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A pesquisa pública: papel e perspectivas GN 101 Sergio Salles

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A pesquisa pública: papel e perspectivas

GN 101

Sergio Salles

Page 2: Aula9 pesquisa publica_gn101

Plano de aula

• Bens públicos, bens privados

• Evolução recente do papel da pesquisa pública

• Pesquisa pública no Brasil – trajetórias dos institutos de pesquisa

Page 3: Aula9 pesquisa publica_gn101

perguntas

• A que tipo de atividade deve se dedicar a pesquisa pública?

• Qual a função da pesquisa pública no processo de inovação?

• Como ela deve se relacionar com empresas?

• qual a divisão de tarefas entre público e privado?

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BENS PÚBLICOS, BENS PRIVADOS

Page 5: Aula9 pesquisa publica_gn101

• Em economia, um bem público é um bem que não pode ou não será produzido pelo interesse privado exatamente porque é difícil (ou impossível) obter retorno pelos benefícios gerados

Economia dos bens públicos

Page 6: Aula9 pesquisa publica_gn101

Economia dos bens públicos

• A questão fundamental seria a da incapacidade de apropriação dos benefícios por parte dos agentes privados em níveis que tornariam o investimento não atraente

• Esta incapacidade de apropriação implicaria o efeito free rider

Page 7: Aula9 pesquisa publica_gn101

Economia dos bens públicos

• Free rider são aqueles que pegam carona no investimento dos outros, auferindo benefícios em proporção maior do que sua participação relativa nos custos

• O problema free rider é o problema de como evitar este tipo de ação (ou pelo menos minimizar seus efeitos)– Formas coercitivas

– Formas alternativas

Page 8: Aula9 pesquisa publica_gn101

RivalidadeExcludabilidade

Page 9: Aula9 pesquisa publica_gn101

– Não rivalidade: o consumo de um não

diminui a possibilidade de consumo por

outro

– Não excludabilidade: uma vez produzido

é impossível (ou muito difícil) evitar que

se tenha acesso a ele

Bens públicos puros têm 2 características básicas:

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Economia dos bens públicos

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

Page 11: Aula9 pesquisa publica_gn101

Sergio Salles Filho

Ciência como bem público?

Page 12: Aula9 pesquisa publica_gn101

A ciência é um bem público?

• O conhecimento científico é exclusivo, ou

apropriável?

– Depende do grau de codificação

– Depende do grau de dependência para com o

contexto

Page 13: Aula9 pesquisa publica_gn101

A ciência é um bem público?

• O conhecimento é não rival, ou seja, o

consumo de um não impede o de outro

– Até que ponto é assim?

Page 14: Aula9 pesquisa publica_gn101

Então...

• Ciência não pode ser definida como um bem

público, não a priori

• Há graus variáveis de apropriabilidade e de

rivalidade que serão resultado:

– Das formas de desenvolvimento

– Dos mecanismos de apropriação

• Portanto: um bem público se define ex-post:

