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AULA PRÁTICA – 1 PETIÇÃO INICIAL DO RITO ORDINÁRIO A petição inicial é a inicial para as espécies de ação ordinária, ou seja, daquelas ações que não possuem rito próprio, como ação de reparação, de cobrança, anulatória, etc. CABIMENTO - Ação para anulação de atos administrativos quando não for cabível Mandado de Segurança - Ação de cobrança (responsabilidade contratual) - Ação indenizatória por responsabilidade civil do Estado - Ação anulatória de ato administrativo - Etc. ENDEREÇAMENTO Em regra, as ações ordinárias serão endereçadas para o juiz de primeiro grau, federal ou estadual. O art. 109, I, da CR/88, traz a competência da Justiça Federal, determinando que será encaminhada para a Justiça Federal as ações em que o autor ou o réu são a União, Autarquia Federal ou Empresa Pública Federal. Apesar de o art. 109 não falar, se fundação pública federal for parte, a competência também será da Justiça Federal. Quando a competência for da Justiça Federal, o endereçamento será Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da __ Vara da Seção Judiciária do Estado ... Ou Ao juízo da __ Vara Federal da Seção Judiciária do Estado ... Por exclusão, se não for o caso de competência da Justiça Federal, a competência será da Justiça Estadual. Se for parte pessoa jurídica de direito público, a competência será do Juiz da Vara da Fazenda Pública, assim, o endereçamento será

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AULA PRÁTICA – 1

PETIÇÃO INICIAL DO RITO ORDINÁRIO

A petição inicial é a inicial para as espécies de ação ordinária, ou seja, daquelas

ações que não possuem rito próprio, como ação de reparação, de cobrança, anulatória,

etc.

CABIMENTO

- Ação para anulação de atos administrativos quando não for cabível Mandado de

Segurança

- Ação de cobrança (responsabilidade contratual)

- Ação indenizatória por responsabilidade civil do Estado

- Ação anulatória de ato administrativo

- Etc.

ENDEREÇAMENTO

Em regra, as ações ordinárias serão endereçadas para o juiz de primeiro grau,

federal ou estadual.

O art. 109, I, da CR/88, traz a competência da Justiça Federal, determinando que

será encaminhada para a Justiça Federal as ações em que o autor ou o réu são a União,

Autarquia Federal ou Empresa Pública Federal. Apesar de o art. 109 não falar, se fundação

pública federal for parte, a competência também será da Justiça Federal.

Quando a competência for da Justiça Federal, o endereçamento será

Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da __ Vara da Seção Judiciária do Estado ...

Ou

Ao juízo da __ Vara Federal da Seção Judiciária do Estado ...

Por exclusão, se não for o caso de competência da Justiça Federal, a competência

será da Justiça Estadual.

Se for parte pessoa jurídica de direito público, a competência será do Juiz da Vara

da Fazenda Pública, assim, o endereçamento será

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ Vara da Fazenda Pública da Comarca

... do Estado ...

Ou

Ao juízo da __ Vara da Fazenda Pública da Comarca ... do Estado ...

Se a parte for pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado (como sociedades

de economia mista, concessionárias de serviço público, empresas públicas estaduais,

distritais ou municipais), a competência será da vara cível.

Atenção: as empresas públicas federais têm a competência na Justiça Federal, já as

empresas públicas estaduais, municipais e distritais têm competência na justiça estadual.

Já com relação às sociedades de economia mista, a competência será sempre da justiça

estadual (salvo no caso do Mandado de Segurança, em que teremos uma situação

especial, a ser analisada na aula de Mandado de Segurança).

Quando a competência for da Vara Cível, o endereçamento será:

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca ... do Estado ...

Ou

Ao juízo da __ Vara Cível da Comarca ... do Estado ...

DICA: Para encontrar a competência, nestes casos de ação ordinária, primeiro verifica-se

se a competência é da Justiça Federal; se não for, a competência é da Justiça Estadual.

Verificado que a competência é da Justiça Federal, analisa-se se é da Vara da Fazenda

Pública ou da Vara Cível.

TÉCNICA DE PETIÇÃO INICIAL

1 – Qual é a pretensão? (pedido?)

2 – Qual o procedimento?

- Procedimento especial; ou

- Procedimento comum

3 – Qual o juízo competente?

