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Associação Brasileira de Automação Comercial Associação Brasileira de Automação Comercial UTOCOM magazine A Ano I - Nº 2 COMO AUTOMATIZAR - UMA PUBLICAÇÃO AFRAC 2010 12ª Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio. Vem aí... Preparem-se, dias 06, 07 e 08 de Abril Janeiro/Fevereiro 2010 RFID RFID O Futuro tem nome: O Futuro tem nome:

AUTOCOM Magazine nº2

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AUTOCOM Magazine é uma publicação da AFRAC - Associação Brasileira de Automação Comercial, entidade multissetorial que tem como missão representar as empresas do setor de Automação Comercial e RFID junto ao mercado e órgãos governamentais, promovendo ações para divulgar os benefícios dessas tecnologias na gestão de negócios do Varejo em geral.

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Associação Brasileira de Automação ComercialAssociação Brasileira de Automação Comercial

UTOCOMmagazineA

Ano I - Nº 2

COMO AUTOMATIZAR - UMA PUBLICAÇÃO AFRAC

201012ª Exposição e Congresso de AutomaçãoComercial, Serviços e Soluções para oComércio.

Vem aí... Preparem-se, dias06, 07 e 08 de Abril

Janeiro/Fevereiro 2010

RFIDRFIDO Futuro tem nome:O Futuro tem nome:

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PALAVRA DO PRESIDENTE AAAAAAAAAAAAAAAAO ano de 2010 promete ser “10”O ano se inicia imerso em um sentimento de otimismo e esperança.

Para muitos dos empresários e profi ssionais dos mais diversos setores econômicos, 2010 será um ano muito bom para os negócios.

Uma vez que o pensamento positivo das pessoas é consonante com o cenário atual, praticamente tudo que o se precisa para termos um bom ano já está contemplado.

Aqueles que atuam no segmento de Automação Comercial e RFID enfrentaram um período de difi culdades do terceiro trimestre de 2008 até grande parte do primeiro semestre de 2009.

Um dos refl exos da crise global tem sido a valorização abrupta do dólar, produzindo grandes impactos para o segmento de hardware, uma vez que a maioria dos produtos utilizados são importados e atrelados à moeda americana, o que repercutiu negativamente na cadeia de Automação Comercial. Mas 2010 promete ser “nota 10” para a Automação Comercial e RFID no Brasil, principalmente para aquelas empresas que se adequarem às exigências do Mercado.

O aparato fi scal está mais rigoroso e as operações não formais tendem a diminuírem drasticamente. Há uma crescente (e justifi cável) preocupação em adotar um modelo de gestão mais efi ciente e competitivo, tornando-se necessária a aquisição de equipamentos. Estes são fatores importantes que fomentarão uma expansão do setor, em especial, no segmento de software, para o qual as empresas destinarão a maior parte de seus investimentos.

Aliado a isto, a área de hardware também irá benefi ciar-se, uma vez que as empresas estarão muito mais preocupadas em adquirir equipamentos com tecnologia de ponta. Somado a estas questões, teremos um ano de grandes mudanças e defi nições no segmento de Automação Comercial e RFID.

O Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF), por exemplo, deve ser exigido em todos os estados da Federação. Com isto, teremos uma grande modifi cação e atualização dos softwares das empresas. Abrir-se-á um grande mercado, pois aqueles softwares “feitos pelo meu sobrinho” não conseguirão atender os requisitos do PAF-ECF e, consequentemente irão desaparecer. O mercado terá um nível muito maior em termos de qualifi cação de profi ssionais e produtos.

Com a publicação do Convênio ICMS 09/09, 2010 será um ano em que as empresas terão que decidir pelo desenvolvimento dos equipamentos com MFB (memória fi scal blindada). Além disto, os equipamentos terão que ser homologados com a possível utilização de um modem. Serão grandes mudanças em termos de desenvolvimento e tecnologia para as empresas do mercado.

O papel térmico estará regulamentado e atendendo à especifi cação da impressão no cupom fi scal em ser legível pelo menos por cinco anos. O mercado também fi cará mais seletivo e qualifi cado, sendo uma grande oportunidade para os convertedores de bobinas.

Um fator não menos importante é o Projeto S@t-Fiscal (Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos), lançado em setembro passado durante audiência pública pelo Governo do Estado de São Paulo. Apesar do conceito inovador de transmissão eletrônica dos cupons fi scais, o projeto distoa do que a legislação atual chama de concomitância, além do disposto no art. 61 da Lei Federal 9.532. Entretanto, o que muitos defi niram como problema, muitas empresas enxergam como uma oportunidade.

Ante este cenário vislumbrado, acreditamos que o ano de 2010 será “nota 10” para as empresas do setor de Automação Comercial e RFID

Zenon Leite NetoPresidente da AFRAC

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UTOCOMA

12Capa

06 Fiscalização

08 Gestão

17 Comissão de Ética

18 Notícia

23 Case

24 Sustentabilidade

27 Comunicação Digital

32 Artigo

34 Parcerias

30EventoAUTOCOM 2010

UTOCOMA magazineCOMO AUTOMATIZAR - UMA PUBLICAÇÃO AFRAC

Projeto Gráfi co: Midia KitcomDepartamento de Arte: Andréa BossiniDiagramação: Ari Junior [email protected]ção: Rodrigo Campos - 11- 3368-1752 [email protected]

Os conteúdos dos anúncios publicados são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Jornalista Responsável: Ana Claudia Oliveira Capa: Carlos José Mendes da Silva - AFRACFotografi a: Divulgação / Assessoria de Imprensa / Gregory GrigoragiImpressão: HR Gráfi ca EditoraTiragem: 5 mil exemplares

www.midiakitcom.com.br

ÍNDICEAAAAAAAAAAAAAA

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PRESIDENTEZenon Leite Neto

VICE-PRESIDENTE GERAL Edgard de Castro

VICE-PRESIDENTE AIDCCássio Pedrão

VICE-PRESIDENTE DE SOFTWARE HOUSES Luis Garbelini

VICE-PRESIDENTE DE SUPRIMENTOS Fernando A. Martins

VICE-PRESIDENTE DE REVENDAS/INTERVENTORES Eduardo Santos

VICE-PRESIDENTE DE MARKETING Gerson Pasquali

VICE-PRESIDENTE DE FABRICANTES Gerson Gavazzi

VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES INSTITUCIONAISMarcelo Coppla

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAISPaulo E. Guimarães

CONSELHO FISCAL Múcio Álvaro DóriaWagner V. Oliveira

DIRETORA EXECUTIVA Valéria Dias Beu

Endereço:

Rua Silvia, 110 - 10º andar, Bela Vista.São Paulo - SP / Cep: 01331-010 / Tels: 11- 3284-7080 / 3284-8281 /Site: www.afrac.com.br / [email protected]

CONSELHO EDITORIAL AAAAAAAAAAAAAA

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Desde que o Toyotismo com sua produção fl exível superou o mecanicismo das organizações, implantadas na era Henry Ford e foi devidamente suplantado pelo

modelo volvista da fl exibilidade criativa e que o padrão administrativo dentro das empresas foi tornando-se menos rígido, encorajando posturas abertas, novas visões, evitando estruturas infl exíveis; descentralizando a tomada de decisão e dando a autonomia aos grupos ou departamentos, que qualquer aparência de controle, seja interno ou externo, traz um certo temor, mesmo um total desconforto ao homem e aos diversos setores de produção.

Principalmente quando esse controle vem “inspirado” pelo governo. Esse é um dos grandes embates do SPED, sigla designada ao Sistema Público de Escrituração Digital, que determina a transferência para o meio eletrônico de todas as obrigações contábeis e fi scais das empresas, hoje cumpridas com um interminável preenchimento de formulários e livros.

“O SPED vai limitar o espaço para a sonegação e reduzir a burocracia, o que benefi cia as empresas sérias”, diz Carlos Sussumo Oda, superintendente da Receita Federal e responsável pelo SPED. Instituído através do Decreto 6022/07 e em vigência a partir de 01/01/2008, esse instrumento unifi ca as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fi scal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fl uxo único e computadorizado de informações.

Mas um dos principais pontos de discórdia nesse caso tem sido o fato de que o SPED é um sistema que está sendo desenvolvido pelo Fisco, o que leva a pensar se realmente existiria alguma vantagem decorrente de toda essa grande e dispendiosa implementação. Chamado pelo próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em um congresso brasileiro de Contabilidade de “um novo e virtuoso ciclo da nossa economia”, o SPED, tanto contábil quanto Fiscal, busca integrar as empresas espalhadas pelas 27 unidades federadas em uma única obrigação acessória. “Ao invés de empresas nacionais

FISCALIZAÇÃOAAAAAAAAAAAAAA

SPED: Vencendo os mitos e barreiras

que possuem suas sucursais em vários Estados terem que cumprir 27 legislações diferentes elas agora só terão que responder à apenas uma”, garante Carlos Sussumo.

Segundo Vagner Montagnel, CIO da Volkswagen do Brasil, a empresa que antes gastava cerca de 0,80 centavos com notas fi scais emitidas em papel, hoje, devido à extinção de mais de 180 mil delas, consegue economizar cerca de 150 mil reais por mês. E pense no que uma empresa pode realizar tendo 5% a mais de seus ativos.

Mas para existir uma nova etapa do processo de faturamento, é necessário adequações de sistemas e infra-estrutura. Tudo isso exige mudanças signifi cativas. Mudanças organizacionais e culturais, tanto de colaboradores, clientes e fornecedores. O SPED demanda não somente uma usabilidade tecnológica expressiva como também um capital humano diferenciado e consciente dessas novas regras do mercado. E tudo isso gera muitos temores. Por isso, precisa-se prestar atenção especial em Processos, que são as irregularidades fi scais na emissão e recepção de documentos fi scais, as irregularidades cadastrais e a responsabilidade pela integridade e guarda dos arquivos enviados.

Entretanto, de acordo com Roberto Dias Duarte, diretor da Mastermaq, que escreveu o livro “SPED, o Big Brother Fiscal, na era do conhecimento”, para que toda essa nova fase corra da melhor maneira possível para ambos os lados, é primordial se fazer um trabalho de análise, antes da entrega dos livros e notas fi scais eletrônicas ao Fisco. Esse deve prever a entrada correta dos dados e mais, é imprescindível um planejamento tributário detalhado, bem como a revisão minuciosa de processos logísticos à luz dessa nova troca eletrônica de informações entre todos os envolvidos nas transações da empresa: clientes, contadores, fornecedores e Fisco.

Porque depois de entregue, não será mais permitida qualquer correção ou retifi cação. Afi nal a fi scalização é digital e online. E deve sempre se lembrar que se a forma de arrecadar mudou, a legislação existente, as penalidades e a relação FISCO x Contribuinte, não sofrerão alterações.

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da Nota Fiscal eletrônica. Afi nal, seu sucesso atual vem sendo refl etido em alguns trilhões de reais arrecadados devido à sua emissão contundente.

Tudo isso gera mesmo um maior controle fi scal, legal e comercial que é tão necessário quanto assustador. Basta pensar que com esse novo sistema, por exemplo, a nota fi scal eletrônica consegue verifi car online se vendedor e comprador estão autorizados a funcionar, o que impedirá que companhias vendam ou comprem de outras que estejam desabilitadas pelos fi scos devido a alguma pendência tributária grave. Só que, na prática, há muitas empresas que continuam operando e emitindo notas apesar de desabilitadas. Isso deve mudar. Sem falar que todas essas informações fi carão registradas no banco de dados e certamente gerarão autuações futuras.

Também lembrar que o Fisco terá visibilidade sobre as operações não autorizadas. Consequentemente, a venda (emissão de nota fi scal) e entrega (recebimento no destino) sem a efetiva circulação da mercadoria (“bipagem” na NF eletrônica) por um posto de fi scalização, assim como as informações cruzadas entre contribuintes, transportadoras e postos fi scais (estradas, portos e aeroportos), permitirão facilmente aos Fiscos observarem que houve violação da lei e do Regulamento de ICMS.

Dá medo? Bom, para o medo, seguindo a posologia aristotélica, nada melhor do que a virtude da coragem. Coragem de se ajustar, de se preparar, de acertar as contas com quem de direito. Coragem de adotar as melhores práticas fi scais e contábeis. E boas práticas são precedidas de planejamento e sucedidas por ações fi rmes efi cazes e que se proponham em um maior controle sobre as operações das empresas, independentemente do seu porte.

