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TÍTULO XII TÍTULO XII DA SENTENÇA DA SENTENÇA

aula sentença

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TÍTULO XIITÍTULO XIIDA SENTENÇADA SENTENÇA

  

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CONCEITO: é a decisão terminativa do CONCEITO: é a decisão terminativa do processo e definitiva quanto ao mérito, processo e definitiva quanto ao mérito, abordando a questão reltiva a pretensão abordando a questão reltiva a pretensão punitiva do ESTADO, para julgar procedente ou punitiva do ESTADO, para julgar procedente ou improcedente a imputação. ´E autentica a improcedente a imputação. ´E autentica a sentença, tal como consta do art 381 do CPP, sentença, tal como consta do art 381 do CPP, vale dizer, o conceito estrito da sentença. Pode vale dizer, o conceito estrito da sentença. Pode ser condenatória, quando julgar procedente a ser condenatória, quando julgar procedente a acusação, impondo pena, ou absolutória , acusação, impondo pena, ou absolutória , quando a considerada improcedente, Dentre quando a considerada improcedente, Dentre as absolutórias, existem as denominadas as absolutórias, existem as denominadas impróprias, que, apesar de não considerarem o impróprias, que, apesar de não considerarem o réu um criminoso, porque inimputável impõem réu um criminoso, porque inimputável impõem a ele medida de segurança, uma sanção penal a ele medida de segurança, uma sanção penal constritiva à liberdade, mas no interesse da constritiva à liberdade, mas no interesse da recuperação e curarecuperação e cura

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No CPP, no entanto, usa-se o termo sentença, No CPP, no entanto, usa-se o termo sentença, em sentido amplo, para abranger, também, as em sentido amplo, para abranger, também, as decisões interlocutórias mistas e as decisões interlocutórias mistas e as definitivas,que não avaliam a imputação definitivas,que não avaliam a imputação propriamente dita.propriamente dita.

Em sentido estrito, a sentença é a definitiva, Em sentido estrito, a sentença é a definitiva, sentença em sentido próprio,ou seja, a decisão sentença em sentido próprio,ou seja, a decisão proferida pelo juiz, solucionando a causa. proferida pelo juiz, solucionando a causa. Podem ser condenatórias, absolutórias e Podem ser condenatórias, absolutórias e terminativas de mérito. Para ter existência terminativas de mérito. Para ter existência como pronunciamento da vontade emitida pelo como pronunciamento da vontade emitida pelo juiz, deve ser formulada de modo a respeitar juiz, deve ser formulada de modo a respeitar os requisitos formais estabelecidos pela Lei.os requisitos formais estabelecidos pela Lei.

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Na doutrina, costume é afirmar-se que os Na doutrina, costume é afirmar-se que os requisitos formais da sentença são:requisitos formais da sentença são:

A exposição (ou relatório, ou histórico);A exposição (ou relatório, ou histórico);

A motivação (ou fundamentação);A motivação (ou fundamentação);

E a conclusão (ou decisão).E a conclusão (ou decisão).

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NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA:NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA: Pode ser condenatória, quando julga procedente Pode ser condenatória, quando julga procedente

a pretensão punitiva do Estado, fixando a pretensão punitiva do Estado, fixando exatamente a sanção penal devida, até então exatamente a sanção penal devida, até então abstratamente prevista, a ser exigida do abstratamente prevista, a ser exigida do acusado. Pode, ainda, ser declaratória quando acusado. Pode, ainda, ser declaratória quando absolver ou julgar extinta a punibilidade. No absolver ou julgar extinta a punibilidade. No Caso da absolvição, consagra o estado de Caso da absolvição, consagra o estado de inocência, inerente a todo ser humano, desde o inocência, inerente a todo ser humano, desde o nascimento. Portanto nada constitui, nenhum nascimento. Portanto nada constitui, nenhum direito gera ou cria, mas apenas declara o direito gera ou cria, mas apenas declara o natural, ainda que fundamento em diversas natural, ainda que fundamento em diversas razões. Há também, as sentenças constitutivas, razões. Há também, as sentenças constitutivas, mais rara no processo penal, mas possíveis, mais rara no processo penal, mas possíveis, como ocorre com a concessão de reabilitação, como ocorre com a concessão de reabilitação, quando o Estado revê a situação do condenadoquando o Estado revê a situação do condenado

