AULA16 - Caldeiras e Vasos Sob Pressão

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  • 8/10/2019 AULA16 - Caldeiras e Vasos Sob Presso

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    CALDEIRAS E VASOS SOB PRESSO

    Este material foi elaborado com base em literatura disponvel, tanto no site do TEM, como Material do Corpo deBombeiros. Inclui experincias acumuladas ao longo da minha vida profissional com Tcnico de Segurana do

    Trabalho.

    DEFINIO:

    CALDEIRAS A VAPOR: SO EQUIPAMENTOS DESTINADOS A PRODUZIR E ACUMULAVAPORSOB PRESSO SUPERIOR A ATMOSFRICA A PARTIR DE UM FLUDO VAPORIZAN( NO NOSSOCASO A GUA) E ENERGIA TRMICA (CALOR); VAMOS TRATAR APENAS DGERADORES DEVAPOR DE GUA, (CALDEIRAS) EMBORA EXISTAM GERADORES PA

    OUTROS TIPOS DEVAPORES. A ENERGIA TRMICA USADA NO PROCESSO DE PRODUDE VAPOR, SER OBTIDAA PARTIR DA QUEIMA DE UM COMBUSTVEL QUE PODER SESLIDO, LQUIDO OU GASOSO.

    FONTE: Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo Manual de emergncias em vasos pressurizados

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    CLASSIFICAO DAS CALDEIRAS

    Categoria da Caldeira: De acordo com a NR-13 do Manual Tcnico deBombeiros ascaldeiras so classificadas em 03 (trs) categorias conforme segue:a) Caldeiras da categoria A so aquelas cuja presso de operao igual ousuperiora 1960 Kpa (19,98 Kgf/cm);b) Caldeiras da categoria C so aquelas cuja presso de operao igual ouinferior a588 Kpa (5,99 Kgf/cm) e o volume interno igual ou inferior a 100litros;c) Caldei ras da categoria B so todas as caldeiras que no se enquadramnascategorias anteriores.

    FUNCIONALIDADE DA CALDEIRA:

    a) Caldeiras manuais So aquelas que dependem de total vigilncia dooperador.Essas caldeiras encontra-se em total desuso;

    b) Caldeiras semi-automticas: Aquelas que possuem alguns dispositivosmanuais eoutros automticos. Geralmente so caldeiras manuais antigas quepassaram poralgumas modificaes, e receberam dispositivos automticos,portanto, algumasoperaes so executadas manualmente pelo operador eoutras automaticamente. Os

    dispositivos automticos mais comumenteencontrados nesse tipo de caldeira so osalimentadores de gua e de leo.

    c) Caldeiras automticas: So aquelas cujo trabalho do operador mnimo,abendo aele apenas o controle e verificao dos dispositivos. Tudo na caldeirafuncionaautomaticamente: alimentao de combustvel e gua, controle decombusto epresso interna, acendimento, etc.

    Em certos casos o automatismo total no conveniente; o caso deempresasque utilizam seus entulhos como combustvel o que representa grandeeconomia.Exemplo: usinas de acar que queimam o bagao da cana.

    Capacidade da caldeira:

    A capacidade de uma caldeira pode ser muito variada, segundo os fins a quesedestina, porm essa capacidade pode ser expressa numericamente, usando-sediversos sistemas de medidas sendo que os mais comuns so:a) Potncia em HP: quando uma caldeira for capaz de vaporizar 34,5 libras degua porhora, desde que a gua de entrada esteja a uma temperatura de 212 F,ela ter apotncia de 1 HP.

    Transformando isso para o sistema mtrico teremos: 1 HP =8430quilocaloriaspor hora.

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    b) Fator Carga (FC): Uma caldeira apresenta um fator carga de 100% quando 10ft2(ps ao quadrado) de superfcie da caldeira, produzirem 34,5 lbs (libras) devapor a212 F, partindo de gua a 212 F, em uma hora.

    Convertendo isso para o sistema mtrico, teremos: 9100 quilocalorias emumahora, correspondendo aproximadamente a 15 kg de vapor por hora, pormetroquadrado de superfcie.

    COMPONENTES PRINCIPAIS DE UM GERADOR DE VAPOR:

    1) Tambor de vapor: um cilindro fechado colocado na parte mais alta dacaldeira,onde feita a separao da gua e do vapor. So conectados a essetambor os tubosgeradores de vapor, o nvel de gua e o manmetro de pressodo vapor. O nvel degua nesse tambor nunca superior a da capacidade domesmo, e nunca inferior a tambor. A fim de impedir que o vapor arrastepartculas slidas colocado dentro dotambor de vapor algumas placaschamadas de defletoras ou chicanas, que impedemtambm que o vapor semisture com a gua.

