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Londrina 2015
CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
PAULA MARIANO DE OLIVEIRA IRIYA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO
NO HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA-PR
PAULA MARIANO DE OLIVEIRA IRIYA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO
NO HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA-PR
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração: Dentística
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Lupion Poleti
Londrina 2015
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Dados Internacionais de catalogação-na-publicação Universidade Norte do Paraná
Biblioteca Central
Setor de Tratamento da Informação
Iriya, Paula Mariano de Oliveira
I65a Avaliação da qualidade de vida de pacientes com carcino- ma espinocelular em
tratamento no Hospital do Câncer de Londrina - Pr. / Paula Mariano de Oliveira
Iriya. Londrina: [s.n.], 2015.
50f.
Dissertação (Mestrado) Odontologia – Dentística Preven-tiva e Restauradora.
Universidade Norte do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Lupion Poleti
1- Odontologia - dissertação mestrado - UNOPAR 2- Qualidade de vida 3-
Carcinoma espinocelular 4- Neoplasias I- Poleti, Marcelo Lupion, orient. II-
Universidade Norte do Paraná
CDU 616.314-089.27/.28
PAULA MARIANO DE OLIVEIRA IRIYA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO NO HOSPITAL
DO CÂNCER DE LONDRINA-PR
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração: Dentística
BANCA EXAMINADORA
____________________________________ Prof. Dr. Marcelo Lupion Poleti Universidade Norte do Paraná
____________________________________ Profa. Dra. Sandra Kiss Moura Universidade Norte do Paraná
____________________________________ Profa. Dra. Elen de Souza Tolentino Universidade Estadual de Maringá
Londrina, 25 de fevereiro de 2015.
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente à Deus, pois somente
Ele sabe nossas lutas e nosso esforço.
Aos meus avós Ana Idalgo Mariano e José
Mariano (em memória), que enfrentaram
momentos difíceis e mesmo assim não
deixaram de se preocupar comigo.
À minha tia Célia e minha mãe Marli que não
mediram esforços para me ajudar e me apoiar
nessa jornada.
E à todos que me deram forças para eu seguir
em frente, pois foram impostos muitos
obstáculos durante os últimos anos, mas
graças à vocês eu me mantive firme. Agradeço
de coração à minha família, aos professores
,em especial meu orientador Marcelo Poleti,
aos meus amigos e colegas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Universidade Norte do Paraná – Londrina pela
oportunidade de subir galgar mais esse degrau.
Ao professor Marcelo Poleti pela confiança na realização deste
trabalho de pesquisa, pela dedicação e por toda ajuda.
Ao professor Alcides Gonini, Coordenador da pós graduação pelo
profissionalismo com que desempenha seu cargo.
Ao Hospital do câncer de Londrina, por permitir minha pesquisa, aos
funcionários por me acolher com tanto carinho, por toda ajuda, paciência,
compreensão.
Ao Doutor Luiz Wanderlei que ficou responsável por minha presença
no Hospital, pela confiança, por toda ajuda, orientação, pelo tempo dispendido para
me ajudar.
IRIYA, Paula Mariano de Oliveira. Avaliação da qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular em tratamento no Hospital de câncer de Londrina-PR. 37 folhas. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2015.
RESUMO
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço em tratamento no Hospital do Câncer de Londrina-PR, e sua relação com a localização do tumor, de acordo com os três tipos de questionários (QLQ-C30, QLQ-HN35 e UW-QOL). Material e métodos: A amostra deste estudo foi composta por 27 pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) primário de boca (N=15), faringe (N=7) ou laringe (N=5) e em tratamento oncológico no Hospital do Câncer de Londrina-PR (HCL), independente da idade, sexo, estadiamento clínico ou tipo de tratamento antineoplásico. Foram aplicados os questionários QLQ-C30, QLQ-HN35 e UW-QOL (4ª versão), individualmente para cada paciente, pelo mesmo pesquisador, antes do atendimento ambulatorial. Após aplicação dos questionários, os dados sociodemográficos (idade e sexo) e clínicos (estadiamento clínico e tipo de tratamento antineoplásico) foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes. Os resultados foram analisados por meio do cálculo dos escores obtidos pela resposta de cada item, seguindo os manuais dos questionários. A análise estatística foi realizada por meio do teste de correlação Qui-quadrado e análise de variância (ANOVA) a um critério, com nível de significância de 5%. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os domínios avaliados pelos três questionários e a localização do tumor. Conclusão: Pode-se concluir que a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de boca, faringe e laringe não foi influenciada pela localização do tumor. Palavras-chave: Qualidade de vida; Carcinoma espinocelular; Neoplasias.
IRIYA, Paula Mariano de Oliveira. Evaluation of the quality of life of patients with squamous cell carcinoma of the head and neck in treatment at the Londrina Cancer Hospital. 37 folhas. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2015.
ABSTRACT
Objective: Evaluate the quality of life of patients with squamous cell carcinoma of the head and neck in oncologic treatment at the Londrina Cancer Hospital, according to site of the tumor. Material and Methods: The sample of this study consisted of 27 patients with primary squamous cell carcinoma (SCC) of oral (N = 15), pharynx (N = 7) or larynx (N=5), independent of age, sex, clinical stage or anticancer treatment. The questionnaire QLQ-C30, QLQ-HN35 and UW_QOL (4thversion), were individually applied for each patient by the same researcher, before ambulatory care. Sociodemographic (age and sex) and clinical data (clinical stage and type of anticancer treatment) were collected from the medical records of patients. The results were analyzed by calculating the scores obtained by the response of each item, following the instructions of questionnaires. Statistical analysis was performed using chi-square correlation test and analysis of variance (ANOVA), with a significance level of 5%. Results: There was no statistically significant difference between the domains assessed by three questionnaires and the tumor location. Conclusion: It can be concluded that the quality of life of patients with squamous cell carcinoma of the oral, pharynx and larynx was not influenced by tumor site. Key words: Quality of Life; Squamous Cell Carcinoma; Neoplasms.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................8
2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO ..............................10
3 PROPOSIÇÃO...............................................................................................17
4 ARTIGO ..................................................................................................................18
5 MATERIAL E MÉTODO ................................................................................21
6 RESULTADOS...............................................................................................23
7 CONCLUSÃO ...............................................................................................32
8 REFERÊNCIAS .............................................................................................33
ANEXO..............................................................................................................38
ANEXO A Questionário EORTC QLQ-C30.......................................................39
ANEXO B Questionário EORTC HN35 ............................................................41
ANEXO C Questionário UW-QOL ....................................................................43
ANEXO D Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa ......................................45
ANEXO E Termo de Consentimento ................................................................47
ANEXO F Fórmula para o cálculo dos escores do questionário QLQ-C30 .....48
8
1 INTRODUÇÃO
O conceito “qualidade de vida” (QV) foi definido por um grupo de
trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), como sendo relativo à percepção
do indivíduo de sua posição na vida, no contexto cultural, e em relação a suas
metas, expectativas, parâmetros e relações sociais. É um conceito de larga
abrangência, que possibilita inferir o bem-estar físico, mental e social 7.
A avaliação da QV na Oncologia pode auxiliar na decisão sobre a
efetividade do tratamento, melhorar a tomada de decisão do paciente por meio do
esclarecimento dos efeitos colaterais do tratamento, servir como fator de prognóstico
para analisar os sintomas e/ou as necessidades de reabilitação, identificar os
aspectos de impacto na sobrevida dos pacientes, a estimativa de custo-efetividade
(auxilia na decisão de onde e quando investir os recursos existentes), melhorar a
organização e a qualidade do cuidado, o desenvolvimento e a regulamentação de
medicações, assim como conhecer as prioridades dos pacientes 6,13.
A QV é um construto multidimensional e abstrato, de avaliação
individual ou coletiva, podendo esta ser avaliada por instrumentos ou questionários
de forma genérica ou específica 27.
Os instrumentos genéricos não avaliam uma patologia específica,
mas um todo. Já os específicos avaliam de forma concreta, grupos específicos de
pacientes que apresentam em comum algum tipo de patologia. Esses instrumentos
são mais indicados para medir o impacto de intervenções na QV relacionada à
saúde, tendo como vantagem a capacidade de detectar particularidades da QV em
determinadas situações, obtendo uma avaliação individual e específica dos aspectos
de QV, tais como mudanças nas funções físicas, emocionais, sexual, dor, fadiga e
outros sintomas 5, 11,26.
Os instrumentos disponíveis são em sua maioria em língua inglesa
19, e para serem utilizados no Brasil precisam ser traduzidos e validados. No Brasil
os instrumentos mais utilizados para avaliar QV em câncer de cabeça e pescoço
são: EORTC (European Organisation for the Research and Treatment of Cancer),
QLQ-C30 (Genérico para câncer) e HN35 (Específico para câncer de cabeça e
pescoço), e University of Washington UW-QOL 4ª versão, sendo que todos avaliam
a QV relacionada à saúde 10.