3.1 - Critério em razão da pessoa: CF/88: art. 109

- Para a Justiça Federal

- Não aplicação do art. 109 CR/88: Justiça Estadual

- Critério em razão do território

- Lei específica do procedimento especial

- Não sendo procedimento especial, ou sendo procedimento especial e a

competência territorial não constar da lei específica: - CPC: arts. 46 a 53

(competência territorial):

- Art. 46 - § 5o

- Art. 47

- Arts. 51 e 52

- Art. 53, III, “d”

- Art. 53, IV, “a”

4 – Estruturação do Preâmbulo

- Nominação do autor + qualificação

- Capacidade autor:

- Ser parte

- Processual (precisa de representação?)

- Técnica (postulatória = representante técnico)

- Nominação da ação (solicitação tutela provisória) + rito processual

- Nominação do réu + qualificação

- Capacidade réu:

- Ser parte

- Processual (precisa de representação?)

5 – Narrativa dos fatos

- Descrição da relação jurídico-material

- Narrativa dos fatos em sequência cronológica e lógica

- Exposição da lide

6 – Apresentação dos fundamentos

- Fundamentação legal

- Constituição federal

- Lei material

- Lei processual

- Fundamentação principiológica

- Fundamentação em precedentes jurisprudenciais

7 - Requerimentos

- Gratuidade de justiça (ou) afirmação do recolhimento das custas iniciais

- Tutela provisória: urgência ou evidência

- Provas

- Intimação do MP

- Prioridade de tramitação

- Tramitação em segredo de justiça

- Opção pela audiência prévia de autocomposição

8 – Pedidos

- Simples ou cumulados

- Cumulados:

- simples

- sucessiva

- subsidiária

- alternativa

- Ônus sucumbenciais

9 – Valor da causa

10 – Encerramento

TUTELA ANTECIPADA

TUTELA ANTECIPADA URGÊNCIA REQUERIDA EM CARATER INCIDENTAL

[simulação da petição inicial]

- Endereçamento

- Preâmbulo (“...propor ação de... com requerimento de tutela antecipada...”)

- Fatos

- Fundamentos

- Da Tutela Antecipada

Nos termos da lei processual, CPC/2015, Art. 300, caput, para a concessão da

tutela antecipada de urgência, é necessária a demonstração da probabilidade do

direito, bem como situação de grave dano, ou de risco ao resultado útil do

processo.

Acima ficou demonstrada a probabilidade do direito, com a apresentação de

fundamentos suficientes para a possível e provável procedência do pedido.

Também ficou evidenciado acima, na narrativa dos fatos, que é necessária a

concessão de medida de urgência, sob pena do autor sofrer dano irreparável.

- Pedidos e Requerimentos

1) Requer seja concedida a tutela antecipada liminarmente, posto que presentes

os pressupostos, para [...lançar aquilo que seria concretizado no “mundo real”...],

intimando o [réu ou terceiro] para [...praticar o ato que efetivaria o que você quer

que seja concretizado no “mundo real”], imediatamente após a intimação, sob

pena de multa.

TUTELA ANTECIPADA URGÊNCIA REQUERIDA EM CARATER ANTECEDENTE

[simulação da petição inicial]

- endereçamento

- preâmbulo (“...vem à presença de V. Exa. Requerer TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER

ANTECEDENTE, em face de...”)

- fatos

- fundamento

- Da Tutela Antecipada

Permite a lei processual, por força do art. 303, CPC, que o autor opte por

comparecer em juízo e solicitar, tão somente, a concessão da tutela antecipada,

fazendo apenas a indicação do pedido de tutela final.

Nos termos da lei processual, CPC/2015, Art. 300, caput, para a concessão da

tutela antecipada de urgência, é necessária a demonstração da probabilidade do

direito, bem como situação de grave dano, ou de risco ao resultado útil do

processo.

Acima ficou demonstrada a probabilidade do direito, com a apresentação de

fundamentos suficientes para a possível e provável procedência do pedido.

Também ficou evidenciado acima, na narrativa dos fatos, que é necessária a

concessão de medida de urgência, sob pena do autor sofrer dano irreparável.

- Pedidos e Requerimentos

1) Requer seja concedida a tutela antecipada liminarmente, posto que presentes

os pressupostos, para [...lançar aquilo que seria concretizado no “mundo real”...],

intimando o [réu ou terceiro] para [...praticar o ato que efetivaria o que você quer

que seja concretizado no “mundo real”], imediatamente após a intimação, sob

pena de multa.

