Aula Filosofia Do Direito Rousseau

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aula interessante sobre filosofia do direito e Rousseau

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  • Prof. Otvio Barduzzi

  • ELEMENTOS PRELIMINARES HISTRICO-FILOSFICOS

    Enciclopdica

    Racionalista

    Contratualista

    Antropocntrica

    Filosofia Iluminista

  • O conceito central do contratualismo a valorizao do indivduo, pois fundado em uma poca minimalista atende a dois princpios: a legitimidade da auto-preservao e a ilegalidade do dano arbitrrio feito dos outros.

  • Definio

    contratualismo indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noo de contrato traz implcito que as pessoas abrem mo de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime poltico ou de um governante.

  • Atualidade do pensamento contratualista.

    O conceito de legitimidade do Estado idealizado por Rousseau e que se funda no exerccio da soberania popular adotado at os dias de hoje pelos pases de civilizao ocidental e que adotam o sistema democrtico, associando-se o poder legtimo ao governo que atende aos preceitos de uma carta constitucional e, portanto, aos anseios do seu povo, verdadeiro soberano e detentor do poder.

    Problemas de legitimidade: monoplio do uso da fora/vontade geral

  • Quando o poder despersonalizado, ou seja, trasladado figura de um ente despersonalizado como o Estado, o que se nota que fica facilitada a submisso e aceitao de suas determinaes pelos indivduos. Da que o poder considerado legtimo quando aceito e existe a disposio de obedincia por parte daqueles que no o detm. Por outro lado, ser ilegtimo quando exercido por indivduos ou grupos sociais no aceitos pelos demais, e que impem sua vontade sob uma resistncia. (DIAS, 2010, p. 32).

    Aqueles que concordam com uma opinio chamam-lhe opinio; mas os que discordam chamam-lhe heresia. Thomas Hobbes.

  • Origem:

    Na cultura grega, quem primeiro levantou a diferena entre o direito natural e o positivo foram os poetas dramticos, em especial Sfocles que, por meio de sua clebre obra Antgona, contestou a validade das leis positivas impostas pelos reis da poca ao povo, desqualificando-as em face da supremacia das leis dos deuses, ou seja, as leis naturais. Nesse sentido, enaltece Antnio Teixeira:

    [...] o Direito Natural clssico dos gregos compreende uma concepo essencialista ou substancialista do Direito Natural: a natureza contm em si a sua prpria lei, fonte da ordem, em que se processam os movimentos dos corpos, ou em que se articulam os seus elementos constitutivos essenciais. A ordem da natureza permanente, constante e imutvel.

  • Ainda os gregos

    Portanto, cabe ressaltar que os gregos fundamentavam os direitos naturais em preceitos superiores: imutveis, estveis e permanentes; cuja autoridade se originava da natureza, ou seja, do cosmos, e no da vontade humana.

  • Os clssicos

    A corrente de pensamento do renascentista clssico, por sua vez, possua um carter renovador, no sentido de romper com os paradigmas da filosofia escolstica teocrtica do medievo. Visava tambm certa liberdade em relao ao poder divino.

  • Clssicos

    - Maquiavel defendia o "equilbrio tenso" da sociedade e usava o exemplo da repblica romana para comprovar. - JEAN BODIN (XVI): A soberania garante a unidade / A soberania deve ser perptua e absoluta / O soberano deve ser vitalcio pois tem o direito divino de dar e anular leis. - JUSNATURALISMO: Grotius - Direito natural que antecede o direito positivo / Origens no pensamento poltico grego e na escolstica medieval / No mundo medieval, o direito natural era o que se ligava religio / Nos sculos XVII e XVIII o racionalismo inatista explicava o jusnaturalismo.

  • Estado natural X civil

    Os contratualistas partem da idia que o Estado moderno precisa de um contrato social para criar o Direito Positivo. Na concepo dos contratualistas no existe a desconsiderao do Direito Natural. Os contratualistas apenas dizem que o Direito Natural no suficiente para sustentar o Poder de Estado Moderno e portanto os Direitos Naturais de Grcio e Pufendorf devem ser transformados em um Direito Positivo moderno.

