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AULA 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Jornalismo Interdisciplinar

Aula i sociedade da informacao

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AULA 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Jornalismo Interdisciplinar

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P r i m e i ra Re vo l u ç ã o I n d u s t r i a l ( 1 7 6 0 - 1 8 6 0 ) – e n e rg i a m o v i d a a va p o r p e r m i te u m ava n ç o n o d e s e n vo l v i m e n to i n d u s t r i a l S e g u n d a Re vo l u ç ã o I n d u s t r i a l ( 1 8 6 0 - 1 9 0 0 ) – a e l e t r i c i d a d e é o g ra n d e d i fe re n c i a l d e s ta e ta p a . A i n d u s t r i a l i za ç ã o s e ex p a n d e p a ra vá r i o s p a í s e s ; s u rg i m e n to d a s g ra n d e s e m p re s a s Te rc e i ra Re vo l u ç ã o I n d u s t r i a l ( 1 9 5 0 - ) - a i n fo r m a ç ã o p a s s a a s e r a b a s e d a e c o n o m i a ; é p o c a d e g ra n d e d e s e n vo l v i m e n to c i e n t í f i c o e te c n o l ó g i c o ; e ra d a G l o b a l i za ç ã o

Contexto Histórico

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PERSPECTIVA FILOSÓFICA

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Professor de

literatura

canadense (1911-

1980)

“Profeta da era

eletrônica”

MARSHALL MACLUHAN

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MARSHALL MCLUHAN

Ainda na década de 1960, Mcluhan inovou as pesquisas de comunicação ao colocar como foco de objeto de estudo ao invés das mensagens, como vinha sendo estudo até então, o meio em que as mensagens são produzidas.

Para o teórico canadense, a evolução humana pode ser dividida em três estágios:

1) Primitiva: fase pré-tecnológica caracterizada pelo inter-

relacionamento dos sentidos 2) Tipográfica: fase pós-renascentista, quando é valorizada a

razão (pensamento linear) 3) Reenvolvimento Verbivocovisual: fase marcada pela

evolução tecnológica e pela era eletrônica

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MARSHALL MCLUHAN

Para McLuhan, na primeira etapa evolutiva, o homem necessitava utilizar todos os seus sentidos para poder se inter-relacionar com seus pares.

Após o advento da imprensa, o homem passa a intensificar o uso da visão, e posteriormente, com a era da eletrônica, o homem pode se desenvolver tecnologicamente, criando os meios eletrônicos de comunicação

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MARSHALL MCLUHAN

McLuhan enunciou então alguns princípios da comunicação:

1) Os meios de comunicação são extensões dos sentidos do homem

2) Aldeia global

3) O meio é a mensagem

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MARSHALL MCLUHAN

Os meios de comunicação são extensões dos sentidos do homem

O homem começa a criar elementos tecnológicos que passam a funcionar como uma extensão de si mesmo

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MARSHALL MCLUHAN

Aldeia global

O desenvolvimento dos meios eletrônicos devolveu ao homem a relação social que ele tinha antes da era tipográfica, só que, desta vez, o homem voltou a fazer parte de uma tribo global, de uma aldeia global, interconectado pelos meios eletrônicos de comunicação. Para ele, com a aldeia global, a experiência comunicativa permitiu o compartilhamento de diversas culturas

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MARSHALL MCLUHAN

O meio é a mensagem

para McLuhan, “toda tecnologia gradualmente cria um ambiente humano totalmente novo” e a era eletrônica já criou o seu. Para o autor, o “o novo ambiente reprocessa o velho tão radicalmente quanto a tevê está processando o cinema, pois o “conteúdo” da tevê é o cinema”.

O mais importante para o ser humano então, destaca McLuhan, é o novo ambiente criado, e não suas mensagens (“o meio é a mensagem”). E para ele, a mensagem de um meio é o outro meio (da imprensa é a palavra escrita, ta televisão é o cinema, e assim por diante). A importância de um meio está na capacidade de intervir em maior ou menor grau na sociedade

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ALVIN TOFLER

Escritor e futurista

norte-americano

(1928-).

