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25/03/2015 1 Parte VI: Introdução aos Processos Estocásticos e Teoria das Filas Professor: Reinaldo Gomes [email protected] Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos Processos Estocásticos Família de VAs indexadas com o parâmetro tempo Fenômeno varia de forma imprevisível com o tempo Para cada w S, associamos uma função X(w, t) Essa família de funções (uma para cada w) forma um PE Exemplos O número de clientes fazendo compras em um supermercado O número de chamadas feitas a uma central telefônica A cotação de uma empresa de software na bolsa de valores Esses números se apresentam em função do tempo Processos Estocásticos também são denominados Processos Randômicos

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretosreinaldo/adsd_files/PE_Filas_2slides.pdf · O número de clientes fazendo compras em um supermercado O número de chamadas feitas a

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Parte VI: Introdução aos Processos

Estocásticos e Teoria das Filas

Professor: Reinaldo [email protected]

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos

Processos Estocásticos

� Família de VAs indexadas com o parâmetro tempo� Fenômeno varia de forma imprevisível com o tempo

� Para cada w ∈ S, associamos uma função X(w, t)

� Essa família de funções (uma para cada w) forma um PE� Exemplos

� O número de clientes fazendo compras em um supermercado

� O número de chamadas feitas a uma central telefônica

� A cotação de uma empresa de software na bolsa de valores

� Esses números se apresentam em função do tempo� Processos Estocásticos também são denominados Processos

Randômicos

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Classificação de PEs

� Os processos estocásticos podem ser classificados conforme:� Espaço de estados

� Conjunto de possíveis valores (estados) para X (t)

� Espaço discreto: espaço de estados finito ou contável (PE é uma cadeia)

� Espaço contínuo: espaço de estados é um intervalo contínuo, finito ou infinito

� Tempo: parâmetro indexador� Tempo Discreto: os (instantes de) tempo(s) permitidos para as trocas de

estados (transição entre estados) são finitos e contáveis

� Tempo Contínuo: os (instantes de) tempo(s) permitidos para as trocas de estados ocorrem em um intervalo finito ou infinito

� Dependências estatísticas entre as VAs X (t) para diferentes valores de t� Relação entre os membros da família: X (t1), X (t2), ...

� Determinar a distribuição de probabilidades conjunta ou a função densidade de probabilidade desse conjunto de variáveis aleatórias

Parâmetros de um PE

� Para analisar o processo estocástico é preciso especificar o período de tempo T envolvido: quando ele será observado

� Se T é contínuo, T={t: 0 ≤ t < ∞)� Trata-se de um Processo Estocástico de Parâmetros

Contínuos: Poisson

� Se T é discreto, T={0, 1, 2, ...}� Trata-se de um Processo Estocástico de Parâmetros

Discretos: Séries Temporais em geral

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Estados de um PE

� O conjunto de valores que X(t) pode assumir é chamada de Espaço de Estados, e os valores específicos de X(t) em dado momento são os Estados do Processo� Se X(t) representa alguma contagem: Espaço de

Estados poderia ser uma seqüência finita ou infinita de inteiros� Processo de Estado Discreto ou Cadeia Aleatória

� Se X(t) representa uma medida: Espaço de Estados poderia ser um intervalo de números reais� Processo de Estado Contínuo

Análise de um PE

� Para um valor t, X(t) será uma variável aleatória que descreve o estado do processo no tempo t

� Dada qualquer coleção finita t1, t2, ..., tn de tempos, então X(t1), X(t2), ..., X(tn) constituem um conjunto de n variáveis aleatórias com distribuição conjunta

� A estrutura de probabilidades do processo X(t) é totalmente determinada desde que:� Distribuição conjunta de cada conjunto de variáveis aleatórias é

determinada

� Função de densidade de cada conjunto de variáveis aleatórias é determinada

� Consiste em determinar as distribuições conjuntas e usá-las para prever comportamento futuro, dado o comportamento passado

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Classes de PE

� Estacionários

� Independentes

� Processos de Markov

� Processos Nascimento e Morte

� Processos de Poisson (Nascimento Puro)

� ...