2) informa o autor que no prazo legal, previsto no art. 303, §1º, inciso I, CPC,

aditará a presente petição inicial, apresentando o pedido de tutela final de [....],

bem como possível complementação da argumentação aqui apresentada.

REQUERIMENTOS

Gratuidade de Justiça

[pessoa natural – gratuidade total]

1) requer seja concedida a gratuidade de justiça, por não ter o autor condições de

arcar com as custas, despesas e honorários de advogado, sem prejuízo de seu

próprio sustento e de sua família, conforme declaração anexa, nos termos arts.

98 e 99 §3º, CPC/2015.

[pessoa natural – gratuidade parcial]

1) requer seja concedida a gratuidade parcial, por não ter o autor condições de

arcar com a integralidade das custas, despesas e honorários, requerendo a

concessão da gratuidade parcial, para [redução percentual das custas /ou/

pagamento de apenas algumas custas e despesas], conforme declaração anexa,

nos moldes do art. 98, caput e seu §5º, CPC/2015

[pessoa natural – parcelamento das despesas]

1) requer seja deferido ao autor a oportunidade de fazer o pagamento das custas

e despesas do processo de forma parcelada, por não ter condições de arcar com

o pagamento em sua totalidade, conforme declaração anexa, nos moldes do art.

98, §6º, CPC/2015.

[pessoa jurídica – gratuidade total]

1) requer seja deferido ao autor a gratuidade de justiça, por não ter a pessoa

jurídica requerente, condições econômicas de arcar com as custas, despesas e

honorários de advogado, tudo conforme declaração anexa, bem como

documentos contábeis comprobatórios da situação financeira do autor, nos

moldes do art. 98, caput, CPC/2015.

PROVAS

Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, notadamente prova

documental, oitiva de testemunhas e prova pericial.

INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Requer a intimação do membro do Ministério Público, para todos os termos da presente

ação, por ser causa de interesse público, conforme art. 178, inciso I, CPC/2015.

PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO

Requer seja concedida a prioridade de tramitação ao autor, por ser pessoa com idade

superior a 60 anos [por ser pessoa portadora de doença grave], nos moldes do art. 1.048,

CPC/2015 e do art. 71 do Estatuto do Idoso [nos moldes do art. 1.048 CPC/2015 e art. 6o,

inciso XIV, da Lei no 7.713/1988].

TRAMITAÇÃO EM SEGREDO DE JUSTIÇA

Requer que a presente demanda tramite em segredo de justiça, por versar sobre [.....],

nos moldes do art. 93, IX, CF/88 e do art. 189, CPC/2015.

OPÇÃO PELA AUTOCOMPOSIÇÃO

[direito admite autocomposição – enunciado afirma que o autor tem interesse na

autocomposição ou é omisso]

Informa o autor ter interesse na autocomposição, solicitando a designação da

audiência de conciliação ou mediação.

[direito admite autocomposição – enunciado afirma que o autor não tem interesse]

Informa que o autor não tem interesse na autocomposição.

[direito não admite autocomposição]

Requer o autor que não seja designada a audiência de conciliação ou mediação,

pelo fato do direito em litígio não admitir a autocomposição.

(#Flávia – verificação no campo da administração pública de quais

situações permitem a autocomposição)

- Lei 13.140/15: fala da mediação e autocomposição de conflitos no

âmbito da Administração Pública.

PEDIDOS

[PEDIDO SIMPLES = 1 único pedido]

Pede a procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento, a título de

indenização por danos materiais, da quantia de R$10.000,00 (dez mil reais),

acrescidos de correção monetária e juros legais.

Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários

de advogado, a ser fixado por V. Exa.

[PEDIDO SIMPLES GENÉRICO= 1 único pedido]

Pede a procedência do pedido para condenar o réu a indenizar ao autor, todos os

prejuízos materiais, cujo valor deverá ser futuramente objeto de liquidação de

sentença.

Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários

de advogado, a ser fixado por V. Exa.

[PEDIDOS CUMULADOS SIMPLES = + de 1 pedido, não sendo importante a ordem]

Pede a procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento, a título de

indenização por danos materiais, da quantia de R$10.000,00 (dez mil reais),

acrescidos de correção monetária e juros legais.

Pede a procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento de danos

morais, no valor de R$..., acrescido de correção monetária e juros legais.

Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários

de advogado, a ser fixado por V. Exa.

