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Professor Gabriel Mauriz
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NERVOS CRANIANOS São nomeados e enumerados em algarismos romanos do I ao XII na
seqüência em que deixam o encéfalo
I Par – NERVO OLFATÓRIO
II Par – ÓPTICO
III Par – OCULOMOTOR
IV Par – TROCLEAR
V Par – TRIGÊMEO
VI Par – ABDUCENTE
VII Par – FACIAL
VIII Par – VESTÍBULO-COCLEAR
IX Par – GLOSSOFARÍNGEO
X Par – VAGO
XI Par – ACESSÓRIO
XII Par – HIPOGLOSSO 2
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NERVO FACIAL – VII PAR
Classificação:
Misto (sensitivo e motor)
Função:
Responsável pela sensibilidade gustatória da língua, inervação das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual e inervação motora dos músculos da mímica
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NERVO FACIAL
• Constituído por:
porção motora (n. facial p.p.d) inerva mm. da mímica facial
porção sensitiva e autonômica (nervo intermediário inervação sensitiva da parte gustativa de 2/3 anteriores da língua
porção parassimpática glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândulas submandibulares e sublinguais).
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AÇÃO DOS MÚSCULOS FACIAIS
Epicrânio ou frontal enruga a testa
Corrugador dos supercílios aproxima as sobrancelhas
Prócero enruga o nariz
Nasal dilata e comprime
o nariz Orbicular da boca
aproxima e comprime os lábios
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AÇÃO DOS MÚSCULOS
Zigomático maior sorriso
aberto
Zigomático menor protusão do lábio superior.
Risório sorriso fechado
Bucinador ação de soprar
Depressor do lábio inferior protusão do lábio inferior
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AÇÃO DOS MÚSCULOS FACIAIS
Mentoniano projeção do queixo para cima
Platisma projeção dos
ângulos da boca para baixo, músculo da mastigação
Orbicular das pálpebras
fechar os olhos Elevador da pálpebra
superior
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MÚSCULOS DA MÍMICA FACIAL
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PARALISIA FACIAL Distúrbio (paresia) ou uma paralisia total de todos, ou
alguns, músculos da expressão facial.
Pode ser classificada como:
- Central;
- Periférica;
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PARALISIA FACIAL CENTRAL:
- lesões ou doenças no cérebro, mais exatamente no encéfalo (SNC), que envia informações para o nervo facial.
PERIFÉRICA:
- lesões ou doenças no próprio nervo facial, que inerva os músculos da face.
Os sintomas e manifestações de cada uma delas
também serão diferentes. 12
PARALISIA FACIAL PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA (PFP):
Chamado Paralisia de Bell ou Frigore.
Acometimento do VII par de nervo craniano de forma aguda, podendo ser total ou parcial
Podendo ser precedida por dor mastoidiana, distúrbios de salivação, deglutição e lacrimejamento.
São ipsilaterais
Acometem toda a hemiface
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PARALISIA FACIAL A maior parte dos doentes refere ter acordado de manhã
com uma paralisia de Bell ou com sintomas — tais como um olho seco ou parestesias em volta dos lábios — que progridem para uma paralisia de Bell clássica durante esse mesmo dia.
O grau de paralisia deve atingir o pico dentro de alguns dias após o seu início, mas esse período nunca é superior a duas semanas.
Sinal de alerta- dor ao nível do pescoço, no ouvido ou na região retro-auricular.
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PARALISIA FACIAL-INCIDÊNCIA -A incidência é entre 12 a 25 casos por ano para cada 100.000
habitantes ;
- A taxa é mais baixa nas crianças e após a oitava década de vida.
- A recorrência ocorre em 7 a 12% dos casos de PFP unilateral, sendo mais comum no lado oposto.
- maior incidência no sexo masculino a partir dos 50 anos, assim como, no sexo feminino entre os 10 e os 20 anos.
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ETIOLOGIA TRAUMÁTICA:
- Objetos cortantes ou perfurantes;
- Projeteis de arma de fogo na face;
- Acidentes automobilísticos;
- Traumas cirúrgicos;
INFECCIOSA:
- Meningite;
- Otite;
- Herpes Zoster;
• METABOLICAS:
- diabetes;
• CONGÊNITAS:
- Não desenvolvimento dos núcleos
celulares pontinos, que dariam origem
às fibras do nervo facial.
