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CURSO ON-LINE - AFO PARA TSE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE PROFESSOR: SÉRGIO MENDES Aula 5 RECEITA PUBLICA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para atingir uma meta. Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido — faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados. Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto da Simplus, com adaptações). Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública. A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto). Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções, etc. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br 1

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Aula 5

RECEITA PUBLICA

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para atingir uma meta.

Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio.

Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido — faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados.

Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto da Simplus, com adaptações).

Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública.

A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto).

Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções, etc.

Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior.

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Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais, etc.

No processo orçamentário, é notável a relevância da Receita Pública, cuja previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a Despesa Pública e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da execução orçamentária da despesa.

A Receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública, como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o estabelecimento de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade.

O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo controle social sobre as Contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento das Receitas Públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários.

As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, desse modo, sobre o direcionamento político da ação governamental.

Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte, trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos bastante do que está previsto no atual MCASP, no atual MTO e nas Portarias que regem as classificações.

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1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA

As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita:

• 1.° Nível: Categoria Econômica • 2.° Nível: Origem • 3.° Nível: Espécie • 4.° Nível: Rubrica • 5.° Nível: Alínea • 6.° Nível: Subalínea

X Y Z W TT KK

Categoria Econômica

Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea

1.° nível - Categoria econômica da receita

Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). É codificada e subdividida da seguinte forma: 1. Receitas Correntes; 2. Receitas de Capital; 7. Receitas Correntes Intraorçamentárias; 8. Receitas de Capital Intraorçamentárias.

Vamos a elas: Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio - Patrimonial; da exploração de atividades econômicas -Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes - Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores -Outras Receitas Correntes.

Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital

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e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente. Em geral, essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros).

O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do Orçamento Corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, ao final de 2010, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8,0 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital.

Receitas Intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria Interministerial STN/SOF n.° 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de aplicação "91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social".

As novas naturezas de receita intraorçamentárias são constituídas substituindo-se o 1.° nível (categoria econômica "1" ou "2") pelos dígitos "7", se receita corrente intraorçamentária, e "8", se receita de capital intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação. Por exemplo, o IPTU pago por uma empresa estatal dependente de um município será classificado na conta 7112.02.00 - IPTU (receita intraorçamentária). O código a ser usado para registro do IPTU dos contribuintes que não sejam participantes do orçamento fiscal do município permanece 1112.02.00.

Importante destacar que as classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas.

Caiu na prova:

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1) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

As receitas intraorçamentárias têm a função de se contrapor às despesas intraorçamentárias para se anularem e evitar a dupla contagem. São oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. Resposta: Certa

2.° nível - Origem

É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a origem das receitas, no momento em que estas ingressam no patrimônio público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital.

Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são:

QUADRO: ORIGENS DAS RECEITAS

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes

1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital

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2.1 Origens das receitas correntes

2.1.1 Receitas tributárias

Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3.° do Código Tributário Nacional - CTN: Art. 3.° Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação.

O art. 5.° do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias:

• Imposto: conforme o art. 16, "imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte". Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

• Taxa: de acordo com o art. 77, "as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição". As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

• Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, "a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado".

Caiu na prova: 2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Uma das modalidades de receita pública é o imposto, que constitui contraprestação específica do Estado ao cidadão.

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O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Já as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Logo, é a taxa que exige contraprestação específica do Estado ao cidadão. Resposta: Errada

2.1.2 Receitas de contribuições

As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Exemplos: Contribuição para o Salário-Educação, Contribuições sobre a Receita de Concursos de Prognósticos (loterias), Contribuição para o Fundo de Saúde das Forças Armadas, etc. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte forma:

• Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social.

• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. Exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego.

• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos profissionais como, por exemplo, a OAB, o CREA, o CRM e assim por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais autônomos prestados no interesse das categorias, como o SESI, o SESC e o SENAI.

Atenção: para efeitos de classificação orçamentária, a contribuição de melhoria é receita tributária e as demais contribuições são receitas de contribuições.

Caiu na prova: 3) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Considere que a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) tenha aumentado durante o último exercício financeiro da União.

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Nesse caso, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita tributária da União no último ano.

Se houve aumento da arrecadação de uma contribuição social durante o último exercício financeiro da União, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita de contribuições e não da receita tributária. Resposta: Errada

2.1.3 Demais origens

• Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados.

• Receita Agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos.

• Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

• Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços.

• Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.

• Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições, etc.

Caiu na prova:

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4) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita patrimonial é considerada receita corrente.

A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. A origem receita patrimonial compõe a categoria econômica das receitas correntes. Resposta: Certa

2.2 Origens das receitas de capital

• Operações de Crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos, obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios também são classificados como operações de crédito.

• Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público, etc.

• Amortização de Empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.

• Transferências de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.

• Outras Receitas de Capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco central e remuneração das disponibilidades do tesouro.

Atenção: vale destacar a diferença entre Transferência Corrente e Transferência de Capital. O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será transferência corrente.

Caiu na prova: 5) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Se a União recebe recursos para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser classificado como receita corrente, no agrupamento correspondente à receita patrimonial.