depende das decisões e ações anteriores e

posteriores

Page 15: Aula9 pesquisa publica_gn101

O espaço original da pesquisa pública

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

Page 16: Aula9 pesquisa publica_gn101

O espaço da pesquisa privada com fins de lucro

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

Page 17: Aula9 pesquisa publica_gn101

O espaço da pesquisa privada sem fins de lucro

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

Page 18: Aula9 pesquisa publica_gn101

O espaço atual da pesquisa pública

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

Page 19: Aula9 pesquisa publica_gn101

O espaço atual de competição

Grau de rivalidade Excludabilidade

Não rival Rival

Não exclusivo Bens públicos

típicos Bens quase

públicos

Exclusivo Bens clube - de acesso restrito

Bens privados típicos

ESPAÇO DE COMPETIÇÃO

Page 20: Aula9 pesquisa publica_gn101

Modo 1, modo 2 e a pesquisa pública

• Missões ampliadas das instituições públicas de pesquisa

– Universidades no modo 2

– Institutos de pesquisa no modo 2

– Centros privados sem fins lucrativos no modo 2

– Centros privados com fins lucrativos no modo 2

Page 21: Aula9 pesquisa publica_gn101

PESQUISA PÚBLICA NO BRASIL –TRAJETÓRIAS RECENTES E PERSPECTIVAS

Page 22: Aula9 pesquisa publica_gn101

Marcos da institucionalização da C&T no BrasilI

Vinculação entre economia urbana, economia rural e ciência e tecnologia

Soluções de problemas práticos

1808 Jardim Botânico do Rio de Janeiro

1808 Escola de Cirurgia da Bahia

Academia de Cirurgia e Medicina RJ

1827 Escolas de Direito (São Paulo e Recife)

1885 Museu E. Goeldi

1887 Imperial Estação Agronômica de Campinas (IAC)

1893 I. Bacteriológico (A. Lutz)

1900 Manguinhos

IPT

1901 Escola Agrícola Luiz de Queiroz

Page 23: Aula9 pesquisa publica_gn101

Marcos da institucionalização da C&T no BrasilII

1920 UFRJ (Universidade do Brasil)

1934 USP

1930 -1949

160 IES no Brasil

1948 -1951

CTA - ITA

SBPC

CBPF

CAPES

CNPq

1956 IPEN

1955; 1963

CENAP

CENPES

CNAE (INPE)

Formação universitária superior

Formação da pesquisa universitária

Ampliação dos centros de pesquisa

Institucionalização da política de C&T

Page 24: Aula9 pesquisa publica_gn101

Marcos da institucionalização da C&T no BrasilIII

1961 UNB

1962 FAPESP

1966 UNICAMP

1967 FINEP

1969 FNDCT

1973 -1985

EMBRAPA (73)

PBDCTs I, II e III

CPqD (76)

1985 -1999

Criação MCT (85)

PADCTs

1999 Fundos Setoriais

Expansão do financiamento

Programas governamentais multi-setoriais

Generalização da pesquisa científica

Ambição tecnológica e de inovação

Page 25: Aula9 pesquisa publica_gn101

25

Governo Federal

Governo Federal

Ministério da Ciência e Tecnologia

CNPq FINEP

CNEN AEB

MPEG MAST

INPA ON

CBPF LNA

CETEM CenPRA

IBICT INSA

INT INPE

LNCC LNLS

IMPA RNP

CGEE IDSM

Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento

EMBRAPA

Ministério da Defesa

CTA

IPqM

IME

CTEx

CTMSP

Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior

Inmetro

INPI

Ministério da Educação

CAPES

INEP

Ministério do Meio Ambiente

IBAMA

Instituto Chico Mendes

Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão

IBGE

IPEA

ENAP

Ministério da Saúde

Fiocruz

Legenda

Entidade Vinculada

Organização Social

Page 26: Aula9 pesquisa publica_gn101

26

MCT - Unidades de pesquisa

• Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF

• Centro de Pesquisas Renato Archer - CenPRA

• Centro de Tecnologia Mineral - CETEM

• Inst. Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT

• Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA

• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

• Instituto Nacional de Tecnologia - INT

• Instituto Nacional do Semi-Árido - INSA

• Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA

• Laboratório Nacional de Computação Científica - LNCC

• Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST

• Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG

• Observatório Nacional - ON

Page 27: Aula9 pesquisa publica_gn101

28

Institutos Privados Principais áreas de atuação

– Eletrônica

– TI

– Telecomunicações

– Energia

– Biotec

4.000 pesquisadores (2007) (maioria graduados)

Mais artigos técnicos que patentes

Orçamento anual médio: R$ 350 milhões + outros R$ 300 milhões com os Fundos Setoriais

(Fonte: M. Bergerman, 3a CNCTI, mar 2005 e outros)

Page 28: Aula9 pesquisa publica_gn101

29

ICPs não públicos

• Brisa Sociedade para o Desenv. da TI

• Atlântico

• Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS)

• Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)

• Centro de Est. e Sistemas Avançados do Recife (CESAR)

• CPqD

• Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL)

• Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC)

• Fund. Centro de Referência em Tecn. Inovadoras (CERTI)

• Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC)

• Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (NUTEC)

• Fundação para Inovações Tecnólogicas (FITEC)

• Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDETEC)

• Genius Instituto de Tecnologia

• Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC)

• Instituto de Pesquisa Eldorado

• Instituto Nokia de Tecnologia

• Sapientia

• Venturus Centro de Inovação Tecnológica

• Werner Von Braun Centro de Pesquisas Avançadas

• ....

