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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 13 Contestação e outras matérias de defesa. Contestação e Reconvenção

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

AULAS 13

Contestação e outras matérias de defesa.

Contestação e Reconvenção

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. Audiência de conciliação ou de mediação

A audiência de conciliação ou de mediação deve

ser marcada com antecedência mínima de 30 (trinta)

dias, devendo o réu ser citado com pelo menos 20

(vinte) dias de antecedência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A pergunta que se faz é se a audiência de

conciliação ou de mediação é obrigatória?

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 334, § 4º, do CPC

A audiência não será realizada nos seguintes

casos:

a) Autor e réu manifestam, expressamente,

desinteresse pela conciliação.

b) Nos litígios que versam sobre direitos

indisponíveis.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O autor deverá indicar, na petição inicial, seu

desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo,

por petição, apresentada com 10 (dez) dias de

antecedência, contados da data da audiência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

E se o autor quiser a audiência de conciliação ou

de mediação e o réu não quiser, ou vice-versa? A

audiência será realizada?

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ENFAM N. 61

Somente a recusa expressa de ambas as partes

impedirá a realização da audiência de conciliação ou

mediação prevista no art. 334 do CPC/2015, não sendo a

manifestação de desinteresse externada por uma das

partes justificativa para afastar a multa de que trata o art.

334, § 8º.

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ENFAM N. 35

Além das situações em que a flexibilização do

procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015,

pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito,

adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as

garantias fundamentais do processo.

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PROCESSO CIVIL. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. NULIDADE.

INOCORRÊNCIA. 1. Não se vislumbra violação ao art. 334 do

CPC/2015, pois a parte autora manifestou expressamente que não

tinha interesse em tal, quando da sua petição inicial, ainda que

assim não o fosse, as partes poderiam compor a qualquer tempo,

inclusive em sede de segunda instância, contudo, não o fizeram,

sendo que a parte autora afirmou em suas contrarrazões que não

possui qualquer interesse na conciliação, e nem em conceder prazo

suplementar para quitação. Apelação nº 1004468-86.2016.8.26.0597 -

DIGITAL - Tribunal de Justiça de São Paulo.

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Superior Tribunal de Justiça

2. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que,

"Havendo julgamento antecipado da lide (CPC, art. 330),

não há nulidade do processo por ausência da audiência

de conciliação prevista no art. 331, CPC" (AgRg no REsp

736.550/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,

QUARTA TURMA, julgado em 17/5/2011, DJe de

24/5/2011).

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O juiz marcará a audiência de conciliação ou de

mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,

devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias

de antecedência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O não comparecimento injustificado do autor ou

do réu à audiência de conciliação é considerado ato

atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com

multa de até dois por cento da vantagem econômica

pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da

União ou do Estado.

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As partes devem estar acompanhadas por seus

advogados. O advogado precisa ter poderes na

procuração “ad judicia” para transigir.

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As partes podem constituir representante, por

meio de procuração específica, com poderes para

negociar ou transigir.

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A autocomposição será reduzida a termo e

homologada por sentença.

Art. 487, III, “b”, CPC

Haverá resolução de mérito quando o juiz:

III – homologar:

b) transação.

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Conceito de contestação

A contestação é a peça de defesa apresentada pelo

réu para se opor ao pedido formulado pelo autor na

petição inicial.

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2. Características da contestação

A contestação tem de impugnar ponto a ponto as

argumentações do autor.

A contestação é uma antítese da petição inicial.

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Antítese consiste na exposição de ideias opostas.

1. A impugnação genérica gera revelia quanto à

matéria de fato. Apelação n.º 1038754-09.2015.8.26.0506 - Tribunal

de Justiça de São Paulo.

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2. Matéria não deduzida na contestação,

constituindo inovação recursal, é insuscetível de

apreciação, pena de supressão de instância.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

Apelação: 0090710339565APC (0003721-55.2009.8.07.0007 )

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ATENÇÃO:

O curador especial pode elaborar uma

contestação genérica, ou seja, por negativa geral, pois

se trata de uma prerrogativa do cargo.