PEs Estacionários

� Um PE é dito estacionário se Fx(x, t) é invariante aos deslocamentos no tempo para todos os valores de seus argumentos

� Fx(x, t+ τ ) = Fx(x, t) (τ = cte)

� t+ τ é o vetor (t1 + τ, t2 + τ, t3 + τ, ....., tn + τ)

Obs.: Fx(x ; t) = P[X(t) ≤ x) (PDF)

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PEs Independentes

Fx(x ; t+ τ ) ∆ Fx1,x2, ... ,xn(x1, x2, ..., xn; t1, t2, ..., tn )

= Fx1 (x1 ; t1) · Fx2 (x2 ; t2) · ... · Fxn (xn ; tn)

� {x n} : conjunto de VAs independentes

� A fdp conjunta é igual ao produto das fdps dos fatores

Processos de Markov

� Processos “sem memória”: probabilidade de xt assumir um valor futuro depende apenas do estado atual� Desconsidera estados passados

� Sejam:� pij : probabilidade de uma transição ir para o estado j, estando no estado i

� f τ : distribuição de tempo entre transições de estados.

� xn : sequência estocástica ou randômica

� Para um Processo de Markov, temos:� pij arbitrária

� f τ sem memória� PE com tempo discreto: Distribuição Geométrica

� PE com tempo contínuo: Distribuição Exponencial

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Processos de Nascimento e Morte (PNM)

� Modelam as alterações em uma “população”

� Estado do processo no instante t representa o tamanho da população no instante t� Número de pacotes em uma rede, fila de um banco

� Assume-se que “nascimentos” e/ou “mortes” múltiplos ocorrem ao mesmo tempo com probabilidade zero

� As transições ocorrem apenas entre estados vizinhos� pij = 0, para | j - i | > 1

� f τ sem memória

Processos de Nascimento e Morte (PNM)

� Processos com tempos discretos ou contínuos

� Extremamente importante na Teoria das Filas� Tipo especial de processos de Markov

� Limitação nas transições possíveis

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Processo de Poisson

� Também conhecido como Processo de Nascimento Puro (PNP)� Processo de chegada onde só temos nascimentos

� Utilizado em processos de contagem� N(t1) < N(t2) se tivermos t1 < t2

� λi = λ, com λ > 0

� µi = 0

� f τ sem memória

Relacionamento entre PEs

PP

p ij arbitráriafτ arbitrária

PSM

PM

p ij = q j-ifτ arbitrária

PNM

p ij arbitráriafτ sem memória

p ij = 0,p/ | j - i | > 1fτ sem memória

PR

q1 = 1 eq i = 0, para i ≠ 1fτ arbitrária

PRλi= λ

µi=0PNP

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Classificação de PEs

� Processos de Markov

� Processos Nascimento e Morte

� Processos de Poisson (Nascimento Puro)

Processos de Markov

� Para estudar sistemas de filas mais facilmente, podemos caracterizar o estado completo da fila em um determinado tempo e estudar o comportamento da fila observando como a fila se comporta em função do tempo

� F(n,t), onde:� n ∈ N = no de fregueses no sistema (fila + servidor)

� t ∈ R = tempo em que o sistema permanece com n fregueses (tempo para transição)

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Processos de Markov

� Se eliminarmos t, ficamos apenas com o estado n, que indica a quantidade de fregueses no sistema

� Passamos a ter um Processo Estocástico com espaço de estado discreto Cadeia

� Quais as conseqüências?� Probabilidades de transição são independentes de n

permitindo que a probabilidade de transição seja Pij

� Probabilidades de transição estacionária

� Processo de Markov homogêneo no tempo

� Representação do estado do processo em um instante de tempo t, uma vez que o mesmo será constante

Processos de Markov

� Um Processo Estocástico é dito ser um Processo Markoviano se o estado futuro depende apenas do estado presente e não dos estados passados� Processo estocástico onde, para qualquer conjunto de

n+1 componentes, t1 < t2 < ... < tn < tn+1, do conjunto índice, X(tn+1) depende apenas de X(tn)

� Este tipo de Processo Estocástico é também denominado de processo sem memória, uma vez que o passado é "esquecido" (desprezado)

� O que isso representa?