Investir em profi ssionais responsáveis pela apresentação das peças contábeis e fi scais, em serviços tecnológicos, em consultoria e planejamento tributários. Assim como buscar soluções tanto de armazenagem de documentos eletrônicos, quanto de segurança, comunicação e sistema de gestão e muito arrojo para aplicar na pós-implantação, além do treinamento e capacitação dos colaboradores nesses novos processos bem como na atualização das documentações de processos para atendimentos da SOX e ISO´s. Afi nal, em breve, todo o mercado estará sujeito ao novo Sistemae ISO´s. Afi nal, em breve, todo o mercado estará sujeito

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Infelizmente ainda há mitos e paradigmas a serem derrubados. Um deles é o fato de que o SPED não é um projeto restrito das áreas fi scal e de TI das Empresas, é na verdade um Projeto Corporativo. Isto porque, na implantação de um projeto SPED, várias áreas, processos e sistemas de informação

das Empresas devem ser revistos ou até mesmo criados, objetivando-se disponibilizar para o sistema fi scal as informações requeridas pela nova legislação do SPED.

Outro mito está relacionado ao plano de contas referencial. Se em 2009, o mesmo era opcional; em 2010, ele passa a ser obrigatório para as empresas envolvidas. Em junho de 2009, 12 mil delas foram obrigadas a entregar o SPED Contábil com dados da Contabilidade de 2008. A partir desse ano, essas 12 mil juntamente com milhares de outras, continuam obrigadas ao SPED Fiscal já a partir de janeiro. Mais um mito relevante é que a nota fi scal eletrônica não atingiria empresas optantes do SIMPLES Nacional, declara o diretor da Mastermaq. Uma grande inverdade.

Há, no entanto, realidades duras a serem enfrentadas, pelo menos por algumas empresas. As convocadas terão de enviar pela Internet praticamente todos os seus dados contábeis (todos os pagamentos e recebimentos realizados, o que inclui vendas, compras e salários de funcionários, entre outros) e fi scais (todos os registros de notas fi scais que geraram débitos e créditos de tributos). Assim sendo, essas notifi cações deverão ser confrontadas com os dados fornecidos pelas notas fi scais eletrônicas.

A transmissão desses dados serão realizadas através do Transporte Eletrônico (CT-e), que já se encontra em teste no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Ele poderá ser usado para substituir alguns documentos fi scais do setor de transportes, incluindo o rodoviário, aquaviário, aéreo, ferroviário de cargas. Poderá também, ser utilizado como documento fi scal eletrônico no transporte dutoviário e, segundo o Ministério da Fazenda, futuramente, nos transportes multimodais.

Temos ainda o E-LALUR eletrônico, que é o Livro de Apurações do Imposto de Renda de Lucro Real das empresas e que será implantado agora em 2010. Sem falar no SPED trabalhista e previdenciário, que já se encontram em planejamento dentre os órgãos governamentais competentes, bem como o fato de que as empresas devem se preparar para a segunda geração

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obtenção de informações consolidadas e a inconsistência de dados redundantes armazenados em mais de um sistema. E para solucionar esses problemas, agregando tudo em um só sistema de informação, surge a ERP.

A ERP vem seguindo uma linha evolutiva, onde no começo da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERPs, que eram utilizados para a gestão e a planifi cação da produção industrial.

Durante a década de 80, com o início das redes de computadores ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção e logística, o MRP se transformou em MRP II (que signifi cava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário.

Na década de 80, tal sistema, ainda que caro, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas foram as de fi nanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.

A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, entre outras razões pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor – microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na fi losofi a de controle e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.

ERP: Um Mercado em Expansão Entenda porque o programa de

gestão integrada vem crescendo assustadoramente no Brasil

AAAAAAAAAAAAAA GESTÃO

Estudo da IDC (International Data Corporation), empresa especializada em inteligência de mercado, consultoria e eventos para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações,

revela que as vendas no País superaram 1,1 bilhão de reais no primeiro semestre de 2009 e estima que tenham atingido 2,5 bilhões de reais no ano que passou. Isso signifi ca que a crise econômica teve impactos menores do que os esperados nas vendas de sistemas de gestão no Brasil no ano passado.

O mercado de ERP (Enterprise Resource Planning), também chamados Programas de Gestão Integrada (PGI), movimentou mais de um bilhão de reais em licenças no primeiro semestre de 2009, em comparação com mais de 900 milhões de reais do mesmo período em 2008. A estimativa para todo o ano de 2009 foi de que as empresas brasileiras tenham investido mais de dois bilhões e meio de reais em sistemas de ERP, o que denota um crescimento de 17% em comparação a 2008.

É um avanço extraordinário para uma tecnologia que só passou a ser usado largamente no Brasil no início dos anos 90. Para se ter uma idéia, da invenção da tipografi a até as primeiras produções editoriais, houve um espaço de quase 100 anos. E a Internet que começou “Arpanet”, cujo protótipo foi criado nos EUA, em 1969; foi só após o início dos anos 90, quando o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, que veio a utilização de uma interface gráfi ca e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. No Brasil, uma interface do “Arpanet”, o “Alternex” só foi aberto ao acesso público em junho de 1992.

Mas como a necessidade é a mãe da invenção, diziam os antigos, assim sendo, como para cada empresa, havia vários sistemas que foram desenvolvidos a fi m de atender aos requisitos específi cos das diversas unidades de negócio, plantas, departamentos e escritórios, tendo cada departamento, um sistema próprio, a informação, muitas vezes, fi cava dividida entre diferentes sistemas. Essa fragmentação da informação instaurou problemas como a difi culdade de

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INOVAÇÕESAs inovações no Varejo, segundo Gilsinei Hansen, diretor de seguimentos da TOTVS, retratam o amadurecimento deste mercado e buscam o alinhamento entre os desejos do consumidor e a necessidade do varejista em se destacar da concorrência. Neste sentido, foram destacados alguns pontos que fazem parte deste cenário:

1. Multicanal (lojas físicas e virtuais):(a) Pelo lado do cliente, que está em busca da conveniência e flexibilidade, cada vez mais a diversificação de canais ajudará a identificar valor agregado em um determinado varejista, principalmente onde os preços praticados entre os concorrentes são muito próximos;(b) Pelo lado do varejo, o uso de tecnologia para ter estes canais integrados é importante para manter os níveis de estoque e a rapidez na entrega; Ex.: Troca na loja de compras feitas on-line.

2. Planejamento de demanda, aliado ao gerenciamento de categorias e modelos matemáticos.(a) Requer apoio da tecnologia para eficaz planejamento de demanda e correta definição do mix de produto das lojas

3. RFID x Databar:(a) O RFID no segmento varejista, começará pela logística para suportar o reabastecimento das lojas. No ponto de venda, o DataBar (um novo modelo de código de barras) já está sendo utilizado por alguns varejistas dos EUA e Europa para maior controle em produtos específicos;

4. Supply Chain colaboration:(a) Integração de toda a cadeia de abastecimento fortalecendo a “centricidade no consumidor”

UM NOVO MOVIMENTOSegundo alguns especialistas na área, estamos entrando na grande onda da Mobilidade na Gestão. Estamos na era em que o gestor necessita que a informação chegue no momento certo, às pessoas certas e de forma bastante objetiva. Ele não pode mais buscá-la e nem tampouco gastar tempo garimpando o que lhe é útil.

Muita informação não significa domínio do negócio. A informação certa no tempo certo é o grande desafio do gestor. Portanto, para conduzir o negócio com excelência, os executivos precisam de mobilidade, simplicidade, objetividade, pró-atividade, segurança, seletividade e, principalmente, velocidade.

Com a mobilidade, os gestores podem ter acesso à informações operacionais e às que facilitam a tomada de decisão, em tempo real. Entre elas, o cumprimento de meta de vendas ou margem de contribuição da empresa, do vendedor, unidade ou região; receita acumulada, clientes inadimplentes, desencaixes financeiros, previsão para atingir o ponto de equilíbrio, alerta de atrasos em projetos ou atendimentos, necessidade de manutenção em máquinas e equipamentos, etc.

“Como recomendação: salvo relatórios e impressões diversas (como notas fiscais), além de pequenas porções de interfaceamento com o mundo externo – como com os bancos – deve-se sempre ficar ao máximo limitado em se executar parametrizações e nunca customizações. Além de muito mais rápido, barato e eficiente, garante que as novas versões do ERP poderão ser implantadas praticamente de forma transparente aos usuários e administradores”, afirma Sr. Cássio Pedrão (Vice-Presidente da AIDC-AFRAC).

ARQUITETURA Alguns cientistas da área identificam alguns pontos importantes acerca da sua arquitetura e funcionalidades, que são:

(a) Uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa. É um amplo sistema de soluções e informações;

(b) Um banco de dados único, por meio do qual se opera uma plataforma comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional;

(c) Suas funcionalidades representam uma solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma como as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP são desenvolvidos de forma que a solução genérica possa ser personalizada em certo grau.

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IMPLANTAÇÂOO processo de adoção do ERP, que alguns relatam ser esta a etapa mais crítica, envolve seleção, aquisição, implantação e testes, que, segundo alguns estudiosos da área de Administração e Tecnologia, deve ser planejado, após uma etapa de análise das funcionalidades da empresa e do sistema e estar de acordo com a orientação estratégica da empresa.

Muitos afirmam que o sucesso na implantação depende do alinhamento entre software, cultura e objetivos de negócio da empresa. Eles destacam a importância de checar funcionalidades e adequação do sistema às particularidades da empresa e o fornecedor da solução, garantindo ser necessário ter previsão do impacto para a empresa, assim como a articulação entre os objetivos do projeto e expectativas de mudança da organização; boa gerência; comprometimento da alta administração e dos proprietários dos processos; e os usuários devem compreender a mudança. Na seleção deve-se avaliar o sistema mais adequado à empresa. Por isso, é que a equipe de implantação deve conhecer bem o sistema e os processos de negócio da empresa.

Muitas vezes, devido a essa falta de visão ou previsão, a implantação de um ERP pode ser problemática por duas razões: a empresa não faz antes as escolhas estratégicas para configurar os sistemas e os processos e a implantação escapa do controle da empresa. Muitas empresas encaram como um projeto de tecnologia e não empresarial. O que não é verdade, já que tal mudança organizacional acaba levando à mudança nas responsabilidades e tarefas das pessoas e nas relações entre os departamentos, o que reflete consideravelmente em toda a empresa. Por isso, é fundamental o envolvimento dos usuários nessa etapa.

Segundo Gilsinei Hansen, diretor de segmentos da TOTVS, as soluções que se vê para o segmento não estão apenas em software, “Oferecemos aos nossos clientes o que chamamos de Operador Administrativo. Trata-se de uma oferta de software, tecnologia, serviços de consultoria de gestão e serviços de valor agregado com e-learning, BPO, ASP, e Service Desk”, afirma o executivo. Segundo ele, “Pode-se ainda ser explorado o e-learning para capacitação dos profissionais da empresa, seja em processos e métodos, ou para treinamento dos vendedores e em segurança da informação com o apoio de tecnologia e ASP”.

Segundo pesquisa da Deloitte Consulting (1998), os benefícios de um ERP só podem ser obtidos na etapa

de utilização se, após a implantação, o foco for mantido concentrando os esforços na obtenção dos resultados. A pesquisa revelou que as empresas sentiram os benefícios do sistema após algum tempo de uso, à medida que perceberam suas potencialidades de uso.

Para Cassio Pedrão, Vice-Presidente de AIDC/AFRAC, as vantagens são sempre aquelas apresentadas por qualquer um dos vendors: integração das estruturas de dados, redução de erros, facilidades para práticas de governança corporativa, sistemas de gestão, ISO9000, etc, “sistemização” da empresa (ou seja, menor dependência de pessoas para a execução de tarefas; os processos e as regras do negócio são definidos corporativamente com base no ERP e não no desejo ou conhecimento de uma ou outra pessoa), padronização de operações, constância na atualização da prática com a evolução das legislações aplicadas (novas leis e taxas são atualizadas para todos), potencial para contratação de pessoal sem grandes impactos em treinamentos voltados à operação, entre outros.

“Dificuldades há,” afirma Pedrão, “e geralmente estão relacionados àquilo que não foi bem planejado. É melhor investir no planejamento, nos estudos da operação (como é) e na avaliação detalhada do resultado a ser implementado (como será) antes de qualquer implementação. O custo para uma revisão, depois do ERP se tornar importante demais para a empresa, será muito maior”, conclui.

Como tudo, há algumas barreiras a serem vencidas. Por exemplo, várias empresas calculam de forma errada os custos relativos à implantação de um ERP. Esses custos precisam incluir: licenças do software; hardware; serviços de consultoria e treinamento e ajustes após a implantação.Mesmo após a implantação, o sistema mantém-se em evolução contínua, a fim de refletir os processos da empresa, daí surgem as primeiras dificuldades que estão ligadas à atualização constante do sistema e ao gerenciamento das versões. Os fornecedores vêm investindo volumosamente em seus softwares, na intenção de encontrar novas formas de executar processos e corrigir problemas.