    2) Tambor de lama: o inverso do tambor de vapor, este tambor est localizadonaparte mais baixa da caldeira, trabalha sempre cheio de gua e a sua finalidade deacumular as impurezas da gua tais como a lama, ferrugem e outrosmateriais.Periodicamente se faz a descarga dessas impurezas.

    3) Feixe tubular: Como o prprio nome indica, constitudo de feixes de tubosdediversos perfis que se interligam com os tambores. Esto colocados sobreasparedes da fornalha e em todo o percurso dos gases quentes. atravs dasuperfciedesses tubos que se efetua a troca de calor na caldeira.

    4) Fornalha: Local onde realizada a queima dos combustveis.

    5) Superaquecedor: Esse equipamento transforma o vapor saturado emvaporsuperaquecido. Ele eleva a temperatura do vapor.

    6) Economizador: Destinado a aumentar a temperatura da gua de alimentaopor

    meio dos gases da combusto. Com isso melhoramos o rendimento dacaldeira eevitamos o choque trmico.

    7) Pr-aquecedor de ar: Sua finalidade de elevar a temperatura do ar decombusto,conseguindo-se assim uma melhor queima e melhoria no endimentoda caldeira.8) Chamin: um tubo destinado ao escoamento dos gases da combusto. Acirculao de tais gases pode ser atravs de tiragem forada ou tiragem natural;(tiragem a retirada dos gases de dentro da caldeira)Nas caldeiras alimentadas com combustvel lquido, temos ainda:

    9) Reservatrio para o combustvel: cuja capacidade varia de acordo com

    asnecessidades do trabalho.

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    10) Aquecedor de combustvel: colocado dentro do reservatrio, tem a finalidadedemanter o combustvel convenientemente aquecido, para que possa fluir melhorat osmaaricos, e consequentemente, produzir melhor queima.11) Maarico: Aparelho destinado a pulverizar o combustvel, misturando-oconvenientemente com o ar, a fim de se obter uma boa combusto.

    Componentes principais de um gerador de vapor:

    TIPO DE CALDEIRA:

    As caldeiras de vapor de gua so classificadas em doisgrandes tipos:fogotubulares e aquatubulares.

    CALDEIRAS FOGOTUBULARES:

    Esse foi o primeiro tipo de caldeira construda, chamada de tubo de fogo outubode fumaa, por causa dos gases quentes provenientes da combusto quecirculam nointerior dos tubos ficando a gua por fora dos mesmos. o tipo decaldeira maissimples. Muito usada em navios e locomotivas, mesmo com oaparecimento dascaldeiras mais modernas, esse tipo ainda continua em uso.Posteriormente com algunsaperfeioamentos, passou a chamar caldeiraescocesa.

    A caldeira tipo tubo de fogo no passa de um cilindro externo que comportaagua e um cilindro interno destinado a fornalha. Sua tiragem ou sada de gasesnormal. A carcaa construda de chapas que variam de espessura de acordocom oporte da caldeira a presso pode variar entre 5 a 10 quilogramas porcentmetrosquadrado.

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    Sucessivos estudos visando o aperfeioamento das caldeiras revelaram queatemperatura oscilava entre 316 a 427 (graus Celsius), que era perdida natiragem.Resolveram aproveitar essa perda, a fim de reduzir o custo docombustvel que napoca era o carvo mineral.O problema foi resolvido, aumentando a superfcie de aquecimento da gua,colocandotubos em quantidade suficiente e forando os gases quentes apassarem pelos tubos edepois pela tiragem. Com isso o rendimento foiaumentado, embora esse tipo decaldeira no tivesse eficincia superior a 60%.Podemos ainda classificar as caldeiras tubo-de-fogo em HORIZONTAIS EVERTICAIS.

    Caldeiras Horizontais

    Fig. 03Caldeira tubo de fogo

    CALDEIRAS AQUATUBULARES:

    As caldeiras aquatubulares tm a produo de vapor dentro de tubosqueinterligam 2 ou mais reservatrios cilndricos horizontais, conforme- o tubulo superior,onde se d a separao da fase lquida edo vapor, e- o tubulo inferior, onde feita adecantao e purga dosslidos em suspenso.

