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CESA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA GESTORES DO SISTEMA ESTADUAL DE AGRICULTURA JOÃO EDINO DEL ANTONIO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA DE UMA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRÍCOLA LONDRINA PR 2011

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA ... · AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA DE UMA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRÍCOLA ... visão futura

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CESA – CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA GESTORES DO

SISTEMA ESTADUAL DE AGRICULTURA

JOÃO EDINO DEL ANTONIO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA DE UMA ESTAÇÃO

EXPERIMENTAL AGRÍCOLA

LONDRINA – PR 2011

1

JOÃO EDINO DEL ANTONIO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA DE UMA ESTAÇÃO

EXPERIMENTAL AGRÍCOLA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Administração Pública para Gestores do Sistema Estadual de Agricultura, do Departamento de Administração da UEL, como requisito final para obtenção do título de Especialista

Orientador: Profº. Umberto Antonio Sesso Filho

Londrina - Paraná

2011

2

JOÃO EDINO DEL ANTONIO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA DE UMA ESTAÇÃO

EXPERIMENTAL AGRÍCOLA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Administração Pública para Gestores do Sistema Estadual de Agricultura, do Departamento de Administração da UEL, como requisito final para obtenção do título de Especialista

Orientador: Profº. Umberto Antonio Sesso Filho

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________ Profº. Umberto Antonio Sesso Filho Universidade Estadual de Londrina

____________________________________ Profº. João Massarutti

Universidade Estadual de Londrina

____________________________________ Prof°. Antonio Carlos Moretto

Universidade Estadual de Londrina

Londrina, 30 de Maio de 2011.

3

DEDICATÓRIA

A esposa e mãe Dirce Santos Del Antonio in memorian minha sincera e eterna

gratidão da sua ausência de nossas vidas terrenas.

Saudades para o sempre...

Deus a ilumine...

Amor...

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da sabedoria e humildade.

“Caminhemos alegres pela vida! Plantemos sementes boas de paz e otimismo,

Vivendo bem com nossa consciência”.

Ao Professor Umberto Antônio Sesso Filho pela amizade e sábia

orientação.

Ao Professor Gerson Antonio Melatti pela coordenação concisa e

ilibada.

A direção do Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR e da

Universidade Estadual de Londrina – UEL, pela viabilização do curso objetivando

capacitação dos colaboradores.

Aos filhos Juliano e Tiago com reconhecimento do apoio recebido nos

programas de informatização e paciência.

Muito obrigado !

5

EPÍGRAFE

“Para realizar grandes conquistas devemos

não apenas agir, mas também sonhar, não

apenas planejar, mas também acreditar...”

Anatole France

6

DEL ANTONIO, João Edino. Avaliação de desempenho e prospecção de demanda tecnológica de uma Estação Experimental Agrícola. 2011. 67 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Administração Pública para Gestores do Sistema Estadual de Agricultura). UEL – Universidade Estadual de Londrina.

RESUMO

O presente trabalho aborda o desempenho atual do Instituto Agronômico do Paraná e da Estação Experimental Luiz Natal Bonin de Cambará – PR, como promissor e com índices de positividade respeitáveis e, realiza uma sondagem futura de demandas do agronegócio para município de Cambará e confrontantes no Estado do Paraná. Orientado pelo delineamento do tripé do transbordamento de técnicas, eficiência e sustentabilidade, pontuou-se objetivamente em identificar e avaliar as demandas nascentes do anseio de uma sociedade participativa e qualificada, os quais enumeramos com destaque para a bovinocultura de leite, fruticultura de clima temperado e olericultura sob estufa, para uma futura diversificação de um sistema produtivo, como novas alternativas para atender as necessidades de produtividade e suporte para fixação de novas gerações no campo. Mister que a sociedade agrícola como um todo, incluindo os órgãos de pesquisa, as assistências técnicas públicas e privadas, órgãos de fomentos e universidades permearão caminhos prospectivos para o sucesso e o bem-estar coletivo da sociedade com uma inclusão positiva.

Palavras-Chave: Administração; Agricultura; Estação Experimental; Prospecção de demanda tecnológica; Transbordamento;

7

DEL ANTONIO, João Edino. Performance evaluation and exploration of an Agricultural Experimental Station technological demands. 2011. 67 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Administração Pública para Gestores do Sistema Estadual de Agricultura). UEL – Universidade Estadual de Londrina.

ABSTRACT This paper discusses the current performance of the Agronomy Institute of Paraná and the Experimental Station of Luiz Natal Bonin from Cambará – PR., as a promising and with respectable levels of positivity, and conducts a survey of future demands for agribusiness in the city of Cambará and confrontational in Parana State. Guided by the designed tripod of overflow techniques, efficiency and sustainability, we were oriented objectively to identify and assess emerging demands of the yearning for a participatory and qualified society, which we enumerate with emphasis on dairy production, fruit production in temperate climate and under greenhouse horticulture, for further diversification of a production system, as new alternatives to meet the needs of productivity and support for establishment of new generations in the field. It is necessary that the agricultural society as a whole, including the research institutions, public and private technical support, governmental institutions and universities permeate prospective paths for success and the collective welfare of society with a positive inclusion. Keywords: Administration; Agriculture; Experimental Station; Exploration of

tecgnological demands; Overflow;

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Localização das Unidades Físicas do IAPAR no Estado

do Paraná ..........................................................................................

16

Figura 2 – Temperatura global média incluindo as terras e oceanos

do planeta, desde 1960 .....................................................................

18

Figura 3 – Temperaturas médias da Estação Experimental de

Cambará no período de 1957 à 2009 ................................................

19

9

LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 – Setor de atividades – Cambará – 2010 ..........................

37

Gráfico 2 – Mensuração do grau de envelhecimento – Cambará –

2010 ...................................................................................................

38

Gráfico 3 – Índice de aprovação regional sobre a atuação do

IAPAR – Cambará – 2010 .................................................................

40

Gráfico 4 – Visão sobre as políticas públicas – Cambará – 2010 .... 40

Gráfico 5 – Amostra em porcentagem da Estação Experimental de

Cambará – 2010 ................................................................................

43

Gráfico 6 – Eventos na Estação Experimental Cambará – 2010 ...... 45

Gráfico 7 – Conceito dos eventos da Estação Experimental na

visão dos participantes – Cambará – 2010 ........................................

46

Gráfico 8 – Porcentagem de atuação da Estação Experimental

sobre a melhoria desenvolvimento agrícola regional – Cambará –

2010 ...................................................................................................

47

Gráfico 9 – Satisfação dos entrevistados em relação à atuação da

Estação Experimental de Cambará – 2010 ......................................

48

10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Setores de atividade – Cambará – 2010 .......................... 37

Tabela 2 – Mensuração do grau de envelhecimento – Cambará –

2010 ...................................................................................................

38

Tabela 3 – Visão sobre as políticas públicas – Síntese geral –

Cambará - 2010 .................................................................................

40

Tabela 4 - Avaliação da Estação Experimental de Cambará – 2010 42

Tabela 5 - Realização de eventos na Estação Experimental Luiz

Natal Bonin – Cambará – 2010 ..........................................................

44

Tabela 6 - Conceito sobre o evento dentre os participantes –

Cambará – 2010 ................................................................................

45

Tabela 7 - Presença e atuação da Estação Experimental quanto à

melhoria do desenvolvimento agrícola da região de Cambará –

2010 ...................................................................................................

46

Tabela 8 - Satisfação dos entrevistados em relação à atuação da

Estação Experimental de Cambará – 2010 .......................................

48

Tabela 9 - Identificação de demandas tecnológicas segundo os

entrevistados – Cambará – 2010 .......................................................

Tabela 10 - Identificação de demandas tecnológicas regionais para

a atualidade – Cambará – 2010 .........................................................

Tabela 11 - Identificação de demandas tecnológicas – Cambará –

2010 ...................................................................................................

50

52

52

Tabela 12 - Responsabilidade pela identificação de demandas

tecnológicas – Pesquisa x Comunidade – Cambará – 2010 .............

Tabela 13 - Importância quanto a validação e confiabilidade para

recomendações e sugestões para vendas do Estado

(Sementes/Máquinas) – Cambará – 2010 .........................................

54

55

Tabela 14 - Responsabilidade da função de assistência técnica e

difusão de tecnologia – Cambará – 2010 ..........................................

Tabela 15 - Grau de satisfação e credibilidade às novas sementes

lançadas – Cambará – 2010 .............................................................

56

56

Tabela 16 - Tempo útil para lançamento de material

11

(sementes/mudas) e validação – Cambará – 2010 ...........................

Tabela 17 - Grau de credibilidade do MIP/Solos – Fertilidade –

Cambará - 2010 .................................................................................

Tabela 18 - Agricultura de subsistência, fomento e vendas em

pequenas quantidades de sementes pela Estação Experimental de

Cambará – 2010 ................................................................................

57

57

58

12

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 14

1.1. OBJETIVOS .................................................................................... 15

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................

16

2.1. ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRÍCOLA E METEOROLÓGICA LUIZ NATAL

BONIN - LOCALIZAÇÃO ..........................................................................

17

2.2. ASPECTOS DELINEADORES E LIMITADORES DA ANÁLISE DO CLIMA .... 17

2.2.1. Mudanças Globais do Clima .................................................... 18

2.2.2. Acessibilidade aos Dados ........................................................ 19

2.3. GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL ............ 20

2.4. ASPECTOS POSITIVOS DA INTERAÇÃO PESQUISADOR – APOIO DE

CAMPO DESCENTRALIZADO ...................................................................

21

2.5. PROBLEMAS FUNCIONAIS NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL .................... 22

2.5.1. Padrão de Pesquisa ................................................................. 22

2.5.2. Decisões Operacionais ............................................................ 22

2.5.3. Tamanho da Estação Experimental ......................................... 23

2.5.4. Metodologia Operacional ......................................................... 23

2.5.5. Exigência Final .........................................................................

24

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................... 26

3.1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ......................................................... 27

3.2. PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA ..................................... 28

3.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....................................................... 28

3.4. ANÁLISE PRODUTIVA DA AMÉRICA LATINA ........................................ 30

3.4.1. Análise das Bases Físicas ....................................................... 30

3.4.2. Difusão e Transferência Tecnológica ......................................

31

4. METODOLOGIA ............................................................................

34

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................... 37

5.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO PRELIMINAR ......................................... 37

13

5.1.1. Perfil dos Entrevistados ........................................................... 37

5.1.2. Avaliação da Atuação Regional do Instituto Agronômico do

Paraná – Cambará – 2010 .................................................................

39

5.1.3. Análise das Políticas Públicas Voltadas ao Pequeno Produtor

e Programas Lançados pelo Sistema SEAGRI – Cambará - 2010 ...

40

5.1.4. Visão dos Entrevistados da Atuação da Estação

Experimental Luiz Natal Bonin de Cambará ......................................

42

5.1.5. Identificação de Demandas Tecnológicas Regionais ............. 49

5.1.5.1. Identificação de demandas tecnológicas regionais para a

atualidade – Cambará – 2010 (Tabela 10)

.........................................

52

5.1.5.2. Identificação de demandas tecnológicas – Cambará – 2010

(Tabela 11) .........................................................................................

52

5.1.6. Grau de Satisfação e Credibilidade às Novas Sementes

Lançadas – Cambará – 2010 (Tabela 15) .........................................

56

5.1.7. Tempo Útil Para Lançamento de Material (Sementes/Mudas)

e Validação – Cambará – 2010 (Tabela 16) ......................................

