos do oramento-programa podem ser

    classificados em finais e derivados, sendo os derivados representados pelo

    conjunto de impactos indiretos oriundos da ao governamental.

    21) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) O oramento-programa uma tcnica

    ambiciosa de conciliao entre planejamento e controle poltico na pea

    oramentria. sua eficcia como instrumento de controle poltico que torna

    difcil sua implantao, j que no h grandes dificuldades tcnicas para a sua

    operacionalizao.

    22) (CESPE CPRM 2013) O oramento no se restringe a um documento de

    carter contbil e administrativo, se for elaborado e executado de acordo com

    tcnicas oramentrias modernas amplamente referendadas.

    23) (CESPE CNJ 2013) A organizao e a apresentao do oramento pblico

    so as principais preocupaes do oramento base-zero, enquanto a avaliao

    e a tomada de deciso acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um papel

    secundrio.

    24) (CESPE ICMBIO 2014) As dificuldades de se implementar a tcnica de

    oramento de base-zero incluem a resistncia imposta pela burocracia quando

    a eficcia de seus programas avaliada.

    25) (CESPE Polcia Federal 2014) No Brasil, elabora-se o oramento do tipo

    legislativo, dada a competncia para votar e aprovar o oramento ser do Poder

    Legislativo.

    26) (CESPE TC-DF 2012) No atual ordenamento constitucional brasileiro, a LOA

    , simultaneamente, uma lei especial e ordinria.

    27) (CESPE TC-DF 2014) Considera-se respeitado o princpio da unidade

    oramentria ainda que a lei oramentria anual seja composta por trs

    oramentos diferentes, como ocorre no Brasil.

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    28) (CESPE FUB 2015) De acordo com o princpio da unidade, o oramento

    deve valer para uma unidade de tempo, isto , para o perodo de um ano.

    29) (CESPE TC-DF 2012) O princpio oramentrio da unidade um dos mais

    antigos no Brasil no que se refere aplicao prtica, pois vem sendo

    observado desde a publicao da Lei n. 4.320/1964.

    30) (CESPE INPI 2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos

    pblicos, o princpio da unidade prope que os oramentos de todos os entes

    federados (Unio, estados e municpios) sejam reunidos em uma nica pea

    oramentria, que assume a funo de oramento nacional unificado.

    31) (CESPE Cmara dos Deputados 2014) O princpio da exclusividade tem o

    objetivo de impedir que a lei de oramento seja utilizada como meio de

    aprovao de matrias estranhas s questes oramentrias.

    32) (CESPE MPU 2015) De acordo com o princpio da exclusividade, vedado

    ao Poder Executivo incluir na lei oramentria anual (LOA) autorizao para

    contratao de operao de crdito.

    33) (CESPE CGE-PI 2015) A LOA no dever conter dispositivo estranho

    previso da receita e fixao da despesa, nem autorizao para a

    contratao de operao de crdito por antecipao de receita oramentria

    (ARO).

    34) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para que seja realizada operao de

    crdito por antecipao da receita, para resolver insuficincias de caixa poder

    conter autorizao ao executivo, na lei de oramento vigente.

    35) (CESPE TRT 10 REGIO 2013) Para a elaborao do oramento sero

    consideradas todas as receitas, as operaes de crdito por antecipao da

    receita e outras entradas compensatrias, em ativo e passivo financeiros.

    36) (CESPE INPI 2013) O