Upload
hugo-guimaraes
View
15
Download
3
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Inflamação e Reparo
Citation preview
Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira
Resposta fisiopatológica caracterizada por eventos sucessivos, secundária a uma lesão tecidual
Resposta protetora do organismo à lesão por trauma tecidual de origem física, química ou biológica, que
apresenta os mesmos sinais e sintomas, independente de onde ocorra ou da natureza do
agente agressor.
Após uma lesão, é necessária e desejável (dentro dos limites normais) para o reparo do tecido lesado
Causas das lesões: Traumas (micro ou macrotraumas),
doenças (ex: câncer, doenças reumáticas, auto-imunes, etc.)
As sequelas dependem da fonte e do local da lesão, do estado de homeostasia local e se a lesão é aguda ou crônica
Lesões microtraumáticas: lesões por esforço repetitivo, “overuse”. Caráter insidioso.
Ex.: Tendinopatias, “LER/DORT”.
Lesões macrotraumáticas: trauma agudo. Ex: fraturas, luxações, subluxações, entorses,
distensões e contusões, cirurgias.
Apresenta 5 sinais clássicos (Flogísticos ou Cardinais): CALOR, RUBOR, EDEMA (TUMOR), DOR e PERDA DE FUNÇÃO
sinais mais intensos nas lesões macrotraumáticas
0,1 0,3 1 3-5 15-21 30...
AGRESSÃO PATOLÓGICA
FASE REATIVA/INFLAMATÓRIA
Vasoconstrição
Vasodilatação
Formação de coágulo
Fagocitose
FASE FIBROBLÁSTICA/ PROLIFERATIA
Epitelização
Produção de Colágeno Fibroblastos
Contratura da ferida
Neovascularização
FASE DE MATURAÇÃO/ REMODELAGEM
Equilíbrio na síntese de colágeno
Orientação das fibras de colágeno
Lesão cicatrizada
Fase Inflamatória
Início imediato após a lesão, dura 2-4 dias
Lesão tecidual causa liberação de mediadores químicos pró-inflamatórios (desencadeiam resposta):
• histamina: liberada por mastócitos lesados, ↑ permeabilidade vascular • leucotaxina: marginação dos leucócitos, ↑ permeabilidade vascular • necrosina: atividade fagocítica
Sinais flogísticos bem evidentes, dor antes da restrição mecânica, ao repouso Migração de células fagocíticas para tecido lesado Início da atividade fagocítica Efeitos vasculares locais:
• espasmo vascular (vasoconstricção: 5-10 min) • formação de tampão plaquetário • coagulação sanguínea (12 a 48 h após lesão) • início do crescimento do tecido fibroso
Possibilidade de lesão secundária (hipóxica) Medidas objetivam prevenir danos secundários, minimizar duração da fase reativa, e redução dos sinais inflamatórios (dor, edema, calor, rubor, perda de função)
Proliferação fibrilar ou fibroplasia: formação de cicatriz
Inicia nas primeiras horas e pode durar até 4-6 semanas
Diminuição progressiva dos sinais flogísticos, dor junto com restrição mecânica do tecido
Alguma dor normalmente presente associada a eventos mecânicos (estresse local)
Neoangiogênese (Hemáicas: suprimento de O2 e nutrientes para tecido em reparo)
Formação do tecido de granulação: • Inicia com degradação do coágulo de fibrina • Fibroblastos, colágeno, capilares • Preenchimento de espaços
o início da síntese de fibras reticulares - colágeno (deposição aleatória no tecido); o fibras elásticas – elastina; o além dos componentes da SFA (proteoglicanas e glicosaminoglicanas) – Barreira
de proteção patogência • Com o aumento da síntese de colágeno e aumento da força tecidual,
diminui-se o número de fibroblastos: fim da fase de reparo • Força tecidual mínima
Ocasionalmente a resposta inflamatória pode perdurar causando fibroplasia extensa e fibrogênese excessiva: formação de tecido fibrótico (indesejável)
(http://patomulher.blogspot.com/2010/06/reparo-tecidual.html)
Remodelagem do tecido Realizada a longo prazo (meses ou anos) Alinhamento das fibras de colágeno Maturação do colágeno Tecido reassume gradualmente aparência e função normais (raramente força original atingida) Dor raramente presente, normalmente após a restrição mecânica do tecido (dor associada à remodelagem tecidual)
EVENTOS CELULARES
ENTRADA DE AMINOÁCIDOS NA CÉLULA
SÍNTESE DO TROPOCOLÁGENO
PASSAGEM PARA FORA DA CÉLULA
FORMAÇÃO DAS FIBRILAS (AGREGAÇÃO DO TROPOCOLÁGENO)
FORMAÇÃO DAS FIBRAS
(AGREGAÇÃO DAS FIBRILAS)
