Upload
ana-quadros
View
162
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
DE UMA MANEIRA GERAL, AS FÁBRICAS PRODUTORAS DE RAÇÃO ANIMAL SÃO AMBIENTES HOSTIS, COM ALTO ÍNDICE DE PARTICULADOS NO AR, APRESENTANDO TEMPERATURAS ALTAS E ONDE OS OPERADORES DEVEM FAZER ESFORÇOS FÍSICOS CONSIDERÁVEIS. DESTA FORMA, SÃO EMPRRESAS POSSUIDORAS DE POUCOS ATRATIVOS EM RELAÇÃO À ERGONOMIA E À HIGIENE. ESTAS CARACTERÍSTICAS PODEM ACARRETAR O ABSENTEÍSMO, LEVANDO À SOBRECARGA DE OPERADORES E À REDUÇÃO DO RITMO DE PRODUÇÃO DA FÁBRICA. ALÉM DISSO, OUTRO ASPECTO QUE POSSUI IMPACTO DIRETO NA EFICIÊNCIA DESTAS EMPRESAS É A ROTATIVIDADE DA MÃO DE OBRA. COMO O TRABALHO É ESSENCIALMENTE MANUAL E REQUER ALGUM TEMPO PARA SE ADQUIRIR EXPERIÊNCIA E REALIZAR A ATIVIDADE COM PRODUTIVIDADE, O ALTO ÍNDICE DE ROTATIVIDADE RESULTA EM UM NÚMERO ELEVADO DE OPERADORES COM EXPERIÊNCIA INSUFICIENTE, SOBRECARREGANDO OUTROS OPERADORES MAIS EXPERIENTES. MEDIANTE ESTE CENÁRIO, O OBJETIVO DESTE TRABALHO CONSISTE NO LEVANTAMENTO E NA AVALIAÇÃO DAS CAUSAS DE ABSENTEÍSMO E DE ROTATIVIDADE EM UMA EMPRESA PRODUTORA DE RAÇÃO ANIMAL. A PESQUISA REALIZADA REVELOU QUE O INVESTIMENTO EM PEQUENAS MELHORIAS NO AMBIENTE DE TRABALHO, NA LIDERANÇA E, PRINCIPALMENTE, NAS PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS PODE TER EFEITO DIRETO NO ABSENTEÍSMO E NA ROTATIVIDADE.
Citation preview
AVALIAO DAS CAUSAS DE ROTATIVIDADE E
ABSENTESMO EM UMA FBRICA DE RAO
ANIMAL PARA GANHO DE EFICINCIA
DOUGLAS DA COSTA FERREIRA - [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO - UFMT
ANDRIA MARIZE RODRIGUES - [email protected]
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - JABOTICABAL
MARCELO GIROTTO REBELATO - [email protected]
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - JABOTICABAL
ANA PAULA QUADROS DE OLIVEIRA - [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO - UFMT
MARCELO RENATO GUARIZI - [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO - UFMT
Resumo: DE UMA MANEIRA GERAL, AS FBRICAS PRODUTORAS DE RAO
ANIMAL SO AMBIENTES HOSTIS, COM ALTO NDICE DE
PARTICULADOS NO AR, APRESENTANDO TEMPERATURAS ALTAS E
ONDE OS OPERADORES DEVEM FAZER ESFOROS FSICOS
CONSIDERVEIS. DESTA FORMA, SO EMPRRESAS POSSUIDORAS DE
POUCOS ATRATIVOS EM RELAO ERGONOMIA E HIGIENE. ESTAS
CARACTERSTICAS PODEM ACARRETAR O ABSENTESMO, LEVANDO
SOBRECARGA DE OPERADORES E REDUO DO RITMO DE
PRODUO DA FBRICA. ALM DISSO, OUTRO ASPECTO QUE POSSUI
IMPACTO DIRETO NA EFICINCIA DESTAS EMPRESAS A
ROTATIVIDADE DA MO DE OBRA. COMO O TRABALHO
ESSENCIALMENTE MANUAL E REQUER ALGUM TEMPO PARA SE
ADQUIRIR EXPERINCIA E REALIZAR A ATIVIDADE COM
PRODUTIVIDADE, O ALTO NDICE DE ROTATIVIDADE RESULTA EM
UM NMERO ELEVADO DE OPERADORES COM EXPERINCIA
INSUFICIENTE, SOBRECARREGANDO OUTROS OPERADORES MAIS
EXPERIENTES. MEDIANTE ESTE CENRIO, O OBJETIVO DESTE
TRABALHO CONSISTE NO LEVANTAMENTO E NA AVALIAO DAS
CAUSAS DE ABSENTESMO E DE ROTATIVIDADE EM UMA EMPRESA
PRODUTORA DE RAO ANIMAL. A PESQUISA REALIZADA REVELOU
QUE O INVESTIMENTO EM PEQUENAS MELHORIAS NO AMBIENTE DE
TRABALHO, NA LIDERANA E, PRINCIPALMENTE, NAS PRTICAS DE
RECURSOS HUMANOS PODE TER EFEITO DIRETO NO ABSENTESMO E
NA ROTATIVIDADE.
