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Auto da Barca do Inferno De Gil Vicente

Auto da barca argumentos

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Auto da Barca do Inferno

De Gil Vicente

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Argumento

São representados dois barcos sobre um rio, à espera daqueles que morrem. Um barco conduz ao Paraíso, o outro ao Inferno.

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À medida que as várias personagens vão chegando, apercebem-se das consequências das suas ações (boas ou más)que fizeram na Terra seguindo o caminho que lhes está destinado: Barca do Inferno e Barca do Paraíso.

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Argumentos de Defesa e Acusação às Personagens.

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Fidalgo

Argumentos de acusação do diabo: acusa-o de ter vivido uma vida imoral e de prazeres.

Argumentos de acusação do anjo : acusa-o de ser vaidoso,desumano e desprezar os mais desfavorecidos.

Argumentos de defesa: diz que deixa na outra vida quem reze sempre por ele.; diz que é nobre “Fidalgo de solar” e que por isso tem direito ao céu.

Argumentos de acusação do anjo : acusa-o de ser vaidoso,desumano e desprezar os mais desfavorecidos.Argumentos de acusação do diabo: acusa-o de ter vivido uma vida imoral e de prazeres..

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OnzeneiroArgumentos de acusação do

diabo: O onzeneiro é acusado de ser parente do Diabo;

Argumentos de acusação do anjo: usar de maldade para explorar os mais pobres; de ser ganancioso e materialista.

Argumentos de defesa: O onzeneiro usa como argumentos de defesa o facto de ter tido uma morte súbita; Ser pobre e de Satanás o ter cegado.

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Parvo

Argumento de defesa: o parvo não se defende a

si próprio, é o anjo que pronuncia os seus argumentos de defesa.

Diz que é simples e não foi malicioso e que isso basta para ir para o paraíso.

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Sapateiro

Argumentos de acusação do diabo: Acusado de roubo, desonestidade, mentira e falsa religiosidade.

Argumentos de acusação do anjo: Acusa-o de roubo e desonestidade.

Argumentos de defesa: Diz que ouviu missas, se confessou , comungou e deu ofertas ao santos.

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Frade•  Argumentos de acusação do

diabo: acusa-o de ter vivido a vida a gozar ser temer a Deus.

(o anjo não fala com o frade pois este pecou sob a capa da religião católica.)

 Argumentos de defesa: O Frade usa como defesa o facto de ser da corte; de usar o hábito e de ter rezado os salmos.

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Alcoviteira

Argumentos de defesa: Diz ser uma benfeitora, pois “salvou” muitas moças e compara-se a apóstolos, anjos e mártires por ter feito coisas divinas e ter deixado bem as moças, pois arranjou dono para todas.

(A alcoviteira condena-se a ela própria ao falar com o diabo e o anjo e estes nem chegam a acusá-la)

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Judeu

Argumento de acusação do Parvo: acusado de ter comido carne em dia de jejum e desrespeitado os lugares sagrados.

(Não há argumentos de acusação do diabo nem do anjo, pois ao diabo só interessavam aqueles que pertenciam à religião católica, que pecassem contra ela; O anjo nem sequer falou com a personagem)

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Corregedor

Argumento de acusação do diabo: usar o poder do judiciário em benefício próprio, deixando-se corromper e recebendo subornos.

 

Argumentos de acusação do anjo: Diz que está carregado de pecados e que levou uma vida que o conduzirá ao inferno.

Argumentos de defesa: Diz que apenas encobria os pecados e que era a mulher que recebia as ofertas dadas.

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Procurador

Argumentos de acusação do diabo: são os mesmos argumentos que fez corregedor, pois são ambos corruptos por isso o diabo apenas lhe pergunta se ele se confessou.

Argumentos de acusação do anjo : Diz que está carregado de pecados e que levou uma vida que o conduzirá ao inferno.

Argumentos de defesa: o procurador diz que não se confessou, pois pensava que não ia morrer e achava que isso não era necessário.

 

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Quatro Cavaleiros

O fato de morrerem pelo triunfo do Cristianismo garante a esses personagens uma espécie de passaporte para a glorificação. Assim, não precisam de se defender, pois não são acusados de nada.