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1 Fonte: www.ciudadredonda.org/(01.06.2007) Na história da humanidade os homens sempre tiveram o desejo de adquirir coisas? Comprar... Comprar... Dê onde vem essa mania ? Autor: GICELMA MARANHO NRE: CIANORTE Escola: ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR LEO KOHLER – E. F. Disciplina: HISTORIA (x) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio Disciplina da relação interdisciplinar 1: GEOGRAFIA Disciplina da relação interdisciplinar 2: MATEMÁTICA Conteúdo Estruturante: DIMENSÂO ECONÕMICO - SOCIAL Conteúdo Específico: CONSUMISMO Título: CONSUMO RESPONSÁVEL Palavras-chave: Revolução Industrial, consumo, publicidade e comportamento.

Autor: GICELMA MARANHO NRE: CIANORTE Escola: ESCOLA ... · um lado escolhendo produtos e ... Na hora de pegar este ou aquele produto na gôndola do supermercado, o que ... consumir

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Fonte: www.ciudadredonda.org/(01.06.2007)

Na história da humanidade os homens sempre tiveram o desejo de adquirir

coisas? Comprar... Comprar... Dê onde vem essa mania ?

Autor: GICELMA MARANHO

NRE: CIANORTE

Escola: ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR LEO KOHLER – E. F.

Disciplina: HISTORIA (x) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio

Disciplina da relação interdisciplinar 1: GEOGRAFIA

Disciplina da relação interdisciplinar 2: MATEMÁTICA

Conteúdo Estruturante: DIMENSÂO ECONÕMICO - SOCIAL

Conteúdo Específico: CONSUMISMO

Título: CONSUMO RESPONSÁVEL

Palavras-chave: Revolução Industrial, consumo, publicidade e comportamento.

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O ato de consumir criou novos valores ao longo do tempo.

No século XVIII, os dois países mais influentes eram a Inglaterra e a

França, sendo que a Inglaterra era sem dúvidas o país mais avançado, pois

mantinha um amplo mundo colonial e uma manufatura em plena atividade para

atender aos crescentes pedidos de tecidos vindos de todas as suas colônias, de

outros países europeus e mesmo de mercado interno que estava cada vez maior

e ávido de mercadorias. Já a França era um país mais agrícola do que

manufatureiro, tendo sido durante o séc. XVIII, o maior rival econômico da

Inglaterra.

Naquele período, sem dúvida, o mundo estava desenhando novos

caminhos, surgia aí uma nova forma de ver o mercado e seus produtos, nascia

uma sociedade que hoje chamamos de “consumista”. A população crescia, o

mercado aumentava a produção, precisava-se, portanto de uma fatia da

população que os adquirisse e os valorizassem, enfim tudo estava se

transformando. Os reis, que antes eram senhores absolutos de seus povos,

começavam a ser alvo de críticas dos intelectuais da época, clamava-se por

liberdade de comercializar sem restrição. Tudo isto ocorria pela inadequação

entre o dinamismo das atividades econômicas da burguesia (comerciantes,

banqueiros e fabricantes) e a forma do poder político em mãos da nobreza,

limitando profundamente estas atividades.

Não poderemos continuar a fazer as ligações entre os fatos sem destacar

que os acontecimentos agitados desse período levaram às seguintes revoluções:

Ao analisar as causas e conseqüência da Revolução Industrial, temos

como objetivo situar a importância do ato de consumir bens e produtos da época,

pois sem ele a própria revolução não se sustentaria, não podemos negar que se

existe produtos eles devem ser consumidos, ou então, a economia entra em

colapso.

Ao tentar resolver esta questão, devemos lembrar que a Revolução

Industrial não foi um episódio com um princípio e um fim, segundo Eric

Hobsbawn, em sua obra “A Era das Revoluções”, a essência foi a de uma

mudança revolucionária que se tornou norma deste então. Foi um longo período

em que as transformações econômicas foram capazes de produzir, em termos

amplos, tudo que desejasse, dentro dos limites das técnicas disponíveis, uma

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“economia industrial amadurecida”, para o autor foi provavelmente o mais

importante período na história do mundo, pelo menos desde a invenção da

agricultura e das cidades.