[PEDIDOS CUMULADOS SUCESSIVOS = + de 1 pedido, que devem ser apresentados

sucessivamente dentro de uma ordem lógica = o segundo somente será julgado se for

procedente o primeiro]

1) Pede a procedência do pedido para [......].

2) Julgado procedente o pedido acima, pede a procedência do pedido para [....]

.3) sucumbência

[PEDIDOS CUMULADOS SUBSIDIÁRIA = + de 1 pedido, que devem ser apresentados

subsidiariamente, ou seja, o segundo pedido somente será julgado na eventualidade do

primeiro ser improcedente]

1) Pede a procedência do pedido para [....]

2) Caso o pedido acima seja julgado improcedente, pelo princípio da

eventualidade, pede a procedência do pedido para [....]

.3) sucumbência

[PEDIDOS CUMULADOS ALTERNATIVOS = [existe obrigação alternativa a ser cumprida

pelo réu]

Pede a procedência do pedido para condenar o réu a [....] ou para condenar o réu

[....]

Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários

de advogado, a ser fixado por V. Exa.

MODELO DE PEÇA PROCESSUAL

ENDEREÇAMENTO

MANUEL DA SILVA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no CPF sob

o n..., identidade n..., residente e domiciliado no endereço ..., sendo seu endereço

eletrônico..., neste ato por seu advogado abaixo assinado, procuração anexa [*hipótese:

Manuel é advogado: “advogando em causa própria”] – [**hipótese: Advogado do Manuel

não ter a procuração para a propositura: “deixando de juntar a procuração, em razão da

prerrogativa do art. 104, CPC/2015”], com endereço profissional... e endereço

eletrônico..., nos exatos termos do art. 77, V, CPC/2015, vem à presença de V. Exa.,

propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, pelo procedimento

comum, com requerimento de TUTELA ANTECIPADA, em face de

NOME DO RÉU... + QUALIFICAÇÃO... [#flavia]

DOS FATOS

(narrativa conforme enunciado)

DOS FUNDAMENTOS

(verificação em cada enunciado)

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

.1) Gratuidade justiça ou informação custas anexas;

.2) tutela antecipada

.3) prioridade de tramitação

.4) segredo de justiça

.5) intimação do MP

.6) opção (ou não) pela autocomposição

.7) PEDIDO 1

.8) PEDIDO 2

.9) pedido da sucumbência

.10) provas

Dá à presente o valor de R$...

Termos em que

Pede deferimento

Local..., data...

Advogado...

OAB N...

QUESTÃO 01

(OAB – Rio Grande do Norte) Em decorrência de enchentes que assolaram o Nordeste do país, o Estado do Rio Grande do Norte adquiriu, sem prévio procedimento licitatório, grande quantidade de alimentos da empresa CELEIRO LTDA. a fim de distribuir aos desabrigados, mediante contrato firmado entre a empresa e o Secretário Estadual de Defesa Civil. Advindo o prazo estipulado para o pagamento, 23/02/2000, no valor de R$25.000,00, o poder público recusou-se a fazê-lo, argumentando para tanto que o contrato firmado não tem valor legal por haver sido celebrado por autoridade incompetente e sem a observância do requisito previsto em lei, concernente a procedimento licitatório. Procurado pela empresa, ajuíze a medida que entender cabível em seu prol. RESOLUÇÃO: - Pedido: Cobrança de valor contratual - Competência: Vara da Fazenda Pública da Comarca ... do Estado do Rio Grande do Norte - Endereçamento: Ao juízo da __ Vara da Fazenda Pública da Comarca ... do Estado do Rio Grande do Norte - Ação: Ação de cobrança, pelo procedimento comum

- Autor: Celeiro Ltda., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ..., endereço ..., endereço eletrônico ... - Réu: Estado do Rio Grande do Norte, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ ..., endereço ..., endereço eletrônico ... - Causa de pedir: Relação jurídico-material: questão Lide: falta de pagamento - Fundamentos:

. Contratação direta legal: art. 37, XXI, CR/88; art. 24, II, Lei 8666/93

. Competência do Secretário: teoria do órgão (doutrina)

. Necessidade de pagar: art. 59, Lei 8666/93 Pedido: pagamento de R$25.000,00 PEÇA: Ao juízo da __ Vara da Fazenda Pública da Comarca ... do Estado do Rio Grande do Norte