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Por fim, as sentenças mandamentais, que Por fim, as sentenças mandamentais, que contêm uma ordem judicial, a ser contêm uma ordem judicial, a ser imediatamente cumprida sob pena de imediatamente cumprida sob pena de desobediência . É possível haver sentenças de desobediência . É possível haver sentenças de natureza mista, como ocorre com a concessiva natureza mista, como ocorre com a concessiva de perdão judicial. Por um raciocínio de perdão judicial. Por um raciocínio condenatório, considerando o réu culpado por condenatório, considerando o réu culpado por determinado delito, chega o magistrado a determinado delito, chega o magistrado a proferir uma decisão declaratório de extinção de proferir uma decisão declaratório de extinção de punibilidade.Isso significa, qu o direito de punir punibilidade.Isso significa, qu o direito de punir nasceu, porque crime existiu e o autor é nasceu, porque crime existiu e o autor é conhecido, mas cessou,tendo em vista razões conhecido, mas cessou,tendo em vista razões da política criminal, inspiradoras das causas de da política criminal, inspiradoras das causas de perdão judicial. Logo, declara que não há direito perdão judicial. Logo, declara que não há direito de punir, não confere ao Estado direito algum.de punir, não confere ao Estado direito algum.

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OUTRAS CLASSIFICAÇÕES PARA SENTENÇA:OUTRAS CLASSIFICAÇÕES PARA SENTENÇA:

A)A) Sentenças materiaisSentenças materiais, aquelas que , aquelas que decidem o mérito da causa (ex. decidem o mérito da causa (ex. condenação, absolvição); condenação, absolvição); Sentenças Sentenças formaisformais, aquelas que decidem questões , aquelas que decidem questões meramente processuais,podendo colocar meramente processuais,podendo colocar fim ao processo ou à instância (ex. fim ao processo ou à instância (ex. impronúncia)impronúncia)

B)B) Sentenças simples, as proferidas por juízo Sentenças simples, as proferidas por juízo singular; sentenças subjetivas complexas, singular; sentenças subjetivas complexas, as que são proferidas pelos órgãos as que são proferidas pelos órgãos colegiados, como o júri ou tribunais.colegiados, como o júri ou tribunais.

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Classificação das decisões:Classificação das decisões: A) A) interlocutórias simplesinterlocutórias simples, são as que , são as que

solucionam questões relativas à regularidade solucionam questões relativas à regularidade ou marcha processual, sem que penetrem no ou marcha processual, sem que penetrem no mérito da causa (recebimento da denúncia, a mérito da causa (recebimento da denúncia, a decretação de prisão preventiva);decretação de prisão preventiva);

B)Interlocutórias mistas, também chamadas B)Interlocutórias mistas, também chamadas de decisões com força de definitiva, são de decisões com força de definitiva, são aquelas que têm força de decisão definitiva, aquelas que têm força de decisão definitiva, encerrando uma etapa do procedimento encerrando uma etapa do procedimento processual ou a própria relação do processo, processual ou a própria relação do processo, sem o julgamento do mérito da causa. Tais sem o julgamento do mérito da causa. Tais decisões subdividem-se em:decisões subdividem-se em:

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Interlocutórias mistas não terminativas: Interlocutórias mistas não terminativas: são aquelas que encerram um etapa são aquelas que encerram um etapa procedimental (ex. decisão de pronúncia).procedimental (ex. decisão de pronúncia).

Interlocutórias mistas terminativas: são Interlocutórias mistas terminativas: são aquelas que culminam com a extinção do aquelas que culminam com a extinção do processo sem julgamento do mérito (ex processo sem julgamento do mérito (ex nos casos de rejeição da denúncia).nos casos de rejeição da denúncia).

CONCEITOCONCEITO Sentença em sentido estrito (ou em Sentença em sentido estrito (ou em

sentido próprio) é a decisão definitiva sentido próprio) é a decisão definitiva que o juiz profere solucionando a que o juiz profere solucionando a causa. causa.

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Os atos praticados pelo juiz no curso do Os atos praticados pelo juiz no curso do processo podem ser classificados, de processo podem ser classificados, de acordo com seu objeto, em:acordo com seu objeto, em:

A) Despachos; são pronunciamentos do A) Despachos; são pronunciamentos do juiz com vistas à movimentação do juiz com vistas à movimentação do processo, também chamadas de despacho processo, também chamadas de despacho de mero expediente. Os despachos de mero expediente. Os despachos caracterizam-se por não conter carga caracterizam-se por não conter carga decisória,no sentido de que não decisória,no sentido de que não representam decisões acerca de questões representam decisões acerca de questões e pedidos deduzidos pelas partes.e pedidos deduzidos pelas partes.

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B) Decisões: são atos que têm por conteúdo B) Decisões: são atos que têm por conteúdo um julgamento a cerca de qualquer questão, um julgamento a cerca de qualquer questão, ou acerca do próprio mérito da causa.ou acerca do próprio mérito da causa.