57

5.1.8. Grau de Credibilidade do MIP/Solos – Fertilidade – Cambará

– 2010 (Tabela 17) .............................................................................

57

5.1.9. Agricultura de Subsistência, Fomento e Vendas em

Pequenas Quantidades Pela Estação Cambará – 2010 (Tabela 18)

58

5. CONCLUSÃO ................................................................................

60

6. REFERÊNCIAS .............................................................................

61

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................

65

8. ANEXO A – QUESTIONÁRIO .......................................................

68

14

1. INTRODUÇÃO

O fenômeno da globalização tem levado a humanidade a

repensar acerca das rápidas, irreversíveis e profundas transformações pelas

quais passam a sociedade civil e, em especial a organização do agronegócio

brasileiro.

O Brasil por sua vasta extensão territorial, diversidade de clima e

solo, mudanças cíclicas das chuvas, alterações das temperaturas com

influência no aquecimento global, necessidade de maior preocupação com

mananciais, lixões e uso de pesticidas deve desenvolver políticas públicas

baseadas em sustentabilidade, visão futura abrangente e diminuição do

desmatamento desordenado em áreas e regiões sem aptidão agrícola.

Ao se observar fatores sociais se vislumbram as dificuldades

encontradas pelas classes compostas de jovens, estes com reduzida

qualificação profissional bem como idosos com baixa remuneração. Nesse

sentido, dada a diversidade das origens dos povos colonizadores, hábitos e

costumes socioculturais diversificados, estes acabam por influenciar na

reflexão sobre a falta de políticas para o desenvolvimento social, exarada pelos

costumes, hábitos e conhecimentos regionais característicos de cada etnia.

Para tanto, torna-se imperioso a criação e fomentação dos

campos avançados das universidades e instituições de pesquisa com bases

físicas regionais representativas bem como recursos humanos aptos e

capacitados, tanto qualitativa como quantitativamente, com treinamentos e

cursos de formação adequados e específicos em cada área de

sustentabilidade.

O intercâmbio entre instituições de pesquisas e universidades é

básico e fundamental para as trocas de informações das interações dos

avanços tecnológicos e científicos, das mudanças de conceitos e revisão dos

paradigmas que norteiam as pesquisas, sejam elas de base, ou avançadas.

Oportuno se torna dizer que a era da experimentação de campo teve início em

1834, quando J. B. Boussingault, químico francês montou o primeiro

experimento de campo em Bechelbonn, na região da Alsácia. Contudo, só em

1843, Lawes e Gilbert, em Rothamsted, Inglaterra, estabeleceram um

15

experimento na forma que ainda hoje é executado (COLLIS; DAVEY, 1960

apud FAGERIA; STONE; SANTOS, 1999, p. 281).

Destarte, pode-se definir basicamente uma Estação Experimental

como sendo uma base física representativa de uma região, constituída de

infraestrutura (bens móveis e imóveis), com objetivo de se apoiar as atividades

de pesquisa e extensão na área agrícola e animal.

1.1. OBJETIVOS

O presente trabalho tem como objetivo quantificar e analisar o

desempenho de uma Estação Experimental Agrícola junto à população do

Norte Pioneiro do Paraná, e do produtor agrícola. Especificamente, pretende-

se:

a) Realizar a análise de desempenho do instituto de pesquisa e

da Estação Experimental Luiz Natal Bonin, em Cambará, Estado do Paraná,

perante a sociedade;

b) Identificar demandas tecnológicas da comunidade.

16

2. JUSTIFICATIVA

A Estação Experimental tem alcançado muitos avanços e

reconhecimento junto a sua sede, pela seriedade e responsabilidade com que

implanta e conduz os experimentos alocados, campos de produção de

sementes, coleta de dados e observação meteorológica realizadas diariamente

em três períodos ininterruptos (Ver figura 1).

Figura 1 - Localização das Unidades Físicas do IAPAR no Estado do Paraná1

Esta pesquisa lastreia-se no fato de que as Estações

Experimentais Agrícolas e Meteorológicas são fundamentais e transformadoras

de tecnologia de um Estado/País agrícola não sendo, portanto, diferente

naquilo que concerne ao Estado do Paraná, ente da federação brasileira, de

base produtiva eminentemente diversificada no que tange o agronegócio.

Registre-se ainda que o Instituto Agronômico do Paraná está

presente em todo o Estado, com Estações Experimentais e uma Rede

Meteorológica (Figura 1), sempre buscando gerar tecnologias adaptadas às

1 OLIVEIRA, Dalziza de (coord.). Mudanças globais do clima – IAPAR e SEAB em busca de

soluções. p. 14.

17

demandas regionais (OLIVEIRA, CARAMORI e GRODZKI, 2007, p. 14), as

quais são importantes para delinear e nortear as tomadas de decisões no curto

e longo prazo do setor agrícola.

2.1. ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRÍCOLA E METEOROLÓGICA LUIZ NATAL BONIN -

LOCALIZAÇÃO

A Estação Experimental Luiz Natal Bonin, localizada na BR-369,

no seu Km 14, sentido Ourinhos, Estado de São Paulo, com Latitude 23º00’ S,

Longitude 50º 02’ W e Altitude 450 metros, no Município de Cambará, Estado

do Paraná e pertencente a Unidade Regional de Pesquisa – Norte (URP-Norte)

com sede em Londrina, Paraná, possuindo uma área constituída de 220

(duzentos e vinte) hectares, onde no ano de 2007 houve uma redução parcial

da área devido a uma cessão de 100 (cem) hectares ao Centro Estadual de

Educação Profissional Agrícola (CEEP Agrícola), comumente conhecido como

Colégio Estadual Agrícola do Município de Cambará.

No que tange sua infraestrutura, a Estação Experimental de

Cambará possui: escritório, armazéns, casas, Unidade de Beneficiamento de

Sementes (UBS/Algodão), oficina, máquinas de pré-limpezas, terreiros em

alvenaria e estação meteorológica bem como um conjunto de irrigação para 4

(quatro) hectares.

2.2. ASPECTOS DELINEADORES E LIMITADORES DA ANÁLISE DO CLIMA

Três são os aspectos delineadores e limitadores do clima. De

acordo com Orlando Pessuti, então Secretário da Agricultura do Estado do

Paraná, o primeiro aspecto diz respeito ao conhecimento do clima e seus

efeitos sobre as plantas cultivadas, já que muito se perdeu por falta de

informações que levaram os produtores a cultivar espécies em regiões e

épocas inadequadas.

Os outros dois aspectos a serem considerados são

respectivamente a geração de dados - informações confiáveis, precisas e com

responsabilidades - e a acessibilidade aos dados meteorológicos sem custos

ao produtor (CARAMORI, 2003, p. 7).

18

2.2.1. Mudanças Globais do Clima

Figura 2 - Temperatura global média incluindo as terras e oceanos do planeta, desde 1960.2

As mudanças climáticas, efeito estufa ou aquecimento global

(Figura 2) são termos relativos a um mesmo problema e tem ocupado cada vez

mais espaço na mídia brasileira e mundial (OLIVEIRA, CARAMORI e

GRODZKI, 2007, p. 9).

Embora haja uma variação do clima de ano para ano, há fortes

evidências de que são as atividades humanas que estão aumentando

exageradamente a concentração dos gases causadores do efeito estufa

(GEEs). Entretanto, “[...] ainda é difícil saber com certeza como o clima irá

mudar em cada região do planeta” (OLIVEIRA; CARAMORI; GRODZKI, 2007,

p. 9).

2 OLIVEIRA, 2007, p. 10.

19

Cambará - Temperatura média do ar °C

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,01/3

/1957

1/3

/1959

1/3

/1961

1/3

/1963

1/3

/1965

1/3

/1967

1/3

/1969

1/3

/1971

1/3

/1973

1/3

/1975

1/3

/1977

1/3

/1979

1/3

/1981

1/3

/1983

1/3

/1985

1/3

/1987

1/3

/1989

1/3

/1991

1/3

/1993

1/3

/1995

1/3

/1997

1/3

/1999

1/3

/2001

1/3

/2003

1/3

/2005

1/3

/2007

1/3

/2009

Figura 3 - Temperaturas médias da Estação Experimental de Cambará no período de 1957 à 2009.

3

A Figura 3 mostra a importância da coleta de dados no período

compreendido entre os anos de 1957 até 2009, na microrregião do Norte

Pioneiro paranaense, pela Estação Experimental Luiz Natal Bonin, de

Cambará.

As mudanças no regime de temperaturas podem afetar também o

regime de chuvas, intensidade dos ventos e outros. Contudo, a preocupação é

grande com relação aos países em desenvolvimento como o Brasil, que

poderão sofrer muito mais com as mudanças climáticas do que os países

desenvolvidos (OLIVEIRA; CARAMORI; GRODZKI, 2007, p. 9).

2.2.2. Acessibilidade aos Dados

A partir da Resolução nº. 1.566/2010 do Instituto Agronômico do

Paraná, a cessão de dados meteorológicos, com fins de benefício à

comunidade, tais como a realização de estudos e observados critérios

elencados em seu ínterim, passou a ser feita de forma gratuita.

Dentre os referidos critérios contidos na Resolução emanada

destacam-se:

3 Fonte: IAPAR – AAM (Área de Agrometeorologia), 2009.

20

a) o interessado deverá possuir vínculo formal com instituição

pública e realizar estudos sem fins lucrativos;

b) os estudantes de graduação e de pós-graduação devem

encaminhar pedidos de consulta aos dados por meio de professor orientador;

c) os dados solicitados deverão ter finalidade única, sendo vedada

sua utilização para outros estudos, bem como ser repassados a terceiros;

d) os créditos institucionais pertencerão ao Instituto Agronômico

do Paraná;

e) após a concessão de autorização, o interessado deverá

comparecer ao IAPAR, onde será orientado na utilização dos dados, bem como

assinará documento de cessão e compromisso na utilização dos mesmos;

f) ao término o interessado se comprometerá em fornecer uma

cópia do estudo realizado ao Instituto Agronômico do Paraná.

2.3. GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL

Uma boa gestão e organização de uma Estação Experimental são

requisitos fundamentais para seu sucesso e respeitabilidade. Outrossim, a

gestão de uma Estação Experimental é uma especificidade.

É de se verificar que as pessoas que trabalham em uma Estação

Experimental, executam funções e serviços específicos. Este grupo de pessoas

deve ser treinado, organizado e respaldado adequadamente a fim de se obter

os melhores resultados em termos de eficiência nas operações e

administração. Por conseguinte, convém notar que o sucesso de um

empreendimento, indubitavelmente estará amparado nas premissas da

organização e do planejamento estratégico.

De um lado, a organização está baseada em dois parâmetros

básicos: o pesquisador que realiza a pesquisa e as condições com as quais

efetua o trabalho. Finalmente, o planejamento estratégico é uma técnica

administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se

possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia)4.

4 Citação realizada em aula pelo Professor Mario Nei Pacagnan no Curso de Gestão e

Administração Pública – UEL – Londrina, junho de 2010.

21

2.4. ASPECTOS POSITIVOS DA INTERAÇÃO PESQUISADOR - APOIO DE CAMPO

DESCENTRALIZADO

Vários são os aspectos necessários para que um pesquisador

desenvolva seu trabalho. Não só urge ser habilitado cientificamente, possuir

conhecimento dos procedimentos básicos de experimentação e habilidades

técnicas, como também apresentar vocação para identificar as pesquisas de

maior impacto na sociedade e ser perito de alto nível conceitual.