Sem dúvidas, a Revolução Industrial pode ser mais bem entendida quando

considerada como um prolongado processo de transformações que transfere a

supremacia econômica de capital comercial para a industrial. Esse fenômeno

começou na Inglaterra porque este país conseguiu mais facilmente que os outros,

acumular capital necessário para tal empreendimento, o que fez no tempo do

renascimento do comércio, fortalecendo uma camada da sociedade

extremamente enriquecida com essa atividade: a burguesia. Portanto a burguesia

inglesa tinha as mínimas condições necessárias para obtenção de lucros.

A passagem da economia mercantilista para uma economia voltada à

indústria mudou a forma de relacionamento socioeconômico da sociedade,

veremos agora um quadro que relata essas mudanças fundamentais.

MERCANTILISMO CAPITALISMO

Cada trabalhador tinha sua oficina Surgem os operários das fábricas com salários. Força de trabalho em troca de remuneração.

Os meios de produção pertenciam aos trabalhadores

Os trabalhadores são desvinculados dos meios de produção, eles pertencem aos industriais.

Não havia divisão do trabalho acentuado, isto é, cada artesão participava de todo o processo de produção.

A divisão do trabalho é implantada, cada operário faz sua parte e muitas vezes desconhecem o produto final. Trabalho em série.

Não se exigia um grande capital para os investimentos da produção.

É fundamental ter um grande capital e uma reserva para investir em novas máquinas e instalações.

O artesão podia usar de sua criatividade e criar produtos únicos, sob encomenda.

A produção é em série, mecânica e repetitiva, milhares de peças iguais no aspecto e empreendimento.

O lucro era gerado na compra e na venda de mercadoria.

O maior lucro é gerado na produção de mercadoria nas indústrias.

Sustentabilidade do artesão. Falência da classe artesã. Um maior equilíbrio na renda Formação de uma classe

extremamente rica, proprietária de grandes indústrias: a burguesia.

O consumo era considerado uma necessidade de subsistência.

Surge uma sociedade extremamente consumista, estimulada pelas novidades das indústrias.

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Pense e Reflita:

Em nossa sociedade capitalista, os empresários querem o lucro através

da venda, eles afirmam que se não resistir à concorrência vão à falência, portanto criam uma ética que justificam os eventuais abusos, prejudicando a qualidade de vida e agredindo o meio ambiente. Como você vê essa situação tão comum em nosso dia a dia?

CONSUMISMO: DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE

Para a sobrevivência humana, o mundo precisa consumir. O fato de

consumir, não é uma escolha. Mas como consumir, quantidade e qualidade

podem e devem ser escolhas responsáveis.

Comprar e consumir, não importa o quê. Esse talvez seja um dos traços

que mais caracterizam o mundo contemporâneo.

Nas chamadas sociedades de consumo, a aquisição de produtos e

serviços estão tão presente no cotidiano das pessoas que muitas vezes não se

pode determinar se o consumo se dá por necessidade ou por influência da

publicidade de todos os tipos que bombardeiam as pessoas por meio dos

diferentes meios de comunicação diariamente.

No ritmo atual de exploração do planeta, a humanidade caminha para um

beco sem saída. Atualmente, os mais de seis bilhões de habitantes da Terra já

consomem 25% a mais de recursos do que o planeta é capaz de renovar. Se toda

a população do mundo passasse a consumir como os habitantes mais ricos,

seriam necessárias quatro Terras para saciar tão elevado nível de demanda por

água, energia, recursos naturais e alimentos.

Exercer o papel de consumidor é um direito de todos. Mas não devemos

esquecer que o consumo pode servir para reforçar tanto o exercício da cidadania

quanto os comportamentos meramente massificados e alienados.

