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12/03/15 1 CONSTRUÇÃO CIVIL II 12/03/15 PUCRio. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – Professor: Joel Vieira TURMA 3VA Construção Civil II Prof. Joel Vieira [email protected] (21) 999691900 TURMA 3VA Tópico 2: Patologia da estrutura de concreto armado e o meio ambiente

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Construção  Civil  II  

Prof.  Joel  Vieira  joelvieira@puc-­‐rio.br  (21)  999691900

TURMA 3VA

Tópico 2: Patologia da estrutura de concreto armado e o

meio ambiente

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  O que se espera de um projeto estrutural: -  Segurança – prevendo os riscos do ambiente inserido

-  Funcionalidade – atenda a finalidade

-  Uso ininterrupto – assegurar uma vida de serviço contínuo

-  Estética – forma em concomitância ao uso e local

-  Baixo impacto ambiental – na execução e uso

-  Facilidade de manutenção

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ISO 2394. General principles on reliability for structures. BS EN 1990: 2002. Eurocode: Basis of structural design

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Normas da ABNT - NBR 6118/2007 e NBR 12655/2006

Estipulam algumas diretrizes quanto ao risco de deterioração das estruturas de concreto em função da agressividade do ambiente em que serão inseridas relacionados à qualidade do concreto, visando a durabilidade para os fins que foi projetado.

A produção de uma tonelada de cimento gera a emissão de uma tonelada de CO2 na atmosfera, sendo a indústria do cimento responsável por cerca de 5% do total mundial de emissões de CO2(MEHTA, 1998). De acordo com o Sinduscon-SP, o consumo de cimento em 2009 no Brasil foi de 51,8 milhões de toneladas, e a expectativa para 2010 é de que este número alcance a marca de 55 milhões

Fcj – resistência à compressão do concreto prevista para a idade de “j” dias, em Mpa; Fck – resistência à compressão do concreto característica, em MPa;.

Impacto Ambiental, Econômico, Social – Ciclo de Vida

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VIADUTO BANDEIRAS 42 anos: PATOLOGIAS e INTERVENÇÕES

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Dados da Construção Original

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Patologia: é a ciência que estuda a origem, os sintomas e as naturezas das doenças.

Na estrutura a patologia significa o estudo das anomalias relacionadas à deterioração da mesma.

Incidência das origens das falhas

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Influência das decisões no tempo para o melhor desempenho e menor impacto ambiental na vida útil da estrutura.

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Custos diretos durante o empreendimento

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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•  Manutenção Preventiva: constante. •  Manutenção Corretiva: eventual.

Quando devem ser realizadas?

Vida útil da estrutura Manutenção preventiva

Estruturas em colapso Manutenção corretiva A manutenção corretiva tem um custo progressivo de razão cinco em relação ao custo da manutenção preventiva (lei de Sitter).

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Desempenho e manutenção

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1)  sensibilidade estrutural;

2)  tipo de estrutura e a sua função;

3)  consequências de uma ruptura;

4)  nível real das cargas;

5)  efeitos devidos à deterioração em cada ação e solicitação individual.

Considerações não visuais para avaliação da resistência de uma estrutura:

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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Causas da deterioração das estruturas de concreto

1) má qualidade do projeto, especificações, ou devida à execução; 2) má qualidade do planejamento ou execução das operações de manutenção, por recursos, ou menosprezo da necessidade de adequada rotina; 3)  agressividade do ambiente e as solicitações sobre a estrutura; 4) tempo, envelhecimento; 5) acréscimo de carregamento.

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Continuação Tópico 2: Patologia da estrutura de concreto armado e o

meio ambiente

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Ações agressivas à estrutura:

QUÍMICAS: - Corrosão das armaduras (CO2, Cloretos, O2 ), Dissolução

do cimento (Ácidos, Águas puras, Sais (Mg, NH4) ), Reações expansivas do Cimento e Agregados devido a sulfatos, cloretos e álcalis respectivamente.

BIOLÓGICAS: - Bactérias, Algas e Fungos

FISÍCAS: - Temperatura, Fogo, Cristalização de sais, Ações diretas

(desgastes, Impactos), Gelo/degelo.

