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ANO II | Nº 4 | MAIO 2008 8 INFORME CRMV-SC | MAIO2008 Suinocultura MERCADO Inspeção sanitária em cheque Fraude no leite, embargo da Rússia e restrição da importação de carne brasileira pela União Européia. O setor agropecuário e as autoridades sanitárias do Brasil e as de Santa Catarina mobilizaram-se para reverter esta situação e a imagem do País no exterior. Conseguiram. Agora, com o propósito de melhorar a qualidade da Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal, o governo quer privatizar o serviço. Uma nova luta se inicia, desta vez pelos médicos veterinários. Pág. central I N F O R M E Plano de saúde com mais vantagens Lei das cobaias Suinocultura Conselho firma convênio com Unimed e profissionais e empresas registradas garantem planos de saúde com descontos e vantagens - Veterinários vão acompanhar pesquisas com animais - Mercado consolidado, mas ainda em expansão para médicos veterinários e zootecnistas - Pág. 3 Pág. 6 Pág.8 Eleições CRMV-SC Farra-do-boi diminui Fique atualizado Já está formada a Comissão Eleitoral para o pleito que elegerá a nova direto- ria do CRMV-SC, marcado para o dia 4 de agosto. Os profissionais registrados podem votar na sede do Conselho, em Florianópolis, ou por correspondência. A Comissão é presidida por Aguinaldo Scheffer e tem Luiz Afonso Erthal como vice-presidente, Marcelo Luis da Silva Serpa como membro e Paulo Ricardo Jacks, Paulo Roberto Costa Leite Garcia e Henrique Sávio de Souza Pereira como membros suplentes. O contato com a comissão pode ser feito pelo e-mail [email protected]. Acom- panhe mais informações pelo www.crmvsc.org.br O número de ocorrências caiu 26,88% durante a última Semana Santa em Santa Catarina. O total de infrações reduziu de 93 para 68 no Estado. Para a Polícia Militar, o bom resultado deveu- se à campanha de conscientização con- tra o crime, como a realizada pelo Ministério Público de SC em parceria com o CRMV-SC, entidades de prote- ção animal e Polícias Militar, Ambiental e Rodoviária Federal. O CRMV-SC investiu em comunicação nos últimos meses e oferece as mais diversas formas de se manter atualizado, tanto em relação às atividades do Conselho como ao que acontece no setor. Cadastre-se no www.crmvsc.org.br e receba a newsletter semanal e o clipping com as notícias dos principais jornais do Estado. Aumento da exportação anima profissionais Brasil arrecadou um total de 123,3 milhões de dólares com as exportações de carne suína in natura de abril. A média diária de embarques atingiu 5,9 milhões de dólares, uma alta de 23,1% se compara- do à média diária de 4,8 milhões de dólares de março. O volume total de carne suína embarcado ficou em 44,4 mil toneladas, com média diária de 2,1 mil tonelada, 11,3% superior à média diária de março quando foram embarcadas 38 mil tone- ladas. O preço médio pago pela carne suína registrou valoriza- ção. Em abril, a carne suína in natura foi negociada a de 2.775,4 dólares/tonelada, valor 10,6% superior ao de março. Esses dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), explicam o otimismo do setor, principal- mente do catarinense, maior produtor e exportador de carne suína do País e onde a suinocul- tura é a principal atividade em pequenas e médias proprieda- des rurais. "Do total nacional exportado, cerca de 25% é produto catarinense", afirma o Secretário da Agricultura, Antônio Ceron. De acordo com a Associação Catarinen- se de Criadores de Suínos (ACCS), as exportações cata- rinenses chegaram a 170.271.942 quilos, tendo a Ucrânia como principal desti- no: 51.473.202 quilos. A Rús- sia, que comprou 12.560.999 quilos, ficou em quinto lugar no ranking. O embargo da Rússia, importante importador, no ano passado, fez o Estado repensar os seus parceiros comerciais. No final do ano a Rússia voltou a comprar carne suína de Santa Catarina, mas, ainda está envi- ando missões técnicas de avali- ação. No início de maio, jorna- listas russos estiveram no Esta- do para conhecer a produção de suínos. Por isso, o governo vem agilizando as negociações para buscar novos mercados. Itália, China, Cingapura e Japão estão entre os principais inte- ressados. O Chile, que reconhe- ceu o status sanitário catarinen- se no final do ano passado tam- bém deve iniciar as suas com- pras. “Devemos exportar cerca de 344 mil toneladas de carnes para os tradicionais importado- res e outros países que deverão na categoria de novos importa- dores. A conseqüência disso será a abertura de mais campo de trabalho para os zootecnis- tas, buscando o aperfeiçoa- mento da criação com tecnolo- gias que visam incrementar a atividade para torná-la mais competitiva no mercado mun- dial”, afirma, otimista, o zootec- nista Amir Dal Bosco, conselhe- iro efetivo do CRMV-SC. Na sua avaliação, este profissional ainda é pouco aproveitado na área. “Infelizmente a falta de informação sobre as compe- tências e habilidades do profis- sional zootecnista ainda é fruto de ser uma profissão relativa- mente nova, mas que está ocu- pando os espaços dentro do cenário da produção animal, inclusive na suinocultura, com perspectivas de um futuro pro- missor, uma vez que o País pos- sui todas as condições de aumentar a atividade de pro- dução de suínos”, destaca. Para a médica veterinária Lauren das Virgens Ventura, também con- selheira do CRMV-SC, esta rea- lidade irá beneficiar também os médicos veterinários, amplian- do o mercado de trabalho. Santa Catarina detém a mai- or, a melhor e mais desenvolvi- da suinocultura do País. Confor- me a ACCS, com rebanho per- manente de 4,5 milhões de cabeças, 17% do rebanho naci- onal, responde por mais de um terço dos abates totais, totali- zando 7,8 milhões de cabe- ças e por 40% dos abates industriais. Situados em Santa Catarina , os cinco maio- res conglomerados agroin- dustriais do país sustentam 60% dos abates e 70% dos negócios suinícolas. A ativi- dade gera cerca de 150 mil empregos diretos e 500 mil pessoas dependem dela dire- tamente. A expectativa do setor é que a produção de carne suína no Brasil cresça 3,4% em 2008. Divulgação/Cidasc Impresso fechado, pode ser aberto pelA ECT. CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº 68001097-DR/SC CRMV-SC