Pra se ter uma idéia, a TOTVS investiu cerca de 100 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2009. Segundo comunicado divulgado pela companhia no final do ano passado, um dos resultados do investimento é a plataforma tecnológica própria, base de todos os produtos da TOTVS. O mesmo aconteceu com a produtora de ERP, a ABC71, que investiu um milhão de reais, na criação de

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O ERP tem sido utilizado como infra-estrutura tecnológica para suporte às operações e é considerado a porta de entrada para a integração entre as empresas da cadeia de fornecedores e está se tornando uma plataforma para aplicações de data mining, gerenciamento da cadeia e sistemas de informação para executivos. Ele contribui para aumentar a efi ciência da empresa, otimizando a capacidade para fazer negócios em qualquer lugar do mundo.

Como vantagens podem ser destacados: possibilidade de integrar os departamentos numa base única, aumento de valor percebido pelos investidores e pelo mercado; agilidade nas oportunidades de negócios; visibilidade; informação em tempo real; atendimento a requerimentos globais, regionais e locais em um único sistema; e suporte à estratégia de e-business. Para as empresas de médio porte, a adoção de ERP constitui excelente oportunidade para modernização tecnológica. Por isso, o treinamento não pode ser negligenciado.

Uma pesquisa realizada por Wood Jr em 1999 revelou que, de modo geral, a implantação trouxe melhorias para as empresas, porém não se pode falar em unanimidade. Dentre as melhorias observadas, 60% das empresas analisadas afi rmaram ter havido integração efetiva das funções e processos, 45% apontaram melhoria na utilização de recursos do sistema ou da tecnologia e 40% disseram ter melhorado o desenho e controle dos processos.

uma nova unidade que sirva de centro de apoio, que vai contribuir no desenvolvimento de novas aplicações e também nas customizações para os clientes do ERP da empresa, o Omega.

E tudo isso graças à exigência de adesão ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que gerou novas oportunidades de negócios, o que motivou a empresa a implantar outro braço de desenvolvimento. O investimento em uma nova unidade faz parte dos planos da ABC71 para aumentar em 30% seus negócios em 2010. Em 2009, a empresa movimentou cerca de 10 milhões de reais - aumento de 37% em comparação à receita obtida em 2008. E muitas dessas alterações podem ser consideradas novas implementações.

RESULTADOS

Davenport revela que o ERP permite o acesso à informação em tempo real e contribui para a redução de estruturas gerenciais. Por outro lado, centraliza o controle sobre a informação, padroniza processos e procura unifi car a cultura e o comando sobre a empresa. Muitas empresas têm aproveitado esses sistemas para introduzir mais disciplina. O ERP auxilia a padronizar práticas administrativas para empresas distantes geografi camente.

Tais impactos dessas melhorias são visíveis especialmente em áreas como administração de recursos humanos e de gestão, onde se destacam: a redução de custos por meio da redução de mão-de-obra e de horas extras, a racionalização de recursos, a melhoria do nível técnico dos funcionários em informática, a agilidade nas tarefas da empresa, pela otimização e uniformização dos procedimentos internos.

Ressaltam-se ainda a diminuição no retrabalho de tarefas administrativas, a melhoria no desempenho da empresa, a tomada de decisões com informações obtidas em tempo real, um maior comprometimento e responsabilidade do funcionário no apontamento, assim como o crescimento da empresa, possibilitado pelo controle em suas tarefas; a centralização das atividades administrativas e a otimização da comunicação. Sem falar que diminui consideravelmente o fl uxo de papéis, o que gera ganhos para a empresa e para o meio-ambiente

Gilsinei Hansen

o fl uxo de papéis, o que gera ganhos para a empresa e para AA

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CAPAAAAAAAAAAAAAAA

Imagine. Um dia tínhamos as etiquetas adesivas de preço com sua famosa e temida maquininha, que nos anos 80 devido à infl ação galopante, trabalhavam a todo vapor

no setor varejista em geral. Depois veio o moderno código de barras. Mas isso é coisa do século passado, porque a próxima década será marcada pelo RFID, cujo signifi cado em português é Identifi cação por Rádio Frequência.

Este é um método de identifi cação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos chamados de tags (etiquetas) RFID. Apesar de ter algumas funções similares às do código de barras, cada vez mais se comprova que este método, com suas etiquetas inteligentes, completa o código de barras. E pensar que tal sistema teve seu início na Segunda Grande Guerra, quando foi usado para identifi car aviões “amigos”.

Para Luciana Cabrini, diretora de marketing da Saint Paul, “a tecnologia de RFID habilita as empresas a desenvolverem iniciativas de revisão de processos com o objetivo de aumentar a qualidade e a produtividade. O empresário encontra no RFID uma solução segura e de preço efetivo para garantir a implantação de processos atualizados, confi áveis e auto-gerenciados, reduzindo dessa forma o impacto negativo dos processos inefi cientes”.

Composta por transponders (RF tags), leitores com antenas e computador ou outro tipo de controlador, RFID é uma tecno-logia de identifi cação que utiliza a radiofreqüência para capturar os dados, permitindo que uma tag (etiqueta) seja lida sem a necessidade de campo visual, através de barreiras e objetos

tais como madeira, plástico, papel etc. Um sistema RFID digital funciona como um sistema poderoso de aquisição

O Futuro tem um Nome: RFID

O sistema de identifi cação por rádio freqüência vem revolucionando o setor varejista

de dados em tempo real, com a vantagem de eliminação de intervenções humanas manuais e visuais, dinamizando assim o tempo de transições e assegurando efi ciência e efi cácia.

Tal evolução revolucionará ainda o merchandising e o marketing (aumentando a interatividade com os consumidores por meio de provadores inteligentes, araras interativas, espelhos mágicos, entre outros) e reduzirá o tempo para o check-outs (diminuindo assim as fi las). Enfi m, criará inúmeras possibilidades de otimização de toda a Supply Chain (Cadeia de Suprimentos).

Um exemplo é o caso da Levi’s, que teve entre outros, a redução de 80% no tempo de recepção, de três horas para 30 minutos e do seu tempo de inventário físico de três dias para 90 minutos. Outro é da Bestbuy que apresentou uma dramática redução na falta de estoques e ainda o aumento de dois dígitos nas vendas.

Graças ao Sistema de Identifi cação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, também conhecido como Brasil-ID, lançado no fi nal do ano passado pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Fazenda, haverá um padrão único para o uso do RFID voltado à fi scalização de qualquer produto em circulação no território nacional (veja reportagem em anexo). A tecnologia, obrigatória a partir deste ano, também será utilizada para identifi car e rastrear documentos fi scais.

Ainda pode-se identifi car os benefícios na parte de serviços, como no caso dos hospitais e da área farmacêutica, onde RFID pode ser a chave para a manutenção de produtos, rastreamento de pacientes e profi ssionais, controle e administração correta de medicamentos, evitando inclusive as falsifi cações de remédios. Os dados podem ser acessados pelos médicos em qualquer lugar, inclusive pela Internet. Ele também vem comprovando sua efi ciência nas maternidades, já que o RFID na pulseira dos bebês acaba com problemas de identifi cação, trocas e até roubos de crianças.

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Esta evolução tecnológica deve estar presente na indústria alimentícia, automotiva, na segurança e controle de acessos a prédios e condomínios, no rastreamento de livros e processos, na identificação de árvores e nas cédulas de dinheiro, nas aplicações financeiras, nos bilhetes de transportes públicos e até mesmo nos resultados de competições esportivas. E até o animalzinho fujão poderá ser rastreado graças ao implante de um chip RFID.

VIABILIDADE

Mas e o custo disso tudo? Com a redução do chamado “custo Brasil” – termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no País, prejudicando o seu desenvolvimento, os gastos para a implantação da tecnologia vem caindo progressivamente.

“Os equipamentos de leitura das tags (ainda em torno de 2.000 dólares), passarão a custar, em poucos anos, apenas 100 dólares, tornando possíveis projetos a qualquer tipo e tamanho de estabelecimento”, afirma Regiane Relva Romano, Diretora da Empresa Vip Systems. As antenas, que se conectam ao chip das etiquetas e se integram aos sistemas de entrada e saída das mercadorias, são avaliadas hoje em 500 dólares; as etiquetas custam em torno de US$ 0,50 (cinquenta cents, até o ano passado elas tinham preço de um dólar e agora estão mais baratas porque começam a ser fabricadas na China). Já existem etiquetas com chips impressos em papel ao preço de US$ 0,15. O software para integrar todos os equipamentos sai por 2.000 dólares.

Áreas como gerenciamento da cadeia produtiva, identificadores pessoais, varejo de moda, vendas de ingressos e sistema de pagamento sem fio estão entre as que devem tirar grande proveito do RFID. O pagamento por contato, aliás, é uma das aplicações que mais impulsionam o crescimento da tecnologia no setor comercial. O sistema permite que as transações sejam feitas apenas encostando o cartão de débito ou crédito no leitor, sem a necessidade de inseri-lo ou digitar senhas. Isto deve agilizar os pagamentos e reduzir as filas nos caixas em aproximadamente 20%.

A confiança no RFID também está em alta: 48% das empresas crêem que a solução é capaz de gerar ROI (retorno sobre o investimento) até um ano após a sua implantação, no atual contexto econômico. Esse quadro positivo atesta a crescente penetração da tecnologia em diversos setores da cadeia de distribuição brasileira. Demonstra, ainda, que cada vez mais empresas estão optando pelo RFID para melhorar seus processos de negócios com maior segurança, praticidade e agilidade, além de reduzir custos desvinculados à mão-de-obra, o que reflete em um significativo aumento das vendas.

Entretanto, a aplicação ampla da tecnologia em cadeias e mercados globalizados só será possível a partir da adoção de padrões globais, tanto do hardware e do software, como também dos processos e estruturas de sistemas de informação. Sem isto, não haverá a necessária escala e compatibilidade de sistemas, limitando a aplicabilidade a algumas soluções de empresas.

A diretora de marketing da Saint Paul é taxativa sobre isso: “As melhores práticas na implementação de um projeto de RFID preconizam a estruturação de um projeto piloto bem selecionado e a posterior expansão do uso da tecnologia sempre tendo como premissa a sua viabilidade econômica. É importante que se considere a RFID como uma tecnologia madura, de funcionalidade comprovada e, portanto pronta para ser aplicada em qualquer processo no qual os resultados econômicos e estratégicos justifiquem a opção”, declara Luciana Cabrini.

Equipamentos de leitura dasTags

Luciana Cabrini

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RFID NO VAREJOA tecnologia RFID é utilizada para marcar e identificar itens individuais e caixas que se movimentam a partir do chão de fábrica, através da cadeia de fornecimento e nas mãos do comprador ou consumidor. Leitores de dados podem se comunicar com uma etiqueta RFID no produto, coletando assim informações sobre ele (como um número único) e ao combinar esse número em um banco de dados terá acesso a um registro completo sobre aquela marca.

O funcionamento desse sistema segue determinados caminhos, como: 1º - A etiqueta entra no campo da RF, 2º - o sinal RF energiza a etiqueta, 3º - A etiqueta transmite ID mais dados, 4º - A leitora captura dados e envia ao computador, 5º - O computador determina ação, 5º - O computador instrui leitora e finalmente, a leitora transmite dados ao chip. Tudo em tempo real, mediante uma velocidade e precisão sem precedentes para a cadeia de abastecimento do setor varejista.

Segundo Vanderlei Ferreira, diretor da área de Mobilidade da Motorola Brasil, esta precisão só foi possível por empresas como a Motorola pensarem no RFID para os vários tipos de varejo. “Tem havido nos últimos tempos, a adaptação do RFID a fim de se atender todas as necessidades do varejo, seja na área de retaguarda, na reposição de gôndolas ou nos pontos de venda”, afirma.

Combinando computadores móveis, infraestrutura sem fio e leitores e inlays de etiqueta de RFID (identificação de radiofreqüência) com aplicativos de seus parceiros, a Motorola trabalha para garantir que os estoques sejam rastreados de forma precisa e eficiente em todas as etapas.

Para isso, foram criados dispositivos fixos, tradicionais, os chamados portais, que permitem uma leitura de áreas significativas, de 10, 11 metros, com muita eficiência, geralmente usados na retaguarda. Há ainda os dispositivos autônomos, compactos, como os leitores de mão RFID, que leem dados, em áreas remotas fora do alcance de leitores RFID fixos, com capacidade de capturar uma gama de dados completa, desde etiquetas RFID e códigos de barra até imagens.

“O varejo brasileiro certamente tem muito a se beneficiar da aplicação do RFID. Nossa experiência evidenciou diversas oportunidades de melhoria, em que o custo de Tag’s na operação ou dos equipamentos na fase de implantação era extremamente baixo frente ao incremento de produtividade obtido”, afirma Luciana Cabrini. Sem falar que a tecnologia RFID é perfeitamente viável para aplicação nas pequenas empresas. “A disciplina é a solução para garantir a manutenção de uma política consistente de investimentos em tecnologia na pequena empresa, bem como o estabelecimento de prioridades e adequação ao estágio de desenvolvimento da empresa na seleção dos projetos a serem implementados”, destaca a diretora.