CELEIRO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n..., endereço..., com endereço eletrônico..., neste ato por seu advogado abaixo assinado, procuração anexa, com endereço profissional... e endereço eletrônico..., nos exatos termos do art. 77, V, CPC/2015, vem à presença de V. Exa., propor

AÇÃO DE COBRANÇA, pelo procedimento comum, em face de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, pessoa jurídica de direito público interno,

inscrito no CNPJ sob o n..., com sede no endereço ..., endereço eletrônico ..., pelos fatos e fundamentos abaixo. DOS FATOS

Em decorrência de enchentes que assolaram o Nordeste do país, o Estado do Rio Grande do Norte adquiriu, sem prévio procedimento licitatório, grande quantidade de alimentos da empresa CELEIRO LTDA. a fim de distribuir aos desabrigados, mediante contrato firmado entre a empresa e o Secretário Estadual de Defesa Civil.

Ocorre que, advindo o prazo estipulado para o pagamento, 23/02/2000, no valor de R$25.000,00, o poder público recusou-se a fazê-lo, argumentando para tanto que o contrato firmado não tem valor legal por haver sido celebrado por autoridade incompetente e sem a observância do requisito previsto em lei, concernente a procedimento licitatório.

Tal atuação não deve prevalecer, tendo em vista que ilegal. DOS FUNDAMENTOS

O ordenamento jurídico pátrio estabelece que a contratação de bens e serviços pelo Poder Público deve ser precedido, em regra, de processo licitatório, como forma de se garantir o princípio da isonomia e a proposta mais vantajosa para a Administração.

Vejamos, “Art. 37, XXI, CR/88: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com

cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.

No entanto, o mesmo dispositivo constitucional prevê a possibilidade de exceções, em que não será necessária a realização do processo licitatório. A Lei 8.666/93 traz estas possibilidades nos arts. 17, 24 e 25. No caso em apreço, a contratação direta ocorreu em virtude das enchentes que assolaram o Nordeste do país, sendo necessária a aquisição de grande quantidade de alimentos para distribuir aos desabrigados. Tal situação justifica a contratação sem o procedimento licitatório, conforme art. 24, IV, da Lei 8.666/93, que dispõe: “Art. 24. É dispensável a licitação: ... IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública (...)” Assim, a contratação sem prévio procedimento licitatório não é ilegal, tendo em vista que de acordo com o previsto na legislação. Desta forma, o pagamento correspondente à aquisição dos alimentos não deve ser impedido sob a alegação de que o contrato teria sido celebrado contrariando a lei. Além disso, o Secretário Estadual de Defesa Civil, que firmou o contrato com a autora, o fez na qualidade de representante do Estado do Rio Grande do Sul, de modo que o ato deve ser imputado à pessoa jurídica, em conformidade com a conhecida “teoria do órgão”, adotada pelo ordenamento jurídico pátrio. Por fim, não é possível que a Administração Pública, alegando vício na contratação, deixe de pagar os valores correspondentes aos produtos já fornecidos, sob pena de violação aos princípios da boa-fé, da segurança jurídica e vedação ao enriquecimento ilícito. Neste sentido, o art. 50 da Lei 8.666/93 determina que a Administração deve indenizar o contrato pelo que houver sido executado até que a nulidade seja declarada.

“Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.”

Desta forma, o contrato foi firmado legalmente, de forma direta, em vista da situação de calamidade; por autoridade competente, atuando em nome da pessoa jurídica; e que a Administração não pode se eximir do pagamento. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 1. Informa que anexo está o comprovante das custas iniciais; 2. Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, notadamente prova documental, oitiva de testemunhas e prova pericial. 3. Informa o autor ter interesse na autocomposição, solicitando a designação da audiência de conciliação ou mediação. 4. Pede a procedência do pedido para condenar o réu a pagar à autora o valor de R$25.000,00, correspondentes aos alimentos fornecidos, devidamente atualizados.

5. Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários de advogado. Dá à presente o valor de R$... Termos que Pede deferimento Local..., data... Advogado... OAB n...