Palavras-chaves: ABSENTESMO, ROTATIVIDADE, EFICINCIA, RAO ANIMAL
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
2
rea: 1 - GESTO DA PRODUO
Sub-rea: 1.1 - GESTO DE SISTEMAS DE PRODUO
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
3
ASSESSING CAUSES OF TURNOVER AND
ABSENTEEISM IN A ANIMAL FEED FACTORY FOR
EFFICIENCY GAIN
Abstract: GENERALLY, FACTORIES PRODUCING ANIMAL FEED ARE HOSTILE
ENVIRONMENTS WITH HIGH LEVELS OF PARTICULATE MATTER IN
THE AIR, WITH HIGH TEMPERATURES AND WHERE OPERATORS MUST
MAKE CONSIDERABLE PHYSICAL EFFORT. THUS, THEY ARE
UNATTRACTIVE COMPANIES CONCERNING ERGONOMICS AND
HYGIENE. THESE CHARACTERISTICS MAY CAUSE ABSENTEEISM,
LEADING TO OVERLOAD OPERATORS AND REDUCING THE PACE OF
FACTORY PRODUCTION. FURTHERMORE, ANOTHER ASPECT THAT
HAS A DIRECT IMPACT ON THE EFFICIENCY OF THESE COMPANIES IS
THE HIGH TURNOVER OF LABOR. AS THE WORK IS ESSENTIALLY
MANUAL AND REQUIRES SOME TIME TO GAIN EXPERIENCE AND
PERFORM THE ACTIVITY WITH PRODUCTIVITY, HIGH TURNOVER
RESULTS IN A HIGH NUMBER OF OPERATORS WITH INSUFFICIENT
EXPERIENCE, OVERLOADING OTHER MORE EXPERIENCED WORKERS.
UPON THIS BACKGROUND, THE OBJECTIVE OF THIS PAPER IS A
SURVEY AND EVALUATION OF THE CAUSES OF ABSENTEEISM AND
TURNOVER IN AN ANIMAL FEED PRODUCER COMPANY. THE SURVEY
REVEALED THAT INVESTMENT IN SMALL IMPROVEMENTS IN THE
WORK ENVIRONMENT, LEADERSHIP, AND ESPECIALLY IN HUMAN
RESOURCE PRACTICES CAN HAVE DIRECT EFFECT IN ABSENTEEISM
AND TURNOVER.
Keyword: ABSENTEEISM, TURNOVER, EFFICIENCY, ANIMAL FEED
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
4
1. Introduo
J faz algum tempo que a criao de gado na forma de confinamento se tornou uma
realidade no cenrio do Brasil e especificamente no estado de Mato Grosso j passa de 10% a
quantidade de gados criados nesse sistema (ROCHENBACH et al., 2011). As vantagens so
inmeras, tais como a independncia do clima, reduzido perodo para engorda, menor risco de
contaminao, maior segurana alimentar dos animais, controle mais rgido do balano da
alimentao, menor risco de acidentes, menos infestao e menor risco de ataques por animais
peonhentos.
Ressalta-se que a criao de gado confinado exige um investimento inicial considervel.
No entanto, a rea utilizada inicialmente para pasto liberada para o cultivo de gros. Os
gros, utilizados como rao para os animais, podem ainda ter seu excedente comercializado,
justificando o investimento. Alm disso, com o advento da reforma agrria no Brasil, reas de
pastagem se tornam alvos de invaso e de possveis atritos com movimentos pela terra,
contratempos estes minimizados com a criao de gado confinado.
Por outro lado, a criao de gado em confinamento exige conhecimentos especficos, local
adequado para os animais e infraestrutura, que normalmente inclui o processo de distribuio
do alimento nos cochos. Esse alimento deve ser balanceado e ter os nutrientes necessrios
para que o animal apresente o crescimento e a engorda desejveis, garantindo sua sade e seus
nveis de gordura ideais (SILVEIRA, 1999).
Nesse contexto, surge a tecnologia em produo de rao animal, que utiliza conceitos de
nutrio animal aliados ao cenrio da criao de gado. Segundo Manso e Ferreira (2007), a
nutrio animal fator crtico para o crescimento do gado em confinamento, dando subsdios
para o planejamento da reteno de resduos slidos (fezes em geral) e lquidos (urina animal
em grande parte). A assepsia dos cochos, a quantidade de rao e o controle do
desenvolvimento do animal se tornam objeto de controle mais assertivo e com maior garantia
de sucesso.
