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AUXÍLIO-DOENÇA PROF. THIAGO LUIS ALBUQUERQUE -ESPECIALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA -EX-ASSESSOR PARA TNU (TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO) -CONSELHEIRO DO CRSS -MESTRANDO EM DIREITO PELA PUC-SP

AUXÍLIO-DOENÇA - legale.com.br · no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima. ... médica do INSS, mediante a identificação

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AUXÍLIO-DOENÇA

PROF. THIAGO LUIS ALBUQUERQUE

-ESPECIALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA

-EX-ASSESSOR PARA TNU (TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO)

-CONSELHEIRO DO CRSS

-MESTRANDO EM DIREITO PELA PUC-SP

AUXÍLIO-DOENÇA

Thiago Albuquerque

Thiagoluisalbuquerque.blogspot.com

[email protected]

@profthiagoalbuquerque

AUXÍLIO-DOENÇA – PREVISÃO CONSTITUCIONAL

CF. Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime

geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados

critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos

termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de

1998)

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade

avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

AUXÍLIO-DOENÇA – PREVISÃO LEGAL

Lei 8.213/91. Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que,

havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido

nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade

habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar

ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da

lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade

sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou

lesão.

AUXÍLIO-DOENÇA

SÚMULA 54 da TNU

Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o

tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido

no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à

data do implemento da idade mínima.

AUXÍLIO-DOENÇA – CARÊNCIA

Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições

mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,

consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas

competências.

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 25.A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de

Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência,

ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições

mensais;

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do

art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:

I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença,

de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário

mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, desde

que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma

descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento

do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência

do benefício requerido; ou (Redação dada pela Lei nº

12.873, de 2013)

AUXÍLIO-DOENÇA – ISENÇÃO DE CARÊNCIA

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-

acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

AUXÍLIO-DOENÇA – ISENÇÃO DE CARÊNCIA

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente

de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho,

bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for

acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista

elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada

a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação,

mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e

gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação

dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

AUXÍLIO-DOENÇA – ISENÇÃO DE CARÊNCIA

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do

art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria

por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das

seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose

múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e

incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose

anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte

deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou

contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina

especializada. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

AUXÍLIO-DOENÇA – ISENÇÃO DE CARÊNCIA

Cegueira total? Qual estágio de neoplasia?

AUXÍLIO-DOENÇA – ISENÇÃO DE CARÊNCIA

Numerus apertus X Numerus clausus

AUXÍLIO-DOENÇA – RECUPERAÇÃO DA CARÊNCIA

Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência

para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar,

a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos

nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei. (Incluído pela lei nº 13.457, de

2017)

AUXÍLIO-DOENÇA – NATUREZA DOS BENEFÍCIOS

Códigos de benefícios

B31 Auxílio-doença previdenciário

Sem relação com o trabalho

Para contesto o indeferimento na justiça, art.109, I

B91 Auxílio-doença acidentário

Relacionado com o trabalho

Para contesto o indeferimento na justiça, Súmula 501 do STF

AUXÍLIO-DOENÇA

AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO

Mas, afinal, o que é Acidente do Trabalho?

AUXÍLIO-DOENÇA – ACIDENTE DE TRABALHO

Lei 8.213/91. Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício

do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou

pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.

11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar

nº 150, de 2015)

AUXÍLIO-DOENÇA

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e

segurança da saúde do trabalhador.

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de

segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar

e do produto a manipular.

§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades

representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores,

conforme dispuser o Regulamento.

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes

entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do

trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo

Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,

constante da relação mencionada no inciso I.

AUXÍLIO-DOENÇA

doença profissional X doença do trabalho

AUXÍLIO-DOENÇA

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,

salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela

natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos

incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e

com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído

diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o

trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de

trabalho;

AUXÍLIO-DOENÇA

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada

ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de

trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de

força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua

atividade;

AUXÍLIO-DOENÇA

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou

proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por

esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,

independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do

segurado;

AUXÍLIO-DOENÇA

Perícia Médica e Nexo

Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT

Nexo Técnico por Doença Profissional ou do Trabalho - NTPT

Nexo Técnico por Doença Equiparada a Acidente de Trabalho

Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

I - o acidente e a lesão;

II - a doença e o trabalho; e

III - a causa mortis e o acidente.

§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segurado à habilitação do benefício acidentário.

§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.

AUXÍLIO-DOENÇA

§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do Anexo II deste Regulamento. (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

§ 4o Para os fins deste artigo, considera-se agravo a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

AUXÍLIO-DOENÇA

§ 5o Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade

para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo, na forma do § 3o,

serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha

direito. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

§ 6o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto no §

3o quando demonstrada a inexistência de nexo entre o trabalho e o

agravo, sem prejuízo do disposto nos §§ 7o e 12. (Redação dada pelo

Decreto nº 6.939, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo

mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,

após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção

de auxílio-acidente.

AUXÍLIO-DOENÇA

Súmula nº 378 do TST I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à

estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado.

II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.

