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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento Karina Rodrigues Pinto Vanessa Magalhães de Sousa AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR DE GESTANTES EM ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE SANTA PAULINA DE LINS. Lins-SP LINS-SP 2017

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR … · Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento Karina Rodrigues Pinto Vanessa Magalhães de Sousa ... Deus, que a mim retribuiu

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Fisioterapia

Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento

Karina Rodrigues Pinto

Vanessa Magalhães de Sousa

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL

INERENTE A DOR DE GESTANTES EM

ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE SANTA PAULINA

DE LINS.

Lins-SP

LINS-SP

2017

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GISLAINE APARECIDA PINHEIRO DO NASCIMENTO

KARINA RODRIGUES PINTO

VANESSA MAGALHÃES DE SOUSA

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR DE

GESTANTES EM ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA ASSOCIAÇÃO

BENEFICENTE SANTA PAULINA DE LINS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação da Profª Me. Ana Claudia de Souza Costa e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS-SP

2017

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N195a

CDU 615.8

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium– UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2017.

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ana Claudia de Souza Costa

1.Gestação. 2. Dor. 3. Fisioterapia. I Título.

Nascimento, Gislaine Aparecida Pinheiro; Pinto, Karina Rodrigues; Sousa, Vanessa Magalhães.

Avaliação da capacidade funcional inerente a dor de gestantes em atendimento fisioterapêutico na Associação Beneficente Santa Paulina de Lins / Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento; Karina Rodrigues Pinto; Vanessa Magalhães de Sousa. – – Lins, 2017.

72p. il. 31cm.

95a

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GISLAINE APARECIDA PINHEIRO DO NASCIMENTO

KARINA RODRIGUES PINTO

VANESSA MAGALHÃES DE SOUSA

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR DE

GESTANTES EM ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA ASSOCIAÇÃO

BENEFICENTE SANTA PAULINA DE LINS.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título do título de Bacharel em Fisioterapia.

Aprovada em: / /

Banca Examinadora:

Prof.ª Orientadora: Prof.ª Ma. Ana Cláudia de Souza Costa

Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Unimep - Piracicaba

Assinatura: _________________________________________

Prof.ª Orientadora: _____________________________________________

Titulação: _____________________________________________________

Assinatura: ___________________________________

Prof.ª Orientadora: ______________________________________________

Titulação: _____________________________________________________

Assinatura: _________________________________________

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me dando força para

prosseguir e concluir meus objetivos durante esta fase da minha vida, aos

meus pais João Pinheiro do Nascimento e Maria Aparecida Pinheiro do

Nascimento que em meios a tantas lutas sempre estiveram do meu lado, me

apoiando e incentivando. Sei o quanto estão felizes e orgulhosos por esta

vitória.

Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento

Dedico este trabalho a Deus que sempre me ajudou em todos os momentos

me dando força para superar as dificuldades, a minha família que sempre me

apoiou e sei que todos estão orgulhosos por minha conquista.

Karina Rodrigues Pinto

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele eu não teria

conseguido concluir mais essa etapa da minha vida, a minha família que

sempre me apoiou e me incentivou a não desistir mesmo diante das

dificuldades. A minha vitória vem de Deus tudo é dele e para Ele.

Vanessa Magalhães de Sousa

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A Deus

Quero agradecer a Deus, por ser essencial em minha vida, criador do meu

destino, meu guia, auxílio presente na hora da angústia, foi ele quem amparou

e me deu coragem para escolher um novo mundo de possibilidades e assim

vencer todos os obstáculos.

Aos meus pais.

A minha família, pela confiabilidade de crer e investir em mim, sempre com

muito carinho, estímulo e apoio constante, não mediram esforços pra que eu

realizasse o meu sonho. Mãe, seu cuidado e dedicação, foi o que me deu em

todos os momentos a esperança para seguir. Pai, sua presença significou

segurança e certeza de que não estava sozinha nessa caminhada.

Minhas Irmãs Gabrieli e Fernanda.

A minha irmã Gabrieli que sempre esteve lutando comigo durante todos esses,

minha modelo preferida das provas práticas, o que seria de mim sem você,

para dividirmos os longos dias de estudo, me aguentando, ouvindo minhas

reclamações, dúvidas e choros. Obrigada por sempre acreditar em mim.

E o que dizer a de você Fernanda minha parceira cinco anos de faculdades

juntas, cada uma com suas dificuldades. Agradeço de coração pela força,

paciência, apoio e principalmente, por todo carinho. Quantos choros, noites

sem dormi, obstáculos encontrados no nosso caminho, só eu e você sabemos

o que enfrentamos nesses anos todos, não foi fácil. Mas valeu a pena os

sacrifícios, sofrimentos e renúncias. Valeu a pena esperar. Hoje estamos

colhendo, juntas, os frutos do nosso desempenho. Está vitória é nossa.

Ao meu Noivo.

Ao meu noivo que sempre esteve do meu lado me incentivando e apoiando e

acima de tudo sempre entendeu minha ausência, minha falta de tempo nos

finais de semana, quando eu deixava de fazer algo do seu lado e ficava focada

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nos estudos. Obrigada meu amor, o seu por companheirismo e dedicação, foi

essencial para que eu conseguisse atravessar todos os obstáculos que

estiveram presentes nesta fase. Agradeço de coração a sua família que

também me apoiou e me incentivou em todos os momentos de alegrias e

dificuldades

Ao meu Vô Antônio Alves (Cantão).

Ao meu grande incentivador, meu avô Antônio Alves (Cantão) por toda força,

aprendizado e pela vontade de viver, pois foi através dele que tudo começou a

se tornar realidade. Hoje infelizmente aos olhos humanos não esta mais entre

nós, mas onde estiver, sei que esta torcendo por mim. Obrigada Vô por tudo

sei que está radiante de felicidade por eu ter conseguido realizar o meu sonho.

Minhas Amigas Karina e Vanessa.

Sei que vou sentir muita falta de vocês, pois nesses cinco anos de convivência,

fomos mais do que simples colegas: fomos amigas, irmãs e companheiras.

Aprendi muito com as nossas diferenças, cada uma com seu jeito de ser, falar,

de se expressar e pensar. Por meio da ajuda recebida nos momentos de

dificuldade, aprendi a me doar; com as brincadeiras, aprendi a sorrir mais e ser

menos séria; e com a dedicação de cada uma, aprendemos a estudar mais.

Guardo em meu coração as lembranças dos nossos trabalhos em grupo,

nossos seminários, grupos de estudos, reuniões, reclamações, convivência nas

aulas, intervalos, brincadeiras, conversas e muitas risadas, enfim, da nossa

amizade. Só tenho a agradecer por tudo que fizeram por mim nesses anos

todos e por sempre terem me ajudado tanto. Obrigada.

Orientadoras Ana Claudia e Jovira.

A professora e amiga Ana Cláudia uma pessoa incrível, um ser humano

verdadeiro, uma mulher de garra que no momento em que mais precisei me

estendeu a mão, me ajudou, me passou tranquilidade, confiança e fez com que

eu acreditasse na minha capacidade. Obrigada por ter aceitado ser nossa

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orientadora, por ter disponibilizado o seu tempo e acima de tudo por ter

acreditado que a realização desse projeto era possível.

A professora Jovira por toda dedicação, paciência e competência que teve

conosco durante todo o processo de construção do nosso projeto. Suas

orientações e correções fez com que nosso projeto fosse desenvolvido da

melhor maneira.

Professores.

O meu carinho e gratidão a vocês que transmitiram seus conhecimentos,

experiências e me ensinaram muito mais que teorias, me prepararam para a

vida profissional. Obrigada vocês foram essenciais para a minha contribuição

acadêmica.

Aos funcionários.

Por todo carinho, dedicação e amizade, em especial as meninas da biblioteca:

Sandra, Raquel, Vera e Valéria. E os meninos da portaria Marquinhos e

Fernando. Obrigada.

Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento

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AOS PAIS

Ao meu pai: Carlos Rodrigues Pinto Sobrinho que me ajudou sempre nos

afazeres de casa, para que eu pudesse me ausentar e me dedicar aos estudos

e por me esperar todas as noites no sofá, mesmo com sono, mas com sua

preocupação, pois eu estava na estrada sempre sozinha. Como esse simples

gesto me deu força para enfrentar tamanha missão.

A minha querida mãe: Valdilene Aparecida Mussato, que com seus conselhos

sempre me dando forças para continuar e acreditar, que mesmo diante de

todas as dificuldades, eu iria vencer... Obrigada mãe!

AO MEU AMADO FILHO

Meu filho: Gabriel Rodrigues Simões, minha maior inspiração e força para

todos os momentos. Como é difícil ser exemplo, e mostrar que o exemplo vale

muito mais do que palavras... mas acho que consegui mostrar. Filho, obrigada

por tudo, por me fazer ser forte e capaz. Agradeço a Deus por você existir, e

mudar minha vida sempre! Te amo!

AO MARIDO

Ao marido: João da Mata Santos Filho, que, com grande esforço me permitiu

concluir meus estudos. Entendeu sempre minhas ausências, e quando chorei

por alguma dificuldade estava La me aconselhando sempre. Obrigada por me

permitir realizar meu sonho! Agradecimento eterno!!!

AO MEU SOBRINHO

Ao meu sobrinho: João Pedro Cajal Rodrigues Pinto, que me ajudou com

alguns artigos e a tão temida internet. Meu querido sobrinho, obrigada por tudo!

AS AMIGAS

Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento, você que me ensinou a mais doce

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forma de amar, me deu forças nos momentos mais difíceis, me incentivou, com

muita paciência e amor, minha confidente... Obrigada por tudo! Amizade que

Deus me deu para toda a vida!!

Vanessa Magalhães de Sousa, que com suas dificuldades prosseguiu, dando

exemplo de superação e que tudo é possível quando temos a Deus. Aluna

dedicada e com um gênio forte, mas sabemos que por trás disso existe um

grande coração. Obrigada por tudo!!

AOS ACADÊMICOS

Aos amigos conquistados durante cinco anos, agradeço a cada um que de sua

forma valiosa, pode acrescentar mais em minha vida, me fazendo sorrir, dando

forças, me aconselhando nos momentos difíceis. Só agradeço!

AOS PROFESSORES

Que tarefa mais linda de vocês! Nos ensinar tudo o que precisamos, com amor

e paciência, compreensão sempre! O trabalho de vocês é essencial para que

possamos ser alguém e brilhar com nosso profissionalismo! Obrigada por

acreditar em nós sempre!

A MINHA ORIENTADORA

Ana Claudia de Souza Costa, que com seu coração imenso nos tratou como

filhas, nos acolhendo nos momentos mais difíceis e nos acalmando diante de

tamanha dificuldade. Jamais me esquecerei de suas grandiosas palavras.

Obrigada por tudo!! Minha eterna admiração!

AS MULHERES QUE TRABALHAM NA BIBLIOTECA

Quantas noites passamos estudando e com nossas imensas dificuldades, e

vocês, com todo amor e cuidado conosco, nos ajudando sempre! E como

esquecer dos nossos chás, que era oferecido pois muitas vezes cansadas, nos

despertava para irmos embora. Obrigada por tudo! Vocês foram essenciais

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para o nosso sonho ser alcançado!

AO PORTEIRO

Ao nosso querido amigo do coração Marquinhos da portaria da faculdade,

como foi importante seus conselhos, sua amizade e brincadeiras para nos

descontrair. Você fez nossos cinco anos mais doces e suaves. Obrigada pelo

carinho de sempre, foram muito importantes!

AOS NOSSOS QUERIDOS PACIENTES

Quantas amizades fizemos, quantos amigos ganhamos para a vida toda, vocês

nos ensinaram tantas coisas com suas experiências de vida, com suas

dificuldades e limitações. Muitas vezes achei que iríamos ensinar algo a vocês,

mas diante da grandeza de cada um, podemos aprender mais do que ensinar.

Agradeço sempre vocês, confiaram em nosso trabalho, sempre com um sorriso

no rosto e depositando em nós todas suas expectativas, só agradeço.

A COORDENADORA DO CURSO DE FISIOTERAPIA

Gislaine Ogatakomatsu, com sua simplicidade e dedicação, nos atendendo

sempre com respeito e amor, você foi um grande exemplo de ser humano,

obrigada por tudo!

A ORIENTADORA DO NOSSO TCC

Jovira Maria Sarraceni, que com sua paciência nos ensinou cada passo para

que hoje, pudéssemos realizar nosso sonho! Obrigada por sua amizade!

DEUS

Agradeço a Deus, por proporcionar este agradecimento a todos que tornaram

minha vida mais afetuosa, alem de ter me dado uma família maravilhosa e

amigos sinceros. Deus, que a mim retribuiu alma e missões pelas quais já

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sabia que eu iria batalhar e vencer, e o principal, viver é o meu modo de

agradecer sempre....