  • "Ora, segundo sua natureza, ele tambm perfectvel, portanto chamado a se desenvolver. Aqui intevm a sociedade: apenas ela permite que se adquira a palavra, a memria, as ideias, os sentimentos, a conscincia moral, em suma, as luzes. Infelizmente, essa educao dos homens foi feita ao acaso, sem princpios, sem reflexo, sem respeito pela ordem natural. O resultado um estado em que as necessidades do homem se multiplicam, em que ele no as pode satisfazer sem o outro: torna-se cada vez mais fraco, cada vez mais dividido e preocupado, cada vez menos livre."

    - Fonte: O Contrato Social. Martins Fontes, 1999.

  • O indivduo burgus inserido no sistema capitalista se v diante de conflitos ocasionados pela defesa dos interesses particulares numa vida coletiva.

    Relaes entre economia, direito e poltica:

    O primeiro juzo do direito isso meu!

    _________________________________

    Estado de natureza x estado civil

  • Filosofia Poltica Contratualista

    Proposta de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

    Soberania governamental a partir da vontade geral A vontade geral uma construo filosfica da idia de sociedade justa e organizada politicamente. Na verdade, a idia da vontade geral como soma das vontades, proporciona ao sujeito moral e livre, uma valorizao poltico-pedaggica. Sendo assim, a vontade geral se torna resultado da conscincia do homem diante das transformaes polticas, passando esse indivduo de uma natureza primitiva para incorporar uma segunda natureza, que se desdobra numa natureza civil, frutos das organizaes polticas e das convenes (p. 2).

    Passagem da primeira natureza segunda natureza

  • Logo, a identidade do homem, na qualidade de cidado, tambm de sua moralidade poltica. em uma construo coletiva da sociedade inserida naquilo que denominamos de segunda natureza. A idia de cidadania uma representao contratualista, que tem nessa segunda natureza a incorporao tambm de um pacto social entre os homens convencionalmente unidos em um corpo poltico, sob o objetivo fundamental de promover a igualdade (p. 2-3).

    Teoria contratual Cidadania Virtus Civitas a postura

    desse homem-cidado de quem vive uma situao moral de solidariedade com todos os seus co-cidados (p. 3). = Mudana moral (novo homem).

    Alienar a vontade individual = Natureza contratual (V.I +

    V.M = V.G)

  • Direitos fundamentais e a cidadania contratual modernas = abordagem polissmica que no pode perder de vista a problematizao e nem a definio.

    Nas sociedades modernas e contemporneas os direitos fundamentais so entendidos como o conjunto das condies e garantias inalienveis, imprescritveis e intransponveis. Conforme sugere a Declarao Universal dos Direitos Humanos, outorgada pelas Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948, no seu art. 1: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.

  • Os direitos de natureza contratual so eternos?

    O que se deve perguntar se os direitos enunciados em tais declaraes so os verdadeiros ou os nicos direitos do homem. E se esses direitos so ou no verdades eternas, naturais. E no caso de no o serem, como e por que se escolheu apenas esses direitos como fundamentais para o ser humano? (DORNELLES,1989, p.10 apud EUFRASIO, p. 7).

  • Elementos histricos para formao dos

    direitos:

    Revolues burguesas dos sculos XVII e XVIII: Revoluo Gloriosa (1688-1689); Revoluo Americana (1776-1787) e Revoluo Francesa (1789).

    Dinmica dos direitos:

    Dinmica dos Direitos

    Capacidade de regulao

    social

    Organizao das condies

    Histricas pela

    Participao Poltica

    Ordenamentos Jurdico-formais Via codificao

    (controle-regulao) onde se procura

    atingir os interesses antagnicos (p.ex. ricos e pobres)

  • Resumo dos Pensadores

    CORRENTE DO

    PENSAMENTO

    ROUSSEAU: Contratualista precursor do Romantismo:

    o homem bom

    Montesquieu Tripartio de poderes

    mornarquista

    KANT (1724 a 1804

    Iluminista Liberal

    Racionalismo + Empirismo

    Hegel

    Idealismo filosfico

    MARX Marxismo

    Crtica ao Estado Capitalismo (mais valia) X Socialismo Sindicalismo

    Luta de Classes

    JOHN LOCKE contratualista PAI DO EMPIRISMO E PRECURSOR DO LIBERALISMO

  • Thomas Hobbes considerado por muitos o precursor do positivismo jurdico, visto que, sua idias representam um verdadeiro divisor de guas para a poca, j que este no aceita a existncia de vrios direitos naturais anteriores ao Estado, mas somente de um: o direito legitima defesa. Por isso, Hobbes no considerado um jusnaturalista tradicional. Em sua principal obra, O Leviat, Hobbes desconstri o homem para demonstrar suas fragilidades e limitaes cognitivas, o que ele chama de mtodo resolutivo compositivo, dividindo, assim, o homem: sensao, imaginao, linguagem, ou seja, h uma anlise introspectiva.