Os controles exigidos no processo de fabricao de rao animal no so os mesmos
daqueles da produo de alimentos humanos, sendo que a obrigao de fiscalizao federal
ainda no se constitui em uma exigncia. Normas de qualidade como BPF (Boas Prticas de
Fabricao), HACCP (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle - APPCC) ou FSSC
(Sistema de Gesto de Segurana Alimentar - SGSA) ainda no so uma realidade para esse
setor. Os maiores controles so realizados pelo produtor rural e pelo criador de gado sendo o
prprio cliente da empresa produtora de rao que visita as instalaes do fabricante, avalia a
qualidade do produto e, muitas vezes, realiza testes com as variedades apresentadas
(ROCHENBACH et al., 2011).
De acordo com Manso e Ferreira (2007) uma fbrica de rao animal tem uma estrutura
baseada em moer e misturar gros vegetais e minerais na proporo correta para atender s
exigncias de cada cliente. A variao da proporo de cada componente vai depender da raa
do boi, do objetivo com o animal (abate, produo de leite ou reproduo) e das
especificaes do consumo final (porcentagem de gordura, textura da carne, peso, tamanho).
Em geral, as fbricas de rao animal so ambientes hostis, com alto ndice de particulado no
ar, fbricas com temperaturas altas e onde o operador deve fazer esforos fsicos
considerveis, caracterizando uma empresa com poucos atrativos em relao ergonomia e
higiene.
Quando existem faltas nos setores de trabalho, consequentemente existe a sobrecarga de
operadores e, como se trata um processo contnuo, no se pode reduzir o ritmo de produo da
fbrica. Dessa maneira, o absentesmo tem efeito direto no ndice de eficincia da empresa,
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
5
pois traz efeitos negativos na moral dos trabalhadores e na diminuio da qualidade e da
produtividade da empresa (POSSATO, 2004).
Outro aspecto que possui impacto direto na eficincia a rotatividade da mo de obra.
Como o trabalho essencialmente manual e requer algum tempo para se adquirir experincia
e realizar a atividade com produtividade, o alto ndice de rotatividade resulta em um nmero
elevado de operadores com experincia insuficiente, sobrecarregando outros operadores mais
experientes e, consequentemente, reduzindo a eficincia da empresa.
Mediante o exposto, o objetivo deste trabalho consiste no levantamento e na avaliao das
causas de absentesmo e de rotatividade em uma empresa produtora de rao animal. Para
atender ao objetivo proposto, este trabalho encontra-se estruturado em seis tpicos, a contar
com esta introduo. A reviso bibliogrfica acerca dos assuntos abordados, quais sejam
absentesmo e rotatividade, realizada ao longo dos tpicos dois, trs e quatro. J no tpico
cinco so expostos os dados coletados na pesquisa de campo realizada. Por fim, o tpico seis
traa as consideraes finais do artigo.
1.1 Metodologia
Uma pesquisa cientfica pode ser tipificada quanto abordagem, ao mtodo de pesquisa e
aos instrumentos de coleta de dados utilizados. A pesquisa cientifica pode conter dois tipos
fundamentais de abordagem: quantitativa e qualitativa (BERTO e NAKANO, 1998). Os
mtodos de pesquisas considerados so: experimental, survey, estudo de caso, pesquisa
participante e pesquisa-ao. J os instrumentos de coleta de dados so diferenciados de
acordo com o critrio: experimento, questionrio, entrevistas e outras fontes, anlise
documental e observao direta (NAKANO e FLEURY, 1996).
O presente estudo possui abordagem qualitativa, caracterizando-se como mtodo de
pesquisa em estudo de caso, uma vez que foi pesquisada uma empresa de rao animal e teve
como foco nico o estudo do absentesmo e da rotatividade (SEVERINO, 2007). A empresa
pesquisada representativa em se tratando de um conjunto de empresas no seu setor e na sua
regio.
A empresa pesquisada lder em produo de rao animal no estado de Mato Grosso.