- Paralisia facial do tipo “Heller”, que
consiste na não formação do pavilhão
da orelha e outras estruturas
circunvizinhas.
• VASCULAR:
- Bloqueio na circulação arterial que
nutre o nervo facial.
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PARALISIA FACIAL- SINAIS E SINTOMAS Sintomas iniciais:
- sensação de dormência ou fraqueza;
- sensação de pressão ou edema da hemiface afectada;
- alterações no paladar ou, até mesmo, abolição deste em certas regiões internas da Cavidade Bocal;
- intolerância a barulhos, olho ressecado e/ou com dores em torno do mesmo, assim como no ouvido do lado afetado.
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PARALISIA FACIAL DE BELL Abolição das pregas frontais;
Afundamento da parte interna das Sobrancelhas;
Sinal de Charles de Bell (incapacidade de oclusão do olho) na hemiface afectada;
Desvio do Nariz, Boca e Língua para o lado não afetado;
O Sulco Nasogeniano (vai desde o nariz até ao canto da boca) encontra-se abolido, assim como o Sulco Nasolabial;
Apagamento da Comissura labial;
Bochecha pendente “ em saco “;
Os ⅔ anteriores da língua ficam com a sensação gustativa abolida;
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1ª Fase - Flácida Flacidez da musculatura em repouso e pouco ou
nenhum movimento da musculatura da mímica facial.
2ª FASE - REGENERAÇÃO Fase em que é possível a regeneração gradual do nervo
e melhora da mobilidade da musculatura.
3ª FASE - SEQÜELAS Após o 3º mês, se não houver recuperação e ocorrer
perda severa da função, estará instalada a fase de sequelas. Pode haver sincinesias e contraturas.
O que é?...
Sincinesia – é o movimento involuntário de um grupo muscular quando é realizado um movimento de outro grupo.
Contratura – caracterizada pelo aumento de tônus em repouso de um músculo ou grupo muscular lesado.
Avaliação de Tônus em Repouso Hipotonia – rugas apagadas, aparência caída;
Normotonia – rugas simétricas;
Hipertonia – simetria da face em repouso, em movimento, as rugas são mais acentuadas do que do lado lesado.
PARALISIA FACIAL
PARALISIA FACIAL CENTRAL (PFC):
quando ocorre paralisia dos mm. de 2/3 inferiores da face.
são contralaterais
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PARALISIA FACIAL
• Causas de PFC:
Obstrução da a. carótida interna ou da a. cerebral média
Tumores
Cirurgia de cisto
TCE
Meningites
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PARALISIA FACIAL CENTRAL • Sinais e Sintomas:
comissura labial desviada para o lado da lesão
impossibilidade de assobiar
boca oval de Pitres
paralisia dos mm. do território facial inferior
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Hipertonia
DIAGNÓSTICO Não existe nenhum exame ou teste específico para a
detecção de PFP.
O médico deve descartar qualquer distúrbio que não esteja associado à patologia, através da história do paciente e da análise dos resultados de estudos radiográficos, de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) ou de uma Ressonância Magnética (RM).
É também de extrema importância o Fisioterapeuta fazer a
sua avaliação e em conjunto com o médico responsável, realizarem o tratamento mais eficaz, em cada caso.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Paralisia Facial Central,:
- Parte superior da face poupada (músculo orbicular dos olhos), estando afetado somente o terço inferior da face.
Paralisia Facial Periférica: toda hemiface está afetada.
As paralisias faciais periféricas são totais, já nas centrais pode haver contração involuntária da musculatura mímica como manifestação emocional, ou seja, o
paciente pode contrair a musculatura do lado afetado quando ri ou chora, mas não os contrai voluntariamente.
PROGNÓSTICO Paralisia Facial Periférica- recuperação pode ocorrer em um
a dois meses.
Paralisia Facial Central- o prognóstico é variável, apesar de a maioria dos portadores desta patologia recuperarem completamente.
Idade reduzida, a fraqueza incompleta dos músculos da expressão facial, o fato do tratamento ser precoce e a ausência de doenças sistémicas (como a diabetes), são fatores que favorecem um bom prognóstico.
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TRATAMENTO Não deve ser feito apenas na área da medicina e/ou
fisioterapia, mas há também possibilidade de haver necessidade de acompanhamento psicológico do doente.
Não existe um tratamento específico para as Paralisias Faciais, mas sim aspectos importantes a salientar.
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