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Profº Fernando Pantaleão Língua Portuguesa - Provão - 8os. anos A e B - 2º Bimestre 2011 Texto I Criança diz cada uma Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado os cabelos. Eram amarelos-ouro e cacheados. “Parecia um anjinho barroco”, diz a mãe coruja. Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura. _ Mamãe vão cortar o cabelinho da aninha. Aninha olha para a tesoura e se apavora. _ Não quero, não quero, não quero!!! _ Não dói nada... E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama, chorando e temendo o pior. Consola a filha. Sentam-se na cama. Dá um tempo. Amenina pára de chorar. Mas não tira o olho da tesoura. _ Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos. Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro, perguntando, olhando para a enorme tesoura e para a própria mãozinha: _ Quais deles, mãe? (PRATA, Mário. 100 crônicas de Mário Prata. São Paulo: Cartaz Editorial, 2007) 01. A ação da narrativa começa quando (A) Aninha sai correndo. (B) Aninha abre as duas mãos. (C) a mãe pega uma enorme tesoura. (D) a mãe promete cortar só dois dedinhos. 02. As palavras “menina ”, “que ” e “filha ” referem-se a Aninha e são utilizadas com a intenção de: (A) dar continuidade ao texto, evitando a repetição do nome Aninha. (B) reforçar a idéia de que a mãe é a personagem principal do texto. (C) fazer substituições desnecessárias para o entendimento do texto. (D) tornar o texto sem sentido. 03. Aninha não quer cortar os cabelos porque (A) parecia um anjinho barroco e queria continuar assim. (B) eles já estavam nos ombros. (C) ficava apavorada ao olhar para a enorme tesoura. (D) terá de cortar só dois dedinhos. 04. A história ganha ritmo mais acelerado pelo uso das seguintes palavras: (A) nunca, atrás , debaixo. (B) correndo, chorando, temendo (C) loira , cabelo , enorme. (D) tempo, tesoura, própria. 05. “a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros.” Desse trecho destacado compreende-se que (A) para a mãe, os cabelos já estavam compridos e era hora de cortá-los. (B) para a menina, os cabelos estavam compridos, mas não precisavam ser cortados. (C) tanto para a mãe quanto para a menina os cabelos precisavam de um corte. (D) os cabelos já não eram mais amarelos-ouro, por isso precisavam ser cortados. 06. ”_ Não quero, não quero, não quero!!! .” A repetição de não quero e as três exclamações seguidas indicam que

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Profº Fernando Pantaleão

Língua Portuguesa - Provão - 8os. anos A e B - 2º Bimestre 2011

Texto I

Criança diz cada uma

Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado os cabelos. Eram amarelos-ouro e cacheados. “Parecia um anjinho barroco”, diz a mãe coruja. Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura. _ Mamãe vão cortar o cabelinho da aninha. Aninha olha para a tesoura e se apavora. _ Não quero, não quero, não quero!!! _ Não dói nada... E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama, chorando e temendo o pior. Consola a filha. Sentam-se na cama. Dá um tempo. Amenina pára de chorar. Mas não tira o olho da tesoura. _ Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos. Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro, perguntando, olhando para a enorme tesoura e para a própria mãozinha: _ Quais deles, mãe? (PRATA, Mário. 100 crônicas de Mário Prata. São Paulo: Cartaz Editorial, 2007)

01. A ação da narrativa começa quando

(A) Aninha sai correndo. (B) Aninha abre as duas mãos. (C) a mãe pega uma enorme tesoura. (D) a mãe promete cortar só dois dedinhos.

02. As palavras “menina”, “que” e “filha” referem-se a Aninha e são utilizadas com a intenção de:

(A) dar continuidade ao texto, evitando a repetição do nome Aninha.(B) reforçar a idéia de que a mãe é a personagem principal do texto.(C) fazer substituições desnecessárias para o entendimento do texto.(D) tornar o texto sem sentido.

03. Aninha não quer cortar os cabelos porque

(A) parecia um anjinho barroco e queria continuar assim. (B) eles já estavam nos ombros.(C) ficava apavorada ao olhar para a enorme tesoura. (D) terá de cortar só dois dedinhos.

04. A história ganha ritmo mais acelerado pelo uso das seguintes palavras:

(A) nunca, atrás , debaixo. (B) correndo, chorando, temendo (C) loira , cabelo , enorme. (D) tempo, tesoura, própria.

05. “a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros.” Desse trecho destacado compreende-se que

(A) para a mãe, os cabelos já estavam compridos e era hora de cortá-los.(B) para a menina, os cabelos estavam compridos, mas não precisavam ser cortados.(C) tanto para a mãe quanto para a menina os cabelos precisavam de um corte.(D) os cabelos já não eram mais amarelos-ouro, por isso precisavam ser cortados.

06. ”_ Não quero, não quero, não quero!!! .” A repetição de não quero e as três exclamações seguidas indicam que

(A) a mãe perdeu a paciência com a menina. (B) Aninha vai cortar o cabelo.(C) Aninha está falando calmamente. (D) Aninha está praticamente gritando.

Texto II Luiz Carlos Abandona o Grupo Raça Negra

O pagodeiro Luiz Carlos, do Raça Negra, deve sair do grupo para seguir carreira solo. O vocalista planeja lançar um CD cantando charme (funk romântico) pela gravadora Som Livre. Luiz Carlos Pode aparecer no “Domingão do Faustão”, no próximo dia 19, sozinho.

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Segundo uma pessoa ligada ao escritório, Luiz já deu como encerrada sua participação como líder do Raça Negra. Luiz teria aproveitado a festa de 15 de sua filha, no começo deste mês para dar o pontapé inicial ao sonho de virar cantor solo. O grupo vendeu mais de 11 milhões de cópias durante a carreira, mas os shows não estão tão lotados quanto antes. (NP)

07. A notícia que você acabou de ler destaca

(A) a apresentação do grupo Raça Negra no Domingão do Faustão.(B) a briga de Luiz Carlos com seu antigo grupo.(C) o aniversário da filha de Luiz Carlos.(D) a vontade do vocalista de iniciar uma carreira individual.

08. A o ler a notícia percebe-se que a decisão de sair do grupo foi tomada em razão

(A) de um sonho pessoal. (B) do novo contrato assinado com a Som Livre.(C) da queda na venda dos CD’s do Raça Negra. (D) da decadência dos shows.

Texto III

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: _ Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia. (Carlos Drummond de Andrade)

09. Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas, a mãe

(A) colocou-o de castigo. (B) deixou-o sem sobremesa. (C) levou-o ao médico. (D) proibiu-o de jogar futebol.

10 . I . A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele

(A) machucou-se no pátio da escola. (B) contava histórias criativas. (C) desistiu de jogar futebol. (D) queixou-se ao médico.

II . A preocupação da mãe que az levar o filho ao médico deveu-se à

(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo revistas.(B) história do pedaço de lua , cheio de queijo no pátio da escola.(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

III. O parecer do médico “Este menino é mesmo um caso de poesia”, sugere que Paulo

(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo. (B) brincava com coisas verdadeiras.(C) era um menino imaginativo e criativo. (D) estava precisando de um carinho familiar.

IV. Dona Coló castigava o filhos porque acreditava que ele estivesse

(A) brincando. (B) sonhando. (C) mentindo. (D) teimando.

V) O texto sugere que

(A) mentira e teimosia andam juntas. (B) mentira e fantasia são sinônimos.

(C) mentira e sonho parecem brincadeiras. (D) mentira e imaginação são diferentes.