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Caso Unicamp

Page 30: Aula9 pesquisa publica_gn101

2003 2004 2005 2006

Número total de docentes 1.688 1.736 1.752 1.761

Número de docentes com doutoramento 1.601 1.653 1.673 1.690

Graduação - alunos matriculados 15.001 16.313 17.275 17.275

Pós-graduação - alunos matriculados 14.740 15.393 15.696 22.044

Graduação - alunos formados 1.864 2.089 2.608 2.688

Dissertações de mestrado 1.297 1.200 1.187 1.150

Teses de doutorado 743 739 873 791

Número de publicações indexadas (ISI) 1.760 1.898 2.065 2.112

Tabela 2.1: Indicadores gerais e de desempenho acadêmico

da Unicamp entre 2003 e 2006.

Fonte: Lemos (2008)

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Extra Orçamentário Pesquisa (R$ milhões)

0

50

100

150

200

250

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Mil

lio

ns

Inst. Internacionais

Finep/Fundos

FAPESP

CNPq

CAPES

Empresas Privadas

Empresas Públicas

Orçamento Total da Unicamp em 2006 (ICMS): R$ 931,7 milhões

Fonte: Anuário de Pesquisa da Unicamp, PRP, 2006; apud Lotufo (2008)

Evolução Distribuição Extra-Orçamentária de Pesquisa

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• (Nota)Unidade # licenciamentos patentes• (7) Instituto de Química 8 200• (7) Faculdade de Eng. de Alimentos 5 29• (7) Faculdade de Engenharia Mecânica 4 56• (7) Fac. de Eng. Elét. e de Computação 4 48• (7) Instituto de Biologia 4 25• (5) Faculdade de Ciências Médicas 3 18• (5) Faculdade de Engenharia Agrícola 3 20• (7) Faculdade de Engenharia Química 2 34

• Fonte:http://www.prpg.unicamp.br; apud Lotufo (2008)

Avaliação pós-graduação pela CAPES com Licenciamento

Inovação oriunda da Universidade está relacionada com Qualidade Acadêmica e Científica

Page 33: Aula9 pesquisa publica_gn101

HISTÓRICO DAS INSTITUIÇÕES CRIADAS PELA UNICAMP

Page 34: Aula9 pesquisa publica_gn101

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

julho 1972Criação do Centro de Tecnologia – CT

março 1992Criação do Centro de Qualidade e Certificação da Unicamp – CQC

novembro 1976Criação da Companhia de Desenvolvimento Tecnológico - CODETEC

março 1977Criação da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp - FUNCAMP

julho 1984Criação da Comissão Permanente de Propriedade Industrial - CPPI

julho 1998Extinção da CPPI , ETT , CQC , CIPE , CCT e CEFI -COM com a criação do EDISTEC

outubro 1986Criação do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas , Biológicas e Agrícolas - CPQBA

agosto 1990Criação do Escritório de Transferência de Tecnologia - ETT

março 1992Unicamp associa -se ao Escritório de Integração Universidade -Empresa - UNIEMP

agosto 1994Criação do CEFI -COM

novembro 1994Criação do Centro de Incentivo à Parceria Empresarial - CIPE

novembro 1994Criação do Conselho Tecnológico da Unicamp - CCT

setembro 2001Criação da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - INCAMP

julho 2003Extinção do EDISTEC com a criação da Agência de Inovação da Unicamp – INOVA

(A INCAMP passa a ser subordinada à INOVA )

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Órgão

(fundação)Principais papéis exercidos Avanço na relação U-E

CT

(1972) Prestação de serviços e assistência tecnológica assistência técnica

CODETEC

(1976)

Desenvolvimento e transferência de tecnologia às

empresas nacionais (fábrica de tecnologia)

Incubadora de empresas

Captação de recursos financeiros para desenvolvimento

de pesquisas e projetos

Concebida para desenvolver tecnologias

orientada pela demanda

Primeira incubadora do Brasil

FUNCAMP

(1977)

