Auriculoterapia - Apostila 1

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  • Curso de

    Auriculoterapia MDULO I

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    MDULO I

    1. INTRODUO AOS CONHECIMENTOS HOLSTICOS

    A Terapia Holstica se prope a trabalhar o ser humano integral. Este

    constitudo de uma frao visvel, o corpo fsico, e uma poro invisvel, que embora

    no vemos, possam entender. Fato que devido regenerao celular, nosso corpo

    permanentemente reconstrudo. Nossas clulas de hoje no so as mesmas de

    ontem, no sero as mesmas amanh. Todavia nossa essncia continua a mesma.

    Mantemos a mesma autoconscincia, habilidades adquiridas, temos os mesmos

    gostos, ideais, sabemos o que fizemos ontem e quais so os nossos planos para

    amanh. H um princpio intangvel que garante a continuidade do Ser mesmo

    atravs das mudanas que o corpo fsico atravessa. Numa graduao progressiva,

    podemos entender a parte intangvel como, primeiro um corpo emocional, sede dos

    nossos desejos, num plano imediatamente subseqente, vir o corpo mental, onde

    se desenvolve o pensamento. O corpo mental treinado consegue controlar as

    emoes. Mesmo que em nvel bsico, todos os seres humanos impem algum tipo

    de limite, advindo de um processo mental, aos seus desejos. Ao conjunto do corpo

    fsico, emocional e mental chamamos de personalidade.

    A grande maioria das tcnicas de Terapias Holsticas desenvolve-se nos

    campos mental e emocional, repercutindo sobre o campo fsico. Assim, a Terapia

    Floral, trata das emoes para que uma vez estas estejam equilibradas, o corpo

    fsico tambm retorne ao seu estado de equilbrio.

    As tcnicas Radiestsicas e Radinicas se desenvolvem no corpo mental,

    atravs da imprescindvel anulao dos desejos e vontades do operador, para a

    adequada investigao das causas do desequilbrio do cliente, e o foco mental na

    inteno, quando se trata de transmitir a Energia sutil. Mesmo tcnicas

    aparentemente mais fsicas, como a Cromoterapia ou a Terapia Tradicional Chinesa

    tambm se utilizam dessa prtica.

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    A Cromoterapia pode ser desenvolvida atravs da simples visualizao das

    cores aplicadas (nvel mental), enquanto a Acupuntura, por exemplo, busca tratar os

    desequilbrios do corpo emocional. Uma conhecida tcnica chinesa, o Qi Gong,

    busca atravs do foco mental redistribuir a Energia sutil atravs dos centros de

    energia do corpo.

    Poderamos continuar descrevendo inmeras associaes de tcnicas

    teraputicas e os corpos mental e emocional. Mas nossa inteno aqui a de

    entender o relacionamento da Energia sutil com nossa constituio intangvel. A

    Energia sutil nutre e permeia o corpo fsico e o corpo emocional. Estes dois, por sua

    vez, esto profundamente interligados, j que o foco mental gera uma vontade

    emocional. Este est ligado ao corpo fsico, onde observamos as suas

    manifestaes. Portanto, a maioria dos desequilbrios energticos do corpo fsico

    tem sua origem no corpo emocional ou mental. Que assim podem ser tratados

    atravs das vrias tcnicas de Terapia Holsticas.

    As abordagens holsticas, ou terapias complementares e alternativas, tm

    em comum quilo que a Organizao Mundial da Sade descreve como: cuidar de

    modo que as pessoas sejam vistas na totalidade dentro de um espectro ecolgico

    amplo, que enfatize a viso de que a sade ou a doena gerada por uma pessoa

    em seu sistema ecolgico global, e no causada apenas pelo agente ecolgico e

    pela evoluo patogentica.

    A totalidade do indivduo geralmente referida como sade holstica porque

    incorpora no apenas o corpo, mas os quadrantes de necessidade e funo: o fsico

    (corpo e movimento), o intelectual (crebro e mente), e o emocional (sentimentos).

    As terapias complementares e alternativas procuram preencher os quadrantes de

    significado e funo e enfatizam a relao cientificamente comprovada entre mente

    e corpo.