    Os tubos podem ser retos ou curvados. As primeiras caldeirasaquatubularesutilizavam tubos retos, soluo hoje completamenteabandonada, apesar de algumasvantagens, como a facilidade de limpezainterna dos tubos.

    A caldeira de tubos curvados, interligando os bales, proporcionamarranjo eprojeto de cmaras de combusto completamente fechada porparedes de gua, comcapacidades praticamente ilimitadas. Dada a maiorcomplexidade construtiva emrelao s caldeiras flamotubulares, asaquatubulares so preferidas somente paramaiores capacidades de produode vapor e presso, exatamente onde o custo defabricao do outro tipocomea a aumentar desproporcionadamente.

    Em relao aoEncontram-se hojecaldeiras que produzem at750 t/h de vaporcompresses at 3450 atm.

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    COMPONENTES DE CALDEIRAS

    Vlvulas de segurana

    So dispositivos automticos de alivio de presso, caracterizado por uma abertura

    instantnea ( POP ), uma vez atingida a presso de abertura. Usa para fluidos compressveiscomo gases e vapor. Todas as vlvulas de segurana devem fazer parte de um programa de inspeo queestabelea a freqncia de inspeo e informe as datas da ultima e prxima inspeo.

    Classificao de inspeo

    As vlvulas podem ser classificadas em 4 (quatro) classes, conforme segue: Classe A: Vlvulas que podem sofrer incrustao, colagem, entupimento, corroso agressivaque possam interferir na sua atuao normal, ou que necessitem freqentemente demanuteno corretiva; Classe B: Vlvulas sujeitas a reduzido desgaste por parte do fluido:

    Classe C: Vlvulas que mantenham contato com fluidos limpos, que no apresentam riscode colagem, entupimento ou desgaste dos materiais em contato com o fluido: Classe D: Vlvulas em que se comprove atravs de confivel histrico de recepo emanuteno, que podem atender em um prazo maior que o indicado para Classe C.

    Periodicidade de inspeo

    O prazo mximo recomendado : Classe A 1 ano; Classe B 2 anos; Classe C 4 anos; Classe D 6 anos.

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    necessrio que todas as vlvulas tenham um confivel e comprovado histrico derecepo e manuteno, a fim de confirmar, aumentar ou reduzir os prazos de inspeo,alterando-se ou no a sua classificao, com especial ateno para as vlvulas Classe A.

    Para as vlvulas novas, que no possuem histrico do local da instalao, recomenda-se serutilizado o prazo da Classe A para a primeira inspeo. Os prazos indicados acima no devem ser maiores que os indicados na NR-13, quando asvlvulas estiverem atuando como dispositivo de segurana de caldeiras e vasos de presso.

    A Norma NR-13 item 13.5.7, determina que as vlvulas de segurana instaladas emcaldeiras devem ser inspecionadas periodicamente pelo menos uma vez por ms, medianteacionamento manual d e alavanca, em operao para caldeiras das categorias B e C, edesmontado, inspecionado e testado em bancadas, as vlvulas flangeadas, e no campo, asvlvulas soldadas, recalibrando-as numa freqncia compatvel com a experinciaoperacional da mesma, porm respeitando-se com limite mximo o perodo de inspeoestabelecido para inspeo de caldeira.

    A Norma NR-13 item 13.10.4, determina que as vlvulas de segurana de vasos de pressosejam inspecionadas toda vez que o vaso for submetido inspeo interna, porm, prazosmenores devero ser estabelecidos quando o histrico operacional das mesmas reveleproblemas em prazos menores do que os previstos para exame interno peridico do vaso,ocorrendo em datas defasadas. Da mesma forma, quando os prazos para exame internoforem muitos dilatados, como no caso de vasos criognicos, prazos menores para inspeodas vlvulas de segurana devero ser estabelecidos.

    A NB-284 da ABNT de 1976 fixa a frequncia de inspeo de vlvulas de segurana, pelomenos uma vez por ano e sempre que ocorrer uma parada de manuteno dosequipamentos por ela protegidos. A frequncia de inspeo deve ser aumentada sempreque o equipamento puder trazer algum risco operacional, ou quando os fluidos sob a vlvula

    provocar danos em funo de sua corrosividade. A inspeo com vlvula de segurana montada, em operao, apenas indica algumagrande anormalidade como a ocorrncia de vazamentos externos ou grandes vazamentosinternos, fole partido para vlvulas balanceadas, molas quebradas ou corrodas, estado geral (corroso, instalao, alavanca de acionamento) etc..., e a inspeorealizada com a vlvula removida para oficina, onde ser desmontada, verificado todos os componentes internos, montada e testada em bancada, a mais eficaz,garantindo o bom desempenho das vlvulas em operao.