Administração de recursos provenientes de convênios de

pesquisa e contratos de prestação de serviços

Primeiro órgão da Unicamp a centralizar

a relação com o meio externo

CPPI

(1984)

Apoio aos assuntos concernentes aos direitos de

propriedade industrial (elaboração, registro e

acompanhamento dos pedidos)

Pioneiro na definição e regulação de

uma política de proteção aos direitos de

propriedade industrial na Unicamp

CPQBA

(1986)

Realização de projetos tecnológicos e industriais e

prestação de serviços especializados nas áreas de

Química, Biologia e Agrícola

Pioneiro na Unicamp no suporte à

realização de projetos de P&D

tecnológico e industrial e à prestação de

serviços especializados nas áreas de

Química, Biologia e Agrícola

Page 36: Aula9 pesquisa publica_gn101

ETT

(1990)

Levantamento e divulgação do potencial de

tecnologia da Unicamp, visando à transferência de

produtos e processos e à prestação de serviços

Assessoria jurídica aos pesquisadores para a

formulação de contratos com o setor de produção

Um dos mecanismos pioneiros

no Brasil voltado à interação

sistemática entre a

Universidade e o setor de

produção

CQC

(1992)

Órgão de emissão de certificados de conformidade

às normas de qualidade

CEFI-com

(1994)

Promoção de ações voltadas ao fomento do

comércio internacional

CIPE

(1994)

Captação de demandas de P&D

Incentivo a parcerias com o setor produtivo

Divulgação do conhecimento da Unicamp

Sistematização da relação da

Unicamp com o setor produtivo

divulgação de leis de incentivos

fiscais às empresas

CCT

(1994)

Sugestão de políticas referentes às relações U-E

Orientação às atividades dos demais órgãos de

relação U-E

Page 37: Aula9 pesquisa publica_gn101

EDISTEC

(1998)

Divulgação do conhecimento da Unicamp

Captação de demandas sociais e de P&D

Assessoria aos pesquisadores para a formulação de

contratos ou convênios com o setor de produção

Apoio aos assuntos concernentes aos direitos de

propriedade industrial (elaboração, registro,

acompanhamento dos pedidos e comercialização)

Concepção e Implantação da Incubadora de Empresas

da Unicamp (INCAMP)

Congregação das atividades voltadas à

interação da Unicamp com o setor

produtivo em um mesmo espaço

administrativo

Conscientização e divulgação da

importância das patentes e outras formas

de proteção intelectual aos pesquisadores e

às empresas

Comercialização de patentes

Page 38: Aula9 pesquisa publica_gn101

INOVA

(2003)

Incentivo a parcerias

Divulgação do conhecimento da Unicamp

Apoio técnico na preparação de projetos cooperativos e

obtenção de financiamentos

Assessoria aos pesquisadores para a formulação de

contratos ou convênios com o setor de produção

Estímulo à formação de recursos humanos em parcerias

com outras instituições

Planejamento e implantação do Parque Tecnológico de

Campinas

Apoio e estímulo a novas empresas de base tecnológica

(implantação da pré-incubação)

Apoio aos assuntos concernentes aos direitos de

propriedade intelectual (elaboração, registro,

acompanhamento dos pedidos, comercialização)

Disseminação da cultura da inovação e do

empreendedorismo entre alunos e docentes

Promoção do relacionamento entre as empresas filhas da

Unicamp e do estreitamento da relação dos

empreendedores com a Universidade

Visão sistêmica do processo de

incubação de empresas (implantação da

pré-incubação)

Aproximação e sinergia de ações com as

empresas juniores, divulgando a cultura

de inovação e empreendedorismo

Aproximação e sinergia de ações com as

empresas filhas da Unicamp

Aprimoramento da gestão da

propriedade intelectual (forte ênfase na

comercialização e realização de estudos

de viabilidade técnica e econômica)

Capacitação de alunos na avaliação do

potencial de aplicação mercadológica de

pesquisas e patentes

Fortalecimento da relação com

instituições externas por meio da difusão

das práticas da INOVA e da formação de

recursos humanos

Page 39: Aula9 pesquisa publica_gn101

Licenciamento Diabetes II

Título: “Uso Farmacológico para o Tratamento de Diabetes Mellitus.