Aumento da exportação anima profissionais Nº 68001097-DR ...crmvsc.gov.br/pdf/informecrmv-04.pdf · carne suína no Brasil cresça 3,4%em2008. Divulgação/Cidasc Impresso fechado,

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Page 1: Aumento da exportação anima profissionais Nº 68001097-DR ...crmvsc.gov.br/pdf/informecrmv-04.pdf · carne suína no Brasil cresça 3,4%em2008. Divulgação/Cidasc Impresso fechado,

A N O II | N º 4 | M A I O 2 0 0 8

8 INFORME CRMV-SC | MAIO2008

SuinoculturaMERCADO

Inspeção sanitáriaem cheque

Fraude no leite, embargo da Rússia e restriçãoda importação de carne brasileira pela UniãoEuropéia. O setor agropecuário e as autoridadessanitárias do Brasil e as de Santa Catarinamobilizaram-se para reverter esta situação e aimagem do País no exterior. Conseguiram. Agora,com o propósito de melhorar a qualidade daInspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal, ogoverno quer privatizar o serviço. Uma nova lutase inicia, desta vez pelos médicos veterinários.

Pág. central

I N F O R M E

Plano de saúde commais vantagens

Lei das cobaias

Suinocultura

Conselho firma convênio comUnimed e profissionais eempresas registradasgarantem planos de saúdecom descontos e vantagens -

Veterinários vão acompanharpesquisas com animais -

Mercado consolidado, mas aindaem expansão para médicosveterinários e zootecnistas -Pág. 3

Pág. 6

Pág.8

Eleições CRMV-SC

Farra-do-boi diminui

Fique atualizado

Já está formada a Comissão Eleitoralpara o pleito que elegerá a nova direto-ria do CRMV-SC, marcado para o dia 4de agosto. Os profissionais registradospodem votar na sede do Conselho, emFlorianópolis, ou por correspondência.A Comissão é presidida por AguinaldoScheffer e tem Luiz Afonso Erthalcomo vice-presidente, Marcelo Luis daSilva Serpa como membro e PauloRicardo Jacks, Paulo Roberto CostaLeite Garcia e Henrique Sávio de SouzaPereira como membros suplentes. Ocontato com a comissão pode ser feitopelo e-mail [email protected]. Acom-panhe mais informações pelowww.crmvsc.org.br

O número de ocorrências caiu 26,88%durante a última Semana Santa emSanta Catarina. O total de infraçõesreduziu de 93 para 68 no Estado. Para aPolícia Militar, o bom resultado deveu-se à campanha de conscientização con-tra o crime, como a realizada peloMinistério Público de SC em parceriacom o CRMV-SC, entidades de prote-ção animal e Polícias Militar, Ambientale Rodoviária Federal.

