Avalia Cao Fisio Terapeutica Idoso

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  • 8/2/2019 Avalia Cao Fisio Terapeutica Idoso

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    AVALIAO FISIOTERAPUTICA DO IDOSO

    Fernanda Maria Lopes Rocha

    INTRODUO:O processo de envelhecimento vem normalmente acompanhado de um

    declnio das funes gerais e a funo motora certamente comprometida nosindivduos idosos. A participao, a integrao e a sincronia dos sistemasosteomuscular, neuroendcrino, nervoso, cardiovascular e sensorial sonecessrias para que o ato motor se realize de maneira desejvel, incluindo asfunes de equilbrio e marcha. (Guccione, 1992; Lewis e Bottomley, 1994;Vandervoort, 1998).

    Sendo assim necessrio o conhecimento destas alteraes, para aconstruo de um diagnstico, plano de tratamento e prognstico, que no sejasubestimado ou superestimado em se tratando de um paciente idoso.

    A avaliao funcional do idoso de extrema importncia fisioterapia.Tendo em vista que, a fisioterapia geritrica tem como objetivo principal independncia do idoso para as tarefas bsicas de AVDs, no intuito de minimizaras conseqncias das alteraes fisiolgicas e patolgicas do envelhecimento,garantindo a melhoria da mobilidade e favorecendo uma qualidade de vidasatisfatria que julgada pelo idoso mais pelo nvel funcional e grau deindependncia do que pela presena de limitaes especficas e isoladas como,por exemplo, dores articulares, seqelas de AVE, etc. (Diogo, Neri e Cachioni,2004).

    Principais alteraes fisiolgicas do envelhecimento que interferem nacapacidade funcional e motora

    A) Tecido Muscular: Aps os 60 anos, o ritmo de perda das fibras musculares seacelera levando a uma atrofia e conseqente perda de fora muscular. H umaperda da elasticidade do tecido, devido a diminuio de fibras musculares tipo II,de conduo rpida, aumento do tecido gorduroso e presena de ligaesaleatrias de colgeno, conseqentemente prejuzo de unidades motorasfuncionais. O dimetro transverso do quadrceps sofre uma reduo de 25% a35% dos 30 aos 70 anos (Vandervoort, 1998). A fora de preenso manualtambm diminuda, sabe-se que dos 16 aos 45 anos, essa fora deaproximadamente 45kg; aos 55 anos cai para 34kg e aos 75 anos para 22kg(Granger, 1997).

    Outra caracterstica detectada em laboratrio que interfere na execuo detarefas motoras o aumento da latncia entre uma contrao muscular e outra,observando-se tambm um prejuzo da contrao excntrica, quando comparadacom a concntrica. Para Vandervoort, clinicamente so achados difceis de seremdetectados, entretanto a diminuio da capacidade de produzir a fora mxima,lentido gradual de movimentos, dificuldades na realizao de tarefas que exijam

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    a coordenao motora fina e baixa tolerncia ao esforo nas tarefas prolongadas,so sinais que podem demonstrar essas alteraes.

    B) Sistema Cardiorespiratrio: Paralelamente s alteraes musculares entre os20 e 60 anos, a capacidade aerbica tende a diminuir 1% ao ano contribuindo

    tambm para o declnio funcional. Mudanas nos hbitos cotidianos, so visveiscom o envelhecimento, alm do que a diminuio da atividade fsica e osedentarismo propiciam uma maior debilidade e fadiga da musculatura do idoso.Esse sedentarismo torna-se um ciclo vicioso, pois diminui tambm contribui paraum descondicionamento cardiorespiratrio, que tem como consequncia o declniofuncional e da mobilidade (Vandervoort, 1998).C) Propriocepo: h uma degenerao dos receptores proprioceptivos,principalmente nas informaes proprioceptivas inconscientes dos movimentosarticulares, as quais influenciam a capacidade de controle da preciso, daagilidade e do automatismo dos movimentos corporais (Alexander, 1994; Craik,1993; Lewis e Bomttoley, 1994).Essas alteraes levam a diminuio no comprimento e na altura dos passos, nadiminuio da flexo de joelhos e tronco, perda de sincronismo de membrossuperiores e aumento da base de apoio. Tudo isso est relacionado amecanismos de compensao da marcha, mas pode resultar em quedas (Gomese Diogo, 2004).A diminuio do comprimento do passo responsvel pela diminuio davelocidade da marcha, porm a cadncia geralmente mantida. Passos curtosocorrem pela diminuio da rotao plvica, flexo e extenso do quadril. Adiminuio do comprimento do passo a causa provvel da diminuio daeficincia da marcha nos idosos (Shumway-Cook e Woollacott, 2001).