Classificação das decisões:Classificação das decisões: A) senteças;A) senteças; B) decisões interlocutórias –simplesB) decisões interlocutórias –simples -mistas-mistas Decisões definitivas ou sentenças;Decisões definitivas ou sentenças; Sentenças condenatóriasSentenças condenatórias Decisões definitivas em sentido estrito ou Decisões definitivas em sentido estrito ou

terminativas de mérito.terminativas de mérito.

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Art. 381. Art. 381. A sentença conterá:A sentença conterá: I – os nomes das partes ou, quando I – os nomes das partes ou, quando

não possível, as indicações não possível, as indicações necessárias para identificá-las;necessárias para identificá-las;

II – a exposição sucinta da acusação e II – a exposição sucinta da acusação e da defesa;da defesa;

III – a indicação dos motivos de fato e III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;de direito em que se fundar a decisão;

IV – a indicação dos artigos de lei IV – a indicação dos artigos de lei aplicados;aplicados;

V – o dispositivo;V – o dispositivo; VI – a data e a assinatura do juiz.VI – a data e a assinatura do juiz.

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Identificação das Partes: da mesma forma que Identificação das Partes: da mesma forma que exige na denúncia ou na queixa a qualificação exige na denúncia ou na queixa a qualificação do acusado ou dados que possam identifdica-do acusado ou dados que possam identifdica-los, para que a ação penal seja movida contra los, para que a ação penal seja movida contra pessoa certa, também na sentença demanda-pessoa certa, também na sentença demanda-se do magistrado que especifique quais são as se do magistrado que especifique quais são as partes envolvidas na relação processual. Nula partes envolvidas na relação processual. Nula é a sentença que não consigna o nome dos é a sentença que não consigna o nome dos interessados ou elemento que permitem sua interessados ou elemento que permitem sua identificação. Entretanto, o erro material a identificação. Entretanto, o erro material a respeito do nome não é substancial desde que respeito do nome não é substancial desde que seja possível conhecer sua identidade física. seja possível conhecer sua identidade física. Não se exige embora desejável, que seja Não se exige embora desejável, que seja expresso o nome da vítima, havendo, na falta, expresso o nome da vítima, havendo, na falta, uma omissão ou erro material e não nulidade uma omissão ou erro material e não nulidade

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É o que também pode ocorrer com eventual É o que também pode ocorrer com eventual omissão da data ou do lugar do crime, de omissão da data ou do lugar do crime, de circunstância irrelevante quanto a decisão. circunstância irrelevante quanto a decisão. Deve ainda consta da sentença a “exposição Deve ainda consta da sentença a “exposição sucinta da acusação e da defesa”, em que se sucinta da acusação e da defesa”, em que se inclui, evidentemente, a pretensão de cada inclui, evidentemente, a pretensão de cada uma delas, da qual fazem parte inclusive as uma delas, da qual fazem parte inclusive as preliminares. Não é necessário,porém, que se preliminares. Não é necessário,porém, que se transcreva toda argumentação das partes,mas transcreva toda argumentação das partes,mas apenas que sucintamente o juiz exponha os apenas que sucintamente o juiz exponha os fatos para causar-lhe prejuízo o entendimento. fatos para causar-lhe prejuízo o entendimento. Por exceção a regra do 381, a Lei que dispõe Por exceção a regra do 381, a Lei que dispõe sobre os Juizados Espaciais Criminais prevê sobre os Juizados Espaciais Criminais prevê que, nos casos de sua competência, na que, nos casos de sua competência, na sentença é dispensável o relatório.sentença é dispensável o relatório.

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FUNDAMENTAÇÃO:FUNDAMENTAÇÃO:

É o cerne, a alma ou parte essencial da É o cerne, a alma ou parte essencial da sentença. Trata-se da motivação do juiz para sentença. Trata-se da motivação do juiz para aplicar o direito no caso concreto da maneira aplicar o direito no caso concreto da maneira como fez, acolhendo ou rejeitando a como fez, acolhendo ou rejeitando a pretensão de punir do Estado. É preciso que pretensão de punir do Estado. É preciso que constem os motivos de fato (advindos da constem os motivos de fato (advindos da prova colhida) e os motivos de direito prova colhida) e os motivos de direito (advindos da lei, interpretada pelo juiz), (advindos da lei, interpretada pelo juiz), norteadores do dispositivo (conclusão). É a norteadores do dispositivo (conclusão). É a consagração no processo penal,do princípio consagração no processo penal,do princípio da persuasão racional ou livre convicção da persuasão racional ou livre convicção motivada.motivada.