Aos países pobres e aos chamados “em desenvolvimento”, que têm todo o

direito a crescer economicamente, cabe o desafio de não repetir o modelo

predatório dos ricos. Desde a Revolução Industrial, os países ricos emitiram 80%

do carbono que causa o efeito estufa na atmosfera.

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Nesse processo, o consumidor consciente tem um papel fundamental. De

um lado escolhendo produtos e serviços de empresas que cumpram com suas

responsabilidades social e ambiental, valorizando as melhores opções e

incentivando a sustentabilidade e contribuir para um planeta melhor: ser

economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.

Para nos vencermos os desafios da sustentabilidade, devemos mudar

nossas ações enquanto consumidores:

· Analisar nossos hábitos de consumo;

· Reconhecer que cada ato de consumo tem impactos na sociedade e no

meio ambiente;

· Ter consciência que existe o poder de escolha de consumo;

· Todo o excesso e a indiferença de consumo significam um desrespeito em

relação às gerações futuras.

Além do preço e da marca

Fonte:www.Objectiva 3.blogspot.com (01.06.2007)

O instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) lança guia em que

defende o “consumo responsável” e prega o boicote à empresa que prejudica

meio ambiente e não respeita direitos humanos e trabalhistas.

Na hora de pegar este ou aquele produto na gôndola do supermercado, o

que pesa em sua decisão? Preço, qualidade, tradição, preferência? Em geral, são

esses os fatores que costumam ser levados em conta no instante da compra.

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Mas há um fenômeno novo que desafia esse padrão? São os consumidores

preocupados com o comportamento da empresa que produziu determinado

produto.

Já não são poucos os que fazem suas escolhas se perguntando se aquela

companhia respeitou direitos humanos e trabalhistas: Se é ética quando realizam

suas campanhas publicitárias, se aliada a produção e a venda ela promove mais

empregos à população.

Segunda as pesquisas nos últimos anos os consumidores tem se tornado

pessoas mais exigentes, passaram a se organizar em grupos e a defender seus

direitos, os mesmo receberam o nome de “consumidores responsáveis” e

adotaram um ideal conhecido como “responsabilidade social”, onde o ato de

consumir vai além do interesse da classe empresarial que visa o lucro.

A Diretora de Marketing Marilena Lazzarini, coordenadora institucional do

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, afirma que: “O consumidor mais

atento e informado já percebe as relações de seu nível de consumo e os efeitos

disso no plano social, econômico e ambiental. Isso torna as empresas mais

conscientes e preocupadas com os valores que ela propaga com seus produtos e

marketing”.

Dicas de como você pode exercer o “consumo responsável”

1. Refletir sobre seus hábitos de consumo, reduzir quanto possível, não desperdiçar e dar destinação correta ao resíduo ou ao produto pós-consumo.

2. Escolher marcas de empresas reconhecidas por sua prática responsáveis e éticas.

3. Obter informações, por meio da mídia e das associações sociais, sobre os impactos sociais e ambientais da produção, do consumo e do pós-consumo de produtos e serviços.

4. Entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor das empresas por telefone ou por e-mail, para questionar sobre os impactos e pressionar pela adoção de práticas sustentáveis de produção e pós-consumo.

5. Procurar saber se a empresa tem um balanço social e solicitar informações a respeito.

6. Boicotar marcas de empresas envolvidas em casos de desrespeito à legislação trabalhista, ambiental e de consumo.

7. Participar de apoio às associações de consumidores. 8. Denunciar práticas contra o meio ambiente, contra as relações de consumo

e de exploração do trabalho infantil às autoridades competentes.

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Descrição das atividades: 1. O que é ser um consumidor responsável? 2. Na hora das compras você percebe que seus familiares têm características de consumidores responsáveis? 3. Listar alguns tópicos que caracterizam um consumidor responsável. 4. Organizem grupos de 4 alunos e elaborem propostas de como se pode utilizar melhor a energia elétrica, água, alimentos, a prática da reciclagem no seu dia-a-dia. Saiba mais...