    Portanto, manter um programa de monitoramento e os prazos de novas inspeesestabelecidas de fundamental importncia para a organizao.

    Fonte: SEGURANA NA OPERAO DE CALDEIRAS Preveno Online

    PRESSO MXIMA DE TRABALHO PERMITIDA (PMTP), OUPRESSO MXIMA DE TRABALHO ADMISSVEL (PMTA), OMAIOR VALOR DE PRESSO COMPATVEL COM O CDIGO DEPROJETO, A RESISTNCIA DOS MATERIAIS UTILIZADOS, ASDIMENSES DO EQUIPAMENTO E SEUS PARMETROSOPERACIONAIS.

    http://www.prevencaonline.net/2010/05/seguranca-na-operacao-de-caldeiras.html#ixzz1qzbCLnFRhttp://www.prevencaonline.net/2010/05/seguranca-na-operacao-de-caldeiras.html#ixzz1qzbCLnFRhttp://www.prevencaonline.net/2010/05/seguranca-na-operacao-de-caldeiras.html#ixzz1qzbCLnFRhttp://www.prevencaonline.net/2010/05/seguranca-na-operacao-de-caldeiras.html#ixzz1qzbCLnFRhttp://www.prevencaonline.net/2010/05/seguranca-na-operacao-de-caldeiras.html#ixzz1qzbCLnFR
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    A PMTA calculada ou determinada utilizando-se frmulas e tabelas disponveisno cdigo de projeto da caldeira. Essas fontes levam em considerao:

    1. As dimenses e geometria de cada parte especfica da caldeira (por exemplo:dimetro, espessura, etc.).

    2. Resistncia dos materiais (valores de tenso mxima admissvel dependentesda temperatura).

    3. Outros fatores especficos para cada situao

    . importante destacar que o valor da PMTA pode alterar-se ao longo da vida da

    caldeira em funo da reduo da resistncia mecnica dos materiais, reduo deespessuras dos diferentes componentes, etc. A atualizao dos valores da PMTA deveser feita, em conformidade com procedimentos escritos existentes no pronturio dacaldeira.

    NORMA REGULAMENTADORA N13

    No Brasil, desde 1943 a CLT (Consolidao das Leis Trabalhistas), deformaincipiente, contempla a preocupao com a segurana em caldeiras.Porm,somente a partir de 1978 foi criada a norma sobre caldeiras e recipientesdepresso, a NR-13, que estabeleceu as medidas de segurana para osusuriosdestes sistemas. No final de 1994, a Secretaria de Segurana e SadenoTrabalho, publicou no Dirio Oficial da Unio, o novo texto da NR-13, elaboradoporuma comisso composta por representantes das empresas, governo etrabalhadores.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) na NBR-12177 antigaNB-55 trata dos procedimentos de como fazer as inspees, e a NB-227, doscdigospara o projeto e construo de caldeiras estacionrias. Outras entidades(INMETRO,IBP e a Abiquim), tem procurado contribuir elaborando estudos,pesquisas e discussessobre os aspectos de segurana em caldeiras.Caldeira no apenas uma mquinaque a qualquer problema signifique somenteuma parada para manuteno.

    Em muitas situaes estar parada representa,tambm, a paralisao daproduo. Como j tratado, dependendo do estado deconservao do equipamento,devido a m condio de operao ou tambmfalhas na verificao de seus sistemasde segurana, e de procedimento incorretono funcionamento, a caldeira ou os vasos depresso podem explodir e destruirparcial ou totalmente uma fbrica. As conseqnciasso inmeras e se forconstatada a no observncia das normas de segurana, oproprietrio ou o seuproposto, no caso o inspetor de caldeira, est sujeito a serresponsabilizado civil ecriminalmente.

    Dentre os vrios pontos importantes da NR-13, a qual centrada, portanto, na

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    inspeo de segurana de caldeiras estacionrias a vapor, so apresentadas, aseguir,um resumo das principais regulamentaes:1.3.10. considerado Profissional Habilitado aquele que tem competncia legalpara oexerccio da profisso de engenheiro nas atividades referentes a projeto deconstruo,acompanhamento de operao e manuteno, inspeo e supervisode inspeo decaldeiras e vasos de presso, em conformidade com aregulamentao profissionalvigente no pas.