Karina Rodrigues Pinto

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Há Deus toda honra gloria e louvor.

Dedico toda essa etapa da minha vida primeiramente a Deus, pois foi Ele que

me deu forças e preparou todas as coisas para que eu pudesse chegar até

aqui. Foram inúmeras as dificuldades, mas em todo tempo, por mais difícil que

parecesse, eu sabia que Ele estava no controle de tudo. Nos dias de tristeza,

angustia e ansiedade o amor dEle sempre me alcançou e me fez enxergar

além das circunstâncias e eu me lembrava que o Deus que eu sirvo faz o

impossível por aqueles que nEle crê. Eu te amo Senhor e sou grata a ti pelo

teu sacrifício na cruz do calvário e por tudo aquilo que tem me proporcionado

nessa terra as dificuldades vem, mas eu sei que o Senhor sempre estará

comigo em todos os momentos.

Ao meu Painho e Mainha

O que eu seria se não tivesse vocês ao meu lado, tudo o que sou hoje eu devo

a vocês como pessoa. Foram tantas as dificuldades, mas vocês sempre me

encorajaram a não desistir, me ensinaram a priorizar o que realmente valia a

pena e a não desperdiçar o meu tempo com coisas banais. Eu espero

conseguir retribuir toda essa dedicação como filha e como profissional trazendo

há vocês muito orgulho e uma vida com maior conforto. Eu amo muito vocês

Laurita Magalhães de Sousa e Raimundo José de Souza que são a minha base

aqui nesta terra.

Minha Irmãs

Vocês são demais Marcia Magalhães de Sousa e Fábia Magalhães de Sousa

tudo o que fizeram por mim em toda essa etapa da minha vida e em inúmeros

outros momentos. Espero um dia poder retribuir toda a dedicação, paciência e

investimentos kkkkk na minha vida acadêmica, tantas vezes quis desistir de

tudo, tantos medos e incertezas e vocês sempre me ajudaram, eu amo muito

vocês. I LOVE YOU.

Aos meus amigos

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Nossa meus amigos são tantos que acompanharam toda essa trajetória

Pamella, Romulo, Iana, Talita, Daniel, Jonathas, Diego, João, Késia, Alexandre,

Gabriel Hiibner, Gabriel Hernrique, Rafaela, Monika, Tais, Maria, a cada um

que me ajudou em oração, cuidaram de mim nos meus dias em que nem

comer eu queria, nos investimentos que só Deus poderá recompensar, no

carinho, dedicação. O que seria de mim sem vocês. Essa vitória eu divido com

vocês porque estiveram comigo e me ajudaram a cada dia caminhar em

direção aos meus sonhos.

As minhas amigas Gislaine e Karina

Me lembro como se fosse hoje o primeiro dia de aula, me lembro quando orei a

Deus para que Ele colocasse em meu caminho verdadeiras amizades que

pudessem me ajudar em tudo e assim Ele fez. Bom vocês me conhecem né

sou meio durona na carcaça, mas o meu coração é gigantesco e acolheu vocês

duas com todo amor, sou grata a cada uma por toda paciência em todo esse

período, tivemos dias tão alegres e outros tão tristes, mas sempre juntas uma

amparando a outra, é obvio que vou sentir muita saudades de vocês cada uma

com seu jeito, sua experiência de vida e mesmo com tantas lutas estamos

quase finalizando a nossa faculdade o que parecia estar tão distante hoje se

revela diante de nós. Desejo há vocês muito sucesso e que as bênçãos do

Senhor sejam abundantes na vida de vocês. #K.G.V #GrupodeOração

Galera do Núcleo de Apoio Integrado ao AEE

Que oportunidade única que Deus me proporcionou de fazer parte desta

família. Em especial agradeço a Jana minha querida coordenadora da

Fisioterapia que tanto me ensinou com dedicação a crescer como profissional e

como ser humano. Foi um ano de muito aprendizado em todos os sentidos e

quero um dia poder contribuir com este trabalho tão lindo que é realizado neste

local.

Turma XXXIII de Fisioterapia

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Essa turma é do barulho kkkk agradeço a cada um dos meus colegas de sala

por tantos momentos que passamos juntos, trabalhos, provas, seminários e

muita risada. Cada um com seu jeitinho, eu quieta, mas aprendi um pouquinho

com cada um. Sei que todos serão excelentes profissionais e fará tudo com

muito amor, desejo a cada um muito sucesso, saúde e muito AMOR em tudo o

que forem realizar.

Orientadoras Ana Claudia e Jovira

Muito obrigada a vocês por toda a paciência e dedicação com a gente. Vocês

são excelentes profissionais e exemplos a serem seguidos.

Obrigada Ana Claudia por sempre nos ajudar e encorajar diante das

dificuldades que foram surgindo no decorrer da vida acadêmica e na realização

do nosso projeto de conclusão. Sou e sempre serei grata por tudo que fez por

cada uma de nós. Deus te abençoe e te capacite a cada dia mais.

Jovira obrigada por toda paciência em cada orientação em cada aula somente

Deus poderá te recompensar de maneira completa, que Deus te abençoe em

tudo.

Meus Professores

O que seria de nos sem vocês kkkkk tanta dedicação, amor, experienciais,

conhecimento, paciência são inúmeros os elogios á vocês que sempre

estiverem prontos a nos ajudar. Sou grata a Deus pela vida de cada um, alguns

mais próximos outros nem tanto, mas todos ali presentes e constantes mesmo

com cansaço a correria, sempre nos impulsionando a seguir em frente, vencer

a canseira, sono, fome e buscar sempre o alvo que hoje está tão próximo. Que

Deus abençoe e recompense a cada um de vocês que se dedicam a formar

profissionais qualificados para atender a cada paciente com excelência e muito

amor. Muito obrigada por tudo.

Marquinho, Raquel, Sandra, Valeria e Vera (Portaria e Biblioteca)

Pessoas maravilhosas que tive o prazer de conhecer foram tantos os

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momentos em que pude compartilhar com vocês. Muito obrigada por tudo,

cada palavra de incentivo e cada puxão de orelha. Que Deus abençoe a cada

dia mais a cada um de vocês que fazem parte da minha historia.

Jorci e Mateus ( Recepção da Clinica)

Muito obrigada por tudo que fizeram por mim nessa reta final da faculdade,

vocês são pessoas maravilhosas que se dedicam de coração naquilo que

fazem.

Galera da BsB

Eita que foi nesta empresa que aprendi a valorizar muitas coisas, conheci

pessoas maravilhosas que me ajudaram, apoiaram estudaram um pouco

comigo kkkkkk trabalhando e estudando, e assim fui vencendo cada dia.

Agradeço em especial a Rosa, Eduardo, Renato, Suzy, Rafael, Eliana, Marcelo,

Tharsyo, Solange, Dora, Aline que sempre me acompanharam em cada passo

em cada decisão, não era fácil, mas eu venci. Muito obrigada a todos.

Hoje passa um filme na minha cabeça, cada passo, lagrima tudo o que eu

passei para chegar até aqui. Gratidão a Deus, meu Pai e meu melhor amigo

que colocou pessoas maravilhosas em minha vida. Muito obrigada a cada um

que de maneira direta ou indireta contribuiu para a realização deste sonho.

Vanessa Magalhães de Sousa

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RESUMO

No presente estudo foi realizada a avaliação da capacidade funcional e acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação. Trata-se de uma pesquisa experimental do tipo transversal com abordagem quantitativa, que tem como objetivo analisar se o acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na função e na incapacidade causada pela dor neste período. O acompanhamento fisioterapêutico na gestação vem sendo cada vez mais reconhecido devido aos benefícios que proporciona no pré- natal e pós-natal, por meio de exercícios cinesioterapêuticos que previnem e diminuem as dores, melhorando a condição gestacional da paciente. Participaram da pesquisa 20 gestantes que receberam acompanhamento na Associação Beneficente Santa Paulina – Lins SP e que concordaram em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. As informações foram colhidas por aplicação do questionário de incapacidade ROLAND-MORRIS – (QIRM)10 e a realização do teste Timed Up & GO (TUG), realizadas no início de cada grupo e em seu encerramento, em um período de 3 meses, enquanto as gestantes estavam recebendo o acompanhamento fisioterapêutico. Após esse período as pesquisadoras realizaram a comparação entre os dados coletados na primeira e segunda coleta. Diante disto, concluiu-se que através do acompanhamento fisioterapêutico no período gestacional é possível proporcionar às gestantes a diminuição na incapacidade gerada pela dor. Palavras-chave: Gestação. Dor. Fisioterapia.

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ABSTRACT

In the present study, were evaluated the functional capacity and physiotherapeutic monitoring during gestation. This is an experimental cross- sectional study with a quantitative approach that aims to analyze whether physical therapy during pregnancy improves the function and disability caused by pain in this period. Physical therapy follow-up in pregnancy has been increasingly recognized through the benefits it provides in prenatal and postnatal care through kinesiotherapeutic exercises, preventing and reducing pain and improving the pregnant women’s condition. Twenty pregnant women participated in the study, who will be followed up at Associação Beneficente Santa Paulina - Lins SP, who agreed to sign the free and informed consent form. The information was collected through the application of the ROLAND-MORRIS (QIRM) 10 disability questionnaire and the Timed Up & GO (Tug) test were performed at the beginning of each group and at the end of the study, of 3 months, where the pregnant women were receiving the physiotherapeutic follow-up. After this period the researchers performed the comparison between the data collected in the first and second collection. In view of this, it was concluded that through physical therapy in the gestational period it is possible to provide pregnant women with a decrease in the disability generated by pain. Keywords: Gestation. Pain. Physiotherapy.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Primeira fase do desenvolvimento gestacional. ................................. 26

Figura 2: Segunda fase do desenvolvimento gestacional ................................. 27

Figura 3: Terceira fase do desenvolvimento gestacional .................................. 29

Figura 4: Alterações anatômicas durante a gestação. ...................................... 31

Figura 5: Sistema gastrointestinal durante a gestação ..................................... 33

Figura 6: Alterações no centro de gravidade das gestantes. ............................ 39

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Comparação pré e pós através da aplicação do questionário de

Incapacidade Rolland e Morris (QIRM) ............................................................. 55

Tabela 2: Comparação pré e pós através da realização do teste Timed Up &

GO (TUG) ......................................................................................................... 55

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Kg: Quilos

%: Porcentagem

MAP: Musculatura do Assoalho Pélvico

TENS: Eletroestimulação Nervosa Transcutânea

Hz:Frequência

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 21

1 CONCEITOS PRELIMINARES .............................................................. 24

1.1 Gravidez ................................................................................................. 24

1.1.1 Primeiro trimestre ................................................................................... 25

1.1.2 Segundo trimestre .................................................................................. 26

1.1.3 Terceiro trimestre ................................................................................... 28

1.1.4 Adaptações fisiológicas maternas .......................................................... 30

1.2 Sistema Respiratório .............................................................................. 31

1.2.1 Sistema gastrointestinal ......................................................................... 33

1.2.2 Sistema Nervoso .................................................................................... 34

1.2.3 Sistema Urinário ..................................................................................... 35

1.2.4 Sistema circulatório ................................................................................ 37

1.2.5 Sistema Endócrino ................................................................................. 37

1.2.6 Sistema Músculo esquelético ................................................................. 39

1.3 Dor .............................................................................................40

1.3.1 Dor no período gestacional .................................................................... 41

1.3.2 Incapacidades decorrentes da dor gestacional ...................................... 42

1.3.3 Incapacidade funcional decorrentes da Dor Gestacional ....................... 43

1.4 Fisioterapia na gestação ........................................................................ 44

1.4.1 Benefícios da fisioterapia na gestação ................................................... 45

1.4.2 Técnicas fisioterapêuticas na gestação .................................................. 46

1.4.2.1 Cinesioterapia ....................................................................................... 46

1.4.2.2 Terapia Aquática ................................................................................... 47

1.4.2.3 Massoterapia ........................................................................................ 48

1.4.2.4 Eletroterapia .......................................................................................... 49

2 O EXPERIMENTO ................................................................................. 50

2.1 Procedimentos metodológicos ............................................................... 50

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2.1.1 Condições ambientais ............................................................................ 50

2.2 Casuística e métodos ............................................................................. 51

2.2.1 Casuísticas ............................................................................................. 51

2.2.2 Métodos.................................................................................................. 52

2.2.2.1 Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris

(QIRM)10 ........... ................................................................................................52

2.2.2.2 Teste Timed Up & GO (TUG) ................................................................ 53

2.2.3 Materiais ................................................................................................. 53

2.3 Procedimento ......................................................................................... 54

2.4 Análises Estatísticas .............................................................................. 54

2.5 Resultado ............................................................................................... 54

2.6 Discussão ............................................................................................... 55

2.7 Conclusão .............................................................................................. 57

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59

APÊNDICE ....................................................................................................... 63

ANEXOS ........................................................................................................... 66

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21

INTRODUÇÃO

O presente estudo elaborado para a conclusão do curso de fisioterapia

do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. O estudo foi elaborado

para Avaliação da incapacidade causada pela dor em mulheres que realizam

acompanhamento durante a gestação.