A origem amortização de empréstimos, que compõe a categoria econômica das receitas de capital, corresponde ao ingresso referente ao recebimento de

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parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos. Logo, se a União recebe recursos para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser classificado como receita de capital, no agrupamento correspondente à receita de amortização de empréstimos. Resposta: Errada

3.° nível - Espécie

É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais.

4.° nível - Rubrica

É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si.

5.° nível - Alínea

Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros.

6.° nível - Subalínea

Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea.

Detalhamento de código

Para atender às necessidades internas, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do nível ainda não detalhado, sendo que se o detalhamento ocorrer no nível de alínea (5.° e 6.° dígitos) ou subalínea (7.° e 8.° dígitos), deverá ser a partir do 51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União. Poderá haver um 7.° nível (9.° e 10.° dígitos), denominado de detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente.

Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita: 1112.04.10

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1 - Categoria Econômica: Receitas Correntes 1 - Origem: Receitas Tributárias 1 - Espécie: Impostos 2 - Rubrica: Impostos sobre o Patrimônio e a Renda 04 - Alínea: Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza 10 - Subalínea: Pessoas Físicas Detalhamento de código: não há.

2. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES

É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa.

A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.

1.° DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 - Recursos do Tesouro - Exercício Corrente

2 - Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente

3 - Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores

6 - Recursos de Outras Fontes - Exercícios Anteriores

9 - Recursos Condicionados

Definições: • Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo

Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo.

• Recursos de Outras Fontes: são aqueles arrecadados e controlados de

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forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio.

• Exercício Corrente e Exercícios Anteriores: corresponde à segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles arrecadados em exercícios anteriores, informação importante já que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8.° da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das destinações de recursos.

• Recursos Condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e definitivas.

Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito.

Exemplos de fontes: • Fonte 100: Recursos do Tesouro - Exercício Corrente (1); Recursos

Ordinários (00); • Fonte 152: Recursos do Tesouro - Exercício Corrente (1); Resultado do

Banco Central (52); • Fonte 150: Recursos do Tesouro - Exercício Corrente (1); Recursos

Próprios Não Financeiros (50); • Fonte 250: Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente (2); Recursos

Próprios Não Financeiros (50); • Fonte 300: Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores (3); e Recursos

Ordinários (00).

O MCASP traz algumas observações importantes: • Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de

destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária.

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• A destinação de recursos é o processo pelo qual os recursos públicos são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.

• O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.

• Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa.

• Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas.

• Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.

Caiu na prova: 6) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O código de classificação de fontes de recursos é composto por três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O indicador de grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.

A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é originário do Tesouro Nacional ou de outras fontes e se pertence ao exercício corrente ou não. Resposta: Certa

3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

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A receita é classificada, ainda, como Primária (P) quando seu valor é incluído na apuração do Resultado Primário no conceito acima da linha, e Não Primária ou Financeira (F) quando não é incluída nesse cálculo. As receitas financeiras surgiram com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional - FMI. Desse modo, passou-se a denominar como Receitas Financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de privatizações, entre outras. Outro bom exemplo são as receitas oriundas de operações de crédito. As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais e de serviços são classificadas como primárias.

Critérios "abaixo da linha" e "acima da linha": a apuração do resultado primário pode ocorrer pelos critérios "abaixo da linha" ou "acima da linha". O critério "abaixo da linha" considera a variação do endividamento no período considerado. Por exemplo, a variação da dívida em 2011 será o valor apurado em 31.12.2011 menos o valor em 31.12.2010. Não permite conhecer os fatores que levaram ao resultado. Já o critério "acima da linha" ocorre por meio da análise das receitas e despesas do setor público. Permite conhecer os fatores que levaram ao resultado. Em princípio, os dois critérios são equivalentes, e deveriam chegar aos mesmos números. Entretanto, podem ocorrer discrepâncias estatísticas em decorrência de questões específicas relacionadas à abrangência e/ou período da compilação.

4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS

Segundo o MTO, a classificação da receita por grupos procura identificar quais são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de vinculação das mesmas. No Orçamento da União utilizam-se os seguintes grupos:

1 - Receitas Próprias: classificam-se, nesse grupo, as receitas cuja arrecadação tem origem no esforço próprio dos órgãos e demais entidades nas atividades de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração econômica do patrimônio remunerada por preço público ou tarifas, bem como o produto da aplicação financeira desses recursos (Portaria SOF n° 10, de 22 de agosto de 2002, art. 4°). Geralmente, são receitas que têm como fundamento legal os contratos firmados entre as partes, amparados pelo Código Civil e legislação correlata. São receitas que não possuem destinação específica, sendo vinculadas à unidade orçamentária arrecadadora. Geralmente são arrecadadas por meio de Guia de Recolhimento da União - GRU e centralizadas numa conta de referência do Tesouro Nacional mantida junto ao

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Banco do Brasil. O banco tem dois dias para repassar os recursos para a conta única do Tesouro.

