aula extrusão

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    CONFORMAO MECNICACONFORMAO MECNICA

    EXTRUSO

    DEFINIO

    Processo de conformao plstica no qual o material sofre reduo em sua rea de seotransversal pela aplicao de presses elevadas e escoamento atravs do orifcio de uma

    matriz.

    CONCEITOS BSICOS

    Primeiros experimentos: final do sculo XIX

    Conformao indireta (reao da matriz presso do pisto)

    Em geral, a quente

    Reduo dos esforos Evitar encruamento

    Aplicado a materiais de difcil conformao (inoxidveis e ligas de nquel)

    Metais e no-metais (ex.: polmeros)

    Esforos de compresso minimizam trincamentos

    Extruso a frio

    Menos utilizado Maiores esforos Alto nvel de encruamento Maior preciso dimensional e geomtrica

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    Metais submetidos extruso:

    Alumnio Cobre Metais no ferrosos

    Metais ferrosos: aplicao restrita: Temperaturas mais elevadas Maiores esforos

    Matria prima: lingotes (fundidos) ou tarugos (laminados)

    Formas variadas

    Boa homogeneidade estrutural e dimensional

    Baixo ndice de oxidao superficial Custo inicial elevado

    Limitao de comprimento do produto

    Baixas velocidades de trabalho

    EXTRUSO DIRETA

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    EXTRUSO INDIRETA mbolo vazado

    Minimizao de atrito

    Menos utilizado

    Processo mais antigo

    Material e mbolo movimentam-se em sentido contrrio

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    EXTRUSO HIDROSTTICA

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    Presso constante

    Sem atrito com as paredes do container

    Menores esforos

    Lubrificao otimizada

    Bom acabamento superficial

    Tolerncias precisas

    Limitaes para a temperatura e presso de operao

    EXTRUSO DE TUBOS

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    EXTRUSO DE TUBOS SOLDADOS

    MQUINAS DE EXTRUSO

    Quase sem exceo: prensas

    Cilindro/pisto Bomba hidrulica ou sistema acumulador

    Prensas horizontais (mais comuns)

    Material tem maior contato com a regio inferior do container: maiorresfriamento

    Deformao assimtrica Prensas verticais

    Grandes espaos verticais livres

    Resfriamento uniforme

    Tubos de paredes finas

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    Pisto sujeito a grandes esforos e elevadas temperaturas

    Ao-liga resistente ao calor

    Container (recipiente)

    Sujeito a altas temperaturas e atrito Ao-liga resistente ao calor

    FERRAMENTAS DE EXTRUSO

    Matrizes ou fieiras

    Capacidade de resistncia a altas temperaturas, oxidao e atrito

    Aos ligados ou metal duro

    Faces planas ou cnicas

    Face plana (a): metal escoa e forma seu prprio ngulo de entrada

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    Face cnica (b): aumento de homogeneidade de extruso e diminuio da presso, com

    aumento do atrito nas paredes da fieira. Devem ser utilizadas com boa lubrificao (mais

    comum: vidro fundido).

    MECNICA DA EXTRUSO

    Metal sob presso: fluxo pela matriz, adotando a forma de sada da mesma.

    Altos nveis de atrito entre material e container

    Condio (a): Extruso homognea

    Atrito baixo: boas condies de lubrificao; extruso hidrosttica

    Deformao homognea

    Condio (b): Aumento do atrito entre pea e paredes do container

    Distoro do modelo reticulado

    Zona neutra nos cantos do container

    Centro do tarugo: elongao

    Bordas do tarugo: cisalhamento

    Cisalhamento requer gasto adicional de energia: trabalho redundante

    Condio (c): Alto nvel de atrito

    Escoamento concentrado no centro

    Plano de cisalhamento interno

    Superfcie do tarugo resfriada por container frio

    Fina camada externa do tarugo permanece aderida ao container

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    O atrito entre tarugo e container eleva o consumo de energia durante o processo e o desgastenas paredes do container. Em condies de atrito elevado, a superfcie oxidada do tarugopode ser arrastada para o interior do produto extrudado, provocando defeitos. O uso delubrificao pode minimizar este problema. Outro modo de contornar este problema autilizao de um disco na extremidade do pisto com dimetro menor do que o do container,

    de modo a extrudar o material interno ao tarugo, livre de oxidao superficial. No interior decontainer forma-se uma casca oca de metal no extrudado e aderida s paredes do recipiente,que deve ser removida. A poro final do tarugo tambm no sofre extruso, sendo retiradaao final do processo. A remoo se d pelo afastamento do container e do pisto. Um discoraspador acionado para a remoo do material do interior do container.

    Fora de extruso

    A fora requerida para o processo depende da resistncia do material, da relao de extruso,

    da frico na cmara e na matriz, e outras variveis como a temperatura e a velocidade de

    extruso.