Iniciou suas atividades no ano de 2000 e hoje conta com 250 funcionrios em trs unidades
instaladas no estado de Mato Grosso com produo de 105 mil toneladas de rao animal por
ano. A unidade pesquisada possui 80 funcionrios e uma produo anual de 44 mil toneladas,
estando localizada em Rondonpolis. Essa unidade opera em dois turnos durante 4 meses do
ano (perodo de safra) e no restante do ano em apenas um turno. O primeiro turno compreende
o perodo das 00h s 10h e o segundo das 7h s 17h, sendo que o perodo de duas turmas
trabalhando no mesmo horrio utilizado para proceder a descarga do recebimento. Das 11h s
22h trabalham os funcionrios da equipe de manuteno preventiva, alm de um turno de
manuteno que opera das 7h s 17h.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um roteiro estruturado contendo questes
abertas e fechadas. O questionrio foi baseado nos fatores que mais afetam o absentesmo e
rotatividade segundo os autores pesquisados perante reviso bibliogrfica. Os funcionrios
entrevistados foram selecionados aleatoriamente e orientados quanto confidencialidade das
respostas. Foram entrevistados 20 funcionrios, onde no se buscou uma confiabilidade
estatstica de amostragem, mas sim um entendimento dos fatores a serem estudados.
Primeiramente foi realizado um cadastro dos funcionrios, onde se observou que a maioria
(55%) possui apenas no mximo o ensino fundamental (um dos entrevistados era analfabeto).
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
6
Todos eram do sexo masculino e 50% tinham menos que um ano de trabalho na empresa. A
maioria (75%) tem at 30 anos de idade.
2. Absentesmo
Absentesmo uma palavra que vem de absentismo, termo originalmente aplicado aos
proprietrios rurais que abandonavam o campo para viver na cidade. Com a chegada da
revoluo industrial, esse termo passou a ser designado a trabalhadores que faltavam ao
trabalho (PENATTI et al., 2006).
Segundo Aguiar e Oliveira (2009) o absentesmo, ou ausencismo, o perodo em que o
funcionrio falta ou se ausenta do trabalho e que, muitas vezes, pode se traduzir em faltas
abonadas, faltas injustificadas, licenas mdicas, acidente de trabalho, licenas maternidade
ou paternidade, perodo de cursos de especializao e outras situaes que impedem o
servidor de vir ao trabalho. Os autores ainda classificam o absentesmo em voluntrio ou
programado, como por exemplo, nas frias do funcionrio e involuntrio ou no programado,
quando esse absentesmo ocorre sem que a empresa faa a previso, como no caso de um
afastamento por acidente. A ausncia do trabalho justificada por direitos legais como frias,
casamentos, licena medica e bitos, no so, para muitos autores, considerados absentesmo.
As consequncias do absentesmo esto diretamente ligadas ao fator financeiro das
organizaes, pois para que as empresas ocupem uma posio de destaque no mercado
muito importante que a produtividade e os lucros sejam alcanados. Isso acontece devido ao
atual contexto econmico de competitividade, onde quanto menor for o absentesmo, maior
ser a capacidade das empresas de aumentar sua rentabilidade e conseguir um crescimento
sustentado. (AGUIAR e OLIVEIRA, 2009).
Segundo Penatti et al. (2006) muitas so as dificuldades encontradas para estudar e
quantificar as causas do absentesmo por motivo de doenas, principalmente no Brasil, onde
no h consequncias econmicas para o trabalhador, a despeito de levarem a prejuzos
empresa. O absentesmo ocasiona um custo que no agrega valor ao produto e, portanto, no
pode ser repassado ao preo do produto final e no garante um diferencial aos concorrentes.
Dentre as causas de sade que aumentam o ndice de absentesmo salientam-se estresse,
depresso, vcios e, inclusive, doena conhecida como sndrome de m-adaptao ao trabalho
em turnos (SILVA, 2009).
O absentesmo pode gerar prejuzo no fluxo do trabalho e no aumento dos custos de
produo e tambm pode ter efeitos negativos na moral dos trabalhadores e na diminuio da
qualidade e da produtividade (GALLO e LONGO, 2010).
As faltas ao trabalho afetam diretamente a produo, pois a tarefa a ser cumprida pelo
funcionrio faltante ser delegada a outro funcionrio e, em consequncia, sobrecarregando-o.
H ainda a perda ao funcionrio faltante que poder ser descontado em seu salrio ou ser
demitido por justa causa, o que acarreta em um aumento da rotatividade (SILVA, 2009). O
aumento do absentesmo faz com que a produo acontea de maneira insatisfatria e com
rendimentos muito abaixo da meta a ser cumprida, causando srios prejuzos nas empresas,
gerando atrasos e sobrecarregando os demais funcionrios, o que acarreta na diminuio da
qualidade dos servios prestados a seus clientes.
Segundo Palma (2000), devido s suas diversas possveis causas, o absentesmo torna-se
um tema bem amplo e bem difcil de ser estudado.