Tecidos moles: Tendões Ligamentos Músculos e Fáscias Cápsulas Vasos Sanguíneos Nervos
Tecido Ósseo: células adaptadas
Principal fonte de dor e
limitações
TECIDO CONECTIVO
PERDA FUNCIONAL
Constituição:
Glicosaminoglicans (GAG) Água
Função definida pela sua natureza biológica e mecânica
{ Substância Fundamental
Amorfa
“Células especializadas em receber carga”
•Defesa •Proteção •Preenchimento •Armazenamento •Transporte •Ligação •Reparo •Suporte geral
Proteína com 3 cadeias de aminoácidos enrolados em uma hélice tripla Grande força de tração Pequeno grau de extensibilidade (capacidade de alongar-se além do comprimento de repouso)
Tipos Tipo I: Maior força mecânica (fibras e feixes muito resistentes) tendões, ligamentos, cápsulas, ossos Tipo II: Receber pressões. Cartilagens Tipo III: Colágeno imaturo. Cicatrização. Menor força tênsil
importante nos ligamentos e tendões
Fatores que contribuem à lesão: Tipo, tamanho e localização da lesão Infecção Suprimento Vascular Movimentação inadequada Processos degenerativos - IDADE Cirurgias recentes (período de cicatrização) Cirurgias prévias Fatores constitucionais (hereditários, congênitos) Aspectos nutricionais Doenças associadas (diabetes, hipertensão, enfisema) Capacidade de absorver carga Sobrecarga - Repouso inadequado Cansaço - Fadiga Estresse
Mudanças físicas e bioquímicas Perda da elasticidade
Desgaste Calcificação
RIGIDEZ
Efeitos do Envelhecimento
Nutrientes: má-nutrição é importante fator de interferência na cicarização, especialmente em idosos. -Hipoproteinemia: retardo na cicatrização, inibição da angiogênese, da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem do colágeno.
Hipóxia: encontrada em indivíduos anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas ou com hematoma e suturas sob tensão.
Diabetes: neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbios metabólicos. - a ativação reduzida das células inflamatórias resulta em menor eficiência na destruição das bactérias.
Infecção: a contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na cicatrização.
Drogas e outros fatores: - Corticosteróides: inibem a migração de macrófagos, a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz proteica. - Irradiação local: reduz população de fibroblastos e reduz potencial proliferativo de reparo.
Relacionada à manutenção do evento traumatizante (agente nocivo) durante o processo de reparo; Diferente da fase crônica da inflamação classicamente descrita (que equivale à remodelação).
Relacionada à manutenção do evento traumatizante (agente agressor) durante o processo de reparo;
Associada a microtraumas cumulativos e esforços repetitivos;
Diferente da fase crônica da inflamação classicamente descrita (que equivale à remodelação).
Matriz frouxa de tecido conectivo altamente vascularizada e inervada;
Desbalanceamento entre síntese e degradação?;
Exige eliminação do fator estressante primário (agente agressor);
Tratamento difícil.
Conceito de reatividade ou irritabilidade
Estado de um tecido caracterizado por sua resposta a um estresse ao qual é submetido.
O grau de reatividade/irritabilidade é influenciado pelo estado de inflamação e determina o estresse
tecidual a ser aplicado.
Variáveis que caracterizam a reatividade? Intensidade de sintomas em repouso? Tipo de atividade que desencadeia os sintomas? Tempo necessário para desencadear sintomas? Intensidade dos sintomas desencadeados? Tempo necessário para reduzir sintomas a níveis iniciais após cessar atividade?
Sintomas dor constante, mesmo ao repouso, atividade física exacerba
dor intermitente, certas atividades ou posturas exacerbam sintomas mas melhoram com repouso
dor presente apenas em certas atividades ou posturas, melhora com repouso
Sinais qualquer movimento dói, dor é principal causa de ↓ ADM, sintomas permanecem longo tempo
movimentos ativos com desconforto, ADM ↓ por dor e rigidez, é necessário movimento para gerar sintomas.
Rigidez é principal causa de ↓ ADM, dor no final da ADM disponível, sem sintomas ao repouso, mesmo após movimentação
Inflamação
FASE REATIVA
FASE
FIBROBLÁSTICA
FASE DE MATURAÇÃO
(Modificado de Ladeira e Magee, 1998)
Reatividade
Alta
Média
Baixa