Da mesma maneira, são vários os aspectos e amplitudes para se

preparar as condições de apoio ao pesquisador na realização dos trabalhos:

a) Fonte de recursos;

b) Sistema administrativo eficiente e ágil;

c) Edificações;

d) Laboratórios;

e) Casas de vegetações;

f) Estufas;

g) Unidades de beneficiamento;

h) Bibliotecas;

i) Veículos e maquinários;

j) Apoio e integração com demais áreas (fitotécnia, fisiologia de

plantas, entomologia, estatística, solos etc);

k) Apoio de campo, onde hoje não recebe a atenção necessária

para o sucesso dos experimentos.

O solo, bem como a estrutura associada e os quadros de

colaboradores são a base comum sobre os quais se estruturam os programas

de pesquisa. No entanto, a função dos colaboradores (apoio de campo), nem

sempre é reconhecida com a devida atenção necessária, sendo imprescindível

haver uma análise real do problema, pois é no uso de mão de obra que o

trabalho de pesquisa se baseia. Por tais razões, não se pode medir a

agricultura de pesquisa, com as mesmas normas da agricultura tradicional.

Existe um grande diferencial entre a capacidade científica do

pesquisador e a capacidade intelectual das pessoas e dos sistemas. Estes

devem conduzir as inúmeras tarefas físicas associadas à pesquisa de campo,

devendo haver uma somatória de pensamentos inter-relacionados.

22

É certo que os indivíduos e as atividades devem estar conectadas

para produzirem uma boa pesquisa de campo. No entanto, existem entraves

condicionados às pessoas, algumas das quais são, pois, despreparadas, leigas

ou mal orientadas dentro do sistema produtivo, situação evidenciada quando se

observa que as mesmas são frequentemente analfabetas, ou se vislumbra uma

alta rotatividade de indivíduos descompromissados e, portanto, pouco

motivados.

Entretanto, estes operários e o sistema que eles operam

produzem as colheitas que geram os resultados a serem analisados pelos

métodos mais modernos.

2.5. PROBLEMAS FUNCIONAIS NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL

2.5.1. Padrão de Pesquisa

O agricultor de um modo geral pensa e visualiza a propriedade

com a produção de um só cultivo ou mesmo um número limitado destes. Isto

implica em série limitada de máquinas, práticas culturais e conhecimento

específico (POMEROY, s/d).

Na Estação Experimental, ao contrário disso, pode-se estabelecer

uma gama de cultivos de uma área determinada durante o ano agrícola, o que

demanda uma série de requisitos de máquinas, equipamentos, práticas,

recomendações e conhecimentos, trabalhando-se com programas e projetos

distintos e separados, independentes e, que cuidadosamente não são colhidos

na mesma máquina e época.

A título de exemplo pode-se elencar a existência de experimentos

que requerem um processo de secagem, geralmente lento e independente a

uma determinada temperatura ambiente e protegidos do sol e/ou sombra,

preservando assim, as qualidades e o poder de germinação das sementes.

2.5.2. Decisões Operacionais

Em primeiro plano, é importante ressaltar que o agricultor toma a

decisão do tempo da realização das operações de forma individual, sem

considerar a de outros agricultores, pois são independentes. Diferente disso,

23

em uma Estação Experimental existem “muitos donos”5, cada um definindo sua

posição crítica, e que deve ser executada de imediato pelo apoio de campo.

Neste diapasão é que surgem os problemas e complicações pelo

simples fato de se preparar o terreno e semear o cultivo para todos os

pesquisadores, quase ao mesmo tempo, isto é, exemplificativamente, na

hipótese de haver uma previsão de chuvas em 3 (três) dias.

Cabe à administração da Estação Experimental se programar e,

se necessário, impor prioridades para melhor adequar tempo, época de plantio,

adequação de máquinas, para instalação dos projetos previamente

programados.

2.5.3. Tamanho da Estação Experimental

O tamanho de uma propriedade é um fator diferencial e

importante, pois quanto maior, melhor deverá ser a eficiência e uso de

maquinários modernos.

No entanto, em uma Estação Experimental os talhões

experimentais, denominados blocos experimentais, são pequenos. As

operações de mecanização são limitadas e devem ser previamente planejadas

para a entrada de máquinas, sem prejuízo à implantação, condução e colheita.

A destruição das áreas úteis significa a perda no experimento no ano agrícola.

2.5.4. Metodologia Operacional

As propriedades particulares operam com vistas ao aumento de

produção e produtividade objetivando lucro, através de técnicas modernas

comparadas e garantia de sustentabilidade no campo.

As Estações Experimentais, por seu lado, trabalham com métodos

diferenciados e que, portanto, com frequência divergem dos modelos atuais,

isto é, partindo de técnicas das quais há o domínio e são comprovadamente

confiáveis, passasse a consecução de métodos e práticas desconfortáveis, as

quais promovam evidências do que pode ser prejudicial e consequentemente,

vir a não lograr êxito, antes que alcance a assistência técnica.

5 Deve-se vislumbrar cada pesquisador e seu projeto como sendo uma “propriedade” peculiar,

autônoma das demais.

24

Como se pode verificar, o domínio da tecnologia é o alicerce

fundamental da pesquisa.

2.5.5. Exigência Final

De modo geral, o agricultor faz a condução dos seus plantios

normais os quais são planejados e pré-definidos para a obtenção de lucro,

sobrevivência e sustentabilidade no campo. O objetivo final do produtor

agrícola, o lucro, exige o monitoramento cuidadoso com o custo de produção e

habilidade na comercialização agrícola.

A pesquisa experimental, por sua vez, trabalha com métodos de

controle precisos sem preocupação efetiva de consideração dos custos. A

exigência básica é a confiabilidade, precisão das operações e dados coletados,

com pessoal colaborador hábil e previamente treinado e recebendo bons

salários.

A necessidade de precisão se une à confiabilidade dos dados

para complementação das operações de tabulação que alcançarão a

assistência técnica e consequentemente ocorrendo o transbordamento para as

regiões e o produtor final.

Na propriedade particular algumas perdas ocorridas durante o

ciclo da cultura, significam menor produção ou menor lucro, ao passo que na

Estação Experimental qualquer perda por menor deficiência que seja, pode

significar perda total para o pesquisador, principalmente quando afetada a área

útil do experimento. Como as Estações Experimentais hoje estão muito

próximas dos centros urbanos, as maiores perdas e condenações de

experimentos se devem a visitas inoportunas do ser humano.

Assinale ainda que o apoio de campo para o pesquisador nos

países desenvolvidos é o significado da perfeição do trabalho, em contraponto

ao que se verifica nos países em desenvolvimento, onde existe uma lacuna de

desatenção a qual é minimizada por pessoas de grande esforço, dedicação e

visão futura, que superam as deficiências e mantêm a harmonia entre

pesquisadores e apoio de campo.

Diante do exposto, chega-se à conclusão de que nos últimos anos

a pesquisa tem obtido avanços significativos para o aumento da produção, isto

25

é, se fazendo presente e interagindo diretamente nas demandas regionais

levantadas de hoje e do futuro (POMEROY, s/d).

26

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É cediço o desejo por um setor público eficiente, ágil, eficaz e

qualificado. O problema reside nos obstáculos que se encontra a fim de atingir

este objetivo, ante uma realidade geral notoriamente distante do ideário

agrícola sustentado (OSÓRIO, 2005).

No Brasil, nos últimos anos, tem-se verificado uma crescente

consciência acerca das distorções ambientais decorrentes das implantações de

projetos agropecuários ou mesmo da expansão de condomínios nas periferias

das cidades, exigindo-se assim, um grau mínimo de degradação do

ecossistema. A atual preocupação se notabiliza em razão da implementação de

sistemas integrados para a consecução de projetos agropecuários com

sustentabilidade. Não é admissível na atual conjuntura brasileira e mundial

negligenciar o desenvolvimento de inovações tecnológicas da sustentabilidade.

Na visão de Santos et. al. (1999) “[...] os sistemas agrícolas

futuros devem ser economicamente viáveis, ecologicamente sustentáveis e,

social e politicamente aceitáveis”

A sustentabilidade desses sistemas agrícolas e a sua

sobrevivência dependem do rigoroso uso de práticas “eco conservacionistas”

que possibilitem minimizar a degradação e redução de perdas dos solos.

(DAROLT, 1998, p. 1).

Nesse sentido, Darolt (1998) define o termo “agricultura

sustentável”, como sendo aquela que promove equilíbrio alimentar, econômico

e ambiental e é socialmente justa no curto e longo prazo em face dos

agricultores e da sociedade em seu conjunto. Em outros dizeres, significa a

busca pela “conservação dos recursos, a melhoria da qualidade de vida dos

agricultores e a viabilidade econômica de forma racionalizada”

Conciso da necessidade de sustentabilidade para o projeto em

estudo optou-se pela nominação dos principais fundamentos conceituais

adotados para consolidação projetada os quais foram: avaliação de

desempenho, prospecção de demanda tecnológica e planejamento estratégico.

27

3.1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

A avaliação de desempenho é uma importante ferramenta de

gestão de pessoas que corresponde a uma análise sistemática do desempenho

do funcionário em função das atividades que realiza, das metas pré-

estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu potencial de

desenvolvimento.

Segundo Scott (apud LARA; SILVA, 2010) a avaliação de

desempenho deveria preocupar-se com o nível habitual de desempenho no

trabalho atual, em determinado período, a contar desde a última avaliação. Na

visão de Aguiar (apud STUFFLEBEN, 2010), este é o processo pelo qual se

delimita, obtém e fornece informações úteis às quais levam a uma tomada de

decisão.

Do ponto de vista acadêmico, a avaliação de desempenho tem o

escopo de funcionar como um processo de identificação e mensuração das

ações que os colaboradores de uma organização realizam durante

determinado período. Na academia, o enfoque está baseado em objetivos, os

quais são:

a) Estabelecer objetivos de desempenho para os colaboradores,

alinhados com estratégia da organização;

b) Avaliar os objetivos alcançados, face aos objetivos

estabelecidos;

c) Garantir que organização conhece e reconhece

diferenciadamente o contributo de cada avaliado;

d) Assegurar a possibilidade de correção dos percursos, através

de acompanhamento contínuo.

Por meio da avaliação de desempenho será mais fácil fornecer

feedback aos colaboradores da organização, baseando-se em informações

sólidas e tangíveis, bem como auxiliá-los a trilhar o caminho para o

autodesenvolvimento.

A ideia central que permeia, baseando-se nas definições acima

referendadas, é a de se criar a consciência da importância bem como da

necessidade de adoção deste sistema em todos os setores do agronegócio,

especialmente em empresas rurais e de pesquisa, ressalvado não ser seu

28

principal objetivo servir como carreador de punições, mas sim criar a cultura da

eficiência, qualidade, equidade e sustentabilidade na organização (CASTRO et.

al., apud INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ, 2000, p. 26).

3.2. PROSPECÇÃO DE DEMANDA TECNOLÓGICA

Concomitantemente à avaliação de desempenho, a prospecção

de demandas tecnológicas é definida como um meio sistemático de mapear

desenvolvimentos científicos e tecnológicos futuros capazes de influenciar de

forma significativa uma agroindústria, a economia ou a sociedade como um

todo.

As práticas prospectivas funcionam como meio de atingir dois

objetivos. O primeiro é preparar os atores na agroindústria para aproveitar ou

enfrentar oportunidades ou ameaças futuras. O segundo objetivo é

desencadear um processo de construção de um futuro desejável

(CINTERFOR, s/d, p. 17).