No município, onde está localizado o Hospital do Câncer de
9
Londrina, no qual são atendidos cerca de 1500 pacientes por semana de mais de
200 municípios, ainda não foi realizada nenhuma pesquisa para avaliar a QV dos
pacientes com carcinoma espinocelular.
O carcinoma de células escamosas/espinocelular é o tipo mais
prevalente de câncer de boca e orofaringe, acometendo principalmente pacientes do
gênero masculino entre a quinta e oitava décadas de vida, tabagistas e/ou etilistas
crônicos e de baixa condição socioeconômica, sendo pouco frequente em pacientes
com menos de 45 anos de idade 8,28.
Dentre as doenças que afetam a QV, destaca-se o câncer de cabeça
e pescoço, que é um dos principais problemas de saúde pública do Brasil 16. A
função e a aparência dessa região são decisivas para autoimagem e para a QV 23.
Os tipos de tratamentos para câncer de cabeça e pescoço podem gerar prognósticos
semelhantes, mas resultados diversos na QV desses pacientes 12.
Conforme Rogers et al., 2002, 17 há uma associação entre QV
relacionada à saúde e função oral, portanto, são fundamentais o conhecimento do
impacto dessa associação e o planejamento adequado do tratamento da lesão
cancerosa, de modo a minimizar os danos ao paciente. As principais complicações
causadas pelo tratamento oncológico na cavidade bucal são: xerostomia, perda de
paladar, hemorragia (afetando principalmente a mucosa labial, língua e gengiva),
dermatite, mucosite, osteorradionecrose, trismo (espasmos musculares com ou sem
fibrose dos músculos mastigatórios e da articulação temporomandibular) e mutilação
15.
10
2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO
Costa Neto e Araújo, 2001, 14 realizaram uma pesquisa com objetivo
de avaliar instrumentos de medida da QV para pacientes que desenvolveram câncer
de cabeça e pescoço. Participaram da investigação 41 pacientes entre 20 e 85 anos
de idade, atendidos em uma instituição especializada em Oncologia no Centro-
Oeste. Foram aplicadas a escala Análoga – Visual de qualidade de vida e os
questionários EORTC-QOL C30 e HN35 (versão 3.0). Os instrumentos possibilitaram
a identificação de perdas na QV da amostra, mostrando-se adequados para avaliar
as condições desses pacientes, visando a uma intervenção terapêutica e preventiva
em oncologia. Foi possível constatar, também, que muitos pacientes têm uma
percepção diferenciada das noções de saúde geral e qualidade de vida.
Amar et al., 2002, 1 realizaram um trabalho cujo objetivo foi avaliar
um questionário para mensuração da QV e sua relação com o prognóstico em
pacientes com câncer de cabeça e pescoço. O estudo foi feito com 31 pacientes
com CEC de vias aerodigestivas superiores atendidos no Departamento de cirurgia
de cabeça e pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São
Paulo, no período de agosto de 1999 a novembro de 2000. Na avaliação da QV
empregou-se o questionário QLQ-C30 e o módulo QLQ HN35, ambos fornecidos
pela EORTC, sendo realizados previamente ao tratamento. Foi avaliada a diferença
de pontuação entre os pacientes que apresentavam doença controlada e aqueles
com recidiva nos primeiros 12 meses após o tratamento. Foi observada uma
diferença significativa na pontuação entre os pacientes assintomáticos e aqueles
com recidiva da doença nas escalas relacionadas à fadiga, dificuldade de comer em
público e QV global. Os autores concluíram que a QV prévia ao tratamento pode
constituir um indicador prognóstico para os pacientes com câncer de cabeça e
pescoço.
Araújo, Padilha e Baldisserotto, 2009, 3 fizeram um estudo com o
objetivo de avaliar a QV em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, relacionada
às condições de saúde bucal. O delineamento do estudo foi quantitativo,
observacional do tipo longitudinal, pois foram feitas duas avaliações prospectivas. A
aplicação dos questionários e exames clínicos odontológicos foram realizados em
dois momentos distintos com intervalo de tempo de, no mínimo, seis meses entre
eles. Foram pesquisados: variáveis socioeconômicas, hábitos e aspectos associados
11
ao tumor, além de variáveis relacionadas à saúde bucal – índice de cárie composto
por número de dentes cariados, perdidos e restaurados (CPOD), uso e
necessidades protéticas, xerostomia e consulta ao dentista nos últimos 6 meses,
mucosite e mutilação. Foi utilizado o questionário de QV para câncer QLQ-C30,
versão 3.0 e o questionário para pacientes com câncer de cabeça e pescoço
EORTC QLQ –HN35. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o
número de dentes perdidos e cariados com a QV. O grupo de pacientes que
necessitava de próteses relatou desempenho funcional e função social menores. O
grupo de pacientes com xerostomia demonstrou menor QV, menor nível funcional e
maior sintomatologia. A QV dos pacientes no acompanhamento foi semelhante à
primeira parte do estudo, porém houve aumento dos sintomas e diminuição do nível
funcional. O CPOD aumentou e o uso de próteses decresceu, enquanto a
necessidade das mesmas aumentou. Não foi possível verificar a associação entre a
QV e a mucosite, pois poucos pacientes foram afetados por essa condição. A
mutilação foi correlacionada negativamente com o desempenho funcional, náusea e
vômito, e a perda de apetite. Apenas a avaliação clínica das variáveis de saúde
bucal foi insuficiente para predizer a correlação entre a condição de saúde bucal e a
QV, porém é essencial a atuação de uma equipe multidisciplinar de cuidado
oncológico, na qual o cirurgião-dentista deve estar inserido de modo a minimizar os
danos à saúde bucal desses pacientes, auxiliando na construção de uma melhor
QV.
Machado et al., 2009, 9 avaliaram a QV dos pacientes com câncer
de cabeça e pescoço assistidos no instituto Maranhense de Oncologia Aldenora
Bello (IMOAB), São Luís – MA. Estudo descritivo, transversal de caráter qualitativo,
onde foram entrevistados 100 pacientes no período de março de 2006 a março de
2008, submetidos à aplicação de um questionário composto por perguntas que
avaliam o perfil, sintomas físicos e aspectos biopsicossociais. Houve um predomínio
masculino (59%), idade superior a 61 anos (45%) e ensino superior incompleto
(39%). Quanto ao tratamento, 56% realizaram a cirurgia como única modalidade de
tratamento. Os principais sintomas relatados foram: dor (41%), perda de peso (54%),
disfagia (43%) e xerostomia (53%). Do total, 46% relataram dificuldades em realizar
atividades diárias. A grande maioria (97%) declarou confiança em superar seus
problemas relacionados com a saúde. Os resultados desta pesquisa demonstraram
perdas moderadas nos fatores físicos e psicológicos, os quais apresentaram
12
significativa importância na QV e na evolução do tratamento. Dessa forma, sugere-
se que a investigação da QV em pacientes com câncer de cabeça e pescoço seja
incorporada à pratica clínica, pois seu conhecimento auxilia os profissionais de
saúde no processo de decisão de tratamento e orientação psicológica tanto ao
paciente quanto aos familiares.
Sawada et al., 2009, 18 desenvolveram um estudo com o objetivo de
avaliar a QV de pacientes com câncer, submetidos à quimioterapia. Utilizou-se o
instrumento EORTC-C30. A amostra constituiu-se de 30 pacientes. O QLQ-C30
mostrou que a pontuação média das funções física, cognitiva e social, e
desempenho de papel, variou de 71,26 a 75,12, demonstrando um nível satisfatório.
Na função emocional, a média foi baixa, de 55,46. Nas escalas de sintomas, houve
um predomínio da insônia com uma média de 34,44, seguida de dor 23,33 e fadiga
22,31. A QV foi satisfatória em todos os domínios, exceto à função emocional, que
foi baixa, demonstrando que os efeitos colaterais da quimioterapia influenciam
negativamente a QV dos pacientes.
Angelo, Medeiros e De Biase, 2010, 2 realizaram um trabalho cujo
objetivo foi avaliar a qualidade de vida (QV) de pacientes com carcinoma de células
escamosas (CEC) na região de cabeça e pescoço atendidos no Hospital Napoleão
Laureano – HNL, na cidade de João Pessoa – PB. A amostra foi composta de 41
pacientes referidos ao Programa Multidisciplinar de Odontologia aplicado à
Oncologia (PROMO), durante e após o tratamento oncológico. Os questionários de
(QV) da Universidade de Washington – UW – QOL (4ª Versão) foram aplicados na
forma de entrevista e os dados demográficos, clínicos e terapêuticos dos pacientes
foram coletados dos prontuários médicos. Os domínios de QV do questionário foram
correlacionados com as características dos pacientes por meio do teste de
correlação de Spearman. A localização e o estágio do tumor primário apresentaram
correlação com os domínios aparência, recreação, deglutição e ansiedade. Quanto à
fase e ao tipo de tratamento, correlações estatísticas foram encontradas com os
domínios dor, saliva e ansiedade. A fase de tratamento e os pacientes submetidos à
radioterapia apresentam a correlação moderada com o domínio saliva. Dificuldades
com mastigação, saliva e fala foram as queixas mais frequentes na semana que
antecedeu a entrevista. Os autores concluíram que o domínio mastigação foi o mais
afetado, e, na avaliação global, a maioria dos pacientes relatou uma (QV) entre boa
e muito boa.