QUESTÃO 02

(II EXAME) JOANA, moradora de um Município da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, ao sair de casa para o trabalho às 7:00 horas da manhã do dia 10/10/2009, caminhando pela rua em direção ao ponto de ônibus, distraiu-se e acabou por cair em um bueiro que estava aberto, sem qualquer sinalização específica de aviso de cuidado pelo Poder Público. Em razão da queda, a sua perna direita ficou presa dentro do bueiro e moradores do local correram para socorrer JOANA. Logo em seguida, bombeiros militares chegaram com uma ambulância e acabaram por prestar os primeiros socorros à JOANA e por levá-la ao hospital municipal mais próximo. JOANA fraturou o seu joelho direito e sofreu outras lesões externas leves. Em razão da fratura, JOANA permaneceu em casa pelo período de 2 (dois) meses, com sua perna direita imobilizada e sem trabalhar, em gozo de auxílio-doença. Entretanto, além de seu emprego formal, JOANA prepara bolos e doces para vender em casa, a fim de complementar sua renda mensal, uma vez que é mãe solteira de um filho de 10 (dez) anos e mora sozinha com ele. Com a venda dos bolos e doces, JOANA aufere uma renda complementar de aproximadamente R$ 100,00 (cem reais) por semana. Em razão de sua situação, JOANA também não pôde preparar suas encomendas de bolos e doces durante o referido período de 2 (dois) meses em que esteve com sua perna imobilizada. Diante dos fatos acima descritos, e na qualidade de advogado procurado por JOANA, elabore a peça processual cabível para defesa do direito de sua cliente. RESOLUÇÃO: - Pedido: Indenização pela responsabilidade civil do Estado por omissão - Competência: Município ... do Estado do Rio de Janeiro - Endereçamento: Ao Juízo da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ... Estado do Rio de Janeiro - Ação: Ação de reparação de danos, pelo procedimento comum - Autor: Joana, nacionalidade ..., profissão ..., solteira, inscrita no CPF sob o n..., Identidade n ..., residente e domiciliada no endereço ..., sendo seu endereço eletrônico ... - Réu: Município ..., pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob o n..., com sede no endereço ..., endereço eletrônico ... - Causa de pedir: Município não sinalizou os bueiros Joana sofreu danos - Argumento: Responsabilidade civil do Estado por omissão

Art. 37, §6º, CR/88/ art. 43 CC Falta de conduta + nexo + dano + descumprimento do dever legal de agir Dano moral Danos pelo tratamento e lucros cessantes - Pedido: indenização, em valores atualizados, pelos danos sofridos PEÇA: Ao Juízo da __ Vara da Fazenda Pública da Comarca ... do Estado do Rio de Janeiro

Joana, nacionalidade ..., profissão ..., solteira, inscrita no CPF sob o n..., Identidade n ..., residente e domiciliada no endereço ..., sendo seu endereço eletrônico ..., neste ato por seu advogado abaixo assinado, procuração anexa, com endereço profissional ... e endereço eletrônico ..., nos exatos termos do art. 77, V, CPC/2015, vem à presença de V. Exa. Propor

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS, pelo procedimento comum, em face do MUNICÍPIO ..., pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob o n

..., com sede no endereço ..., endereço eletrônico ..., pelos fatos e fundamentos abaixo:

DOS FATOS Joana, moradora do Município ..., no Estado do Rio de Janeiro, ao sair de casa

para o trabalho às 7:00 horas da manhã do dia 10/10/2009, caminhando pela rua em direção ao ponto de ônibus, distraiu-se e acabou por cair em um bueiro que estava aberto, sem qualquer sinalização específica de aviso de cuidado pelo Poder Público.

Em razão da queda, a sua perna direita ficou presa dentro do bueiro e moradores do local correram para socorrer Joana. Logo em seguida, bombeiros militares chegaram com uma ambulância e acabaram por prestar os primeiros socorros à Joana e por levá-la ao hospital municipal mais próximo.

Ocorre que a autora fraturou o seu joelho direito e sofreu outras lesões externas leves. Em razão da fratura, esta permaneceu em casa pelo período de 2 (dois) meses, com sua perna direita imobilizada e sem trabalhar, em gozo de auxílio-doença.

Entretanto, além de seu emprego formal, a autora prepara bolos e doces para vender em casa, a fim de complementar sua renda mensal, uma vez que é mãe solteira de um filho de 10 (dez) anos e mora sozinha com ele. Com a venda dos bolos e doces, aufere uma renda complementar de aproximadamente R$ 100,00 (cem reais) por semana.

Em razão de sua situação, a autora também não pôde preparar suas encomendas de bolos e doces durante o referido período de 2 (dois) meses em que esteve com sua perna imobilizada.