    Em vez da reduo das variveis, ou descoberta da plula mgica, essas

    terapias so aplicadas para atingir a integralidade do indivduo, na tentativa de

    ajudar o paciente a recuperar-se da doena e/ou leso, facilitando o fluxo de energia

    natural do prprio indivduo. A teoria holstica, que fundamentada na medicina e no

    sistema de sade praticado na maior parte do mundo fora do ocidente, sugere que o

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    Ki (energia) responsvel pela sade e homeostase quando est fluindo livremente

    em equilbrio.

    1.1 PARADIGMA CARTESIANO E PARADIGMA HOLSTICO

    A palavra paradigma vem sendo usada freqentemente desde que o filsofo

    e fsico Thomas S. Khun a empregou em seu livro The Structure of Scientific

    Revolutions, significando modelo ou padro a ser seguido para o estudo dos

    fenmenos e da realidade.

    Representa um sistema de aprender a aprender e determina normas para o

    desenvolvimento do conhecimento futuro. Cincia significa o conjunto do

    conhecimento humano adquirido principalmente a partir da observao dos

    fenmenos da natureza, da intuio humana, e mais precisamente, da pesquisa

    analtica. Objetiva proporcionar ao ser humano conforto, paz e felicidade.

    A cincia evoluiu relativamente pouco e desordenadamente at meados do

    sculo XVI, sem bases bem estabelecidas de estudo e pesquisa, quando passou a

    ser fortemente influenciada pelo pensamento dos grandes gnios de ento,

    principalmente Galileo Galilei, mestre da deduo terica, Francis Bacon, o criador

    do empirismo da investigao, Ren Descartes, criador da geometria analtica e

    Isaac Newton, criador dos princpios da mecnica.

    Ren Descartes desenvolveu o mtodo cientfico racional dedutivo e

    defendeu o dualismo da natureza matria, pensamento e favoreceu assim o

    dualismo do ser humano corpo e alma. Foi capaz ainda de distinguir duas fontes

    de conhecimento: a intuio e a deduo. Porm, para ele todo conhecimento humano dependeria apenas da razo

    ou do pensamento e nunca da sensao ou da imaginao. Considerou que todos

    os corpos materiais, incluindo o homem, so como mquinas, cujo funcionamento

    obedece a princpios mecnicos.

    Newton consolidou o mtodo racional e dedutivo de Descartes, e assim

    surgiu o Paradigma Newtoniano-Cartesiano, que influenciou e influencia ainda hoje,

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    praticamente todos os campos do conhecimento cientfico. Este paradigma

    simplificadamente parte do pressuposto de que, para se conhecer o todo, preciso

    fragment-lo em seus componentes e estudar cada um deles separadamente. O

    todo seria o resultado da unio e entrelaamento dessas partes menores. Por

    exemplo, para conhecer o funcionamento de uma mquina, preciso desmont-la

    em suas partes. Isto , dividir para conhecer. Atravs dos conceitos deste paradigma

    que surgiram as diferentes especialidades mdicas, nas quais o mdico aprofunda

    seu conhecimento em determinado rgo ou sistema, quase sempre relegando a

    segundo plano a abordagem do ser como um todo.

    O mtodo analtico cartesiano foi com certeza um dos pilares da fantstica

    evoluo do mundo moderno. Mas, igualmente contribuiu para o descaso dos

    sentimentos ntimos do ser humano, em virtude da nfase na abordagem

    mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confuso entre riqueza material e

    felicidade individual, isto explica, em partes, os desequilbrios sociais e a destruio

    sistemtica do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaa

    a existncia da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observaes levam a uma constatao paradoxal: a cincia, apesar

    de seu desenvolvimento fantstico nos ltimos 150 anos e criada para oferecer ao

    homem conforto, paz e felicidade, no foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a

    felicidade, e principalmente o amor. Ao contrrio, despertou um mundo dominado

    pelo egosmo, crueldade, misria, fome, opresso, guerras, destruio

    indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser.

    Em medicina algo semelhante ocorre. Os mdicos modernos e conscientes

    convivem simultaneamente com uma euforia e uma perplexidade: euforia por se

    julgarem donos de um grande conhecimento, proporcionado pela evoluo da

    cincia mdica, e perplexidade por se sentirem, que mesmo com tanto saber, ainda

    so incapazes de solucionar certas patologias.