    1.3.11. As caldeiras sero obrigatoriamente, submetidas a inspeo desegurana,interna e externamente, nas seguintes oportunidades:1.3.12. Antes de entrarem em funcionamento, quando novas, no local deoperao.1.3.13. Aps reforma, modificao, ou aps terem sofrido qualquer acidente.1.3.14. Periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, para as caldeiras dascategorias A,B e C. Estabelecidas que possuam Servio Prprio de Inspeo deEquipamentospodem estender os perodos entre inspees de segurana,respeitando alguns prazos(vide norma).1.3.15. Ao ser recolocada em funcionamento aps intervalo de inatividade igualousuperior a seis meses consecutivos.1.3.16. Quando houver mudana de local de instalao.1.3.17. Ao completar 25 anos de uso, na sua inspeo subseqente, ascaldeirasdevem ser submetidas a rigorosa avaliao de integrao estrutural.1.3.18. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento, onde estiver instalada,aseguinte documentao:1.3.19. Pronturio da caldeira, contendo diversas informaes sobre o projeto

    efabricao da caldeira (vide norma).1.3.20. Registro de Segurana (livro prprio com pginas devidamenteenumeradas).Contendo todas as ocorrncias importantes (condies desegurana da caldeira einspees anteriores).1.3.21. Projeto de Instalao.1.3.22. Projetos de Alterao ou Reparo.1.3.23. Relatrios de Inspeo, contendo algumas informaes do pronturiodacaldeira, tipo de inspeo executad a, descrevendo as inspees e testesrealizados,resultados e providncias, nome legvel, assinatura e CREA (ConselhoRegional deEngenharia, Arquitetura e Agronomia) do profissional habilitado, etc. 1.3.24. Todos os documentos acima referidos devem estar sempre a disposiopara

    consulta dos operadores, do pessoal de manuteno e de inspeo e dopessoal deCIPA, devendo o proprietrio da empresa assegurar pleno acesso aesses documentos.1.3.25. Inspecionada a caldeira e uma vez emitido o relatrio de inspeo, umacpiado mesmo deve ser encaminhado pelo profissional habilitado, num prazode 30 dias, acontar do trmino da inspeo, representao da categoriaprofissional predominanteno estabelecimento.1.3.26. A NR-13 regulamenta tambm a inspeo de vasos de presso,cujasdisposies so similares quelas previstas para as caldeiras. A NR-13prevainda, no seu Anexo I- A, o currculo mnimo para os cursos de treinamentodesegurana na operao de caldeiras e no Anexo I -B, o currculo mnimo paraoscursos de treinamento de segurana na operao de unidades de presso. Ainda, no Anexo II, prev os requisitos para certificao de servio prprio deinspeode equipamentos.

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    1.3.27. Existe muitos pontos comuns entre a norma NBR-12177 e a NR-13,entretanto,no que diz respeito as inspees em si, encontra-se detalhado naprimeira. Algumaspartes importantes na NBR-12177 so vistas a seguir. Asinspees incluem:

    1.3.27.1. Exame do pronturio da caldeira e dos relatrios de inspeo 1.3.27.2. Exame externo1.3.27.3. Exame interno1.3.27.4. Atualizao da PMTA (Presso Mxima de Trabalho Admissvel)1.3.27.5. Ensaio hidrosttico1.3.27.6. Ensaios complementares:1.3.27.7. De acumulao;1.3.27.8. Dos dispositivos de alimentao de gua;1.3.27.9. Outros.1.3.28. O exame do pronturio visa verificar se o mesmo est devidamenteorganizado,completo e mantido em dia, colher dados e elementos necessriospara a realizao dainspeo. O exame do relatrio de inspeo (ltimo) visaverificar se no foiultrapassada a data at a qual devia ser realizada a inspeo everificar se foramdevidamente atendidas as recomendaes eventualmenteconsignadas nos relatriosdas inspees anteriores.