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Recurso de Apelação n. 70072291115

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OBSERVAÇÃO

O curador especial (advogado ou defensor

público) atuam a favor dos réus que foram citados por

edital. Isso significa que eles estão desaparecidos, e

seus defensores não tiveram a oportunidade de

entrevistá-los pessoalmente.

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Art. 335 do CPC

O réu poderá oferecer contestação, por petição, no

prazo de 15 (quinze) dias.

Obs.: A contestação deve vir acompanhada da procuração

“ad judicia” e dos documentos referentes a defesa.

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Contagem do prazo para apresentação da

contestação

1. Após a audiência de conciliação ou de

mediação.

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2. Do protocolo do pedido de cancelamento da

audiência de conciliação ou de mediação apresentado

pelo réu no prazo de dez dias de antecedência da

audiência.

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3. Data da juntada aos autos do aviso de

recebimento, quando a citação for pelo correio, e não

houver audiência de conciliação ou de mediação.

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4. Quando a citação for feita pelo oficial de

justiça, conta-se da data da juntada do mandado de

citação nos autos do processo.

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5. Quando a citação for eletrônica, o prazo

começa a fluir no dia seguinte à consulta do teor da

citação.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ATENÇÃO:

Quando houver dois ou mais réus, a data para

apresentar a contestação tem início quando todos os

réus forem citados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ATENÇÃO

Se houver vários réus (litisconsórcio passivo), e todos

eles não optarem pela audiência de conciliação ou de mediação, o

prazo para a contestação começa a fluir para cada um deles a

partir da apresentação do seu respectivo pedido de cancelamento

da audiência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 336 do CPC

Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a

matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito

com que impugna o pedido do autor e especificando as

provas que pretende produzir.

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Art. 337 do CPC

Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

Nesse caso, trata-se das PRELIMINARES

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I - inexistência ou nulidade da citação:

Nessa caso a citação não existiu ou se existiu foi

nula. Por exemplo: na ação usucapião é obrigatória a

citação dos confinantes. A ausência de citação induz

nulidade e desconstituição da sentença.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Nulidade de citação: A citação por edital da parte

demandada somente pode substituir a pessoal na

hipótese de ocorrer o exaurimento dos meios existentes,

à disposição da parte autora, para a localização daquela.

Não havendo este esgotamento, revela-se nula a citação

por edital.

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II - incompetência absoluta e relativa:

Dá-se a incompetência absoluta em razão da

matéria e da função. Pode ser alegada a qualquer tempo

e grau de jurisdição e, também, de ofício. A relativa

opera-se em razão do lugar e do valor da causa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

III - incorreção do valor da causa:

O autor deve indicar o valor da causa na inicial, no

entanto, se a indicação houver incorreção, o réu deve

impugná-lo sob pena de se convalidar o valor dado à

causa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

IV – Inépcia da petição inicial:

Dar-se-á a inépcia da inicial, quando ela não

preencher os requisitos do art. 330, § 1º, I a IV, do CPC,

ou apresentar os defeitos indicados no art. 330 do CPC.

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V – Perempção:

Entendemos por perempção a extinção do processo sem que

o juiz tenha resolvido o mérito, por culpa do autor, porque deixou de

praticar ato processual que lhe competia, durante período de tempo

superior a 30 (trinta) dias, caracterizando abandono da causa

(extinção do processo sem resolução de mérito); ou, porque

abandonou a causa, deixando-a extinguir por três vezes. Assim, o

autor estará impedido de ajuizar a mesma demanda pela quarta vez.