Segundo Baracho (2002), a fisioterapia não se restringe às sessões

ambulatoriais; seu campo de atuação é mais amplo, abrangendo as atividades

cotidianas das gestantes, que necessitam ser adaptadas às circunstâncias da

gestação.

De acordo com De Conti et al. (2003), a cinesioterapia tem como

objetivo promover o alívio dos sintomas musculoesqueléticos no período

gestacional. Os exercícios realizados em grupos musculares estressados

aumentam a capacidade funcional e facilitam a compensação muscular,

reduzindo os sintomas de dores pélvicas e no puerpério.

As alterações fisiológicas que ocorrem no corpo materno durante a

gravidez envolvem todos os sistemas. A gestação é dividida em três períodos

conhecidos como trimestrais, sendo que possuem características específicas.

O primeiro trimestre é a fase quando ocorre uma das alterações mais

comuns, com sentimento de ambivalência, caracterizado pelas preocupações e

dúvidas da gestante sobre sua capacidade de exercer a maternidade e, ao

mesmo tempo, de lidar com as mudanças que ocorrerão em sua rotina. O

mesmo acontece para o homem em relação à paternidade. Esse fenômeno é

absolutamente natural e caracteriza todos os relacionamentos interpessoais

significativos. Também são frequentes as oscilações de humor, geralmente

sem causas aparentes. Além disso, são comuns queixas relacionadas à

hipersonia e à hiperatividade, embora em um grupo menor de mulheres.

Normalmente o segundo trimestre é considerado o mais estável do

ponto de vista emocional. Conhece-se o sexo, escolhe-se o nome, sente-se o

alívio com os movimentos do bebê, aumenta-se a curtição do pai e aumenta-se

a percepção da presença do bebê de forma mais concreta por outras pessoas.

No terceiro e último trimestre a maior preocupação é com o parto. Trata-

se uma “ansiedade antecipatória”, frente ao que poderá acontecer. Aumentam-

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se as preocupações relacionadas à chegada do bebê e às mudanças na rotina

familiar. Além disso, estão mais presentes as queixas físicas, aumentando as

fontes de estresse.

O pré-natal é o período que se estende desde a concepção até o

momento do parto, constituindo-se em um momento de intensas mudanças

físicas e psicológicas na mulher e é neste período que as gestantes são

encaminhadas para o acompanhamento fisioterapêutico para alívio de dores e

desconfortos, prevenção de disfunções, como as musculoesqueléticas e

uroginecológicas, ou com o objetivo de realizar uma atividade física orientada.

Por meio do contato direto com as gestantes, durante os atendimentos

realizados em uma frequência de duas vezes por semana é possível esclarecer

suas dúvidas e anseios e orientá-las, favorecendo assim uma definição segura

da conduta de atendimento adequado a cada caso específico.

De acordo com Baracho (2007), além das orientações é importante que

a gestante se prepare fisicamente para que tenha uma gravidez, parto e

puerpério bem-sucedidos. O trabalho do fisioterapeuta durante o período pré-

natal deve ser desenvolvido no sentido de conscientizar a gestante de sua

postura e de desenvolver a potencialidade dos seus músculos para que se

tornem aptos a conviver com as exigências extras que a gravidez e o parto

solicitarão.

Ao contrário dos exercícios e atividades físicas, não há contraindicação

quanto à realização de fisioterapia durante o período gestacional, pois a

fisioterapia atua adicionalmente com o objetivo de aliviar e prevenir as dores e

os desconfortos resultantes de mudanças ocasionadas pela gravidez.

(BARACHO, 2012)

A metodologia é baseada em um estudo experimental do tipo

transversal, com abordagem quantitativa. As técnicas utilizadas foram a

Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10 e

realização do teste Timed Up & GO (Tug).

O objetivo deste trabalho é analisar se o acompanhamento

fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na função e redução

da incapacidade causada pela dor neste período.

O estudo baseia-se no seguinte questionamento: é possível através do

acompanhamento fisioterapêutico melhorar a função e reduzir a incapacidade

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gerada pela dor na gestação?

Em resposta a este questionamento a hipótese levantada é que a

fisioterapia no período gestacional é desenvolvida de maneira a promover

melhores condições à manutenção do bem-estar físico da gestante. Esse

acompanhamento no pré-natal deve promover a conscientização de como uma

postura adequada e o desenvolvimento da musculatura em algumas regiões

são indispensáveis para que a gestante possa conviver melhor com as novas

exigências geradas pela gravidez e pelo parto e assim corrigir e tratar

alterações posturais que causam dor.

O trabalho foi estruturado da seguinte forma: conceito preliminar, que

descreve o período da Gravidez, sistema respiratório, dor e fisioterapia na

gestação, seguido do experimento, resultados, discussão e conclusão.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Gravidez

A gravidez ocorre por meio de um processo fisiológico que acarreta

mudanças corporais na mulher através da fertilização. É um período que difere

tanto do ponto de vista biológico como social, preparando o corpo da mulher

para o parto. (KISNER; COLBY, 1998 apud COSTA; ASSIS, 2009)

As alterações ocorridas no corpo feminino são decorrentes da reação

entre o feto e os hormônios excessivos da gravidez; as variações do organismo

estão ligadas à nova condição, afetando principalmente os sistemas

cardiorrespiratório, musculoesqueléticos e metabólicos, em contexto geral. As

mudanças não se limitam apenas aos órgãos, mas abrangem a mecânica do

corpo feminino, como mudanças no centro da gravidade, postura e equilíbrio.

(KISNER; COLBY, 1998 apud COSTA; ASSIS, 2009)

Após a relação sexual, os espermatozóides que foram depositados na vagina são transportados, em aproximadamente cinco minutos, através do útero para as trompas uterina, em cuja região ampular ocorre a fecundação, quando o espermatozóide encontra o óvulo maduro. Após três dias de fertilização o ovo é transportado da trompa para a cavidade uterina, através de movimentos peristálticos, já tendo sofrido varias divisões celulares. Só após quatro ou cinco dias é que esse ovo se implantará no endométrio, o que significa que sua implantação ocorre quase sempre no sétimo ou oitavo dia após a fecundação. (BARACHO, 2007, p.6)

Os hormônios estrogênio e progesterona liberam glândulas

endometriais, deixando o endométrio pronto para a implantação do ovo. Depois

de ocorrida a fertilização do óvulo, o corpo lúteo aumenta seu tamanho,

passando a formar o corpo lúteo gravídico, através da produção hormonal.

Caso não ocorra a fertilização o corpo lúteo é eliminado após 10 dias da

ovulação. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

De acordo com Baracho (2002), a primeira gestação é uma experiência

cheia de expectativas, medos e incertezas, pois a gravidez, além de gerar um

lindo bebê, traz consigo sonhos e desequilíbrio emocional.

Durante o período gestacional, a mulher, na maioria das vezes, passa

por vários transtornos, como aumento do sono, náuseas, vômitos, desejos,

diminuição ou aumento de apetite, mudança de humor e sensibilidade, com

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sentimentos de solidão em meio à multidão e dificuldade de adaptação à nova

fase, interferindo no relacionamento social. (BARACHO, 2002)

1.1.1 Primeiro trimestre

A gravidez é dividida por três fases especiais conhecidas como

trimestrais, em que ocorrem várias alterações fisiológicas.

No primeiro trimestre já começam a ocorrer algumas alterações: as

mamas já aumentam rapidamente de tamanho, tornando-se mais sensíveis, e

as aréolas escurecem. Estas possuem glândulas sudoríparas e sebáceas que

aumentam de tamanho com o papel de lubrificar e proteger o mamilo durante a

amamentação. (BARACHO, 2007)

As mamas passam por modificações hormonais que possibilitam seu

desenvolvimento, preparando para a lactação. A inervação do mamilo realiza

uma ação importante durante a amamentação, sendo o reflexo neuro-humoral

responsável pela retirada de leite e a prolactina, sendo efetiva para a

conservação do mesmo. (BARACHO, 2007)

O sistema cardiovascular tem a função de promover um alto nível de

oxigênio para os órgãos com velocidade aumentada; assim, seu desempenho

aumenta, sendo indispensável na elevação do gasto de oxigênio. (ARTAL;

WISWELL; DRINKWATER, 1999)

Chesley, depois de extensa revisão da literatura,1944, conclui que o ganho médio de peso deve ser, aproximadamente, de 11 kg. Hytten, em seu turno, relata um ganho médio de peso de 12,5 kg em primigestas sadias alimentadas sem restrições. Desse total, 9 kg dizem respeito a feto, placenta, liquido amniótico, hipertrofia uterina, aumento do volume do sangue materno, aumento das mamas e dos líquidos extracelular e extravascular; o restante parece depender principalmente do armazenamento materno de gordura. Habitualmente, há um ganho mínimo (1 a 2 kg) durante o primeiro trimestre, seguindo- se o aumento progressivo até o termino. (BRIQUET, 2011, p. 288)

O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que durante a

gravidez expande-se para que o feto se desenvolva em seu interior, sendo

composto por camadas endometriais ligadas diretamente ao miométrio.

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Figura 1: Primeira fase do desenvolvimento gestacional.

Fonte: Onodera (2014)

As principais funções do útero são acomodar e nutrir o feto, aumentando

seu tamanho no período da gravidez e na expulsão do feto, através das

contrações no momento do parto e sua diminuição no puerpério. (BARACHO,

2002)

Na gravidez o apetite aumenta devido a necessidade de nutrientes para

a mãe e o feto, quando ocorrem também náuseas e vômitos, persistindo,

muitas vezes, durante toda a gravidez. (BRIQUET, 2011)

1.1.2 Segundo trimestre

No segundo trimestre observa-se um avanço na produção de urina, até o

final da gestação, uma vez que nos rins do feto ocorre um aumento maior de

liquido, que entra no saco amniótico. (MONTENEGRO e REZENDE, 2014)

Ocorre um aumento da elasticidade da pele, que apresenta modificação

constante durante a gravidez. O fluxo sanguíneo aumenta pela elevação da

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temperatura da pele, com dilatação capilar dérmica deixando as mãos úmidas.

Com o aumento do fluxo periférico pode ser observadas as membranas

mucosas das fossas nasais, ocasionando a congestão nasal comum durante o

período gestacional. (BRIQUET, 2011)

Há uma grande incidência de estrias gravídicas adquiridas a partir da

22ª à 26ª semanas de gestação, com mais evidências nas regiões do

abdomem, das coxas e das mamas. As estrias gravídicas podem ser de

aspectos esbranquiçados ou avermelhados e perpendiculares às linhas de

tensão da pele. Envolvem diversos elementos em sua etiologia: sobredistensão

do tecido, mais frequentes em gestação múltipla, obesidade, tendência familiar,

e ruptura de fibras elásticas e colágenas. Também se recorre à participação do

hormônio estrogênio e da relaxina. (BRINQUET, 2011)

Figura 2: Segunda fase do desenvolvimento gestacional

Fonte: Onodera (2014)

A pigmentação é uma das aparições mais frequentes em 90% das

gestações, sendo mais comuns em mulheres morenas, ocasionada por

deposição de melanina. São localizadas na face (melasma ou cloasma),

mamas (aréolas primária e secundária) e abdômen (linha nigra). Assim, 70%

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das mulheres grávidas apresenta melasma, podendo clarear ou não após o

parto, devido ao excesso de hormônios como o estrogênio e a progesterona,

que tem ação sobre a melanina. Também pode estar relacionado ao uso de

anticoncepcionais e exposição solar. (MONTENEGRO; REZENDE,2014)

Segundo Montenegro e Rezende (2014), por volta da 20ª semana de

gravidez ocorre uma limitação do fluxo sanguíneo do útero para o coração na

posição de decúbito dorsal (de barriga para cima). Através das trocas

posturais, principalmente em decúbito lateral esquerdo (deitada de lado),

obtém-se uma melhora no retorno venoso devido à descompressão da aorta e

da veia cava.

1.1.3 Terceiro trimestre

Durante a gestação ocorre o aumento do abdômen, pois este se desvia

para o centro da gravidade, e ao mesmo tempo a mulher, por um mecanismo

compensatório, direciona o corpo para trás, tentando manter o equilíbrio e a

posição ereta.