Apesar do Código do Consumidor existir há mais de uma década, muitos não conhecem seus direitos enquanto consumidor. Você mesmo pode ter sido uma vítima de propaganda enganosa ao adquirir um produto ou serviço de má qualidade.

Código de Defesa do Consumidor: conjunto básico das regras que protegem o cidadão contra os maus fornecedores.

A Constituição de 1988 inscreveu entre os direitos individuais e coletivos a

garantia de que o Estado assegurará a defesa do consumidor. Dois anos depois a

proteção do consumidor é assegurada na Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990,

denominada Código de Defesa do Consumidor – CDC.

O código define o consumidor como toda pessoa, física ou jurídica, que

adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. O fornecedor é toda

pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira que

desenvolvem atividades de produção,

montagem, criação, construção,

transformação, importação,

exportação ou comercialização de

produtos ou prestação de serviços.

Vivemos em uma sociedade

que gira em torno do mercado.

Através dele, os indivíduos

comunicam-se com a sociedade e

sentem-se nela incluído. O ato de Fonte: www.Tilz.tearfund.org.(01.06.2007)

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possuir ou desejar um bem torna o indivíduo mais “igual”, ou seja, mais bem aceito

em seu grupo, devemos, portanto analisar melhor cada situação antes de termos

todas as respostas para julgar o ato do consumo.

Os consumidores têm seus direitos e seus deveres, a lei os garante há

mais de uma década, muitos são aqueles que não a reconhecem ou a ela não

recorrem, mesmo quando são vítimas de abusos ao adquirirem ou utilizarem

produtos e serviços cariados. Sabemos, porém, que conhecer e compreender o

Código de Defesa do consumidor pode amenizar, mas não resolve as

contradições inerentes à sociedade capitalistas. Precisamos, então, divulgá-lo

mais aos nossos alunos e discutir melhor as questões que nele estão

contempladas. Lembre que consumidor consciente é cidadania presente.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

· I. A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por

práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou

nocivos;

· II. A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e

serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas

contratações;

· III. A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços,

com especificação correta de quantidade, características, composição,

qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

· IV. A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos

comerciais coercitivos ou desleais,

bem como contra práticas e

cláusula abusivas ou impostas no

fornecimento de produtos e

serviços.

· V. A modificação das cláusulas

contratuais que estabeleçam

prestações desproporcionais ou

sua revisão em razão de fatos

supervenientes que as tornem Fonte: www.static.flickr..com (01.06.2007)

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excessivamente onerosas;

· VI. A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,

individuais, coletivos e difusos;

· VII. O acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à

prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos e difusos, asseguradas as proteções jurídicas, administrativas e

técnica os necessitados;

· VIII. A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do

ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério ou quando

for ele hopossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

· IX. A adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Descrição das atividades: 1. Você sabia que existe um Código de Defesa do Consumidor? 2. Você já se sentiu enganado por um vendedor ou um produto adquirido? 3. Caso você já tenha passado por essa situação, qual foi a sua reação? 4. Identifique alguma situação que você reconhece que um dos iiitens do Código do Consumidor foi desrespeitado. Você concorda com essa afirmação? Analise.

Um dos principais objetivos da publicidade é valorizar o produto e

determinar novos padrões estéticos que influenciam e exercem uma sedução sobre o consumidor.

CONSUMO: você tem

desejo de que?

Hoje os estudiosos que analisam o

comportamento do consumidor alertam para a

necessidade de se fazer uma lista de compras

ante de sair de casa, de se perguntar quais

são as reais necessidades para o bem viver.

Quando chegarmos ao local de compras,

analisar objetivamente um produto e sua

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procedência antes de adquiri-lo, diante de qualquer diferença entre o escolhido e

o recebido, reclamar e fazer valer nossos direitos.