Autores: Prof. Lício Augusto Velloso e Cláudio Teodoro de Souza, FCM - Unicamp

Melhor Tese Área Biológicas CAPES 2006

Diferencial: Dupla ação: aumenta a produção de insulina e melhora sua ação em tecidos periféricos

Patente: depositada no INPI em 23mar2005

Licenciada: agosto 2006

Empresa: Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.

Mercado: Previsão 2013 a 2016

Page 40: Aula9 pesquisa publica_gn101

Vantagens:

• Análise em loco (não é preciso enviar para o laboratório) e imediata

• Pode fazer análise do combustível em veículos e na indústria

Sensor para qualidade de combustíveisDescrição:

• Sistema de avaliação de combustíveis por meio de sensores de fibra ótica

• PI 0703260-9

• Inventor: Carlos Kenichi Suzuki, FEM

• Empresa Licenciada: Click Automotiva

• Data de assinatura: dezembro 2007

Page 41: Aula9 pesquisa publica_gn101

Aplicação:

• Tratamento de lesões oculares e síndrome do olho seco

Colírio à base de insulinaDescrição:

• Formulação de medicamento na forma de colírio de insulina

para olho seco

• PI 0401186-4

• Inventores: Eduardo Melani Rocha e Lício Augusto Velloso, FCM

• Empresa Licenciada: Incrementha P,D&I

• Data de Assinatura: maio 2007

Page 42: Aula9 pesquisa publica_gn101

Vantagens:

• material é capaz de absorver corantes, promovendo sua retirada de meios líquidos

• pode ser reutilizado

Tecnologia de tratamento de efluentesDescrição:

• Material poroso bidimensional para a descoloração de efluentes têxteis contendo corantes aniônicos e sua reciclagem

• Inventores: Oswaldo Luiz Alves e Odair Pastor Ferreira; IQ

• PI 0200354-6

• Empresa Licenciada: Contech

• Data de assinatura: setembro 2007

Page 43: Aula9 pesquisa publica_gn101

Vantagens:

• Tecnologia mais barata do que os métodos convencionais

• Reagentes biodegradáveis e não deixam rastro de aplicação

Tecnologia de descontaminação

Descrição:

• Reagente para a Destruição IN-SITU e EX-SITU de Contaminantes Ambientais

• PI 0501652-5 e marcas FENTOX e FENTOX TPH

• Inventores: Wilson Jardim e Juliano de Andrade (IQ)

• Empresa Licenciada: Contech

• Data de assinatura: dezembro 2007

Prof. Wilson Jardim, Instituto de Química

Page 44: Aula9 pesquisa publica_gn101

FILHAS DA UNICAMP (BASEADO NA DISSERTAÇÃO LUCIANO M LEMOS, EX-ALUNO DA E. ELÉTRICA)

Page 45: Aula9 pesquisa publica_gn101

Spin-offs

• Definição usada na dissertação:

• “spin-offs da Unicamp são definidas como empresas que possuem ao menos um dos sócios-fundadoresdentro de uma das seguintes categorias: – (1) alunos ou ex-alunos, de graduação ou pós-graduação;

– (2) professores ou ex-professores;

– (3) funcionários ou ex-funcionários;

– (4) incubadas ou graduadas na Incubadora da Unicamp;

– (5) empreendedores que tenham licenciado tecnologia da Unicamp e esta tecnologia seja parte fundamental da empresa”

Page 46: Aula9 pesquisa publica_gn101

Amostra

• Universo de 150 empresas• Foram obtidas 47 respostas, ou seja, cerca de

31% das empresas retornaram o questionário preenchido

• seis temas de pesquisa– I - Identificação da Empresa– II - Perfil da Empresa– III - Perfil dos Sócios-Fundadores– IV - Perfil dos Colaboradores– V - P&D e Inovação– VI - Relacionamento da Empresa com a Unicamp

Fonte: Lemos (2008)

Page 47: Aula9 pesquisa publica_gn101

Campinas

-SP; 36;

