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Aulão Brasil CIS

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I TEMA - Agropecuária Brasileira.

Paralelamente ao desenvolvimento industrial urbano do País, a agropecuária passa a desempenhar funções fundamentais para a sociedade, notadamente: fornecer matéria-prima para as indústrias, gerar empregos, fornecer combustíveis, produzir alimentos, gerar divisas cambiais via exportações, entre outras.

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Estrutura Fundiária

A estrutura fundiária é a forma como estão organizadas as propriedades agrárias de um país ou região, isto é, a classificação dos imóveis rurais segundo o número, tamanho e distribuição social.

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•A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.•A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.•A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.•A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.

A origem da péssima distribuição de terras no País está em seu passado colonial de exploração, articulado inicialmente por Portugal. Os primeiros latifúndios foram às capitanias hereditárias, que inseriram o Brasil no sistema colonial mercantilista. Portanto, desde o início, o País mostrava sua tendência latifundiária, notadamente exemplificada pelo sistema de plantation, com a cana-de-açúcar no litoral nordestino.

O grande marco histórico foi a Lei das Terras, de 1850, que praticamente instituiu a propriedade privada da terra no Brasil, determinando que as terras públicas ou devolutas só podiam ser adquiridas por meio de compra favorecendo os abastados proprietários rurais.

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2. Classificação dos Imóveis Rurais

Módulo rural: área explorável que, em determinada

posição do País, é direta e pessoalmente explorada por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas, correspondendo a mil jornadas anuais. A força de trabalho do nível tecnológico adotado naquela posição geográfica e, conforme o tipo de exploração considerado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistência no processo social e econômico. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), é o mínimo de terras que uma família de 4 pessoas necessita para sua manutenção. O módulo rural varia conforme o desenvolvimento da região, sendo menor quanto maior o desenvolvimento.

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•Minifúndio: será todo o imóvel com área explorável inferior ao módulo rural fixado para a respectiva região e tipos de exploração nela ocorrentes.•Empresa rural: Propriedade com área de no máximo 600 módulos rurais, mas que apresenta 50% do espaço ocupado racionalmente.•Latifúndio por dimensão: será todo o imóvel com área superior a 600 vezes o módulo rural médio fixado para a respectiva região e tipos de exploração nelas ocorrente.

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Latifúndio por exploração: será todo o imóvel cuja dimensão não exceda aquela admitida como máxima para empresa rural, tendo área igual ou superior à dimensão do módulo da região, mas que seja mantida inexplorada em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins expeculativos, ou que seja deficiente, ou inadequadamente explorada de modo a vedar-Ihe a classificação como empresa rural.

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Outro aspecto importante do Estatuto da Terra é que, teoricamente, o trabalhador rural ganhou uma proteção legal, representada pelo salário mínimo, férias remuneradas, previdência e 13o salário. Mas, na prática, os fazendeiros “fugiam” dessa mudança, passando a contratar trabalhadores temporários, surgindo a figura do bóia-fria.

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Subutilização do Espaço Rural

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Conflitos no Campo Os conflitos sociais no campo brasileiro

decorrem de um histórico processo de espoliação e expropriação do campesinato. A extrema concentração fundiária demonstra o desprezo do grande capital para com o camponês e é representada pelo número reduzido de proprietários, concentrando imensa área e, por outro lado, um grande número de pequenos proprietários com terras insuficientes para o sustento de suas famílias.

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Personagens Bóia-fria: essa denominação decorre do fato de

tais trabalhadores comerem fria a refeição que levam de casa, pois no local de trabalho não existem instalações para esquentar a comida. O nome correto do trabalhador diarista é volante ou assalariado temporário; ele reside normalmente nas cidades e trabalha no campo, em geral nas colheitas. Esse tipo de trabalhador teve crescimento numérico, devido à mecanização no cultivo de certos produtos, o que diminuiu a necessidade de mão-de-obra no cultivo, mas aumentou na época da colheita.

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Posseiro: indivíduo que se apossa de uma terra que não lhe pertence, geralmente plantando para o sustento familiar.

• Grileiro: indivíduo que falsifica títulos de propriedade, para vendê-los como se fossem autênticos, ou para explorar a terra alheia.

• Parceiros: pessoas que trabalham numa parte das terras de um proprietário, pagando a este com uma parcela da produção que obtêm , ficando com metade (meeiros) ou com a terça parte (terceiros).• Arrendatários: pessoas que arrendam ou alugam a terra e pagam ao proprietário em dinheiro.