Rui Freitas, diretor da Provectus Tecnologia, acredita que para se entrar de vez na era RFID, sendo para ele uma questão de tempo, para que ela se popularize, as empresas terão que promover uma reorganização de seus processos empresariais. E lista as razões que mostram que o RFID não é apenas uma nova tendência, ela é o futuro. “Com esse sistema, que não é novo, mas vem se fortalecendo cada vez mais nesses últimos anos, pode-se identificar todas as etiquetas contidas em uma caixa de papelão, por exemplo. O RFID lê dezenas de tags de uma só vez, em um espaço de tempo bem curto, através de portais”, afirma Rui. Ele narra um episódio ocorrido no evento da Super loja das Casas Bahia, onde a conferência do estoque sazonal do evento foi feito em um tempo recorde de 20 minutos, graças à tecnologia RFID, coisa que antes se levava o prazo de uma jornada de trabalho.

Também com esta tecnologia pode-se ler e escrever nessas mesmas etiquetas, para melhor identificação posterior. Além disso, o sistema é imune a fraudes, já que se é impossível duplicar ou copiar por vias normais cada número das etiquetas. “Há ainda uma medida de segurança no chip, que inclusive pode ser usado com senha”, garante o executivo. Assim, tem sido cada vez mais utilizado no setor de locação de ferramentas elétricas e eletroeletrônicos, entre outros.

Por meio do RFID pode-se ter o controle do ativo fixo na frente de loja, que é uma fonte de fraudes e desvios, bem como a integração da cadeia de suprimentos e a unicidade do produto. “Cada ponto da cadeia sabe que aquele produto passou, está passando ou vai passar por

Vanderlei Ferreira

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ali, determinando inclusive o ciclo de vida dele, que resulta num controle maior do estoque, em termos de validade e devida conservação”, argumenta o diretor da Provectus.

E o melhor de tudo: os ganhos alcançados nesta cadeia de abastecimento com o RFID serão transferidos para os consumidores em forma de preços e serviços melhores, com produtos mais frescos e mais voltados às suas necessidades. O interesse na tecnologia RFID é impulsionado pelo o desejo das empresas em se conseguir maior velocidade e visibilidade em suas cadeias de suprimentos, tanto com o aumento da efi ciência operacional, quanto em relação à efi cácia dentro da loja.

Para o renomado consultor Ben M. Bensaou, que foi premiado por abordar o modelo inovador adotado pelo Cirque de Soleil, a adoção de novas tecnologias – tais como a RFID – será de capital importância para que as empresas escapem da armadilha mortal da concorrência, na qual se faz o nivelamento em relação à estrutura de custos do concorrente. “O maior erro que se pode cometer é focar no competidor. O que deve ser feito é buscar novas maneiras de criar valor superior, com foco em clientes exigentes.” Para ele, algumas empresas ainda não perceberam os benefícios da adoção de tecnologias como a RFID.

Porém, antes de aventurar-se na compra de equipamentos para estarem inseridas no contexto de toda esta automação, as empresas precisam não apenas averiguar quais os melhores itens para seu setor, mas principalmente ter total conhecimento do seu próprio negócio e dos custos com os quais precisarão arcar. Especialistas observam barreiras como a interação com outros sistemas, uma

necessária mudança dentro da cultura organizacional e principalmente o fato de que há sérias questões em relação à preocupação com a privacidade, assim como com normas globais ainda não defi nidas.

Por isso a necessidade de uma consultoria séria e focada na realidade do mercado. Muitos aconselham a se começar com um plano piloto de tecnologia e daí mudar para um piloto funcional onde a empresa ajustará o trabalho de tecnologia a seu negócio E, fi nalmente, chegar a um plano de negócio real onde se poderá medir o retorno sobre o investimento (ROI). A empresa deve construir tais processos gradativamente, já que cada estágio representa uma oportunidade para aperfeiçoar os sistemas e processos a fi m de se reduzir os custos signifi cativamente na próxima fase.

“O tempo da novidade e do risco na implementação já passou! Porém, como qualquer outra tecnologia, é essencial o conhecimento na sua aplicação. A seleção de um parceiro ou fornecedor capaz de praticamente eliminar a curva de aprendizado e garantir rápido retorno sobre os investimentos efetuados é um fator chave para o sucesso na aplicação da RFID,”ressalta a executiva da Saint Paul.

Porém, o principal ponto é que a tecnologia RFID seja utilizada em todos os elos da cadeia de suprimentos e até mesmo em todos os espaços da vida humana. Para que tudo isso gere maior segurança para todos, em uma gama de probabilidades, que reverterão em bem-estar e em uma maior qualidade de vida.

Bem-vindo ao século RFID!

Etiqueta RFID• É composta de uma antena e de um microchip

• O chip pode ser de leitura ou escrita• A etiqueta não tem fonte de energia própria

(existem modelos que podem ter)• Ela é energizada pela leitora

• Pode ter reutilização• Passivas e ativas

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O sistema RFID será novo padrão em identifi cação de mercadorias.

No dia 17 de dezembro passado, o governo lançou o projeto Brasil-ID, sistema de identifi cação, rastreamento e autenticação de mercadorias que estabelece um padrão único de identifi cação por radiofrequência (RFID) e deverá ser utilizado em todo e qualquer tipo de produto em circulação no país.

Segundo o próprio governo, não há projeto com magnitude semelhante hoje no planeta, sendo o Brasil pioneiro no desenvolvimento e implantação deste tipo de tecnologia nessa escala. A implementação do projeto se inicia imediatamente através de uma fase-piloto: em alguns Estados selecionados para esta fase inicial, como SP, RJ e empresas estão se alinhando com as Secretarias de Fazenda para experimentarem a tecnologia dentro de um exercício real que cobre toda a cadeia de manufatura, de distribuição e venda de produtos.

O sistema é fruto de um acordo de cooperação entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Ministério da Fazenda e as Secretarias de Fazenda dos estados (Sefaz). O projeto prevê a instalação de uma infra-estrutura de dados com gestão nacional de leitura e

gravação RFID. Antenas instaladas nas principais vias e modais de circulação de mercadorias criarão signifi cativo obstáculo à fraude, roubo e furto de mercadorias de todos os tipos, além de fornecer importantes dados logísticos para a indústria e toda a cadeia de distribuição, até o consumidor fi nal.

O Brasil-ID objetiva promover a segurança do comércio e circulação de mercadorias no país através de tecnologia confi ável e padronizada, que estará disponível ao contribuinte que livremente desejar adotá-la. Portanto, além de uma fi scalização de trânsito de mercadorias muito mais ágil, o contribuinte poderá utilizar a tecnologia para seu próprio benefício logístico, de garantia de autenticidade e de proteção contra a circulação de bens roubados ou furtados.

Os Setores Prioritários do projeto piloto serão os de medicamentos, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, cigarros, combustíveis e Químicos, gestores de Meios de Transporte, gestores de Infraestrutura (Rede Elétrica, Água e Esgoto, Telecomunicações, Rodovias, etc.), atacado/varejo, automotivo, alimentos, agroindústria e o logístico

Projeto Brasil-ID é Pioneiro no Mundo

As Empresas e Instituições interessadas devem:

- Assinar projetos num dos setores defi nidos.

- Submeter subprojetos que são mantidos em sigilo pela organização do Brasil-ID.

- Ter o mérito avaliado segundo os critérios específi cos conforme objetivos do projeto.

- Os recursos assim defi nidos por setor são alocados conforme mérito das subpropostas.

e Esgoto, Telecomunicações, Rodovias, etc.), atacado/AA

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enorme praticidade de tantos eletro-eletrônicos em nossos lares e nossos locais de trabalho. Acordamos pelo toque do celular, tomamos nosso desjejum de cafeteiras, torradeiras; vamos para o trabalho ou escola usando catracas e bilhetes eletrônicos, ao entrar ou sair do trabalho, somos “assistidos” por pontos digitais, andamos em carros com injeção e câmbio automatizados, comemos comida pesada em balanças computadorizadas, passeamos ao som de música “tecno” e guiados por um GPS, sendo tudo feito tão mecanicamente que nem percebemos a nossa dependência cada vez maior de tudo isso.

O mais paradoxal é que esta tecnologia que muitas vezes parece limitar o homem, surgiu da criatividade e da inventividade desse mesmo ser. São produtos da mesma origem. Só que o cerceamento desta ferramenta dá-se devido às falhas de caráter dos homens. E infelizmente, muitas vezes, para corrigir falhas que foram ignoradas pelos pais ou até incentivadas desde a infância e adolescência foi criado o código de ética nas empresas.

Acreditamos que não precisaremos decretar normas como “Não omitir informações técnicas ou comerciais com vistas a facilitar as negociações ou fechamento de pedido de venda”, ou “Não adulterar na instalação ou nas intervenções técnicas, os produtos e serviços de uso fi scal”, muito menos pedir “Respeito aos usuários quanto às informações privilegiadas ou confi denciais que venham a ter acesso”, ou mesmo “Fornecer somente produtos (equipamentos e softwares) de procedência conhecida e com a devida documentação legal”.

Todos nós que de alguma maneira temos uma infl uência no setor de Automação Comercial, precisamos dar nossa contribuição. E isso se consolidará quando nossos governantes e a sociedade como um todo se conscientizarem que é pela educação que se tem consciência da importância dos princípios éticos e morais. A responsabilidade nunca é só de um, mas sim de todos.

Por isso, faça sua parte, colaborando com a comissão de Ética da AFRACPor isso, faça sua parte, colaborando com a comissão de

AA

A Ética como Diferencial

Araquen PagottoPresidente de Comissão de Ética

O tema da redação do ENEM em 2009 foi sobre ética. Também era de se esperar depois da suspensão do primeiro exame devido à fraude cometida por alguns funcionários que, tendo

acesso às provas, resolveram tirar muito proveito disso, vendendo-as a outrem.

A decisão do Ministério de Educação de trazer esta temática para ser discorrida por milhares de pessoas que prestaram a prova de redação foi não apenas fazer com que eles pensassem ainda que fosse por poucas horas no assunto, mas, sobretudo, auferir o nível de conhecimento e com isso, de certa forma, também o grau de comprometimento das pessoas diante desta mola tão importante da sociedade.

Desta maneira, o poder público procurou destacar uma verdade que já sabemos: “a ética não pode ser um programa de governo ou mais uma estratégia empresarial.” E ela deve existir não para prover maiores ganhos fi nanceiros às instituições e às empresas, nem salvaguardar a sociedade de uma crise ou um caos moral.

Quantos de nós já não pressentimos tempos “trabalhosos” mais adiante devido à grande batalha do homem com a ética? Principalmente nestas últimas gerações, em especial pelo advento e o crescimento da tecnologia. E tudo porque sabemos que tecnologia é poder. Ela mexe com o maior “fetiche”, a maior cobiça do homem: ser como Deus. Ter o poder de criar, de dominar, de exercer controle sobre as criações e as criaturas.

Atualmente todos nós, pelo menos, os seres urbanos, sentimos a força desta onda; seja nas câmeras de vigilância que infestam as metrópoles, sejam pela crescente usabilidade de computadores ou até pela

Maiores informações, acesse o site www.afrac.com.br

AAAAAAAAAAAAAAAACOMISSÃO DE ETICA

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NOTÍCIASAAAAAAAAAAAAAA

Há quase um século, a NRF - National Retail Federation – com um público formado entre os principais executivos do varejo, busca abranger todos os aspectos da tecnologia de varejo e

as estratégias de merchandising assim como marketing e design de loja. Para se ter uma idéia da dimensão de um evento como esse, é só visualizar que nada menos que 76 dos 100 maiores varejistas globais estiveram representados nesse encontro que é, sem dúvida, o maior do varejo mundial. Das palestras e debates, que costumam ser acompanhados por cerca de três mil pessoas, saem as grandes tendências que orientam os varejistas em todo o mundo.

Mais um ano, o “Show” ocorreu na “Big Apple”, a Grande Maçã que é Nova York, centro das tendências do planeta. E para esquentar ainda mais os debates, palestras com muito profi ssional de peso da área: Howard Levine da Family Dollar Stores, o lendário CEO varejista da J.C. Penney, Allen Questrom, Steve Sadove da Saks, Jon Luther da Dunkin ‘Brands, assim como o economista chefe da Moody’s Economy.com, Mark Zandi, entre outros.