    D) Degenerao das estruturas articulares: Componentes articulares eperiarticulares tornam-se menos flexveis. Ocorre calcificao, diminuio davilosidade e da vascularizao das cartilagens. Estas alteraes podem gerardesestabilizao biomecnica da marcha e desajustes da mobilidade articular pelaincongruncia de seus compartimentos (Gomes e Diogo, 2004).

    E) Perda da massa ssea: mesmo a fisiolgica, pode trazer riscos ao idoso.Podem ocorrer algumas alteraes posturais, tais como: aumento da cifose,protuso de ombros e de pescoo e diminuio da estatura que levam a alteraona estabilidade de deambular e dificuldades na realizao de atividades funcionais(Olney e Culham, 1998).

    F) Sistema Nervoso Central e Perifrico: A atrofia cerebral, a perda do nmero declulas neuronais e as alteraes dos componentes bioqumicos do tecidocerebral tm papel preponderante na realizao do ato motor. A diminuio dosneurotransmissores cerebrais uma das alteraes mais importantes decorrentesdo processo de envelhecimento, que interferem na funo motora (Lewis eBottomley, 1994).

    A programao da resposta e execuo do movimento esto prejudicados noidoso, dificultando o desempenho motor do idoso diante de movimentos que

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    requeiram destreza motora rpida (ex.: quando o idoso desestabiliza e tentaalcanar apoio), (Craik, 1993).

    G) Alteraes Sensorais: Hipoestesia discreta distal dos membros inferiores, podeinfluenciar tambm o desempenho psicomotor e o equilbrio. A percepo

    vibratria e as capacidades reflexas posturais tambm diminuem, levando a umadificuldade de manter o seu centro de gravidade verticalmente, sobre sua base desuporte (Alexander, 1994).O sistema vestibular, que tambm participa no controle do equilbrio, sofre umdeclnio gradual em suas clulas sensoriais e nos neurnios primrios. Aos 75anos o indivduo j apresenta uma perda de 40% da funo vestibular. Adeteriorao vestibular associada diminuio da sensao perifrica e dapropriocepo, contribui para a instabilidade postural do idoso, principalmente comos olhos fechados (Lewis e Bottomley, 1994; Vandervoort, 1998).

    H) Viso: A presbiopia, a diminuio da velocidade de adaptao ao escuro e oaumento do limiar da percepo luminosa so fatores que interferem nodesempenho motor do indivduo. Porm mesmo com esses prejuzos, a viso utilizada como importante mecanismo de compensao no controle postural,quando os outros sistemas do controle de equilbrio esto prejudicados com aidade (Craik, 1993; Granger, 1997; Vandervoort, 1998).

    EQUILBRIO E MARCHA:

    O controle postural tem sido classicamente definido como a capacidade de atingirduas metas bsicas: a orientao e o equilbrio postural.Orientao corporal: a habilidade de manter o alinhamento dos segmentoscoporais entre si e em relao ao ambiente.Equilbrio: a capacidade de coordenar foras internas, autogeradas pormovimentos do indivduo, e foras externas, como a gravidade e perturbaes superfcie de suporte (Alexander, 1994; Berg e Norman, 1996; Shumway-Cook eWoollacott, 2001).

    A orientao e o equilbrio corporal so mantidos a partir da integrao entreinformaes sensoriais captadas pelos sistemas: visual, vestibular esomatossensorial, atividades musculares e biomecnicas do corpo (Herdman,1997; Nashner, 1993; Shumway-Cook e Woollacott, 2001). De acordo com Bergeret al. (1992), existem 3 dimenses bsicas do equilbrio: controle postural,estabilidade para movimentos voluntrios e reao para distrbios externos.

    Como o equilbrio corporal depende de impulsos sensoriais mltiplos, uma falhaem qualquer dos sistemas envolvidos individualmente ou em conjunto pode causardesequilbrio e quedas. Como sabemos o envelhecimento fisiolgico acarretaalteraes em cada um desses sistemas, levando a prejuzos funcionais efisiolgicos.

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    A marcha pode ser definida como sendo um meio de locomoo realizado porintermdio de movimentos alternados das pernas. Ocorre na posio ereta e portanto exige a manuteno da postura em p e o controle da projeo do centro degravidade (Woolacot, 2001). A deambulao um conjunto da integraoharmnica de vrios sistemas envolvidos: neurolgico, vestibular, somatosensorial

    e musculoesqueltico. Doenas e leses nesses sistemas, bem como osprocessos de envelhecimento fisiolgico podem trazer alteraes na marcha,conforme j foi visto.

    Independncia para marcha e equilbrio desejveis, so fatores inerentes de umaboa capacidade funcional. Estes fatores se entrelaam de tal forma que osinstrumentos de medida de capacidade funcional existentes abordam marcha eequilbrio.