    Diante da nossa relativa (in) eficcia no exerccio da medicina, podemos

    ponderar que ela se deve, pelo menos em parte, a excessiva nfase que

    habitualmente dedicamos doena e relativo descaso para com o doente (com o

    todo). Enquanto procuramos conhecer aquela em seus mais ntimos mecanismos e

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    detalhes, no nos damos conta de que, por trs do rgo doente, existe um ser de

    altssima complexidade, possuidor de crebro, sentimento e mente.

    Assim devido a esta tendncia, esta necessidade de se conhecer o ser

    humano de forma mais abrangvel, de uma forma mais global, que se deu

    surgimento ao Paradigma Holstico. Paradigma que no surgiu por interveno de

    nenhum grande nome, e nem com poca definida. Sempre existiu, mas nunca lhe foi

    dado devida importncia. Com o renascimento das Terapias Holsticas por volta de

    1970 que foi observado com maior freqncia. Esse paradigma base das

    tcnicas e terapias complementares ou alternativas, que vem o ser humano por

    completo, como o nome j diz, holismo, significa tudo tem a haver com tudo.

    Esse paradigma surgiu principalmente das alteraes das necessidades das

    pessoas, uma necessidade mais natural, mais limpa, surgiu da falta de interesse da

    maioria dos mdicos atuais com os sentimentos do ser humano, surgiu da

    insatisfao dos mtodos e resultados atuais, que mais provocam reaes e efeitos

    colaterais do que efeitos de cura.

    Temos ento um paradigma (cartesiano) que d nfase na doena, que

    precisa fragmentar o mximo possvel o ser humano para chegar ao local exato da

    leso ou doena, e um paradigma (holstico) que analisa e observa principalmente o

    doente, no sua doena, que aborda o ser humano de forma global, corpo fsico,

    mental e emocional.

    1.2 A NATUREZA DO SER HUMANO

    A natureza do ser humano no costuma ser abordada nas diversas

    disciplinas do currculo mdico, em geral, o tema s tratado em compndios de

    psicologia ou medicina psicossomtica. Entretanto, como exercer adequadamente a

    medicina humana, ou tratar de doena ou leses, se no conhecemos o homem em

    sua totalidade. Para a organizao mundial da sade, o homem um ser

    biopsicossocial e a sade subentende-se por um perfeito equilbrio entre os trs

    componentes e no simplesmente pela ausncia de sintomas.

  • BIO

    SOCIAL PSICO

    Fig. 01. Representao esquemtica do ser humano. Ser Bio-psico-social. Fonte: do autor (2007);

    Doenas podem ser consideradas, ou pelo menos adquiridas, um resultado

    de desequilbrio em um ou mais componentes do indivduo. Em outras palavras,

    significa uma exteriorizao de distrbios ntimos da esfera fsica, psquica e/ou

    social da pessoa. Uma perturbao em qualquer um dos componentes vai

    inevitavelmente refletir, nos outros dois, por serem inter-relacionados e

    indissociveis, gerando ento, uma seqncia de eventos, que numa ltima anlise,

    se manifestaro como sintomas e sinais de uma doena. As escolas mdicas, como

    salientamos, enfatizam a doena em detrimento do doente e para ela direcionam os

    recursos diagnsticos e teraputicos, no levam em conta que a doena representa

    apenas uma manifestao exteriorizada de problemas interiores do ser. Assim

    aplicam nfase na parte e negligncia no todo. A tecnologia moderna investiga bem

    a doena, mas fria, impessoal, insensvel e incapaz de adentrar na alma do

    paciente. Este no aguarda ansiosamente apenas pela modernidade na conduo

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    do seu caso, mas espera encontrar diante de si algum que seja tambm um

    confessor, um protetor, um amigo.

    1.3 FUNDAMENTOS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)

    A MTC um sistema de medicina coerente e bem desenvolvido, praticado

    na China por milhares de anos. O sistema considera o corpo humano como um todo

    e como parte da natureza. Para manter-se saudvel preciso conservar a harmonia

    das funes do corpo e entre o corpo e a natureza. A doena ocorre quando a

    harmonia rompida. Para restabelecer o estado de harmonia, so usadas vrias

    abordagens teraputicas: a medicina chinesa a base de ervas, a acupuntura,

    massagens, exerccios corpo-mente, e a terapia diettica chinesa. A preveno da

    doena parte integrante da MTC.