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Processos de Markov

� A história (passado) do processo deve ser completamente resumida no estado n

� O estado (n) deve ser a única informação que vai influenciar o futuro do processo

� Se os sistema permaneceu no estado (n) durante t0 segundos, esse valor t0 não deve fornecer informação sobre o futuro

� A distribuição entre as mudanças de estado (n) deve ser a mesma, embora seja conhecido que t0 segundos passaram desde a última mudança

D(t)

D(t)

t

ta ta+to tb

Processos de Markov

� A distribuição do tempo entre mudanças de estados deve ser uma distribuição sem memória

� Quando o espaço de estados do processo é discretotemos uma Cadeia de Markov� Cadeia de Markov com tempo discreto

� Distribuição Geométrica

� Cadeia de Markov com tempo contínuo� Distribuição Exponencial

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Processos de Markov

� Exemplo de transições em um Processo de Markov

Processos de Nascimento e Morte (PNM)� Processos que podem ser usados com tempos

discretos ou contínuos

� Tipo especial de Cadeia de Markov� As transições entre estados só ocorrem entre estados

vizinhos Ek+1, Ek e Ek-1

� pij = 0, para | j - i | > 1

� f τ sem memória

� PE importante na Teoria das Filas� Adequado para modelar mudanças de população

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Processos de Nascimento e Morte (PNM)

� λk = Taxa de nascimento quando ao população tem comprimento k

� µk = Taxa de morte quando a população tem comprimento k

Ek+1

Ek

Ek-1

Ek

Possíveis transições entre estados

morte

nascimento

Sem mudanças

Processos de Nascimento e Morte (PNM)

0 1 2 K-1 k K+1

Diagrama taxa-transição de estado para um PNM

µ1 µ2 µk µK+1

λk-1 λkλ0 λ1

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Processos de Nascimento e Morte (PNM)

K-1 k K+1

µk µK+1

λk-1 λk

nós: estados

Arcos: transições

Valores nos arcos: taxas de transição

fluxo de entrada em E k = fluxo de saida de E k

Processos de Nascimento e Morte (PNM)

K-1 k K+1

µk µK+1

λk-1 λk

fluxo de entrada em E k = λk-1 Pk-1(t) + µK+1 Pk+1(t)fluxo de saida de E k = (λk + µK) Pk(t)

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Processos de Nascimento e Morte (PNM)

Fluxo de entrada - fluxo de saída =

d Pk(t) /dt = λk-1 Pk-1(t) + µK+1 Pk+1(t) - (λk + µK) Pk(t)

d P0(t) /dt = - λ0 P0(t) + µ1 P1(t)

Estado transiente: Conjunto de equações diferenciai s-diferenças que representam a dinâmica do sistema (equações de pendentes do tempo).

Processo de Poisson

� Processos de Poisson são também conhecido como Processo de Nascimento Puro

� Caso especial de um PNM ⇒ processo de nascimento Puro com taxa de nascimento constante

λk = λ, ∇kµk = 0, ∇k

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Processo de Poisson

d Pk(t) /dt = λPk-1(t) - λ Pk(t), k ≥ 1

d P0(t) /dt = - λ0 P0(t)

Temos agora um conjunto de equações de 1a ordem (linear).

Assumindo a condição inicial para cada Pk(t)

1, para k=0

Pk(0) =

0, para k #0

Há 0 (zero) membros nosistema quando t = 0

Processo de Poisson

d Pk(t) /dt = λPk-1(t) - λ Pk(t), k ≥ 1

d P0(t) /dt = - λP0(t)

Temos:

P0(t) = e - λt

Queremos: P1(t), P2(t), ..... , Pk(t)

P1(t) = ?

d P1(t) /dt = λ P0(t) - λ P1 (t)

= λ e - λt - λ P1 (t) ∴ P1(t) = λ t e - λt

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Processo de Poisson

Queremos: P1(t), P2(t), ..... , Pk(t)

P1(t) ?

d P1(t) /dt = λ P0(t) - λ P1 (t)

= λ e - λt - λ P1 (t) ∴ P1(t) = λ t e - λt

(λ t)k e - λt

Pk(t) = –––––––––– , para k ≥ 0 e t ≥ 0K!