Com esta postura há uma alteração, levando à hiperlordose e à

hipercifose da coluna vertebral, modificando a base de sustentação, separando

os pés e diminuindo os passos ao andar (marcha anserina). Por tais mudanças

a coluna cervical vai para frente, acarretando em comprometimento cervical,

fadigando os músculos e induzindo às dores lombares, cervicais e parestesias

de extremidades. (ZUGAIB, 2012)

A gestante tem dificuldade de movimentar as articulações de tornozelos

e punhos, pois há uma frouxidão ligamentar que acontece pela retenção

hídrica, causando edema no tornozelo e dormência nas mãos, levando à

fraqueza muscular. (ARTAL; WISWELL; DRINKWATER, 1999)

A transformação das glândulas mamárias são evidentes desde o início da gravidez, pois as queixas são frequentes pela dor e aumento da sensibilidade da mama. A produção de hormônio como o estrógeno e a progesterona pela placenta e a prolactina sendo responsável pelo desenvolvimento da mama na lactação. É por meio de mecanismos de hiperplasia e diferenciação celular que essas moléculas modificarão por completo a mama, único órgão que não retorna as suas características pré-gravídicas depois de terminado o período puerperal. (ZUGAIB, 2012, p.187)

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Figura 3: Terceira fase do desenvolvimento gestacional

Fonte: Onodera (2014)

De acordo com Baracho (2012), normalmente há aumento do tamanho e

peso dos rins. Aproximadamente em 80% das gestantes acarreta-se dilatação

dos ureteres e pelve renais, apresentando um volume maior à direita, podendo

estar acompanhado ao crescimento do útero gravídico.

Com o aumento do útero, a bexiga é empurrada pelos órgãos; seu

crescimento é mais avançado nos dois últimos trimestres do período

gestacional e torna-se um órgão intra-abdominal, sendo comprimido para cima.

Os resultados são ângulo uretrovesical modificado e pressão intra-abdominal

alterada. No inicio da gestação, o útero gravídico em conjunto com a bexiga e

as existências do polo cefálico no terceiro trimestre integram a vontade

miccional e a incontinência. Por isso a necessidade urinária torna-se cada vez

mais frequentes no final da gravidez. (BARACHO, 2012)

Há grande maioria das mulheres no período gestacional apresentam

uma quantidade excessiva de edema na parte inferior da perna. Geralmente

isso induz à dor na face ântero-lateral da perna, ocorrendo de forma suscetível

após realizar atividades excessivas, podendo com o repouso ser a dor aliviada

ou desaparecer. Na maioria das vezes, pode ser tratada com a redução da

quantidade de atividades durante o dia. Também podem ser indicadas meias

de compressão elásticas, elevação dos membros, drenagem linfática e, às

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vezes, diuréticos adequados podem auxiliar na redução dos sinais no edema.

(ARTAL; WISWELL; DRINKWATER, 1999)

1.1.4 Adaptações fisiológicas maternas

As alterações e adaptações fisiológicas envolvem todos os sistemas

durante o período gestacional, levando a mudanças físicas, mentais, espirituais

e sociais, diferenciando assim o normal do patológico que devem ser tratados

durante a gravidez. (COSTA et al; 2010)

A contribuição fetal é determinante para o acontecimento da gravidez. A

comunicação entre mãe-feto invade organismos semelhantes, levando a

alterações fisiológicas na mãe. Esse conjunto recebe o nome de adaptações do

organismo materno à gravidez. Embora ocorram diversas adaptações no

organismo, duas delas são importantes durante a gravidez: as adaptações

circulatórias e as metabólico-nutricionais, que são notadas em diversos órgãos

e sistemas maternos. (NEME, 2006)

Possivelmente não exista mudança maior na fase do ciclo vital, pois o

corpo humano se modifica muito, em tão pouco tempo. Algumas dessas

mudanças começam no momento da nidação, fases da gestação e

estendendo-se até o final da lactação. (BARACHO, 2007)

As mudanças impostas a determinados fatores e hormônios alteram o

colágeno e músculos involuntários, o volume e o fluxo de sangue são

aumentados para o útero e rins e o embrião e seu desenvolvimento ocasionam

um aumento do útero e transformações na postura para o centro da gravidade.

(POLDEN; MANTLE, 1993)

No período da gravidez, as células aumentam devido ao acumulo de

liquido, sal e outras substâncias. O crescimento do tecido e vasos linfáticos

levam à dilatação das paredes venosas; o tecido subcutâneo se distende,

modificando a estrutura do quadril. Na musculatura há expansão dos tendões e

ligamentos, dificultando a sustentabilidade à medida que a gravidez avança.

Tecidos cartilaginosos e ossos se modificam, gerando importante mudança na

cartilagem da sínfise, nas articulações sacro ilíacas e dos discos

intervertebrais, ocasionando alterações estáticas no período da gravidez.

(GUNTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1988)

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Figura 4: Alterações anatômicas durante a gestação.

Fonte: Conceito (2013)

À medida que o feto se desenvolve, são exigidos do organismo materno

cada vez mais sais minerais, sendo necessário evitar a desmineralização com

alimentação apropriada e medicamentos até depois da lactação, sobretudo

indispensável para o cálcio. (GUNTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1988)

As alterações fisiológicas sucedidas no período gravídico, sejam elas

leves ou marcantes, são as maiores que o corpo humano pode sofrer,

atribuindo medos, dúvidas, angústias, fantasias ou apenas curiosidades em

toda essa transformação (COSTA; ASSIS, 2010). Com a influência do peso do

feto sobre o suprimento sanguíneo, o coração passa a assumir uma pequena

rotação, ocasionando um aumento de tamanho, elevação e deslocamento para

a esquerda, devido à pressão desempenhada pelo útero. A resposta do

sistema nervoso à dor e à ansiedade diante o trabalho de parto ocasiona um

aumento maior na frequência cardíaca e na pressão arterial. (MONTENEGRO;

REZENDE, 2014)

1.2 Sistema Respiratório

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Na gestação algumas alterações tanto anatômicas quanto funcionais são

observadas. O tórax da gestante sofre um aumento no ângulo de abertura

entre as costelas (ângulo subcostal) e elevação de cerca de 4 cm, ampliação

de 2 cm no diâmetro transverso do diafragma, aumento de 1 a 2cm na

excursão diafragmática e aumento de 5 a 7cm na circunferência do tórax.

(MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

De acordo com Baracho (2012), o hormônio progesterona estimula o

centro respiratório, fazendo com que a frequência e a amplitude aumentem.

Alterações anatômicas do pulmão promovem algumas modificações, como o

aumento da capacidade inspiratória, que leva à diminuição do volume residual

funcional.

A complacência pulmonar não sofre alterações enquanto que a condutância das vias aéreas aumenta e a resistência pulmonar total diminui, possivelmente devido à ação da progesterona. Em termos de alterações funcionais, acresce um ligeiro aumento da frequência respiratória e um aumento progressivo do consumo de oxigénio que poderá atingir os 15-20% na gravidez de termo e que é devido ao aumento das necessidades metabólicas da mãe e feto (SOARES, 2002, p.18).

Segundo Montenegro e Rezende (2014), através da hiperventilação

facilitam-se as trocas gasosas no período gestacional, levando em

consideração que o consumo de oxigênio aumenta de 15 a 20% nesse período.

Com o aumento do consumo de oxigênio materno e a diminuição do volume

residual, as gestantes que apresentam doenças respiratórias como asma,

pneumonia e outras, no momento do parto podem estar mais aptas a terem

uma descompensação rápida. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

Durante a gestação cerca de 60 a 70% das gestantes apresentam

dispneia, sendo estas mulheres que não sofrem de nenhuma doença

respiratória específica. Essa alteração tem início logo no 1º e 2º trimestre e se

consolida até o 3º trimestre. Uma vez que esta alteração se inicia logo no

princípio da gestação, foi descartada a possibilidade de o aumento do útero

estar relacionada à dispneia, que ocorre devido à percepção da gestante à

hiperventilação. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

De acordo com Bortoletti (2007), a progesterona é a responsável pela

estimulação do centro respiratório, o que leva à hiperventilação.

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A média respiratória em repouso aumenta um pouco, de 15 para 18 respirações por minuto, com decréscimo de 20 a 25% da tensão de dióxido de carbono. Esse acréscimo da capacidade respiratória que ocorre no período gestacional é acompanhado pela diminuição da capacidade residual. (BARACHO, 2012, p. 19).

No momento do parto ocorre uma descompressão abrupta do diafragma,

devido ao esvaziamento uterino, fazendo com que a gestante pare com a

respiração costal, que ocorre durante todo o período gravídico, e volte à

respiração costoabdominal. (NEME, 2005)

1.2.1 Sistema gastrointestinal

O sistema gastrointestinal é formado pelas seguintes estruturas:

cavidade oral, faringe, tubo digestório e seus anexos. O funcionamento

adequado dessas estruturas proporciona a degradação dos alimentos ingeridos

em partículas menores, facilitando assim a absorção dos nutrientes que são

utilizados no desenvolvimento e manutenção do organismo. (MONTANARI,

2016)

Figura 5: Sistema gastrointestinal durante a gestação

Fonte: Medeiros (2016)

No primeiro trimestre de gestação são comuns a sintomatologia de

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náuseas e vômitos, principalmente no período matinal; fatores emocionais

podem contribuir para essa incidência. Este mal-estar tende a parar da décima

terceira à décima quarta semana de gestação. Quando a mulher ingere

determinados tipos de alimentos ou sente algum cheiro que provoque esse mal

estar é necessária uma atenção maior, pois, quando se torna frequente, leva à

desidratação e perda de peso da gestante, podendo assim prejudicar o

crescimento do feto. (POLDEN; MANTLE, 1997; REZENDE, 2005; FREITAS et

al., 2010)

As gestantes apresentem aumento de apetite e sede. Esse aumento

ocorre pois o desenvolvimento do feto depende exclusivamente da ingestão

alimentar materna e, devido às mudanças fisiológicas causadas no organismo

materno, a alimentação desta deve ser rica em nutrientes, proteínas,

carboidratos e lipídeos, possibilitando assim suprir as necessidades

demandadas pela gestação. (REZENDE, 2005)

Segundo Briquet (2011), por meio da aplicação de contraste que do

terceiro ao quinto mês o estômago tem uma maior mobilidade. Após esse

período, o estômago e intestino começam a sofrer uma pressão e se deslocam

pelo crescimento do útero gravídico. Devido a essa pressão, a motilidade do

intestino e do trato gastrointestinal ficam diminuídas, levando à constipação e

ao refluxo gastresofágico.

A musculatura do intestino se torna hipotônica, ocorrendo a ação do

hormônio progesterona, e a diminuição da motilidade. O aumento do peso do

útero também interfere na mecânica normal do intestino, sobretudo nas últimas

semanas de gestação. (REZENDE, 2005)

1.2.2 Sistema Nervoso

Segundo Briquet (2011), durante a gestação a mulher apresenta reações

neuropsíquicas, dentre os quais o vômito se destaca. Características

frequentes nesse período são a irritabilidade, ansiedade, insônia, medo e

aversões de comida.

Sabe-se que a progesterona é depressora do sistema nervoso central, promovendo sonolência, fadiga e certo embotamento psicomotor, manifestações, aliás, comuns no primeiro trimestre.

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(BORTOLETTI et al., 2007, p.174)

De acordo com Calheiros et al. (2013), durante o início da gestação a

mulher apresenta hipersonia, que no decorrer da gravidez evolui para insônia,

intensificando-se no período final gravídico. Devido a essa privação de sono

outras manifestações acabam ocorrendo. A gestante se irrita com facilidade,

não consegue realizar atividades cotidianas, fica inquieta e fadigada com maior

intensidade.

Segundo Camacho et al.(2006), a depressão na gestação e a ansiedade

podem surgir no período gravídico e estão diretamente ligados à sintomas

depressivos no puerpério. O aumento na produção dos hormônios

progesterona e estrogênio estão também relacionados às alterações de humor

nesse período.

1.2.3 Sistema Urinário

Durante a gravidez tanto o sistema urinário superior como o inferior

sofrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas. Em toda a região

pélvica ocorrem muitas alterações; os rins, por exemplo, deslocam-se devido

ao aumento do volume uterino. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

A presença de gonadotrofina coriônica humana na urina no começo da gravidez forma a base da gravidez; o nível cai depois de 12 semanas de gestação. Do começo ao fim da gravidez há o aumento no suprimento de sangue para o trato urinário a fim de enfrentar as necessidades adicionais do feto para perda de disposição. (POLDEN e MANTLE, 1997, p. 37).