O CRMV-SC investiu em comunicaçãonos últimos meses e oferece as maisdiversas formas de se manteratualizado, tanto em relação àsatividades do Conselho como ao queacontece no setor. Cadastre-se nowww.crmvsc.org.br e receba anewsletter semanal e o clipping comas notícias dos principais jornais doEstado.

Aumento da exportação anima profissionais

Brasil arrecadou umt o t a l d e 1 2 3 , 3milhões de dólares

com as exportaçõesde carne suína in natura de abril.A média diária de embarquesatingiu 5,9 milhões de dólares,uma alta de 23,1% se compara-do à média diária de 4,8 milhõesde dólares de março. O volumetotal de carne suína embarcadoficou em 44,4 mil toneladas,com média diária de 2,1 miltonelada, 11,3% superior àmédia diária de março quandoforam embarcadas 38 mil tone-ladas. O preço médio pago pelacarne suína registrou valoriza-ção. Em abril, a carne suína innatura foi negociada a de2.775,4 dólares/tonelada, valor10,6% superior ao de março.

Esses dados, divulgadospela Secretaria de ComércioExterior, órgão do Ministério doDesenvolvimento, Indústria eComércio (MDIC), explicam ootimismo do setor, principal-mente do catarinense, maiorprodutor e exportador de carnesuína do País e onde a suinocul-tura é a principal atividade empequenas e médias proprieda-des rurais. "Do total nacionalexportado, cerca de 25% éproduto catarinense", afirmao Secretário da Agricultura,Antônio Ceron. De acordocom a Associação Catarinen-se de Criadores de Suínos(ACCS), as exportações cata-r i n e n s e s c h e g a r a m a170.271.942 quilos, tendo aUcrânia como principal desti-no: 51.473.202 quilos. A Rús-sia, que comprou 12.560.999quilos, ficou em quinto lugarno ranking.

O embargo da Rússia,importante importador, no anopassado, fez o Estado repensaros seus parceiros comerciais.No final do ano a Rússia voltou acomprar carne suína de SantaCatarina, mas, ainda está envi-ando missões técnicas de avali-ação. No início de maio, jorna-listas russos estiveram no Esta-do para conhecer a produçãode suínos. Por isso, o governovem agilizando as negociaçõespara buscar novos mercados.Itália, China, Cingapura e Japãoestão entre os principais inte-ressados. O Chile, que reconhe-ceu o status sanitário catarinen-se no final do ano passado tam-bém deve iniciar as suas com-pras. “Devemos exportar cercade 344 mil toneladas de carnespara os tradicionais importado-res e outros países que deverãona categoria de novos importa-dores. A conseqüência dissoserá a abertura de mais campode trabalho para os zootecnis-tas, buscando o aperfeiçoa-mento da criação com tecnolo-gias que visam incrementar aatividade para torná-la maiscompetitiva no mercado mun-

dial”, afirma, otimista, o zootec-nista Amir Dal Bosco, conselhe-iro efetivo do CRMV-SC. Na suaavaliação, este profissionalainda é pouco aproveitado naárea. “Infelizmente a falta deinformação sobre as compe-tências e habilidades do profis-sional zootecnista ainda é frutode ser uma profissão relativa-mente nova, mas que está ocu-pando os espaços dentro docenário da produção animal,inclusive na suinocultura, comperspectivas de um futuro pro-missor, uma vez que o País pos-sui todas as condições deaumentar a atividade de pro-dução de suínos”, destaca. Paraa médica veterinária Lauren dasVirgens Ventura, também con-selheira do CRMV-SC, esta rea-lidade irá beneficiar também osmédicos veterinários, amplian-do o mercado de trabalho.

Santa Catarina detém a mai-or, a melhor e mais desenvolvi-da suinocultura do País. Confor-me a ACCS, com rebanho per-manente de 4,5 milhões decabeças, 17% do rebanho naci-onal, responde por mais de umterço dos abates totais, totali-

zando 7,8 milhões de cabe-ças e por 40% dos abatesindustriais. Situados emSanta Catarina , os cinco maio-res conglomerados agroin-dustriais do país sustentam60% dos abates e 70% dosnegócios suinícolas. A ativi-dade gera cerca de 150 milempregos diretos e 500 milpessoas dependem dela dire-tamente. A expectativa dosetor é que a produção decarne suína no Brasil cresça3,4% em 2008.