Na visão de Jannuzzi et. al. (2010), a prospecção de demanda

tecnológica é um levantamento de uma relação de tecnologias e atividades de

suporte para seu desenvolvimento de maneira a atender a expectativas e

demandas de uma sociedade. Consiste basicamente em dois objetivos: a) em

um primeiro momento, visa relacionar uma lista de tópicos, temas ou

demandas de uma sociedade; em seguida, b) busca indicar uma hierarquia a

fim de priorizar os temas escolhidos.

Contudo, segundo Castro et. al. (1994, p. 1), a prospecção é uma

técnica de planejamento utilizada para melhorar a base de informação

disponível na tomada de decisão gerencial, melhorando qualitativamente os

planos realizados.

3.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Planejamento estratégico pode ser conceituado como uma técnica

administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se

possa criar uma visão do caminho que se deva seguir.

29

Consequentemente, o planejamento do desenvolvimento regional

é beneficiado pela análise prospectiva. Na ótica do planejamento, temos que

este não é tão somente questão de confeccionar planos, delegar

responsabilidades, elaborar leis ou de determinar orçamentos.

No Brasil, o planejamento ainda é visto como algo quase que

unicamente técnico, dominado por economistas e burocratas, os quais estão

sujeitos a hierarquia e regulamentos rígidos. O planejamento em políticas

públicas necessita ser visto como um método, e não somente como um produto

técnico final. A implantação desses métodos é que vai levar aos resultados

finais dos programas e projetos de viabilidade econômica.

O brasileiro tem uma visão positiva do planejamento, pois tal

característica é inerente aos indivíduos, todavia, na prática, muitas vezes se

sente desolado com os péssimos resultados obtidos, razão pela qual,

vislumbra-se a necessidade de elaborar e controlar planos “que dêem certo”

para o futuro (OLIVEIRA, 2010, p 275).Convém notar, outrossim, que a própria

literatura brasileira clássica na área de planejamento vê o planejamento

estratégico de forma simplista (LAFER, 1970; MATUS, 1993 apud OLIVEIRA,

2010).

Oportuno se torna referendar o entendimento exarado por Oliveira

(2010), que assevera ser o planejamento “visto como um processo de elaborar

planos e tentar controlar o futuro, dividido em várias etapas sequenciais

(estabelecer objetivos, fazer planos e executá-los)”.

É imprescindível aceitar o papel do planejamento como construtor

e articulador de relações sociais ou na organização, os quais objetivam a busca

do bem comum, de maneira ética, justa e responsável.

Também existe um viés economicista, em que o planejamento é

econômico e puramente governamental (IANNI, 1979; LOPES, 1990), como se

os governos pudessem ter controle da economia. Para Oliveira (2010), “a

cultura do planejamento do Brasil, ainda vive um pouco da época do milagre

econômico das décadas de 1960 e 1970 e da utopia do Estado

desenvolvimentista”

30

3.4. ANÁLISE PRODUTIVA DA AMÉRICA LATINA

Com o passar das décadas de 1980 a 2000, a produção agrícola

da América Latina cresceu cerca de 2,8% ao ano, se comparado com o

incremento anual de 2,7% da população. Esse crescimento deu-se em razão

do aumento no investimento de capital e às adições de novas áreas ao

processo produtivo (FAGERIA; STONE; SANTOS, 1999, p. 12).

3.4.1. Análise das Bases Físicas

As Estações Experimentais representam um importante

componente no desenvolvimento agropecuário brasileiro. De acordo com

Neves; Graça; McCarl (apud PIRES, 1991), os resultados obtidos em Estações

Experimentais em países em desenvolvimento responsabilizam-se pela

elevação do aumento de produtividade e melhora dos índices de

desenvolvimento da agropecuária

A Estação Experimental deve primeiramente abordar alguns itens

a fim de melhorar e agilizar aspectos relacionados à geração de tecnologia,

desenvolvendo assim a agropecuária do Estado.

Conforme anteriormente exposto, pode-se inferir que o Instituto

Agronômico do Paraná (IAPAR) dispõe de uma rede de Estações

Experimentais distribuídas6 pelo Estado de modo a representar as diferentes

regiões agroeconômicas. Tais instituições, como o IAPAR, visam proporcionar

aos pesquisadores todo o apoio físico necessário não só para a implantação e

condução dos trabalhos de instalação dos experimentos, como também aos

campos de produção de sementes.

A distribuição regionalizada permite um relacionamento mais

estreito entre os pesquisadores, técnicos da extensão rural pública ou privada e

produtores dessas diferentes regiões, atuando assim como facilitador da

captação das necessidades da agropecuária regional que deve ser atendida

6 O Instituto Agronômico do Paraná, possui dezoito Estações Experimentais espalhada por todo

o Estado (Figura 1), estando elas localizadas em Cambará (Luiz Natal Bonin), Cerro Azul, Florestal, Guarapuava, Ibiporã (Raul Juliatto), Joaquim Távora, Lapa, Londrina, Morretes, Palmas, Palotina, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa (Fazenda Modelo e Vila Velha), Santa Tereza do Oeste, Umuarama e Xambrê.

31

pela pesquisa. Nesse sentido, o entendimento exarado por Monteiro et. al.

(2007), para quem “o sucesso das organizações depende de uma gestão

efetiva”

Hayashi; Porfírio; Favetta (2007), nessa mesma diretriz apontam a

importância da experimentação, onde o trabalho prático é inquestionável na

ciência. Para as mesmas, ainda, o ensino experimental deveria ser de caráter

primário, porém as atividades experimentais têm sido negligenciadas ou

transmitidas em caráter superficial, mecânico e repetitivo, prejudicando, desta

forma, o aprendizado teórico-prático.

As Estações Experimentais exercem fundamentalmente o papel

de gerador de tecnologia regional, somando-se ainda, o papel de difusor de

tecnologias geradas, não só a nível regional como também estadual.

Coube à visão empreendedora de seu corpo técnico vislumbrar

que o Estado do Paraná, sendo eminentemente agrícola, necessita de uma

descentralização de suas ações, tais como: a técnico-científica, a

administrativa e a de apoio técnico, pois sua sede está localizada no norte do

Estado, portanto, afastada dos demais centros como Curitiba e Ponta Grossa,

razão pela qual foram criados Pólos Regionais7 nos centros citados

anteriormente.

3.4.2. Difusão e Transferência Tecnológica

Segundo Hernández (2005), a definição de difusão e transferência

de tecnologia corresponde a um processo gradual de ações que vai

experimentando melhoras progressivas associadas a um processo de

aprendizado do setor primário.

Esse processo está vinculado à criação e desenvolvimento da

extensão rural, bem como pela validação tecnológica, esta uma forma metódica

e controlada de características indissociáveis de um produto, serviço ou

processo, sob diferentes circunstâncias de aplicação. Em resumo, deriva da

necessidade de se identificar quando uma tecnologia está pronta para ser

transferida.

7 O IAPAR possui dois Polos Regionais localizados nos municípios de Curitiba e Ponta Grossa

(Figura 1).

32

O Brasil, como grande produtor de grãos e carne, tem dirigido as

pesquisas de suas instituições agrícolas procurando aumentar a produtividade

dos fatores, através de estudos e trabalhos que desenvolvam novas

tecnologias para o setor agropecuário e ampliem o mercado de produtos.

Nesse sentido, Neves; Graça; MCCarl (1991) consideram que

constitui uma importante questão conhecer como a pesquisa agronômica pode

ser acelerada, de forma a obter contribuições significativas às suas prioridades.

Em verdade, altos níveis de produtividade não dependem única e

exclusivamente do produtor. Há uma gama de fatores influenciáveis, como o

solo, o clima, índices pluviométricos, temperatura, fertilidade, sementes com

resistência à seca, época de plantio, preservação do meio ambiente,

recuperação do solo e da água.

Não será a transgenia que salvará e elevará a produção e

produtividade dando sustentabilidade ao agronegócio. Assim, está

demonstrada a importância das Estações Experimentais nas palavras de Yang,

referendadas por Neves; Graça; McCarl (1991, p. 88).

O agricultor considerado individualmente não possui

conhecimentos nem meios necessários para estabelecer uma Estação

Experimental que seja capaz de reunir todas as informações e estudos que

permitem melhorar seus sistemas agrícolas e a eficiência de sua propriedade.

Toda informação, que o auxilie na adoção de práticas novas, tem que ser

proporcionada por seu governo e outras instituições do país.

Sabe-se que o transbordamento tecnológico implica numa série

de implementos sobre a região hospedeira no montante pessoal e material,

porém é notório que o efeito do transbordamento torna-se mais evidente

quando o investimento é de caráter regional (ARAÚJO; MENDONÇA, 200?;

BARRETO; ALMEIDA, 2009).

Segundo Barreto; Almeida (2009), a instalação de um centro de

pesquisas em um determinado local causa um efeito de transbordamento

tecnológico entre as regiões próximas ao instituto, proporcionando maiores

ganhos de escala no que diz respeito ao aumento da produtividade e à

melhoria de outros fatores de produção agrícolas.

De acordo com o estudo de Nadiri (1991) citado por Blomström e

Kokko (apud ARAÚJO, 2003) houve transbordamentos positivos na França,

33

Alemanha, Japão e Inglaterra, entre os anos de 1968 e de 1988, sobre a

produtividade, por meio de investimentos em plantas e equipamentos.

Com a globalização, as constantes preocupações internacionais

com os impactos do crescimento econômico no desenvolvimento social, bem

como na natureza, acarretaram nas conferências sobre o meio ambiente,

centradas nas repercussões dos países de que tais políticas pudessem ser

enquadradas numa nova fórmula de protecionismo – o chamado

“protecionismo verde”.

O “protecionismo verde” vem influenciar diretamente o ambiente

agrário, com imposições dos países ricos, de barreiras comerciais contra

países menos rigorosos nas suas leis ambientais ou emissores de alto grau de

poluentes (ROTHKOPF apud PIZA, 2010).

É bem verdade que este posicionamento se coloca de modo

discutível e, quiçá, contrário aos países carentes de tecnologias agronômicas,

desejosos de implementações de espécies promissoras e de crescimento

rápido (máximo de cinco a dez anos), para obtenção de retorno alimentar.

É de opinião inequívoca que somente através do trabalho

experimental será possível obter respostas e recomendações corretas num

menor espaço de tempo, sem abandonar a consciência preservacionista.

A sociedade capitalista-consumista pode não ser capaz de

conduzir duas vertentes conjuntamente, quais sejam preservar e recuperar o

meio ambiente, pois isso demanda tempo e investimento. É a cultura da

exploração extrativista sem regras e sem um modelo de planejamento

sustentável, todavia passível de reformas devido à conscientização que o meio

ambiente exige.

34

4. METODOLOGIA

O presente estudo é classificado como exploratório, já que se

buscou proporcionar uma visão geral e aproximativa do objeto analisado. Este

também pode ser classificado como uma abordagem qualitativa direta sobre o

referido trabalho (GIL, 2002).

Um trabalho é de natureza exploratória quando envolve

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que possuem experiência

prática com o problema pesquisado e análise de exemplos que favoreçam a

compreensão. Nessa diretriz, possui ainda a finalidade básica de desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens

posteriores. Desta feita, tal pesquisa proporciona um maior conhecimento para

o pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas

mais precisos ou criar hipóteses a serem pesquisadas posteriormente (GIL,

2002).