    As origens da medicina chinesa esto ligadas a trs imperadores lendrios:

    Huang Di, o Imperador Amarelo (2697 a.C.), conhecido como o fundador da

    medicina tradicional da China; Shen Nong (2698-2598 a.C.), o agricultor divino,

    considerado o fundador da agricultura e da medicina chinesa a base de ervas; e Fu

    Xi, o domesticador de bois e foi conhecido como o criador das agulhas de

    acupuntura. Acredita-se que Huang Di seja o autor do primeiro trabalho clssico

    sobre a MTC, o Yellow Emperors Inner Classic.

    Os conceitos fundamentais da MTC so Yin-Yang e a Teoria dos Cinco

    Elementos. Essas duas teorias explicam as mudanas e os fenmenos da natureza,

    inclusive os seres humanos.

    1.4 TEORIA YIN-YANG

    Segundo a MTC, o universo um todo, formado pela unio de dois

    componentes opostos, mas complementares, que formam todas as coisas do

    universo, so foras contrrias, mas que no existem individualmente.

  • Fig. 02. Yang (Branco) e Yin (Preto). Fonte: LEVIN & JONAS (2001).

    Yin normalmente representa as coisas relativamente inertes, descendentes,

    internas, frias e escuras. O Yang em geral representa as coisas relativamentes

    ativas, ascendentes, externas, quentes e luminosas.

    YIN YANG

    Para baixo Para cima

    Lua Sol

    Noite Dia

    gua Fogo

    Frio Quente

    Imobilidade Movimento

    Interior Exterior

    Escurido Luminosidade

    Estrutura Funo Tabela 01 Exemplo de caracteres opostos Yin-Yang. Fonte: LEVIN & JONAS (2001).

    Todas as funes fisiolgicas do corpo e tambm os sinais de alteraes

    patolgicas, podem ser diferenciadas com base nas caractersticas Yin-Yang.

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    Sndromes de Yin Sndromes de Yang

    Calafrio e hipofuno Febre, transpirao, hiperfuno

    ndice metablico basal reduzido ndice metablico basal aumentado

    Temperatura baixa Temperatura elevada

    Transpirao reduzida Transpirao abundante

    Peristalse gstrica reduzida Peristalse gstrica aumentada

    Hiperatividade parassimptica Hiperatividade aumentada

    Intolerncia ao frio Intolerncia ao calor

    Palidez Pele rosada ou vermelha

    Desejo por alimentos quentes Desejo por alimentos ou bebidas frias

    Urina clara Urina amarela Tabela 02 Diferenciao de sndromes segundo o Yin e Yang; Fonte: LEVIN & JONAS (2001);

    Entretanto, importante que fique bem claro que a natureza Yin-Yang no

    absoluta, so conceitos relativos, Yin e Yang so interdependentes e podem

    transformar-se um no outro. O equilbrio Yin-Yang garante a manuteno da

    harmonia do corpo. Normalmente considera-se que uma pessoa saudvel, sem

    qualquer sintoma de doena, tenha equilbrio Yin-Yang.

    1.5 TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS

    A partir da observao da natureza os antigos chineses concluram que

    todos os fenmenos obedecem a ritmos e ciclos repetitivos, e a partir da

    estabelecem as bases da filosofia oriental, que so Yin e Yang, e os Cinco

    Elementos.

    Segundo a concepo chinesa, os cinco elementos gua, madeira, fogo,

    terra e metal no so considerados substncias materiais, mas as cinco fases de

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    transformao que universalmente ocorrem em todos os fenmenos, sejam na

    qumica, na fsica, na biologia ou na psicologia. Na verdade, o nome original ou

    traduo mais correta seria as Cinco Transformaes ou os Cinco Movimentos. A

    prpria energia Ki, fluindo ao longo dos meridianos, entrando e saindo de vrios

    rgos e exercendo diversas funes, tambm no podem fugir a lei universal da

    mudana ou mutao. Todas as coisas no universo transformam-se por meio de

    ciclos, por exemplo, as estaes do ano, os ciclos da lua, a gestao de um beb, o

    ciclo menstrual, as mars, etc.