2 - Receitas Administradas: são as receitas auferidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo legal no Código Tributário Nacional e leis afins, órgão que detém a competência para fiscalizar e administrar esses recursos. São receitas arrecadadas por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) ou Guia da Previdência Social (GPS), utilizando-se dos bancos arrecadadores credenciados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB. A partir da data em que o contribuinte paga o tributo, ou seja, da data de arrecadação (D), o banco tem um dia útil (D+1) para repassar os recursos para a conta única do Tesouro (data de recolhimento).

3 - Receitas de Operações de Crédito: são as receitas provenientes de colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas.

4 - Receitas Vinculadas: são os recursos oriundos de concessões, autorizações e permissões para uso de bens da União ou para exercício de atividades de competência da União. Fazem parte desse grupo as receitas vinculadas por determinação legal, cuja fiscalização, administração e manuseio ficam a cargo das entidades com autorização legal para arrecadar. São receitas que apresentam destinação previamente estabelecida, em função da legislação (vinculadas a uma finalidade específica).

5 - Demais Receitas: grupo destinado ao atendimento das receitas previstas em Lei ou contrato, e que não estão enquadradas em nenhum dos grupos anteriores.

Caiu na prova: (CESPE - Analista Administrativo - ANEEL - 2010) Com relação à classificação da receita por fonte de recurso, julgue o item a seguir. 7) A classificação da receita por fonte de recursos procura identificar quais são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de vinculação das mesmas.

A classificação da receita por grupos procura identificar quais são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de vinculação das mesmas. Resposta: Errada

5. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Segundo a doutrina, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes aspectos: forma de ingresso ou natureza, coercitividade, poder de tributar, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e regularidade:

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Forma de ingresso ou natureza: • Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para

financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.

Atenção: a receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de ingressos orçamentários.

• Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias - ARO, consignações diversas, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros,.

Atenção: as operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias.

Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por exemplo, pode ser exigido de um licitante um depósito em caução para a participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do erário, que a incorporará como receita orçamentária.

Vários autores utilizam o termo "natureza" nessa classificação. Atente para não confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo "forma de ingresso" é o mais apropriado neste caso.

Coercitividade: • Originárias: denominadas também de receitas de Economia Privada ou

de Direito Privado, correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores.

• Derivadas: denominadas também de receitas de Economia Pública ou de Direito Público, correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de

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forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas.

Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a cada ente da federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

Entidades executoras do orçamento: • Receita Orçamentária Pública: aquela executada por entidades

públicas. • Receita Orçamentária Privada: aquela executada por entidades

privadas e que consta na previsão orçamentária aprovada por ato de conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução.

Afetação patrimonial: • Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem

correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva.

• Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva.

Regularidade ou periodicidade: • Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com

arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU, etc.

• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado, etc.

Caiu na prova: 8) (CESPE - Analista Administrativo -exemplo de receita pública efetiva.

MPU - 2010) O imposto de renda é um

As receitas públicas efetivas contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva. Logo, os impostos, que são receitas correntes, são exemplos de receitas públicas efetivas. Resposta: Certa

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6. DÍVIDA ATIVA

Neste tópico selecionei os principais pontos do tema abordados no MCASP e na legislação que rege o tema. São várias páginas no Manual, mas a maior parte se refere aos lançamentos contábeis. Logo, serão abordadas as partes relacionadas à AFO e que foram ou podem ser cobradas nas provas de nossa matéria.

O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da fazenda pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como "outras receitas correntes".

Considerando o enfoque orçamentário, a dívida ativa é uma exceção ao regime de caixa da receita. O reconhecimento da receita ocorre no momento da inscrição, por ser um direito líquido e certo, e não no momento da arrecadação como acontece com as demais receitas orçamentárias.

A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. O conjunto de procedimentos de registro e acompanhamento dos créditos da dívida ativa buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar contabilmente os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente dita em Dívida Ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do Ente Público responsável pelo crédito a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo Ente Federativo.

A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo.

Vale ressaltar que a Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas.

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A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de cobrança.

No âmbito federal, os créditos inscritos em Dívida Ativa compõem o Cadastro de Dívida Ativa da União. A competência para a gestão administrativa e judicial da Dívida Ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN. As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e controle próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para a apuração de certeza e liquidez, inscrição em Dívida Ativa e gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal - PGF.

Assim, como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte modo: • Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN: é responsável

pela apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, a serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União.

• Procuradoria-Geral Federal - PGF: é competente para apurar a certeza e liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil.

As demais esferas governamentais, Estados, Distrito Federal e Municípios, disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa e judicial da Dívida Ativa pertinente.

A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida pela Lei n.° 6.830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais - LEF, e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.

O art. 2.° da referida lei dispõe que cabe ao órgão competente apurar a liquidez e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os Entes Públicos deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento, dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a origem desse crédito.

A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao

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Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo.

A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o art. 39 da LEF.

Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em Dívida Ativa, não estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3o do art. 198 do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a: I - representações fiscais para fins penais; II - inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III - parcelamento ou moratória.

As baixas da Dívida Ativa podem ocorrer pelo recebimento; pelos abatimentos ou anistias previstos legalmente; e pelo cancelamento administrativo ou judicial da inscrição.

As formas de recebimento da Dívida Ativa são definidas em lei, destacando-se duas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela dação em pagamento. A receita relativa à Dívida Ativa tem caráter orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada). No caso de recebimento de dívida ativa na forma de bens, caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta transação, haverá registro de receita orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos financeiros.

Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública. A compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro do Patrimônio do Ente Público.

O abatimento ou anistia de quaisquer créditos a favor do Erário depende de autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da LRF, que trata da renúncia de receitas.

O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito em Dívida Ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou

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simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em Dívida Ativa, mas não decorram do efetivo recebimento.

Na ótica contábil, todos os valores inscritos em Dívida Ativa são créditos vencidos a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a Dívida Ativa encontra abrigo nas Normas Internacionais de Contabilidade e nos Princípios Fundamentais de Contabilidade como integrante do Ativo do Ente Público. No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos jurídicos de legalidade e transparência.

Decisão importante do TCU: o Plenário do TCU manifestou-se que: "na verdade, os débitos e multas impostas pelo Tribunal não necessitam inscrição prévia na Dívida Ativa para serem executados como salientado pelo Procurador-Geral em razão de dispositivo constitucional e legal. Por outro lado, tendo-se em vista as outras finalidades da inscrição dos diversos débitos para com a Fazenda Nacional, conforme apontado pelo Secretário da ADCON, há que se proceder à inscrição de todo e qualquer débito de natureza, tributário ou não. Nesse sentido, correto o entendimento do titular da referida unidade no sentido de que as multas e débitos imputados por esta Corte de Contas também devem ser objeto de inscrição na Dívida Ativa, procedimento regular em atenção do disposto no §1° do art. 39 da Lei n° 4.320/64. (Decisão 472/2002 - Plenário - DC-0472-14/02-P)". (grifos nossos).

Vou explicar esse julgado. O art. 71 da CF/88 garante aos acórdãos da corte de contas a natureza de título executivo (§ 3° - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo). Assim, os créditos oriundos do TCU podem ser imediatamente cobrados, sendo desnecessária a inscrição em dívida ativa e a abertura de novo processo administrativo. No entanto, nos casos em que a Administração Pública já possui um título executivo devidamente constituído, ela pode optar, de acordo com a situação concreta, pela inscrição do crédito em dívida ativa ou pelo ajuizamento de ação de cobrança. Assim, no caso dos acórdãos do TCU, a inscrição em dívida ativa não se dá com o objetivo de criação de um título executivo, mas sim para a utilização de um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública.

Julgado importante do STJ: segundo o STJ, o INSS tem, sem sombra de dúvidas, o direito de ser ressarcido por danos materiais sofridos em razão de concessão de aposentadoria fraudulenta, devendo o beneficiário responder, solidariamente, pela reparação dos referidos danos. No entanto, o conceito de dívida ativa não tributária, embora amplo, não autoriza a Fazenda Pública a tornar-se credora de todo e qualquer débito. A dívida cobrada há de ter relação com a atividade própria da pessoa jurídica de direito público.

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In casu, pretende o INSS cobrar, por meio de execução fiscal, prejuízo causado ao seu patrimônio, apurados em "tomada de contas especial". A apuração de tais fatos devem ser devidamente apurados em processo judicial próprio, assegurado o contraditório e a ampla defesa. Inexistência de discussão se a Lei n° 4.320/1964 excetua ou inclui como dívida ativa não tributária os valores decorrentes de indenizações e restituições.

Caiu na prova: 9) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) Ao elaborar o planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros compõem a dívida ativa da União.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas Ao elaborar o planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros compõem a dívida pública da União. Resposta: Errada

7. DISTINÇÃO ENTRE TAXA E PREÇO PÚBLICO (OU TARIFA)

Vamos a uma distinção muito cobrada em prova entre Taxa e Preço Público: Súmula 545 do Supremo Tribunal Federal: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que a instituiu.

O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Por meio de empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais, estaduais e municipais, são cobradas para permitir o melhoramento e a expansão dos serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. É uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica o pagamento é considerado voluntário e facultativo. O preço público geralmente visa ao lucro. São competências do Poder Executivo a fixação e a alteração de tarifas, as quais podem ser efetivadas a qualquer data com cobrança no mesmo exercício financeiro. No entanto, tal ato está vinculado às leis e regulamentos que disciplinam o serviço. Ainda, a isenção de tarifa só pode ser estabelecida em lei da entidade estatal que realiza ou delega o serviço.

De acordo com o art. 77 do CTN, "as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas

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atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição". A taxa é uma receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento e está submetida tanto ao princípio tributário da anterioridade quanto ao da legalidade, previstos na Constituição Federal.