O Brasil, junto com o Canadá, foi a comitiva que teve a maior representatividade (27% do total de estrangeiros, cerca de 900 executivos), onde a maior parte eram grupos que conciliaram o evento com visitas ao varejo. Além da presença na platéia, os brasileiros participaram dos diversos painéis da NRF, como foi o caso da apresentação de Frederico Trajano, representando o Magazine Luiza, cujo case foi aplaudido duas vezes e conseguiu brilhar mais do que o da Best Buy, marca que foi a estrela da NRF 2009. O público fi cou encantado com a Liquidação da Madrugada, ação realizada anualmente em janeiro e com a abertura de 50

lojas simultaneamente. Também as marcas Cacau Show e a rede de Livrarias Saraiva receberam uma atenção especial do público.

Durante os dias 10, 11 e 12 de janeiro, tudo que se podia dizer sobre varejo em escala mundial foi debatido, sob o poderoso tema da Feira que foi “Oportunidade”, onde se discutiram sobre sustentabilidade, liderança, inovações tecnológicas e transparência.

Segundo Regiane Relva Romano, Diretora da Empresa Vip Systems, que esteve no evento e usou essa sua experiência, para fazer a segunda edição de seu livro, dentre os assuntos que ela destacaria daquilo que foi demonstrado nos pavilhões seriam: Customer Experience, ARTS, Green Pavilion, The HUB e Design Studio. Também destaca a presença das principais tecnologias apresentadas que foram: interatividade, entretenimento, visual merchandising, iluminação, LED, planograma, PDV Inteligente, balanças inteligentes, pesquisas interativas, softwares, multicanal, touch TV, self service, quiosques, NFC, celular, mobilidade, soluções para logística, realidade aumentada, self checkout, vending machines, etiquetas eletrônicas de preços, 3D, monitoramento eletrônico, QRCode, Redes Sociais, RFID, entre outras.

E já que pela milenar sabedoria chinesa, oportunidade e crise se encontram na mesma palavra, formada por dois ideogramas complementares, este foi um evento que deu destaque à atual crise econômica mundial como um grande nicho para a superação por meio de soluções inovadoras que vão desde a necessidade irrevogável de se investir na sustentabilidade dentro das empresas varejistas até a usabilidade das redes

Evento é o maior e o mais importante do mundo sobre soluções para o varejo

- NRF -National Retail Federation

“Big Show” 2010

- NRF -National Retail Federation

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sociais para o relacionamento do setor com os clientes, chegando às novidades tecnológicas que vão permitir uma interação maior entre consumidor e ponto de venda.

“Com a crise, muitas empresas foram afetadas com um número recorde de falências. Isso, porém, abriu uma enorme porta para nós. O Brasil agora é apontado como o principal destino dos recursos existentes para investimento no setor varejista e, com certeza, cada vez haverá mais e mais investidores deste porte, aportando por aqui”, declara Ricardo Pastore, consultor e coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM.

Enquanto as empresas precisam se converter definitivamente ao princípio da sustentabilidade, que deve estar presente desde o momento da construção da loja até o funcionamento, apresentando reaproveitamento de água, uso racional de energia, até a presença de produtos “verdes”, mais saudáveis, elas, quase paradoxalmente, necessitam também se alinhar às inovações da tecnologia, usando esta para melhor se relacionar com o consumidor em seu ponto de venda. Esse é o foco!

Outro foco muito importante é a comunicação com o consumidor no ponto de venda, usando algumas boas novas

tecnológicas para facilitar o atendimento, a exposição e a venda do produto. Imaginem agora um consumidor entrando em uma loja de roupas. Ele vai ao provador e diante de um espelho digital, que passa a interagir com ele, oferecendo outras cores e modelos, a fim de não precise ficar voltando às araras para apanhar artigos, duas, três vezes, fazendo assim em tempo real, uma troca virtual.

Imaginem então um espelho que passa a fornecer acessórios diante da imagem dele: óculos, bolsas, colar, etc., e assim o consumidor vai realizando sua compra. Imagine então, que após decidir todos os itens de sua compra, ele então jogará esta informação em sua rede social, tipo Facebook, onde pessoas de sua confiança verão isso e poderão opinar sobre àquela compra.

Frases de efeito chamaram a atenção, como: “Fique atento às necessidades dos clientes, entregue ao cliente um serviço excepcional e demonstre empatia e compaixão para com os seus clientes e colegas”. É em momentos como esses que os clientes confiam mais na empresa, por isso é importante focar nesses pontos positivos, afinal são as pessoas que realmente determinam o futuro de qualquer empreendimento.

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Segundo o site da publicação inglesa Telegraph.com, existem cinco tendências

tecnológicas para o ano de 2010.

São elas:

1. O surgimento dos tablets computers que causarão mudanças no mercado na mesma ordem que o Iphone provocou;

2. A chegada de vez do IPTV on demand;

3. A TV 3D;

4. O uso da realidade aumentada (augmented reality) em games, informações e publicidade interativa;

5. A inclusão do Twitter nos resultados de busca do Google ou os chamados real-time websites;

Quer mais? Vídeo telepresença, cloud computing e software como um serviço, e-book readers e e-books in itself.

Tudo isso incrementou substancialmente vários debates durante a NRF 2010 – um SHOW na BIG Apple!

O “Point da Tecnologia”Finalmente, a Tecnologia da Informação teve seu valor agregado para o varejo. A tecnologia, até hoje, foi implementada nos níveis mais primitivos do varejo – reduzindo custos, mas não atuando como fator de valor conjugado aos negócios. Por isso, foram destacadas as estratégias para a redução dos custos da tecnologia no varejo. Utilizar a T.I. (Tecnologia da Informação) para reduzir custos, conhecer os clientes e analisar padrões de comportamento – fazendo campanhas e promoções para atrair o coração, a mente e o bolso do consumidor.

Lá então foi mostrado que a tecnologia para o varejo é implantada assim em três níveis:

1) Nível de infraestrutura – impressoras fiscais, coletores de dados e POS, entre outras.

2) Nível de transações – software de gestão da loja (frente de loja e retaguarda)

3) Nível estratégico – este será o grande foco da tecnologia para o varejo nos próximos anos. Daqui sairão sistemas de apoio ERPs, CRMs, que auxiliaram nas decisões com modelos preditivos capazes de analisar o desempenho da loja, perfil e hábitos dos consumidores e recomendar preços, promoções, campanhas, alocação de funcionários, posição de produtos na loja (ou gôndolas).

Neste momento, o software terá um papel fundamental deixando de ser um elemento de “operação” para ser um grande aliado nos processos de consolidação, integração, otimização e levando a empresa ao nível máximo de estruturação permitindo novas estratégias e modelos de negócios.

O software também ajudará a dar sustentação às decisões que seriam tomadas de maneira intuitiva. Uma das metodologias prevê que uma empresa será bem sucedida se tiver dados, integração dos dados (e não ilhas de informação), líderes que valorizem análise de dados. Tudo isso de acordo com o foco e com profissionais capazes de analisar todos os dados coletados e juntamente com os líderes desenharem novos modelos de negócios e diferenciais competitivos.

A NRF também se preocupou em abordar a adoção de padrões para desenvolvimento de sistemas de automação do varejo, incluindo padrões de armazenamento de dados, transmissão de informações e interligação entre sistemas.

Isto significa que o cliente (usuário) terá cada vez mais facilidade e liberdade para trocar de sistema. Na ótica dos fornecedores, isto representará um grande desafio para que eles mantenham seus clientes, pois obrigá-los-ão a levar em conta o perfil do consumidor, a quem eles se propõem atender e a buscar modelos inovadores de fidelização com prestação de serviços de alta qualidade.

Observamos que, já alguns anos o nosso Setor de Automação Comercial vem desenvolvendo e disponibilizando essas soluções tecnológicas ao varejo brasileiro, propiciando uma gestão mais eficiente e contribuindo para que o nosso varejo ganhe produtividade e rentabilidade, em um mercado cada vez mais competitivo, como foi amplamente apresentado no NRF 2010.

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A NRF (National Retail Federation) procurou inovar montando um espaço que apresentou algumas soluções inovadoras para os seis grandes desafios do Varejo atual, que são: Utilização do varejo móvel, Manutenção do Bottom Line / Resultado, Criação de valor para os clientes, Comunicação com os clientes, Promoção da melhor experiência de compra para o cliente, Vender através dos múltiplos canais de vendas.

Também trouxe as tendências que foram lições aprendidas pelos olhos dos maiores varejistas apresentando as melhores práticas que contribuiriam para seus sucessos. Com isso, os líderes do varejo discutiram sobre as mudanças que estão enfrentando hoje em dia.

A Estação das Inovações (Innovation Station) destacou: Mobilidade; Conectividade; Lealdade Experiência e Bottom Line / Resultado.

Todo esse espaço foi organizado pela CRI – Creative Realities, uma empresa de marketing que trabalha para as áreas de varejo, entretenimento, health care, hospitalidade e empresas em geral, que, juntamente com a Gilbert Display, uma das mais conceituadas empresas de arquitetura e showroom dos EUA, construiu a arquitetura do espaço, de forma customizada e personalizada, utilizando madeiras e displays, visando o encantamento da audiência local, o que tornou a experiência dos participantes realmente inesquecíveis.

A CRI deu um exemplo de sinalização digital interativa dentro da loja onde as sinalizações mudam conforme o tipo de cliente que está naquele espaço ou mesmo em uma fila de espera. Tal sistema podia, por exemplo, identificar que 60% das pessoas são do sexo masculino e direcionar os anúncios para esse perfil de consumidor.

Seria o fim dos banners!

Para cada opção, bastava enviar um torpedo para um número 25252 como texto “NRF 5”, por exemplo; na medida

em que as pessoas interagiam, os dados eram atualizados em tempo real e todos os que participavam da

pesquisa concorriam à uma TV de 42”.

Para conhecer tais tendências, os fabricantes demonstraram suas soluções e fizeram uma pesquisa e opinião para conhecerem quais das seis tendências estão impactando seus negócios. Fizeram a pesquisa utilizando o telefone celular.

Bem-vindo à Estação das Inovações

Conheça soluções inovadoras para os desafios atuais do Varejo

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Provendo soluções

Foram escolhidas a dedo treze companhias provedoras de soluções, com maior capacidade para enfrentar estes desafi os com soluções tecnológicas e de produto integrado.

Destaque para a IBM que levou uma ferramenta de mineração de textos que permitia uma análise e monitoração pró-ativa dos feedbacks para otimizar a estratégia de comunicação com o cliente. Juntamente com seus parceiros, ela demonstrou as soluções de Cross-Channel, cuja abordagem está relacionada à capacidade de conduzir uma determinada campanha em diversas mídias, para o telefone móvel e web, entendendo o funcionamento das redes sociais, oferecendo produtos e serviços personalizados, a fi m de aumentar a fi delização dos clientes.

A Infosys, segunda maior companhia de TI da Índia, que demonstrou sua ferramenta Shopping Trip 360 que disponibilizou uma análise colaborativa para checar falta de estoque, quebra, além da análise por contexto, localização e intervenções personalizadas nos telefones celulares dos clientes.

A Mail America, especializada na comercialização de soluções de impressão para fabricantes, varejistas, entre outros, trouxe seu quiosque para capturar dados durante a experiência de compra. O programa permite que os dados sejam capturados e guia o cliente para conhecer os novos produtos, programa de fi delização e ofertas especiais, além da aplicação de crédito.

Já a Navteq, empresa norte-americana fabricante de mapas digitais para navegação em veículos e soluções em LBS, que acaba de disponibilizar o primeiro mapa do Brasil, destacou a importância das soluções relacionadas ao mapeamento e gerenciamento de trafego. Apresentou uma multiplataforma integrando soluções para TV, rádio e navegação móvel interagindo com os clientes múltiplas vezes por dia, de acordo com sua localização física. A ZBD ousou mostrando o seu papel eletrônico. Tratava-se da nova geração das etiquetas eletrônicas para gôndolas que permite o gerenciamento de preços e de promoções, com recursos gráfi cos e comunicação sem fi o.

E quanta engenhosidade a empresa Richrelevance, outra norte-americana voltada para o segmento de tecnologia e produção para comércio eletrônico das empresas, mostrando o seu Fashionista, uma nova ferramenta para comprar roupas online com um provador inteligente, com a conveniência da web.

Com o sistema, os clientes podem ver virtualmente suas roupas em 3D sugerindo produtos relacionados, permitindo pesquisar por cor e tamanho. Além disto, a clientela poderá compartilhar as informações com seus amigos em suas redes sociais, conhecendo suas opiniões e possibilitando as compras em grupo, aumentando assim o ticket médiocom seus amigos em suas redes sociais, conhecendo suas opiniões e

médio AA

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Nem só de chocolate vive a Cacau Show. Alías, foi justamente para melhor vender seus produtos à base de cacau, que a empresa, com mais de 700 lojas em quase todo o território brasileiro, vem

investindo em tecnologia de ponta. Seu principal projeto visava conciliar as informações de todos os pontos de venda em tempo real, estabelecendo meios de conectividade entre as lojas e o servidor central, garantindo continuidade do serviço e custos atraentes.

