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AUTO DA BARCA DO INFERNO Prof .ª Lúcia Rocha

Auto Da Barca Do Inferno

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Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do InfernoProf. Lcia Rocha

Gil vicente Gil Vicente considerado o pai do teatro portugus pois no existem registos de outras representaes antes dele; No se sabe exatamente onde e quando ter nascido, apesar de se apontar se ter sido em Guimares, pelo ano de 1465; A sua primeira pea ter sido O Monlogo de um Vaqueiro, representado Rainha D. Maria, esposa de D. Manuel I, no ano de1502; A rainha D. Leonor, viva de D. Fernando, ter-lhe- encomendado novas peas, como Auto Pastoril Castelhano (1502) e Auto dos Reis Magos (1503); Aquando a sua morte (1536/37) ter produzido 40 peas teatrais, que foram posteriormente compiladas pelo seu filho, tambm ele chamado Gil Vicente. Peas mais importantes de gil vicente 1509 Auto da ndia; 1515 Quem tem farelos?; 1517 Auto da Barca do Inferno; 1518 Auto do Purgatrio; 1518 Auto da Alma; 1519 Auto da Barca da Gloria; 1521 Cortes de Jpiter; 1523 Farsa de Ins Pereira; 1528 Auto da Feira; 1532 Auto da Lusitnia

Principais formas de teatro na idade mdiaTeatro de carcter religioso: Mistrios ou Dramas Litrgicos peas baseadas em episdios bblicos; Laudes Cnticos dialogados sobre os Evangelhos; Milagres cenas da vida dos Santos e os seus milagres; Moralidades peas de carcter educativo, com personagens alegricas.Teatro de carcter profano: Sotias cenas burlescas, de inteno poltica, representadas por bobos; Farsas peas de carcter satrico e popular, em que se zombava de forma exagerada, explorando o cmico atravs dos defeitos, dos vcios e das fraquezas das diversas figuras da sociedade; Momos ou Entremezes pequenas representaes de carcter satrico, envolvendo mmica, em que os atores se podiam disfarar de animais.Caractersticas do texto dramticoSo dramticos os textos que se integram na forma literria do drama (palavra de origem grega que originalmente significava ao.Nesta classe, os textos destinam-se a ser representados por atores, escrito pelo autor;Os textos narram-se por aes por meio da representao.O texto dramtico tem quatro categorias: personagens agentes da ao, que podem ser classificados quanto ao relevo (principal, secundria ou figurante), composio (planas, redondas ou tipo) e aos processos de caracterizao (direto ou indireto); espao que corresponde ao lugar, ambiente meio social/cultural em que se passa a ao; tempo referente ao momento/poca em que decorre a ao; ao em que se sucedem os acontecimentos, em torno de um conflito e com vista a um desenlace.A ao apresenta dois tipos de estrutura:Estrutura Interna: Exposio apresentam-se as personagens e os antecedentes da ao; Conflito representam-se as peripcias que constituem a ao; Desenlace d-se a conhecer a concluso da ao.Estrutura Externa: Ato parte da ao que ocorre num mesmo local (a alterao de espao implica a alterao do ato); Cena parte da ao que ocorre com as mesmas personagens (d-se mudana de cena sempre que uma personagem inicia ou termina a sua interveno na ao);Nota: os textos dramticos podem estar escritos em prosa ou em verso. No ltimo caso, so ainda elementos da estrutura externa a estrfica, mtrica e rtmica).O texto dramtico divide-se em duas modalidades textuais:Falas das personagensConstituem o texto principal, podendo ocorrer sob forma de: Dilogo falas / rplicas entre duas ou mais personagens; Monlogo fala de uma personagem consigo prpria; Aparte fala de uma personagem para o pblico, em que as outras personagens fingem no ouvir.Indicaes cnicas ou DidascliasConstituem o texto secundrio, consistindo em informaes do dramaturgo (geralmente grafadas em itlico e/ou dentro de parntesis) sobre os sentimentos, a entoao, a movimentao das personagens, o contexto espaciotemporal em que decorre a ao, o guarda-roupa, o cenrio e os adereos, os efeitos de sonoplastia ou luminotecnia, AutoTermo que no sculo XVI se aplicava a peas de teatro ao gosto tradicional. Os assuntos podiam ser religiosos, profanos, srios ou cmicos. Ao mesmo tempo que divertiam, moralizavam pela stira de costumes e inculcavam de modo vivo e acessvel a verdades da f.

O Auto da Barca do Inferno um Auto de Moralidade que dramatiza de uma forma cmica preceitos morais, polticos, religiosos, etc., atravs de uma crtica aos vcios e costumes da sociedade portuguesa da poca.