77%

São Paulo -SP; 4; 9%

Indaiatuba -SP; 1; 2%

Itupeva-SP; 1; 2%

Holambra -SP; 1; 2%

Valinhos -SP; 1; 2%

Vinhedo -SP; 1; 2%

Paulínia -SP; 1; 2%

Goiânia -GO; 1; 2%

Localização geográfica das matrizes

Fonte: Lemos (2008)

Page 48: Aula9 pesquisa publica_gn101

Avaliação dos fatores que influenciaram sobre a decisão de localização das empresas

Indústria E

mp

resa

s n

a R

MC

Co

nsi

der

aram

a

loca

liza

ção

pró

xim

a

à U

nic

amp

Existência de

RH

capacitado na

Unicamp

Possibilidade de

realizar P&D

em colaboração

Possibilidade de

obter

informações

para P&D

Possibilidade de

capacitar

continuamente

os

colaboradores

Utilização

das

instalações

da Unicamp

Alimentos 3 0 − − − − −

Biotecnologia 4 4 4,25 4,25 4,25 2,25 3,50

Consultoria em

engenharia 2 1 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00

Consultoria em

gestão 1 0 − − − − −

Eletrônica 7 4 3,75 4,00 4,00 3,75 2,25

Ensino 1 1 4,00 0,00 0,00 1,00 2,00

Máq. e equip. 3 1 4,00 2,00 2,00 2,00 3,00

Química 1 0 − − − − −

TIC 19 15 4,73 3,67 3,67 3,47 2,33

Total 41 26

Média 4,46 3,65 3,65 3,23 2,62

Fonte: Lemos (2008)

Page 49: Aula9 pesquisa publica_gn101

Distribuição das empresas analisadas segundo a CNAE (seção e divisão)

Divisão

Em

pres

as

Setor de atividade

Atividades dos serviços de tecnologia da informação

17 TIC

1 Consult. em gestão

1 Consult. em eng.

1 Biotecnologia

Atividades de consultoria em gestão empresarial 1 Consult. em gestão

1 Consult. em eng.

Serviços de arquitetura e engenharia; testes e análises técnicas

1 Eletrônica

1 Química

1 Biotecnologia

Pesquisa e Desenvolvimento Científico 1 TIC

1 Biotecnologia

Fabricação de produtos alimentícios 3 Alimentos

Fabricação de máquinas e Equipamentos 3 Máq. e equip.

Fabr. de máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 1 Eletrônica

Fabr. de equip. de informática, produtos eletr. e ópticos 3 Eletrônica

Comércio Varejista

4 TIC

2 Eletrônica

1 Máq. e equip.

1 Biotecnologia

Comércio por Atacado 1 Alimentos

Educação 1 Ensino

Fonte: Lemos (2008)

Page 50: Aula9 pesquisa publica_gn101

Formação acadêmica dos colaboradores

Pós-doutores; 4; 0,2%

Doutores; 27; 1,3%

Mestres; 110; 5,5%

Graduados; 959; 47,6% Nível médio;

915; 45,4%

Formação acadêmica dos colaboradores

Page 51: Aula9 pesquisa publica_gn101

Nunca foram incubadas;

25; 53%

Graduadas fora da

Unicamp; 9; 19%

Incubadas fora da Unicamp; 6; 13%

Incubadas na INCAMP;

4; 9%

Graduadas na INCAMP;

3; 6%

Distribuição das empresas entre incubadas, graduadas e não-incubadas

Fonte: Lemos (2008)

Page 52: Aula9 pesquisa publica_gn101

Cursos de graduação dos fundadores

Tota

l d

e

fun

dad

ore

s

Ciê

nci

a d

a

Com

pu

taçã

o

En

g. E

létr

ica

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g. d

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taçã

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En

g. d

e

Ali

men

tos

Ou

tras

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Mate

máti

ca e

esta

tíst

ica

Fís

ica

Ciê

nci

as

Bio

lógic

as

Ou

tros

curs

os

Sem

res

post

a

Total 114 27 21 20 8 11 10 4 3 7 3

Total (%) 100% 24% 18% 18% 7% 10% 9% 4% 3% 6% 3%

Setor de atividades

Alimentos 8 100%

Biotecnologia 13 23% 8% 8% 23% 38%

Consultoria em eng. 7 43% 43% 14%

Consultoria em gestão 3 33% 33% 33%

Eletrônica 14 79% 7% 7% 7%

Ensino 2 50% 50%

Máquinas e equip. 5 20% 80%

Química 2 50% 50%

TIC 60 33% 8% 32% 5% 13% 5% 2% 2%

Curso de graduação dos fundadores distribuídos pelos setores de atividade

Fonte: Lemos (2008)