Umas das alterações anatômicas mais significativas do sistema urinário

no período gestacional é a dilatação da sua porção superior. Essa dilatação

pode aumentar a estase urinária, o que acarreta em uma predisposição da

gestante a infecções urinárias, pielonefrite e nefrolitiase. Na parte inferior do

sistema urinário, a anatomia da bexiga fica distorcida pela compressão do útero

gravídico, que leva a um deslocamento da bexiga. Além disso, o aumento dos

níveis circulantes de estrogênios gera hiperemia e cogestão da mucosa uretral

e vesical. Ocorre também uma redução da resposta contrátil do colo vesical a

estímulos alfa-adrenérgicos e diminuição do suporte pélvico da parede vaginal

e da uretra, o que contribui para a incidência da incontinência urinária durante a

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gravidez. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

As modificações fisiológicas ficam por conta do aumento do débito

cardíaco e a diminuição da resistência vascular sistêmica. Há uma elevação

concomitante do fluxo plasmático renal e da taxa de filtração glomerular, que

resulta em uma diminuição da creatina plasmática, que por sua vez causa

repercussão na excreção renal de determinados medicamentos, levando a uma

diminuição dos níveis de creatina, o que indica insuficiência renal. A

hipercalciúria também é comum na gravidez devido ao aumento da absorção

do cálcio intestinal, contudo a taxa de formação de cálculos renais não se

altera, uma vez que os fatores que inibem sua produção, como citrato,

magnésio e glicoproteínas, aumentam. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

Outra fisiologia da gravidez é a glicosúria, que é decorrente do aumento

da TFG. Ela excede o limite de reabsorção tubular da glicose, o que não quer

dizer que é indicativa de diabetes na gestação. A proteinúria também é uma

fisiologia na gravidez, sendo normais valores de proteína na urina que sejam

de até 300mg/dia. Apesar do aparente grande trabalho urinário durante a

gestação, isso não significa que o volume de urina aumente, pois a frequência

urinária se dá devido à compressão do útero contra a bexiga. (MONTENEGRO

e REZENDE,2014)

As grávidas em geral, filtram, maiores quantidades de sódio e água no glomérulo, que são compensadas por maior reabsorção tubular desses elementos, resultantes da ação da aldosterona e do ADH. (ZUGAIB, 2012, p. 415)

No período da gestação as taxas de fluxo plasmático glomerular e seu

ritmo de filtração sofrem influencia da posição materna, o que ocorre também

com a pressão arterial. A excreção urinária é maior à noite, devido ao repouso

em decúbito e em razão da maior mobilização dos fluidos extravasculares.

(ZUGAIB, 2012)

Nota-se que todas essas modificações alteram a função renal, o que

exige que no período gestacional os exames laboratoriais sejam feitos de forma

a ter novos parâmetros de avaliação. As interpretações devem ser cuidadosas,

uma vez que valores que geralmente são considerados normais podem ser

interpretados como anormais em gestantes. (ZUGAIB, 2012)

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37

1.2.4 Sistema circulatório

Segundo Gayton (2011), a circulação tem como objetivo o transporte do

sangue até tecidos e órgãos. No sangue são carregados nutrientes e

hormônios e ocorre também a eliminação de partículas do metabolismo; desta

forma, é possível manter o funcionamento adequado do organismo fazendo

com que as células sobrevivam.

De acordo com Baracho (2002), no período gestacional ocorre a

ampliação do volume sanguíneo de até 40%, podendo ultrapassar este valor.

Esse aumento se dá às necessidades crescentes da parede uterina, servindo a

placenta e outras necessidades do corpo. O coração sofre também um

aumento para conseguir suprir o acréscimo do debito cardíaco nesse período.

A atividade cardiovascular é maior em comparação ao período não

gravídico, devido às condições que o organismo requer para o

desenvolvimento do feto, permitindo a sobrevivência materna ao processo

reprodutivo e oferendo segurança para ambos. (ZUGAIB, 2012)

Apesar do aumento do débito cardíaco, a pressão sistólica não sofre

alterações; contudo a pressão diastólica, que tem uma queda de maneira

acentuada no decorrer da gestação (PA), pode se elevar um pouco, sobretudo

no momento do parto, quando a pressão sistólica se eleva de 15 a 25 mmHg e

a diastólica de 10 a 15 mmHg, voltando posteriormente aos valores normais do

período não gravídico. (BRIQUET, 2011)

A elevação da frequência cardíaca materna por volta da vigésima oitava

a trigésima segunda semanas é na faixa de 10 a 15 bpm por minuto; esse

acréscimo dá-se pelo aumento do débito cardíaco, que antes da gestação é de

cinco litros, e durante este período pode chegar até sete litros, estabilizados

posteriormente até o momento do parto. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

Por volta da vigésima semana de gestação o aumento do volume do

útero gravídico impede o retorno, quando a gestante se posiciona na posição

supina. O aumento da pressão venosa leva à retenção de água e sódio,

causando edemas nos membros inferiores, que atingem cerca de 25 a 50%

das grávidas. (BRIQUET, 2011; REZENDE,2014)

1.2.5 Sistema Endócrino

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De acordo com Sthephenson e Coonor (2004), durante a gestação a

produção de hormônio cresce de maneira significativa, sendo produzidos pelas

glândulas adrenais, tireóide, paratireóide e adenoipófise, ovários e placenta.

Os principais hormônios secretados no período gestacional são

progesterona, estrogênio e relaxina, responsáveis pelas alterações que

ocorrem no organismo e estrutura materna (POLDEN; MANTLE1997).

A progesterona é produzida pelo corpo lúteo até a decima semana de

gestação, após esse período a placenta se torna o principal produtor desse

hormônio, utilizando o colesterol materno como sua fonte primária. Este

hormônio é responsável por algumas alterações específicas que ocorrem

durante a gestação, tais como: redução do tônus do músculo liso, aumento de

temperatura, redução da tensão alveolar e arterial, hiperventilação e aumento

do depósito de gordura. (POLDEN; MANTLE 1997; BARACHO, 2012)

De acordo com Briquet (2011) o corpo lúteo sofre queda considerável na

produção de progesterona, chegando a produzir apenas 10% no final da

gravidez.

O estrogênio é o principal hormônio feminino, responsável por

características femininas tanto estruturais quanto de comportamento. Sua

produção aumenta em até mil vezes durante a gravidez. No início da gestação

ele se deriva da corrente sanguínea materna e na vigésima semana 90% da

sua produção é realizada pela glândula suprarrenal fetal. A sua ação no

organismo materno leva a algumas alterações, como: crescimento do útero e

glândulas mamárias; aumento na produção de prolactina, preparando as

mamas para a lactação; acúmulo de relaxina nas articulações; retenção de

água e sódio. Níveis altos deste hormônio geram acúmulo de glicogênio

vaginal, levando à predisposição para aftas. (POLDEN; MANTLE, 1997;

VIEIRA et al., 2007; BARACHO, 2012; REZENDE,2014)

A relaxina é produzida pelo corpo lúteo, placenta e pela decídua. Ao

contrário do estrogênio e progesterona, aquela passa a ser produzida por

outras estruturas. Presente em toda a gestação, tem origem do corpo lúteo,

induzindo a alterações necessárias, liberando fibras de colágeno no colo

uterino, inibindo contrações uterinas e relaxando a sísfise púbica e a

articulação sacra (BRIQUET, 2011; BARACHO,2012)

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1.2.6 Sistema Músculo esquelético

Segundo Briquet (2011), o aumento das mamas e útero na segunda

metade do período gestacional fazem com que a gestante adapte uma postura

fora do seu centro de gravidade normal, para poder suportar o peso causado

pela proximidade ao parto.

Figura 6: Alterações no centro de gravidade das gestantes.

Fonte: Severo (2012)

Baracho (2012) nos mostra que essa modificação do centro de

gravidade da gestante ocorre devido ao seu deslocamento para frente, e para

manter o equilíbrio o corpo se projeta para trás, permanecendo até o final da

gestação.

Segundo Bortoletti (2007), as alterações de equilíbrio que ocorrem com

a gestante farão com que esta apresente algumas sintomatologias, como

fadiga, dores e parestesias.

De acordo com Briquet (2011), com a evolução da gestação e a

proximidade do parto, os ligamentos da sínfise púbica e articulações sacrilíacas

afrouxam-se o que facilita no momento do parto. A sínfise púbica já começa a

sofrer alterações ainda na primeira metade da gestação e, após o parto, volta

às condições normais.

Montenegro e Rezende (2014) nos mostram que o hormônio relaxina,

que é secretado na placenta, é o responsável por esse relaxamento dos

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ligamentos, que no caso da sínfise púbica pode chegar em até 4mm em

primíparas e 4,5 em multíparas.

Devido a todas essas alterações a gestante tem que se adequar em

vários aspectos. A marcha se destaca, uma vez que a grávida anda mais

lentamente e com passos curtos, o que lembra a marcha anserina.

(MONTENEGRO; REZENDE, 2014)

1.3 Dor

A dor é descrita como uma sensação subjetiva desagradável e ruim. Ela

surge de uma experiência sensorial e emocional que vem associada a danos

reais ou potenciais para uma ou mais partes do corpo, podendo se manifestar

de forma aguda ou crônica. Cientificamente a dor é definida como uma

experiência multidimensional desagradável que envolve não somente

componentes sensoriais, mas também emocionais, associada a uma lesão

tecidual concreta ou potencial, descrita em função dessa lesão. (LOPES, 2003)

O Sistema nervoso central é o ativador da dor. Este recebe a cada

minuto milhões de bits de informações oriundas de diferentes órgãos e nervos

sensoriais. Ele contém mais de 100 bilhões de neurônios que recebem sinais

aferentes por meio de sinapses localizadas nos detritos neuronais. (GAYTON,

2011)

Para cada tipo de neurônio podem existir desde poucas centenas até

cerca de 200.000 conexões sinápticas aferentes. No entanto, o sinal aferente

desse neurônio trafega por um único axônio, que por sua vez tem muitas

ramificações distintas que vão para outras regiões do sistema nervoso ou para

a periferia do corpo. (GAYTON, 2011)

Segundo Gayton (2011), as atividades do sistema nervoso se iniciam

pelas experiências sensoriais que exercitam os receptores sensoriais, sejam os

receptores visuais, os auditivos, os táteis na superfície do corpo, entre outros.

As experiências sensoriais podem provocar reações cerebrais imediatas ou

podem ser armazenadas no cérebro, sob a forma de memória, por minutos,

semanas ou anos e determinar reações do organismo em data futura.

Na grande maioria dos casos, a dor resulta da ativação de neurônios

aferentes primários específicos, nos nocicepitores da lesão ou disfunção

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desses nociceptores, ou do sistema nervoso central. Existe também a dor

causada por um excessivo estímulo dos nociceptores localizados na pele,

vísceras e outros órgãos, denominada dor nociceptiva, enquanto a que surge

de uma disfunção ou lesão do sistema nervoso central é chamada de dor

neuropática. (LOPES, 2003)

Os nociceptores são neurônios do sistema nervoso responsáveis pela

detecção e transmissão dos estímulos dolorosos. Assim como qualquer outro

neurônio aferente primário, possui um pericárdio ou corpo celular que fica

localizado nos gânglios das raízes dorsais da medula espinhal. (LOPES, 2003)

Todo esse sistema parte de um prolongamento que se bifurca e origina

um processo central que se dirige e termina no corno dorsal da medula

espinhal. Esse prolongamento periférico percorre os nervos sensitivos e

termina nos diversos órgãos periféricos, constituindo a fibra sensitiva. As fibras

responsáveis pela transmissão dos impulsos dolorosos terminam sem qualquer

tipo de especialização aparente, sendo chamadas de terminações nervosas

livres. Os estímulos responsáveis pela ativação dos nociceptores são

denominados de nociceptivos ou nóxicos e podem ser classificados em

térmicos ou químicos. Sua principal função é transformar a energia encontrada

nos nociceptores em impulsos nervosos e com isso torná-los potenciais de

ação, sendo conduzidos até a medula espinhal (LOPES, 2003).

1.3.1 Dor no período gestacional

As dores musculoesqueléticas são queixas frequentes durante o período

gestacional. Essa fase que é sem dúvida um sonho da maioria das mulheres,

promove mudanças orgânicas profundas devido às alterações dos níveis

hormonais, que afetam a anatomia, a fisiologia e o metabolismo materno.

(AYRES, 2016)

As dores musculoesqueléticas ocorrem devido à frouxidão ligamentar,

inchaço das partes moles, ganho de peso e mudanças no centro de gravidade

da coluna vertebral que alteram a posição postural. A frouxidão ligamentar é

um processo importante, pois ele permite a remodelação da arquitetura pélvica

e o alargamento da sínfise púbica com o intuito de permitir o parto transvaginal.

O inchaço nos tecidos moles é observado principalmente nas últimas 8

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semanas de gravidez, o que contribui para sintomas relacionados aos tendões

e compressão de nervos periféricos, em especial no nervo mediano da região

palmar dos punhos, com sintomas de formigamento. O ganho de peso é outro

fator que contribui para o sintoma de dor, pois com o aumento do peso há

carga sobre as articulações. A posição do útero gravídico leva a uma alteração

do centro da gravidade da coluna vertebral, causando hiperlordose, que causa

uma tensão mecânica nas costas e nas articulações sacro-ilíaca, gerando a dor

lombar e pélvica. Alguns sintomas de dor relacionados à retenção de liquido

também são observados, como inflamação do tendão abdutor longo do polegar

e do extensor pollicis brevis, presentes no compartimento dorsal do punho.