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VI – litispendência: esta palavra origina-se do latim litis que

significa litígio, e a palavra pendência. Inferimos, portanto,

que litispendência é litígio em andamento. Ocorre a

litispendência quando houver duas ou mais ações judiciais

propostas que apresentam as mesmas partes, o mesmo

pedido e a mesma causa de pedir. A consequência jurídica

do acolhimento da litispendência é a extinção do processo

sem resolução de mérito;

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VII - coisa julgada:

Trata-se da reprodução de ação anteriormente

ajuizada e decidida por sentença; a coisa julgada ocorre quando o

autor repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba

mais recurso. O art. 502 do CPC explica que a coisa julgada material

a sentença que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito de

uma ação não mais sujeita a recurso. Neste caso o juiz não resolverá

o mérito do processo, extinguindo-o sem resolução de mérito.

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VIII – conexão:

Trata-se da existência de dois processos que

apresentam o mesmo pedido ou a mesma causa de pedir.

As partes são diferentes. É uma defesa dilatória e visa à

reunião de dois ou mais processos para julgá-los em

conjunto, diante do juízo prevento, evitando decisões

conflitantes entre si.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou

falta de autorização:

Quando alguém ingressa com uma ação ordinária,

precisa ter capacidade para ser parte, isto é, aptidão para

ingressar pessoalmente em juízo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O mesmo ocorre no caso da representação ou autorização.

Para o autor iniciar uma demanda judicial, ele precisa estar

representado por procurador ou advogado legalmente habilitado,

ou deve ter autorização do cônjuge nos casos exigidos por lei.

Estes três institutos referem-se aos pressupostos de

desenvolvimento válido e regular do processo e ensejam a

extinção do feito sem resolução de mérito se tais vícios não forem

sanados no prazo fixado pelo juiz.

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X - convenção de arbitragem:

Foi instituída pela Lei nº. 9.307/96. A arbitragem

permite solucionar conflito de interesses estabelecido

entre as partes sem que a questão seja submetida ao

Poder Judiciário. As pessoas têm liberdade de decidir

que problemas originários da interpretação e

descumprimento contratual serão levados ao

conhecimento de um árbitro e por ele decididos.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual:

para figurar na ação, a parte deve ter legitimidade ou

interesse da demanda.

Isso significa que o bem pleiteado deve pertencer

efetivamente à parte demandante. Caso contrário, o

processo será extinto sem resolução de mérito. Extingue-

se o processo sem resolução de mérito.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige

como preliminar: l) falta de caução ou outra prestação:

Neste caso, a caução ou outra prestação

funcionam como um meio idôneo para a existência do

processo. Se não houver a prestação da caução ou outra

prestação idônea, o feito será extinto sem resolução do

mérito.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de

justiça:

O autor que não pode arcar com as despesas e

custas processuais faz jus aos benefícios da justiça

gratuita. Deverá comprovar por meio de documento que

é pessoa pobre na acepção jurídica do termo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 337, § 6º, do CPC

Excetuadas a convenção de arbitragem e a

incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das

matérias enumeradas neste artigo.

Súmula 33 do STJ: “A incompetência relativa não pode

ser declarada de ofício.”

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Alegando o réu, na contestação, ser parte

ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo

invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a

alteração da petição inicial para substituição do réu.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Quando o réu alegar que é parte ilegítima, deverá

indicar quem deverá figurar no polo passivo da demanda

sob pena de arcar com as despesas processuais.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Se o autor aceitar a indicação deverá, no prazo de

15 (quinze) dias, alterar o polo passivo da ação, alterando

a petição inicial para a substituição do réu.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A legitimidade ad causam deve ser examinada sob

o prisma da teoria da asserção.

O que é a teoria da asserção?

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

“A legitimidade ativa ad causam é uma das

condições da ação. Sua aferição, em conformidade com

a teoria da asserção, a qual tem prevalecido no STJ,

deve ocorrer in status assertionis, ou seja, à luz das

afirmações do demandante.” (AgRg no AREsp 205.533/SP, Rel.

Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma,DJe 8/10/2012; AgRg

no AREsp 53.146/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe

5/3/2012; REsp 1.125.128/RJ, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira

Turma, DJe 18/9/2012

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A teoria da asserção está ligada às condições da

ação, visto que o juiz de direito deverá analisar as

condições da ação no momento da distribuição da

petição inicial, inclusive a legitimidade do polo passivo

da demanda.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 340 do CPC

Havendo alegação de incompetência relativa ou

absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro

de domicílio do réu, fato que será imediatamente

comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por

meio eletrônico.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O réu deve manifestar-se precisamente sobre as

alegações de fato constantes da petição inicial,

presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, exceto

nos seguintes casos:

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I - não for admissível, a seu respeito, a confissão:

São os casos de direitos indisponíveis como, por

exemplo, aqueles referentes à personalidade. Uma

pessoa não pode vender um órgão do seu corpo, embora

ele lhe pertença. Aplica-se também o caso de direito

indisponível nas ações de alimentos. (Outros exemplos:

divórcio, reconhecimento de paternidade etc.)

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I - Tratando-se de demanda que envolve direito indisponível

(alimentos de filho menor), nada obstante a ausência de resposta do

réu, não incide o efeito da revelia de presunção dos fatos como

verdadeiros. A fixação dos alimentos, assim, mesmo quando inerte o

genitor requerido, será fruto de juízo norteado pelo binômio

necessidade-possibilidade, que recairá sobre os elementos de prova

constantes nos autos. Não há falar, portanto, em automático

acolhimento da pretensão alimentar deduzida, persistindo o ônus da

parte autora de demonstrar os fatos que alega. Processo: 0014564-

27.2013.8.24.0020 (Acórdão) - Tribunal de Justiça de Santa Catarina

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

II - a petição inicial não estiver acompanhada de

instrumento que a lei considerar da substância do ato:

A norma está de conformidade com aquela

indicada no artigo 406 do Código Processo Civil que

registra o seguinte: “Quando a lei exigir instrumento

público como da substância do ato, nenhuma outra

prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a

falta”.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Demanda que versa sobre propriedade do terreno

(ação reivindicatória) a petição inicial deverá vir com

instrumento público que comprove a propriedade do

terreno.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

III - estiverem em contradição com a defesa, considerada

em seu conjunto:

Acontece essa situação jurídica, quando o autor desenvolve

uma série de fatos na petição inicial e o réu impugna diretamente

apenas alguns, porém da impugnação destes surge, ainda que

implicitamente, a rejeição dos demais, por incompatibilidade lógica

entre o que foi arguido e os acontecimentos não apreciados pelo

réu.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Depois da contestação, o réu somente poderá

deduzir novas alegações quando:

a) Relativas ao direito superveniente: direito

superveniente: Pelo termo “superveniente” entende-se

o surgimento um novo direito para o autor que ocorre

posteriormente à contestação.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

b) Reconhecimento de ofício pelo juiz: as objeções

processuais, defesas que digam respeito à matéria de ordem

pública.

Exemplo: prescrição e decadência.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

c) Por expressa autorização legal, puderem ser

formuladas em qualquer tempo e juízo: essa hipótese

coincide com a anterior, em parte, porque a matéria que o

réu pode alegar, por autorização legal, são as de ordem

pública, não sujeitas à preclusão.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A defesa material ou de mérito classifica-se em:

a) defesa de mérito de forma direta: o réu resiste

diretamente ao fato constitutivo ou ao direito alegado pelo

autor. Este deve comprovar a veracidade dos fatos

alegados.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

b) defesa de mérito de forma indireta: reconhecimento pelo

réu da existência de fato jurídico alegado pelo autor, mas

com a apresentação de um fato novo que modifica, impede

ou extingue o direito do autor.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

RECONVENÇÃO – Art. 343 do CPC

Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para

manifestar pretensão própria, conexa com a ação

principal ou com o fundamento da defesa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A reconvenção será proposta na própria

contestação. Em razão disso, o autor será intimado para

se manifestar sobre a contestação e a reconvenção.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Não se esqueça de dar valor à causa na

reconvenção.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A extinção da ação não obsta o prosseguimento

da reconvenção.