O MTO faz muito bem essa distinção: Assim, conforme afirmado anteriormente, o preço público decorre da utilização de serviços públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que a Administração Pública diretamente ou por meio de delegação a concessionário ou permissionário colocam à disposição da população que poderá contratá-los ou não (Ex.: telefone, luz, água, gás encanado). São serviços prestados em decorrência de uma relação contratual, regida pelo direito privado. A taxa decorre de estipulação legal e serve para custear, naquilo que não forem cobertos pelos impostos, os serviços públicos essenciais à soberania do Estado (a lei não autoriza que outros prestem alternativamente esses serviços) e divisíveis prestados ou colocados à disposição diretamente pelo Estado. O tema é regido pelas normas de direito público. Há casos em que não é simples estabelecer se um serviço é remunerado por taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do fornecimento de energia elétrica. Em localidades onde estes serviços forem colocados à disposição do usuário, pelo Estado, mas cuja utilização seja de uso obrigatório, compulsório (por exemplo, a lei não permite que se coloque um gerador de energia elétrica) a remuneração destes serviços é feita mediante taxa e sofrerá as limitações impostas pelos princípios gerais de tributação (legalidade, anterioridade,...). Por outro lado, se a lei permite o uso de gerador próprio para obtenção de energia elétrica, o serviço estatal oferecido pelo ente público, ou por seus delegados, não teria natureza obrigatória, seria facultativo e, portanto, seria remunerado mediante preço público.

Caiu na prova: 10) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A cobrança de tarifas ou preço público corresponde a uma receita originária.

O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Resposta: Certa

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

11) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Os recursos obtidos por empresa pública que explora serviços comerciais são considerados receitas de capital.

As receitas de serviços, que compõem a categoria econômica das receitas correntes, correspondem ao ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. Os recursos obtidos por empresa pública que explora serviços comerciais são considerados receitas de serviços, portanto pertencem à categoria econômica das receitas correntes. Resposta: Errada

12) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) O 1.° nível da codificação da natureza da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional.

A categoria econômica da receita, 1° nível, obedece ao critério econômico. É utilizada para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc). Resposta: Certa

13) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são receitas correntes.

Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são receitas correntes tributárias. Resposta: Certa

14) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma concessionária ou permissionária corresponde a um tributo.

O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma concessionária ou permissionária corresponde a uma tarifa. Resposta: Errada

15) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, não pagos no vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua exigibilidade.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os

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créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas Resposta: Errada

16) (CESPE - Analista Administrativo - IBRAM/DF - 2009) As receitas correntes originárias são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

As receitas correntes derivadas são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas. Resposta: Errada

17) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Impostos, taxas e contribuições são considerados receitas originárias.

As receitas derivadas correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas. Logo, impostos, taxas e contribuições são considerados receitas derivadas. Resposta: Errada

18) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) Dívida ativa constitui-se nos créditos da fazenda pública, tributários ou não, que — não pagos no vencimento — são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. Assim, a dívida ativa compõe o passivo da União, dos estados e dos municípios.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (passiva), que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. Resposta: Errada

19) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas destinadas aos órgãos representativos de categorias profissionais ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados integram a classificação orçamentária como receitas de contribuição.

As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas são destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. São receitas de contribuições. Resposta: Certa

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20) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) O recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode ser classificado como receita de capital.

Vamos entender a diferença entre as duas origens: • Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou

entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. É uma origem das receitas correntes.

• Transferência de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. É uma origem das receitas de capital.

Logo, o recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode ser classificado como receita de capital, caso se enquadre como uma transferência de capital. Também pode ser classificado como receita corrente, caso se enquadre como uma transferência corrente. Resposta: Certa

21) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e despesa.

O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica. Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa. Resposta: Certa

22) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) As receitas provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos

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de renda de ativos permanentes devem ser classificadas como receitas correntes.

As receitas provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes são receitas patrimoniais e, assim, devem ser classificadas como receitas correntes. Resposta: Certa

23) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de igualdade com os particulares, sem o uso do poder de império, são consideradas receitas originárias, como é o caso da receita de serviços.

As receitas originárias correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. O Estado não utiliza sua autoridade coercitiva. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. Resposta: Certa

24) (CESPE - Juiz - TRF 2 - 2009) A taxa independe da associação do fato gerador com o serviço para o qual foi instituída.

A taxa depende da associação do fato gerador com o serviço para o qual foi instituída. O imposto é que é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte Resposta: Errada

25) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas tributárias, de contribuições, agropecuárias, patrimoniais e o superavit do orçamento corrente são considerados receitas correntes.

As receitas tributárias, de contribuições, agropecuárias e patrimoniais são consideradas receitas correntes. No entanto, o superávit do orçamento corrente é receita de capital. Resposta: Errada

(CESPE - Contador - IBRAM/DF - 2009) No setor público, a receita orçamentária corrente é classificada como receita originária ou receita derivada. Acerca das características das receitas originárias, julgue o item abaixo. 26) São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

As receitas derivadas é que são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas

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Resposta: Errada

27) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) O controle das disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito apenas durante a execução orçamentária.

O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. Resposta: Errada

28) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) As receitas são classificadas em dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão obedece a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder, próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade econômica.

As receitas estão classificadas, segundo a Lei 4.320/1964, em dois segmentos: Receitas Correntes e Receitas de Capital, divisão essa que obedece a um critério econômico, dentro da ideia de demonstrar a origem das diversas fontes, conforme derivem do exercício de poder próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício de atividade econômica. Essas são as Receitas Correntes, sendo Receitas de Capital aquelas que procedem do endividamento ou da transformação de ativos físicos ou financeiros em moeda.. Resposta: Errada

29) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) As receitas de capital podem ser provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas.