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Elemento estrutural saudável

http://www.civil.ist.utl.pt/~cristina/EBAP/ReabReforcoPontes/modulo2-2.pdf

O aço não corrói em ambiente alcalino, ou seja, pH ≥ 12,5

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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A baixa permeabilidade do concreto é a melhor barreira contra esse ataque.

Como regra básica tem-se:

1)  A/C ≤ 0,45;

2) boa compactação;

3) cura adequada;

4) espessura adequada dos cobrimentos de armadura

5) uso de plastificantes e sílica ativa em locais agressivos.

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TIPOS DE DETERIORAÇÃO CORROSÃO DAS ARMADURAS:

•  Carbonatação •  Cloretos

ATAQUE QUÍMICO ao CONCRETO:

•  Ataque dos sulfatos •  Reações álcalis – agregados •  Reabilitação e Reforço de Estruturas •  Ataque dos ácidos, águas puras e sais de amónio e

magnésio •  Ação da água do mar

OUTROS: •  Ataque biológico •  Desgaste por erosão, abrasão e cavitação •  Ciclos de gelo – desgelo •  Ação do fogo •  Cristalização de sais

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Sintomas apresentados !  Fissuras. ! Disgregação. ! Desagregação.

Observação criteriosa e sistemática +

Ensaios laboratoriais =

Diagnóstico real

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II   ATIVIDADES DAS FISSURAS 1. Surgimento em fases distintas !  Estágio plástico do concreto (concreto fresco). !  Estágio endurecido do concreto (quando este está a adquirir suas

principais propriedades mecânicas). 2. Comportamento ao longo do tempo !  Fissuras vivas ou ativas (apresentam variabilidade de

comportamento – abertura, comprimento e profundidade – ao longo do tempo, ou de modo mais conciso, “movimentam-se”). exemplo mais comum são as térmica.

!  Fissuras mortas ou passivas (permanecem estabilizadas ao longo do tempo, ou seja, “não apresentam movimento”).

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Prof. Élvio Mosci Piancastelli

Incidência  de  fissuras  nas  edificações  –  R.G,  Sul  

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Devido a corrosão das armaduras

O grau de fissuração pode ser associado ao percentual de variação do volume do aço.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II   A corrosão do aço é a ação da natureza levando o metal

ao estado inicial do minério de ferro, ou seja, a perda da energia aplicada no processo de transformação da matéria prima ao produto industrializado.

Segundo Gemelli (2001, p.xiii), “...estima-se que a corrosão destrua 25% da produção mundial de aço por ano, o que corresponde a várias (5 a 7) toneladas por segundo... O custo total da corrosão está avaliado em 4% do produto nacional bruto”

Durante o processo ha uma fase chamada “redução” que é a retirada o oxigênio do minério para adoção do carbono.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Iniciando  processo  corrosivo  

pH + pOH = 14

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Segundo Helene (1997) a despassivação, e posterior corrosão das armaduras é maior em ambientes com umidade relativa entre 60% e 98% ou quando o concreto está sujeito a ciclos de molhagem e secagem

A corrosão das armaduras do concreto é eletroquímica, segundo Mehta e Monteiro (2008), a expansão do volume original da ferragem podendo aumentar em 600% causando tensões internas que podem atingir 15MPa.

A agressividade do ambiente em que o concreto está inserido e a facilidade com que estes agentes penetram na camada de concreto irão determinar o tempo que irá durar o período de iniciação da corrosão.

A carbonatação reduz o pH da solução dos poros de valores entre 12,3 a 13,5 para cerca de 9, no entorno das armaduras permitindo assim a despassivação das barras.

Como age:

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

A remoção do hidróxido de c á l c i o C a ( O H ) 2 o c o r r e quando o CO2 (dióxido de carbono) existente no ar penetra através dos vasos capilares do concreto

Processo de CARBONATAÇÃO

CA(OH)2 – hidróxito de cálcio CACO3 – carbonato de cálcio

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  O avanço do processo de carbonatação gera as condições adequadas para a instalação da corrosão nas armaduras.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Com pH=7 o concreto deixa de ser alcalino, daí se instala uma pilha de corrosão na armadura, surgindo uma zona de catodos (-) e outra de anodos (+).