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Referindo-se à motivação ou Referindo-se à motivação ou fundamentação, determina o dispositivo que fundamentação, determina o dispositivo que exponha o juiz o desenvolvimento de seu exponha o juiz o desenvolvimento de seu raciocínio para chegar a conclusão, ou seja, raciocínio para chegar a conclusão, ou seja, que forneça as razões de fato e de direto que forneça as razões de fato e de direto que o levaram à decisão a fim de que as que o levaram à decisão a fim de que as partes disponham de elementos para saber partes disponham de elementos para saber contra o que devem argumentar em contra o que devem argumentar em eventual recurso. Embora fundada no “livre eventual recurso. Embora fundada no “livre convencimento” impõe-se que o juiz convencimento” impõe-se que o juiz demonstre sua convicção mediante a análise demonstre sua convicção mediante a análise da prova constante dos autos. É imperativo da prova constante dos autos. É imperativo constitucional que todos os julgamentos dos constitucional que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário devem ser órgãos do Poder Judiciário devem ser fundamentados, sob pena de nulidade.fundamentados, sob pena de nulidade.

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CONCLUSÃO (dispositivoCONCLUSÃO (dispositivo Depois do relatório e da exposição dos Depois do relatório e da exposição dos

fundamentos, o juiz deve passar à conclusão, fundamentos, o juiz deve passar à conclusão, ou seja, à decisão propriamente dita, em que ou seja, à decisão propriamente dita, em que o juiz julga o acusado em decorrência do o juiz julga o acusado em decorrência do raciocínio lógico desenvolvido durante a raciocínio lógico desenvolvido durante a motivação em que “dispõe” no processo (e motivação em que “dispõe” no processo (e por isso se fala em “dispositivo”),indicando os por isso se fala em “dispositivo”),indicando os artigos da lei aplicados e o dispositivo. A falta artigos da lei aplicados e o dispositivo. A falta de indicação dos artigos da lei, na de indicação dos artigos da lei, na sentença,constitui nulidade insanável, nos sentença,constitui nulidade insanável, nos termos do art 564 II,letra m, e IV, embora já termos do art 564 II,letra m, e IV, embora já se tenha entendido que não existe a eiva se a se tenha entendido que não existe a eiva se a omissão é suprida por outros elementos.omissão é suprida por outros elementos.

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Art. 382. Art. 382. Qualquer das partes Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão.contradição ou omissão.

Art. 383. Art. 383. O juiz poderá dar ao fato O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da que definição jurídica diversa da que constar da queixa ou da denúncia, constar da queixa ou da denúncia, ainda que, em conseqüência, tenha ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.de aplicar pena mais grave.

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Definição jurídica do fato:Definição jurídica do fato: É a tipicidade, ou seja, o processo penal qual É a tipicidade, ou seja, o processo penal qual

o juiz subsume o fato ocorrido ao modelo o juiz subsume o fato ocorrido ao modelo legal abstrato de conduta proibida. Assim, da legal abstrato de conduta proibida. Assim, da a definição juridica do fato significa a definição juridica do fato significa transforma o fato ocorrido em juridicamente transforma o fato ocorrido em juridicamente relevante. Portanto nesse artigo, o que o juiz relevante. Portanto nesse artigo, o que o juiz pode fazer, na fase da sentença, é levar em pode fazer, na fase da sentença, é levar em consideração o fato narrado pela acusação na consideração o fato narrado pela acusação na peça inicial (denúncia ou queixa), sem se peça inicial (denúncia ou queixa), sem se preocupar com a definição jurídica dada, pois preocupar com a definição jurídica dada, pois o réu se defendeu,ao longo da instrução, dos o réu se defendeu,ao longo da instrução, dos fatos a ele imputados e não da classificação fatos a ele imputados e não da classificação feita. O juiz pode alterá-la, sem qualquer feita. O juiz pode alterá-la, sem qualquer cerceamento de defesa, pois o que está em cerceamento de defesa, pois o que está em jogo é a sua visão de tipicidade, que pode jogo é a sua visão de tipicidade, que pode variar conforme o seu livre convencimento.variar conforme o seu livre convencimento.

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Art. 384. Art. 384. Se o juiz reconhecer a possibilidade de Se o juiz reconhecer a possibilidade de nova definição jurídica do fato, em conseqüência nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de circunstância de prova existente nos autos de circunstância elementar, não contida, explícita ou elementar, não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou na queixa, implicitamente, na denúncia ou na queixa, baixará o processo, a fim de que a defesa, no baixará o processo, a fim de que a defesa, no prazo de 8 (oito) dias, fale e, se quiser, produza prazo de 8 (oito) dias, fale e, se quiser, produza prova, podendo ser ouvidas até três testemunhas.prova, podendo ser ouvidas até três testemunhas.