(AYRES, 2016).

Segundo Polden e Mantle (1997), no terceiro trimestre da gestação há

uma maior retenção de água que pode resultar em um grau variante de edema

dos tornozelos e pés na maioria das mulheres, reduzindo a extensão da

articulação. O edema também pode causar pressão nos nervos, como na

síndrome de túnel carpal, em que o edema nos braços e nas mãos causa

parestesia e fraqueza muscular, afetando as porções terminais das

distribuições nervosas medianas eulnar.

Além destas, dores nas mamas também são um sintoma comum, uma

vez que não crescem somente durante a amamentação. No primeiro trimestre

de gravidez ela ficam doloridas devido à maior liberação do hormônio

prolactina. O peso também é um fator importante para essa dor, pois o

aumento do tamanho e densidade causam desconfortos. A dor na lombar é um

incômodo que também está associada à sobrecarga de peso, o que gera

mudança na postura da grávida, sendo que quanto maior o peso maior será a

intensidade da dor. A dor na pélvis é oriunda do ganho de peso nessa região,

uma vez nem todo o peso que a gestante adquire é somente do bebê, pois há

também o peso da placenta e do líquido amniótico. A gestante também poderá

ter dor de cabeça e cólica, principalmente no início da gestação, devido ao

aumento do útero e produção de gases intestinais, dores nas pernas e

câimbras. (AYRES, 2016)

1.3.2 Incapacidades decorrentes da dor gestacional

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Transformações morfológicas e fisiológicas marcam a fase gestacional.

As mudanças envolvem adaptações hemodinâmicas, hormonais e

biomecânicas, que, não tendo um acompanhamento apropriado, podem

contribuir para o surgimento de desordens musculoesqueléticas e o

comprometimento do equilíbrio postural da mulher na gestação. (MOREIRA et

al., 2011)

A gravidez sem dúvida é um momento de importante reestruturação na

vida da mulher, pois é um período em que ela passa por intensas modificações

físicas e psicológicas. Algumas limitações surgem nessa fase e geram

incapacidades temporárias, que estão basicamente relacionadas à diminuição

de amplitude de certos movimentos. A coluna é uma das partes do corpo que

mais sofre com transformações biomecânicas, isso por que esse seguimento

passa por perturbações em suas curvas fisiológicas, que são evidenciadas pelo

aumento dos seios, aumento do útero gravídico, ganho de peso, acumulo de

liquido e aumento da circunferência abdominal, acompanhada de uma maior

inclinação da pelve. (MOREIRA et al., 2011)

As alterações musculoesqueléticas geram dores quase que constantes.

Com a evolução da gravidez, a gestante passará a ter uma redução da marcha,

dificuldade para permanecer em uma postura estática e redução da amplitude

de movimentos da coluna lombar. Os sintomas de dor com intensidade e

duração variáveis ocasionam diversas interferências nas atividades de sua vida

diária, como: carregar objetos, limpar a casa, sentar e caminhar, que geram

absenteísmo, distúrbios de sono, incapacidade motora e, em alguns casos,

depressão. (MOREIRA et al., 2011)

1.3.3 Incapacidade funcional decorrentes da Dor Gestacional

Ao longo de todo o período gestacional é fato que o corpo da gestante

passa por uma grande transformação.Toda a funcionalidade do corpo vai se

adequando para um pleno desenvolvimento do feto no útero materno ao longo

das 40 semanas. (OBSERVADOR, 2017)

No primeiro trimestre, os níveis de estrogênio tornam-se maiores que o

normal, o organismo cria condições para que o oxigênio e outros nutrientes

cheguem até o feto, fazendo com que os batimentos cardíacos aumentem.

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Mais tarde, por volta da vigésima sétima semana de gravidez, os órgãos

internos se adaptam para criar espaço para o bebê; como consequência os

órgãos da gestante entram em uma configuração em que são espremidos para

dar lugar ao útero.O bebê cresce mais e começa a mexer-se, então os

músculos tornam-se mais frouxos para facilitar os movimentos do feto.

(OBSERVADOR, 2017)

Quando a mulher esta grávida, o fluxo sanguíneo aumenta e a

frequência de circulação fica mais lenta, o que ocasionam problemas de má

circulação. A capacidade pulmonar também é diminuída e os pulmões e o

diafragma ficam comprimidos, com isso a gestante passa a se sentir um pouco

sem ar. A frequência cardíaca também é aumentada, uma vez que o coração

precisa bombear sangue mais depressa e os batimentos ficam mais fortes para

gerar mais impulsos elétricos. O útero cresce e faz mais pressão na bexiga, no

intestino, no estômago e, enfim, em toda a área abdominal. (PERFEITO, 2017)

1.4 Fisioterapia na gestação

A gravidez é uma etapa de transformações, quando a mulher vivencia

novos conhecimentos, novos hábitos para o bem-estar da mãe e da criança faz

com que a gestação seja um momento propício para a atuação fisioterapêutica.

(BARACHO, 2007).

De acordo com Baracho (2007), o contato permanente durante o

atendimento com a gestante facilita a investigação sobre dúvidas e anseios,

podendo orientá-las com mais convicção. Diante das orientações preparamos a

gestante fisicamente para que no período gestacional, parto e puerpério sejam

concretizados com sucesso. O atendimento do fisioterapeuta no período pré-

natal é de conscientizar a gestante quanto à postura adequada e trabalhar seus

músculos para que se tornem capazes de suportar as exigências impostas

durante a gravidez e o parto.

Nas avaliações fisioterapêuticas no pré-natal, realiza-se no primeiro

instante uma anamnese e logo em seguida uma avaliação física e, por meio

dos dados colhidos, planeja-se uma conduta e atendimento apropriado para

cada gestante. (BARACHO, 2007)

Constantemente a fisioterapia vem sendo utilizada como um recurso

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para tratar pacientes de obstetrícia, atuando e ajudando durante o trabalho de

parto, instruindo exercícios terapêuticos na fase do pré-natal, pós-parto,

gravidez de risco e após cesariana. (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004)

Com o desenvolvimento do feto, a gestante apresenta uma série de

alterações posturais e a fisioterapia atua como forma de prevenir e minimizar

os processos álgicos devido a essas transformações. (MORON; CAMANO;

KULAY, 2011)

Uma das principais queixas álgicas relacionada à gestação são

lombalgias e dor lombo pélvica, atingindo um grande número de gestantes. A

dor lombo pélvica causa uma limitação das atividades funcionais, atrapalhando

seu desenvolvimento no trabalho e dificultando a qualidade do sono,

aumentando sua irritabilidade e diminuindo a tolerância a dor (MORON;

CAMANO; KULAY, 2011).

Segundo Moron, Camano eKulay (2011) durante um determinando

período acreditou-se que a lombalgia era considerada uma dor normal no

decorrer das fases gestacionais, sendo esperada pelas mulheres. Hoje em dia,

com uma preocupação maior com a qualidade de vida, sobretudo na gravidez,

essa dor não faz parte das alterações fisiológicas, por isso não pode ser

considerada normal. A fisioterapia vem sendo indicada para amenizar a dor

sem causar quaisquer efeitos colaterais.

1.4.1 Benefícios da fisioterapia na gestação

A atuação fisioterapêutica em obstetrícia vem sendo cada vez mais

reconhecida através dos benefícios que ela proporciona no pré-natal,

realizando exercícios exclusivos prevenindo e diminuindo as dores e

melhorando a condição de vida das gestantes. A falta de informações corretas

agregada ao medo do desconforto aumenta o estado de tensão durante a

internação da parturiente, normalmente, acaba prolongando e tornando mais

doloroso o momento do trabalho de parto. (BORTOLETTI et al, 2007)

As técnicas terapêuticas empregadas na fisioterapia beneficiam a

parturiente, eliminando com precaução os estímulos dolorosos e as sensações

angustiantes de medo, tensão e dor no período do parto. (BORTOLETTI et al,

2007).

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Na fisioterapia intraparto, o objetivo é diminuir o tempo de dilatação

preparando o períneo para a expulsão do feto. Através das técnicas utilizadas,

o tempo de trabalho de parto pode ter uma diminuição de até três horas de

diferença de um parto em que não houve a intervenção fisioterapêutica.

(BORTOLETTI et al., 2007)

1.4.2 Técnicas fisioterapêuticas na gestação

As técnicas fisioterapêuticas são utilizadas durante a gravidez para

diminuir os sinais de desconforto, dominar a ansiedade e depressão e assim

controlando esses sintomas, a dor do parto diminui. (DE CONTI et al., 2003)

Segundo Baracho (2012), para que se tenha segurança e confiança na

hora do parto é preciso ter uma percepção do próprio corpo e uma boa

preparação física. Por isso, o fisioterapeuta faz a orientação de exercícios de

percepção corporal, ensina a gestante o alongamento e fortalecimento, explica

também sobre a respiração adequada e exercícios aeróbicos, preparando seu

corpo para o parto, uma vez que nesse momento os grupos musculares

precisam estar prontos para a fase expulsiva e com muita flexibilidade. Os

exercícios, além de benéficos, aumentam a autoestima da gestante, diminuindo

o estresse e, desta maneira, melhoram a qualidade do sono e ajudam a

controlar a ansiedade.

1.4.2.1 Cinesioterapia

A cinesioterapia é a prática dos exercícios realizados através dos

movimentos e baseia-se na importância dos movimentos voluntários repetidos

causarem força muscular. Tem por sua vez a finalidade de movimentar o corpo

e abranger tanto o aspecto articular, como prevenção da rigidez, e no aspecto

muscular, a estimulação do músculo, diminuindo assim as contraturas e

mantendo ou readquirindo as forças musculares. No aspecto nervoso, a

importância motora impede a perda do esquema corporal; no aspecto

circulatório, ajuda a nutrir os tecidos, e; no aspecto psíquico, auxilia no

crescimento da autoestima. (OLIVEIRA, 2006)

A técnica da cinesioterapia é importante para a musculatura do assoalho

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pélvico (MAP), porque durante a gravidez acontecem diversas modificações

hormonais e anatômicas que exercem efeitos sobre essa musculatura. Sendo

assim, a cinesioterapia é uma das aliadas para auxiliar no alívio das alterações

musculoesqueléticas sucedidas no ciclo gravídico puerperal. (OLIVEIRA, 2006)

Consiste em um método simples e de baixo custo, fácil adesão, boa

eficácia e, sobretudo, por não oferecer nenhum tipo de risco ou desconforto as

gestantes. (OLIVEIRA, 2006)

Cada vez mais vem crescendo a procura por auxílio fisioterapêutico

durante a gestação. Os programas multidisciplinares preparam a gestante para

o parto e ajudam tanto na questão física como psicológica e estão tornando-se

comuns entre as mulheres grávidas, garantindo o equilíbrio físico e o controle

emocional. (DE CONTI et al, 2003)

O método fisioterapêutico instrui as gestantes a contrair e relaxar a

musculatura de forma correta, promovendo com facilidade a saída do feto

durante o parto normal. Uma das dificuldades encontrada pelas mulheres é

aprender a controlar o tônus muscular dos músculos do assoalho pélvico

(MAP) durante as contrações. (OLIVEIRA, 2006).

São utilizados na pratica dos exercícios cinesioterapêuticos: bola suíça,

bastão, exercícios com halter ou caneleira, exercícios de retroversão e

anteroversão da pelve, exercícios respiratórios, exercício ativos de membro

superior e inferior, exercício de alongamento, entre outros. (CASTRO;

CASTRO; MENDONÇA, 2012).

Vale ressaltar que os exercícios auxiliam para uma melhora na condição

de força e manutenção da musculatura do assoalho pélvico (MAP) durante a

gestação e, também, os músculos bem preparados ajudam no momento do

período expulsivo do parto. (CASTRO; CASTRO; MENDONÇA, 2012)

1.4.2.2 Terapia Aquática

A hidroterapia é uma técnica que emprega a água como sendo um

recurso terapêutico, utilizando meios como piscina de água quente, banho de

chuveiro, banheiras, bolsas ou compressas quentes. Utilizando-se a água

quente ocorre a vasodilatação e o relaxamento muscular das estruturas.

(BORTOLETTI et al., 2007)

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É recomendada com frequência, pois atinge baixo impacto articular,

melhorando o retorno venoso através da pressão hidrostática. Desta maneira,

beneficia com atividades de imersão e contribui para a melhora do edema,

diurese e diminuição da dor musculoesquelética relacionada à gravidez.