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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Indicador

Intervalo de mudança de cor Solução pH Mudança de cor

Fenolftaleína

8 a 10,5

Incolor/ vermelho-

carmim

D i s s o l v e r 1 g d o reagente em 50 cm3 de etanol e diluir com água até 100 cm3

Timolftaleína

9,3 a 10,5

Incolor/azul

Dissolver 0,4 g do reagente em 600 cm3 de etanol e diluir com água até 1000 cm3

Amarelo de alizarina R

10,1 a 12,0

Amarelo/ vermelho alaranjado

Dissolver 0,5 g do indicador em um litro de etanol a 80%

Determinação do pH do concreto

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Ataque de Cloretos

Os ions cloreto são especialmente agressivos, pois, diferente do ataque por CO2 ou soluções ácidas, os cloretos podem danificar as armaduras mesmo em condições de alta alcalinidade do concreto e não consumidos no processo de corrosão.

Estruturas susceptíveis: - estruturas expostas à névoa salina e a - altas taxas de poluentes, - uso de água ou agregados contaminados, incluindo aditivos

aceleradores de pega e endurecimento (base de cloreto de cálcio, CaCl₂). Recife, tem 64% das patologias em estruturas de concreto relacionadas à corrosão por íons cloreto“, cita Joseanne Dotto, UFSM.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Cobrimento de armaduras NBR 6118 Classe de agressividade 1 – Fraca (atmosfera mais limpa)

Laje de concreto armado: 20 mm Pilar e viga de concreto armado: 25 mm Concreto protendido: 30 mm

Classe de agressividade 2 – Moderada ( agressões ambientais provenientes do gás carbônico e dos cloretos sem tanta umidade)

Laje de concreto armado: 25 mm Pilar e viga de concreto armado: 30 mm Concreto protendido: 35 mm

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Classe de agressividade 3 – Forte ( atmosfera marinha, indústrias com maior teor de umidade). A velocidade de corrosão em ambiente marinho pode ser da ordem de 30 a 40 vezes superior à que ocorre em atmosfera rural.

Laje de concreto armado: 35 mm Pilar e viga de concreto armado: 40 mm Concreto protendido: 45 mm

Classe de agressividade 4 – Muito Forte (locais úmidos, dentro de indústrias, ou diretamente em contato com a água do mar).

Laje de concreto armado: 45 mm Pilar e viga de concreto armado: 50 mm Concreto protendido: 55 mm

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

C

Corrosão

D

Cobrimento da armadura é o meio mais eficaz de aumentar a durabilidade das peças de concreto estrutural.

O concreto deve ser dosado de modo a ter um m a t e r i a l c o m b a i x a porosidade.

Postergando a corrosão:

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Espaçadores (distanciadores) em concreto e plástico de alta densidade

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Recomenda arestas c h a n f r a d a s n o s e l e m e n t o s estruturais situados e m a m b i e n t e s agressivos, mais v u l n e r á v e i s à corrosão.

Forma dos elementos estruturais

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Qualidades requeridas : Aderência, Impermeabilidade e Flexibilidade

Pinturas Anticorrosivas em estruturas metálicas

As tintas epoxídicas, são as que mais atendem as exigências das tintas anticorrosivas

As tintas epoxi-betuminosas são as mais apropriadas para peças que trabalham imersas em águas de processo (não potável) ou efluentes industriais ou simplesmente peças enterradas, por oferecerem excelente proteção por barreira, já que são de alta espessura e de alta impermeabilidade Tintas proteção anódicas – pigmentadas com cromato de zinco, zarcão, etc

ISO 12944-5:2007 – Descreve os tipos de tintas e os métodos de aplicação para pinturas anticorrosivas em estruturas de aço.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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A aplicação de argamassa polimérica para combater a corrosão é ineficaz, pois são gerados novos catodos e anodos nas regiões fora do local onde foi aplicada a argamassa, mantendo-se ativa a pilha de corrosão.

Medidas para controlar o processo de corrosão

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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ANÔDO DE SACRIFÍCIO As pastilhas de zinco puro são um tipo de proteção catódica envolvido por material alcalino de elevada condutividade elétrica.

•  O zinco é chamado de elemento de sacrifício. O zinco é anódico e o ferro, passa a ser catódico, daí o nome de proteção catódica. O zinco é sacrificado para que o aço permaneça intacto

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  ANÔDO DE SACRIFÍCIO

A corrosão é controlada pela formação de uma corrente elétrica.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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DISGREGAÇÃO Resistência à tração do concreto, manifestando-se quando essa é

alcançada, formando-se fissuras, as quais podem entrelaçar-se, com posterior ruptura das partes do mesmo.