Divulgação/Cidasc

Impresso fechado,pode ser aberto

pelA ECT.

CORREIOS

IMPRESSO ESPECIAL

Nº 68001097-DR/SC

CRMV-SC

Page 2: Aumento da exportação anima profissionais Nº 68001097-DR ...crmvsc.gov.br/pdf/informecrmv-04.pdf · carne suína no Brasil cresça 3,4%em2008. Divulgação/Cidasc Impresso fechado,

ifícil encontrar umacidade catarinense demédio e grande porteque não sofra com

este problema. Cães e gatosabandonados proliferam-se auma velocidade alarmante e dei-xam toda a sociedade em aler-ta. Afinal, não são poucas aszoonoses associadas a estesanimais 'errantes', como bichogeográfico, toxoplasmose e rai-va. Sem contar os maus-tratos eas péssimas condições desobrevivência a que estão sujei-tos tais animais. A combinaçãode Centros de Controle de Zoo-noses eficientes e campanhasde conscientização da popula-ção e de esterilização de cães egatos de rua parece ser a recei-ta de sucesso para a resoluçãodo problema, a médio prazo.Porém, algumas iniciativasdemonstram que a questãoainda está longe de ser resolvi-da.

Santa Catarina está tentan-do resolver o problema com aimplementação da Lei Estadual13.918/06 que institui a Campa-nha de Controle Populacionalde Cães e Gatos no Estado.Aprovada em 2006 e ainda semregulamentação, a lei prevê queentre os dias 1 e 31 de outubro,seja realizada, entre outras ativi-dades, uma campanha de cas-tração gratuita para os animaisde rua, sem dono. A castraçãoseria feita de forma voluntáriapelas clínicas veterinárias cata-rinenses credenciadas junto àGerência de Controle de Zoono-ses da Diretoria de Vigilância

Epidemiológica de Santa Catari-na. Os recursos para materiais eestrutura seriam buscadosjunto a patrocinadores. “A idéiada lei é boa, mas está fora de via-bilidade. É utópica”, avalia omédico veterinário Carlos Pran-dini Neto, vice-presidente daAnclivepa-SC e coordenador dacomissão de Bem-Estar Animaldo CRMV-SC. Ele participou nofinal de abril de mais uma reu-nião do fórum que tenta alteraro conteúdo da lei para a suaregulamentação. Deste fórum,participam a Secretaria Estadu-al da Saúde, representantes deONGs, Divisão de VigilânciaSanitária Estadual, Represen-tante dos Municípios e CRMV-SC, representado nesta oca-sião pelos médicos veterinári-os Jeremias Borba, diretortesoureiro, e Fernando Zacchi,fiscal do Conselho.

De autoria da deputadaAna Paula Lima, a proposiçãofoi elaborada sem o embasa-mento técnico necessário.“Não houve consulta técnicaprévia com profundidade. Pri-meiro aprova-se tudo paradepois discutir a sua viabili-dade”, contesta Dr. Prandini,para quem a campanha deveter continuidade. O CRMV-SC destaca a importância dacriação de políticas edu-cacionais sobre o contro-le de animais e de açõescontinuadas que reflitamem uma diminuição con-creta da população.Outra questão a ser dis-cutida é a viabilidade

econômica da iniciativa, já que ogoverno do Estado adiantou-seem destacar que não possui con-dições de financiar a campanha.“É condição sine qua non que osmédicos veterinários atuemcomo voluntários. A lei prevêlevantamento de recursos viapatrocínio, mas quem irá bus-car?”, questiona Prandini. O diri-gente confessa que não estánem um pouco otimista com oavanço das discussões. “OCRMV-SC e a Anclivepa estãodisposto a participar, com empe-nho, não admitindo ou compac-tuando com eventuais desviosdos objetivos técnicos e sociaisque poderão minimizar o proble-

ma”, acrescenta.