(ALVES, 2015)

Os resultados encontrados durante a prática de exercícios físicos são

recomendados no período do pré-natal através do profissional que realiza seu

acompanhamento. Embora tenha alguma reação diante da água, a imersão

tem suas finalidades que provocam intensas alterações fisiológicas. (ALVES,

2015)

Ao se inserir no meio aquático, o organismo é submetido a diversas

forças físicas, gerando alterações fisiológicas que comprometem alguns

princípios do organismo. Desta maneira, as informações sobre as propriedades

físicas da água e suas repercussões obtidas na capacidade respiratórias são

muito importantes para o tratamento fisioterapêutico. (ALVES, 2015)

O retorno cardiovascular por meio da imersão acontece através da

pressão hidrostática. Com isso os parâmetros respiratórios passam ainda por

uma compressão, aumentando o volume central e pressionado a caixa torácica

e abdômen. (ALVES, 2015)

Além disso, pode ser utilizada durante o trabalho de parto promovendo à

parturiente o relaxamento, aliviando a dor e diminuindo a precipitação de riscos

no parto e em algumas medidas farmacológicas. Dentre os efeitos, pode ser

notado um aumento na dilatação do colo uterino, redução da pressão arterial,

minimização da dor, diminuição do edema e, assim,a redução da necessidade

de serem utilizadas medidas farmacológicas e anestesias (MAZONI; FARIA;

MANFREDO, 2009).

1.4.2.3 Massoterapia

A massoterapia é um tipo de massagem que estimula a vasodilatação

local, libera opióides endógenos e alivia dor, por meio de estímulos mecânicos.

A massagem é muito importante no período da contração, pois auxilia na

diminuição da dor durante o trabalho de parto. (BORTOLETTI et al.,2007)

No momento do parto, o lugar em que as parturientes mais relatam dor é

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na região lombo sacra abdominal e pernas, deste modo, é executada a

massagem no local através de pressões leves e circulatórias (MAZALLI;

GONÇALVES, 2008)

A respiração precisa ser lenta com pausas prolongadas entre a

inspiração e expiração, pois se efetuada com rapidez a parturiente sentirá mais

dor ao invés de ser reduzida. (ASLANI, 1998)

Nos primeiros meses da gravidez pode se massagear o abdômen

suavemente; durante os próximos meses sua posição modifica, tendo que

deitar de lado para receber a massagem e a mesma continuara sendo suave.

Os benefícios da massagem são regular os processos fisiológicos como o

controle da digestão, condicionando a melhora do tônus muscular, aumento da

circulação do sangue e da linfa e promover o equilíbrio dos sistemas hormonal

e nervoso. Além disso, o toque da massagem estimula a energia vital

restaurando o equilíbrio interno, e não apenas benefícios físicos, mas também

psicológicos. (ASLANI,1998)

É importante ressaltar que a massagem realizada na região perineal é

muito útil, uma vez que, ajuda a relaxar os músculos do períneo, reduzindo a

tensão no local e impedindo lacerações e até uma episiotomia. (MAZALLI;

GONÇALVES, 2008)

O método utilizado por meio de manobras como toques leves,

circulatórios e fricção ajuda a suavizar a dor. O foco principal da massagem é

proporcionará parturiente um relaxamento, aliviando a tensão nos músculos e

assim diminuindo a dor durante o trabalho de parto. (MAZALLI; GONÇALVES,

2008)

1.4.2.4 Eletroterapia

A eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) é um recurso

terapêutico não farmacológico frequentemente usado no alívio da dor em

gestantes. Para isso, é indicada uma corrente de baixa frequência, uma vez

que não gera qualquer tipo de ionização, ficando apenas restrito a pacientes

que possuem marca-passo. (PEREIRA, 2013)

Consiste em um método simples, de fácil aplicação e baixo custo e que

durante o trabalho de parto não proporciona qualquer risco à parturiente e

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muito menos à criança. (PEREIRA, 2013)

De acordo com Castro, Castro e Mendonça (2012), esse é um recurso

que se aplicam eletrodos de forma tetra polar cruzada na região lombo sacra,

que é o local que elas referem a mais dor. Utiliza os parâmetros para dor

aguda, com frequência de (150 HZ), largura de pulso (75 microssegundos) e

ação por no mínimo 30 minutos.

Embora a aplicação do TENS seja utilizada para analgesia durante o

trabalho de parto, ele não elimina a dor, mas ajuda a reduzir a intensidade,

diminuindo o uso drogas analgésicas e anestésicas. (PEREIRA, 2013)

O TENS pode ser utilizado tanto no pré-parto como no pós-parto, pois

ele ajuda no alívio da dor, dos espasmos musculares e diminui a dor durante o

ciclo dor/espasmo/dor. Também é importante que a ansiedade seja controlada

durante o parto para que a dor seja amenizada, uma vez que, caso não seja,

ocorrerá o aumento da dor durante o trabalho de parto. (CASTRO; CASTRO;

MENDONÇA, 2012)

2 O EXPERIMENTO

2.1 Procedimentos metodológicos

O projeto foi submetido na Plataforma Brasil, atendendo a Resolução

466 do Ministério da Saúde e aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do

Centro Universitário Católico Auxilium: número do parecer: 2.279.051, data da

relatoria 15 de Setembro de 2017 (ANEXO B) e assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO C) pelas voluntárias. A pesquisa

foi realizada com o intuito de analisar se o acompanhamento fisioterapêutico

durante a gestação proporciona melhora na incapacidade causada pela dor

neste período.

2.1.1 Condições ambientais

O presente estudo foi realizado na Associação Beneficente Santa

Paulina de Lins, após a apresentação da carta de informação as voluntárias,

sendo este trabalho realizado por uma extensão do setor de Fisioterapia na

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Saúde da Mulher, no período de maio a outubro de 2017, nos horários das

14h00min as 15h00min, com frequência de duas vezes semanais.

2.2 Casuística e métodos

2.2.1 Casuísticas

O estudo foi realizado na Associação Beneficente Santa Paulina, onde é

realizado um programa com gestantes, chamado “maternidade pró-ativa”.

Neste programa uma equipe multiprofissional, com o objetivo de desenvolver

um trabalho voltado à gestação, parto e puerpério, dá suporte às gestantes da

cidade de Lins e região.

As alunas foram até a Associação, onde explicaram o projeto de maneira

detalhada e sua finalidade às gestantes através da carta de informação

(APENDICE A), deixando claro a todos os benefícios e riscos do projeto

proposto. Após todos os esclarecimentos, foi explicado o Termo de

Consentimento Livre Esclarecido e a importância de que todas as assinassem,

caso estivessem de acordo com os procedimentos que seriam realizados.

Participaram do estudo 46 gestantes com idades entre 18 a 40 anos que

apresentavam incapacidade devido à dor.

Como critérios de inclusão, as gestantes deveriam apresentar

incapacidade por dor e assinar o termo de consentimento livre esclarecido.

Foram excluídas gestantes que não apresentavam incapacidade por dor e que

não aceitaram participar da pesquisa e ou se recusaram a assinar o termo de

consentimento livre esclarecido.

Na Associação Beneficente Santa Paulina o encontro com as gestantes

ocorre duas vezes na semana, sendo de segunda-feira e quarta-feira,

constituindo em dois grupos, o grupo das primigestas e o grupo das

multigestas. Os atendimentos fisioterapêuticos são realizados pelo setor de

Fisioterapia na Saúde da Mulher do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco,

no horário das 14:00 às 15:00h.

Os atendimentos realizados com as gestantes são baseados na

cinesioterapia, que atua por meio de treinamento planejado e sistêmico de

movimentos corporais, posturas ou atividades físicas, com finalidades

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preventivas e curativas.

São realizados exercícios para membros superiores e inferiores, core e

assoalho pélvico. Todos eles são exercícios livres, resistidos e com a utilização

de alguns materiais, como: bastão, bola suíça, caneleira, halter, theraband,

overboll, colchonete. Os exercícios são ativos, como: exercícios respiratórios,

aquecimento, fortalecimento do core e assoalho pélvico, trocas posturais

alongamento e relaxamento.

O trabalho realizado através da fisioterapia tem como objetivo melhorar

a qualidade de vida das gestantes preparando a musculatura do assoalho

pélvico associado à respiração controlada para auxiliar na diminuição da

tensão, medo e sensação dolorosa causada no momento do parto; ainda estas

recebem orientação e realizam exercícios voltados para postura adequada

facilitando a realização das atividades do dia a dia, pois devido ao excesso de

peso adquirido no período gestacional, é comum o relato de dores na região

lombar.

2.2.2 Métodos

2.2.2.1 Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10

A tradução do QIRM foi baseada no método de retraduzir, o que

envolveu revisão, tradução e adaptação das medidas do inglês para o

português e novamente para o inglês. Uma adaptação cultural preliminar foi

necessária, pois algumas palavras usadas para expressar sentimentos ou

situações não fariam sentido em uma tradução literal. Apesar das mudanças, a

versão em português do QIRM foi mantida muito próxima da versão original em

inglês, sem comprometer seu entendimento e sendo adequada para o leitor

brasileiro. A única grande mudança que ocorreu, quando comparado com a

versão original, foi substituir a palavra dor nas costas pela palavra dor.

(JUNIOR et al.,2010, p.30)

É um questionário composto por 24 perguntas que avaliam a

incapacidade funcional que as gestantes apresentam ou não ao realizarem

tarefas simples do dia a dia.

Trata-se de um questionário com perguntas simples que descrevem

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várias alterações de dor, ao realizarem coisas que normalmente realizavam e

hoje já não realizam mais devido as dores que sentem.

Através da pontuação total apresentada que será de 0 – 24, iremos

classificar da seguinte maneira: em bom, moderado, regular e ruim. Através

dessa classificação iremos mensurar o grau de incapacidade apresentada pelo

individuo. Essa classificação seguirá o seguinte padrão: de 0 -6 será

classificado como “bom”, de 7- 12 será classificado “moderado”, de 13 – 18

será classificado como “regular” e de 19 – 24 será classificado como “ruim”.

2.2.2.2 Teste Timed Up & GO (TUG)

O teste consiste em levantar-se de uma cadeira, sem ajuda dos braços,

andar a uma distância de três metros, darem a volta e retornar. No início do

teste, o paciente deve estar com o dorso apoiado no encosto da cadeira e, ao

final, deve encostar novamente. O paciente deve receber a instrução “vá” para

realizar o teste e o tempo será cronometrado com a partir da voz de comando

até o momento em que ele apóie novamente o dorso no encosto da cadeira. O

teste deve ser realizado uma vez para familiarização e uma segunda vez para

tomada do tempo. Um tempo mais rápido indica um melhor desempenho

funcional, enquanto que um tempo mais baixo indica maior risco de quedas em

ambiente comunitário.

Tem como objetivo avaliar a mobilidade e o equilíbrio funcional. O teste

quantifica em segundos a mobilidade funcional por meio do tempo que o

indivíduo realiza a tarefa de levantar de uma cadeira, caminhar 3 metros, virar,

voltar rumo à cadeira e sentar novamente.

a) Até 10 segundos para a realização, corresponde a um desempenho

normal com baixo índice de quedas.

b) De 10,1 “-20” corresponde a um baixo índice de quedas.

c) De 21 “-29” corresponde a um risco moderado de quedas.

d) 30 segundos ou mais, alto risco de quedas.

2.2.3 Materiais

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a) Papel Sulfite

b) Tinta Preta

c) Impressão

d) Questionário de Incapacidade Rolland e Morris(QIRM)10.

e) Teste Timed Up & GO (TUG).

f) Cadeira

g) Cronômetro

2.3 Procedimento

A aplicação do Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10

e do Teste Timed Up & GO (TUG) foi realizado no início de cada grupo de

gestantes e também no encerramento, com um intervalo de cerca de 3 meses

entre a avaliação e reavaliação. As gestantes eram orientadas a assinalarem

somente as perguntas que descrevessem o que elas sentiam no momento da

aplicação do questionário, logo após a aplicação era realizado o teste com

cada participante para avaliar a sua mobilidade e equilíbrio.

Dentre as 46 participantes, 20 gestantes (47,43%) foram frequentes

durante todos os encontros realizados, assim a avaliação inicial e a reavaliação

se completaram; as outras 26 gestantes (56,52%) realizaram apenas a

avaliação inicial e, devido à intercorrências na gestação ou por motivos

pessoais, interromperam a sua participação no projeto.

2.4 Análises Estatísticas

A análise dos dados será realizada com os procedimentos estatísticos,

admitindo-se a média e o desvio padrão, foi realizada uma análise descritiva

através do programa Excel.

2.5 Resultado

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Tabela 1: Comparação pré e pós através da aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)

Pré Pós

P

Média 8,60 6,70 0,15

DP/ ± 4,22 ± 6,67

Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.

O Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10 tem a

função de avaliar a incapacidade funcional que as gestantes apresentam

durante a gestação. Comparando os resultados pré e pós acompanhamento

fisioterapêutico, pode ver que há uma redução na sua classificação, sendo que

pré acompanhamento as avaliadas obtiveram uma média de 8,6 classificada

como incapacidade moderada e pós 6,7 que foi classificado como bom.