    1.3.29. O exame externo visa sempre verificar se a caldeira funcionanormalmente,verificar se a caldeira satisfaz todas as condies de segurana,detectar qualqueranomalia capaz de prejudicar a segurana e colher outrosdados ou elementoseventualmente necessrios. O exame externo deve serrealizado com a caldeira emfuncionamento.1.3.30. O exame interno visa sempre verificar se a caldeira, antes de serlimpa,apresentava alguma anomalia; verificar se a caldeira, depois de limpa, estemordem e satisfaz todas as condies de segurana; detectar qualqueranomaliacapaz de prejudicar a segurana; colher outros dados ouelementos,eventualmente necessrios para os clculos, exames, anlises, ensaios,etc. Oexame interno deve ser realizado coma caldeira no em funcionamento.Devendoestar fria e devidamente preparada, permitindo o acesso do inspetor nosespaosa serem examinados.1.3.31. A atualizao da PMTA (Presso Mxima de Trabalho Admissvel) deveserefetuada quando, na caldeira, ocorrer alterao da resistncia de uma ou maispartes

    vitais, se modo que, em nenhum ponto a tenso mxima causada pelapresso dovapor ultrapasse a correspondente tenso admissvel. A atualizao obrigatriaquando os clculos indicam a necessidade de uma reduo de maisde 5% da PMTA(Presso Mxima de Trabalho Admissvel) anterior, em virtudede anomalia insanvel.Quando a resistncia das partes afetadas evidentemente inferior a 5%, o inspetorpode dispensar, at mesmo, os clculosjustificados.1.3.32. O ensaio hidrosttico visa detectar a frio e em curto prazo, vazamentos ealgunspontos de resistncia fraca. O fato de suportar satisfatoriamente o ensaiohidrosttico,no constitui prova suficiente de que a caldeira apresenta seguranaadequada, quantoa sua resistncia. A presso de prova a ser aplicada durante oensaio hidrosttico de1,5 vezes maior que a PMTA (Presso Mxima deTrabalho Admissvel), para as

    caldeiras de todas as categorias. O ensaio deve serrealizado com a caldeira fria,completamente cheia de gua, evitando a retenode bolsas de ar. Todas as aberturas

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    devem estar fechadas, exceto as necessriasao ensaio e a presso deve ser elevadade maneira progressiva e contnua,preferencialmente com uma bomba manual.1.3.32. Os ensaios complementares so os seguintes:a) Ensaio de acumulao. Visa comprovar a suficincia das vlvulas desegurana. obrigatrio em toda caldeira nova, depois de instalada, nas provasde recebimento ouna inspeo inicial; em qualquer caldeira no nova; antes dacaldeira entrar em usonormal, aps a reduo da PMTA (Presso Mxima deTrabalho Admissvel), ou apsaumento de capacidade de produo de vapor, ouaps a substituio, modificao,reforma ou conserto de vlvulas de segurana.b) Ensaio dos dispositivos de alimentao de gua. Visa comprovarexperimentalmentea suficincia dos dispositivos de alimentao de gua dascaldeiras. O dispositivo dealimentao deve ser capaz de fornecer caldeira,estando essa sob presso detrabalho, uma descarga de gua igual ou maior queaproximadamente 1,25 vezes acapacidade de produo de vapor da mesma.Outros ensaios. Em casos especiais, a verificao das condies de seguranadedeterminada caldeira, poder tornar necessria a realizao de outros ensaios,almdos citados anteriormente. A realizao dos mesmos dever obedecer,sempre quepossvel, aos cdigos e normas da ABNT, ASME, ISSO, DIN eoutros.

    PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS

    1.4.1. Isolamento do local;1.4.2. Adentrar com a guarnio reduzida e EPI (Equipamento de ProteoIndividual)

    completo;1.4.3. Localizar o operador, o pronturio e o registro de segurana da caldeira;1.4.4. Fechar o registro de alimentao da caldeira;1.4.5. Desligar a linha de eletricidade da bomba;1.4.6. Fechar a alimentao de gua e abrir o registro da vlvula de alvio, abrirospontos de consumo de vapor at que se atinja a presso normal de trabalho;1.4.7.Jamais injetar gua , haver choque trmico com risco de exploso;1.4.8. No refrigerar externamente risco de choque trmico;1.4.9. Para apagar o fogo dentro da fornalha utilizar extintor de p qumico seco,jamais jogue gua risco de exploso pela vaporizao;1.4.10. Acionar a empresa responsvel pela manuteno e tcnico do ministriodotrabalho.

    BIBLIOGRAFIA:- Geradores de Vapor de gua. Hildo Pera USP.- Caldeiras, suas caractersticas e Funes, Sheld- Steam Its Generation and Use. Babcock.- Heart Transfer Mediums in Closed Systems Factory Insurance Association Chicago, Illinoins, USA.- Safe Furnace Firing American Oil Company Chicago, Illinoins, USA.- NBR 12.177;- NB 227;- NR 13.