Parágrafo único. Se houver possibilidade de nova Parágrafo único. Se houver possibilidade de nova definição jurídica que importe aplicação de pena definição jurídica que importe aplicação de pena mais grave, o juiz baixará o processo, a fim de mais grave, o juiz baixará o processo, a fim de que o Ministério Público possa aditar a denúncia que o Ministério Público possa aditar a denúncia ou a queixa, se em virtude desta houver sido ou a queixa, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, instaurado o processo em crime de ação pública, abrindo-se, em seguida, o prazo de 3 (três) dias à abrindo-se, em seguida, o prazo de 3 (três) dias à defesa, que poderá oferecer prova, arrolando até defesa, que poderá oferecer prova, arrolando até três testemunhas.três testemunhas.

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Princípio da Correlação é, portanto, a Princípio da Correlação é, portanto, a norma que obriga o julgador a guardar norma que obriga o julgador a guardar respeito ao fato descrito na denúncia ou respeito ao fato descrito na denúncia ou queixa, dele não se afastando quando da queixa, dele não se afastando quando da prolação de uma decisão condenatória.prolação de uma decisão condenatória.

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Circunstância elementar: elementares são os Circunstância elementar: elementares são os componentes objetivos e subjetivos do tipo componentes objetivos e subjetivos do tipo básico,ou seja, fundamental,EX. “subtrair”, “para si básico,ou seja, fundamental,EX. “subtrair”, “para si ou para outrem” “coisa”, “alheia”, “móvel” são ou para outrem” “coisa”, “alheia”, “móvel” são elementares do crime de furto. Por outro lado,o elementares do crime de furto. Por outro lado,o constante nos §§ 1 ao 5º do art 155 do CP, são constante nos §§ 1 ao 5º do art 155 do CP, são circunstâncias do deito, constantes do tipo circunstâncias do deito, constantes do tipo derivado. Ex. “com destruição ou rompimento de derivado. Ex. “com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa” é uma obstáculo à subtração da coisa” é uma circunstância qualificadora . O que o art 384 quer circunstância qualificadora . O que o art 384 quer evidenciar é a possibilidade de nova definição evidenciar é a possibilidade de nova definição jurídica do fato,porque a prova colhida ao longo da jurídica do fato,porque a prova colhida ao longo da instrução demonstra estar presente qualquer instrução demonstra estar presente qualquer elementar (componente do tipo básico) ou elementar (componente do tipo básico) ou circunstância do crime (componente do tipo circunstância do crime (componente do tipo derivado) não descrita, explicita ou implicitamente derivado) não descrita, explicita ou implicitamente na denúncia.na denúncia.

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Em decorrência da autonomia decisória do Juiz, Em decorrência da autonomia decisória do Juiz, pode ele dar ao fato definição jurídica diversa pode ele dar ao fato definição jurídica diversa da que constar da peça acusatória, ainda que da que constar da peça acusatória, ainda que tenha de aplica pena mais grave. Essa a figura tenha de aplica pena mais grave. Essa a figura do do emendatio libelliemendatio libelli..

Reconhece-se, nesse caso, qua a denúncia ou Reconhece-se, nesse caso, qua a denúncia ou queixa apresentará incorreção na classificação queixa apresentará incorreção na classificação do crime, na definição jurídica do fato narrado.do crime, na definição jurídica do fato narrado.

Pela Pela emendatio libelliemendatio libelli., mantém-se os fatos ., mantém-se os fatos narrados, mas se conclui que esses fatos, narrados, mas se conclui que esses fatos, correspondem a um tipo penal diverso daquele correspondem a um tipo penal diverso daquele atribuído pela acusação na pela inicial.atribuído pela acusação na pela inicial.

Ex, desclassificação do estelionato para Ex, desclassificação do estelionato para apropriação indébita. Etc.apropriação indébita. Etc.

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Em face da noção segundo a qual o objeto da Em face da noção segundo a qual o objeto da defesa são os fatos narrado pela acusaçõ, e não a defesa são os fatos narrado pela acusaçõ, e não a qualificação jurídica que esta atribui aos fatos, qualificação jurídica que esta atribui aos fatos, será indiferente se, em virtude da será indiferente se, em virtude da emendatio emendatio libellilibelli., a pena aplicável for superior àquela da ., a pena aplicável for superior àquela da tipificação original.Não há nulidade por não dar tipificação original.Não há nulidade por não dar vista à defesa quando da ocorrência de vista à defesa quando da ocorrência de emendatio emendatio libellilibelli., já que o réu deve defender-se dos fatos ., já que o réu deve defender-se dos fatos imputados.imputados.

Por outro lado, não constitui mera qualificação Por outro lado, não constitui mera qualificação jurídica, entretanto, a qualificação de determinada jurídica, entretanto, a qualificação de determinada conduta inicialmente tida por tentada em uma conduta inicialmente tida por tentada em uma conduta consumada. Nesses casos, estar-se-á conduta consumada. Nesses casos, estar-se-á alterando a própria alterando a própria causa petendicausa petendi, o que configura , o que configura caso de caso de mutatio libellimutatio libelli. Incluímos também a . Incluímos também a desclassificação de modalidade de culpa, por ex.desclassificação de modalidade de culpa, por ex.