13
Silveira et al., 2011, 20, apresentaram o modelo de validação da
versão eletrônica Portuguesa do EORTC – QLQ C30 e EORTC HN35. Comparou-se
esta abordagem com a administração tradicional (preenchimento em papel. Uma
plataforma informática foi desenvolvida especificamente para este estudo
apresentando uma interface simples e intuitiva que garante a confidencialidade e
proporciona a avaliação da QV em todos os doentes com cancro da cabeça e
pescoço do Instituto Português de Oncologia do Porto. Para o modelo de validação,
a seleção da amostra foi aleatória. Cinquenta e quatro doentes completaram 216
questionários (108 utilizando a plataforma de informática e 108 através da
abordagem tradicional), com o intervalo de uma hora entre eles. As preferências dos
doentes e experiência na utilização computacional foram registradas. A plataforma
informática revelou-se uma ferramenta de fácil utilização. Esta permite a colheita de
dados, resposta automática, construção de uma base de dados e sua análise
estatística através da cotação automática dos questionários. Ao comparar os
métodos (Teste de Wilcoxon, cálculo de percentis e alpha de Cronbach) verificou-se
uma uniformização da maioria das respostas. A maioria dos doentes (53,6%)
expressou uma preferência pela versão de software. A plataforma informática
revelou-se uma ferramenta poderosa e eficaz, permitindo uma análise em tempo real
da QV sendo essencial para obter dados clinicamente significativos, que podem
apoiar decisões clinicas, identificar potenciais necessidades e apoiar um modelo de
atuação centrado no doente. Isso representa um passo fundamental para a
implementação da avaliação da QV por rotina a incluir nos protocolos clínicos dos
serviços de Otorrinolaringologia e cabeça e pescoço do Instituto Português de
Oncologia do Porto (IPO).
Menezes et al., 2011, 10 realizaram um trabalho com o objetivo de
identificar os instrumentos utilizados para medir a QV em pacientes com câncer de
cabeça e pescoço (CCP) no Brasil. Como método utilizou uma revisão integrativa de
estudos brasileiros publicados em português até outubro de 2009 e que avaliaram a
QV de pacientes com CCP. Foram identificados 2125 estudos, sendo 11 incluídos.
Foram utilizados 6 instrumentos, sendo 1 genérico (WHOQOL-bref). Entre os
específicos os mais utilizados foram o UW-QOL, o EORTC HN35 e o EORTC-QLQ
C30, sendo este último genérico para pacientes com câncer, e os 2 primeiros
específicos para CCP. Os autores concluíram que no Brasil os instrumentos mais
14
utilizados para avaliação da QV em CCP foram EORTC QOL C30, UW-QOL e o
EORTC HN35.
Silveira et al., 2012, 21 relatam que a importância das doenças
oncológicas como causa de morbidade e mortalidade está em crescimento, sendo
reconhecido o seu impacto social e peso global pelos custos econômicos e sociais
envolvidos na sua prevenção, tratamento e reabilitação. As patologias oncológicas
de cabeça e pescoço representam um dos seis tumores malignos mais prevalentes
em todo o mundo, com um valor estimado de 900.000 novos casos diagnosticados
anualmente em escala mundial. Estes doentes oncológicos apresentam deterioração
de funções básicas que, quando percepcionadas, têm impacto negativo na sua QV.
Um registro oncológico adequado permite uma análise mais rigorosa dos resultados
obtidos na avaliação da QV relacionada com a saúde. Este estudo incluiu 380
doentes oncológicos de cabeça e pescoço e demonstrou que as mulheres
apresentam resultados de QV globalmente inferiores. Salientou-se ainda a
importância do diagnóstico precoce em oncologia, que se relaciona frequentemente
com melhores scores e concluiu-se que a localização do tumor tem impacto sobre a
auto percepção de QV. Os valores de QV relacionada com a saúde devem ser
interpretados à luz das variáveis sociodemográficas e clínicas, para melhor se
avaliar a patologia oncológica de cabeça e pescoço numa perspectiva
epidemiológica no sentido de melhor compreender o processo saúde-doença.
Souza et al., 2013, 22 analisaram dados de 24 pacientes portadores
de CEC, cuja terapia indicada era a radioterapia, podendo ou não ser combinada
com quimioterapia e cirurgia. O estudo foi realizado na Unidade de Radioterapia de
Megavoltagem, situado na cidade de São José de Rio Preto-SP, no período de
agosto de 2007 a janeiro de 2008. Foi utilizado o questionário de QV da
Universidade de Washington que possibilitou a identificação de diferentes padrões
de QV associados às diferentes fases do tratamento radioterápico, indicando ser
viável a perspectiva de reconhecimento de fatores prognósticos da redução nos
vários domínios da QV. A partir dos dados coletados e analisados, identificou-se que
os domínios com pior pontuação no início da radioterapia foram: aparência, fala e
ansiedade; durante o tratamento: paladar, saliva e ansiedade e, no término da
radioterapia: paladar, saliva e deglutição. Ao longo do tratamento, observou-se a
deterioração do humor dos pacientes. Nesse sentido, enfatizou-se a importância de
acompanhamento odontológico e psicológico no âmbito de um atendimento
15
multiprofissional para os pacientes com câncer de cabeça e pescoço, durante as
fases de radioterapia.
Sydney et al., 2013, 24 relatam que a radioterapia pós-operatória é
frequentemente recomendada para melhorar o resultado de sobrevivência. Seu
efeito associado com morbidade na QV dos pacientes é, no entanto, não muito
conhecido. Realizaram, portanto, um trabalho para avaliar o efeito da radioterapia
pós-operatória em médio prazo (6 meses) na qualidade de vida em pacientes com
CEC da cavidade oral. Os pacientes completaram os questionários de qualidade de
vida EORTC QLQ C30 e HN35 no diagnóstico inicial, 3, 6 e 12 meses seguintes.
Escores de QV foram ajustados para análise de covariância (ANOVA). Encontraram
que o estado de saúde global e xerostomia foram significativamente piores em 6
meses em pacientes que receberam a radioterapia pós-cirúrgica comparados com
aqueles tratados apenas com cirurgia. Os autores concluíram que a vantagem de
sobrevivência precisa ser equilibrada contra o aumento de toxicidade do tratamento.
Radioterapia pós-cirúrgica está associada à redução global das condições de saúde,
aumento de xerostomia e aumento dos níveis de fadiga em 6 meses após o
tratamento para o câncer de cavidade oral.
Testone et al., 2013, 25 realizaram uma revisão integrativa sobre a
QV em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço. Foi realizada busca dos
artigos nos bancos de dados da Bireme, Medline, Lilacs, Scielo, Pubmed e Google
acadêmico, publicados no período de 1992 a 2012 com os descritores: qualidade de
vida, neoplasias de cabeça e pescoço e enfermagem. Foram identificados 25
estudos, com predomínio no ano de 2006 com sete (28%) estudos, a maioria nos
periódicos OralMaxillofac Surg com cinco (20%), e Head Neck com quatro (16%), 23
(92%), de natureza descritiva, quantitativa. Apenas dois estudos (8%) têm como o
país de origem o Brasil. Os domínios mais afetados foram: físico, psicológico, mental
e relações sociais. Destacaram-se no domínio físico o aspecto como dor,
dificuldades de mastigação, disfagia, vitalidade, fadiga, além de dificuldades na fala.
Foi concluído que estudo sobre QV dos pacientes com neoplasia de cabeça e
pescoço, com a aplicação de instrumentos clínicos confiáveis e válidos, podem
contribuir para a identificação do elo entre a necessidade de intervenção e a
assistência qualificada a esta população.
16
Crombie et al. , 2014, 4 documentaram a QV dos pacientes com
CEC da cavidade bucal que foram tratados com quimioradioterapia, e a compararam
com a de pacientes tratados com cirurgia convencional com ou sem tratamento
adjuvante. Todos os pacientes tratados com quimioradioterapia apenas, no Hospital
da mulher Royal Brisbane entre 2000 e 2011 e que estavam vivos sem doença. QV
relacionada à saúde foi avaliada pelo questionário da Universidade de Washington
(UW-QOL) versão 4, e questionários da Organização Europeia (EORTC - QOL C30
e HN35), para pesquisa e tratamento de câncer. Os questionários foram enviados
aos pacientes. Aqueles que responderam a quimioterapia foram pareados com os
pacientes que foram tratados por cirurgia convencional com ou sem tratamento
adjuvante por idade, gênero, local do tumor e estágio. Dezesseis pacientes
completaram o questionário (8 em cada grupo). Não havia nenhuma diferença
significativa entre os dois grupos em qualquer um dos domínios de qualquer dos
questionários. No geral as pontuações para ambos os tratamentos em todos os
grupos foram razoavelmente altas, o que sugere que ambos os tratamentos
fornecidos foram aceitáveis para QV relacionado à saúde. O grupo cirúrgico mostrou
maior pontuação em todas as escalas do EORTC HN35. Não houve diferença
significativa na qualidade de vida relacionada com a saúde entre os 2 grupos. Os
autores concluíram que o tratamento cirúrgico com ou sem tratamento adjuvante
registrou maior pontuação na maioria dos domínios de QV, incluindo mastigação,
deglutição, saliva e fala, as questões mais importantes para os pacientes com
carcinoma de células escamosas da cavidade bucal.