De acordo com Penatti et al. (2006) o absentesmo pode ser atribudo a causas conhecidas
e a causas ignoradas. As causas conhecidas so aquelas amparadas por lei e que do direito ao
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
7
trabalhador a permisso de se ausentar, como frias, licena maternidade, casamento e bito,
tambm conhecido como ausncia justificada. J em relao s causas ignoradas so
justificadas pelo trabalhador por motivos de sade entre diversos outros motivos. O
absentesmo pode ser relacionado a doenas, razes diversas de carter familiar, atrasos
involuntrios ou por motivos de fora maior, faltas voluntrias por motivos pessoais,
dificuldades e problemas financeiros, problemas de transporte, baixa motivao para
trabalhar, superviso precria da chefia e polticas inadequadas da organizao.
Para Carvalho et al. (2007) as causas das ausncias no previstas podem ser classificadas
em trs categorias: intrnsecas, que esto relacionadas natureza e s condies do trabalho e
refletem a satisfao do trabalhador, tais como o tipo de trabalho, a superviso ineficiente e a
falta de controle e sobrecarga de trabalho que levam exausto fsica; extrnsecas,
relacionadas s polticas de gesto de pessoal da organizao, como condolncia com as
faltas, liberalidade em fornecer licena de sade, falta de comunicao, falta de seleo,
treinamento e orientao adequados, assim como falta de perspiccia em alocar o funcionrio
em setores apropriados, assim como baixos salrios; e personalidade, que dizem respeito ao
comportamento do trabalhador, tais como empregados que criam conflitos entre os membros
dos grupos, personalidade mais propensa s faltas como: hipocondraco, imaturo, fugitivo,
abusivo e desmotivado e problemas pessoais relacionados ao abuso de lcool e drogas.
Nem sempre a causa da ausncia est no funcionrio. Aguiar e Oliveira (2009) mostram
que a taxa de absentesmo inversamente proporcional satisfao no trabalho, ou seja, a
ausncia no trabalho pode ser considerada como uma fuga de situaes ou condies indesejveis dentro de uma empresa. As situaes que levam ao absentesmo, segundo os
autores, podem ser condies ambientes no adequadas, tais como: sujeira, muito quente ou
muito frio e, tambm, a presso que o funcionrio pode estar sofrendo em seu ambiente de
trabalho, tanto por carga horria excessiva ou por falta de incentivo ao crescimento falta de
valorizao.
Salienta-se ainda que, muitas vezes, o funcionrio comparece ao trabalho, mas apresenta
uma ausncia mental, comportamento esse conhecido como presentesmo, que caracterizado
pela baixa produtividade do funcionrio que se apresenta disperso e ausente mentalmente.
Esse tipo de comportamento uma forma de fugir do ambiente de trabalho desagradvel
(AGUIAR e OLIVEIRA, 2009).
3. Rotatividade
A rotatividade de pessoal, ou turnover, se constitui em um termo que traduz o volume de
pessoas que ingressam ou saem de uma empresa (POSSATO, 2004; SILVA, 2009).
A consequncia desse fator est alm dos custos mensurveis como admisses e rescises,
mas em custos imensurveis no clima organizacional, imagem da empresa para o mercado,
fornecedores e clientes. Conforme Silva (2009), a rotatividade de pessoal normal, pois
comum ter pessoas ingressando e deixando uma empresa. Porm, seus altos ndices a torna
um fator significativo e necessrio fazer uma avaliao para descobrir as suas causas e tentar
diminu-las.
A rotatividade pode estar diretamente relacionada poltica salarial adotada pela empresa,
sua poltica de benefcios, s oportunidades de crescimento profissional e ao tipo de
superviso e liderana que a empresa oferece aos funcionrios. A rotatividade tambm pode
estar relacionada poltica disciplinar, s condies fsicas e ambientais de trabalho, tais
como temperatura, higiene e rudo e tambm a um mau desempenho do setor de Recursos
Humanos (Silva, 2009).
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
8
Aguiar e Oliveira (2009) avaliaram que as Leses por Esforos Repetitivos (LER) e outras
Doenas Relacionadas ao Trabalho (DORT) esto entre as principais causas de rotatividade.
Porm, segundo os autores, a principal causa referente rotatividade de pessoal a m gesto
de pessoas.
Conforme Silveira (2011), a deficincia das polticas na gesto o que se destaca nas
causas do turnover, acarretando insatisfaes e, consequentemente, a instabilidade dos
funcionrios no emprego. Outra possvel causa do turnover o processo de recrutamento e
seleo de candidatos para o ingresso numa empresa; o processo de seleo deveria ter o
intuito de trazer para a empresa os profissionais com conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores adequados s necessidades institucionais; no entanto, isso nem sempre acontece.
Segundo Gallo e Longo (2010), os fenmenos influenciam na rotatividade so: uma m
poltica salarial, excesso de presso exercido sobre o trabalhador, falta de oportunidades de
crescimento profissional, um mau relacionamento entre os funcionrios, ms condies fsicas
ambientais de trabalho e falta de critrios de avaliao de desempenho.