Tendo em vista tal situação, faz jus à indenização pelos danos sofridos. DOS FUNDAMENTOS O ordenamento pátrio estabelece que o Estado tem o dever de indenização caso sua atuação caso danos a alguém, conforme se depreende do art. 37, §6º, CR/88. Vejamos:

“Art. 37, §6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,

nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” Da mesma maneira, o art. 43 do Código Civil estabelece a responsabilidade civil

das pessoas jurídica de direito público pelos danos que seus agentes causarem a terceiros.

No caso em análise, trata-se não de conduta de agente, mas situação de omissão da Administração Pública, que também enseja responsabilização pelos danos causados.

De acordo com a doutrina e a jurisprudência, na responsabilidade civil do Estado por omissão, caracteriza-se a responsabilidade nos casos em que resta comprovada a falta de conduta, no dano sofrido, o nexo de causalidade e o descumprimento do dever legal de agir.

Não resta dúvida de que o Município ... teria a obrigação de manter a manutenção de todos os bueiros, o que não fez, descumprindo seu dever legal de agir. Além disso, a falta de sinalização demonstra, mais uma vez, o descumprimento do dever do Estado, atuando com uma falta de conduta.

Em virtude de tal omissão, a autora fraturou seu joelho e sofreu outra lesões externas, tendo que arcar com o seu tratamento. Ainda, em virtude das lesões, ficou impossibilitada de trabalhar, por estar com a perna imobilizada. Além disso, ficou impossibilitada de exercer sua outra atividade, que exercia para complementar sua renda mensal, fazendo jus ao recebimento de lucros cessantes.

Por fim, resta comprovado o dano moral, tendo em vista a situação degradante pela qual a autora teve que passar em virtude da omissão do Estado.

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 1. Informa que anexo está o comprovante das custas iniciais; 2. Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, notadamente prova documental, oitiva de testemunhas e prova pericial. 3. Informa o autor ter interesse na autocomposição, solicitando a designação da audiência de conciliação ou mediação. 4. Pede a procedência do pedido para condenar o réu a pagar o autor os devidos valores de indenização por danos materiais e morais, no valor de R$... . 5. Pede a condenação da parte contrária ao pagamento das despesas e honorários de advogado. Dá à presente o valor de R$... Termos em que Pede deferimento Local..., data... Advogado... OAB N...

QUESTÃO 03

(IV Exame) João Augusto estava participando de uma partida de futebol quando fraturou uma costela, vindo a necessitar de uma intervenção cirúrgica, realizada em hospital público federal localizado no Estado X. Dois anos e meio após a realização da cirurgia, João Augusto ainda sofria com muitas dores no local, o que o impossibilitava de exercer sua profissão como taxista. Descobre, então, que a equipe médica havia esquecido um

pequeno bisturi dentro do seu corpo. Realizada nova cirurgia no mesmo hospital público, o problema foi resolvido. No dia seguinte, ao sair do hospital, João Augusto procura você, na qualidade de advogado (a) para identificar e minutar a medida judicial que pode ser adotada para tutelar seus direitos. Redija a peça judicial cabível, que deve contar a argumentação jurídica apropriada e desenvolvimento dos fundamentos legais da matéria versada no problema, abordando, necessariamente: (i) competência do órgão julgador; (ii) a natureza da pretensão deduzida por João Augusto; e (iii) os fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso. Padrão de Resposta / Espelho de Correção

Ação de Responsabilidade Civil / Ação Indenizatória pelo Rito Ordinário A medida judicial a ser proposta é uma ação de responsabilidade civil / ação indenizatória pelo rito ordinário em face da União Federal, tendo em vista o dano sofrido por João Augusto em decorrência de atuação negligente e imperita da equipe médica do hospital público na primeira intervenção cirúrgica a que se submeteu. O examinando deve, em primeiro lugar, identificar que o juízo competente para processar e julgar a demanda indenizatória será a primeira instância da justiça comum federal, tendo em vista ser a pretensão deduzida em face da União Federal (artigo 109, inciso I, da CRFB). Além disso, espera‐se que o examinando, após qualificar as partes e narrar os fatos, fundamente o direito de seu cliente à luz da norma do artigo 37, §6º, da CRFB, que estabelece a responsabilidade objetiva do Estado por danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. É importante destacar a desnecessidade de se comprovar a atuação culposa ou dolosa da equipe médica, uma vez que a responsabilidade sub examine é objetiva, prescindindo do elemento subjetivo.