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Emendatio libelliEmendatio libelli, em segunda instância:, em segunda instância:

Conforme dispõe o art 617 do CPP é possível Conforme dispõe o art 617 do CPP é possível inclusive em segunda instância. Ressalva-se inclusive em segunda instância. Ressalva-se nesse caso entretanto, que a providência não nesse caso entretanto, que a providência não poderá resultar em aplicação de pena mais poderá resultar em aplicação de pena mais grave ao réu se o recurso houver sido grave ao réu se o recurso houver sido interposto exclusivamente pela defesa, em interposto exclusivamente pela defesa, em face do trânsito em julgado para acusação e face do trânsito em julgado para acusação e da vedação à chamada da vedação à chamada reformatio inpejus.reformatio inpejus.

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MUTATIO LIBELLIMUTATIO LIBELLI Pode ocorrer que durante a instrução criminal, Pode ocorrer que durante a instrução criminal,

com a produção de provas, surjam elementos que com a produção de provas, surjam elementos que indiquem a ocorrência de fatos que, conquanto indiquem a ocorrência de fatos que, conquanto sejam relevantes para a configuração do delito sejam relevantes para a configuração do delito (elementares do tipo e circunstâncias), não (elementares do tipo e circunstâncias), não tenham sido mencionados explícita ou tenham sido mencionados explícita ou implicitamente na peça acusatória, esse implicitamente na peça acusatória, esse elementos são denominados pelo CPP (384) elementos são denominados pelo CPP (384) “circuntâncias elementares” .“circuntâncias elementares” .

Demonstra-se a partir desses elementos de prova Demonstra-se a partir desses elementos de prova fatos novos, não mencionados na denúncia, não fatos novos, não mencionados na denúncia, não apenas será caso de nova qualificação jurídica, apenas será caso de nova qualificação jurídica, mas sim de alteração dos próprios fatos sobre os mas sim de alteração dos próprios fatos sobre os quais versa o processo, pela inclusão de fato quais versa o processo, pela inclusão de fato novo, até então não aventado no processonovo, até então não aventado no processo

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Será hipótese, então, da chamada Será hipótese, então, da chamada mutatio libelli, mutatio libelli, Nesse caso, haverá alteração do próprio fato Nesse caso, haverá alteração do próprio fato

narrado na inicial acusatória, que implicará nova narrado na inicial acusatória, que implicará nova definição jurídica. A prova colhida indicará definição jurídica. A prova colhida indicará circunstâncias ou elementos que deverão circunstâncias ou elementos que deverão integrar-se à acusação. São circunstâncias ou integrar-se à acusação. São circunstâncias ou elementos do tipoelementos do tipo

A)os elementos que integram a descrição legal do A)os elementos que integram a descrição legal do fato;fato;

B)as circunstâncias qualificadoras;B)as circunstâncias qualificadoras; C)as causas de aumento e de diminuição de pena;C)as causas de aumento e de diminuição de pena; Não integram esse rol as circunstâncias Não integram esse rol as circunstâncias

agravantes ou atenuantes, que poderão ser agravantes ou atenuantes, que poderão ser reconhecidas de ofício pelo juiz, no momento da reconhecidas de ofício pelo juiz, no momento da decisão.decisão.

Page 28: aula sentença

Conforme o art 383, há que distinguir duas Conforme o art 383, há que distinguir duas modalidade de modalidade de mutatio libelli,mutatio libelli,a que requer e a a que requer e a que não requer aditamento da peça inicial:que não requer aditamento da peça inicial:

mutatio libelli, mutatio libelli, sem aditamento (ou com sem aditamento (ou com aditamento facultativo). É a hipótese prevista aditamento facultativo). É a hipótese prevista no caput do art. 384. Se o elemento ou no caput do art. 384. Se o elemento ou circunstância surgidos durante a instrução circunstância surgidos durante a instrução ensejar alteração na definição jurídica do fato ensejar alteração na definição jurídica do fato que não altere a pena aplicável, ou a altere de que não altere a pena aplicável, ou a altere de modo a reduzi-la, deverá o juiz baixar o modo a reduzi-la, deverá o juiz baixar o processo da conclusão,oferecendo processo da conclusão,oferecendo oportunidade para que a defesa o prazo de 8 oportunidade para que a defesa o prazo de 8 dias, manifeste-se e, se quiser, produza prova, dias, manifeste-se e, se quiser, produza prova, podendo ser ouvidas até 3 testemunhas. Não podendo ser ouvidas até 3 testemunhas. Não será necessário que se proceda ao aditamento será necessário que se proceda ao aditamento da petição inicial nesse hipótese. da petição inicial nesse hipótese.