De acordo com Borges e Ramos (2011), as melhores oportunidades no mercado de
trabalho e o baixo nvel de desemprego aumentam o turnover. O ndice de rotatividade inclui
o desligamento de funcionrios por deciso da organizao, para substituio por outro mais
adequado as suas atuais necessidades ou para corrigir problemas gerados na seleo. Silva
(2011) aponta como principais causas da rotatividade, alm das polticas e prticas incorretas
de RH na empresa, os seguintes fatores: falta de canais de comunicao com a administrao
e falhas na seleo, treinamento e orientao adequados.
Existem tambm aspectos positivos da rotatividade, como a renovao de pessoal, novas
ideias e novos conceitos que so trazidos pelos novos funcionrios. Tambm existe o aspecto
de motivao com um novo desafio apresentado ao funcionrio recm-chegado na empresa.
Os vcios podem ser rompidos e barreiras podem ser transpostas com mais facilidade por um
pessoal que tem menos tempo de casa.
4. Solues para absentesmo e rotatividade
De forma geral, existem alternativas que podem ser aplicadas em uma empresa que
ajudam a minimizar o ndice elevado de absentesmo, como o incentivo presena e o
desestmulo de ausncia ao trabalho. Uma boa soluo aumentar a participao dos
funcionrios em decises da empresa em nvel operacional; dessa forma, o funcionrio passa
a ter o sentimento de que ele pertence quele ambiente. Outra ao importante desenvolver
atitudes, valores e objetivos nos funcionrios para construo de um ambiente mais agradvel
e resultados alcanados; nesse sentido, a participao nos lucros e resultados tambm uma
prtica que est dando bons resultados (PAES JR. e BONATTO, 2011).
De acordo com Gallo e Longo (2010), empresas que investem em programas para
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) evitam que seus funcionrios tenham um alto ndice
de estresse dentro da empresa, fazendo com que seu rendimento melhore e diminui a ausncia
no trabalho. Contudo, a melhor alternativa que empresa pode adotar na educao de seus
funcionrios relativa ao ensino da tica e do esclarecimento de como a ausncia de um
funcionrio afeta toda a empresa e no somente o seu departamento. Uma alternativa em
mdio prazo que poderia trazer impacto positivo seria aumentar as relaes entre
funcionrios, construindo comunidades que se relacionem verticalmente e horizontalmente.
Finalmente, possvel afirmar que o absentesmo e o turnover podem ser considerados
consequncias e, portanto, importante fazer um estudo das aes e atitudes preventivas para
reduo e melhor gerncia desses fatores (POSSATO, 2004).
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
9
5. O estudo de caso
Como um dos principais fatores de absentesmo e rotatividade est relacionado
liderana, foi perguntada qual a atuao do lder segundo alguns aspectos considerados
importantes, conforme observado no Quadro 1.
QUADRO 1 - Anlise de fatores relacionados liderana
Fatores relacionados liderana SIM
Costuma Orientar sua Equipe? 70,0%
Mantm o bem estar da equipe? 55,0%
Mantm o ambiente amigvel? 65,0%
cordial? 55,0%
Valoriza e reconhece os colaboradores? 40,0%
Existem privilegiados para as oportunidades da empresa? 65,0%
Fonte: Elaborado pelos autores.
O fator que mais chamou a ateno foi a falta de oportunidade de forma igualitria. Dos
entrevistados, 65% acreditam existirem privilgios de crescimento profissional para aqueles
que so mais amigos dos chefes a despeito dos funcionrios que possuem melhor desempenho
no trabalho. Acrescenta-se que apenas 40% acreditam que so valorizados e reconhecidos
pelo seu trabalho.
A prxima questo versou sobre a satisfao com a chefia. Apenas 35% se disseram
satisfeitos; no entanto, observa-se que para a maioria a chefia se mostra cordial e mantm o
ambiente agradvel. Portanto, o desagrado com a chefia parece estar diretamente relacionado
com as oportunidades e valorizao do trabalho.
O trabalho exaustivo, sendo que 70% afirmam sofrerem presso para cumprir metas e
90% realizam horas extras (pelo menos 1h diria). O ambiente de trabalho tambm no foi
considerado adequado para metade dos colaboradores, sendo que os principais fatores de
descontentamento so a poeira em suspenso no ar, o barulho, a alta temperatura e a falta de
ventilao. Considerando o aspecto de segurana, 60% afirmaram que com frequncia
acontecem acidentes no seu ambiente de trabalho, tais como escorreges. Uma boa parte dos
entrevistados (35%) afirma que as condies de higiene no so adequadas, o que est
relacionado ao p e poeira e tambm m higienizao dos banheiros. A organizao do
ambiente de trabalho foi considera boa por 75% dos entrevistados, com pequenos erros
somente nas mudanas de setup para novos clientes, estando estes mais relacionados a erros
de embalagem. A maior parte dos funcionrios (65%) afirma ter timo relacionamento com os
seus colegas de trabalho.