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ALVIN TOFLER

A civilização se divide em três grandes ondas de transformação:

Primeira Onda (800 a.C- 1.750 d.C) – surgimento da agricultura e o seu desenvolvimento

Segunda Onda – (séc. 18 a 20) predomínio do setor industrial

Terceira Onda – (~1950/EUA) um novo mundo baseado na informação e no conhecimento

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ALVIN TOFLER

Terceira Onda

- A fábrica dá lugar ao lar

- Avanço da ciência

- Mundo da tecnologia

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PIERRE LÉVY

Sociólogo tunisiano

(1956-), estudioso

da cibercultura

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PIERRE LÉVY

Ciberespaço – rede estruturada por onde trafega um grande fluxo de informações

Tanto hipertexto como o hiperlink formam a ponte para a navegação no ciberespaço

Digitalização – conversão de dados analógicos para tráfego no ciberespaço

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PIERRE LÉVY

No ciberespaço, a produção e a disseminação de informações são pautadas pelo dispositivo comunicacional todos-todos.

Exemplos: Facebook, Wikipédia.

Não há apenas um emissor, mas milhares.

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PIERRE LÉVY

Consequências:

Ciberespaço (supervia da informação)

Democratização do Conhecimento

Produção de conhecimentos coletivos

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JEAN BAUDRILLARD

Sociólogo e filósofo francês (1929-2007)

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JEAN BAUDRILLARD

Sobre a Sociedade da Informação

A máquina representa o homem que se torna um elemento virtual deste sistema.

As representações são simuladas num ambiente de redes que fornecem uma ilusão de informações e descobertas.

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JEAN BAUDRILLARD

“O sistema gira deste modo, sem fim e sem finalidade”, diz o autor. Devido à sociedade tecnocrática e ao poder dominador dos meios de comunicação, a vida humana acaba se tornando uma "realidade virtual".

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JEAN BAUDRILLARD

SIMULAÇÃO

A Guerra do Golfo (a guerra a que todo o mundo assistiu ao vivo pela tevê, à semelhança de um programa ou um videogame) não existiu e que não teve vencedores. Ela serviu apenas como terreno de manifestação simbólica, num contexto de espetáculo midiático.

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JEAN BAUDRILLARD

HIPER-REALISMO

A hiper-realidade figura no poder simbólico que uma idéia seduz

O conceito do poder exercido pela vontade da maioria é uma idéia que seduz pelo caráter participativo, ainda mais quando balizado pelos meios de comunicação de massa. Na realidade, essa vontade deixa de ser exercida pela maioria, quando o que se tem é uma representação da maioria (utilizado ao analisar o sentido da democracia).

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MANUEL CASTELLS

Sociólogo espanhol

(1942-). Estudioso

da Sociedade em

rede.

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MANUEL CASTELLS

Mediação pelas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação)

A sociedade interligada pela rede de computadores (Sociedade em Rede)

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STEVEN JOHNSON

Escritor do ramo da ciência, norte-americano

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STEVEN JOHNSON

Surpreendente Games tornam o homem mais inteligente. Não é conteúdo do jogo que atrai o usuário, mas o sistema

de recompensa, que libera mais dopamina para o cérebro e causa prazer ao indivíduo. Isso explica por que o "viciado" passa horas jogando, mas não por que o jogo o torna mais inteligente.

Dentre as novas habilidades adquiridas pelo usuário está o poder de decisão.

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STEVEN JOHNSON

As narrativas ficcionais foram transformadas. A capacidade de concentração do espectador é muito mais exigida. Exemplo: Magnum x Lost

"Os jogadores de videogame não estão absorvendo conselho moral, lições de vida ou retratos psicológicos valiosos", reconhece Johnson. Mas eles aprendem a pensar. O conteúdo é indiferente. "Não é o que você está pensando quando está jogando, é o modo como você está pensando que importa."