17
3 PROPOSIÇÃO
Este estudo teve como objetivo:
Avaliar a Qualidade de vida de pacientes com carcinoma
espinocelular de cabeça e pescoço em tratamento no Hospital do Câncer de
Londrina-PR, e sua relação com a localização do tumor.
18
4 ARTIGO
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO NO HOSPITAL DO CÂNCER DE
LONDRINA-PR
Paula Mariano de Oliveira Iriya
Artigo a ser submetido para o periódico Brazilian Oral Research
19
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO NO HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA-PR
RESUMO
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço em tratamento no Hospital do Câncer de Londrina-PR, segundo a localização do tumor. Material e métodos: A amostra deste estudo foi composta por 27 pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) primário de boca (N=15), faringe (N=7) ou laringe (5) e em tratamento oncológico no Hospital do Câncer de Londrina-PR (HCL), independente da idade, sexo, estadiamento clínico ou tratamento antineoplásico. Foram aplicados os questionários QLQ-C30, QLQ-HN35 E UW-QOL (4ª versão), individualmente para cada paciente, pelo mesmo pesquisador, antes do atendimento ambulatorial. Após aplicação dos questionários, os dados sociodemográficos (idade e sexo) e clínicos (estadiamento clínico e tipo de tratamento antineoplásico) foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes. Os resultados foram analisados por meio do cálculo dos escores obtidos pela resposta de cada item, seguindo os manuais dos questionários. A análise estatística foi realizada por meio do teste de correlação Qui-quadrado e análise de variância (ANOVA) a um critério, com nível de significância de 5%. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre os domínios avaliados pelos três questionários e a localização do tumor. Conclusão: Pode-se concluir que a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de boca, faringe e laringe não foi influenciada pela localização do tumor. ABSTRACT Objective: Evaluate the quality of life of patients with squamous cell carcinoma of the head and neck in oncologic treatment at the Londrina Cancer Hospital, according to site of the tumor. Material and Methods: The sample of this study consisted of 27 patients with primary squamous cell carcinoma (SCC) of oral (N = 15), pharynx (N = 7) or larynx (N=5), independent of age, sex, clinical stage or anticancer treatment. The questionnaire QLQ-C30, QLQ-HN35 and UW_QOL (4th version), were individually applied for each patient by the same researcher, before ambulatory care. Sociodemographic (age and sex) and clinical data (clinical stage and type of anticancer treatment) were collected from the medical records of patients. The results were analyzed by calculating the scores obtained by the response of each item, following the instructions of questionnaires. Statistical analysis was performed using chi-square correlation test and analysis of variance (ANOVA), with a significance level of 5%. Results: There was no statistically significant difference between the domains assessed by three questionnaires and the tumor location. Conclusion: It can be concluded that the quality of life of patients with squamous cell carcinoma of the oral, pharynx and larynx was not influenced by tumor site.
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INTRODUÇÃO
O conceito qualidade de vida (QV) foi definido por um grupo de
trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), como sendo relativo à percepção
do indivíduo de sua posição na vida, no contexto cultural, e em relação a suas
metas, expectativas, parâmetros e relações sociais. É um conceito de larga
abrangência, que possibilita inferir o bem-estar físico, mental e social 7.
A avaliação da QV em Oncologia pode auxiliar na decisão sobre a
efetividade do tratamento, melhorar a tomada de decisão do paciente por meio do
esclarecimento dos efeitos colaterais do tratamento, servir como fator de prognóstico
para analisar os sintomas e/ou as necessidades de reabilitação, identificar os
aspectos de impacto na sobrevida dos pacientes, a estimativa de custo-efetividade
(auxilia na decisão de onde e quando investir os recursos existentes), melhorar a
organização e a qualidade do cuidado, o desenvolvimento e a regulamentação de
medicações, assim como conhecer as prioridades dos pacientes 6,11.
Dentre as doenças que afetam a QV, destaca-se o câncer de cabeça
e pescoço, que é um dos principais problemas de saúde pública do Brasil 13, uma
vez que a função e a aparência dessa região são decisivas para autoimagem e para
a QV 19. Apesar das terapias antineoplásicas para o tratamento do câncer de cabeça
e pescoço poder gerar prognósticos semelhantes, resultados na QV desses
pacientes são controversos 10.
Os instrumentos disponíveis são em sua maioria em língua inglesa19,
e para serem utilizados no Brasil precisam ser traduzidos e validados. No Brasil os
instrumentos mais utilizados para avaliar QV em pacientes com câncer de cabeça e
pescoço são: EORTC (European Organization for the Research and Treatment of
Cancer), QLQ-C30 (genérico para câncer – Anexo A) e HN35 (Específico para
câncer de cabeça e pescoço – Anexo B), instrumentos criados pela Organização
Européia de Pesquisa e Tratamento do Câncer, e University of Washington UW-QOL
(Específico para câncer de cabeça e pescoço)4ª versão (Anexo C), sendo que todos
avaliam a QV relacionada à saúde 10.
O questionário QLQ-C30 e o QLQ-HN35 são compostos por
questões que avaliam a última semana do paciente, por meio de escala que varia de
1 a 4, são compreendidos pelos seguintes domínios: saúde geral/qualidade de vida,
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escalas funcional (função física, desempenho de papel, função emocional, cognitiva
e social) e o segundo é constituído dos seguintes domínios de sintomas (fadiga,
náusea e vômito, dor, dispnéia, insônia, perda de apetite, constipação e diarréia),
além de um item único relacionado à dificuldade financeira.
As escalas são avaliadas por meio de escores que variam de 0 a
100, de forma que nas duas primeiras escalas, quanto maior o valor do escore,
melhor a QV, já na escala de sintomas, quanto maior o escore, pior a QV. O cálculo
dos escores relacionados aos questionários QLQ-C30 e HN35 foi realizado segundo
o manual do EORTC.
Já o questionário UW-QOL foi estruturado para ser autoaplicável,
como os anteriores, e possui 12 questões específicas sobre as diferentes dimensões
da QV: dor, aparência, atividade, recreação, deglutição, mastigação, fala, ombro,
paladar, saliva, humor e ansiedade. Essas questões permitem descrever a condição
funcional dos pacientes. Os pacientes com câncer de cabeça e pescoço, além de
estarem com uma doença que ameaça suas vidas, têm de lidar com o impacto
dessa e de seu tratamento sobre aspectos funcionais e estéticos 4. Tendo em vista o
reduzido números de estudos na área de QV em pacientes com câncer de cabeça e
pescoço, principalmente estudos nacionais, torna-se necessário ampliar nosso
conhecimento na avaliação da QV em pacientes em tratamento oncológico.
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a QV de pacientes com
carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço em tratamento no Hospital do Câncer
de Londrina-PR, segundo a localização do tumor.
5 MATERIAL E MÉTODOS
Material
A amostra deste estudo foi composta por 27 pacientes com
carcinoma espinocelular (CEC) primário de boca (N=15), faringe (N=7) ou laringe
(N=5) e em tratamento oncológico no Hospital do Câncer de Londrina-PR (HCL),
independente da idade, sexo, estadiamento clínico ou tipo de tratamento
antineoplásico.
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Métodos
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
do Hospital do câncer de Londrina sob o número Projeto de Pesquisa: 804.141 em
18 de setembro de 2014 (Anexo D).
O delineamento deste estudo é quantitativo, observacional do tipo
transversal. Para os pacientes que concordaram em participar da pesquisa foram
aplicados os questionários subjetivos QLQ-C30, QLQ-HN35 E UW-QOL (4ª versão),
individualmente para cada paciente, pelo mesmo pesquisador, antes do atendimento
ambulatorial.
Foram entrevistados pacientes independente do sexo, idade,
estadiamento clínico ou tratamento (critério de inclusão). Os critérios de exclusão
adotados foram: pacientes que não concordaram com o termo de consentimento,
pacientes com recidiva da doença.
