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CARACTERISTICAS E CRESCIMENTO DA
POPULAÇÃO MUNDIAL
Para um estudo da população, é essencial a
análise estatística acompanhada das
características históricas e geográficas das
sociedades existentes no planeta.
O que é densidade demográfica?
É a relação entre Nº de pessoas por unidade
de superfície (hab. Por km2). Ex:
Pop. Relativa= Nº hab
Área total
(No Brasil a média é 21 hab. Km2).
Quais estatísticas gerais da
população mundial?Países com mais de 100 milhões de habitantes em 1950, 2003 e 2050*
1950 2003 2050*
Ordem PaísPopulação
(em milhões)Ordem País
População
(em milhões)Ordem País
População
(em milhões)
1 China 555 1 China 1 304 1 Índia 1 531
2 Índia 350 2 Índia 1 085 2 China 1 305
3 Estados Unidos 150 3 Estados Unidos 294 3 Estados Unidos 409
4 Rússia 103 4 Indonésia 220 4 Paquistão 349
5 Brasil 178 5 Indonésia 294
6 Paquistão 154 6 Nigéria 258
7 Bangladesh 147 7 Bangladesh 255
8 Rússia 143 8 Brasil 233
9 Japão 128 9 Etiópia 171
10 Nigéria 124 10Rep. Dem.
do Congo152
11 México 103 11 México 140
12 Egito 127
13 Filipinas 127
14 Vietnã 118
15 Japão** 110
16 Irã 105
17 Uganda 103
18 Rússia** 101
ONU — Organização das Nações Unidas. Disponível em: <www.un.org/esa/population>. Acesso em: 14 abr. 2004.
*Estimativa.
**Em 2003, a população russa e japonesa apresentavam crescimento populacional negativo, o que explica a previsão de redução no contingente.
Por que a população mundial está envelhecendo? Uma análise que explica o fenômeno do envelhecimento populacional verificado nos países desenvolvidos e a tendência de "encolhimento" populacional nessas nações.
Revolução Industrial e Crescimento Demográfico : uma reflexão sobre a importância da industrialização da sociedade no crescimento demográfico dos países europeus entre os séculos XVIII e XIX.
Taxas - Fundamentos básicos para a leitura de dados demográficos : Taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de crescimento vegetativo, taxa de fecundidade, taxa de mortalidade infantil.
Teoria de Malthus : a mais famosa teoria demográfica, suas concepções, reflexões e considerações.
Teoria neomalthusiana: teoria que, embora com postulados totalmente diferentes daqueles utilizados por Malthus, chega à mesma conclusão.
Teoria reformista (marxista) : teoria elaborada em resposta aos malthusianos, que chega à conclusão inversa às teorias malthusianas, e muito mais adequada aos interesses terceiro-mundistas.
Por que a população mundial está
envelhecendo?
A partir da Segunda Guerra, os avanços na ciênciamédica – principalmente a descoberta dosantibióticos – aliados à urbanização causaram umagrande queda nas taxas de mortalidade, mesmo empaíses pobres. O crescimento vegetativo aumentouem todo o planeta até a década de 1970.
Maior custo para criar os filhos;
Acesso a método anticoncepcionais;
Trabalho feminino extradomiciliar;
Aborto;
Acesso a assistência médica, saneamento básicoe programas de vacinação
Revolução Industrial e
Crescimento Demográfico Calcula-se que, neste início do século XXI, a cada ano,
mais de 80 milhões de pessoas passem a habitar a Terra,uma população equivalente à da Alemanha. Esses novosseres humanos concentram-se principalmente na África, naÁsia e na América Latina. Justamente nessas regiõesestão situados os países que apresentam os maioresíndices de crescimento demográfico do mundo.
A Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, teve forterepercussão na organização socioespacial: houve intensoprocesso de migração do campo para a cidade, além demudanças de hábitos e novas relações de trabalho.
Outros fatores são considerados responsáveis pelaaceleração do crescimento populacional dos paísesindustrializados europeus do século XIX, como a utilizaçãogeneralizada do trabalho infantil nesse período, que podeter estimulado o aumento do número de filhos para elevar arenda familiar.
Taxas - Fundamentos básicos para a
leitura de dados demográficos
-Taxa de natalidade: Número de nascidos vivos* em um ano por mil habitantes. É a relação entre os nascimentos anuais e a população total, expressa por mil habitantes. *não incluiu os natimortos.
Nascimentos anuais: 775.000
População total: 55.173.000 habitantes
Taxa de natalidade:
775.000 x 1000 = 14%o
55.173.000
Taxa de natalidade é 14%o ou 14/1000 (lê-se catorze crianças nascidas vivas para cada grupo de mil habitantes num ano)
Taxa de mortalidade
Número de óbitos em um ano por mil
habitantes. É calculada a partir da relação
entre óbitos anuais, multiplicados por mil, e
a população.
Óbitos anuais: 335.000
População total: 55.173.000 habitantes
Taxa de mortalidade:
335.000 x 1000 = 6%o
55.173.000
.
Taxa de mortalidade é 6%o ou 6/1000 (lê-se seis pessoas morreram para cada grupo de mil habitantes num ano)
.