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mutatio libelli, mutatio libelli, com aditamento (obrigatório).com aditamento (obrigatório). É a hipótese do parágrafo único do art 384. É a hipótese do parágrafo único do art 384.

Se a alteração na qualificação jurídica Se a alteração na qualificação jurídica implicar a possibilidade da aplicação de pena implicar a possibilidade da aplicação de pena mais grave, o juiz deverá baixar o processo, mais grave, o juiz deverá baixar o processo, para que o Ministério Públicoadite a denúncia para que o Ministério Públicoadite a denúncia ou queixa , abrindo-se em seguida, o prazo ou queixa , abrindo-se em seguida, o prazo de 3 dias à defesa, que poderá oferecer de 3 dias à defesa, que poderá oferecer prova, arrolando até 3 testemunhas. É nula a prova, arrolando até 3 testemunhas. É nula a sentença que não abrir oportunidade para o sentença que não abrir oportunidade para o aditamento da denúncia. Assim, permiti-se ao aditamento da denúncia. Assim, permiti-se ao juiz dar definição jurídica diversa da que juiz dar definição jurídica diversa da que consta na denúncia somente se os fatos consta na denúncia somente se os fatos narrados se encaixarem com precisão no narrados se encaixarem com precisão no novo tipo e em todos os seus elementos.novo tipo e em todos os seus elementos.

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O aditamento da denúncia ou queixa implica a O aditamento da denúncia ou queixa implica a alteração da imputação inicialmente formulada, alteração da imputação inicialmente formulada, com vistas à inclusão de novos elementos ou com vistas à inclusão de novos elementos ou circunstâncias que até então eram circunstâncias que até então eram desconhecidos.desconhecidos.

Caso o membro do MP entenda não ser Caso o membro do MP entenda não ser hipótese de aditamento, deverá o juiz proceder hipótese de aditamento, deverá o juiz proceder de acordo com o disposto no art. 28, remetendo de acordo com o disposto no art. 28, remetendo os autos ao Procurador-Geral de Justiça, que os autos ao Procurador-Geral de Justiça, que decidirá se o faz ou se nomeia órgão para tanto.decidirá se o faz ou se nomeia órgão para tanto.

Quando julgar necessário, ademais, poderá o Quando julgar necessário, ademais, poderá o membro do MP, a todo tempo aditar a denúncia, membro do MP, a todo tempo aditar a denúncia, sponte sua, sem necessidade de provocação sponte sua, sem necessidade de provocação judicial. judicial.

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CRIME NÃO DESCRITO NA DENÚNCIA.CRIME NÃO DESCRITO NA DENÚNCIA.

Se, durante a instrução criminal,ficar Se, durante a instrução criminal,ficar evidenciado que o réu praticou outro crime evidenciado que o réu praticou outro crime não descrito na denúncia, ou que outras não descrito na denúncia, ou que outras pessoas tomaram parte na prática do fato pessoas tomaram parte na prática do fato imputado (co-autoria ou participação), imputado (co-autoria ou participação), deverá haver nova acusação, podendo ser deverá haver nova acusação, podendo ser oferecida nova denúncia. Alternativamente, oferecida nova denúncia. Alternativamente, por economia processual, pode-se proceder por economia processual, pode-se proceder ao aditamento da peça acusatória, desde ao aditamento da peça acusatória, desde que se proceda a nova citação, seguida de que se proceda a nova citação, seguida de nova instrução criminal..nova instrução criminal..

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Vedação da “mutatio libelli” em segunda Vedação da “mutatio libelli” em segunda instância.instância.

A A mutatio libelli mutatio libelli diversamente do que ocorre na diversamente do que ocorre na hipótese de hipótese de emendatio libelli, emendatio libelli, não cabe na não cabe na segunda instância. De acordo com a sumula segunda instância. De acordo com a sumula 453 do STF do Supremo Tribunal Federal453 do STF do Supremo Tribunal Federal

““não se aplicam a segunda intância o art. 384 e não se aplicam a segunda intância o art. 384 e parágrafo único do CPP, que possibilitam dar parágrafo único do CPP, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso”.nova definição jurídica ao fato delituoso”.

Cabendo nesse caso decretar somente a Cabendo nesse caso decretar somente a absolvição.absolvição.

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Art. 385. Art. 385. Nos crimes de ação Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.sido alegada.