Os pacientes foram encaminhados pelo médico à pesquisadora, e a
seguir levados para um consultório vago, no próprio ambulatório do HCL, na sala de
quimioterapia ou no leito onde seria realizada a quimioterapia, a seguir, foram
orientados e convidados a participarem da pesquisa. Foram esclarecidos em relação
à pesquisa, seus objetivos, o caráter voluntário de participação, a forma de
responder os questionários e o sigilo das informações. Os pacientes que
concordaram em participar da pesquisa assinaram o termo de consentimento (Anexo
E).
Após aplicação dos questionários, os dados sociodemográficos
(idade e sexo, estado civil, profissão) e clínicos (diagnóstico, estadiamento clínico,
tipo de tratamento antineoplásico e protocolos de quimioterapia/radioterapia) foram
coletados a partir dos prontuários dos pacientes.
Os resultados foram analisados por meio do cálculo dos escores
obtidos pela resposta de cada item, seguindo os manuais dos questionários (Anexo
F). A análise estatística foi realizada por meio do teste de correlação Qui-quadrado e
análise de variância (ANOVA) a um critério. As análises estatísticas foram realizadas
usando o programa Statistica para Windows 7.0 (Statistica for Windows, Copyright
StatSoft, Inc. Tulsa, OK, EUA), e o nível de significancia estabelecido foi de 5%.
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6 RESULTADOS
Os dados sociodemográficos e clínicos dos pacientes estão
apresentados na Tabela 1. Houve homogenidade da amostra para as variáveis
idade, sexo, estadiamento e tratamento.
O câncer de faringe apresentou menores índices, indicando que
foram os pacientes que tiveram a qualidade de vida mais afetada.
Aplicar os três questionários, de uma certa forma foi interessante,
pois um complementa o outro, porém ficou muito extenso e os pacientes ficavam
cansados em ler e responder as 77 questões.
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Tabela 1 – Dados sociodemográficos e clínicos da amostra
N 27
Localização do câncer Boca (N=15)
Faringe (N=7)
Laringe (N=5)
Idade (média e DP) 59,89 anos (9,61)
P: 0,3510 (Qui-quadrado)
Sexo Mas (22)
Fem (5)
P: 0,8956 (Qui-quadrado)
Estadiamento T1/T2 (16)
T3/T4 (11)
P: 0,3128 (Qui-quadrado)
Tratamento* Cirurgia (4)
Radioterapia (13)
Quimioterapia (21)
P: 0,1076 (Qui-quadrado)
* O tratamento pode consistir em associação de terapias antineoplásicas.
As respostas do questionário QLQ-C30 foram comparadas de
acordo com a localização do câncer. Não houve diferença estatisticamente
significante entre os domínios avaliados pelo instrumento e a localização do tumor
(Tabela 2).
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Tabela 2 - Comparação do questionário QLQ-C30 segundo a localização do câncer
Boca
Faringe
Laringe
P
Média DP Média DP Média DP
Função física 74,22 20,22 65,71 33,87 65,30 30,33 0,760
Desempenho
funcional
77,78 20,57 50,00 30,44 63,34 32,04 0,063
Função emocional 68,87 26,05 50,00 38,77 51,66 39,70 0,418
Função cognitiva 27,78 38,87 23,81 31,72 60,00 34,55 0,186
Função social 82,23 22,24 61,90 39,34 80,00 27,39 0,277
Fadiga 42,21 26,64 55,56 20,31 37,76 20,20 0,432
Náusea e vômito 18,87 30,12 42,87 35,82 10,00 14,90 0,164
Dor 33,34 27,44 45,24 32,93 33,34 26,36 0,642
Dispneia 8,80 15,24 28,56 35,63 33,20 40,82 0,207
Insônia 51,11 33,03 42,85 37,10 33,32 40,82 0,601
Perda do apetite 35,55 44,49 61,90 40,51 40,00 43,47 0,394
Constipação 11,11 24,13 23,81 31,72 13,34 29,83 0,571
Diarreia 17,77 30,52 14,29 26,23 13,32 18,24 0,948
Dificuldades
financeiras
33,33 45,43 52,37 46,58 19,98 18,24 0,407
Qualidade de vida 65,00 25,63 47,61 22,43 51,66 30,84 0,322
DP: Desvio padrão
A Tabela 3 apresenta os resultados da comparação dos
domínios avaliados por meio do questionário QLQ-HN35 de acordo com a
localização do câncer. Não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos.
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Tabela 3 - Comparação do questionário QLQ-HN35 segundo a localização do câncer
Boca
Faringe
Laringe
P
Média DP Média DP Média DP
Dor 42,78 29,36 34,52 35,50 23,33 25,95 0,444
Engolir 45,56 35,48 40,47 38,62 38,33 29,81 0,918
Problemas dentários 44,44 49,87 23,81 37,09 53,33 50,55 0,541
Trismo 33,33 41,79 33,33 47,14 0,00 0,00 0,254
Xerostomia 40,00 44,01 47,61 42,41 33,33 47,14 0,846
Saliva espessa 53,33 43,28 57,14 46,00 40,00 43,46 0,785
Sentidos 52,22 37,2 50,00 36,00 36,67 38,01 0,698
Tosse 20,00 27,60 38,09 40,50 40,00 36,51 0,462
Problema na fala 36,30 28,93 31,74 34,80 24,44 26,53 0,729
Sentiu mal 22,22 37,09 61,91 35,63 33,33 40,82 0,072
Problemas com contato
social
27,11 24,23 29,52 36,28 21,33 17,89 0,862
Problemas para
alimentar-se socialmente
39,44 36,66 34,52 35,50 33,33 33,85 0.942
Perda da sexuladidade 41,11 40,27 50,00 31,91 20,00 29,81 0,359
Medicação 53,33 51,64 85,71 37,80 80,00 44,72 0,312
Suplemento 46,67 51,64 71,42 48,80 20,00 44,72 0,203
Usa sonda 20,00 41,40 42,86 53,45 0,00 0,00 0,201
Perdeu peso 66,67 48,80 71,43 48,80 60,00 54,77 0,919
Ganhou peso 20,00 41,10 28,57 48,80 60,00 54,77 0,228
DP: Desvio padrão
27
As respostas do questionário UW-QOL também foram
comparadas de acordo com a localização do câncer. Não houve diferença
estatisticamente significante entre os domínios avaliados pelo instrumento e a
localização do tumor (Tabela 4).
Tabela 4 - Comparação do questionário UW-QOL para os três grupos
Boca
Faringe
Laringe
P
Média DP Média DP Média DP
Dor 50,00 32,73 57,14 31,34 75,00 17,68 0,267
Aparência 66,67 32,27 46,43 17,25 85,00 22,36 0,063
Atividade 51,67 25,82 60,71 31,81 50,00 46,77 0,809
Recreação 56,67 27,49 46,43 22,49 50,00 17,68 0,646
Deglutição 57,80 38,83 66,71 38,54 73,40 27,97 0,698
Mastigação 50,00 37,80 64,28 37,80 50,00 35,36 0,685
Fala 71,20 30,55 71,43 40,55 66,80 40,83 0,972
Ombro 84,47 30,53 90,43 25,32 100,00 0,00 0,503
Paladar 51,00 39,65 38,00 44,85 60,00 54,77 0,671
Saliva 75,53 29,57 71,43 40,55 73,20 36,70 0,962
Humor 56,67 33,36 60,72 42,96 70,00 32,60 0.754
Ansiedade 51,20 41,59 71,57 35,61 56,80 36,56 0,505
DP: Desvio padrão
Quando perguntando sobre quais problemas tem sido mais
importante nos últimos 7 dias para os pacientes com câncer de boca, 60%
relatataram alteração de paladar, seguido de dor (40%) e problemas na mastigação
(40%) (Tabela 5). Para os pacientes com câncer de faringe os problemas mais
relatados foram dor (57,1%) e problema na aparência (57,1%). Dor, mastigação,
fala, humor e ansiedade foram os problemas relatados por 40% dos pacientes com
câncer de laringe.
28
Tabela 5 – Problemas mais importantes, segundo o paciente, durante os últimos 7 dias
Boca
(N=15)
Faringe
(N=7)
Laringe
(N=5)
Dor 6 (40%) 4 (57,1%) 2 (40%)
Aparência 3 (20%) 4 (57,1%) 0 (0%)
Atividade 1 (6,7%) 1 (14,3%) 0 (0%)
Recreação 1 (6,7%) 0 (0%) 0 (0%)
Deglutição 2 (13,3%) 0 (0%) 0 (0%)
Mastigação 6 (40%) 1 (14,3%) 2 (40%)
Fala 0 (0%) 1 (14,3%) 2 (40%)
Ombro 1 (6,7%) 0 (0%) 0 (0%)
Paladar 9 (60%) 2 (28,6%) 1 (20%)
Saliva 5 (33,3%) 1 (14,3%) 1 (20%)
Humor 2 (13,3%) 2 (28,6%) 2 (40%)
Ansiedade 5 (33,3%) 2 (28,6%) 2 (40%)
A Tabela 6 demonstra que a qualidade de vida relacionada à
saúde dos pacientes um mês antes de desenvolver câncer era melhor (muito ou um
pouco), independente da localização da lesão.