Causas !  Grandes solicitações devidas à tração interna que

parte do elemento estão sujeitas. !  Devido às reentrâncias e corrosão das armaduras. !  Arestas das partes salientes.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  DESAGREGAÇÃO

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Quando o cimento perde suas propriedades conglomerantes, o concreto perde resistência a compressão.

Inicia na superfície do elemento manifestando-se por meio de mudança na coloração em seguida dar-se a fragmentação das partes exteriores, e posterior desagregação da massa de concreto.

Causas, ataque químico por ! Ataque por sulfatos e cloretos. ! Azeites, gorduras, vinho, leite, cerveja, etc., pois os sais desses líquidos

atacam o cimento. ! Solos ricos em sais agressivos. Ocorrência em:

!  fundações; !  obras junto ao mar; !  especialmente em obras de estações de tratamento.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Ataques de sulfatos

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Os íons sulfatos na presença de água atacam a matriz do concreto, gerando etringita s e c u n d á r i a e g e s s o cristalizado.

Ocorrem, em geral , em concreto poroso ou com cura deficiente.

O c o r r ê n c i a s : á g u a s subterrâneas contaminadas, chuvas ácidas, indústria.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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A etringita e o gesso cristalizado se expandem e geram um estados de tensões de tração no interior do concreto.

As tensões de tração rompem a matr iz de cimento originando uma f r a g m e n t a ç ã o d o concreto.

Ataques de sulfatos

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Álcalis-agregado

O mecanismo é similar ao de ataque por sulfatos, mas nesse caso o reagente é o agregado.

Alguns tipos de sílica ou silicato contido no agregado reage com o álcali (potássio, sódio, hidróxido de cálcio ) do cimento formando um gel no agregado reativo quando da presença de umidade.

Formação de gel

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Álcalis-agregado

Exposto à umidade o gel se expande causando no concreto um estado tri-axial de tensões de tração e compressão.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  REAÇÃO ÁLCALIS-AGREGADO

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Fissuras térmicas Concreto impedido de se deformar

Anos

w

Fissura

Restrição à deformação

Restrição à deformação

Dilatação

Reação

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em lajes As tensões térmicas em lajes com bordos vinculados se desenvolvem do centro para os bordos, e teoricamente são nulas no centro.

As lajes transmitem essas tensões para seus apoios, cujos materiais constituintes deverão resistir à essas tensões.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em lajes

A deformação térmica no centro da laje gera tensões de tração e cisalhamento nas paredes.

A parede 1 é paralela ao comprimento da laje.

Fissura horizontal

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em lajes

A força de tração horizontal e as cargas verticais geram tensões cisalhantes e de normais, cuja composição vetorial mostra a existência de uma tensão de tração na parede.

Direção do movimento térmico.

Fissuras térmicas nos cantos e próximas à abertura.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em lajes

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em muros As dilatações térmicas em muros geram fissuras com aberturas da ordem de 2 mm a 3 mm, espaçadas de 4 m a 5 m.

Essas fissuras em, geral, ocorrem na junção da alvenaria com os pilares, mas podem surgir no corpo da alvenaria

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Tensões térmicas em pisos

Deformações térmicas

Com a diminuição da temperatura o revestimento do piso solta, pois surgem forças de tração na interface revestimento-substrato.

As bordas impedem o movimento de contração e as tensões devidas às movimentações térmicas são superiores à tensão de aderência entre o r e v e s t i m e n t o e o substrato.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Juntas de dilatação

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NORMAS INTERNACIONAIS: ASTM C – 1193: Guia padrão para uso de mastique em juntas. ASTM SPT – 1069: Dimensionamento de juntas que recebem mastique.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Concreto – finalidade, estética, durabilidade Resistências mecânica e ao meio agressivo, trabalhabilidade, durabilidade, baixa porosidade, permeabilidade Adensamento e Cura - principais causas de baixa resistência, trincas e fissuras, corrosão da armadura etc.