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D ES E N VO LV I M E N TO T EC N O LÓ G I C O ( E l e t rô n i c a , s até l i te s , i n te r n e t , te l e fo n i a , c e l u l a re s , re d e s , f i b ra ó t i c a , a m p l i a ç ã o d o n ú m e ro d e m e n s a ge n s )

V E LO C I DA D E – n ã o s ó o n ú m e ro d e m e n s a ge n s a u m e n to u , c o m o a ve l o c i d a d e e m q u e e l a s s ã o t ra n s m i t i d a s . V i ve - s e n u m c o n s ta n te p ro c e s s o d e “ p re s e n t i f i c a ç ã o ”, e m q u e o f u t u ro é s e m p re a n te c i p a d o p a ra o p re s e n te .

Contexto Cultural: Pós-Modernismo

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mudança no paradigma dos meios – passagem dos meios de

comunicação convencionais (um-todos) para a comunicação em rede (todos-todos)

Consumismo e hedonismo – o indivíduo, na sociedade de massas, procura desesperadamente destacar-se dos outros. O meio para isto é a compulsão consumista, que leva ao fenômeno hedonista (busca pelo prazer).

Características da Pós-Modernidade

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niilismo – o excesso de discursos leva ao vazio discursivo. As ideologias já não explicam mais os fenômenos da sociedade moderna. Cria-se um clima de desesperança e vazio em relação ao futuro.

pastiche – não existe mais originalidade. Novos discursos têm como fonte de inspiração velhos enunciados, remontados, com roupagem nova.

Características da Pós-Modernidade

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simulacro (Jean Baudrillard) – os meios de comunicação (cinema, videogame, televisão) criam uma outra realidade (hiper-realismo), em que o entretenimento é garantido e a segurança é total.

Características da Pós-Modernidade

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Sociedade da Informação

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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Também chamada de sociedade pós-industrial e sociedade tecnológica, a sociedade da informação é aquela marcada por uma avalanche de informações, vindas das mais diversas fontes, em função do avanço tecnológico.

O termo “sociedade da informação” surge no final do século XX, no contexto da Globalização

É a “sociedade global” que McLuhan teria profetizado ao dizer que, graças ao surgimento dos meios de comunicação (em especial os eletrônicos - rádio e TV), voltamos à época tribal, uma “tribo eletrônica”.

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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Características

Nessa sociedade há a convergência dos sistemas de comunicação, tecnologias da informação e crescimento das redes integradas.

A informação é vista como uma commodity, um bem negociável. Logo, a troca de informação é a atividade econômica e social predominante. Por isso vivemos numa Economia da Informação, deixando de lado os estágios da Economia Agrária e da Economia Industrial

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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Características

sociedade dinâmica

evolução tecnológica

novo paradigma social

sociedade regida economicamente pelo setor de serviços e tecnologia da informação

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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

a informação passa a ser uma commodity (softwares, desenvolvimento de programas da área de TI, padrões de consumo refinados (valorização das marcas, p.ex.)

A sociedade passa a ser mediada pelas novas tecnologias de informação (TICs)

A inspiração das redes tem origens nas pesquisas militares

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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

O capital internacional ampliou sua área de atuação na Sociedade em Rede e desestimulou o setor produtivo

As tecnologias permitiram a horizontalização de suas estruturas, por meio de TICs de baixo custo, e a produção foi transnaciolizada

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Críticas à Sociedade da Informação

formação de bolhas econômicas

crises globais

estigmatização de alguns países como meros fornecedores de mão de obra semi-escrava (China, Índia p.ex.)

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Críticas à Sociedade da Informação

aumento do desemprego (em função da substituição da mão de obra pela tecnologia – eliminação de postos de trabalho)

exclusão social (pela falta de acesso à informação e qualificação)

aumento da desigualdade social

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FIM