Para isso, foi necessária a aplicação da automação do ponto de venda, com informações integradas na matriz e em grupos de lojas, disponibilização de recurso de TEF dedicado com custo reduzido e uso de Inteligência de negócios aplicada ao varejo. Outro ponto importante foi o uso da tecnologia touch screen, que trouxe benefícios efetivos como agilidade a toda operação de caixa, especifi camente no caso de vendas de trufas e outros produtos de muito giro.

O aplicativo disponibilizou “teclados virtuais”, contendo atalhos para esses produtos. Dessa forma, bastava escolher os sabores vendidos e a forma de pagamento para que a venda fosse fi nalizada. Os recursos de “botões multiplicadores” complementaram a solução. É possível, por exemplo, concretizar uma venda de dez trufas de sabores diferentes, fi nalizada com dinheiro em menos de 15 segundos.

Elizabeth Batista tem uma Vida Doce. Afi nal esse é o nome de pequeno estabelecimento que ela gerencia junto com sua família no bairro da Casa Verde, que existe há 26 anos.

Esse pequeno, porém simpático mercadinho é um mundo de guloseimas: balas, biscoitos, doces e salgadinhos em geral. O atendimento é rápido e tranqüilo e as gôndolas estão sempre abastecidas. Tudo isso graças a um trabalho de automação realizado na empresa .”Pensamos em automatizar o ponto de venda e de estoque, a fi m de termos um controle melhor tanto da venda quanto da entrada e saída de produtos”, conta Elizabeth.

De início, foi custoso, difícil, tivemos que nos adaptar a toda esta tecnologia, mas com o tempo, vimos que nossa escolha foi bastante acertada. E quanto aos gastos com tais mudanças?

Elizabeth Batista

Vida DoceO retorno de investimento demorou um pouco, mas ele veio e veio para viabilizar muitas coisas para nós”, explica Elizabeth.

Ainda que sua empresa possua somente os equipamentos básicos, como leitor de código de barras, impressora fi scal, assim como um micro onde controla o estoque, a automação comercial traz mais rapidez e precisão aos negócios. “Basta apertar uma tecla do computador e já sabemos a quantidade de itens que temos no estoque, quando foi a última compra, quanto custou a última venda e o produto que teve mais saída. Repomos as mercadorias, sem precisar sequer olhar nas prateleiras. Tudo fi cou mais fácil”, garante a gerente da Vida Doce

A Cacau é um Show de TecnologiaA utilização de TEF proporcionou, além de maior segurança na operação, por não permitir cobrança de valor diferente do vendido (o que pode acontecer com o uso de POS), agilidade e custos operacionais mais baixos. Agilidade porque o TEF implementado foi o modelo “dedicado”, que utiliza linha de comunicação específi ca com as bandeiras (X25) e economia porque o custo mensal, rateado por loja fi cou perto de 25% do custo anterior, existente com locação de equipamentos (POS) e pulsos telefônicos necessários para a operação.

A agilidade na informação permitiu a toda rede um planejamento estratégico mais inteligente e adequado.

A solução também está em harmonia com as metas de crescimento e expansão da franqueadora.

Em relação ao futuro, a empresa garante que o próximo objetivo é disponibilizar recursos para implantação de sistema de fi delização de cliente que esteja em harmonia com os conceitos utilizados até agora (custo competitivo, inovação em conectividade e disponibilidade, etc.).

A Cacau Show encontra-se no mercado desde 1988 e tem previsão para fechar o ano de 2010 com cerca de 1.000 lojas

CASE AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

nas prateleiras. Tudo fi cou mais fácil”, garante a gerente da AA

previsão para fechar o ano de 2010 com cerca de 1.000 lojas AA

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Quando se fala em “loja verde” no mercado brasileiro, você pensaria, primeiro; que é uma loja do clube de futebol Palmeiras, segundo; que é uma casa de produtos naturais e terceiro;

que é um espaço do setor varejista com iniciativas que contribuam para o meio ambiente. As duas primeiras opções podem até ser aceitáveis, mas esta matéria tem como foco os projetos de unidades ecologicamente sustentáveis que algumas empresas do varejo estão implementando atualmente no país e que vem dando um grande exemplo de que se pode usar a tecnologia em prol da sustentabilidade, por meio de ações socioambientais signifi cativas.

É o caso do Wal-Mart, do Pão de Açúcar, da Urano, da C&A, entre várias outras. Em comum, todas elas adotaram os conceitos de sustentabilidade em termos do consumo de água, da energia e, consequentemente, da gestão de resíduos e da emissão de C0²(gás carbônico). A pioneira delas é o Pão de Açúcar, que em junho de 2008, abriu seu primeiro supermercado Verde em Indaiatuba, SP, onde investe na preservação do meio ambiente e na promoção do desenvolvimento social.

Segundo João Gravata, diretor de operações da rede, o Pão de Açúcar já é conhecido por seu pioneirismo em ações socioambientais. “Avançamos com cinco supermercados verdes em poucos meses e vamos expandir ainda mais nos próximos anos. Foi assim com as iniciativas pioneiras adotadas pela rede, como as sacolas e as estações de reciclagem e que hoje servem de modelo para os mais diversos segmentos de negócio” afi rma Gravata.

Mas o Wal-Mart, que teve seu primeiro hipermercado ecoefi ciente inaugurado em dezembro de 2008, no Rio de Janeiro, vem desenvolvendo tais práticas há cerca de quatro anos. E de lá para cá, foram colocados mais cinco em funcionamento. “É o resultado de um trabalho que fazemos desde 2005, testando e introduzindo mudanças em nossas unidades que contribuem para o meio ambiente. Muitas já são permanentes e utilizadas em várias de nossas lojas, independentemente do formato. Em Campinho (RJ), reunimos mais de 60 dessas iniciativas. É a primeira vez que uma loja desse porte contempla tantas mudanças relacionadas à sustentabilidade”, diz Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil.

Dentro da fi losofi a dos 3Rs, Reduzir, Reciclar, Reutilizar, vem a megaloja da C&A, inaugurada em dezembro passado, em Porto Alegre, sendo a segunda do gênero no mundo. “A preocupação ecológica na unidade é percebida desde a utilização de produtos ambientalmente corretos até a criação do espaço de sustentabilidade ao cliente”, cita o assessor.

Tudo começa, em vários desses casos, pela construção. As empresas minimizam os impactos ambientais com iniciativas sustentáveis unidas à tecnologia de ponta, como o uso racional de energia, da coleta de água da chuva, a utilização de material reciclado, vagas especiais nos estacionamentos, bicicletário, áreas verdes, medidas para a redução da absorção de calor dentro da loja, uso de tintas com o mínimo de substâncias nocivas à saúde, coleta seletiva e gestão efi ciente de resíduos.

Empresas investem em práticas ecologicamente corretas

AAAAAAAAAAAAAA SUSTENTABILIDADE

O Verde em Lojas

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Tudo isso foi concebido dentro dos critérios da certificação internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que prevêem normas construtivas e procedimentos que aumentam a eficácia no uso de recursos e minimização do impacto socioambiental no processo de edificação.

Segundo o USGBC (United States Green Building Council), com as medidas adotadas no sistema LEED, espera-se significativa redução das emissões de resíduos e uma produtividade maior dos colaboradores. Ainda de acordo com o USGBC, as expectativas de economias possíveis prevêem 30% em energia, 35% em emissões de carbono, 30% a 50% de água e de até 90% no descarte de resíduos. O custo da construção pode ser mais elevado, mas todas as empresas concordam que os benefícios de tais medidas, a médio e longo prazo, serão inestimáveis, e isso repercutirá em todo o planeta.

Eles também investem na produção de produtos orgânicos de sua própria marca, presentes cada vez mais em suas gôndolas e até mesmo em açougues. Mas, um dos grandes destaques vem sendo dado ao treinamento “verde” maciço do seu pessoal, onde é abordado o consumo consciente, melhor uso e armazenamento dos produtos comprados, reciclagem, impacto ambiental do consumidor, etc.

É a reciclagem do lixo da loja, em que, por exemplo, ao invés de levar a pasta de dente com a caixinha, ele pode levar só a pasta, deixando a embalagem na loja para a reciclagem. Assim, tais embalagens descartadas passam por um ciclo sustentável voltando às lojas do Grupo como cartuchos que embalam o produto de sua marca exclusiva.

É o que eles chamam de Programa de Logística Reversa.

A Urano, líder em balanças eletrônicas comerciais no Brasil, mostra que o ramo de tecnologia e automação comercial também pode ofertar sua parcela de contribuição para a preservação do planeta. E vem implementando ações em prol do meio ambiente, “Como o programa de descartes de baterias dos próprios equipamentos, desenvolvido dentro da empresa”. Os clientes são estimulados a descartarem as baterias e componentes que possam agredir o meio ambiente.

A utilização de papel reciclado e o desenvolvimento de projetos que visam à preservação do meio ambiente são ações desenvolvidas junto também aos colaboradores com o intuito de afirmar e alertar sobre a preservação do nosso planeta. Desde 2007, todo o material de expediente da empresa já é reciclado. E reciclável. Os papéis inutilizados (usados dos dois lados) são enviados para reciclagem, e o valor arrecadado é revertido para uma associação beneficente no sul do país.

Agora, também seus catálogos começam a ser produzidos com esse material. Apesar do custo mais elevado (cerca de 20% a mais), a empresa calcula que vale a pena. “O custo ambiental é muito maior. Estamos assumindo uma responsabilidade que é nossa”, conclui o presidente Zenon Leite Neto.

Além de poupar árvores (cada tonelada de papel representa 26 árvores), produzir papel a partir de papel “velho” consome cerca de 50% menos energia do que fabricá-lo; usa-se 50 vezes menos água e reduz-se a poluição do ar em 95%.

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O lixo produzido pelo parque fabril é separado e enviado a depósitos de lixo orgânico e usinas de reciclagem do lixo seco, contribuindo assim, para a sustentabilidade. Também mantêm seus produtos dentro das mais rigorosas determinações do Inmetro e certifi cação total nos processos de qualidade ISO 9001: 2008.

Graças a um gerador eólico, que abastece a empresa com sustentabilidade, a Urano reafi rma seu compromisso de investir na geração sustentável de energia. “Estamos localizados em um grande corredor de vento e vislumbramos nessa vantagem geográfi ca a oportunidade de preservar o meio ambiente, economizar e gerar energia limpa. O monitoramento de nosso cata-vento é feito pelo cálculo do tempo que ele ilumina, sem usar a energia pública”, esclarece o presidente da Urano.

Já o Wal-Mart, que tem a Urano como um dos seus principais fornecedores, apresenta uma boa parte dessas iniciativas, inclusive a das sacolas retornáveis e a redução imediata do uso de sacolas plásticas, utilizou em parte do estacionamento da loja, o “concregrama”, um tipo de calçamento que permite que a grama nasça entre as lajotas de concreto. Com isso, o solo consegue absorver a água da chuva. Essa medida coopera para minimizar os problemas de enchentes e ajudar no abastecimento dos lençóis freáticos (águas subterrâneas).

Héctor Núñez ainda garante que tais mudanças ocorrerão nas demais lojas do grupo durante as reformas que farão. A rede aposta ainda na iniciativa: “Vender por menos para viver melhor”. Em reuniões semestrais que realizam com os principais fornecedores discutem temas ligados à sustentabilidade, buscando criar soluções conjuntas. “Temos conseguido avançar em muitos aspectos: já trabalhamos com nossos fornecedores para reduzir o tamanho de embalagens de alguns produtos, ampliamos para mais de 1.500 produtos o sortimento de orgânicos e desenvolvemos novos produtos, além do apoio conjunto a projetos sociais.”, conta o presidente.

Assim como a C&A, o Wal-Mart ainda apresenta os mictórios a seco, que não utilizam água e uso de painéis solares, instalados na cobertura, para o aquecimento da água dos chuveiros. E em comum com o Pão de Açúcar, a loja de modas possui o controle de iluminação inteligente, otimizada por meio de timer e sensores nos ambientes da loja.

Sendo uma loja de roupas, sapatos e artigos de moda, a C&A, em sua única loja verde no Brasil, criou o “Espaço Cliente”, um local exclusivo de informações sobre sustentabilidade e com coleções sustentáveis da C&A, como camisetas de algodão orgânico, sacolas retornáveis, chinelos de pneu reciclado e camisetas de malha feitas com garrafas pet recicladas.

O local ainda contará com coletor de lixo eletrônico, como celulares, pilhas e baterias; painéis com ações de sustentabilidade da C&A e monitores especialmente treinados para dar informações sobre o assunto. “A preocupação com o meio ambiente é uma constante no cotidiano da empresa. A C&A implementou coleta seletiva e a utilização de dosadores de água e de energia em toda a empresa”, explica o assessor.