Aditivos químicos completa dispersão dos grãos de cimento

misturas mais trabalháveis com baixa relação água/cimento aumentos significativos na resistência e durabilidade

Cimento Agregados Fator a/c

Concreto de Alto Desempenho (CAD)

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Concreto de Alto Desempenho(CAD) – resistência, trabalhabilidade, durabilidade

alta resistência à compressão baixa permeabilidade menor fator a/c entre 0,25 e 0,40 menor consumo de cimento menor consumo de agregados

Composição usual do CAD: agregados comuns, cimento Portland, adição mineral (sílica ativa, cinza volante, escória granulada de alto forno), geralmente entre 5% a 15% da massa de cimento, mais um superplastificante teor entre 5 L a 15L por m³ de concreto.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Patenteado em 1824 pelo construtor inglês, Joseph Aspdin, em 1824 na Inglaterra. A matéria prima era extraída da ilha de Portland, no sul do País.

CIMENTO Portland

Matéria prima: ClÌnquer - composto de calcário e argila A rocha calcária é britada, moída e misturada a argila levado ao forno

à 1450 0C , moído novamente transformado em um pó fino, cuja característica é quando adicionado água endurece tornando um excelente ligante hidráulico.

No Brasil existem cinco tipos de cimento Portland, e vários subgrupos, para diferentes usos adequados, condições de agressividade ou característica. Isso permite otimizar o custo da obra, utilizando o tipo certo numa relação de custo-benefício juntamente com a tecnologia que está sendo usada.

NBR 7226 - Cimento Portland

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Adições

Escórias de alto-forno - subproduto da fabricação do ferro-gusa nas siderúrgicas (ferro-alumino-silicatos de cálcio), comporta como aglomerante hidráulico aumenta a resistência em idades avançada, mas precisa umidade na cura, e tem menor resistência inicial,

Fíler calcário - é carbonato de cálcio (calcário) moído, acelera as resistências iniciais, trabalhabilidade, mas aumenta a porosidade em idades avançadas.

Gesso ou gipsita – controla o tempo de pega, presente em todos os tipos de cimento Portland, dosado de 3% para 97% de clínquer, em massa

,Pozolanas – cinzas vulcânicas (pozolanas naturais) ou cinzas da queima de carvão mineral de termoelétricas (cinzas volantes), constituídos por sílica amorfa, que, melhoram a impermeabilidade dos concretos, diminuem a porosidade.

A maioria dos tipos de cimento portland existentes no mercado servem para o uso geral. As adições os tornam com características e

propriedades mais adequados para determinados usos, obtendo concreto ou argamassa com a resistência e durabilidade desejadas, de

forma bem econômica.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

COMERCIALIZAÇÃO

Foto 1 - CP II E 32 Lafarge, usado em diversas aplicações na construção, concretos estruturais e convencionais, argamassas, concreto para pisos e pavimentos. R$ 16,50 Foto 2 - CPB 40 Camargo Corrêa, grande índice de brancura, maior fidelidade às cores quando pigmentado. Criação em pisos, concretos arquitetônicos e argamassas. R$ 15,63 Foto 3 - CP V-ARI-RS Itambé, o cimento Ari (de alta resistência inicial resistente a sulfatos) resistências elevadas nas primeiras idades e a ambientes agressivos, poluição atmosférica. Foto 4 - CP II Z 32 RS Nassau, resistência a meios agressivos, redes esgotos, salinos ou maresia. Baixo teor de aluminato tricálcico, interfere positivamente na reação álcalis-agregados. R$ 18,10

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Foto 5 - CP V - ARI RS - Colorido Votorantim - fabricação de peças de concreto colorido, como blocos, pavimentos intertravados e pré-moldados. Preço de R$ 19,70 por saco de 50 kg posto obra em São Paulo Foto 6 - CP IV 32 A Cimpor - para obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. Preço de R$ 17,23 posto obra em Porto Alegre Foto 8 - CP II F 32 - Ciplan Ciplan - composto com fíler possui resistência e baixo desvio-padrão (< 1,2 MPa) Preço de R$ 15,53 por saco posto obra no Distrito Federal e, em Goiânia, R$ 15,58

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Cuidados com o produto: Validade máxima de três meses, estocados sobre estrado, longe da umidade e de intempéries. Nunca empilhar os cimentos em mais de dez sacos, para evitar a compactação das primeiras embalagens

•  uso de dois materiais combinados como cinza volante e sílica ativa ou escória e sílica ativa, é benéfico, pois a reatividade da sílica ativa pode compensar a reatividade mais lenta da escória ou cinza volante.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Fator a/c

menos água =

mais cimento =

Influência nas propriedades do concreto: - Trabalhabilidade - Porosidade – resistência - Permeabilidade – durabilidade

Agua boa para concreto

é a que possamos beber !!!!