2 INFORME CRMV-SC | MAIO2008

PALAVRA DO PRESIDENTE DESTAQUES

Conselheiros efetivos:

Conselheiros suplentes:

Informativo CRMV-SC

Alfredo Reis JúniorLauren VenturaNelson Sell DuarteJorge Alberto Girrulat da CostaAmir DalboscoElvert de Oliveira Filho

Márcia Regina Miggiolaro BarbieriRodrigo Martins

Jornalista responsável: Letícia WilsonEditoração gráfica: Jorge J. Gomes - FloriprintImpressão: FloriprintTiragem: 4 mil exemplares

(CRMV-SC 0819/VP)

(CRMV-SC 2578/VP)

(CRMV-SC 0145/VP)

(CRMV-SC 1541/VP)

(CRMV-SC 0026/Z)

(CRMV-SC 0774/VP)

(CRMV-SC 0855/VP)

(CRMV-SC 2070/VP)

(DRT/RS 8.757)

[email protected]

CRMV-SC

Rodovia Admar Gonzaga, 755 3 andar88034-000 Itacorubi Florianópolis/SC(48) 3232.7750www.crmvsc.org.br

Moacir TonetAlbert Lang

Edson Henrique VeranPedro Jeremias Borba

Conselho Regional de Medicina

Veterinária de Santa Catarina

Diretoria – Gestão 2005/2008

0

PRESIDENTE:VICE-PRESIDENTE:SECRETÁRIO-GERAL:TESOUREIRO:

(CRMV-SC 0837/VP)(CRMV-SC 1617/VP)

(CRMV-SC 0485/VP)(CRMV-SC 0285/VP)

niciamos o ano com um com-promisso: intensificar a fiscali-zação do exercício ilegal da pro-

fissão no Estado. Entendemos quesomente assim vamos garantir quenossos direitos sejam preservados,mas, principalmente, garantiremossegurança à sociedade em relação àqualidade dos alimentos que conso-me. Se não bastassem as diversasdenúncias recebidas, os diversosabates clandestinos identificados, afalta de Responsáveis Técnicos emmuitos estabelecimentos, aindatemos, agora, que enfrentar a ques-tão da “privatização” do serviço deInspeção Sanitária de Produtos deOrigem Animal.

O governo federal, a partir doescândalo das fraudes no leite, estátentando passar esta atribuição aoRT das empresas. E isto é inadmissí-vel. Entendemos que se trata deuma afronta ao Código de Ética doMédico Veterinário, e um risco àsaúde pública. Queremos – e esta-

mos lutando paraisto – que a inspe-ç ã o c o n t i n u esendo feita pormédicos veteriná-rios oficiais e con-tratados por con-curso públ ico.Enviamos ofíciosa diversas institui-ções sobre a ques-tão e vamos conti-nuar insistindo nadefesa do atualmodelo.

Por último, mas não menosimportante, registramos o nossoPARABÉNS aos zootecnistas catari-nenses pela passagem do seu dia.Se registramos este crescentedesenvolvimento do setor agrope-cuário, tanto em genética como emtecnologia, devemos muito a estesprofissionais. Estejam certos que oCRMV-SC continuará buscandomais oportunidades e uma maiorvalorização da Zootecnia.

Boa leitura,

INovos profissionais

Fiscalização

CRMV-SC na Udesc

Reforma na sede

No início deste ano, o CRMV-SC cumpriuagenda em diversas cidades para oficializara entrega da carteira profissional aos novosmédicos veterinários de Santa Catarina.Além de Florianópolis, a solenidade foi rea-lizada em Criciúma, Lages e Chapecó

O CRMV-SC está intensificando as ações de fiscalização em todoo Estado. Para ampliar a abrangência do trabalho, passa a integrara equipe o médico veterinário Renato Machado Gerhardt, queainda está em período de treinamento. Em breve, será mais umimportante reforço no combate ao exercício ilegal da profissão.

O CRMV-SC foi convidado a participar do Conselho Comunitárioda Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), órgão con-sultivo superior, criado pela Universidade em 2006. O conselhodeve ser formado por 20 representantes da sociedade civil organi-zada, como determina o estatuto da universidade. O presidente,Moacir Tonet, e seu vice, Albert Lang, representarão o CRMV-SCjunto à universidade, com titular e suplente, respectivamente,cumprindo mandato de dois anos.