Conforme demonstrado pelo Quadro 2, ao serem questionados sobre os motivos que os
levaria a deixar o emprego, 65% dos entrevistados responderam que seria por insatisfao
com o salrio atual e 45% por uma oportunidade melhor em outra empresa.
QUADRO 2 - Fatores que levariam o funcionrio a deixar o emprego
O que te levaria a deixar o emprego? MOTIVOS
Desligamento da empresa (demitido) 15,0%
Insatisfao salarial 65,0%
Insatisfao com o ambiente de trabalho 5,0%
Insatisfao com os seus lderes 10,0%
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
10
Falta de valorizao do seu trabalho 35,0%
Melhor oportunidade de emprego 45,0%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Os funcionrios passam um perodo de experincia de trs meses, que depois de
cumpridos com satisfao, os levam a um patamar superior de salrio; no entanto, mesmo
com esse acrscimo, a maioria apresenta-se insatisfeita com o salrio atual. A boa oferta de
empregos com a expanso industrial da regio, tambm aquecida com a vinda da ferrovia para
a cidade de Rondonpolis, acarretou em aumento do salrio mdio e na oferta de empregos,
segundo informado pelos funcionrios entrevistados, o que tem impacto direto na
rotatividade. Poucos se preocupam com demisses (15%) e no considera a insatisfao com
a liderana um motivo para deixar o emprego, assim como no consideram a insatisfao com
o ambiente de trabalho como um motivo para buscar outra oportunidade profissional.
Ao questionar os motivos que levaram os seus colegas a deixarem o emprego (QUADRO
3), a maioria tambm afirma que o principal motivo insatisfao salarial. Porm, mais
premente a insatisfao com o ambiente de trabalho (35%) e com a liderana (30%).
QUADRO 3 - Fatores que ocasionaram a sada de colegas do emprego Porque seus colegas deixaram o emprego? Motivo
Desligamento da empresa (demitido) 15,0%
Insatisfao salarial 60,0%
Insatisfao com o ambiente de trabalho 35,0%
Insatisfao com os seus lderes 30,0%
Falta de valorizao do seu trabalho 35,0%
Melhor oportunidade de emprego 30,0%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Ressalta-se que a empresa estudada no dispe de entrevistas de desligamento,
impossibilitando a comparao dessa percepo dos funcionrios entrevistados com os
motivos alegados por aqueles que deixaram a empresa.
A maioria dos funcionrios (55%) afirma que dificilmente falta ao Trabalho, mas caso a
falta ocorra, grande parte (40%) afirma que a mesma ocorre por problemas familiares
(FIGURA 1).
FIGURA 1 - Motivos que levam a faltar ao trabalho
Fonte: Elaborado pelos autores.
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
11
6. Consideraes finais
A empresa do estudo de caso no possui um controle numrico de rotatividade e
absentesmo; porm, existe a conscincia de que esses fatores possuem ndices elevados na
organizao e de que algo precisa ser feito para a diminuio desses eventos. No momento
das entrevistas foi possvel observar a existncia de funcionrios jovens e com pouco tempo
na empresa. Ao acompanhar a produo percebeu-se um trabalho rduo, onde sacos de 25 a
40 Kg devem ser manuseados sem qualquer auxlio de dispositivos de contrapeso.
As horas extras abundantes so consideradas pelos funcionrios como um atrativo por
acarretar um acrscimo no salrio. Deste modo, a penalizao fsica acarretada pela extenso
das horas trabalhadas no tida como um problema para os trabalhadores j que estes
possuem seu foco voltado para os benefcios econmicos das horas extras trabalhadas.
Segundo informado pelo gerente da empresa, a falta de mo-de-obra especializada e a alta
rotatividade impulsionada pelo mercado aquecido da regio, dificultam a seleo de pessoal.
Esses fatores impedem que critrios psicolgicos e de maturidade, que poderiam reduzir a
rotatividade e absentesmo, sejam utilizados como fatores para eliminar candidatos no
processo seletivo.
No entanto, apesar da complexidade do tema, pode-se perceber que algumas aes
poderiam ser consideradas a curto e mdio prazo, tais como:
- Equalizao dos critrios para oportunidades de crescimento: a empresa poderia
estabelecer critrios mais concretos para promoo e crescimento dentro da organizao
evitando, dessa maneira, que privilgios desacompanhados de mritos sejam estabelecidos
dentro do ambiente de trabalho;
- Valorizao da mo-de-obra: aes de valorizao, como prmios, poderiam ser
utilizadas para destacar os esforos individuais e coletivos, tomando os devidos cuidados para
no agravar o que j foi comentado no item anterior;
- Investir em segurana e melhorar o ambiente de trabalho, como reduzir o p em
suspenso no ar, melhorar a ventilao e melhorar a higienizao dos banheiros, so aes
que, alm de atendimento legislao, poderiam ter um impacto significativo no absentesmo
e na rotatividade.