Esse é o Processo de Poisson

Como usar os processos

� Examinaremos apenas PNM em equilíbrio, i.e., consideramos o nosso sistema de filas no regime permanente

� No regime permanente, o comprimento da fila varia, naturalmente. O que fica estável (não depende do tempo) é a probabilidade da fila ter k fregueses (pk). Com essa suposição, eliminamos t (tempo),

Desejamos: pk ∆ lim Pk(t)

t → ∞

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Como usar os processos

k-1

pk = p0 ∏ λi / µi+1

i=0

∞ k-1

p0 = 1 / ( 1 + Σ ∏ (λi / µi+1))k=1 i=0

Para: ∞Σ pk = 1k=0

Equações Básicas da Teoria das Filas

Como usar os processos

O sistema é estável:

pk > 0 ( a probabilidade de ocorrer uma chegada em umestado k não é nula)

p 0 ≠ 0 (o sistema esvazia em algum tempo)

pk vai diminuindo depois de um certo k

λk / µk < 1 , para k ≥ k0

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Teoria da Filas

Teoria das Filas

� Teoria dos processos Estocásticos aplicada ao estudo de Sistemas de Filas

� Os processos de interesse são aqueles nos quais os fregueses chegam a um sistema de filas, esperam em fila para serem atendidos nos seus requisitos de serviço e, eventualmente, partem do sistema

� A caracterização de um sistema de filas é feita conforme:� O processo estocástico de chegadas de fregueses

� O processo estocástico de serviço para cada freguês

� A estrutura do sistema

� A disciplina de atendimento aos fregueses na fila

� O comportamento dos fregueses no sistema

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Rede de Filas

� Sistemas de Redes de Filas� São sistemas de filas interconectados segundo uma dada

topologia

� Tipos de Sistemas de Redes de filas� Redes Abertas: fregueses entram no sistema e

eventualmente saem deste

� Redes Fechadas: possuem um número fixo de fregueses (população) circulando na rede. Do ponto de vista do usuário, é como se não houvesse entrada e saída de fregueses

� Redes Mistas:são do tipo abertas para certas classes de fregueses e fechadas para outras

Processo de chegadas

� O processo de chegadas é caracterizado pela especificação da Função Distribuição de Probabilidade (FDP) dos tempos de interchegadas (inter-arrival times), A(t),de fregueses no sistema

A(t) = P[tempo de interchegada≤ t] (1)

� Para simplificação matemática, pode-se adotar a hipótese de que os tempos de interchegadas são variáveis aleatórias independentes estatisticamente distribuídas de acordo com A(t), i.e., o processo de chegadas de freguês é um processo regenerativo, caracterizado por essa função� Processo estocástico que possui a propriedade de se regenerar

probabilisticamente (existem instantes no tempo em que o PE assumirá probabilisticamente um estado anteriormente alcançado)

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Processo de Serviço

� O processo de serviço é caracterizado pela especificação da FDP do tempo de serviço, B(x), para cada um dos fregueses� O tempo de serviço de um freguês é o tempo que o

servidor leva para atender a sua demanda de serviço

B(x) = P[tempo de serviço ≤ x]

� Para simplificação matemática, assume-se que o processo de serviço é independente do processo de chegada e que os tempos de serviços dos fregueses são VAs independentes

Estrutura do Sistema

� A estrutura do sistema é caracterizada:� Capacidade de enfileiramento (comprimento de fila, vagas

na fila)

� Número de servidores

� Classes de fregueses

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Disciplina de Atendimento

� A disciplina de atendimento descreve a ordem em que os fregueses em fila são atendidos pelo(s) servidores(s)� FCFS (First Come, First Served): primeiro que chega,

primeiro a ser atendido

� LCFS (Last Come First Served): último que chega, primeiro a ser atendido

� Randômica: um freguês em fila é escolhido de forma randômica para ser atendido

Comportamento de Fregueses

� O comportamento dos fregueses nas filas impacta as características do sistema� fregueses aguardam em fila até serem atendidos,

� fregueses podem saltar de fila, e

� fregueses podem desertar da fila

� Essas características são definidas durante a criação do modelo, de acordo com as classes de fregueses, a interação entre elas, a priorização dada, etc.