Além de defendermos nossos direitos como consumidores,

deveríamos defender também os direitos de todos os seres humanos? Você tem

idéia de quantas pessoas passam fome no mundo? As estimativas dizem que

cerca de 845 milhões de pessoas são subnutridas. O capitalismo tem provocado o

aumento do número de famintos no mundo através das conseqüências e as

contradições entre capital e trabalho.

Além do desejo de consumir produtos que matam a fome biológica, de que

mais as pessoas têm fome? O que é produzido? E para quem são produzidas as

mercadorias?

Nas sociedades modernas com as explosões de marcas e múltiplas

alternativas de produtos e serviços, o consumidor por vezes se esquece

temporariamente da real necessidade de um determinado produto e acaba por

vezes seduzido por uma oferta irrecusável de algo que jamais pensou consumir.

Ao observarmos os fatores que determinam à aquisição de algo,

encontramos fatores determinantes que aproximam o consumir do produto, algo

ligado a padrões estéticos. Esses padrões trabalham, principalmente: o belo, o

gosto e os estilos.

O caráter simbólico que a publicidade exerce através da marca, a

habilidade dos vendedores, a beleza das campanhas publicitária formam um

conjunto quase que imbatível em frente ao consumidor.

Se entendermos o que nos motiva a escolher, seremos craques em

marketing. Não é fácil, porque os critérios que usamos são uma mistura danada.

Parte do que escolhemos é fruto de nossa liberdade para fazermos escolhas – é

expressão de nosso desejo. Outra parte tem origem nas limitações que a

natureza nos impõe – escolhas que nosso destino biológico nos obriga a fazer.

Para você obter sucesso na publicidade, você tem de entender os dois ‘futuros’: o

do desejo e o do destino, pois são os dois que nos definem.

Descrição das atividades: 1. Discute junto aos colegas sobre o desperdício pessoal e coletivo que todos nós

vivemos em nosso cotidiano. 2. Pesquise junto a seus familiares e vizinhos. Discute com os alunos as

respostas obtidas.

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a) Você já adquiriu um produto influenciado por outras pessoas, e mais tarde se arrependeu da compra realizada?

b) Você acredita que as publicidades têm um forte poder de sedução na hora da compra e venda?

c) O que faz você adquirir um produto?

“Saco sem fundo”

“O consumidor consciente sabe quanto pode gastar sem comprometer o

seu orçamento”. Os especialistas em economia dizem que os brasileiros ainda

estão distantes de saber se organizar e administrar suas finanças pessoais. Saber

dos seus direitos de consumidor, fazer um orçamento familiar, conscientizar-se

dos seus gastos básicos, planejar, pesquisar preços, pensar na real necessidade

de adquirir algo, analisar as campanhas

publicitárias, são tarefas necessárias para

tornar-se um consumir consciente.

Sabemos que o ato de comprar vai

além da forma de adquirir um produto, faz

parte de uma forma de lazer de todos nós,

satisfaz nosso ego e realiza muitas vezes

um sonho. Por outro lado antes de contrair

dívidas, é recomendado ao consumidor avaliar os riscos de comprometer uma

grande parte do orçamento com pagamento de juros – no Brasil pratica-se uma

das maiores taxas do mundo.

Com a tecnologia e as maravilhosas campanhas publicitárias bem

realizadas em nosso país, onde tudo parece estar mais acessível do que nunca, o

consumidor não é o único “culpado” por se encontrar em uma situação

embaraçosa quando não consegue saldar suas

dividas. O índice de inadimplência continua sendo

alto nos dias de hoje, considerando que a pessoa

para comprar a prazo precisa de autorizarão da

empresa que analisa o poder de crédito, podemos

dizer que essa empresa que vende também tem

sua parcela de responsabilidade na compra

exagerada.