    CAPACIDADE FUNCIONAL

    A OMS (Organizao Mundial de Sade, 1997), reala a importncia dacapacidade funcional e independncia do idoso, como fatores preponderantespara seu diagnstico de sade fsica e mental.

    A realizao de uma tarefa de maneira desejvel, envolve a participaoadequada das funes cognitivas, motoras e psicolgicas (Lewis e Bottomley,1994).

    Para ns profissionais, importante a manuteno da independncia e autonomiado idoso. Nri (2001) define independncia funcional como a capacidade derealizar algo com seus prprios meios. Autonomia a capacidade de deciso ecomando sobre suas aes, independncia moral e liberdade para satisfazer suasnecessidades.

    IMPORTANTE A dependncia acentuada associada a um elevado grau de incapacidadefuncional, no um fato universal na velhice (Nri 2001). Estudos epidemiolgicosmostram que apenas 4% dos idosos com mais de 65 anos apresentamincapacidade acentuada e alto grau de dependncia, 13% dos que tm entre 65 e74 anos e 25% enquanto na faixa acima dos 85 anos, quando a sensibilidade incapacidade de 4 a 5 vezes maior do que aos 65 anos, o percentual deportadores de incapacidade moderada sobe para 46% (Chaimowicz, 1998).

    A manuteno da capacidade funcional dos idosos, dentro da individualidade eespecificidade de cada situao, constitui um dos papis mais importantes dosprofissionais de sade, familiares e cuidadores. A avaliao funcional dos idosostorna-se, ento, essencial para se estabelecer um diagnstico, um prognstico eum julgamento clnico adequado que serviro de base para as decises sobre ostratamentos e cuidados necessrios (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).

    AVALIAO FUNCIONAL DO IDOSO

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    A avaliao funcional a observao e a mensurao da capacidade derealizao das tarefas bsicas de vida diria. geralmente usada num sentidomais restrito, para se referir medida de habilidade de uma pessoa para cumprircom suas responsabilidades dirias e desempenhar as tarefas de autocuidado. De

    um modo geral a capacidade funcional pode ser classificada em graduaes ounveis, desde o no comprometido ou independente at o mais comprometido outotalmente dependente, dependendo a avaliao funcional utilizada (Diogo, Neri eCachioni, 2004).

    Objetivo: Identificar e quantificar o desempenho funcional pr, per e psinterveno teraputica; detectar precocemente os indivduos que apresentamfragilidades; o que os leva a quedas e incapacidades e observar os dficits demobilidade. Estes dados podem ser usados como comunicao entre a equipemultiprofissional e como parmetro de admisso e alta de servios de reabilitao.(Diogo, Neri e Cachioni, 2004).

    Atividades Bsicas de Vida Diria (ABVD) e Atividades Instrumentais de VidaDiria (AIVD):

    o ABVD: Tarefas de autocuidado, tais como: arrumar-se, vestir-se, comer,fazer higiene facial e corporal, transferncias e locomoo.

    o AIVD: Tarefas da vida prtica. Fazer compras, pagar contas, mantercompromissos sociais, usar meio de transportes, cozinhar, comunicar-se,cuidar da prpria sade e manter a prpria integridade e segurana. (Katzet al, 1993; Lawton 1971; Neri, 2001).

    Os aspectos ligados independncia fsica e mobilidade so de grandeinteresse na rea da fisioterapia, assim os testes que avaliam caractersticas damobilidade so muito utilizados e experimentados nessa rea na prtica clnica ena pesquisa cientfica.

    MODELOS DE AVALIAO FUNCIONAL

    Os modelos so criados e selecionados para categorias que apresentem a mesmaespecificidade, ex: indivduos mais ou menos dependentes, institucionalizados,hospitalizados, patologias especficas (Parkinson, AVE, osteoartrite...). (Brumel-Smith, 2000; Gerety, 2000).

    Uma avaliao funcional pode ser constituda por vrios itens, no entanto nos maiscitados pela literatura esto includas questes referentes mobilidade, as ABVDE AIVD, alm de algumas avaliaes que contemplam o desempenho do indivduono trabalho, no ambiente social e no lazer.

    ndice de AVDs de Katz: esse ndice avalia o indivduo em seis tarefas bsicasde vida diria (banho, vesturio, higiene, transferncias, continncia, alimentao).