III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

AUXÍLIO-DOENÇA

DIFERENÇAS

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS NA EMPRESA

Quem tem direito: Todos os

Segurado

empregado,

segurados emp. doméstico,

trabalhador

avulso e

segurado especial

Carência 12 CM Não há

Nexo causal com o trabalho: Não há É exigido

Estabilidade após a alta: Não há 12 M

Recolhimento do FGTS durante o

afastamento: Não há É exigido

AUXÍLIO-DOENÇA

Então o acidente de trabalho

é mais caro para a empresa?

AUXÍLIO-DOENÇA

LC 150. Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento

mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes

valores:

III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para

financiamento do seguro contra acidentes do trabalho;

AUXÍLIO-DOENÇA

CF. Art. 195, § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social

poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte

de custeio total.

AUXÍLIO-DOENÇA

Lei 8.213/91. Art. 18, § 1o Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

I – empregado

II – empregado doméstico

VI – trabalhador avulso

VII – segurado especial

AUXÍLIO-DOENÇA

Lei 10.666/20013. Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por

cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou

daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa

decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até

cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o

regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva

atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a

partir dos índices de freqüência, gravidade e custo, calculados segundo

metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

AUXÍLIO-DOENÇA

Decreto 3.048/99, art. 202-A, § 5o O Ministério da Previdência Social publicará

anualmente, sempre no mesmo mês, no Diário Oficial da União, os róis dos

percentis de frequência, gravidade e custo por Subclasse da Classificação

Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e divulgará na rede mundial de

computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas ordens de freqüência,

gravidade, custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o

respectivo desempenho dentro da sua CNAE-Subclasse. (Redação dada pelo

Decreto nº 6.957, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

FAP

Fator Acidentário de Prevenção

AUXÍLIO-DOENÇA

Decreto 3.048/99. Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I a III do

art. 202 serão reduzidas em até cinqüenta por cento ou aumentadas em

até cem por cento, em razão do desempenho da empresa em relação à

sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção -

FAP. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

AUXÍLIO-DOENÇA

§ 1o O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo

contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com

quatro casas decimais, considerado o critério de arredondamento na

quarta casa decimal, a ser aplicado à respectiva alíquota. (Redação dada

pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

Sistemas bonus X malus

Neutros também!

0,5000% - 2,0000%

0,6894% - bonus

1,0000% - neutros

1,9852% - malus

AUXÍLIO-DOENÇA

SAT X FAP

AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 202, § 2o Para fins da redução ou majoração a que se refere

o caput, proceder-se-á à discriminação do desempenho da empresa,

dentro da respectiva atividade econômica, a partir da criação de um

índice composto pelos índices de gravidade, de frequência e de custo

que pondera os respectivos percentis com pesos de cinquenta por cento,

de trinta cinco por cento e de quinze por cento,

respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

§ 4o Os índices de freqüência, gravidade e custo serão calculados

segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência

Social, levando-se em conta: (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

AUXÍLIO-DOENÇA

AUXÍLIO-DOENÇA

I - para o índice de freqüência, os registros de acidentes e doenças do

trabalho informados ao INSS por meio de Comunicação de Acidente

do Trabalho - CAT e de benefícios acidentários estabelecidos por

nexos técnicos pela perícia médica do INSS, ainda que sem CAT a eles

vinculados; (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

II - para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e pensão por morte, todos de natureza acidentária, aos quais são atribuídos pesos diferentes em razão da gravidade da ocorrência, como segue: (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento; (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento para cada um; e (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

III - para o índice de custo, os valores dos benefícios de natureza acidentária pagos ou devidos pela Previdência Social, apurados da seguinte forma: (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de afastamento do trabalhador, em meses e fração de mês; e (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total, mediante projeção da expectativa de sobrevida do segurado, na data de início do benefício, a partir da tábua de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

AUXÍLIO-DOENÇA

E como esse FAP é calculado?

AUXÍLIO-DOENÇA

O Fator Acidentário de Prevenção – FAP é um multiplicador, atualmente calculado por estabelecimento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. O FAP varia anualmente. É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social.

http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/saude-e-seguranca-do-trabalhador/politicas-de-prevencao/fator-acidentario-de-prevencao-fap/

AUXÍLIO-DOENÇA

O Fator Acidentário de Prevenção – FAP é um multiplicador, atualmente calculado por estabelecimento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. O FAP varia anualmente. É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social.

http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/saude-e-seguranca-do-trabalhador/politicas-de-prevencao/fator-acidentario-de-prevencao-fap/

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela Lei nº

9.876, de 26.11.99)

I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na

média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes

a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator

previdenciário; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na

média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes

a oitenta por cento de todo o período contributivo. (Incluído pela

Lei nº 9.876, de 26.11.99)

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho,

consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento)

do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art.