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Peões: surgiram na década de 1970, com as fronteiras agrícolas em direção ao norte. São contratados fora da Amazônia, em geral no Nordeste, pelos intermediários (“gatos”), que iludem esses trabalhadores e, por causa de dívida por alimentação nos armazéns dos latifúndios, são escravizados, sendo impedidos de deixar o serviço.

• Morador de Sujeição: trabalhador que cuida de uma propriedade em troca de moradia

• Escravo por Dívida: Trabalhador rural aliciado por gatos, com falsas promessas de emprego e que se tornam endividados

• Gatos: Individuos que contrata ou alicia trabalhadores volantes.

• Jagunço; Segurança de propriedades rurais, matador de aluguel ou feitores rurais.

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Principais Áreas de Conflitos Tocantins e o Pontal do Paranapanema, sendo

retratadas pela mídia, que, muitas vezes, enfatiza a invasão de terras produtivas, omitindo a grilagem na área.

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A resistência ao modelo imposto pelo grande capital tem exemplos alternativos, como as reservas extrativistas na Amazônia. É uma proposta de exploração racional para a preservação da floresta, objetivando a elevação do nível de vida da população local. Os habitantes da floresta resistem subordinados a relações quase servis de trabalho, extraindo o látex e a castanha, por exemplo, sem ter precisado para isso mais do que pequenas clareiras na mata. As reservas ganharam projeção nacional, com a morte de seu grande idealizador, Chico Mendes, sindicalista e seringueiro, executado em 1988.

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II TEMARegionalismo e Divisão Regional

A regionalização do espaço geográfico A divisão regional de um espaço geográfi-co deve apresentar em cada região aspectos que as individualizem e as identifiquem.

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A divisão extra-oficial Ultimamente, uma divisão regional extra oficial vem sendo analisada por geógrafos como sendo mais adaptada à formação histórica e econômica do nosso território, que a divisão oficial do IBGE. Ela foi elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967. Nessa proposta de regionalização, o Brasil está dividido em três grandes complexos regionais, defi-nidos com base em conceitos geo-econômico.

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Nos três grandes complexos: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul, os limites não coincidem com os limites políticos e alguns estados têm suas terras distribuídas em duas regiões.

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III TEMA - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS

Os diversos elementos que compõem a natureza apresentam-se interligados formando um con-junto chamado domínio morfoclimático ou domínio natural. Embora as mudanças no quadro natural ocor-ram lentamente, a natureza tem caráter dinâmico.

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Os limites dos elementos naturais (clima, solo, vegetação, relevo e hidrografia) não coincidem e, por isso, a delimitação dos domínios morfoclimáticos não é muito clara. Nas áreas de contato entre dois domí-nios, as características naturais se misturam, consti-tuindo as faixas ou zonas de transição.

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TEMPERATURAS ELEVADAS

SOLOS POBRES

VEGETAÇÃO HETEROGÊNEA, EM ANDARES

FLORESTA LATIFOLIADA E PERENIFÓLIA

GRANDE RIQUEZA HIDROGRÁFICA

REGIÃO NORTE

DEPRESSÕES, PLANÍCIES E BAIXOS

PLANALTOS

ENORME BIODIVERSIDADE

PEQUENA AMPLITUDE TÉRMICA ANUAL

IGAPÓ, VÁRZEA E TERRA FIRME

PRECIPITAÇÃO ABUNDANTE

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VEGETAÇÃO DE CERRADO

ESTRATOS ARBUSTIVO E HERBÁCEO

SOLOS ÁCIDOS

CLIMA TROPICAL – ÚMIDO/SECO

PECUÁRIA EXTENSIVA

SOJA

PLANALTOS E DEPRESSÕES DO BRASIL CENTRAL

MATAS GALERIAS

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Clima Tropical com chuvas de verão