A casa está em obras. A sede do CRMV-SC, em Florianópolis, estápassando por reformas para melhor atender às necessidades dainstituição. Com a aquisição de mais salas, o Conselho consegue,assim, oferecer melhores condições de trabalho aos colabores egarantir maior organização do trabalho, principalmente dos arqui-vos, e, também, prestar um melhor atendimento a quem visita asede.Moacir Tonet

Médico Veterinário (0837/VP)

Presidente do CRMV/SC

Cães e gatos na mira

ZOONOSES

INFORME CRMV-SC | MAIO2008 7

O controle populacional dos animais de rua é a única solução.Iniciativas de campanhas em massa, entretanto,

estão longe de ser implementadas

D

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INFORME CRMV-SC | MAIO2008 3

CONVÊNIO

CRMV-SC oferece planos de saúde com vantagensConvênio com Unimed garante descontos que chegam a 100%

Após muitapesquisa e negoci-ação, a diretoria doCRMV-SC assinouconvênio com aUnimed/Lages, nodia 24 de abril,para oferecer pla-nos de saúde poradesão aos médi-cos veterinários,zootecnistas eempresas registra-das no Conselho.A parceria benefi-cia os profissiona-

is e empresários com valores mais baixose mais vantagens do que um plano Pes-soa Física particular, com descontos quepodem passar dos 100%.

Além do Plano Nacional (enfermariaou apartamento), com 50% de participa-ção, o acordo prevê acesso ao Plano Esta-dual (enfermaria ou apartamento), tam-bém com 50% de participação. “A con-cessão deste benefício aos nossos profis-sionais não era uma obrigação do CRMV-SC, mas sempre foi uma das metas destagestão, interessada em proporcionarboas oportunidades aos médicos veteri-nários e zootecnistas”, destaca o presi-dente do Conselho, médico veterinárioMoacir Tonet. Segundo ele, as negocia-ções com as operadoras estenderam-sepor vários meses, até que as melhorescondições fossem conquistadas. “Temosconsciência da força do Conselho e dopoder de negociação que temos. Por isso,não assinamos contrato até que conse-guíssemos o melhor”, complementa.

O plano Uniflex pode ser estendidoaos dependentes – esposa e filhos soltei-ros de até 24 anos – e, ainda, aos funcio-nários e dependentes legais de clínicasregistradas no CRMV-SC. Fica a critério doconveniado escolher entre os planosEnfermaria e Apartamento e entre asabrangências nacional ou estadual. Para ovice-presidente da Unimed, Jonas CoelhoLehmkuhl, o contrato trará muitos benefí-cios, tanto para a Unimed como para oConselho.

Saiba mais:Confira as tabelas, os contratos e outras informaçõessobre o plano de saúde no link Convênios do sitewww.crmvsc.org.br. Se preferir, entre em contato com aUnimed de Lages: (49) 3221.6629 / (49) 9138.9466, comRudenei – [email protected]

Confira um comparativo de preços abaixo:

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO55,24

64,08

73,47

84,52

95,57

107,17

118,77

132,58

147,50

182,31

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO95,11

115,08

137,91

161,69

190,23

215,91

244,45

275,84

322,46

442,32

TABELA CRMV-SCESTADUAL ENFERMARIA 50%

TABELA PESSOA FÍSICAESTADUAL ENFERMARIA 50%

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO70,98

82,34

94,41

108,61

122,81

137,72

152,60

170,37

189,54

234,27

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO126,90

153,55

184,00

215,72

253,79

288,05

326,01

368,01

430,20

590,11

TABELA CRMV-SCESTADUAL APARTAMENTO 50%

TABELA PESSOA FÍSICAESTADUAL 50%APARTAMENTO

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO63,66

73,85

84,68

97,42

110,15

123,52

136,88

152,80

169,99

210,11

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO111,04

134,36

161,00

188,76

222,08

252,06

285,38

322,02

376,44

516,36

TABELA CRMV-SCNACIONAL ENFERMARIA 50%

TABELA PESSOA FÍSICANACIONAL ENFERMARIA 50%

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO88,45

102,60

117,64

135,33

153,02

171,60

190,17

212,92

236,17

291,91

0 A 18

19 A 23

24 A 28

29 A 33

34 A 38

39 A 43

44 A 48

49 A 53

54 A 58

59 OU +

FAIXA ETÁRIA PREÇO139,90

169,28

202,85

273,82

279,80

317,57

359,55

405,72

474,29

650,58

TABELA CRMV-SCNACIONAL APARTAMENTO 50%

TABELA PESSOA FÍSICANACIONAL APARTAMENTO 50%

6 INFORME CRMV-SC | MAIO2008

Veterinários vão acompanharas pesquisas para

impedir maus-tratos

Lei dasCobaias

BEM ESTAR ANIMAL

s pesquisas com ani-mais em Florianópo-lis terão de seracompanhadas por

um médico veterinário. O pro-fissional integrará os comi-tês de pesquisa que deverãoser formados nas universida-des conforme o decreto-lei5.501 assinado pelo prefeitoDário Berger no dia 11 defevereiro. Além de veterinári-os, biólogos, entidades deproteção animal, ConselhoRegional de Medicina Veteri-nária (CRMV-SC) e Secretariade Saúde da Capital tambémestarão representados noscomitês.