Page 53: Aula9 pesquisa publica_gn101

Vínculo dos sócios-fundadores com a Unicamp, à época de fundação das

empresas

Vínculo Quantidade (%)

Total 114 100%

Aluno de graduação 17 14,9%

Aluno de pós-graduação 15 13,2%

Ex-aluno 64 56,1%

Professor 4 3,5%

Ex-professor 2 1,8%

Funcionário 2 1,8%

Ex-funcionário 0 0,0%

Incubado INCAMP 6 0,0%

Sem vínculo 4 5,3%Fonte: Lemos (2008)

Page 54: Aula9 pesquisa publica_gn101

Fonte: Lemos (2008)

Tempo de fundação da empresa após

ingresso na universidade (em anos)

Número de

fundadores% do total de fundadores

Total 114 100%

Acima de 30 até 35 3 2,6%

Acima de 25 até 30 8 7,0%

Acima de 20 até 25 8 7,0%

Acima de 15 até 20 13 11,4%

Acima de 10 até 15 16 14,0%

Acima de 5 até 10 40 35,1%

Menos que 5 17 14,9%

Antes da graduação 1 0,9%

Não respondeu 8 7,0%

Page 55: Aula9 pesquisa publica_gn101

Não participaram de empresa junior

84

77%

Sim, como membro15

14%

Sim, como prestador de serviços

10

9%

Participação dos sócios -fundadores em empresas

juniores

Fonte: Lemos (2008)

Page 56: Aula9 pesquisa publica_gn101

Ano

Percentual médio do faturamento

líquido investido em P&D pelas

empresas da amostra

2005 17% - 20%

2006 18% - 21%

2007 18% - 21%

Fonte: Lemos (2008)

Page 57: Aula9 pesquisa publica_gn101

Patente; 55; 17%

Modelo de utilidade; 4; 1%

Marca; 244; 74%

Desenho industrial; 1; 0%

Segredo industrial; 0; 0%

Direito de autor; 5; 2%

Registro de sof tware; 20; 6%

Proteção de cultivares; 0; 0%

Registro ou depósito de PI

Fonte: Lemos (2008)

Page 58: Aula9 pesquisa publica_gn101

.1: Unidades da Unicamp com as quais as empresas já interagiram

Unidades da Unicamp com as quais as empresas já interagiram

Sigla Nome Quantidade de citações

FEEC Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação 16

IC Instituto de Computação 16

IFGW Instituto de Física Gleb Wataghin 6

FEM Faculdade de Engenharia Mecânica 5

FEA Faculdade de Engenharia de Alimentos 5

IMECC Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica 5

FEQ Faculdade de Engenharia Química 3

IQ Instituto de Química 3

INOVA Agência de Inovação da Unicamp 3

IB Instituto de Biologia 2

IG Instituto de Geociências 2

CBMEG Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética 2

FEAGRI Faculdade de Engenharia Agrícola 1

FCM Faculdade de Ciências Médicas 1

FE Faculdade de Educação 1

IEL Instituto de Ensino de Línguas 1

NIPE Núcleo de Planejamento Energético 1

CePOF Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica 1

CCUEC Centro de Computação da Unicamp 1

INCAMP Incubadora da Unicamp 1

EDISTEC Escritório de Difusão e Serviços Tecnológicos 1

FUNCAMP Fundação de Desenvolvimento da Unicamp 1

CT Centro de Tecnologia 1

Total 79

Fonte: Lemos (2008)

Page 59: Aula9 pesquisa publica_gn101

PRÓXIMA SESSÃO: PROPRIEDADE INTELECTUAL

Page 60: Aula9 pesquisa publica_gn101

Graus de liberdade das instituições públicas