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Notação

� Notação para um sistema de fila: A/B/m/K/N

� A: Função de Distribuição de Probabilidade (FDP) dos tempos de interchegadas de clientes

� B: Função Distribuição de Probabilidade dos tempos de serviços

� m: número de servidores

� K: Comprimento máximo de fila

� N: População do sistema

� Notação simplificada: A/B/m

M/M/m/K/N

fila servidorChegada de Fregueses Partida de

Freguses

Freguesesesperandoserviço

{t} {x}(w) (x)

T

servidores

1

m(K)

N: População

Exp(λ) Exp(µ)

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Significado dos termos

� Conjunto de FDPs mais usadas

� M - Exponencial (M vem de Markovian Process)

� U - Uniforme

� D - Determinístico

� G - Geral

Hipóteses Simplificadoras

� A Distribuição Exponencial� Representa a distribuição dos intervalos de tempo entre

a ocorrência de eventos aleatórios distintos sucessivos (independentes), descrevendo um processo completamente desordenado (pior hipótese)

� Em modelos de redes de filas que podem representar sistemas de recursos compartilhados, a suposição de tempos de interchegadas de fregueses com distribuição exponencial é razoável se o sistema apresentar um número grande de fregueses independentes

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Lei de Little

Lei fundamental da Teoria das Filas

Sejam:λt ∆ taxa de chegada média de fregueses no intervalo (0,t)

Tt ∆ tempo de resposta médio dos fregueses no intervalo (0,t)

Nt ∆ número médio de fregueses no sistema

No regime permanente; lim λt = λ e lim Tt = Tt →∞ t →∞

Nt = λtTt

N = λ .T

Lei de Little

� Lei fundamental da Teoria das Filas� O número médio de fregueses em um sistema de filas é

igual a taxa média de chegada de fregueses vezes o tempo médio gasto nesse sistema

� Vale para qualquer sistema

� Por extensão:� Nq ∆ número médio de fregueses em fila

� Ns ∆ número médio de fregueses no serviço

� Para: W = tempo de fila médio

X = tempo de serviço médio

Nq = λ .W

Ns = λ .X

T = W + X

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Utilização

� Fator de Utilização (ρ )� Considerando os parâmetros R e C, sendo:

� R ∆ carga de trabalho “que entra no sistema”

� C ∆ Capacidade máxima para fazer o “trabalho”

ρ ∆ R/C

Para uma fila G/G/1: ρ = R/C = λ .X / 1 ρ = λ .X

Para uma fila G/G/m: ρ = R/C = λ .X / m ρ = λ .X/m

Utilização

Interpretação para ρ

0 ≤ ρ ≤ 1 ρ = E [fração de servidores ocupados]

Condição de Estabilidade

Para G/G/1 R < C 0 ≤ ρ < 1

Distribuições limites existem para todas as VAs de interesse

Todos os fregueses eventualmente serão servidos

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Utilização

Interpretação de ρ para o sistema G/G/1 estável

Seja: p0: probabilidade que o servidor está livre

ρ = fração de tempo em que o servidor permanece ocupa do

De outra forma:

Pela Lei de Little:

Ns = λ .X (Ns =número médio de fregueses no serviço)

ρ = 1 - p0

Ns = ρ = λ .X

PNM em Equilíbrio

� Teoria das Filas elementar somente estuda sistemas abertos com distribuição de probabilidades exponencial (sistemas Markovianos)� M/M/1: 01 servidor (sistema de fila clássica)

� M/M/m: m servidores

� M/M/ ∞ : infinito servidores

� M/M/1/K: armazenamento finito (K)

� M/M/m/m: sistema de perdas, m servidores

� M/M/1//M: população finita

� M/M/ ∞ //M: infinito servidores, população finita

� M/M/m/K/M: m servidores, armazenamento finito(K) e população finita (M)

Vamos abordar mais detalhes referentes ao sistema M/M/1

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Sistemas M/M/1

fila servidorChegada de Fregueses Partida de

Freguses

Freguesesesperandoserviço µλ

(sem limite)

População: sem limite

Sistema de Filas M/M/1

Sistemas M/M/1

Entre as medidas de desempenho do sistema M/M/1, interessam-nos principalmente:

ρ : fator de utilização do sistemaρ = λ / µ , para λ ≤ µ 0 ≤ ρ < 1

N: Número médio de fregueses no sistema (fila + servidor)

N = ρ / (1 - ρ ),

T: Tempo médio de resposta (Tempo médio de fila (W) + tempo médio de serviço (X)

T = (1/ µ ) / (1 - ρ )

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Sistemas M/M/1

ρ : fator de utilização do sistema

ρ = λ . X = λ / µ

Condição de estabilidade: λ < µ 0 ≤ ρ < 1

Cálculo de pk e p0

Desenvolvendo (Vide PNM), chega-se a:

p0 = (1 - λ / µ) = 1 - ρ (já conhecíamos)

e

pk = (1 - ρ )ρk , para k = 0,1,2, ....