“Especificamente empesquisa, é o veterinárioquem determina os protoco-los de controle de dor pré,trans e pós-operatórios dos

animais utilizados; quem ava-lia os protocolos anestésicosde acordo com a espécie;quem auxilia na manutençãodo ambiente adequado aosanimais; e quem determina ométodo de eutanásia, utili-zando critérios técnicos base-ados na Resolução CFMV714, evitando, assim, o sofri-mento dos animais”, explicao médico veterinário Fernan-do Zacchi, fiscal do CRMV-SC.

Zacchi representou oConselho de Veterinária nasreuniões do grupo formado aconvite da Prefeitura paradebater as alterações neces-sárias na lei que proibia a uti-lização de cobaias em pes-quisas, aprovada pela Câma-ra de Vereadores em dezem-bro de 2007 – tornando a capi-

tal catarinense a primeiracidade brasileira a promulgaruma lei deste tipo, o quegerou muita polêmica eindignação, principalmenteno meio acadêmico. “Era pre-ciso encontrar um meio ter-mo, garantindo a ética e obem-estar animal nos proce-dimentos sem inviabilizar aspesquisas científicas”, afir-ma Zacchi.

Quaisquer procedimen-tos que impliquem em sofri-mento físico ou psicológicoexagerado e intensificadopor negligência serão consi-derados “maus-tratos”. Ecaberá à Vigilância Sanitáriamunicipal fiscalizar o cumpri-mento deste dispositivo,podendo aplicar multas e cas-sar o alvará de funcionamen-to da instituição envolvida.

ZootecniaFoco na qualidade:

da produção animalà mesa dos consumidores

www.crmvsc.org.br

Parabéns!13 de maio:

Dia do Zootecnista

Page 4: Aumento da exportação anima profissionais Nº 68001097-DR ...crmvsc.gov.br/pdf/informecrmv-04.pdf · carne suína no Brasil cresça 3,4%em2008. Divulgação/Cidasc Impresso fechado,

4 INFORME CRMV-SC | MAIO2008

CRMV-SC alerta para “privatização” da inspeção

POLÊMICA

conquista da certificaçãode Zona Livre de Febre Afto-sa sem Vacinação pela OIEnão foi a garantia plena paraSanta Catarina. O Estado

teve – e está tendo – que investir na defe-sa sanitária para demonstrar aos merca-dos mais exigente, como a União Euro-péia, que temos condições de exportarpara aqueles países. Os pecuaristas bra-sileiros interessados nestes mercadosviram-se obrigados a migrar para o novoServiço de Rastreabilidade da Cadeia Pro-dutiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) -sistema que permite rastrear a procedên-cia da carne, desde o nascimento do ani-mal até o seu abate. A certificação é con-cedida por empresas que verificam ocumprimento dos procedimentos pelosprodutores, previstos no sistema. Essasempresas são auditadas permanente-mente pelo Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A União Européia, entretanto, apon-tou falhas na implantação do modelo derastreamento do gado no Brasil e sus-pendeu por algumas semanas, em feve-

reiro, as importações de carne bovina innatura. A UE não concordou com a listade fazendas elaboradas pelo governo bra-sileiro. Da relação de 2.681 habilitadas aomercado europeu apresentada peloMinistério da Agricultura (Mapa), o blocoinformou que selecionaria apenas 300propriedades. Uma missão veterinária foienviada por Bruxelas para inspeccionaralgumas daquelas unidades de produ-ção, com o objetivo de certificar se opadrão brasileiro de rastreabilidade era

confiável. E após muita polêmicae discussões, inclusive no âmbitoda Organização Mundial doComércio, o embargo foi suspen-so. As autoridades estimaram umprejuízo de 1,9 milhão de eurodurante o período de embargo, jáque a UE é o principal importadorde carne bovina in natura brasilei-ra, tendo comprado 194 mil tone-ladas em 2007.