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MATA ATLÂNTICA

TROPICAL, TROPICAL DE ALTITUDE

DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA DA ROCHA

RELEVO MAIS ACIDENTADO DO PAÍS

DEVASTAÇÃO

PREDOMÍNIO DE ROCHAS CRISTALINAS

MEIAS LARANJAS

LESTE DO PAÍS

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Clima Tropical Sempre-úmido

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SERTÃO DO NORDESTE

CLIMA SEMI-ÁRIDO RIOS INTERMITENTES

GRANDE AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA

SOLOS ESQUELÉTICOS

VEGETAÇÃO XERÓFILA

DESAGREGAÇÃO MECÂNICA DA ROCHA

DEPRESSÃO SERTANEJA E DO S. FRANCISCO

INSELBERGS

BAIXOS ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS

DESERTIFICAÇÃO

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SUL DO PAÍS

CAMPANHA GAÚCHA

PECUÁRIA EXTENSIVA

COXILHAS

VEGETAÇÃO DE CAMPOS

TRIGO E SOJA

DESERTIFICAÇÃO

CLIMA SUBTROPICAL

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 - Mata Atlântica 95%

Desmatamentos, implantação de projetos e estradas, queimadas, erosão dos solos, monocultura, urbanização, e concentração populacional

 -  Cerrado 80 %

Deslocamento da fronteira agrícola e Expansão da agricultura extensiva (como a soja, o milho e o algodão) erosão dos solos, abertura de estradas, implantação de projetos.

- Caatinga 6 0%Salinização dos solos, desertificação, Erosão dos solos, implantação da fruticultura irrigada.

 - Mangues 50% Implantação de empreendimentos hoteleiros e turísticos, aterramentos, abertura de estradas e vias litorâneas

- Floresta Amazônica 15%

Desmatamentos, extração madeireira, agricultura extensiva, deslocamento da fronteira agrícola, queimadas, mineração, aberturas de estradas, implantação de projetos públicos e privados.

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IV TEMA - As massas de ar e suas Influências nos climas do Brasil

As massas de ar definem o regime de chuvas dos climas. Quando a região climática rece-be massas úmidas, ocorrem as chuvas.

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NORTE – CLIMA EQUATORIAL DA CONVERGÊNCIA DOS ALÍSIOS QUENTE E ÚMIDO

LITORAL: TROPICAL LITORÂNEO ÚMIDO – QUENTE, CHUVAS NO OUTONO-INVERNO

SERTÃO DO NORDESTE: TROPICAL SEMI-ÁRIDO PELA AÇÃO

IRREGULAR DAS MASSAS DE AR

CENTRO-OESTE: TROPICAL ALTERNADAMENTE ÚMIDO E

SECOSUL: SUBTROPICAL ÚMIDO, CONTROLADO POR MASSAS

TROPICAIS E POLARES

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V TEMA - Classificações do relevo Brasileiro

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VI TEMA – BACIAS HIDROGRÁFICAS

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IMENSA REDE HIDROGRÁFICA

REDE DE DRENAGEM EXORRÉICA

FOZ EM ESTUÁRIO

RIOS PERENES

RIOS INTERMITENTES: SERTÃO DO NORDESTE

REGIME PLUVIAL

RIOS DE PLANALTO

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TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

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VII TEMA - Movimentos Migratórios Brasileiros

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MIGRAÇÕES NO BRASIL: Externas e Internas

1) O primeiro período (de 1808 a 1850)foi marcado pela chegada da família real, em 1808, o que ocasionou a vinda dos primeiros casais de imigrantes açorianos para serem proprietários de terras no país. Devido ao receio do europeu de fixar-se num país de economia colonial e escravocrata, nesse período houve uma imigração muito pequena.

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2) O segundo período (de 1850 a 1934)foi marcado pela proibição do tráfico de escravos. Foi a época mais importante para a nossa imigração, devido ao grande crescimento da atividade monocultora (café) e aos incentivos governamentais dados ao imigrante. Em 1888, com a abolição da escravidão, estimulou-se ainda mais o fluxo imigratório, tendo o Brasil recebido, nessa época, praticamente 80% dos imigrantes entrados no país.

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3) O terceiro período (de 1934 até os dias de hoje) é caracterizado por uma sensível redução na imigração, devido, inicialmente, à crise econômica de 1929, ocasionada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, com o conseqüente abalo da cafeicultura brasileira. Além disso, contribuiu também a crise política interna no país, decorrente da Revolução de 1930, e a criação de uma lei sobre imigração, através da Constituição de 1934. Essa lei restringia a entrada de imigrantes, estipulando que, anualmente não poderia entrar no país mais que 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade entrados nos últimos 50 anos. Determinava ainda que 80% dos imigrantes deveriam dedicar-se à agricultura.

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MIGRAÇÕES INTERNAS

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