Sistemas M/M/1

N: Número médio de fregueses no sistema (fila + servidor)∞

N = Σ k. p k , desenvolvendo chega-se ak=0

N = ρ / (1 - ρ)

N

ρ →

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Sistemas M/M/1

T: Tempo médio de resposta (tempo médio de fila (W) + tempo médio de serviço (X = 1/ µ )

Usando a Lei de Little: N = λ TT = N/ λ

T = [ρ/(1 - ρ)] / λ= [ρ/(1 - ρ)] * (1 / λ) = (λ / µ) * [1 / λ(1 - ρ )]= 1/ [µ (1 - ρ )]

Equação básica na análisede atrasos em sistemas deredes de filas

T

ρ →

1/µ

Sistemas M/M/1

� Exemplo 1� Transações chegam a SBD conforme um processo de

Poisson com média 10 por minuto. O SBD processa uma transação de cada vez. O tempo de atendimento é conforme uma distribuição exponencial com média de 4 segundos

� Qual a probabilidade de formar uma fila de transações?

� Qual o comprimento médio dessa fila?

� Qual o tempo médio (espera) para uma transação em fila?

� Quantos segundos por minuto o SBD fica livre para atender ao DBA?

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Sistemas M/M/1

� Exemplo 1 – Solução� λ : taxa média de chegada = 10 transações/minuto = 10/60 tps

� µ: taxa média de atendimento = 0,25 transação / s

� ρ: fator de utilização = λ / µ = (0,167) / 0,25 = 0,67

fila servidorChegada de Fregueses Partida de

Freguses

Freguesesesperandoserviço

Sistema M/M/1

(λ)(µ)

Sistemas M/M/1

� Exemplo 1 - Solução� Qual a probabilidade de formar uma fila de transações?

P [formar fila] = 1 - (p0 + p1), Temos: pk = (1 -ρ) ρk

P [formar fila] = 1 - [(1-0,67) + (1-0,67)·0,67]

P [formar fila] = 0,45

� Qual o comprimento médio dessa fila?Nq = λ . W = λ .(T - X)

= λ .(1/ [µ (1 -ρ )] - 1/ µ) = λ ρ / [µ (1 -ρ )]

= 0,167* 0,67 / [0,25 (1 –0,67)]

= 1,36 transações

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Sistemas M/M/1

� Exemplo 1 – Solução� Qual o tempo médio para uma transação no sistema?

T = 1/ [µ (1 -ρ )] = 1 / (0,25*0,33) = 12 s

� Quantos segundos por minuto o servidor fica livre para o DBA?% tempo livre = p0 = 1 -ρ = 1 – 0,67 = 0,33 => 20 s por m

Sistemas M/M/1

� Exemplo 2� Um canal de comunicação com capacidade igual a 50 Kbits/seg é o

enlace principal de uma rede de comutação de pacotes

� O comprimento dos pacotes na rede é de 1k bits

� Pacotes chegam a um roteador para serem transmitidos pelo canal conforme uma distribuição exponencial com taxa média de 35 pacotes/seg (processo de chegada Poisson)

� Supõe-se que há buffers suficientes para atender a demanda de pacotes que devem aguardar a vez de serem transmitidos, um de cada vez, conforme ordem de chegada (disciplina FCFS)

λ = 35 p/s (1kbits)

C = 50 p/s

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Sistemas M/M/1

� Exemplo 2� Desejamos Conhecer

� A utilização do canal

� O número médio de pacotes no sistema (fila + serviço)

� O atraso médio de um pacote (tempo médio de fila + tempo médio de transmissão)

λ = 35 p/s (1kbits)

C = 50 p/s

Sistemas M/M/1

� Exemplo 2

λ = 35 p/s

C = 50 p/s

(1kbits)

fila servidorChegada de Fregueses Partida de

Freguses

Freguesesesperandoserviço

µλ

Sistema M/M/1

O canal é

o servidor

A fila se forma

no roteador

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Sistemas M/M/1

� Exemplo 2 - Solução� Temos: λ = 35 pacotes/seg

� Para usarmos a solução M/M/1, assumimos que a distribuição dos comprimentos dos pacotes é exponencial (geométrica), com média 1kbit