Além disso, a C&A adotou o uso de biodiesel em 100% da sua frota, como forma de reduzir a emissão de poluentes. Desde 2008, realiza o controle de qualidade da fumaça emitida pelos caminhões que utiliza. Os veículos aprovados recebem um “Selo Verde”, criado pela própria empresa.

Com um exemplo como esse, a C&A deseja difundir esta “consciência verde”. E uma das suas prerrogativas no futuro é organizar visitas públicas, principalmente para escolas do sistema público, a fi m de incentivar a educação ambiental. O que já é um ótimo começoescolas do sistema público, a fi m de incentivar a educação

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COMUNICAÇÃO DIGITAL AAAAAAAAAAAAAA

Pensar em Facebook, Twitter e até Orkut como sites de relacionamentos, de encontros, é coisa do passado. A verdade é que os sites sociais vivem um crescimento explosivo. O Facebook, por exemplo, atingiu em

outubro de 2009 a marca de 300 milhões de usuários (eram 250 milhões em julho). Ponto de grande impacto em quase todas as apresentações dos palestrantes no evento NRF deste ano em Nova York (veja a reportagem da página 18), desde a época da eleição do presidente Barack Obama até os dias de hoje, quase a totalidade das redes varejistas do mundo está apostando suas fi chas no uso das mídias sociais como forma de se aproximar de seus consumidores e, mais do que isso, formar evangelizadores, não apenas clientes de suas marcas.

Em 2007, apenas 4% das empresas investiam em mídias sociais, agora são mais de 75%. Os comerciantes estão adotando meios de comunicação social como nunca nesta temporada de fi nal de ano. Mais de metade estão incluindo esse serviço nas suas estratégias de marketing, se drasticamente apenas 4% usavam em 2007, um novo levantamento realizado pela BDO Seidman mostrou que agora 76% estão planejando usar, se concentrando no Facebook, no Twitter, MySpace e YouTube.

Um detalhe relevante é que as empresas que souberam administrar e gerir de forma correta os recursos destinados às mídias sociais obtiveram resultados ainda mais expressivos. E essa gestão efi ciente inclui a colaboração de toda a companhia para criar uma “cultura” de mídias sociais em toda a equipe. Quando não existem barreiras para a implantação das tecnologias de web 2.0, as estratégias adotadas naturalmente surtirão melhores resultados.

As empresas estão direcionando uma parcela cada vez maior de seus orçamentos publicitários para ações de marketing interativo, segundo dados da Forrester Research. A fi rma de pesquisa estima que as empresas devam investir cerca de US$ 750 milhões em campanhas nos sites sociais até o fi nal do ano.

Também vemos a opção do blog ou Twitter corporativo. Porém, antes de sair atrás do tempo perdido, é necessário que a empresa se familiarize com os códigos que regem esse tipo de mídia. No caso do blog corporativo, a empresa não se pronuncia, muito menos busca ter milhares de acessos e visitas/dia, centenas de assinantes e gerar inúmeros leads através do blog. Ali são as pessoas da empresa que importam. O relacionamento com seus públicos, a viabilização de uma comunicação de via dupla, isso é

Mídias Sociais: Próprias para o Varejo

que tem que contar. Não fazer propaganda dos seus produtos.Por isso, todo cuidado é pouco. Segundo Luli Radfahrer, Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, onde também é professor, site “Direct Labs” : “É sempre bom lembrar que a Internet – em especial quando se fala de mobilidade e mídias sociais – é um ambiente comercial, mas baseado em compra, não em venda. É, portanto, controlado e defi nido pelo usuário. As pessoas se reúnem voluntariamente para trocar experiências e ideias livremente. Tendem, portanto, a rejeitar qualquer empresa ou pessoa que imponha suas ideias ou discurso sobre elas.”

Na verdade, espera-se que a empresa fale sobre as experiências adquiridas no seu negócio que comprovem o seu sucesso e mostre a posição da empresa sobre algum tipo de postura no mercado. Ela ainda deve conversar com seu público através dos comentários e, dessa forma, aproximar-se dele. É assim que surgem os evangelizadores da sua marca, aqueles que vão levá-la aonde forem, sem que se precise pagar nada por isso. Porque, na verdade, são esses “doutrinadores” que gerarão muito mais do que leads, gerarão a credibilidade da sua marca.

Mas qual mídia seria melhor para sua empresa? Blogs ou Twitter, entre outros. E quais redes sociais (de acordo com estudiosos, algumas pessoas usam o termo “Mídia Social” para defi nir as formas de expressão, e as diferenciam das “Redes Sociais”, os ambientes de discussão e troca de informações)? Orkut, Facebook, LinkedIn, etc..

Especialistas acham que tal escolha depende muito do perfi l da sua empresa, do público que ela busca atingir (às vezes, a maior fatia de seu mercado-alvo esteja offl ine, ou seja, não tenha tanto acesso à Internet), ou do perfi l desse público (que pode buscar mais informações rápidas, fazer e manter relacionamentos, o que levaria a sua empresa a optar por redes sociais, ou pode ser um público com tendência a conteúdo, aí, melhor investir em sites de conteúdo editorial ou mesmo blogs corporativos).

Um exemplo de quem soube usar muito bem esta ferramenta a seu favor foi a Nokia ao ter uma grande idéia para aproveitar o engajamento do público com a sua marca. O projeto “Nokia Guru”, lançado no início de junho de 2009, tem o objetivo de solucionar as dúvidas dos usuários das redes sociais por meio dos próprios consumidores da Nokia. Assim, as pessoas se inscrevem para serem “gurus” da Nokia nas mídias sociais

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(por meio de blogs, Twitter, fóruns, etc.) e quanto mais dúvidas elas responderem corretamente, mais pontos acumulam.

A cada mês, os três melhores colocados ganham celulares ou acessórios Nokia como recompensa pelo seu trabalho. Com isso, a Nokia, que já tem Twitter e dois blogs (um institucional e outro para divulgar soluções e tecnologias do celular Nokia), agora conseguiu aumentar e melhorar ainda mais o relacionamento com seus usuários da rede.

Outro é o da BP Solutions, que tendo 12 anos de atuação no mercado, mais especificamente voltada para o segmento de Tecnologias Especiais para Automação, vem usando essa ferramenta para otimizar seu relacionamento com seus mais diversos públicos, apresentando entre outras coisas, seus produtos em oferta. “Estamos no Twitter em fase experimental e temos tido bons feedbacks sobre o canal de informações, o que nos incentiva a aumentar a nossa presença e a utilização desta nova ferramenta no mercado”, relata Julio Vidotti, diretor comercial da empresa.

Para te ajudar, pesquisamos a opinião de alguns estudiosos dessa grande teia que é a Internet e pesquisadores desse mercado que é o E-Marketing e traçamos dez pontos para que uma empresa possa entrar com maior segurança nas mídias sociais, implantando assim uma boa estratégia de ação.

Ponto 1: Comece monitorando sua marca.O primeiro passo é a criação de um monitoramento simples para entender o que estão falando sobre você, sua marca e/ou produtos nas mídias sociais. Você pode começar consultando um guia de como iniciar monitoramento em mídias sociais. Essa estratégia pode trazer informações imprescindíveis para você entender qual é o status da sua marca na web. A partir daí, você pode pensar em ações adequadas para atuar nas mídias sociais. Usando essa plataforma de gerenciamento de mídias sociais, que é o Scup, você pode fazer isso cadastrando um novo monitoramento e inserindo as palavras-chave.

Detalhe: Muitas empresas, nessa etapa, percebem que suas marcas não estão sendo comentadas nas mídias sociais e param por aí o processo, o que é um grande erro. Nesse caso, há uma grande oportunidade de começar a explorar todo o potencial de uma comunicação eficiente nas redes sociais.

Ponto 2: Defina sua equipe.É muito importante definir quem da sua equipe atuará no trabalho com as mídias sociais. Em geral, esse trabalho é destinado a profissionais de marketing e comunicação que entendam muito bem do seu negócio, que tenham disponibilidade para falar pela empresa, sejam usuários das principais redes sociais e estejam sempre conectados (respostas rápidas são um grande diferencial para o usuário). Muitas vezes, esse papel é

adotado, inicialmente, por Diretores e Sócios das empresas. No Scup, uma vez decidida a equipe, basta convidá-los no menu “Configurações” - “Usuarios” do seu Monitoramento. Assim, eles terão acesso compartilhado ao Monitoramento.

Ponto 3: Entenda como e por que membros de seu mercado-alvo usam a mídia social.Como acontece com qualquer plano de marketing, é fundamental conhecer o seu público-alvo para que você possa desenvolver-se devidamente, adaptando o conteúdo e as comunicações para satisfazer as suas necessidades.

Aqui estão três fatores a considerar para compreender melhor porque eles participam em meios sociais:- As pessoas querem se conectar com as pessoas que têm interesses semelhantes para se socializar.- As pessoas estão procurando expandir sua rede de relacionamentos, especialmente em situações em que precisam de uma referência pessoal.- As pessoas utilizam meios de comunicação sociais como um filtro de pesquisa para obter entrada a partir de fontes confiáveis.

Ponto 4: Defina sua linha de comunicação.É preciso tomar cuidado na estratégia que você vai usar para interagir nas mídias sociais.Por isso, a melhor dica é seguir um padrão. Definir uma linguagem (formal ou informal) para ser usada sempre, o público alvo, a abordagem ideal (adotando uma comunicação mais pessoal ou institucional), a periodicidade de seus posts (no blog corporativo, no Twitter, no Slideshare ou qualquer outra mídia social) e um tempo máximo para responder às interações dos usuários. A linha de comunicação também define as ações que serão tomadas em casos de crises e a postura tomada diante de críticas. Em ambos os casos, transparência é essencial.

Ponto 5: Crie seus canais sociais (Twitter, Blog, YouTube, Flickr, etc...).Muitas empresas tomam esse passo muito antes do que deveriam. O conceito base aqui é “estar presente onde seus clientes estão”. Se os usuários gastam a maior parte de seu tempo visitando canais sociais, estar presente nesses canais é essencial. Um detalhe importante é que tais canais devem ser criados seguindo uma premissa: você realmente estará presente diariamente neles, atualizando e se relacionando. Canais sociais deixados de lado definitivamente não são bem vistos pelos usuários, assim como interações não respondidas.

Ponto 6: Relacione-se, interaja!O mais importante quando você insere sua empresa/marca nas mídias sociais é interagir com o usuário. Isso é essencial para que ele se sinta ouvido e para que entenda o quanto a opinião dele é importante para você. Todo o tipo de interação relevante do usuário deve ser respondida o mais rápido possível. Dê atenção

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especial para seus usuários mais ativos: os evangelizadores e destruidores de sua marca. Lembre-se sempre que eles querem ser ouvidos e reconhecidos. Eles querem que a interação humana, não uma comunicação automatizada.

É possível ainda você acompanhar e responder as interações dos usuários no Twitter instantaneamente, sem sair da página. Você também pode armazenar e acompanhar o histórico de conversações com eles, além de listar os usuários mais ativos.

Ponto 7: Produza conteúdo que atenda às necessidades de seus consumidores.Nesse estágio, você já tem uma equipe, uma linha de comunicação, canais sociais e já se relaciona com alguns usuários. Gerar conteúdo é um passo importante para estreitar a relação com essas pessoas, gerar valor, manter todos informados de novidades e mostrar que a empresa é viva, dinâmica e atualizada. Isto deve ir além da simples transmissão de alguma oferta. Sua empresa deve limitar promoções para um total de 12 mensagens, no máximo. Especifi camente, fornecer informações que atendam os clientes e às necessidades dos participantes de mídia social. Muitas empresas já geram muito conteúdo, mas deixam restrito ao site institucional, newsletters ou campanhas específi cas. Um trabalho de Spreading (replicar o conteúdo em seus canais sociais) é muito importante para, mais uma vez, estar onde o usuário está. Não dá para esperar que o usuário visite o seu site. Nessa etapa é muito importante seguir as defi nições da linha de comunicação adotada. Em alguns casos, é necessário voltar e refazer esse trabalho.

Ponto 8: Fique de olho no mercado e concorrentes.É possível também encontrar diversas oportunidades explorando seu mercado nas mídias sociais. Uma boa maneira de fazer isso é monitorar comentários sobre palavras-chave relacionadas ao seu negócio. Além disso, comunidades específi cas do seu público alvo. Trabalhar com esses dados e se relacionar com os usuários pode render pesquisas valiosas e uma nova fonte de identifi cação de possíveis clientes.Também é sempre bom observar como está a imagem de seus concorrentes nas mídias. Acompanhar as ações deles se torna muito importante como benchmark e análise do mercado. No Scup fi ca fácil visualizar a evolução da sua marca e a do concorrente por meio da ferramenta de “Comparação cross-monitoramento”, mas uma análise mais qualitativa também deve ser feita. Além disso, um grande uso da ferramenta é criar monitoramentos exclusivos para análise do seu mercado.