Primariamente envolveu-se um levantamento bibliográfico com o

tema avaliação de desempenho e prospecção de demanda tecnológica de uma

Estação Experimental Agrícola, em acervos literários e artigos científicos

extraídos da rede mundial de computadores objetivando o aprofundamento e

embasamento teórico do presente tema.

Em uma segunda fase foi elaborado questionário contendo 22

(vinte e duas) questões dissertativas e objetivas (Anexo A), de fácil acesso e

compreensão. Direcionado para a demanda da classe de pesquisa, abordou

um público heterogêneo com atuação na área privada e pública.

As questões de nº. 1 a 4 foram elaboradas para obter o perfil do

entrevistado, enquanto as de nº. 5 a 8 objetivaram estimar o desempenho do

Instituto Agronômico do Paraná e da Estação Experimental de Cambará. As

últimas questões de nº. 9 a 22 têm objetivo claro de identificar demandas

tecnológicas da sociedade, necessidades regionais, bem como suporte aos

programas regionais para o desenvolvimento agroindustrial.

Os questionários foram entregues pessoalmente aos

entrevistados a fim de promover uma abordagem mais direta ao público alvo e

evidenciando a importância do estudo, garantindo-se que os dados pessoais

não serão divulgados, assim como os nomes.

35

As questões embasaram-se nos princípios relacionados às

atividades, áreas de atuação e visão futura, de forma que se mensurou os

seguintes critérios:

a) Faixa etária e sexo, objetivando índices da população jovem

que permanece no campo e grau da influência do sexo feminino;

b) Nível de conhecimento do IAPAR e do Sistema Estadual de

Agricultura;

c) A influência das políticas públicas praticadas pelos governos

sobre o êxodo rural;

d) O grau de conhecimento e satisfação do público geral pelas

estações experimentais;

e) A demanda da pesquisa agropecuária e o que pesquisar para o

desenvolvimento regional e sua credibilidade;

f) A pesquisa agropecuária possui caráter indutor do

desenvolvimento agroindustrial da região;

g) As parcerias públicas e privadas para validação de produtos e

máquinas são viáveis;

h) Quais os grupos de culturas de interesse deveriam ser

pesquisadas;

i) Qual a importância da assistência técnica;

j) Qual seu entendimento da morosidade no lançamento de

nossos materiais.

Em um último momento, após a coleta dos dados, foi realizada a

análise dos mesmos, foram os quais tabulados no programa Microsoft Office

ExcelTM em forma de tabelas e gráficos com o fito de ordenar as respostas

obtidas, classificação e análise final.

A pesquisa foi realizada junto a uma amostra de 500 (quinhentas)

pessoas, passíveis de entrevista, dentre os quais: proprietários rurais, políticos

representativos da classe, advogados, agrônomos, técnicos agrícolas,

professores e alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola –

CEEP de Cambará, gerentes de bancos que financiam a agricultura,

produtores de sementes, representantes de insumos e sementes e

cooperativas, nos municípios de Cambará, Andirá e Barra do Jacaré.

36

Foram distribuídos 80 (oitenta) questionários (16% do universo de

possíveis entrevistados), sendo que houve um retorno de 56 (cinquenta e seis)

questionários (70%).

37

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO PRELIMINAR

5.1.1. Perfil dos Entrevistados

Tabela 1. Setores de atividades – Cambará - 2010

Cargo/Proprietários Número de Respostas

Público 16 (28,5%)

Privado 34 (60,7%)

Misto 6 (10,7%)

TOTAL 56

Fonte: Do autor

Na Tabela 1, observa-se a existência de uma predominância do

setor privado (60,7%), este proveniente da sucessão familiar, tendo como sua

única base de sustento a agricultura, vale dizer, englobando aquele setor que

procura ser autossuficiente e com produção lucrativa.

Já no que tange ao setor público (28,5%), este é correspondente

àqueles cuja atuação profissional está predominantemente nesta seara, tais

como professores, advogados ou componentes da classe política.

O setor misto (10,7%), por sua vez, tem na agricultura verdadeiro

hobby, não dependendo da agricultura, a qual tem papel de mero complemento

da renda familiar.

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Público Privado Misto

Público

Privado

Misto

Gráfico 1 – Setores de atividades – Cambará – 2010. Fonte: Do Autor

38

Tabela 2. Mensuração do grau de envelhecimento.- Cambará - 2010

Idade (anos) Número

15-25 5 (8,9%)

26-35 7 (12,5%)

36-45 19 (33,9%)

46-55 18 (32,2%)

56-65 5 (8,9%)

Outros 2 (3,5%)

Fonte: Do Autor

No que tange à Tabela 2, houve uma distribuição ao acaso

objetivando recolher dados, independente da idade do entrevistado e tempo na

atividade. Notório é neste quesito mostrar e mensurar o percentual da

população jovem atuante na agricultura, com tendência a permanecer na

atividade agrícola, visto que o agricultor está envelhecendo e não se vem

observando a ocorrência da sucessão necessária a fim de permitir a

manutenção da produção de alimentos.

Na faixa etária que compreende as pessoas até 25 (vinte e cinco)

anos tem-se 8,9% daqueles que participaram do estudo. A classe considerada

com alto potencial produtivo, isto é, aquela que visa ao lucro, bem estar familiar

e sustentabilidade, portanto considerada força de trabalho, encontra-se

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

15-25 26-35 36-45 46-55 56-65 Outros

15-25

26-35

36-45

46-55

56-65

Outros

Gráfico 2 – Mensuração do grau de envelhecimento - Cambará - 2010 Fonte: Do Autor

39

classificada na faixa etária entre 26 (vinte e seis) a 55 (cinquenta e cinco) anos,

representando 44% (quarenta e quatro por cento) dos entrevistados.

Acima da faixa etária dos 55 (cinquenta e cinco) anos, tem-se

uma população de agricultores considerada de média produtividade e limitada

por aspectos alheios à sua vontade. Nessa se compreendem os conselheiros

que acumularam experiência e vivência de uma vida de labor no meio rural

brasileiro.

5.1.2. Avaliação da Atuação Regional do Instituto Agronômico do Paraná -

Cambará - 2010

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Bom Ótimo Regular/Ruim

Bom

Ótimo

Regular/Ruim

Gráfico 3 – Índice de aprovação regional sobre a atuação do IAPAR - Cambará - 2010 Fonte: Do Autor

Das 56 (cinquenta e seis) pessoas entrevistadas para se avaliar o

conhecimento e reconhecimento do IAPAR em sua atuação no setor agrícola

regional, as quais correspondem aos 98% (noventa e oito por cento) dos que

responderam a pesquisa, 41 (quarenta e um) ou 73,2% o classificaram como

bom; 11 (onze) ou 19,6% como ótimo e 4 (quatro) ou 7,1% como ruim ou

regular.

Pode-se afirmar que a maior parte dos entrevistados conhece a

atuação do Instituto de pesquisa e de sua Estação Experimental, não sendo um

limitante para sua atuação.

40

Gráfico 4 - Visão sobre as políticas públicas - Cambará - 2010 Fonte: Do Autor.

Os (7,1%) produtores rurais não expressaram nos resultados do

estudo, a consciência da importância que representa a interação produtor e

órgãos de pesquisa, sendo estes os principais beneficiários das instituições de

investigação e extensão do Estado com atenção especial para os pequenos

proprietários de terras.

5.1.3. Análise das Políticas Públicas Voltadas ao Pequeno Produtor e

Programas Lançados pelo Sistema SEAGRI8- Cambará - 2010

Tabela 3. Visão sobre as políticas públicas. Síntese geral – Cambará - 2010

Classificação Políticas Públicas ao

Pequeno Produtor

Programas Públicos

que envolvem

produtores e

população carente

Regular 21 17

Bom 29 25

Ótimo 5 13

Outros 1 1

Fonte: Do Autor

8 Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária.

0

5

10

15

20

25

30

Regular Bom Ótimo Outros

Políticas Públicas ao

Pequeno Produtor

Programas Públicos que

envolvem produtores e

população carente

41

As políticas públicas (Tabela 3), conforme assevera Adelar

Antonio Motter, de um modo geral são baseadas no modelo de agricultura

vigente onde concentram capital, terra, serviços etc., excluindo e

marginalizando um número cada vez maior de pequenos agricultores e

trabalhadores rurais volantes (apud INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ,

2000, p. 18).

São adequadas à visão dos programas de governo da época, não

havendo um continuísmo de ações, as quais se mostram muito truncadas.

Todavia, ressalve-se o Programa “Trator Solidário” considerado ótimo, mas

chegando muito tarde às reais necessidades do velho agricultor.

Conforme visualização da Tabela 3 em conjunto com o Gráfico 4,

tem-se que as políticas públicas são fundamentalmente influenciadoras de

garantias de rendas: para um país eminentemente agrícola, onde o

agronegócio é responsável por R$ 718 (setecentos e dezoito) bilhões, tendo

por base o ano de 2009, das exportações do PIB brasileiro9

(CEPEA/USP/ESALQ10).

É de se verificar que o crescimento geométrico da população ano

após anos requer mais alimentos uma vez que 20% (vinte por cento) da

população brasileira vivem abaixo da linha da pobreza. Não obstante o atual

governo Federal (2011) mostrou-se sensível à questão socioeconômica criando

um Programa de Erradicação à Pobreza, sustentado nas premissas da inclusão

positiva, ampliação da rede de serviços sociais e ampliação da rede de

benefícios.

Os dois primeiros tópicos acima elencados são a base do sucesso

do programa e, em especial a inclusão positiva que cria a possibilidade e a

oportunidade de mudanças de atitude na busca de alternativas para configurar

de forma adequada uma vida de qualidade e digna ao ser humano.

Infere-se assim que os governantes estão ponderando que um

alto grau de famélicos são socialmente indesejáveis, como também prejudiciais

e incompatíveis para o crescimento do país e sobrevivência das cidades as

quais são dependentes do campo.

9 Conforme dados do IBGE, o PIB brasileiro em 2009, foi de R$ 3,143 trilhões (Três Trilhões e

Cento e Quarenta e Três Bilhões de Reais). 10

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Piracicaba-SP.

42

Sugere-se que o “índice de classificação ótimo”, no quesito

políticas públicas que envolvem o pequeno produtor, deverá acarretar

mudanças profícuas para melhor implementação de novas políticas e os 5%

(cinco por cento) detectados na pesquisa de campo serão meros dados

estatísticos num futuro breve.

Historicamente, as políticas públicas no setor agrícola são

pensadas a serem meros paliativos momentâneos. Não há, entretanto,

sustentabilidade nessas políticas, pois suas regras e normas quase nunca são

definidas para longo prazo. Há, portanto, necessidade da criação de um

programa de sustentabilidade agrícola nacional, com longa duração e não

somente por curtos períodos de quatro anos.

5.1.4. Visão dos Entrevistados da Atuação da Estação Experimental Luiz Natal

Bonin de Cambará

Tabela 4. Avaliação da Estação Experimental de Cambará - 2010

Classificação Avaliação

Regular 11 (19,6%)

Bom 27 (48,2%)

Ótimo 12 (21,4%)

Fonte: Do Autor

43

Gráfico 5 - Amostra em porcentagem da Estação Experimental de Cambará - 2010

Fonte: Do Autor

A avaliação da Estação Experimental (Tabela 4) alcançou índices

satisfatórios de bom/ótimo, perfazendo um total de 69% (sessenta e nove por

cento). Atribui-se este índice, considerado alto, não só à seriedade e

responsabilidade dos trabalhadores desenvolvidos, aos ensaios de campos, a

condução dos campos de sementes executados, como também à diversidade

de produção de sementes de adubos verdes.