� Podemos agora determinar o tempo de transmissão de um pacote no canal conforme a distribuição exponencial com média igual a 1/µC = 0,02 seg (a taxa média de transmissão de pacotes no canal é µC = 50 pacotes / seg)

Sistemas M/M/1

� Exemplo 2 – Solução� Utilização do Canal: ρ = λ / µ

� ρ = λ / µC = 35 / 50 = 0, 7 (o canal transmite durante 70% do tempo)

� O número médio de pacotes no sistema (fila + serviço): N = ρ / (1 - ρ) � N = 0,7/ (1 - 0,7 ) = 2,33 pacotes

� Atraso médio de um pacote (tempo médio de fila + tempo médio de transmissão): T = (1/ µ ) / (1 -ρ ) � T = (1/ µ C) / (1-ρ) = 1 / (µC-λ) =

� = (1 / (50 - 35) = 0,066 seg

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Redes de Filas

Redes de Filas

� Conjunto de estações de serviço (facilidades/nós) conectadas de forma a atender às solicitações de serviço dos fregueses; ou

� Múltiplas estações de serviço e suas classes, operando de forma assíncrona e concorrente

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Rede de Filas Mista

Aberta para as classes 1 e 2 e fechada para a class e 3

µ3Fonte 1

(classe 1)nó 1

nó 2

nó 3

Fonte 2

(classe 2)

k freg.

(classe 3)

µ2µ1

Sorvedouro

Redes de Filas Tandem

µ2

Solução: RFs abertas sem realimentação

Fontenó 1 nó 2

µ1

Sorvedouro

Teorema de Burke

M/M/1 ?/M/1

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Teorema de Burke

� No regime permanente, a saída de uma fila M/M/m, com taxa de entrada γ, com cada servidor i atendendo com taxa µi , é um Processo de Poisson com taxa γ, estatisticamente independente do processo de entrada

� Consequência: o nó 2 também é M/M/1 com taxa de chegada de fregueses γ e pode ser analisado independentemente do nó 1.� TRF = T1 + T2 = (1/µ1) / (1 -ρ1) + (1/ µ2) / (1 -ρ2)

para ρ i = γ / µi M/M/1

Generalização de Burke

� Numa Rede de Filas aberta, em que:� Cada nó tem um ou mais servidores exponenciais

� Os processos de entrada são Poisson (não há realimentação, o que destruiria a suposição Processo de Poisson)

cada nó pode ser analisado independentemente (M/M/m)

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Avaliação de Sistemas

µ3nó 1

nó 2nó 3

µ2

µ1γ1

γ2

γ1+ γ2 γ1+ γ2

γ1 < µ1

Condição de estabilidade γ1+ γ2 < µ2

γ1+ γ2 < µ3

Teorema de Jackson

� Seja:� Uma Rede de Filas com N nós, onde o nó i tem mi

servidores exponenciais, cada um com parâmetro µi ;

� O processo de chegada externo ao sistema para o nó i é Poisson, com taxa γi

� Um freguês saindo do nó i passa ao nó j com probabilidade rij

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Teorema de Jackson

Temos:

� r ii ≥ 0

� Pode haver realimentaçãoN

� O freguês parte do nó i com probabilidades 1 - Σ r ijj=1

Deseja-se calcular λi , a taxa média total de chegadas no nó i, isto é, a soma de todas as chegadas externas (Poisson) com as chegadas (não necessariamente Poisson) dos nós internos

Teorema de Jackson

µ3nó 1

nó 2 nó 3

µ2

µ1

γ1

γ2

γ1+ γ2 γ1+ γ2

r21

r31

Temos: N

λi = γi + Σ λj r ji , i = 1, 2,..., Nj=1

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Teorema de Jackson

µ3nó 1

nó 2 nó 3

µ2

µ1

γ1

γ2

γ1+ γ2 γ1+ γ2

r21

r31

Condição de Estabilidade:

λi ≤ m i µ1 , i = 1, 2 e 3 (m i : # servidores no nó i)

Teorema de Jackson

� Jackson provou que apesar do processo de chegada aos nós não ser necessariamente Poisson, a Rede de Filas se comporta como se cada nó fosse uma fila M/M/m i, com um processo de entrada Poisson com taxa µ1