QUESTÃO 04

(XVI Exame) Edir, pessoa idosa que vive com a ajuda de parentes e amigos, é portadora de grave doença degenerativa, cujo tratamento consta de protocolo clínico e da diretriz terapêutica estabelecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Seu tratamento é acompanhado por profissionais do SUS em hospital público federal especializado nessa doença, contando com o fornecimento regular dos medicamentos 1, 2 e 3. Enquanto realizava consulta de acompanhamento, Edir foi informada pelo médico Domênico, profissional do SUS, de que existia um novo medicamento disponível no mercado (o “medicamento A”), que seria muito mais eficaz, conforme relatório de estudos clínicos oficiais, no tratamento de sua doença do que aqueles já prescritos. Contudo, a paciente foi informada de que o “medicamento A” não seria fornecido gratuitamente pelo SUS, haja vista que o referido medicamento não consta ainda do protocolo clínico e da diretriz terapêutica interna do SUS para o tratamento da doença, além de não ter sido incorporado às listas de medicamentos.

Inconformada com a negativa de fornecimento do “medicamento A”, Edir procura você para que, na qualidade de advogado(a), ajuíze a medida cabível para garantir a continuidade e qualidade de seu tratamento. Elabore a peça adequada, considerando que: A)Edir corre sério risco de vida com o agravamento da doença em razão do não fornecimento do “medicamento A”; B)a condição clínica de Edir foi atestada em laudo médico assinado pelo profissional do SUS Domênico, que também recomendou o uso do “medicamento A”; C)eventualmente poderá ser necessária a elaboração de prova pericial para dirimir as controvérsias de natureza técnica da causa. (Valor: 5,00) Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. Padrão de Resposta / Espelho de Correção

A medida adequada, a ser ajuizada pelo examinando, é uma petição inicial de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional. Não é cabível a impetração de mandado de segurança, em virtude da necessidade de instrução probatória. A petição poderá ser endereçada tanto à Justiça Federal da Seção Judiciária local quanto à Justiça Estadual, tendo em vista o entendimento prevalente na jurisprudência no sentido de que os entes públicos são solidariamente responsáveis pela prestação dos serviços de saúde. Ver, por exemplo, o Agravo Regimental no Recurso Extraordinário nº 744.191 / RN, Relator Min. Luiz Fux, julgamento em 18/03/2014 pela 1a Turma do STF. Edir deve ser indicada como autora. Quanto ao(s) réu(s), é admissível que a resposta indique dois ou três entes federativos como litisconsortes ou apenas um deles, isoladamente, conforme exposto acima. No entanto, é necessário que sejam obedecidas as regras de competência da Constituição: caso o examinando indique a União Federal como ré na demanda, deverá direcionar a petição ao Juízo Federal da Seção Judiciária respectiva (Art. 109, inciso I, da Constituição da República). Caso apenas indique o Estado X e/ou o Município Y, a demanda deverá ser direcionada ao Juízo de Direito da Comarca respectiva. Deve ser formulado pedido de antecipação dos efeitos da tutela, indicando-se os dois fundamentos constantes do Art. 273 do CPC: o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação (progressão da doença e agravamento do estado de saúde de Edir) e a verossimilhança das alegações (primeiro, a existência de informação prestada pelas autoridades administrativas, no sentido de que “o medicamento A” é mais eficaz, conforme relatórios oficiais; segundo, a condição clínica de Edir foi atestada em laudo médico assinado pelo profissional do SUS Domênico, que também recomendou o uso do “medicamento A”). No mérito devem ser indicados como fundamentos à pretensão autoral: (i) a violação aos artigos 5º e 196 da Constituição da República, tendo em vista que o direito à vida e à saúde de Edir gera, aos entes públicos, o dever de fornecer os medicamentos necessários para preservar sua vida; (ii) os direitos assegurados pela Constituição não podem ser limitados por listas, protocolos clínicos ou por razões orçamentárias;

(iii) o próprio profissional do SUS emitiu laudo médico atestando a condição clínica da paciente Edir e prescreveu o uso do “medicamento A”. Devem ser formulados pedidos de citação do(s) réu(s), de concessão da tutela antecipada para determinar o fornecimento dos medicamentos a Edir, e de sua confirmação, ao final, na tutela principal, garantindo a Edir o direito ao recebimento contínuo e ininterrupto do “medicamento A ” pleiteado. Por fim, deve-se requerer a produção de provas e a condenação do réu em honorários advocatícios e custas processuais.