Ponto 9: Considere os seguintes tipos de conteúdo e informações:- Fornecer suporte ao produto ou informações de como utilizar. Isso é particularmente útil para incentivar a compra (por exemplo, receitas) ou para fornecer instruções adicionais sobre a pós-compra.- Referir-se aos interesses pessoais dos consumidores. Além disso, considere como alvo as comunidades no Orkut ou Facebook.- Fornecer humor, porque todo mundo gosta de ser entretido.

Ponto 10: Atue como um canal de comunicação com notícias relevantes agregadas, anunciar reuniões, etc..Use uma variedade de formas de conteúdo para compreender o papel que cada um desempenha na mídia social. É necessário uma combinação de tempo e informações específi cas. Alguns tipos de meios de comunicação social levam as pessoas a seu site e a suas outras páginas da comunicação social. Entre os formatos diferentes a considerar são artigos, comentários (incluindo as opiniões, discussões e tweets), no blog, fotos, áudio, vídeo, apresentações e nos programas transmitidos através de eventos onde uma pessoa presente ali retransmite para sua audiência esta mesma atividade, através do Twitter ou por outros meios. As redes e mídias sociais possibilitam que o usuário (que é também consumidor) tenha um espaço livre para dar sua opinião sobre produtos e marcas que, de alguma forma, fazem parte da sua vida. No entanto, o grande temor das empresas atualmente é verem-se “na boca do povo” por causa de um comentário negativo feito através da web. Nas mídias sociais, as opiniões se disseminam muito rápido e, podem acreditar, uma empresa pode sair muito prejudicada com isso.

Por isso, o que não fazer nas mídias sociais? Para quem quer inserir sua marca na Internet,

algumas posturas são indispensáveis:

1) - Nunca engane o internauta!O usuário da rede costuma ser muito crítico com o conteúdo que acessa. Como é possível encontrar de tudo na Internet, a seleção fi ca por conta do leitor e arriscar perder a confi ança dele signifi ca arriscar a credibilidade da marca. Criar perfi s falsos no Orkut ou até blogs fakes para divulgar/elogiar uma empresa pode ser visto com maus olhos pelos internautas e gerar uma péssima reputação para a marca.

2) - Nunca reprima conteúdo gerado pelo internauta!A Internet é uma mídia que dá acesso a qualquer pessoa para consumir e produzir conteúdo. Esse é um dos seus princípios básicos. Tentar limitar esse “poder” de produção do usuário ou banir um conteúdo gerado por ele é ir contra a lógica da rede. Esse é o tipo de ação que se viraliza rapidamente e pode causar sérios danos para a marca.

3) - Nunca faça Spam!As novas tecnologias que a Internet proporciona exigem novas formas de se fazer publicidade. Não adianta tentar “forçar” uma propaganda utilizando as mídias sociais para veicular indesejáveis spams. O resultado será extremamente negativo. A Internet é uma mídia qualifi cada, é preciso saber como lidar com ela.

Entidades como a AFRAC, Associação Brasileira de Automação Comercial, entendem a importância dessas redes sociais e investem nelas. Com isso, ela pode ser encontrada, juntamente com várias outras empresas do ramo no Twitterinvestem nelas. Com isso, ela pode ser encontrada, juntamente

Twitter AA

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A AFRAC - Associação Brasileira de Automação Comercial e o IDETI Eventos em Tecnologia da Informação promovem, anualmente, no mês de abril, o AUTOCOM - Exposição e Congresso

de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio, maior evento da América Latina de Automação Comercial, onde são apresentadas as inovações tecnológicas mais recentes para o Varejo.

O Congresso AUTOCOM tem por objetivo promover o encontro entre profi ssionais do setor, fornecedores, prestadores de serviços, representantes governamentais, usuários e interessados em geral, fomentar a transferência de tecnologias, network e geração de negócios. A Exposição segue o mesmo padrão.

Segundo Fábio Lazzarini, do IDETI, a Exposição

tem como característica principal a representação de produtos, serviços e

soluções para o Comércio, ou seja, os visitantes.

Um evento dessa magnitude visa apresentar os últimos lançamentos do mercado mundial de automação comercial, bem como conferências, painéis, cases de sucesso e debates para discutir as tendências desse setor em expansão, apresentando as mais avançadas tecnologias para a otimização do setor comercial, bem como, produtos, soluções e serviços para o comércio, em toda sua cadeia, do varejo ao atacado.

AUTOCOM 2010Maior evento latino-americano

de tecnologia para o varejo

O AUTOCOM reserva uma programação especial, cuidadosamente elaborada de forma a atender às expectativas dos visitantes. Com um conteúdo diferenciado nos Painéis e Palestras, ministrados por profi ssionais do mais alto conhecimento técnico e teórico em áreas de atuação, o Congresso AUTOCOM apresenta a evolução e tendências dos negócios, legislação de Automação Comercial, RFID/AIDC, Mobilidade, Soluções para o Varejo, entre outros, que estarão na pauta dos principais players do Setor.

AUTOCOM 2009

Fábio Lazzarini

AAAAAAAAAAAAAA EVENTOS

O AUTOCOM 2010, que está em sua 12ª edição, será realizado nos dias 06, 07 e

08 de abril, das 14h às 21h, no Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo - SP. Segundo Lazzarini, o público do evento vem crescendo a cada ano em média 15%. “No

ano de 2009, por exemplo, só na exposição, tivemos cerca de 8.000

visitantes”, afi rma

Para Gerson Pasquali, Vice-Presidente

de marketing da AFRAC, participar do AUTOCOM, além

de permitir as empresas de mostrarem seu mix

de produtos e soluções, realiza fóruns de debates

visando levar aos visitantes e congressistas novidades e os

principais temas de interesse do Setor.

Sr. Gerson Pasquali

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As inscrições podem ser feitas no site: www.afrac.com.br/congressoautocom

Temas que serão abordados no Congresso, edição 2010:

- S@T Fiscal - Canais - ECF Seguro - Mobilidade -

- Nota Fiscal Eletrônica.- PAF-ECF (Programa Aplicativo Fiscal) -

- A aplicação da tecnologia RFID -

- Normatização de papel térmico para o Comércio -

SPED Contábil e Fiscal - Sustentabilidade.

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AA

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UTOCOMA

Especialistas no varejo apresentamno Brasil as novidades do evento em Nova York

ARTIGOAAAAAAAAAAAAAA

A Hora e a Vez do BRASIL

O pesquisador sênior da Yale University, nos EUA, Immanuel Wallerstein, declarou recentemente, diante do cenário pós-crise: “Sigam o exemplo do Brasil”. E ainda que

ele estivesse se referindo à política, tal frase pode bem resumir o contexto debatido na última NRF, a maior convenção de varejo do mundo, em Nova York.

De volta à casa, a comissão que compareceu ao evento reuniu, no último dia 09, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), especialistas em varejo e empresários do setor para disseminar os pontos relevantes e as inovações apresentadas na NRF, dos dias 11 a 14 de janeiro. E como o setor varejista se autoalimenta de inovações, eles retornaram com um prato cheio para abastecer este grande mercado.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que em seus mais de 115 anos de história, tem buscado ofertar soluções inteligentes para todas as etapas do negócio, promoveu esse seminário, no intuito também de mostrar ao setor varejista, o seu importante papel para o crescimento da economia brasileira agora em 2010.

O coordenador do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM, Ricardo Pastore afi rmou: “O Brasil é saudado como a grande oportunidade para o varejo. É considerada a economia emergente mais importante do momento”

Ele então compara os dois cenários: o norte-americano, que está estagnado, chegando a apresentar previsão zero de abertura de novos estabelecimentos, e o brasileiro: “Embora o número seja bem menor - 400 shoppings - somente em 2010 prevê-se abrir 40 empreendimentos, o que signifi ca um aumento de 10% em somente um ano”, lembrou Pastore.

Na briga pelo “amor” e pela “fi delidade” do cliente, executivos como Edmour Saiani, ressaltou a importância de enxergar o relacionamento com o cliente como ponto crucial para os negócios. Segundo Saiani, em uma pesquisa apresentada lá no evento demonstrou que a perda do cliente se dá, em 15% dos casos, por um produto de menor valor; em outros 15%, por um melhor; em 21%, por falta de contato com o vendedor e nos 49% restantes, por atenção de baixa qualidade.

E ele afi rma que mais importante do que treinar o funcio-nário, é conhecer a quem se contrata.“O vendedor pre-cisa se comprometer com os valores da empresa e gos-tar do que faz, pois acaba passando esses sentimentos para o cliente, que se torna fi el na medida em que é bem atendido”, destaca. Por isso, tem que se focar também no atendente da loja, valorizando-o sob medida, já que é ele quem faz essa ponte entre o estabelecimento e o consumidor.

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UTOCOMA

o seminário abordando os aspectos tecnológicos que prometem revolucionar as práticas varejistas.

Na sua apresentação, a tônica manteve-se em torno das condutas não-invasivas de obter informações estratégicas sobre o cliente.

E como isso tende a ocorrer? Quando as lojas entregam algo além do produto, quando simplifi cam a exposição dos produtos, evitando a poluição visual, quando os lojistas pensam em maneiras diferentes de atendimento, com soluções simples para o ponto de venda, também quando permitem que o cliente experimente o produto, aumentam assim 30% as chances de venda.

Os refl exos desse evento já podem ser medidos também mediante o crescimento das vendas do varejo nos EUA, que foi cerca de 0,5% em janeiro, mais que o esperado pelos economistas, que previam elevação de 0 3%. Aqui no Brasil, de acordo com os resultados da “Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo”, o setor segue otimista, com a expectativa de crescimento de 10,6% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado e um aumento de 0,2% no confronto com números do quarto trimestre de 2009. Por isso, a máxima: Varejo é Detalhe. E o Detalhe está em INOVAR! AA

Já o vice-presidente da ACSP e organizador da comissão, Nelson Kheirallah, porém destacou sobre a necessidade de adaptar os conteúdos apresentados no congresso para a realidade brasileira. “Felizmente, no contexto varejista, estamos em posição bem mais favorável que os americanos, saturados no mercado varejista e ainda administrando os refl exos da crise econômico-fi nanceira”, expõe Kheirallah.

O grande boom do evento, segundo esses especialistas, vem em forma de saber inovar, saber manter a emoção do consumidor, saber encantá-lo ao invés de importuná-lo. “E isso é geralmente produzido, quando se agrega valor ao item, seja em forma de atendimento ou mesmo no pós-venda, pois é isso que vai diferenciar o bom varejista em um mercado de concorrência crescente”, estabelece Pastore.

Foi enfatizada ainda a questão do excesso de produtos para satisfazer aos desejos do cliente, que muitas vezes, mais confunde o consumidor do que o auxilia. Paradoxalmente, a invisibilidade do produto, ainda que esteja na loja, também é bastante prejudicial. “É sumamente importante lembrar-se da seguinte regra: se o produto não está visível, ele não está à venda”, conclui o professor da USP e ESPM, Francisco Alvarez, Dagoberto Hajjar, o sócio-diretor da GrowBiz, encerrou

Edmour SaianiFrancisco Alvarez

Ricardo PastoreDagoberto Hajjar

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UTOCOMA

PARCERIASAAAAAAAAAAAAAA

A partir de 2010, a Golden tornou-se o mais novo parceiro/distribuidor de papéis especiais da Fibria, empresa resultante da união da VCP com a Aracruz indústria

de papéis térmicos e autocopiativos da América Latina. Intensifi cando este compromisso com a Fibria

e com o mercado de papéis especiais, térmicos e autocopiativos, pretende tornar-se referência em tecnologia,

qualidade e proporcionar um diferencial competitivo neste mercado

qualidade e proporcionar um diferencial AA

Golden inicia processo de parceria e distribuição de papel autocopiativo e térmico.

CIS lança versão Bluetooth da PR 100.

AA

A CIS, empresa produtora de soluções em captura de dados, em parceria com a empresa de conectividade NAXOS,

desenvolveu a versão da PR 100 Bluetooth, sua impressora térmica não fi scal; ideal para as soluções de

automação comercial, em tarefas auxiliares aos terminais de venda que requerem impressão,

mas que dispõem de pouco espaço

Autocom_2010_anuncio_revista.pdf 1 25/2/2010 13:57:48

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A partir de 2010, a Golden tornou-se o mais novo parceiro/distribuidor de papéis especiais da Fibria, empresa resultante da união da VCP com a Aracruz indústria

de papéis térmicos e autocopiativos da América Latina. Intensifi cando este compromisso com a Fibria

e com o mercado de papéis especiais, térmicos e autocopiativos, pretende tornar-se referência em tecnologia,

qualidade e proporcionar um diferencial competitivo neste mercado

Autocom_2010_anuncio_revista.pdf 1 25/2/2010 13:57:48

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