Fonte: www.cic.pt.(01.06.2007)

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Descrição das atividades: 1. O que leva uma pessoa a gastar acima do que ganha? 2. A diferença entre o que recebo e o que gasto é positiva ou negativa? 3. Quais os problemas que decorrem de um orçamento desequilibrado? 4. Caso você se encontre nessa situação, do que você abriria mão para poder equilibrar suas contas? 5. Quais as vantagens e desvantagens que comprar um produto em parcelas (crediário)? Dar exemplos.

“Analisando a compra a prazo”

A rápida e constante evolução dos valores sociais, associada à diversidade

de interpretações de teorias sobre o tema consumismo, faz com que haja

necessidade de, cada vez mais, ter conhecimento dos “Diretos Básicos do

Consumidor”.

É fácil reclamar, requisitar direitos, mas para isso teremos que estar

preparados, caso contrário nós nos encontraremos em uma situação embaraçosa.

Dívida, juro, inadimplência... eis um tema que os jovens e adultos

trabalhadores devem conhecer. Considerando que seus salários são insuficientes

para cobrir suas necessidades e desejos, a compra a prazo aparece como uma

solução. Boa parte das vezes, ela pode ser uma armadilha. Você sabe verificar

quanto paga de juro na compra de um produto? Têm consciência do que está

embutido na “vantagem” de comprar em 10 vezes? E o apelo da propaganda, te

influência nessa situação?

Existem diversas teorias que tentam explicar porque os juros existem.

Uma delas é a teoria da escola austríaca, desenvolvida por Eugen von Boehm-

Bawerk. Ela afirma que os juros existem por causa da manifestação das

preferências temporais dos consumidores, já que as pessoas preferem consumir

no presente do que no futuro, Isto é, poderiam economizar o dinheiro e comprar a

vista.

Na verdade as coisas não são tão fáceis assim, existe a necessidade de

comprar a prazo em muitas situações do nosso dia-a-dia, devemos então, tomar

o máximo de cuidados e analisar cada situação, cada oferta para depois

definirmos o ato da compra.

Diante de tantas opções e ofertas, muitas vezes, o consumidor não faz seu

orçamento e acaba contraindo dívidas impagáveis. No Brasil, que a taxa de juros

é praticamente a mais alta do mundo, essa situação é ainda mais grave.

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Descrição das atividades: 1. Quais as razões dos juros serem tão altos? 2. Vocês sabem como são determinados os juros? 3. Seus pais compram a prazo? Eles reclamam dos juros? 4. Simule uma situação de compra a prazo e calcule os juros

demonstrando o preço final do produto: Exemplo: *A compra de um televisor que seria de R$: 850,00 a vista e está sendo

ofertada em 10 parcelas de R$: 127,00.

Fonte:www.%.life.fae.unicamp.br. (01.06.2007) 5. Organizem-se em dupla e realize uma compra a prazo. Os alunos deverão

comprar e vender produtos a prazo, os valores e os cálculos serão feitos pela dupla de alunos.

6. Analisando os resultados vividos pela situação, vocês poderão discutir sobre as vantagens e desvantagens da compra a prazo, e quais outras forma de adquirir um produto necessário?

REFERÊNCIAS: JOLL, James. A Europa desde 1870. Publicações Dom Quixote. Universidade Moderna. Lisboa, 1982. HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções : Europa 1789 - 1848 Editora: Paz e Terra – 5ª edição. 1985 Código da Defesa do Consumidor www.mj.gov.br/DPDC/serviços/legislação/cdc.htm. www.akatu.org.br. Guia de Responsabilidade Social Empresarial para o consumo www.idec.org.br/arquivos/guia_RSE.pdf CLANCLINI, Nestor Garcia. Consumidores e Cidadãos. Conflitos multiculturais da globalização. Ed. UFRJ. Rio de Janeiro, 1999. REPORTER BRASIL www.reporterbrasil.org.br VASCONCELOS & BENJAMIN, Antônio Hermano. CODIGO DA DEFESA DO CONSUMIDOR. 7ª Ed., 2001. www.idec.org.br - IDEC. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.