Em abril, 200 fiscais do Minis-tério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (Mapa) e dosórgãos executores do Serviço de

Defesa Agropecuária dos estados querealizarão as auditorias nos Estabeleci-mentos Rurais Aprovados no Sisbov(Eras) iniciaram o treinamento para capa-citação, em Brasília. Aspectos legais, pro-cedimentos administrativos relaciona-dos ao Sisbov e as exigências da UE quan-to a rastreabilidade, que constam naInstrução Normativa nº 17 de 13 de julhode 2006, estiveram entre os temas abor-dados. A idéia é que estes fiscais atuemcomo multiplicadores em suas regiões.

A identificação do rebanho catari-nense – de cerca de 3,5 milhões de cabe-ças –vem sendo feit

a

por meio da brinca-gem. A meta do Projeto de Identificaçãode Bovinos era identificar 220 mil cabe-ças até o dia 20 de junho deste ano. Prio-rizado por ser considerado área de riscosanitário, por fazer divisa seca com o Para-ná e possuir cinco assentamentos, omunicípio de Matos Costa concluiu, nodia 30 de abril, o processo de identifica-ção individual de bovinos e bubalinos.Foram identificados mais de 5,3 mil bovi-nos e bubalinos em 329 propriedadesrurais.

E as missões não param. Em maio,Santa Catarina recebeu duas missões téc-nicas: uma russa, que veio conhecer aprodução de suínos; e uma de consulto-res da OIE que, juntamente com ArielMendes, da União Brasileira de Avicultu-ra, veio obter informações sobre a sani-dade avícola do Estado e obter subsídiostendo em vista o estudo da “comparti-mentalização” da avicultura no Estado deSanta Catarina e em outras regiões doPaís.

ontrária às mudanças que vem sendo pro-postas pelo governo ao serviço de Inspe-ção Sanitária dos Produtos de Origem Ani-mal, a diretoria do CRMV-SC vem buscan-do mobilizar os segmentos envolvidos

para que seja mantida e respeitada a atual legisla-ção: que a fiscalização industrial e sanitária de pro-dutos de origem animal continue sendo feita pormédicos veterinários oficiais e contratados por con-curso público.

Este foi o teor do ofício encaminhado no iníciode maio ao presidente do Conselho Federal deMedicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda,

solicitando a convocação de todos os presidentesdos CRMVs para discussão de providências “pelobem do Serviço Público e da Segurança Alimen-tar”. O documento foi também encaminhado aospresidentes dos CRMVs, à Sociedade Brasileira deMedicina Veterinária e à Associação Nacional dosFiscais Federais Agropecuários. No texto, o presi-dente do CRMV-SC, Moacir Tonet, destaca que atri-buir a inspeção sanitária aos responsáveis técnicosdas empresas, como vem sendo proposto peloDepartamento de Inspeção de Produtos de OrigemAnimal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa), é uma infração ao Códi-

go de Ética Profissional do Médico Veterinário, queem seu art. 27 diz que ' é vedado ao médico veteri-nário que assuma responsabilidade técnica (RT),exercê-la nos estabelecimentos de qualquer espé-cie, sujeitos à fiscalização e/ou inspeção de órgãopúblico oficial, no qual exerça cargo, emprego oufunção, com atribuição de fiscalização e/ou inspe-ção'. Portanto, o CRMV-SC entende que “é inadmis-sível que se transfira ao particular uma atividade doEstado referente à saúde pública e, principalmen-te, a segurança alimentar, haja vista estar quebran-do os princípios da imparcialidade e independênciaimposta pela Lei”.

Certificação não é a garantia

INFORME CRMV-SC | MAIO2008 5

Junho:

Dia 14 – Blumenau

Julho:

Palestra sobre Marketing

Dia 12 – Florianópolis

Dia 13 - Joinville

Treinamento de Inspeção

De 28 a 01/08 – Tubarão

Agosto:

Dias 2 e 3 – Florianópolis

Dias 4 e 5 – Lages

Dia 7 – Chapecó

Setembro:

Dia 9 – UnC, em Canoinhas

Dia 10 – FURB, em Blumenau

Novembro

Dia 22 - em Xanxerê

Seminário de Ética e

Responsabilidade Técnica

Palestra de Motivação

Profissional e

Administração de

Recursos Humanos e

Financeiros

Seminário de Bem-Estar

Animal

Palestra Motivação

Profissional

Seminário de Ética e

Responsabilidade

Técnica

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EVENTOS CRMV-SC

Divulgação / Secretaria Agricultura SC