Taxa de crescimento
vegetativo Diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade. Conforme exemplos de taxas de natalidade e mortalidade anteriores, subtraímos a menor da maior assim:
Taxa de natalidade: 14%o
Taxa de mortalidade: -6%o
Crescimento vegetativo: 8%o
Crescimento vegetativo: 8%o ou 8%
Obs: a taxa de crescimento vegetativo é também denominada taxa de crescimento natural. Assim, baseando-se no resultado do exemplos acima concluímos que o crescimento vegetativo é de 0,8%.
Taxa de fecundidade Número médio de filhos por mulher em
idade de procriar, ou seja, entre 15 e 49
anos.
Taxa de crescimento populacional
PaísesTaxa de crescimento da população entre 2000
e 2005 (% ao ano)Taxa de fecundidade
Somália 4,2 7
Afeganistão 3,9 7
Arábia Saudita 2,9 5
Paraguai 2,4 4
Índia 1,5 3
Brasil 1,2 2
Estados Unidos 1,0 2
China 0,7 2
Países Baixos 0,5 2
Alemanha 0,1 1
Itália -0,1 1
Rússia -0,5 1
ONU: Divisão de Estatísticas. Disponível em http://unstats.um.org. Acesso em: 14 abr. 2004.
Divisão de estatísticas do Banco Mundial. Disponível em http://devdata.worldbank.org. Acesso em
14 abr. 2004.
Teoria de Malthus
Em 1798, Malthus publicou seu Ensaio
sobre a população, no qual desenvolveu
uma teoria demográfica que se apoiava
basicamente em dois postulados:
1) crescimento da população;
2) produção de alimentos.
A população, se não ocorrerem guerras,
epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a
duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto,
em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e
constituiria um fator variável, que cresceria sem
parar.
O crescimento da produção de alimentos
ocorreria apenas em progressão aritmética (2,
4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção,
por depender de um fator fixo: a própria extensão
territorial dos continentes.
Conseqüências da dinâmica
demográfica malthusiana:
disso seria a fome, ou seja, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta, e as mortes, doenças, guerras civis, disputas por territórios, etc.
Proposta de Malthus: Para evitar esse flagelo,Malthus, que além de economista era pastor da IgrejaAnglicana, na época contrária aos métodosanticoncepcionais, propunha que as pessoas sótivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis parapoder alimenta-los.
Desde que Malthus apresentou sua teoria, sãocomuns os discursos que relacionam de formasimplista a ocorrência da fome no planeta aocrescimento populacional.
Teoria neomalthusiana
Com o fim da Segunda Guerra, foi realizada umaconferência de paz em 1945, em São Francisco (EstadosUnidos), que deu origem à Organização das Nações Unidas(ONU).
Na ocasião, foram discutidas estratégias dedesenvolvimento, para evitar a eclosão de um novo conflitomilitar em escala mundial.
Neste contexto histórico, foi formulada a teoria demográficaneomalthusiana, uma tentativa de explicar a ocorrência dafome e do atraso nos países subdesenvolvidos. Ela édefendida por setores da população e dos governos dospaíses desenvolvidos – e por alguns setores dos paísessubdesenvolvidos – com o intuito de se esquivarem dasquestões econômicas.
segundo os neomalthusianos, quanto maior o númerode habitantes de um país, menor a renda per capita e adisponibilidade de capital a ser distribuído pelosagentes econômicos.
Verifica-se que essa teoria, embora com postuladostotalmente diferentes daqueles utilizados por Malthus,chega à mesma conclusão: o crescimento populacionalé o responsável pela ocorrência da miséria.
Seus defensores passam a propor, então, programasde controle da natalidade nos países subdesenvolvidosmediante a disseminação de métodosanticoncepcionais.
É uma tentativa de enfrentar os problemassocioeconômicos partindo exclusivamente de posiçõescontrárias à natalidade, e ainda acobertar os efeitosdanosos dos baixos salários e das péssimas condiçõesde vida que vigoram nos países subdesenvolvidos,apenas com base em uma argumentação demográfica.
Teoria reformista (marxista)
Na mesma época em que foi criada a teoria
neomalthusiana, representantes dos países
subdesenvolvidos elaboraram, em resposta,
a teoria reformista (ou marxista), que chega
a uma conclusão inversa à das duas teorias
demográficas anteriores.
População jovem e numerosa é atraso
socioeconômico?
Uma população jovem numerosa só se tornou empecilho ao
desenvolvimento das atividades econômicas nos países
subdesenvolvidos porque não foram realizados
investimentos sociais, principalmente em educação e
saúde.
Investimentos sociais são fatores de
atraso?
Essa situação gerou um imenso contingente de mão-
de-obra sem qualificação, que continuamente
ingressa no mercado de trabalho.
Tal realidade tende a rebaixar o nível médio de
produtividade por trabalhador e a empobrecer
enormes parcelas da população desses países.
É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das
questões sociais e econômicas para que a dinâmica
demográfica entre em equilíbrio.
Argumentos à favor da teoria
reformista Para os defensores dessa corrente, a tendência de
controle espontâneo da natalidade é facilmente verificável ao se comparar a taxa de natalidade entre as famílias brasileiras de classe baixa e as de classe média.
À medida que as famílias obtêm condições dignas de vida, educação, assistência médica, acesso à informação, etc, tendem a ter menos filhos.
Os investimentos em educação são fundamentais para a melhoria de todos os indicadores sociais. No mundo inteiro, quanto maior a escolaridade da mulher, menor tende ser o número de filhos e também menor a taxa de mortalidade infantil (importante indicador de qualidade de vida).
Essa teoria, enfim, é a mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia-a-dia das pessoas.