Tabela 6 - Qualidade de vida relacionada à saúde um mês antes de desenvolver câncer
Boca
(N=15)*
Faringe
(N=7)
Laringe
(N=5)
Muito melhor 8 (53,3%) 1 (14,3%) 1 (20%)
Um pouco melhor 2 (13,3%) 5 (71,4%) 3 (60%)
Mais ou menos o mesmo 2 (13,3%) 1 (14,3%) 0 (0%)
Um pouco pior 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%)
Muito pior 2 (13,3%) 0 (0%) 1 (20%)
* Um paciente não respondeu à pergunta
29
Quando perguntado sobre a qualidade de vida relacionada à
saúde nos últimos 7 dias, metade dos pacientes com câncer de boca relataram
qualidade boa a excelente. Por outro lado, quando a lesão estava localizada na
faringe, apenas 28,6% relataram condição semelhante. Para o câncer de laringe,
80% relataram condição boa a excelente.
Tabela 7 - Qualidade de vida relacionada à saúde nos últimos 7 dias
Boca
(N=15)*
Faringe
(N=7)
Laringe
(N=5)
Excelente 1 (6,7%) 0 (0%) 0 (0%)
Muito boa 1 (6,7%) 0 (0%) 0 (0%)
Boa 5 (33,3%) 2 (28,6%) 4 (80%)
Média 4 (26,7%) 2 (28,6%) 1 (20%)
Ruim 2 (13,3%) 2 (28,6%) 0 (0%)
Muito ruim 1 (6,7%) 1 (14,3%) 0 (0%)
* Um paciente não respondeu à pergunta
A Tabela 8 apresenta os resultados da qualidade de vida nos
últimos 7 dias. Mais de 50% dos pacientes com câncer de boca relataram qualidade
de boa a excelente. Para o câncer de faringe, 57,2% relataram condição média a
muito ruim. Para o câncer de laringe, 80% relataram condição boa a excelente.
Tabela 8 - Qualidade de vida durante os últimos 7 dias
Boca
(N=15)*
Faringe
(N=7)
Laringe
(N=5)
Excelente 0 (0%) 0 (0%) 1 (20%)
Muito boa 4 (26,7%) 0 (0%) 0 (0%)
Boa 4 (26,7%) 3 (42,8%) 3 (60%)
Média 3 (20%) 2 (28,6%) 0 (0%)
Ruim 3 (20%) 2 (28,6%) 1 (20%)
Muito ruim 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%)
* Um paciente não respondeu à pergunta
30
DISCUSSÃO
Este estudo avaliou a qualidade de vida de pacientes com
carcinoma espinocelular de boca, faringe e laringe em tratamento no Hospital de
Câncer de Londrina/PR. Estudos realizados anteriormente relatam que variáveis
como idade 14, sexo 2,3,14, estadiamento 21 e tratamento antineoplásico 21 podem
interferir na análise de QV. Assim, a amostra do presente estudo foi selecionada
apresentando homogenidade quanto as variáveis citadas anteriormente (Tabela 1).
A avaliação da qualidade de vida foi realizada por meio dos
questionários QLQ-C30; QLQ-HN35 e UW-QOL, como realizado em estudos
anteriores 1,3,4,5,9,12,16,17,18,20.
Quando comparado as respostas do questionário QLQ-C30 dos
pacientes com câncer de boca, faringe e laringe, não houve diferença
estatisticamente significativa para todos os domínios avaliados (Tabela 2). Isso pode
estar relacionado a fatores limitantes do estudo, como a individualidade do
tratamento antineoplásico e co-morbidades 15. A maior média para o câncer de boca
foi para função social e a menor para dispneia. Para o câncer de faringe a maior
média foi para função física e a menor para diarreia. Resultado semelhante foi
encontrado por Araujo et al., 2009, 4. Já quando a lesão estava localizada na laringe
a maior média foi para função social e a menor para náusea e vômito. A qualidade
de vida geral média encontrada em nosso estudo foi de 65,00, 47,61 e 51,66, para
boca, farigne e laringe, respectivamente, semelhante aos resultados de estudos
anteriores 4.
Os domínios específicos para câncer de cabeça e pescoço,
avaliados por meio do questionário QLQ-HN35, demonstraram que não houve
diferença estatisticamente siginificante entre a localização do tumor para todos os
domínios. Isso pode ser observado na Tabela 3 em que os domínios avaliados de
modo geral apresentaram alto desvio padrão, assim como encontrado no QLQ-C30
em nosso trabalho e em um estudo anterior 4. A maior média para o câncer de boca
foi para a perda de peso (66,67) e as menores para tosse, uso de sonda e ganho de
peso (20,00). Para o câncer de faringe a maior média foi para medicação (85,71) e a
menor para problemas dentários (23,81), esse podendo estar relacionado aos
31
efeitos adversos, sobretudo, da radioterapia. Já para a laringe a maior média foi para
medicação (80,00), como encontrado no câncer de faringe, e a menor para trismo
(0,00), também podendo estar associado à radioterapia.
A avaliação por meio do questionário UW-QOL demonstou que
não houve diferença estatisticamente siginificante entre a localização do tumor para
todos os domínios, assim como ocorreu com os questionários QLQ-C30 e QLQ-
HN35. Os resultados demonstraram ainda que, independente da localização da
lesão (boca, faringe ou laringe), a maior média foi para o domínio ombro (84,47;
90,43 e 100, respectivamente) (Tabela 4), corroborando com os resultados de
Matias et al., 2007, 8. Certamente isso ocorreu por que apenas quatro pacientes da
amostra foram submetidos à cirurgia. A menor média para os pacientes com câncer
de boca foi para mastigação (50,00), possivelmente pela localização da lesão e/ou
pelos efeitos adversos das terapias antineoplásicas 3,8. Para o câncer de faringe a
menor média foi para paladar (38,00), possivelmente associado aos efeitos das
terapias antineoplásicas 3. Já para o câncer de laringe, as menores médias foram
para atividade, recreação e mastigação (50,00).
Esse questionário relevou ainda que os problemas mais
importantes, segundo o paciente, durante os últimos 7 dias foram alteração no
paladar para o câncer de boca (60%), dor e aparência para o câncer de faringe
(57,1%) e dor, mastigação, fala, humor e ansiedade (40%) para o câncer de laringe
(Tabela 5). Em um estudo anterior onde foram avaliados pacientes com câncer de
boca e de orofaringe os problemas mais frequentes foram dor, seguido dos domínios
engolir, mastigação e saliva 8.
A qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes um mês
antes de desenvolver câncer foi considerada melhor (≥66,6%), independente da
localização da lesão (Tabela 6).
Quando questionados sobre a qualidade de vida relacionada à
saúde nos últimos 7 dias, 80% dos pacientes com câncer de laringe relataram
condição boa a excelente. Para o câncer de boca metade dos pacientes relataram
condição semelhante e para o câncer de faringe apenas 28,6% (Tabela 7).
O questionário UW-QOL permitiu avaliar ainda a qualidade de
vida geral dos pacientes nos últimos 7 dias. Os resultados demonstram que os
pacientes que relataram melhor qualidade de vida (boa a excelente) foram os
32
pacientes com câncer de laringe (80%), seguido dos pacientes com câncer de boca
(53,4%) e faringe (42,8%).
7 CONCLUSÃO
Com base nos resultados encontrados neste estudo, pode-se
concluir que a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de boca,
faringe e laringe não foi influenciada pela localização do tumor.