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Art. 386. Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:causa na parte dispositiva, desde que reconheça:

I – estar provada a inexistência do fato;I – estar provada a inexistência do fato; II – não haver prova da existência do fato;II – não haver prova da existência do fato; III – não constituir o fato infração penal;III – não constituir o fato infração penal; IV – não existir prova de ter o réu concorrido para a IV – não existir prova de ter o réu concorrido para a

infração penal;infração penal; V – existir circunstância que exclua o crime ou V – existir circunstância que exclua o crime ou

isente o réu de pena (arts. 17, 18, 19, 22 e 24, § 1o, isente o réu de pena (arts. 17, 18, 19, 22 e 24, § 1o, do Código Penal);do Código Penal);

VI – não existir prova suficiente para a condenação.VI – não existir prova suficiente para a condenação. Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz: I – mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;I – mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; II – ordenará a cessação das penas acessórias II – ordenará a cessação das penas acessórias

provisoriamente aplicadas;provisoriamente aplicadas; III – aplicará medida de segurança, se cabível.III – aplicará medida de segurança, se cabível.

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Art. 387. Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:O juiz, ao proferir sentença condenatória: I – mencionará as circunstâncias agravantes ou I – mencionará as circunstâncias agravantes ou

atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;reconhecer;

II – mencionará as outras circunstâncias apuradas e II – mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 42 e 43 do da pena, de acordo com o disposto nos arts. 42 e 43 do Código Penal;Código Penal;

III – aplicará as penas, de acordo com essas conclusões, III – aplicará as penas, de acordo com essas conclusões, fixando a quantidade das principais e, se for o caso, a fixando a quantidade das principais e, se for o caso, a duração das acessórias; (Redação dada pela Lei nº duração das acessórias; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)6.416, de 24.5.1977)

IV – declarará, se presente, a periculosidade real e IV – declarará, se presente, a periculosidade real e imporá as medidas de segurança que no caso imporá as medidas de segurança que no caso couberem; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de couberem; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)24.5.1977)

V – atenderá, quanto à aplicação provisória de V – atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;disposto no Título Xl deste Livro;

VI – determinará se a sentença deverá ser publicada na VI – determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).

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Art. 388. Art. 388. A sentença poderá ser A sentença poderá ser datilografada e neste caso o juiz a datilografada e neste caso o juiz a rubricará em todas as folhas.rubricará em todas as folhas.

Art. 389. Art. 389. A sentença será publicada A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.destinado a esse fim.

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Art. 390. Art. 390. O escrivão, dentro de 3 O escrivão, dentro de 3 (três) dias após a publicação, e sob (três) dias após a publicação, e sob pena de suspensão de 5 (cinco) dias, pena de suspensão de 5 (cinco) dias, dará conhecimento da sentença ao dará conhecimento da sentença ao órgão do Ministério Público.órgão do Ministério Público.

Art. 391. Art. 391. O querelante ou o O querelante ou o assistente será intimado da sentença, assistente será intimado da sentença, pessoalmente ou na pessoa de seu pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juízo, encontrado no lugar da sede do juízo, a intimação será feita mediante edital a intimação será feita mediante edital com o prazo de 10 (dez) dias, afixado com o prazo de 10 (dez) dias, afixado no lugar de costume.no lugar de costume.

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Art. 392. Art. 392. A intimação da sentença será feita:A intimação da sentença será feita: I – ao réu, pessoalmente, se estiver preso;I – ao réu, pessoalmente, se estiver preso; II – ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, II – ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído,

quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança;prestado fiança;

III – ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou III – ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver sido não, a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;

IV – mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor IV – mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver constituído não forem encontrados, e assim o que houver constituído não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça;certificar o oficial de justiça;

V – mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu V – mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver constituído também não for encontrado, e assim o houver constituído também não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;certificar o oficial de justiça;

VI – mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, VI – mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça.não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça.

§ 1o O prazo do edital será de 90 (noventa) dias, se tiver sido § 1o O prazo do edital será de 90 (noventa) dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a 1 (um) ano, e de 60 (sessenta) dias, nos outros casos.a 1 (um) ano, e de 60 (sessenta) dias, nos outros casos.

§ 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado no § 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimação por edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimação por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo

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Art. 393. Art. 393. São efeitos da sentença São efeitos da sentença condenatória recorrível:condenatória recorrível:

I – ser o réu preso ou conservado na I – ser o réu preso ou conservado na prisão, assim nas infrações prisão, assim nas infrações inafiançáveis, como nas afiançáveis inafiançáveis, como nas afiançáveis enquanto não prestar fiança;enquanto não prestar fiança;

II – ser o nome do réu lançado no rol II – ser o nome do réu lançado no rol dos culpados.dos culpados.

  ..

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Recados.Recados. AgradecimentoAgradecimento

Muito obrigadoMuito obrigado