Ressalte-se ainda que esse elevado patamar foi alcançado

especialmente pela tecnologia de sementes, controle de pragas e doenças,

atividades estas baseadas na Estação. Desta base física ocorria o

transbordamento tecnológico não só para municípios limítrofes a Cambará, ou

para todo Estado do Paraná, mas também para o Brasil como um todo em

diversas culturas e em especial o algodão.

Visualiza-se a cultura do trigo com um futuro semelhante à cultura

algodão e do café. Para que criar uma política pública de sustentabilidade para

o trigo se as importações são mais viáveis economicamente no momento e os

preços internacionais são mais convidativos.

O futuro responderá e registrará a diminuição escalonada e

consequente decadência nas regiões produtoras com esta cultura milenar e

insubstituível ao paladar brasileiro.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

Regular Bom Ótimo

Regular

Bom

Ótimo

44

Tabela 5. Realização de eventos na Estação Experimental Luiz Natal Bonin -

Cambará- 2010.

Participação Total

Sim 42 (75%)

Não 14 (25%)

Fonte: Do Autor

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Sim Não

Sim

Não

Gráfico 6 - Eventos na Estação Experimental.Cambará – 2010. Fonte: Do Autor.

A realização dos “Dias de Campo” (Tabela 5) sempre primou pela

credibilidade com que o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), representa

para as culturas da época. O empresário rural e o pequeno produtor fizeram-se

presentes com a certeza de que ótimas informações e recomendações seriam

obtidas neste evento. Esses “Dias de Campo” sempre representaram o

momento adequado do aprimoramento tecnológico do público alvo. Nota-se,

porém, que o conhecimento do público externo quanto à Estação Experimental

se restringe aos dias de campo e a melhoria do desenvolvimento agrícola

regional. Do mesmo modo é uma premissa do ser humano procurar se inteirar

de assuntos pertinentes sua atividade somente após ocorrências de algum

fator limitante como brusone11 do arroz cica 9, brusone do trigo ou ferrugem da

soja12.

11

Por brusone entende-se a doença causada por um fungo (pyricularia oryzae). A doença pode se manifestar em toda parte aérea da planta. Em casos de ataques severos, causa

45

Uma Estação Experimental é aberta a todos os níveis de público,

no entanto, ressalve-se que alguns procedimentos informativos são

dependentes dos pesquisadores, pois os trabalhos estão a eles associados.

Importa frisar que não são normas a divulgação de dados, mesmos os mais

relevantes e promissores ainda que parcialmente.

A redução do número de “dias de campo” se deve em função do

declínio das culturas tradicionais chamadas de commodities e dependentes dos

preços internacionais. Com a erradicação do café, não é justificável a

realização de “dias de campo”, pois o agricultor não comparece. O mesmo

ocorreu com o algodão e arroz.

A pesquisa não abandona as culturas quando ela deixa de possuir

importância econômica em uma determinada região, uma vez que se faz mister

a manutenção de um banco de germoplasma13. Esse necessita de renovações

periódicas, pois as sementes possuem poder de germinação e vigor os quais,

com o passar dos anos decaem acentuadamente, sendo, portanto, passíveis

de perda total.

Tabela 6. Conceito sobre o evento dentre os participantes - Cambará - 2010

Conceito Total

Ótimo 14 (25,4%)

Bom 28 (50,9%)

Regular 0

Fonte: Do Autor

estrangulamento e consequente quebra da haste, com grãos chochos e infectados (IAPAR, 1978, p. 158). 12

A ferrugem da soja é uma doença causada por um fungo (phakopsora pachyrhizi), de origem asiática, e que afeta a área foliar das plantas (PONTE, 2010, p. 11). 13

Unidades conservadoras de material genético de uso imediato ou com potencial de uso futuro, onde não ocorre o descarte de acessos (VEIGA s/d <http://www.biota.org.br/pdf/v72cap04.pdf>. Acesso em: 24 março 2011.

46

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Ótimo Bom Regular

Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 7 - Conceito dos eventos da Estação Experimental na visão dos participantes -Cambará - 2010 Fonte: Do Autor

Relacionado à Tabela 6 o conceito sobre os eventos reflete as

influências dos “Dias de Campo” realizados na Estação Experimental, com

simplicidade e focado nos objetivos de transferência de novas tecnologias.

Não devem os dados ser desprezados, mas sim servirem como subsídio para

melhorias, na difusão de tecnologias.

Tabela 7. Presença e atuação da Estação Experimental quanto à melhoria do

desenvolvimento agrícola da região de Cambará – 2010.

Atuação Total

Entendem como Positivo

Entendem como Negativo

45 (80,3%)

10 (17,8%)

Indiferente 1 (1,9%)

Fonte: Do Autor

47

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

Entendem

como Positivo

Entendem

como

Negativo

Indiferente

Entendem como Positivo

Entendem como Negativo

Indiferente

Gráfico 8 - Porcentagem de atuação da Estação Experimental sobre a melhoria do desenvolvimento agrícola regional - Cambará- 2010 Fonte: Do Autor.

A presença e atuação da Estação Experimental quanto à melhoria

de desenvolvimento agrícola da região (Tabela 7) é entendida como sendo

positiva em 76,3% dos entrevistados.

Uma Estação Experimental, quando desenvolve bons trabalhos,

tem capacidade de influenciar direta ou indiretamente o agronegócio regional.

Tecnicamente, pode-se dizer que houve um transbordamento positivo, ou seja,

quando existe a criação de uma tecnologia a nível regional, esta exerce um

efeito multiplicador nas regiões vizinhas (BARRETO; ALMEIDA, 2009, p. 731).

Conclui-se que a Estação Experimental comporta-se como um

disseminador de ideias, ações e tecnologias, bem como transferidor de ganhos

por eficiência, ou melhor, um transbordamento técnico.

Como foco de melhoria regional, a Estação Experimental exerce

uma influência socioeconômica na produção das culturas locais, por meio da

disponibilidade de sementes básicas aos produtores de grãos da região dos

cultivares de maior potencial produtivo; da viabilização do acesso às

tecnologias modernas de produção; do treinamento e operacionalização da

eficiência aos serviços de extensão; da oportunidade e viabilidade do produtor

em fornecer rendimentos eficazes e de qualidade à agroindústria; da

transmissão de credibilidade, segurança e oferecimento de uma ação de

interação do produtor com a agroindústria.

48

Tabela 8. Satisfação dos entrevistados em relação à atuação da Estação

Experimental de Cambará – 2010

Nota Nº de entrevistados

1-2 9 (16,3%)

3 15 (26,9%)

4 22 (39,2%)

5 10 (17,8%)

Total 56

Fonte: Do Autor

Uma análise dos itens negativos, considerados notas 1, 2 e 3

(Tabela 8) como conhecimento, classificação, não participação e influência no

não desenvolvimento da região, nos faz entender que o Instituto Agronômico

do Paraná não possui um sistema de marketing efetivo junto aos órgãos de

imprensa falada e escrita e, não trabalha com commodities de soja e a cultura

da cana-de-açúcar que apresentam grande viabilidade para a região.

Toda divulgação se dá através de folders individuais, para

comercialização de sementes (de cultura de subsistência) objetivando atender

ao pequeno produtor, e aos poucos “Dias de Campo” que, atualmente, são

exclusividade das culturas de inverno (trigo/triticale).

Com a menor atuação da cultura do algodão no Estado do

Paraná, na qual a Estação de Cambará era a principal produtora de sementes

Gráfico 9 - Satisfação do público em relação à atuação da Estação Experimental de Cambará - 2010 Fonte: Do Autor.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

Um ou Dois Três Quatro Cinco

Um ou Dois

Três

Quatro

Cinco

49

básicas e genéticas, houve perda de sua importância, pois parte é destinada a

outras unidades da Federação.

Com a implantação das indústrias de suco concentrado de laranja

no Noroeste do Estado paranaense, toda demanda de borbulha e sementes de

citrus foi deslocada para aquela região. Esses e outros fatores se deram em

função da ausência da diversificação e, do abandono da cultura do café e a

troca da produção de grãos, pela monocultura da cana-de-açúcar, que

prometia sucesso financeiro aos produtores, mas que não se concretizou.

A Estação Experimental, bem como todo o Instituto Agronômico

do Paraná, devem focar numa política de marketing mais agressivo com o

escopo de apresentar à toda sociedade os trabalhos desenvolvidos e aqueles a

serem implementados, compartilhando com a sociedade o anseio por novas

alternativas. Além disso, precisa propiciar uma sociedade participativa junto à

pesquisa e introduzir culturas de commodities em seu portfólio de atuação.

A Tabela 8 demonstra a satisfação dos entrevistados em relação

à Estação Experimental, parecendo num primeiro momento confortável.

Entretanto, ao se avaliar o contexto geral, a não inclusão das

culturas de commodities com expressão para a microrregião, como a soja e

cultura da cana-de-açúcar, ausentes no portfólio do Instituto Agronômico do

Paraná, mostram uma lacuna para futuros trabalhos de pesquisa. O IAPAR,

através de seu programa de produção de sementes tem-se mostrado favorável

à discussão e implementação destas culturas no seu conjunto de trabalhos

para os próximos anos.

5.1.5. Identificação de Demandas Tecnológicas Regionais

Quadros (1) Demanda Futura e (2) Demanda Atual - Cambará - 2010

Demanda futura (1) Demanda atual (2)

Rebanho leiteiro Grãos (soja, milho, trigo)

Fruticultura Fruticultura (inicial)

Olericultura/estufas Olericultura/estufa

Pisicultura Cult. Alimentícias (arroz/feijão)

Solos/fertilidade cana-de-açúcar

Fonte: Do Autor.

50

Tabela 9. Identificação de demandas tecnológicas segundo os entrevistados -

Cambará – 2010

Demanda tecnológica Sugestões

Rebanho leiteiro 27

Fruticultura 23

Olericultura 18

Estufas 11

Pisicultura 8

Solos/Fertilidade 7

Girassol, Cabra, Ovinos, Pastagens, Apicultura,

Madeira, Pupunha

1

Fonte: Do Autor

O Quadro 1 e a Tabela 9 foram elaboradas a partir das respostas

para as questões de nº. 10 e 11 (Anexo A), as quais são creditadas a

importância das Estações Experimentais tanto para a iniciação e elaboração de

novas pesquisas quanto, no entendimento do entrevistado, da função destas

para o desenvolvimento agroindustrial regional.

Em relação às demandas ou prospecções tecnológicas e

regionais, sabe-se que Motter (apud INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ,

2000, p. 25), aponta que estas trabalham com técnicas de cenários futuros.

De acordo com Castro et al (1994 p.1), “a prospecção ou análise

prospectiva é uma técnica de planejamento que tem sido utilizada na tomada

de decisão gerencial, melhorando qualitativamente os planos realizados” Em

outras palavras, pode-se inferir que necessariamente, este quesito de análise

prospectiva, é um planejamento utilizado nas decisões gerenciais, pontuando,

assim, a qualidade dos planos realizados.

A interpretação do questionário do Anexo A, mostra dois quesitos,

os quais podem ser visualizados no Quadro 1, e que versam sobre situações

de demandas futuras (1) e atuais (2).

Logo, a análise e entendimento se dão observando, num primeiro

momento: a) técnicas de cenários futuros; b) técnicas de planejamento; c)

tomada de decisão gerencial.

51

Não se trata de querer prever o futuro, mas sim “orientar a tomada

de decisão presente, tendo como premissa a existência de turbulências”

(CASTRO et. al., 1994, p. 4) haja vista as imprevisíveis alterações sociais que

suscitam modificações no comportamento vigente.