A partir das entrevistas realizadas, a visita s instalaes e as informaes do gerente da
empresa somadas comparao com estudos semelhantes realizados em outras organizaes,
pode-se concluir que um fator predominante que afeta diretamente o absentesmo e
rotatividade a falta de uma poltica clara de recursos humanos que tenha o objetivo de
reduzir esses ndices. A falta dessa poltica na empresa estudada fica evidente pelo simples
fato de no existir um acompanhamento desses ndices, que na empresa foram percebidos
como bastante elevados.
Referncias
AGUIAR, G. A. S., OLIVEIRA, J. R. Absentesmo, suas principais causas e consequncias em uma empresa do
ramo de sade. Revista de Cincias Gerenciais, v. XIII, n. 18, 2009.
BERTO, R. M. V. S.; NAKANO, D. N. Mtodos de pesquisa na Engenharia de Produo. In: Anais do XVIII
Encontro Nacional de Engenharia de Produo (ENEGEP). Niteri: UFF, 1998.
CARVALHO, C. M.; COELHO, M. P.; RADICCHI, R. Absentesmo por causas odontolgicas em cooperativa
de produtores rurais do estado de Minas Gerais. UFES Revista de Odontologia, v.9, n.2, p.27-32, 2007.
BORGES, M. S.; RAMOS, N. M. Turnover: uma consequncia de estratgias ineficientes de gesto empresarial?
In: Anais do VIII Congresso Virtual Brasileiro de Administrao. So Paulo: CONVIBRA, 2011.
XX SIMPSIO DE ENGENHARIA DE PRODUO Engenharia De Produo & Objetivos De Desenvolvimento Do Milnio
Bauru, SP, Brasil, 4 a 6 de novembro de 2013
12
GALLO, M.; LONGO, C. A Influncia dos Estilos de Liderana na Rotatividade de Pessoal: Um Estudo de Caso
em uma Indstria de Produtos Alimentcios. In: Anais do VII Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia.
Rio de Janeiro: CRA, 2010.
MANSO, K. R. J.; FERREIRA, O. M. Confinamento de bovinos: estudo do gerenciamento dos resduos.
Monografia - Universidade Federal de Gois. Goinia: UFG, 2007.
NAKANO, D. N.; FLEURY, A. Mtodos de pesquisa em Engenharia de Produo. In: Anais do XVI Encontro
Nacional de Engenharia de Produo (ENEGEP). Piracicaba: ABEPRO, 1996.
PAES JR., R.; BONATTO, H. Reduo de custos por meio do controle da rotatividade de pessoal. Trabalho de
Concluso de Curso (Administrao) Faculdade de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: FADERGS, 2011.
PENATTI, I.; ZAGO, J. S.; QUELHAS, O. Absentesmo: a consequncia na gesto de pessoas. In: Anais do III
Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia. Rio de Janeiro: ANGRAD, 2006.
PALMA, J. E. M. A qualificao da mo-de-obra da agroindstria de frigorfico bovino de Mato Grosso do Sul
frente s inovaes tecnolgicas: estudos de caso. Dissertao (Mestrado em Administrao) Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 2000.
POSSATO, F. C. Uma anlise da incidncia do absentesmo com um fator gerador de rotatividade disfuncional
interna em uma indstria de confeco. Trabalho de Concluso de Curso (TCC) - Faculdade Educacional de
Dois Vizinhos. Dois Vizinhos/PR: FAED/UNISEP, 2004.
ROCHENBACH, A. P., SCHNEIDER, T., ARALDI, D. F. Produo de carne bovina a pasto. In: Anais do XVI
Seminrio Interinstitucional de Ensino Pesquisa e Extenso. Cruz Alta/RS: Unicruz, 2011.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientfico. So Paulo: Cortez, 2007. 23.ed.
SILVA, F. D. S. Absentesmo e rotatividade: dilemas de mulheres na empresa Paramount Txtil Indstria e
Comrcio Ltda. Trabalho de Concluso de Curso (TCC) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto
Alegre: UFRGS, 2009.
SILVEIRA, C. C. Anlise de turnover na Qumica Brasil Ltda. Trabalho de Concluso de Curso (TCC) -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2011.
SILVEIRA, D. D. Modelo para seleo de sistemas de carnes. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianpolis/SC: UFSC, 1999.