As receitas de capital são aquelas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente Resposta: Certa

30) (CESPE - Contador - CEHAP/PB - 2009) A origem, segundo nível da codificação da receita orçamentária, é utilizada para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional.

A categoria econômica, primeiro nível da codificação da receita orçamentária, é utilizada para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional. Resposta: Errada

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31) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por não ser possível prever no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada como orçamentária ou extraorçamentária.

As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas ainda que não previstas no Orçamento. Resposta: Errada

32) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) Na classificação da receita, as contribuições sociais constituem receita tributária e a alienação de bens imóveis, receita patrimonial.

A contribuição de melhoria é receita tributária e as demais contribuições (sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas) são receitas de contribuições. Logo, as contribuições sociais não constituem receita tributária. A receita de Alienação de Bens corresponde ao ingresso proveniente da alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. É uma das origens das Receitas de Capital. Não se confunde com a origem receitas patrimoniais, a qual pertence às receitas correntes. Já viu que essas duas trocas são muito comuns em provas. Olho nelas! Resposta: Errada

33) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Quanto às categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.

No que se referem às categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital. Resposta: Certa

(CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008)

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Considerando o exemplo acima de natureza de receita, julgue o item subsequente. 34) O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se como tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita relaciona-se a um dos diferentes tipos previstos na Constituição Federal, imposto.

O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se como tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita relaciona-se a um dos diferentes tipos previstos na Constituição Federal, neste caso, o imposto. Resposta: Certa

35) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando destinados a atender despesas correntes, nem sempre são classificados como receitas correntes.

Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando destinados a atender despesas correntes, sempre são classificados como receitas correntes. Caso o recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público seja destinado a atender despesas de capital, será classificado como receita de capital. Resposta: Errada

36) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A classificação por fontes inclui-se entre os critérios de classificação das receitas públicas.

A classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da despesa. Resposta: Certa

37) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17a Região - 2009) No conceito de receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

No conceito de receita orçamentária, também estão excluídas as operações de crédito por antecipação de receita. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias - ARO, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Resposta: Errada

(CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) A tabela a seguir apresenta algumas informações relativas à arrecadação estadual do Espírito Santo, em janeiro de 2010.

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Com base nas informações da tabela acima, julgue os itens seguintes, acerca das receitas públicas. 38) A receita agropecuária, a industrial e a de serviços contribuíram com R$ 3.083 mil para o montante arrecadado com as receitas correntes.

A questão parece assustadora, não é? Mas este item é bem simples: basta extrair da tabela, sem a necessidade de maiores conhecimentos. Os valores estão em R$ mil. Receita Agropecuária 10 Receita Industrial 2799 Receita Serviços 274 Total = R$ 3.083 mil Resposta: Certa

39) O montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de capital alcançaram R$ 70.249 mil.

Este item já exige um conhecimento maior da classificação. Podemos extrair da tabela o seguinte, lembrando que os valores estão em R$ mil: Receitas Tributárias: IR 40.109

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IPVA 6.286 ITCMD 1.862 ICMS 510.159 Taxas 25.118 Total = R$ 583.534 mil

Receitas de Capital: Operações de Crédito Internas 35.953 Operações de Crédito Externas 25.407 Alienação de Bens 8 Amortização de Empréstimos 4 Transferências de Capital 135 Outras Receitas de Capital 8.742 Total = R$ 70.249 mil

Logo, o montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de capital alcançaram R$ 70.249 mil. Resposta: Certa

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A cobrança de taxa referente a determinado serviço público facultativo independe da vontade dos cidadãos alcançados por tal serviço.

A taxa decorre de estipulação legal e serve para custear, naquilo que não forem cobertos pelos impostos, os serviços públicos essenciais à soberania do Estado e divisíveis prestados ou colocados à disposição diretamente pelo Estado. A tarifa é que decorre de serviços facultativos. Resposta: Errada

41) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa é formada pelo conjunto de obrigações do Tesouro Nacional perante terceiros, desde que regularmente constituídas, formalizadas e reconhecidas.

A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. Resposta: Errada

42) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) Se um cidadão deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa espécie de receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve arrecadá-la, todavia, será ela contabilizada como orçamentária.

Se um cidadão deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa espécie de receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve

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arrecadá-la, todavia, será ela contabilizada como orçamentária. Isso ocorre porque o que caracterizam as receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo Patrimônio do Poder Público, independente de constar ou não no Orçamento. Resposta: Certa

43) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) Os créditos do estado do Espírito Santo, relativos ao ICMS, antes de serem encaminhados à cobrança executiva, devem ser inscritos em dívida ativa, e sua cobrança é efetuada pela Procuradoria Geral do Estado. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e de liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. No âmbito federal, a competência para a apuração de certeza e liquidez, inscrição em Dívida Ativa e gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal - PGF. No âmbito estadual, cobrança é efetuada pela Procuradoria Geral do Estado. Resposta: Certa

44) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17a Região - 2009) A receita pública somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária anual.

A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. Resposta: Errada

45) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente.

A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. Logo, a prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente. Resposta: Certa

46) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) A classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da despesa.

