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Autoconhecimento: Exercício Diário Foi refletindo sobre minha vida e os acontecimentos recentes, também sobre as consequências de cada um deles em meu dia-a-dia que fui tomado pelo impulso de escrever. Ninguém tira da minha cabeça que esse exercício de autoconhecimento é fruto dos mais de sete anos de psicoterapia. Confesso que tenho praticado com muita frequência a reflexão, mas, há meses que não escrevo, não sei dizer o porquê. Adoro refletir, e mais ainda escrever. É uma forma que encontrei de organizar aquilo que muitas vezes ocorre como um turbilhão de pensamentos. Escrever é uma forma de organizar tudo, literalmente colocar tudo no papel, fica mais fácil de analisar e, também, de compreender as pessoas, situações e contextos. Invariavelmente sou levado a um sentimento de grande bem estar, mesmo que a conclusão não seja a mais agradável ou confortável. Quando começamos a compreender um pouquinho sobre nós mesmos e o contexto ao qual estamos inseridos, é sinal de que já se percorreu um bocado na estrada do autoconhecimento. Quando saí da completa escuridão, e a luz foi se fazendo ao meu redor, por muitas vezes a saída diante da estranheza do que eu percebia, era a negação. Acredito que, em muitos casos, a negação seja um estado intermediário entre a mais pura ignorância da coisa e a aceitação da mesma. O autoconhecimento é caminho cheio de surpresas. Umas agradáveis e outras nem tanto. Todas elas são boas, já que são luzes que se fazem envolta da gente, que vão ampliando seu diâmetro, nos permitindo conhecer a nós mesmos e o contexto no qual estamos inseridos.

Autoconhecimento Um Exercicio Diario

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Autoconhecimento: Exercício DiárioFoi refletindo sobre minha vida e os acontecimentos recentes, também sobre as consequências de cada um deles em meu dia-a-dia que fui tomado pelo impulso de escrever.Ninguém tira da minha cabeça que esse exercício de autoconhecimento é fruto dos mais de sete anos de psicoterapia.Confesso que tenho praticado com muita frequência a reflexão, mas, há meses que não escrevo, não sei dizer o porquê. Adoro refletir, e mais ainda escrever. É uma forma que encontrei de organizar aquilo que muitas vezes ocorre como um turbilhão de pensamentos.Escrever é uma forma de organizar tudo, literalmente colocar tudo no papel, fica mais fácil de analisar e, também, de compreender as pessoas, situações e contextos. Invariavelmente sou levado a um sentimento de grande bem estar, mesmo que a conclusão não seja a mais agradável ou confortável.Quando começamos a compreender um pouquinho sobre nós mesmos e o contexto ao qual estamos inseridos, é sinal de que já se percorreu um bocado na estrada do autoconhecimento.Quando saí da completa escuridão, e a luz foi se fazendo ao meu redor, por muitas vezes a saída diante da estranheza do que eu percebia, era a negação. Acredito que, em muitos casos, a negação seja um estado intermediário entre a mais pura ignorância da coisa e a aceitação da mesma.O autoconhecimento é caminho cheio de surpresas. Umas agradáveis e outras nem tanto. Todas elas são boas, já que são luzes que se fazem envolta da gente, que vão ampliando seu diâmetro, nos permitindo conhecer a nós mesmos e o contexto no qual estamos inseridos.Vai se tornando crucial nesse processo conhecer também as outras pessoas, suas atitudes e posturas, seus prováveis motivos. Passamos aí a compreender melhor as relações das quais fazemos parte.Em todo esse processo, ajuda muito, mas muito mesmo, o exercício do autoperdão, em seguida, o perdão

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que devemos ao próximo. É claro que só posso discorrer a respeito baseado em informações coletadas em experiência própria, talvez com as outras pessoas ocorra de maneira diferente, nunca fui e nem pretendo ser modelo de nada nem de ninguém.A credito que se não se chegue a este ponto (do exercício do perdão), talvez seja sinal de que algo vá errado com o processo. Talvez ainda falte um chãozinho pra percorrer até que se sinta aliviado, pleno.Todos nós temos monstros íntimos com os quais não gostamos de bulir.Muitos devem ser os casos em que os monstros em si sejam até desconhecidos, a pessoa talvez lide apenas com as consequências ou, na forma que ele reflete no comportamento, desconhecendo a origem desses traços e características.Vivo momento mágico. Num passado próximo, minhas perspectivas para o futuro eram tétricas, terríveis. Nada sabia a meu respeito ainda, sobrevivia intuitivamente, como um animalzinho.Mesmo no mais profundo limbo, já era dotado de uma coisa que passei a chamar de “calma estranha”. Um estado de espírito que sempre possuí e que me induzia à uma certeza: a de que tudo iria se arrumar.Essa “calma estranha” se transformou numa fé inabalável quando, levado pelos meios aos quais tive acesso, de me conhecer, de amadurecer “a pulso”, é bem verdade.Os tratamentos medicamentoso e psicoterapêutico aliados à espiritualização, aos quais sempre me dediquei com muita seriedade, vêm hoje, juntos, surtindo efeito. E que efeito maravilhoso.O tratamento é muito válido. Se conhecer é “enfrentar os bichos”. Eles só assustam quando deles ouvimos só o “rugido”. Isso é, quando de nossos grilos só conhecemos os sinais de que existem e suas consequências. Quando não há sobre eles mais mistério algum, tornam-se “bichinhos bonitinhos” ou “bichinhos estranhos”, deixam de assustar e de influenciarnos tanto.Aprendemos a conviver com o que ou com quem quer que seja. “Bem vindo ao mundo adulto!”, diria minha terapeuta.Sei bem que “alta da terapia” talvez seja uma coisa que eu nunca venha a conhecer. Quer saber? Acho

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isso ótimo. O simples fato de existir um recurso para nos auxiliar é coisa que me deixa muito feliz. Isso talvez indique o quanto ainda estou no começo do meu processo de autoconhecimento.Sei a meu respeito o suficiente para encarar a vida olho no olho. Se ela exigir de mim que eu esteja com “a faca nos dentes”, ela que se prepare!Sei que posso ser bom em qualquer coisa que eu resolva fazer, é simples: sinto-me capaz e confiante, sei que pode parecer pouco… não é.Talvez um dia eu escreva sobre como era viver intuitivamente, desconhecendo a mim e a tudo que me cercava, as coisas que passavam pela minha cabeça, minhas fraquezas, certezas e incertezas.Sinto grande satisfação de poder compartilhar sobre o que ocorre hoje. Acredito na utilidade deste depoimento.Acredito que muitas pessoas poderiam tirar proveito da psicoterapia e da espiritualização e que, não o fazem pelo simples fato de desconhecer algum caso de perto ou, por puro preconceito mesmo.Só elas perdem com esta postura.