Maior fc Menor trabalhabilidade

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

ADITIVO QUIMICO PARA CONCRETO •  Aumentar a trabalhabilidade ou plasticidade do concreto; •  Reduzir o consumo de cimento (custo); •  Reduzir a quantidade de agua do fator A/C; •  Alterar o tempo de pega acelerando ou retardando; •  Reduzir a retração; •  Aumentar a durabilidade:

Inibindo a corrosão das armaduras; Neutralizando as reações álcali-agregado; Reduzindo o efeito do ataque por sulfatos; Diminuir a permeabilidade.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Redutores de Água Para uma dada trabalhabilidade: Plastificantes (P) até 12% de redução de água. Polifuncionais (PF) até 20% de redução de água. Superplastificantes (SP) mais de 20% de redução de água. Possibilidades: Aumentar a trabalhabilidade mantendo o a/c e a resistência mecânica. Aumentar a resistência diminuindo o a/c, mantendo a trabalhabilidade.

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Modificadores do tempo de pega do concreto

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Sílica Ativa - subproduto da fabricação do silício metálico, das ligas de ferro-silício e de outras ligas de silício. Os efeitos benéficos são devidos à rápida reação pozolânica, mas também ao efeito físico das partículas da sílica ativa, o qual é conhecido como “efeito fíler”(Sellevold,1987; Rosembergg and Gaids, 1989; Khayat, 1996 apud Aitcin,1998). As finas partículas de sílica preenchem os vazios entre as partículas maiores de cimento e também reduzem a exsudação. O efeito fíler é responsável pelo aumento da fluidez dos concretos com relação água aglomerante muito baixa. Escória de Alto-forno - subproduto da manufatura do ferro-gusa num alto-forno. Em forma de grãos vítrea desenvolve propriedades cimentícias quando devidamente moída. Cinza Volante - pequenas partículas coletadas após a queima de carvão pelo sistema ante pó das usinas de energia. Algumas são auto cimentícias e a maioria possui propriedades pozolãnicas.

ADITIVO MINERAL PARA CONCRETO

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

1)  Principais causas para diminuição da vida útil de uma estrutura? 2)  Citar um agente de ataque ao concreto 3)  Qual a diferença da forma de agressão ao aço do cloreto e carbonatação? 4)  o que é uma fissura morta e viva?

Para pensar

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  Danos devido ao fogo

Causam redução da resistência, da rigidez e o surgimento de ações solicitantes adicionais nas estruturas hiperestáticas.

Ocorre por meio do fluxo de calor, por radiação e por convecção, sendo originada pela diferença de temperatura entre os gases quentes do ambiente em chamas e os componentes da estrutura.

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Etringita – trata-se do sulfoaluminato de cálcio, presente em todo concreto, argamassa e pastas de cimento portland. No entanto, o termo formação de etringita retardada (FER) é usado para identificar a presença deste fenômeno quando concretos ou argamassas feitos com cimento portland são aquecidos a temperaturas iguais ou superiores a 70ºC, por qualquer motivo, havendo ciclos de molhagem contínua ou não, provocando a expansão com decomposição da etringita, inicialmente produzida durante a hidratação da matriz cimentícia. A FER é muito comum em dormentes de concreto de trens, inúmeras peças de concretos pré-fabricadas e sinistro por fogo. A sintomatologia da FER é parecida com a da reatividade álcali-sílica, ou seja fissuramento em forma de mapa

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CONSTRUÇÃO  CIVIL  II  

Sulfato é o íon SO4, consistindo de um átomo central de enxofre ligado a quatro átomos de oxigênio. O ânion sulfato apresenta estado de oxidação. O ácido do íon sulfato é H2SO4, chamado de ácido sulfúrico. Os sulfatos ocorrem como partículas microscópicas resultantes da combustão de combustíveis fósseis e biomassas. Produzem a acidez da atmosfera e produzem a chuva ácida.