33
REFERÊNCIAS
1. Amar A, Rapoport A, Franzi SA, Bisordi C, Lehn CN. Qualidade de vida e prognóstico nos carcinomas epidermóides de cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 2002;68(3):400-3. 2. Andrade F, Antunes J, Durazzo M. Evaluation of the quality of life of patients with oral cancer in Brazil. Braz Oral Res. 2006;20:290-6. 3. Angelo AR, Medeiros AC, Biase RCCGD. Qualidade de vida em pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço. Revista de Odontologia da UNESP. 2010;39(1):1-7. 4. Araujo SSC, Padilha DMP, Baldisserotto J. Avaliação da condição de saúde bucal e da Qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos em um Hospital Público de Porto Alegre. Revista Brasileira de Cancerologia. 2009;55(2):129-38. 5. Crombie AK, Farah CS, Batstone MD. Health-related quality of life of patients treated with primary chemoradiotherapy for oral cavity squamous cell carcinoma: a comparison with surgery. Journal of oral and maxillofacial surgery. 2014;52:111-7. 6. Haes JD. Quality of life evaluation in oncological clinical trials: the EORTC model. Eur J Cancer. 2000;36:821-5. 7. Hammerlid E, Bjordal K, Ahlner-Elmqvist M, Jannert M, Sullivan S. Prospective longitudinal quality of life study of patients with head and neck cancer a feasibility study including the EORTC QLQ-C30. Otolaryngol Head Neck Surg. 1997;116(6):666-73. 8. Matias K, Lehn C, Antunes J. Qualidade de vida de pacientes com câncer bucal e da orofaringe por meio do questionário UW-QOL. RPG Rev Pós Grad. 2007;14(2):139-46. 9. Menezes RM, Ferreira KASL, Souza LM, Barros HLA, Pessanha MJP. Instrumentos utilizados no Brasil para avaliar qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço: revisão integrativa. Revista saúde. 2011;5(1):54-66. 10. Morton RP, Izzard ME. Quality of life outcomes. World J Surg. 2003;27:884-9. 11. Movsas B. Quality of life in oncology trials: a clinical guide. Semin Radiat Oncol. 2003;13(3):235-47. 12. Neto SBC, Araújo TCCF. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Temas em psclogia da SBP. 2001;9(2):125-35. 13. Pithan SA, Cherubini K, Figueiredo MAS, Yurgel LS. Perfil epidemiologico do carcinoma espino celular de boca em pacientes do serviço de estomatologia dp hospital São Lucas da PUCRS. Rev Odonto Ciênc. 2004;19:126-30. 14. Rogers S, O’Donnell J, Williams-Hewitt S, Christensen J, Lowe D. Health-related quality of life measured by the UW-QOL- reference values from a general dental practice. Oral Oncol. 2006;42:281-7. 15. Ryzek D, Mantsopoulos K, Künzel J, Grundtner P, Zenk J, Iro H, et al. Early Stage Oropharyngeal Carcinomas: Comparing Quality of Life for Different Treatment Modalities. BioMed Research International. 2014;2014:1-7. 16. Sawada NO, Nicolussi AC, Okino L, Cardozo FMC, Zago MMF. Avaliação da qualidade de vida de pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(3):581-7. 17. Silveira A, Gonçalves J, Sequeira T, Ribeiro C, Lopes C, Monteiro E, et al. Avaliação da qualidade de vida em doentes com patologia oncológica da cabeça e
34
pescoço - Modelo de validação da versão eletrônica Portuguesa do EORTC - QLQ C30 e EORTC - H&N35. Acta Med Port. 2011;24(2):347-54. 18. Souza FRN, Barbosa GS, Prado GM, Schweitzer CM, Junior EG-J. Qualidade de vida de pacientes submetidos à radioterapia para tratamento de lesões malignas de cabeça e pescoço. Arch Health Invest. 2013;2(5):26-33. 19. Specht L. Oral complications in the head and neck radiation patient: introduction and scope of the problem. Support Care Cancer. 2002;10:36-9. 20. Sydney C, Oates J, Gao K, Foo K, Davies S, Brunner M, et al. Prospective quality of life assessment between treatment groups for oral cavity squamous cell carcinoma2013: Available from: wileyonlinelibrary.com. 21. Vartanian JG, Carvalho AL, Yueh B, Priante AV, de Melo RL, Correia LM, et al. Long-term quality-of-life evaluation after head and neck cancer treatment in a developing country. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2004 Oct;130(10):1209-13.
35
CONCLUSÃO
Com base nos resultados encontrados neste estudo, pode-se
concluir que a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de boca,
faringe e laringe não foi influenciada pela localização do tumor.
36
REFERÊNCIAS
.
1. Amar A, Rapoport A, Franzi SA, Bisordi C, Lehn CN. Qualidade de vida e prognóstico nos carcinomas epidermóides de cabeça e pescoço. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 2002;68(3):400-3. 2. Angelo AR, Medeiros AC, Biase RCCGD. Qualidade de vida em pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço. Revista de Odontologia da UNESP. 2010;39(1):1-7. 3. Araujo SSC, Padilha DMP, Baldisserotto J. Avaliação da condição de saúde bucal e da Qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos em um Hospital Público de Porto Alegre. Revista Brasileira de Cancerologia. 2009;55(2):129-38. 4. Crombie AK, Farah CS, Batstone MD. Health-related quality of life of patients treated with primary chemoradiotherapy for oral cavity squamous cell carcinoma: a comparison with surgery. Journal of oral and maxillofacial surgery. 2014;52:111-7. 5. Ferreira K. Dor e qualidade de vida relacionada a saúde de pacientes com câncer: influencia das citocinas pró-inflamatorias. Enfermagem na saude do adulto. 2008. 6. Haes JD. Quality of life evaluation in oncological clinical trials: the EORTC model. Eur J Cancer. 2000;36:821-5. 7. Hammerlid E, Bjordal K, Ahlner-Elmqvist M, Jannert M, Sullivan S. Prospective longitudinal quality of life study of patients with head and neck cancer a feasibility study including the EORTC QLQ-C30. Otolaryngol Head Neck Surg. 1997;116(6):666-73. 8. Kowalski LP, Franco EL, Torloni H, Fava AS, Sobrinho JA, Ramos G. Latenes of diagnosis of oral and oropharyngeal carcinoma: factors related to the tumour, the patient and health professionals. Eur J Cancer B Oral Oncol. 1994;30B:167-73. 9. Machado BCP, Gonçalves LM, Júnior JRSB, Cruz MCFN. Avaliação da qualidade de vida dos pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço no Estado do Maranhão. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde. 2009;11(4):62-8. 10. Menezes RM, Ferreira KASL, Souza LM, Barros HLA, Pessanha MJP. Instrumentos utilizados no Brasil para avaliar qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço: revisão integrativa. Revista saúde. 2011;5(1):54-66. 11. Minayo M, Hartz Z, Buss P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. 5. 2000;1(7-18). 12. Morton RP, Izzard ME. Quality of life outcomes. World J Surg. 2003;27:884-9. 13. Movsas B. Quality of life in oncology trials: a clinical guide. Semin Radiat Oncol. 2003;13(3):235-47. 14. Neto SBC, Araújo TCCF. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Temas em psclogia da SBP. 2001;9(2):125-35. 15. Neville BW, editor. Complicações orais não-infecciosas do tratamento antineoplásico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004. 16. Pithan SA, Cherubini K, Figueiredo MAS, Yurgel LS. Perfil epidemiologico do carcinoma espino celular de boca em pacientes do serviço de estomatologia dp hospital São Lucas da PUCRS. Rev Odonto Ciênc. 2004;19:126-30. 17. Rogers SN. Importance-rating using The University of Washington quality of life questionnaire in patients treated by primary surgery for oral and oro-pharyngeal cancer. J Craniomaxillofac Surg. 2002;30:125-32.
37
18. Sawada NO, Nicolussi AC, Okino L, Cardozo FMC, Zago MMF. Avaliação da qualidade de vida de pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(3):581-7. 19. Sayed S, Elmiyeh B, Rhys-Evans P, Harrington K. Quality of life and outcomes research in head and neck cancer: a review of the state of the discipline and likely future directions. Cancer Treat Rev. 2009;35(5):397-402. 20. Silveira A, Gonçalves J, Sequeira T, Ribeiro C, Lopes C, Monteiro E, et al. Avaliação da qualidade de vida em doentes com patologia oncológica da cabeça e pescoço - Modelo de validação da versão eletrônica Portuguesa do EORTC - QLQ C30 e EORTC - H&N35. Acta Med Port. 2011;24(2):347-54. 21. Silveira A, Gonçalves J, Siqueira T, Ribeiro C, Lopes C, Monteiro E, et al. Oncologia de cabeça e pescoço: enquadramento epidemiologico e clínico na avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde. Revista Brasileira Epidemologia. 2012;15(1):38-48. 22. Souza FRN, Barbosa GS, Prado GM, Schweitzer CM, Junior EG-J. Qualidade de vida de pacientes submetidos à radioterapia para tratamento de lesões malignas de cabeça e pescoço. Arch Health Invest. 2013;2(5):26-33. 23. Specht L. Oral complications in the head and neck radiation patient: introduction and scope of the problem. Support Care Cancer. 2002;10:36-9. 24. Sydney C, Oates J, Gao K, Foo K, Davies S, Brunner M, et al. Prospective quality of life assessment between treatment groups for oral cavity squamous cell carcinoma2013: Available from: wileyonlinelibrary.com. 25. Testoni RI, Soares VMN, Gonçalves CGO, Kalinke LP. Qualidade de vida de pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço: uma revisão integrativa. Tuiuti: Ciencia e cultura. 2013;47:107-21. 26. Vianna C, Caetano R. Avaliaçoes economicas como um instrumento no processo de incorporação tecnológica em saúde. Cad saúde coletiva. 2005;13(3):747-66. 27. Vido M, Fernandes R. Qualidade dee vida: consideraçoes sobre conceitos e instrumentos de medida. Online Brazilian Journal of nursing. 2007;6(2). 28. Vissink A. Prevention and treatment of the consequences oh head and neck radiotherapy. Crit Rev Oral Biol Med. 2003;14:213-25.