Tabela 2: Comparação pré e pós através da realização do teste Timed Up & GO (TUG)

Pré Pós P

Média 9,10 9,55 0,33

DP ± 1,41 ± 2,22

Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.

Após a apreciação dos dados coletados, pode-se observar que não

houve resultados significativos para o teste de TUG. Apresentado uma média

pré acompanhamento fisioterapêutico de 9,10 e pós de 9,55.

2.6 Discussão

De Conti et al. (2003) realizaram um estudo com 71 gestantes nuliparas,

de baixo risco, em um programa de preparo para o parto e maternidade, em

que realizavam atividades educativas, fisioterápicas e de interação. Foi

aplicado um questionário específico no início e no final do estudo para se

observar a ausência, presença ou evolução de desconfortos

musculoesqueléticos que são comuns nesse período. No final do estudo

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através dos dados coletados do GC e GE, não apresentaram alterações

significativas quanto à duração do desconforto músculoesquelético. No

presente estudo, após realizar as atividades fisioterapêuticas e coletar as

informações sobre as incapacidades geradas nas gestantes, pode-se constatar

uma melhora significativa, classificada como boa, na incapacidade funcional

dessas pacientes; já no teste de TUG não houve alteração positiva.

Um estudo feito por Moura et al. (2007) teve como objetivo verificar o

efeito protocolo de fisioterapia em mulheres que apresentam lombalgia

gestacional. O estudo foi realizado com 14 gestantes, divididas em grupo

controle e tratado. Ambos os grupos foram submetidos ao questionário de

qualidade de vida SF-36 e o de dor McGill. O grupo de tratamento foi

submetido a um protocolo de fisioterapia em que foram realizados exercícios

de cinesioterapia de modo geral. No término da pesquisa, foi possível observar

através da comparação dos dados coletados pelos questionários que ocorreu

uma diminuição da dor lombar no grupo de tratamento e no grupo controle

ocorreu uma elevação nos valores com o decorrer da gestação. O atual estudo

contou com a participação efetiva de 20 gestantes de um total de 46. Essas 20

gestantes realizaram a pré e a pós avaliação. O questionário aplicado avaliou a

incapacidade das mesmas no período pré e pós acompanhamento

fisioterapêutico, que apresentou um resultado positivo referente à diminuição

dos efeitos dessa incapacidade. Já com o teste de TUG, que tem o intuito de

avaliar a funcionalidade das gestantes, não houve resultado positivo na

apreciação dos resultados.

Landi, Bertolini e Guimarães (2004) formularam um protocolo de

exercícios para gestantes com o objetivo de verificar se a prática de atividades

físicas durante a gestação proporciona à mãe menor dificuldade no trabalho de

parto e no nascimento do bebê. O estudo e coleta foram realizados com

voluntarias do próprio campus da CESUMAR, Centro Universitário de Maringá.

As gestantes passaram por uma avaliação e deram início à prática das

atividades físicas por cerca de 3 meses. No término do estudo, mesmo sendo

com uma amostra pequena de 2 voluntárias, os resultados foram significativos,

pois ambas apresentaram diminuição nas queixas de dor e obtiveram melhora

na qualidade de vida. Por um período de seis meses, o presente estudo foi

aplicado na Associação Beneficente Santa Paulina de Lins no setor de

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fisioterapia na área de saúde da mulher. Com a avaliação feita no período pré e

pós atividades fisioterapêuticas, já foi possível notar uma melhora nas

incapacidades geradas no período gestacional; já no teste de TUG, que avalia

a funcionalidade destas, não ocorreu alteração.

Beleza e Carvalho (2009) realizaram uma revisão de literatura sobre a

Atuação Fisioterapêutica no Puerpério e através desta foi possível ressaltar a

importância do acompanhamento fisioterapêutico em todo o período

gestacional, que vem acompanhado de várias modificações estruturais e

metabólicas, pois com a intervenção fisioterapêutica, a gestante alcança

benefícios no pré e pós-natal e evita problemas futuros.

Dalvi et al. (2010) realizaram um estudo sobre os benefícios da

cinesioterapia a partir do segundo trimestre gestacional, cujo objetivo era

demonstrar a eficácia dos exercícios cinesioterapêutico no alívio e na

prevenção de desconfortos decorrentes da gestação. Foram recrutadas onze

voluntárias, porém o estudo finalizou com apenas cinco voluntarias, devido à

desistência, aborto e indisponibilidade de horário. Os benefícios foram

avaliados pré e pós-intervenção, por meio da aplicação de um questionário de

qualidade de vida WHOQOL - ABREVIADO (Programa de Saúde Mental –

Organização Mundial da Saúde em Genebra). Através da análise dos

resultados ficou evidente a melhora no estado físico das gestantes em um

modo global.

2.7 Conclusão

Diante dos resultados obtidos pode-se observar que, através do

acompanhamento fisioterapêutico no período gestacional, é possível

proporcionar às gestantes uma diminuição na incapacidade gerada pela dor.

Mesmo com todas as alterações estruturais e metabólicas que ocorrem

neste período, a intervenção fisioterapêutica melhora a qualidade de vida da

gestante em vários segmentos, como qualidade de sono, respiração,

locomoção e pré-parto.

Os recursos utilizados pela fisioterapia são exercícios simples de

cinesioterapia e que podem ser realizados em casa pelas gestantes, o que

intensifica mais ainda a diminuição das incapacidades que ocorrem neste

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período.

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ONODERA, E. Semana 20 da gravidez-colostro pode aparecer. 2014. Disponível em: <http://bebe.abril.com.br/maternidade/semana-20-da-gravidez-colostro-pode-aparecer/>. Acesso em: 27 Jul. 2017. ONODERA, E. Três meses de Gestação: 9 a 12 semana. 2014. Disponível em:<http://bebe.abril.com.br/maternidade/semana-20-da-gravidez-colostro-pode-aparecer/>. Acesso em: 27Jul. 2017. OLIVEIRA, C. Efeitos da cinesioterapia no assoalho pélvico durante o ciclo gravídico-puerperal. Dissertação (mestrado). São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.feminafisio.com/noticias/10003/livro_10003.pdf/>.Acesso em: 11 Out. 2017. PERFEITO. O que acontece com os órgãos da mulher durante a Gravidez? São Paulo, 2017. Disponível em: <https://perfeito.guru/o-que-acontece-com-os-orgaos-da-mulher-durante-gravidez-descubra-nesse-video-incrivel> Acesso em: 04 Jun. 2017. PEREIRA, C. M. A. Analgesia com eletroestimulação nervosa transcutânea (Tens) no trabalho de parto. São Paulo, 2013. Disponível em:<http://www.fcmscsp.edu.br/images/Pos-graduacao/dissertacoes-e-teses/ciencias-da-saude/2013-Carla-Maria-de-Abreu-Pereira.pdf/>. Acesso em: 13 Out. 2017. POLDEN, M.; MANTLE, J. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Santos, 1993. REZENDE, J. Obstetrícia. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. SOARES, S. Adaptações morfo-funcionais da mulher grávida. 2002, p.17-18. Apostila da disciplina de Fisiologia. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Disponível em: <http://www.uff.br/WebQuest/downloads/AdaptFisiol Grav.pdf> Acesso em 26 Jul. 2016. SEVERO, L. Nasce Centro de atendimento a Gestantes. 30 Jul. 2012. Disponível em: <https://nascemothercare.wordpress.com/tag/atividade-fisica-na-gestacao> Acesso em: 24 Ago. 2017. STEPHENSON,R. G; CONNORR’O, L. J. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. Barueri: Manole, 2004. ZUGAIB, M. Obstetrícia. 2. ed. Barueri: Manole, 2012.

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APÊNDICE

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CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA

Titulo do projeto: Avaliação da capacidade funcional e acompanhamento

fisioterapêutico durante a gestação.

Objetivo Primário: O projeto tem como objetivo, analisar se o

acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na

incapacidade causada pela dor. E como objetivos secundários irão avaliar o

nível de incapacidade que a dor pode causar nas gestantes e observar através

da comparação dos dados coletados quais as limitações mais frequentes

geradas pela dor nas gestantes.

Descrição dos procedimentos: Para a realização do projeto é necessário o

preencher do Questionário de Incapacidade ROLAND-MORRIS – QIRM e a

realização do teste Timed Up & GO (TUG). O questionário é composto por 24

frases que as pessoas usam para se descreverem quando tem dor, o teste tem

a finalidade de avaliar a mobilidade e o equilíbrio funcional, tanto o

preenchimento do questionário quanto a realização do teste será feito apenas

por gestantes que apresente incapacidade por dor e tenha entre 18 – 40 anos.

Os procedimentos serão realizados no início de cada grupo e no seu

encerramento, durante esse período as gestantes estarão recebendo o

tratamento fisioterapêutico realizado pelos estagiários do último ano do curso

de Fisioterapia do Unisalesiano - Lins. No encerramento de cada grupo será

aplicado novamente o questionário e realizado o teste.

Riscos de pesquisa: As participantes da pesquisa podem se sentir

constrangidas com as perguntas apresentadas pelo questionário por expor os

sintomas apresentados por elas. Esses riscos podem ser amenizados

realizando a sua aplicação de forma individual, evitando assim o possível

constrangimento.

Benefícios da pesquisa: Através dessa pesquisa iremos verificar o nível de

incapacidade que as mulheres apresentam na gestação e apresentar

condições para melhorar estes sintomas, proporcionando assim uma gestação

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tranquila e segura.

Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe

e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentados,

uma vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino

(respeitando sempre sua identidade), você ou seu representante legal deve

assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de

Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que você tem total

liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem

ônus ou prejuízo algum.

Por estarem entendidos, assinam o presente termo.

Lins, 21 de Março de 2017

.............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Pesquisador Responsável

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ANEXOS

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ANEXO A – Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10.

Quando você tem dor, você pode ter dificuldade em fazer algumas

coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas

usam para se descreverem quando tem dor. Quando você ler estas frases

poderá notar que algumas descrevem sua condição atual. Ao ler ou ouvir estas

frases pense em você hoje. Assinale com um x apenas as frases que

descrevem sua situação hoje, se a frase não descrever sua situação deixe-a

em branco e siga para a próxima sentença. Lembre-se assinale apenas a frase

que você tiver certeza que descreve você hoje.

1. Fico em casa a maior parte do tempo por causa da minha dor. ( )

2. Mudo de posição frequentemente tentando ficar mais confortável com a dor.

( )

3. Ando mais devagar que o habitual por causa da dor. ( )

4. Por causa da dor eu não estou fazendo alguns dos trabalhos que geralmente

faço em casa. ( )

5. Por causa da dor eu uso o corrimão para subir escadas. ( )

6. Por causa da dor eu deito para descansar mais frequentemente. ( )

7. Por causa da dor eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar

de uma poltrona. ( )

8. Por causa da dor tento com que outras pessoas façam as coisas para mim( )

9. Eu me visto mais devagar do que o habitual por causa das minhas dores. ( )

10. Eu somente fico em pé por pouco tempo por causa da dor. ( )

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11. Por causa da dor tento não me abaixar ou me ajoelhar. ( )

12. Tenho dificuldade em me levantar de uma cadeira por causa da dor. ( )

13. Sinto dor quase todo o tempo. ( )

14. Tenho dificuldade em me virar na cama por causa da dor. ( )

15. Meu apetite não é muito bom por causa das minhas dores. ( )

16. Tenho dificuldade para colocar minhas meias por causa da dor. ( )

17. Caminho apenas curta distâncias por causa das minhas dores. ( )

18. Não durmo tão bem por causa das dores. ( )

19. Por causa da dor me visto com ajuda de outras pessoas. ( )

20. Fico sentado a maior parte do dia por causa da minha dor. ( )

21. Evito trabalhos pesados em casa por causa da minha dor. ( )

22. Por causa da dor estou mais irritado e mal humorado com as pessoas do

que em geral. ( )

23. Por causa da dor subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. ( )

24. Fico na cama (deitado ou sentado) a maior parte do tempo por causa das

minhas dores. ( )

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ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP

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ANEXO C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Eu..................................................................................................................

,portador do RG n°. ..........................................................., atualmente

com...........anos,residindo na ................................................................................

........., após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA

PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Amanda de

Andrade Macedo, Juliana da Silva Santos e Samara Bertoni, apresento meu

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa

proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar

os objetivos da pesquisa.

Concordo também com o uso científico e didático dos dados,

preservando a minha identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou

ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial

guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso

solicitar a minha exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Lins, ............. de ............... de 20.....

............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Ana Claudia de Souza Costa

Endereço: Avenida Emesto Monte, Nº: 06

Telefone:(14)3541-1802