    Cada elemento se relaciona com uma parte do corpo. Saber isso ser muito

    til inclusive nos diagnsticos.

    - Fogo: relaciona-se com a parte superior (cabea e regio crdio-

    respiratria);

    - Terra: relaciona-se com a regio gastro-intestinal;

    - gua: relaciona-se com a parte inferior e a regio genito-urinria;

    - Madeira: relaciona-se com o lado esquerdo do corpo;

    - Metal: relaciona-se com o lado direito do corpo;

    MADEIRA FOGO TERRA METAL GUA Estaes Primavera Vero Final do vero Outono Inverno

    Direes Leste Sul Mediana Oeste Norte

    Tempo Vento Calor Umidade Sequido Frio

    Cores Verde Vermelho Amarelo Branca Preto

    Sabores Azedo Amargo Doce Picante Salgado

    rgos

    Zang

    Fgado Corao Bao Pulmo Rim

    rgos

    Fu

    Vescula Intestino

    delgado

    Estmago Intestino grosso Bexiga

    Tecidos Tendo Vasos Msculos Pele Osso

    Sentidos Olho Lngua Boca Nariz Ouvido

    Vozes Gritar Rir Cantar Chorar Gemer

    Tabela 03 Caractersticas da Teoria dos Cinco Elementos; Fonte: do autor (2007);

  • Fogo

    Terra

    Metal gua

    Madeira

    Fig. 03 Os cinco elementos; Fonte: do autor (2007);

    Na teoria dos cinco elementos temos dois ciclos. O ciclo de gerao

    representado pelo circulo e o ciclo de controle representado pelo pentagrama.

    CICLO DE GERAO

    A madeira pega fogo que produz o fogo, o fogo vira cinza que forma a terra,

    a terra contm no seu interior os minrios e as rochas que formam o metal, o metal

    ao ser derretido forma a gua, e a gua faz brotar a madeira e assim por diante;

    CICLO DE CONTROLE

    O metal corta madeira, a madeira suga os nutrientes da terra, a terra

    delimita os caminhos da gua, a gua apaga o fogo o fogo derrete o metal e assim

    por diante novamente;

    1.6 SANGUE

    O sangue origina-se da essncia do alimento, desenvolvido no bao e no

    estmago. O sangue dominado pelo corao, armazenado no fgado e controlado

    pelo bao. Tem a funo de nutrir os rgos e tecidos do corpo. Tanto o sangue

    como o Ki servem de base material para as atividades da vida.

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    1.7 KI (ENERGIA)

    O Ki a energia vital de cada ser humano, ou seja, uma substncia

    essencial para a manuteno das atividades da vida. As funes do Ki so:

    promover, aquecer, defender, governar e transformar.

    1.8 TEORIA ZANG-FU (RGOS INTERNOS)

    Essa teoria explica as funes fisiolgicas e as alteraes patolgicas dos

    rgos internos, atravs da observao das manifestaes externas do corpo. Os

    cinco zang so os rgos slidos, considerados yin, que so o corao, o fgado, o

    bao, os pulmes e os rins. Os seis Fu so os rgos vazios, pertencentes

    categoria Yang, constituda de vescula, estmago, intestino delgado, intestino

    grosso, bexiga, e sanjio (triplo aquecedor formado pelo diafragma, abdmen e

    baixo ventre). As funes fisiolgicas dos rgos zang so elaborar e estocar as

    substncias essenciais. A funo dos rgos fu receber e digerir o alimento,

    distribu-lo e excretar os resduos.

    1.9 TEORIA JING (MERIDIANOS)

    Descreve o sistema de energia do organismo e trata da circulao e

    distribuio do Ki. Os meridianos, ou caminhos, so os principais troncos que correm

    pelo nosso corpo. Existem 14 meridianos, sendo 12 os principais, que se

    correlacionam interiormente aos rgos zang-fu, e exteriormente, esto ligados as

    extremidades e aos pontos de acupuntura (tsubs), integrando assim, os rgos e

    os tecidos num nico sistema.

    FIM DO MDULO I