43
ANEXO C
Questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington Este questionário pergunta sobre sua saúde e qualidade de vida durante os últimos sete dias. Por favor responda a todas as questões marcando uma alternativa para cada questão. 1. Dor (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu não tenho dor 75 [ ] Há dor leve não necessitando de medicação 50 [ ] Eu tenho dor moderada, requerendo uso de medicação regularmente 25 [ ] Eu tenho dor severa controlada somente com medicamentos controlados 0 [ ] Eu tenho dor severa, não controlada por medicação 2. Aparência (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Não há mudança na minha aparência 75 [ ] A mudança na minha aparência é minima 50 [ ] Minha aparência me incomoda, mas eu permaneço ativo 25 [ ] Eu me sinto desfigurado significativamente e limito minhas atividades devido a minha aparência 0 [ ] Eu não posso estar com outras pessoas devido a minha aparênncia 3. Atividade (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu estou tão ativo quanto sempre estive 75 [ ] Existem vezes em que não posso manter meu ritmo antigo, mas não frequentemente 50 [ ] Eu estou frequentemente cansado e tenho diminuido minhas atividades embora eu ainda saia de casa 25 [ ] Eu não saio de casa porque eu não tenho força 0 [ ] Eu geralmente fico na cama ou na cadeira e não saio de casa 4. Recreação (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Não há limitações para recreação em casa ou fora de casa 75 [ ] Há poucas coisas que eu não posso fazer, mas eu ainda saio de casa para me divertir 50 [ ] Há muitas vezes que eu gostaria de sair mais de casa, mas eu não estou bem para isso 25 [ ] Há limitação severa para o que eu posso fazer, geralmente eu fico em casa e assisto TV 0 [ ] Eu não posso fazer nada agradável 5. Deglutição (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu posso engolir tão bem como sempre 67 [ ] Eu não posso engolir algumas comidas sólidas 33 [ ] Eu posso engolir somente comidas liquidas 0 [ ] Eu não posso engolir porque desce errado e me sufoca 6. Mastigação (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu posso mastigar tão bem como sempre 50 [ ] Eu posso comer alimentos sólidos leves mas não consigo mastigar algumas comidas 0 [ ] Eu não posso mastigar nem mesmo alimentos leves 7. Fala (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Minha fala é a mesma de sempre 67 [ ] Eu tenho dificuldade para dizer algumas palavras mas eu posso ser entendido mesmo ao telefone 33 [ ] Somente minha familia e amigos podem me entender 0 [ ] Eu não sou entendido pelos outros 8. Ombro (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu não tenho problemas com meu ombro 67 [ ] Meu ombro é endurecido mas isto não afeta minha atividade ou força 33 [ ] Dor ou fraqueza em meu ombro me fizeram mudar meu trabalho 0 [ ] Eu não posso trabalhar devido problemas com meu ombro 9. Paladar (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu sinto sabor da comida normalmente 67 [ ] Eu sinto o sabor da maioria das comidas normalmente 33 [ ] Eu posso sentir o sabor de algumas comidas 0 [ ] Eu não sinto o sabor de nenhuma comida 10. Saliva (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Minha saliva é de consistência normal 67 [ ] Eu tenho menos saliva que o normal, mas ainda é o suficiente 33 [ ] Eu tenho muito pouca saliva 0 [ ] Eu não tenho saliva
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11. Humor (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Meu humor é excelente e não foi afetado por causa do meu câncer 75 [ ] Meu humor é geralmente bom e é somente afetado por causa do meu câncer ocasionalmente 50 [ ] Eu não estou nem com bom humor nem deprimido por causa do meu câncer 25 [ ] Eu estou um pouco deprimido por causda do meu câncer 0 [ ] Eu estou extremamente deprimido por causa do meu câncer 12. Ansiedade (marque uma alternativa [X]) 100 [ ] Eu não estou ansioso por causa do meu câncer 67 [ ] Eu estou um pouco ansioso por causa do meu câncer 33 [ ] Eu estou ansioso por causa do meu câncer 0 [ ] Eu estou muito ansioso por causa do meu câncer Quais problemas tem sido os mais importantes para você durante os últimos 7 dias? Marque [X] em até 3 alternativas [ ] Dor [ ] Deglutição [ ] Paladar [ ] Aparência [ ] Mastigação [ ] Saliva [ ] Atividade [ ] Fala [ ] Humor [ ] Recreação [ ] Ombro [ ] Ansiedade Questões gerais Comparado com o mês antes de você desenvolver o câncer, como você classificaria sua qualidade de vida relacionada à saúde (marque uma alternativa: [X]) [ ] Muito melhor [ ] Um pouco melhor [ ] Mais ou menos o mesmo [ ] Um pouco pior [ ] Muito pior Em geral, você poderia dizer que sua qualidade de vida relacionada à saúde nos últimos 7 dias tem sido: (marque uma alternativa [X]) [ ] Excelente [ ] Muito boa [ ] Boa [ ] Média [ ] Ruim [ ] Muito ruim De um modo geral a qualidade de vida inclui não somente saúde fisica e mental, mas também muitos outros fatores, tais como familia, amigos, espiritualidade, atividades de lazer pessoal que são importantes para sua satisfação com a vida. Considerandot udo em sua vida que contribui para seu bem-estar pessoal, classifique a sua qualidade de vida em geral durante os últimos 7 dias. (marque uma alternativa: [X]) [ ] Excelente [ ] Muito boa [ ] Boa [ ] Média [ ] Ruim [ ] Muito ruim Por favor descreva quaisquer outros problemas (médicos ou não médicos) que são importantes para sua qualidade de vida e que não tenham sido adequadamente mencionados pelas nossas perguntas (você pode anexar folhas adicionais se necessário). _____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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ANEXO E Rua Marselha, 183 - Jardim Piza Londrina/PR 86041-140 tel. 33719832
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Termo de consentimento livre e esclarecido para participação na pesquisa intitulada “AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO NO HOSPITAL DE CÂNCER DE LONDRINA”
(de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde).
Eu,_______________________________________________________________________________________
_______, RG nº __________________________ livremente, consinto em participar da
pesquisa “AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR EM TRATAMENTO NO HOSPITAL
DE CÂNCER DE LONDRINA” sob responsabilidade do Professor Dr Marcelo Lupion Poleti, docente da Universidade
Norte do Paraná, localizada à Av. Paris, 675, Jardim Piza, Londrina/PR.
Objetivo da pesquisa:
O objetivo deste estudo será avaliar a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular em
tratamento no Hospital de câncer de Londrina.
Procedimentos que serão necessários:
A amostra deste estudo será composta por 50 pacientes com carcinoma espinocelular primário de boca
e em tratamento oncológico no Hospital do câncer de Londrina (HCL), independente do sexo, idade, localização,
estadiamento clínico ou tratamento.
Os pacientes serão localizados por meio de relatórios, indicados pelo médico, em atendimento
ambulatorial. Para os pacientes que concordarem em participar da pesquisa serão aplicados três questionários
para avaliar a qualidade de vida dos pacientes com carcinoma espinocelular (EORTC QLQ-30, EORTC HN35 e
UW-QOL), individualmente para cada paciente, pelo mesmo pesquisador, antes do atendimento ambulatorial.
Após aplicação dos questionários os dados sociodemográficos (idade, sexo, renda e escolaridade),
condições clínicas (localização da lesão e estadiamento clínico) e tipo de tratamento (cirurgia, protocolo
radioterápico e/ou protocolo quimioterápico) serão coletados a partir dos prontuários dos pacientes.
Privacidade: Os dados individualizados serão confidenciais. Os resultados coletivos serão divulgados apenas
em eventos e revistas meios científicos e não é possível a sua identificação.
Benefícios: As informações obtidas nesta pesquisa poderão ser úteis para contribuir na melhoria da qualidade
de vida de pacientes com carcinoma espinocelular.
Riscos: Não haverá nenhum risco para a minha integridade física, mental ou moral por participar desta
pesquisa.
Desistência: Poderei desistir a qualquer momento deste estudo, sem qualquer consequência para mim.
O(a) senhor(a) tem o direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa que considerar necessário e de se
recusar a participar ou interromper a sua participação a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer
prejuízo.
Custo/reembolso para o participante: Você não terá nenhum custo para participar deste estudo do mesmo
modo que você não terá nenhum pagamento para sua participação.
Confidencialidade da pesquisa: Os dados como nome não serão divulgados, garantido assim, o sigilo e a sua
privacidade.
Contato com os pesquisadores:
Caso haja necessidade de esclarecimento de dúvidas ou reclamações ligue para UNOPAR, (43) 3371-9832, nos
seguintes horários: 8h:00min. às 12h:00min. e das 14h:00min às 17h:00min, ou (43) 3371-7834 (Comitê de Ética
em Pesquisa), ou ainda para o contato: Prof. Marcelo Lupion Poleti (43) 99559145
Declaro estar ciente das informações deste termo de consentimento livre e esclarecido e concordo em participar
desta pesquisa.
__________________________________ _______________________________
Assinatura do paciente/responsável Assinatura do pesquisador
Londrina, _____ de _________________ de 20____.