Por meio de analogia das demandas, examinando-se os critérios

propostos pelo Sistema EMBRAPA de Planejamento – SEP, estes, contidos em

GOEDERT et. al. (apud CASTRO et. al., 1994), somente a demanda

tecnológica é considerada na referida análise.

Verifica-se a viabilidade técnica de todas as cadeias produtivas

enumeradas no quadro 1, dos quesitos 1 e 2 isto é, orientando-as para um

desenvolvimento agrícola sustentável ao sistema convencional, pois o foco

principal é a produção de alimentos e a qualidade de vida das populações.

Pensa-se que inicialmente não mais que três sugestões devem ser acatadas e

trabalhadas, pois a região é carente de mão de obra específica.

Nesse sentido, deve-se promover a implementação de uma

solução rápida na formação de colaboradores para operacionalizar o atual

sistema agrícola, começando pelas universidades e institutos de pesquisa,

adequando seus currículos e atividades para um modelo de agricultura com

sustentabilidade (DAROLT, 2002, p. 233)

Observa-se assim que é imprescindível fomentar a motivação do

agricultor para as mudanças, as quais são “bastante diversificadas dependendo

da região, etnia, tipo de cultura, local de produção, nível de organização etc”

(DAROLT, 2002, p. 224). Entretanto, fica evidente a existência de um processo

transitório em que as motivações ideológicas, darão lugar às questões

econômicas.

Portanto, é inequívoca a necessidade de se investir em pesquisa

agrícola, ensino e extensão, bem como reforçar as políticas públicas voltadas a

agricultura sustentável através da qual a consolidação das cadeias produtivas

levarão a um equilíbrio das dimensões de sustentabilidade.

52

5.1.5.1. Identificação de demandas tecnológicas regionais para a atualidade -

Cambará – 2010 (Tabela 10)

Demanda Entrevistados

Grãos (soja, milho, trigo) 37

Fruticultura 35

Olericula/Estufa 21

Cultura subsistência, Arroz, Feijão 18

Cana de Açúcar 12

Outros 19

Fonte: Do Autor

A Tabela 10 aponta a manutenção do tradicionalismo do público

alvo do trabalho de pesquisa; é a opinião do conservadorismo formada pelos

conselheiros familiares, consubstanciada na permanência do “atual”, pois se

sentem confortáveis, mesmo com as dificuldades que o sistema hodierno os

impõe.

5.1.5.2. Identificação de demandas tecnológicas - Cambará – 2010 (Tabela 11)

Identificação de demandas Total de Questionários

Divulgação dados

Dias de Campo Aplicação

24

18

Parcerias (privadas), produtor/indústria 13

Fonte: Do Autor

A Tabela 11 mostra que o marketing institucional praticado é

muito escasso e parcialmente inexistente, o qual é enfatizado no segundo

objetivo de demandas tecnológicas regionais. Neste sentido a implementação

de um marketing redesenhado, reorientado, agressivo, criativo, incentivador e

impactante junto à classe produtora do agronegócio e favorável ao meio, deve

ser instituído em contraposição à lógica vigente. Além disso, tem-se as PPP’s

(Parcerias Público Privadas) são uma ótima alternativa para divulgação de

produtos e produções.

53

Complementando o Quadro 1 e as Tabelas 10 e 11, destaca-se a

busca da melhor solução para as demandas tecnológicas regionais, vale dizer,

é o despertar da sociedade para o estabelecimento de estratégias que

atendam aos interesses do produtor com aumento de produtividade, qualidade

e eficiência e competitividade e ao mesmo tempo ofereça uma crescente gama

de ofertas diversificadas de produtos com qualidade ao consumidor final.

Ao discutir demandas regionais, faz-se necessário ressaltar que

alguns aspectos, na visão de Motter (apud FILIPPSEN; PELLINI, 1999, p. 5)

devem ser observados, tais como:

a) A demanda tecnológica certamente já foi solucionada por

alguma instituição de pesquisa, mas não houve o transbordamento das

informações para o ambiente produtivo;

b) À carência de demandas tecnológicas de alguns produtos a

serem estudados;

c) E o caráter não tecnológico, que são as normas,

infraestrutura, leis e resoluções.

Portanto, a identificação das demandas tecnológicas segundo os

entrevistados é visualizada como uma segunda alternativa para a diversificação

do meio do agronegócio regional. Entretanto, cabe relembrar que estes novos

rumos exigem políticas públicas com instrumentos claros e de longo prazo, os

quais são responsáveis pela sustentabilidade para o meio. Outro aspecto para

ser discutido pela sociedade regional é a ausência de tradição cultural aos

tópicos classificados como básicos e geradores de rendas, tais como o

rebanho leiteiro, fruticultura, olericultura e programa de uso de estufas.

A demanda de rebanho leiteiro com 48% (quarenta e oito por

cento) de intenções para incorporação ao atual sistema produtivo como

segunda opção de rendas e a fruticultura com 41% (quarenta e um por cento),

requerem um aprimoramento e treinamento intensivo e permanente de todos

os setores envolvidos. Desta feita, tanto produtor e assistência técnica

especializada, bem como a acessibilidade às agroindústrias que deveriam

instalar-se na região ou num raio limítrofe de no máximo 100 (cem) km para

que ocorra viabilidade do agronegócio.

Um aspecto considerado positivo é o uso do sistema de compras

diretas viabilizado pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar – PRONAF,

54

para o direcionamento da produção ao ambiente consumidor, através de

associações de produtores. Outro fator bastante elucidativo é o

conservadorismo demonstrado pela Tabela 10, acerca da não renovação da

classe produtora pelos seus descendentes (filhos e netos), acarretando, por

consequência, a manutenção da tradicional cultura dos grãos com 66%

(sessenta e seis por cento) dos entrevistados, mesmo com a consciência de

que o atual sistema produtivo não consegue manter o homem no campo,

devido às variações cambiais por que passa o sistema financeiro do país.

Tabela 12. Responsabilidade pela identificação de demandas tecnológicas.-

Pesquisa x Comunidade - Cambará -2010

Opinaram Pesquisa/Nota Opinaram Comunidade/Nota

2 3 4 3

29 8 4 27 8 4

19 5 15 5

Fonte: Do Autor

Observa-se (Tabela 12) um equilíbrio técnico na responsabilidade

pela identificação de demandas, ou seja, a classe produtora divide com a

classe técnica a responsabilidade neste quesito. Não há uma definição clara. O

maior influenciador da tomada de decisões na agropecuária é o fator preço,

cujas commodities são definidas externamente, sem influência do país

produtor, exceto por algum fator climático imprevisível.

Com relação aos produtos considerados essenciais para

formação da cesta básica, estes são regulados pelos índices inflacionários, por

vezes não condizentes com a realidade do produtor.

A quem deve indicar o que pesquisar, de acordo com as

respostas obtidas no questionário e sua posterior análise não está pacificado,

pois aponta-se um índice aproximado de 50% (cinquenta por cento) para

pesquisa e semelhante medida para o agricultor, isto é, vislumbra-se uma

percepção de que os produtores e técnicos não possuem uma definição clara

sobre o assunto.

55

Tabela 13. Importância quanto a validação e confiabilidade para as

recomendações e sugestões para vendas no Estado (Sementes/Máquinas) -

Cambará - 2010

Fonte: Do Autor

A importância quanto à validação e confiabilidade (Tabela 13)

para as recomendações de máquinas e sementes, por parte dos órgãos de

pesquisa estadual e federal, bem como das Universidades, desfrutam de

grande prestígio e recomendação.

Tanto no Paraná quanto no Brasil, os institutos de pesquisa

depositam confiança na pessoa dos pesquisadores, os quais são considerados

como um bem de direito público, pois aqueles são constituídos de pessoas

sérias, responsáveis e tecnicamente habilitadas no contexto da identificação de

demandas tecnológicas.

Quanto à validação, confiabilidade de máquinas e sementes e à

metodologia, nota-se que a Estação Experimental não tem função de

assistência técnica, mas sim de difusão de tecnologia. Esses aspectos

evidenciam assim, o desconhecimento por parte do público alvo, do real

significado de validação e difusão de tecnologia ou transferência da mesma.

Sabe-se que o agricultor não possui afinidade com características

típicas de sustentabilidade do seu agronegócio, dessa forma a sociedade rural

padece de uma melhor formação sociocultural.

NºProdutores

(validação)

Nota NºProdutores

(confiabilidade)

Nota

Máquinas

Sementes

33 5 34 5

4 11 4 13

56

Tabela 14. Responsabilidade da função de assistência técnica e difusão de

tecnologia - Cambará - 2010

Fonte: Do Autor

A (Tabela 14) nos mostra a função de assistência técnica

oferecida pelos institutos de extensão e pela iniciativa privada serem, eficiente

e comprometida com o setor produtivo nacional e a estação como difusor de

tecnologia, ressalvado o envelhecimento pelo qual passa os técnicos da

extensão e pesquisa. Espera-se que novo gestor do Estado, possua uma visão

futurista e passe a contabilizar a favor da ciência e tecnologia do Paraná.

5.1.6. Grau de Satisfação e Credibilidade às Novas Sementes Lançadas -

Cambará – 2010 (Tabela 15)

Fonte: Do Autor

No que se refere ao grau de satisfação dos cultivares lançados

(Tabela 15), mostra-se uma credibilidade e seriedade que o Instituto

Agronômico do Paraná transmite junto a classe do agronegócio.

Os índices de satisfação e de credibilidade variam próximos de

75% (setenta e cinco por cento), o que mostra que o IAPAR no quesito

melhoramento genético e desenvolvimento de cultivares tem papel relevante,

isto é, desde a sua fundação, já lançou 177 (cento e setenta e sete) novas

cultivares. A disponibilidade de novas cultivares ao setor produtivo nacional

Responsabilidades Respostas Nota

Extensão função de assistência

técnica

29 5

15 4

Estação como difusão de

tecnologia

42 5

2 4

Nº Produtores Nota Porcentagem

16 5 28,6

26 4 46,4

12 3 21,4

2 2 3,6

57

favorece a segurança alimentar e a manutenção de bancos de germoplasma

(IAPAR, 2010, p. 19).

5.1.7. Tempo Útil para Lançamento de Material (Sementes/Mudas) e Validação

- Cambará – 2010 (Tabela 16)

Nº Produtores Nota

17 10

9 9

17 8

Outros 5

Fonte: Do Autor

As sementes oriundas de pesquisas, lançadas pelo IAPAR

(Tabela 16), apresentam um bom grau de credibilidade e respeito junto à

classe produtora, uma vez que são baseadas nas normas de produção de

sementes, uma das mais rígidas e justas para o benefício do produtor.

Observa-se, ainda, que os materiais lançados pelo Instituto

Agronômico do Paraná, conseguem uma maior sobrevida no universo

multiplicador de sementes e/ou produção de grãos. Atribui-se a esse fator a

importância das características agronômicas a elas definidas no período de

pré-lançamento e à convicção que estes cultivares são providos dos reais

atributos definidos no período de validação.

5.1.8. Grau de Credibilidade do MIP/Solos – Fertilidade – Cambará – 2010

(Tabela 17)

Nº Produtores Nota

16 8

12 9

12 10

Outros 5

Fonte: Do Autor

58

Com relação ao MIP/solos14, que é o manejo integrado de pragas

e do solo (Tabela 17), vislumbra-se uma influência positiva e grande

preocupação no decorrer de cada período governamental. Entretanto,

posteriormente, houve um declínio significativo dessas práticas, levando ao

quase esquecimento das mesmas. A falta de visão futura da sociedade

produtora, governos e multinacionais de insumos são os principais obstáculos

para manutenção e preservação da biodiversidade, tais como solos, água e

florestas.