  • A antropologia encontrada no filsofo ingls Thomas Hobbes carregada de negatividade. Segundo ele, a natureza humana dotada de uma misria cognitiva, egosmo, hedonismo, concupiscncia, entre outras caractersticas que tornam os indivduos indesejveis entre si. Neste sentido, Hobbes aponta as trs principais causas da discrdia: a competio, a descrena e a glria. Vale ressaltar que para Hobbes a razo adquirida, no nascendo com o indivduo. Para o autor, esses seriam os principais motivos que levariam o homem ao conflito, caso no houvesse um poder capaz de mant-los em harmonia, j que o homem um ser to crente e fantico que capaz de se destruir com suas prprias paixes.

  • Estes problemas no mbito da sociedade moderna de natureza contratual tm revelado o quanto difcil caracterizar o Estado moderno como efetivo espao de participao popular de diversos seguimentos da sociedade. Para tanto, no h que se perder de vista a mobilidade poltica que o processo de democratizao proporcionou, na medida que significou uma conquista advinda com as mudanas legais e constitucionais, que precisavam tambm ser acompanhadas de aes eficazes das instituies sociais, principalmente na tica de proteo das minorias sociais, de mulheres, de crianas e adolescentes, com a interveno significativa do Estado.

  • Tal doutrina preconizava os seguintes valores fundamentais: a existncia de uma concepo racionalista do Estado; o Estado civil como anttese do estado de natureza; a formao de uma teoria contratualista do fundamento do poder Estatal; legitimao atravs do consenso e o antropocentrismo como princpio basilar.

  • Nas palavras de Norberto Bobbio:

    (...) os direitos do homem nascem como direitos naturais universais, desenvolvem-se como direitos positivos particulares, para finalmente encontrarem sua plena realizao como direitos positivos universais.

    Em suma, a conjuntura que se estabeleceu fruto das influncias e transformaes trazidas pela doutrina do jusnaturalismo, e muito embora o nosso ordenamento jurdico seja regrado pela doutrina ps-positivista, os direitos fundamentais naturais, enaltecidos pelo jusnaturalismo, constituem verdadeiro

    alicerce do nosso sistema jurdico.

  • Teoria de criao do Estado

    Naturalista Aristteles

    O Homem naturalmente

    um animal poltico

    Contratualista Mais aceita

    Hobbes Locke

    Rosseau Sec. XVIII

    Marxista Luta de classes- Estado como justificao de domnio

    de uma classe sobre outra

  • Teoria contratualista Criao de forma artificial

    Hobbes estado de natureza

    Homem mau Estado mau

    Locke Estado de natureza

    Homem livre Estado que garanta

    esta liberdade

    Rosseau Estado de natureza

    Homem bom Estado democrtico

  • Teoria contratualista De Hobbes

    Estado de natureza Homem mau e

    Perverso O homem

    lobo do prprio Homem

    Guerra de todos Contra todos

    Obra O Leviat Justificava o Absolutismo

  • Teoria contratualista De Locke

    Estado de natureza Homem livre

    Estado - que garanta esta liberdade

    Contrario de hobbes, Dizia que o

    estado de natureza No era violento,

    mas que necessitava de algum para

    Dirimir conflitos

    Motivo: diviso do Trabalho e da terra

    DEFENSOR DO LIBERALISMO E do estado Liberal

  • Teoria contratualista Rosseau

    Estado de natureza O Homem bom, mas a sociedade

    o corrompe

    Obra do Contrato Social

    Motivo: A propriedade Privada era a raiz

    Dos problemas e de toda a misria

    Rosseau Estado democrtico