    A fora pode ser estimada pela frmula:

    (Fora Ideal)onde:

    F = Fora de Extruso

    Ao = rea de seo transversal do tarugo antes da extruso

    Af = rea de seo transversal do tarugo aps a extruso

    K = constante de extruso

    A fora mxima de atrito entre o tarugo e o container obtida por:

    Fa = U.l0..K

    Onde:U = permetro interno do containerl0 = comprimento inicial do tarugo = coeficiente de atritoK = Constante de extruso

    Sendo o atrito uma fora a ser superada durante o processo, a fora mxima deextruso calculada por:

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    Fmax = F + Fa

    FATORES DE INFLUNCIA NO PROCESSO DE EXTRUSO Homogeneidade de composio e estrutura da matria prima

    Temperatura de operao

    Baixa: minimizao de consumo de energia, desgaste de mquina,ferramentas e container e de oxidao e/ou corroso do material

    Alta (maioria dos casos): superior a temperatura de recristalizao (limitesuperior) e 50 C abaixo de Tf (limite superior). Na prtica, o limite superior fixadoa temperaturas mais baixas, para evitar fragilidade a quente (fuso demicroconstituintes de menor ponto de fuso)

    Presso de trabalho Consumo de energia, robustez e custo do equipamento, desgaste. Fator de maior influncia: intensidade de reduo. Redues acima de 90%

    acentuam aumento de presso.

    Velocidade de trabalho.

    Produtividade

    Minimizao das perdas de calor

    fcil de notar que estas condies so, no raro, contraditrias entre si. Em

    condies reais, deve-se buscar um ponto de equilbrio entre estes fatores, de modo a se obter

    a melhor condio possvel de operao. Via de regra, esta uma das atribuies do

    engenheiro ou tecnlogo.

    DEFEITOS

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    Os materiais metlicos mais comumente extrudados so o alumnio e suas ligas e o

    cobre e suas ligas. Outros metais no-ferrosos tambm podem ser extrudados, mas tem

    aplicao mais restrita. Tubos e barras de ao podem tambm ser produzidos por extruso,

    mas apresentam dificuldades operacionais, relacionadas, principalmente, temperatura de

    operao.

    Os defeitos tpicos do processo de extruso so os seguintes:

    Vazios internos na parte final do extrudado, decorrentes do modo de escoamento.

    Velocidades de extruso muito elevadas podem acentuar o problema.

    Trincas de extruso, perpendiculares ao sentido de extruso, decorrentes de defeitos

    na matria-prima, associadas temperaturas de operao muito elevadas e/ou velocidades

    muito altas.

    Escamas superficiais, ocasionadas pela aderncia de partculas de materiais duros

    na superfcie das ferramentas, devido a desgaste ou quebra de camadas superficiais do

    container. Temperaturas de operao muito elevadas ou desalinhamento do pisto podem

    tambm colaborar na ocorrncia deste defeito.

    Riscos de extruso, causados por irregularidades superficiais na ferramenta ou por

    resduos de xidos metlicos retidos na sua superfcie.

    Incluses de partculas de materiais estranhos, arrastadas longitudinalmente, dando

    ao produto a aparncia de manchas provocadas por raspagens. Bolhas superficiais provenientes de gases retidos na fundio do lingote ou no

    tratamento trmico para aquecimento da matria-prima.

    Marcas transversais, provocadas pela parada e retomada do movimento da prensa.

    Manchas e perda de cores, decorrentes da oxidao e contaminao superficial com

    substncias estranhas ou provenientes do lubrificante.

    Alm destes defeitos, pode-se ainda mencionar granulaes grosseiras ou segregaes na

    superfcie do produto, provocadas pela falta de homogeneidade estrutural, ou pela no

    uniformidade de temperatura atravs da seo transversal da pea durante a extruso.

    Os defeitos em produtos extrudados podem ser classificados de acordo com a causa

    principal:

    Defeitos relacionados geometria do lingote

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    Defeitos decorrentes do estado superficial do lingote

    Defeitos relacionados lubrificao

    Defeitos decorrentes do metal (trincas, sulcos, etc.) Defeitos decorrentes do desgaste da ferramenta

    A falta de coeso interna em forma de V, defeito tambm conhecido como

    chevron, pode ocorrer na conformao atravs de um canal cnico, como comum na

    extruso e na trefilao, dependendo de uma srie de fatores como taxa de reduo de seo,

    ngulo do cone da ferramenta, atrito e caractersticas do metal. Pode ser minimizado pelo

    tratamento trmico de recozimento do tarugo a ser extrudado ou pelo arredondamento do

    canto formado pela parte cnica com a cilndrica da ferramenta.

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