33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,

de 1999)

§ 2º Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez,

contando o segurado com menos de cento e quarenta e quatro

contribuições mensais no período contributivo, o salário-de-benefício

corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo

número de contribuições apurado. (Redação dada pelo Decreto nº

3.265, de 1999) (Revogado pelo Decreto nº 5.399, de 2005)

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,

de 1999)

§ 2º Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez,

contando o segurado com menos de cento e quarenta e quatro

contribuições mensais no período contributivo, o salário-de-benefício

corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo

número de contribuições apurado. (Redação dada pelo Decreto nº

3.265, de 1999) (Revogado pelo Decreto nº 5.399, de 2005)

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela Lei nº

9.876, de 26.11.99)

§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por

incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-

contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o

cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios

em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 36. No cálculo do valor da renda mensal do benefício serão computados:

§ 7º A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez concedida por

transformação de auxílio-doença será de cem por cento do salário-de-

benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do

auxílio doença, reajustado pelos mesmos índices de correção dos

benefícios em geral

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Súmula 557: A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício de aposentadoria

por invalidez precedido de auxílio-doença será apurada na forma do art. 36, § 7º,

do Decreto n. 3.048/1999, observando-se, porém, os critérios previstos no art.

29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados períodos de afastamento e de

atividade laboral.

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

CF. Art. 201, § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou

o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário

mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

Art. 73. O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma

atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso

de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a

perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo

estiver exercendo.

§ 1º Na hipótese deste artigo, o auxílio-doença será concedido em

relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,

considerando-se para efeito de carência somente as contribuições

relativas a essa atividade.

AUXÍLIO-DOENÇA – CÁLCULO DO BENEFÍCIO

§ 2º Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão,

será exigido de imediato o afastamento de todas.

§ 3º Constatada, durante o recebimento do auxílio-doença concedido nos

termos deste artigo, a incapacidade do segurado para cada uma das

demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos

respectivos salários-de-contribuição, observado o disposto nos incisos I a

III do art. 72.

§ 4º Ocorrendo a hipótese do § 1º, o valor do auxílio-doença poderá ser

inferior ao salário mínimo desde que somado às demais remunerações

recebidas resultar valor superior a este. (Incluído pelo Decreto nº

4.729, de 2003)

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no

Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de

qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo

que anterior à perda da qualidade de segurado:

(...)

II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou

aposentadoria por invalidez;

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

CLT. Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos

do artigo anterior, a ausência do empregado: (Redação

dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo

Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do

inciso IV do art. 133; (Redação dada pela Lei nº 8.726, de

5.11.1993)

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

Tempo de serviço?

Tempo de contribuição?

Carência?

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

PROCESSO No 0806813-33.2018.4.05.8300S

CLASSE: AÇÃO CIVIL PÚBLICA

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

SÚMULA 73 da TNU

O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não

decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de

contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos

quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social.

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

IN 77. Art. 164. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como

tempo de contribuição, entre outros, conforme previsto no art. 60 do RPS:

a) o não decorrente de acidente do trabalho, entre períodos de atividade,

ainda que em outra categoria de segurado, sendo que as contribuições como

contribuinte em dobro, até outubro de 1991 ou como facultativo, a partir de

novembro de 1991 suprem a volta ao trabalho para fins de caracterização;

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

E se for atividade especial?

AUXÍLIO-DOENÇA – REFLEXOS

IN 77. Art. 291. São considerados para caracterização de atividade exercida

em condições especiais os períodos de descanso determinados pela legislação

trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de

benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem

como os de recebimento de salário-maternidade, desde que, à data do

afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

AUXÍLIO-DOENÇA – QUANDO COMEÇA O BENEFÍCIO

DER

DIB

DID

DII

DCB

AUXÍLIO-DOENÇA – QUANDO COMEÇA O BENEFÍCIO

O termo inicial da concessão do benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez é a prévia postulação

administrativa ou o dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença. Ausentes a postulação administrativa e o auxílio-

doença, o termo a quo para a concessão do referido benefício é a citação. Precedentes do STJ.

RECURSO ESPECIAL - 1421722

AUXÍLIO-DOENÇA – QUANDO COMEÇA O BENEFÍCIO

Enunciado nº 142

A natureza substitutiva do benefício previdenciário por incapacidade não

autoriza o desconto das prestações devidas no período em que houve

exercício de atividade remunerada (Aprovado no XI FONAJEF).

SÚMULA 72

É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em

que houve exercício de atividade remunerada quando comprovado que o

segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que

trabalhou.

AUXÍLIO-DOENÇA – QUANDO COMEÇA O BENEFÍCIO

AUXÍLIO-DOENÇA. COMPENSAÇÃO COM O PERÍODO EM QUE PERMANECEU EXERCENDO

SUAS ATIVIDADES. REEXAME CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. 1. O Tribunal de origem atento

a todas as provas dos autos, concluiu que a parte autora, não obstante a moléstia que a impedia de exercer a função

habitual, foi obrigada a continuar trabalhando por necessidade de sobrevivência, enquanto aguardava pela percepção do

benefício e, desse modo, não se revela possível a compensação dos valores a serem pagos com o período em que

trabalhou para sobreviver. 2. A questão foi decidida na instância ordinária de acordo com os fatos e provas constantes nos

autos, de forma que a alteração das conclusões adotadas, tal como colocado pela autarquia recorrente, demanda reexame

do acervo fático-probatório, o que encontra óbice na Súmula 7/STJ. 3. Recurso Especial não conhecido. .

RECURSO ESPECIAL - 1660478