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    O teste pode ser pontuado com duas verses propostas, a do formato de escalaLikert ou no modelo de escala de Guttman. No formato de likert, cada tarefarecebe uma pontuao especfica que varia de 0 (independente), 1 (necessidadede ajuda de algum objeto para desempenhar a tarefa), 2 (necessidade de ajudahumana para desempenhar a tarefa) e 3 (dependncia total). No formato Guttman,

    a medida do nvel de dependncia feita atravs de letra A a G em ordem dedependncia crescente. Foi proposto por Katz et al. Em 1963 e desenvolvido parao uso em indivduos institucionalizados e posteriormente adaptado parapopulaes que vivem na comunidade.

    ndice de Barthel: desenvolvido em 1965, para avaliar o potencial funcional e osresultados do tratamento de reabilitao dos indivduos que sofreram um AVE,esse teste mede o grau de assistncia exigido, em dez atividades (alimentao,banho, higiene pessoal, vestir-se, controle da bexiga, do intestino, transfernciascadeira e cama, deambulao e subir e descer escadas). Vrios estudos tmcomprovado a validade e confiabilidade em pacientes idosos sem alteraescognitivas e com menos de 65 anos. So atribudos pesos especficos para cadaatividade proposta de acordo com a observao clnica. O escore corresponde asoma de todos os pontos obtidos, sendo considerado independente o indivduoque atingir a pontuao mxima 100 pontos. Pontuaes abaixo de 50 pontosindicam dependncia em atividades de vida diria. O ndice de Barthel tem sidoaplicado em pacientes internados em unidades de reabilitao e tem apresentadoboa correlao com outras medidas de funcionais.

    Medida da Independncia Funcional: desenvolvido e aplicado pela fundao depesquisa da Universidade do Estado de Nova York, um teste que contm vriassubescalas, onde so avaliados itens referentes ao auto cuidado, controle deesfncteres, mobilidade, locomoo, comunicao e cognio social. A realizaodas tarefas propostas medida atravs de uma pontuao de 1 a 7, pararealizao de qualquer item proposto pela avaliao. O desempenho funcional avaliado em cada item do teste pela pontuao recebida pelo paciente.

    GET UP AND GO E TIMED GET UP AND GO TEST: proposto por Mathias, Nayake Isaacs (1986), nele o paciente solicitado a levantar-se de uma cadeira,deambular 3 metros, retornar e assentar-se novamente. A proposta do teste avaliar o equilbrio assentado, transferncias de assentado para a posio de p,estabilidade na deambulao e mudanas no curso da marcha sem utilizarestratgias compensatrias. Analisamos o desempenho do paciente em cada umadas tarefas comparativamente com indivduos sem alteraes. O teste pontuadoda seguinte maneira: 1 (normal); 2 (anormalidade leve); 3 (anormalidade mdia); 4(anormalidade moderada); 5 (anormalidade grave). Pacientes que apresentem 3ou mais, possuem risco aumentado de cair. Posteriormente esse teste passou aser mensurado pelo tempo necessrio para o indivduo realizar todas as tarefaspropostas, passando a se chamar timed get up and go test. Pacientes adultosindependentes sem alteraes no equilbrio realizam o teste em 10 segundos oumenos; pacientes com independncia em transferncias bsicas realizam em 20

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    segundos ou menos; Pacientes que realizam o teste em 30 segundos ou mais sodependentes em muitas AVDs e na habilidade da mobilidade.

    Berg Test: Avalia o equilbrio do individuo em 14 situaes: assentado semsuporte, transferncias, passando de assentado para de p, de p sem suporte

    em tempo progressivo at 2 minutos, de p sem suporte com os ps juntos, pegarum objeto ao cho, girar 360, um p frente, passar de p para assentado, ficarde p com os olhos fechados, projetar-se para frente, rodar o tronco e olhar paratrs, colocar o p no tamborete, ficar de p com apoio unipodlico com tempoprogressivo at 10 segundos. Cada tarefa subdividida e pontuada de 0 a 4pontos de acordo com o grau de dificuldade.

    Performance-Oriented Mobility Assessment POMA: Criado em 1986 porTinetti, como parte de um protocolo que objetiva a deteco de fatores de risco dequedas em indivduos idosos tendo como parmetro o nmero de incapacidadescrnicas. O protocolo dividido em duas partes, uma avalia o equilbrio e a outra,a marcha. Os testes funcionais de equilbrio reproduzem os padres de mudanasde posio do corpo sobre o sistema vestibular durante a realizao das AVDs,enquanto a avaliao funcional da marcha reflete a segurana e a eficincia doseu deslocamento no ambiente. As manobras de equilbrio incluem 13 posiesem situaes de desestabilizao do centro de gravidade. As manobras demarcha incluem 9 itens realizados por meio de atividades seqenciais em umpequeno percurso de marcha, com critrios simples de pontuao com trs nveisde respostas qualitativas para as manobras de equilbrio e dois nveis para asmanobras de marcha. O escore total bruto pode ser interpretado qualitativamentecomo normal, adaptativo e anormal para as tarefas de equilbrio e normal eanormal para as tarefas de marcha. (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).