A classificação por fontes é válida tanto para a receita como para a despesa. Resposta: Certa

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47) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) No momento do recolhimento/recebimento dos valores é feita a classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível a determinação da disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, exceto daquelas reservadas a finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas.

No momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas. Resposta: Errada

48) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008) Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o atraso são considerados receita derivada.

Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, tanto a parcela correspondente ao imposto quanto a multa de mora e os juros sobre o atraso são consideradas receitas derivadas. Resposta: Errada

49) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) Aluguéis, arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados são classificados como receita patrimonial, pois resultam da fruição de elementos patrimoniais.

A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos de terrenos da União, que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. Resposta: Certa

50) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Uma receita relativa a multas aplicadas pela administração tributária pode ser classificada como receita corrente, pois o seu recebimento, considerado ingresso

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extraorçamentário, não altera o patrimônio líquido, em face de constituir um ingresso extraorçamentário.

Multas em geral são classificadas em "outras receitas correntes", portanto são receitas correntes e orçamentárias. Resposta: Errada

E assim terminamos a aula 5.

Na próxima aula trataremos dos Gastos Públicos.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO V

CLASSIFICACÕES DA RECEITA

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

1.° nível: Categoria Econômica da Receita

1. Receitas Correntes; 2. Receitas de Capital; 7. Receitas Correntes Intraorçamentárias; 8. Receitas de Capital Intraorçamentárias.

2.° nível: Origens

Receitas Correntes Receitas de Capital

1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes

1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital

Origens das Receitas Correntes:

• Tributária: receita proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhoria; • Contribuições: receita proveniente de contribuições sociais e econômicas; • Patrimonial: receita imobiliária, de valores imobiliários, concessões/permissões e outras; • Agropecuária: receita proveniente de produção vegetal, produção animal e derivados e outras; • Industrial: receita proveniente da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção; • Serviços: transporte, comunicação, armazenagem e outros; • Transferências Correntes: receita proveniente de transferências intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome; • Outras Receitas Correntes: receitas provenientes de multas e juros de mora, indenizações e restituições, dívida ativa, entre outras.

Origens das Receitas de Capital:

• Operações de Crédito: receita proveniente de operações de crédito internas e externas; • Alienação de Bens: receita proveniente da alienação de bens móveis e imóveis; • Amortizações de Empréstimos: recebimento do principal de um empréstimo concedido; • Transferências de Capital: receita proveniente de transferências

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intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome; • Outras Receitas de Capital: receita proveniente da integralização do capital social, da remuneração das disponibilidades do Tesouro e outras.

3.° nível: Espécie

4.° nível: Rubrica

5.° nível: Alínea

6.° nível: Subalínea

CLASSIFICAÇÃO POR FONTES

As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.

É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa.

1.° DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 - Recursos do Tesouro - Exercício Corrente

2 - Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente

3 - Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores

6 - Recursos de Outras Fontes - Exercícios Anteriores

9 - Recursos Condicionados

FORMA DE INGRESSO:

Receitas Orçamentárias

Receitas Extraorçamentárias: Depósito em caução; Antecipação de Receitas Orçamentárias - ARO; Cancelamento de restos a pagar; Emissão de Moeda; Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros

PODER DE TRIBUTAR:

Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal

QUANTO ÀS ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO:

Receita Orçamentária Pública e Receita Orçamentária Privada

QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL:

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Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas)

QUANTO À REGULARIDADE:

Ordinárias e Extraordinárias

COERCITIVIDADE:

Originárias e Derivadas

DÍVIDA ATIVA

São os créditos da Fazenda Pública exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Devem ser classificadas como "outras receitas correntes". Podem ter: • Natureza tributária: proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias; ou • Natureza não tributária: demais créditos da fazenda pública.

O crédito é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez.

TAXA E PREÇO PÚBLICO

O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial. É uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica o pagamento é considerado voluntário e facultativo. O preço público geralmente visa ao lucro.

A taxa é uma receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. São cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições e têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. A taxa visa ao ressarcimento.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

2) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Uma das modalidades de receita pública é o imposto, que constitui contraprestação específica do Estado ao cidadão.

3) (CESPE - Analista Judiciário - Administração - TRE/BA - 2010) Considere que a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) tenha aumentado durante o último exercício financeiro da União. Nesse caso, é correto afirmar que houve aumento do montante da receita tributária da União no último ano.

4) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A receita patrimonial é considerada receita corrente.

5) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Se a União recebe recursos para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser classificado como receita corrente, no agrupamento correspondente à receita patrimonial.

6) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O código de classificação de fontes de recursos é composto por três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O indicador de grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.

(CESPE - Analista Administrativo - ANEEL - 2010) Com relação à classificação da receita por fonte de recurso, julgue o item a seguir. 7) A classificação da receita por fonte de recursos procura identificar quais são os agentes arrecadadores, fiscalizadores e administradores da receita e qual o nível de vinculação das mesmas.

8) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) O imposto de renda é um exemplo de receita pública efetiva.

9) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) Ao elaborar o planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros compõem a dívida ativa da União.

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10) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A cobrança de tarifas ou preço público corresponde a uma receita originária.

11) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Os recursos obtidos por empresa pública que explora serviços comerciais são considerados receitas de capital.

12) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) O 1.° nível da codificação da natureza da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional.

13) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são receitas correntes.

14) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma concessionária ou permissionária corresponde a um tributo.

15) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, não pagos no vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua exigibilidade.

16) (CESPE - Analista Administrativo - IBRAM/DF - 2009) As receitas correntes originárias são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

17) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Impostos, taxas e contribuições são considerados receitas originárias.

18) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) Dívida ativa constitui-se nos créditos da fazenda pública, tributários ou não, que — não pagos no vencimento — são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. Assim, a dívida ativa compõe o passivo da União, dos estados e dos municípios.

19) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas destinadas aos órgãos representativos de categorias profissionais ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados integram a classificação orçamentária como receitas de contribuição.

20) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) O recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode ser classificado como receita de capital.

21) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação,

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evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e despesa.

22) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) As receitas provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes devem ser classificadas como receitas correntes.

23) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de igualdade com os particulares, sem o uso do poder de império, são consideradas receitas originárias, como é o caso da receita de serviços.

24) (CESPE - Juiz - TRF 2 - 2009) A taxa independe da associação do fato gerador com o serviço para o qual foi instituída.

25) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) As receitas tributárias, de contribuições, agropecuárias, patrimoniais e o superavit do orçamento corrente são considerados receitas correntes.

(CESPE - Contador - IBRAM/DF - 2009) No setor público, a receita orçamentária corrente é classificada como receita originária ou receita derivada. Acerca das características das receitas originárias, julgue o item abaixo. 26) São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadação de tributos e multas.

27) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) O controle das disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito apenas durante a execução orçamentária.

28) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) As receitas são classificadas em dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão obedece a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder, próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade econômica.

29) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) As receitas de capital podem ser provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas.

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30) (CESPE - Contador - CEHAP/PB - 2009) A origem, segundo nível da codificação da receita orçamentária, é utilizada para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional.

31) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por não ser possível prever no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada como orçamentária ou extraorçamentária.

32) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) Na classificação da receita, as contribuições sociais constituem receita tributária e a alienação de bens imóveis, receita patrimonial.

33) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Quanto às categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.

(CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008)

Considerando o exemplo acima de natureza de receita, julgue o item subsequente. 34) O exemplo trata de uma receita corrente cuja origem classifica-se como tributária e, por tratar-se de tributo, a espécie de receita relaciona-se a um dos diferentes tipos previstos na Constituição Federal, imposto.

35) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando destinados a atender despesas correntes, nem sempre são classificados como receitas correntes.

36) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A classificação por fontes inclui-se entre os critérios de classificação das receitas públicas.

37) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17a Região - 2009) No conceito de receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

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(CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) A tabela a seguir apresenta algumas informações relativas à arrecadação estadual do Espírito Santo, em janeiro de 2010.

Com base nas informações da tabela acima, julgue os itens seguintes, acerca das receitas públicas. 38) A receita agropecuária, a industrial e a de serviços contribuíram com R$ 3.083 mil para o montante arrecadado com as receitas correntes. 39) O montante da receita tributária arrecadada pelo governo do Espírito Santo, em janeiro de 2010, totalizou R$ 583.534 mil, enquanto as receitas de capital alcançaram R$ 70.249 mil.

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A cobrança de taxa referente a determinado serviço público facultativo independe da vontade dos cidadãos alcançados por tal serviço.

41) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A dívida ativa é formada pelo conjunto de obrigações do Tesouro Nacional perante terceiros, desde que regularmente constituídas, formalizadas e reconhecidas.

42) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) Se um cidadão deseja fazer uma doação em dinheiro para o governo e se essa espécie de

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receita não está prevista na lei orçamentária, o governo deve arrecadá-la, todavia, será ela contabilizada como orçamentária.

43) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) Os créditos do estado do Espírito Santo, relativos ao ICMS, antes de serem encaminhados à cobrança executiva, devem ser inscritos em dívida ativa, e sua cobrança é efetuada pela Procuradoria Geral do Estado. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e de liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

44) (CESPE - Analista Judiciário - TRT - 17a Região - 2009) A receita pública somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária anual.

45) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente.

46) (CESPE - Gestão de orçamento e finanças - IPEA - 2008) A classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da despesa.

47) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) No momento do recolhimento/recebimento dos valores é feita a classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível a determinação da disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, exceto daquelas reservadas a finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas.

48) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008) Quando um cidadão paga o imposto sobre a renda em atraso, a parcela correspondente ao imposto é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o atraso são considerados receita derivada.

49) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) Aluguéis, arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados são classificados como receita patrimonial, pois resultam da fruição de elementos patrimoniais.

50) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Uma receita relativa a multas aplicadas pela administração tributária pode ser classificada como receita corrente, pois o seu recebimento, considerado ingresso extraorçamentário, não altera o patrimônio líquido, em face de constituir um ingresso extraorçamentário.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C E E C E C E C E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C C E E E E E C C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C C C E E E E E C E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

E E C C E C E C C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

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