As instituições do Estado do Paraná possuem tecnologia e

inovações tecnológicas para ressurgir este sistema em termos de Estado.

Observou-se recentemente, através da realização de seminário e a

preocupação dos institutos de pesquisa, Universidades e demais órgãos

ligados ao meio, na retomada dos estudos já definidos. Todavia, requerem

alguns aprimoramentos como forma de sensibilidade ao retorno do programa e

a introdução de inovações consideradas promissoras que gerarão retornos

significativos e impulsionadores do meio agrícola.

5.1.9. Agricultura de Subsistência, Fomento e Vendas em Pequenas

Quantidades de Sementes pela Estação Cambará – 2010 (Tabela 18)

Nº Produtores Nota

26 5

24 4

6 2

Fonte: Do Autor

A agricultura de subsistência (Tabela 18) é o maior observatório

para esta classe composta de pequenos produtores remanescentes do Brasil

após a libertação da escravatura. Com ínfimos recursos próprios, baixa

tecnologia e impossibilidade na obtenção de créditos bancários esta classe é

contemplada com um aspecto sociocultural negativo, que é o analfabetismo.

Numa análise realista, observa-se alguns programas definidos

pelos governos com a finalidade de erradicar o analfabetismo no país ou

14

Manejo Integrado de Plantas/Solo.

59

mesmo para a divulgação de que o índice de analfabetos no país está

diminuindo. Entretanto, tão somente ensinar a pessoa a “desenhar” o nome

não é significado de alfabetização. Educá-los, alfabetizá-los, bem como

conscientizá-los das questões ambientais contaminantes, é também reeducá-

los e obter a certeza da produção de produtos limpos, livres de riscos para

saúde pública.

Averigua-se que quando o produtor procura informações e se

beneficia do que está sendo realizado nas Estações Experimentais, este passa

a ser um divulgador dos fatos e dos sucessos obtidos. Tem-se conhecimento,

no entanto, que nem tudo que é sucesso por dois ou três anos deve ser

divulgado, pois há probabilidade do indispensável abortamento de diversos

trabalhos em função de doenças e secas.

No que diz respeito ao Instituto Agronômico do Paraná sabe-se

que este é um órgão de reconhecimento nacional e internacional assim como

seu corpo técnico, mas sua grande deficiência é a carência de marketing

institucional que leva ao desconhecimento do mesmo por parte do agricultor.

Saliente-se ainda que a região, mesmo possuindo agricultura

familiar de subsistência em percentual pequeno (0,05%) predomina o pequeno

agricultor tecnificado o qual desenvolve agricultura de commodities, isto é, soja,

milho, trigo e da cultura da cana-de-açúcar.

Enquanto a agricultura familiar é a atividade agrícola que se dá

em regime de pequena propriedade de terra, onde a mão de obra é constituída

por familiares, os pequenos agricultores tecnificados são compostos, via de

regra, pelo pequeno produtor que dispõe de máquinas modernas e faz uso de

insumos e sementes melhoradas, mas que apenas sobrevive de sua atividade

em função das variações dos preços de commodities.

Outras sugestões da classe produtora são: a) criação de

variedades novas de soja resistente a doenças e seca; b) retorno do plantio de

arroz nas várzeas; c) agregação de valor ao produto final; d) instalação de

agroindústrias familiares; e) criação de peixes e frigoríficos para filetagem.

Salienta-se que no contexto agrícola vigente, a União proporciona

através do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar a organização e

enrijecimento dessa, sendo portanto, colocada como um elemento agregador

imprescindível, sem o qual a unidade familiar não sobrevive.

60

6. CONCLUSÃO

Constata-se um número limitado e não específico de artigos,

periódicos e livros referendando o tema abordado no Brasil. Os existentes,

entretanto, são antigos.

As Estações Experimentais Agrícolas são fundamentais a um

Estado/País agrícola, pelo seu transbordamento de tecnologias atingindo

diretamente as regiões limítrofes e influenciadoras. Desta forma o sistema

criará uma rede de agentes disseminadores de ideias no processo produtivo.

Os resultados obtidos mostram um interesse acentuado da classe

produtora por mudanças no cenário agrícola regional e na diversificação de

culturas de grãos.

Imprescindível, portanto, que se efetive a contratação de novos

pesquisadores e colaboradores braçais, para que a pesquisa se aproxime do

campo e, junto à classe produtora, efetue um estudo de demandas

exploratórias e promissoras de interesse socioeconômicos pois, é um direito

que a sociedade pleiteia e que deve ser ouvido e respeitado nas definições de

pesquisas regionais.

O desempenho do Instituto Agronômico do Paraná e em especial

da Estação Experimental de Cambará-Paraná, mensurado o respeito e a

responsabilidade alcançados junto à sociedade em face dos índices de

satisfação dos produtores na região de amostragem, demonstrados nos

percentuais de 73,3% de índice bom e 19,6% de ótimo, bem como a Estação

em estudo, com índice de 65,9% de bom/ótimo.

Recomenda-se como opções de culturas agrícolas que

sobreponham às demais, para sua diversificação, a fruticultura de clima

temperado e a olericultura sob estufa. Desta forma, caberia ao Instituto

Agronômico do Paraná, elaborar um sistema de marketing sustentável,

redesenhado, reorientado, agressivo, incentivador e impactante.

61

7. REFERÊNCIAS

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68

ANEXO A:

QUESTIONÁRIO

69

9. ANEXO A - QUESTIONÁRIO

1- Qual é a sua atividade ou área de atuação? Setor público ou privado?

R:___________________________________________________________

_____________________________________________________________

2- Qual faixa etária se enquadra?

( ) 15-25

( ) 26-35

( ) 36-45

( ) 46-55

( ) 56-65

( ) Outras

3- Você conhece o IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná e qual é a sua

função?

( ) Sim ( ) Não

Se sim, atribua um conceito:

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

4- Parte dos programas do Sistema Estadual de Agricultura são voltados ao

pequeno agricultor. Na sua visão, eles têm atendido à expectativa dos

agricultores? Qual seu conceito?

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

5- Em sua opinião, as políticas públicas (trator solidário, leite das crianças,

irrigação noturna, incentivo a agricultura familiar – matéria prima para

biodiesel) do Sistema Estadual são motivadoras ao agricultor? Atribua um

conceito:

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

6- O IAPAR possui uma rede de 18 Estações Experimentais no Estado do

Paraná. Você como agricultor ou responsável por um cargo perante a

sociedade e que mantém contato com os agricultores já visitou o

IAPAR/Estação Experimental de Cambará ou outra?

( ) Sim ( ) Não

70

Se sim, atribua um conceito de importância da Estação para sua atividade

agrícola:

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

7- Você já participou do Dia de Campo da Estação Experimental de Cambará?

( ) Sim ( ) Não

Se sim, atribua um conceito sobre o evento:

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

8- Você sente que a presença da Estação Experimental e o desenvolvimento

de seus trabalhos tem melhorado o desenvolvimento agrícola da região?

( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual conceito de satisfação você atribui ao evento, onde 1 significa

não satisfação e 5 satisfação total:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

9- Com base nas necessidades regionais, o que você gostaria que o IAPAR

pesquisasse?

R:_____________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10- Você acredita que são os órgãos de pesquisa que devem indicar as

demandas da pesquisa para a região ou é a comunidade agrícola?

Sim ( ) Não ( )

71

a) Se órgão de pesquisa, indique conceito de importância, onde 1 significa

sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

b) Se comunidade agrícola, indique seu conceito de importância, onde 1

significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

11- Você, na função de administrador de Estação Experimental e, sabendo que

a principal função de uma Estação é dar suporte às atividades e/ou aos

trabalhos de pesquisa e desenvolvimento da Instituição, na sua opinião, além

dessa função, como ela poderia contribuir para o desenvolvimento

agroindustrial da região?

R:_____________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

12- O IAPAR desenvolve trabalhos nas Estações Experimentais em parcerias

com empresas privadas e públicas, visando dar validação dos seus produtos e,

maior confiabilidade junto aos agricultores. Que conceito você atribui, onde 1

significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

72

13- Em todas as Estações Experimentais, são realizados plantios de parcerias

com iniciativa privada para validação das sementes (milho híbridos mais

produtivos) e máquinas de Plantio Direto. Que conceito de importância você

atribui, onde 1 significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

14- Uma Estação Experimental não tem como principal função a assistência

técnica, mas pode e deve abrir canais de comunicação para mostrar o que se

realiza na mesma. Qual conceito você atribui a esta metodologia, onde 1

significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

15- Na sua opinião, a Estação Experimental deveria ter suas ações voltadas

para a difusão de tecnologia para a sua região? Qual conceito você atribui a

esta questão, onde 1 significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

16- Qual área agrícola você gostaria que fosse pesquisada numa Estação

Experimental?

( ) Grandes culturas energéticas (cana-de-açúcar)

( ) Grandes culturas alimentícias (soja, milho, trigo, outros)

( ) Culturas de subsistência

( ) Olericultura

( ) Fruticultura

( ) outras - citar

_____________________________________________________

17- Uma das funções dos órgãos de pesquisa é testar nas Estações

Experimentais rusticidade, resistência a doenças, para desenvolver cultivares

e lançá-las no mercado. Você está satisfeito com os novos cultivares

73

recomendados? Que conceito de importância você atribui, onde 1 significa não

satisfeito e 5 muito satisfeito:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

18- O agricultor normalmente não tem condições de implantar e conduzir uma

Estação Experimental. Compete aos governos a responsabilidade para tal.

Você acredita que o trabalho realizado nessas Estações Experimentais é

desenvolvido e voltado ao agregamento de subsídios que retorna ao agricultor

na voz da assistência técnica? Qual nota atribui a essa frase?

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

( ) 6

( ) 7

( ) 8

( ) 9

( ) 10

19- São os órgãos de pesquisa que realizam trabalhos de: levantamento e

classificação de solos; define métodos de controle de pragas (MIP); define

métodos de controle de doenças; define e recomenda os melhores cultivares

para a região; produz sementes genéticas e básicas; Qual sua nota para os

órgãos de pesquisa:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

( ) 6

( ) 7

( ) 8

( ) 9

( ) 10

20- Um material para ser lançado e disponibilizado para os agricultores demora

em média 10 anos e passa pelo crivo de diversos pesquisadores e áreas de

conhecimento: melhoramento, avaliação de doenças, pragas, resistências

diversas, produtividade, porte, qualidade, aceitabilidade, testes laboratoriais,

adaptabilidade nas diversas regiões do Estado do Paraná e, em todas as

Estações Experimentais, bem como em outros Estados e no País. Atribua uma

nota (ou conceito) ao trabalho:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

( ) 6

( ) 7

( ) 8

( ) 9

( ) 10

74

21- A produção de sementes básicas é destinada preferencialmente ao

produtor de semente. Nós, como administradores de Estações Experimentais,

sempre defendemos um atendimento pequeno, mas significativamente direto

ao agricultor, especialmente nas culturas em que não há produção de

sementes (exemplo: arroz). Qual conceito você atribui a esta metodologia,

onde 1 significa sem importância e 5 muita importância:

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

75

22- Você gostaria de explanar sua opinião sobre algum assunto não abordado?

R:__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________