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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE ESPÉCIES NA TIVAS
E EXÓTICAS PARA RECOMPOSIÇÃO DE RESERVA LEGAL EM
ÁREA DE CERRADO. Escleide Gomes Cabral¹; Giovane Bolina¹; Sybelle Barreira²
¹Graduandos Eng. Florestal UFG; ²Prof. Dra. UFG
[email protected]; [email protected];[email protected]
1. INTRODUÇÃO
A Reserva Legal foi criada em
1934, no 1º Código Florestal, para
servir como uma reserva de madeira
para a propriedade. No caso do Cerrado,
um mínimo de 20% da propriedade
deve constituir a Reserva Legal, mas
muitos agricultores ainda há tem como
uma área improdutiva e desperdiçada.
A floresta é fundamental para a
proteção dos recursos naturais, a
conservação e a reabilitação dos
processos ecológicos, a conservação da
biodiversidade e o abrigo e a proteção
de fauna e flora nativas, sendo que o
solo e a água são essenciais para o
sistema agrícola, silvicultural e pecuária
(Barbin, 2011; Skorupa, 2003).
Uma das formas previstas em lei
para recompor a Reserva Legal é
através dos sistemas agroflorestais, ou
mesmo a simples associação de espécies
florestais nativas e exóticas com
variados fins também pode ser ótima
opção e tornar a Reserva Legal
produtiva.
O presente trabalho teve como
objetivo avaliar o desenvolvimento de
espécies exóticas a fim de recompor a
Reserva Legal e possibilitar o manejo
sustentável de espécies para atender as
demandas da propriedade e do mercado.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas 04 espécies
exóticas (Eucalyptus sp, Calophyllum
brasiliense Cambess, Tectona grandis
L. f., Acacia mangium Willd.) que serão
manejadas e retiradas do sistema ao
longo do tempo. Além destas espécies
foram utilizadas 09 espécies nativas. O
espaçamento adotado foi de 03 x 03
metros. As avaliações foram realizadas
em janeiro e abril de 2013, com
observações de altura e mortalidade.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise estatística dos
resultados obtidos permitiu comparar as
espécies exóticas de potencial
madeireiro (Eucalyptus sp, Calophyllum
brasiliense Cambess, Tectona grandis
L. f., Acacia mangium Willd.), através
de dados de crescimento em altura e
taxa de mortalidade.
A altura média de cada espécie
esta representada nas Figuras 01, 02, 03
e 04, onde pode ser observado um
crescimento de 0,30m para o Eucalyptus
sp, 0,11m para a Tectona grandis L. f.,
0,32m para a Acacia mangium Willd e -
0,35m para o Calophyllum brasiliense
Cambess.
Figura 01: Gráfico demonstrando o
crescimento em altura média de Eucalyptus sp.
no decorrer das avaliações.
Segundo Pereira (2010) o fato
das espécies do gênero Eucalyptus spp
terem crescimento rápido é ideal, pois
auxiliam as espécies nativas presentes
na área nos processos de regeneração
florestal no sub-bosque.
0,00
0,50
1ª Avaliação 2ª Avaliação
Alt
ura
(m
)
T. grandis L. f
0,00
0,50
1,00
1ª Avaliação 2ª Avaliação
Alt
ura
(m
)
Eucalyptus sp.
Segundo Pereira (2010) o
desenvolvimento da T. grandis ocorre
melhor na época chuvosa, onde a
temperatura é mais amena, o que
poderia explicar a redução na média de
altura, já que algumas plantas já se
encontravam em processo de perda de
folhas.
Segundo Tonini (2010) a alta
capacidade de adaptação da A.
mangium, deve-se a características
como: rápido crescimento, baixo
rendimento nutricional, elevada taxa de
fixação de nitrogênio, entre outros,
podendo ser comprovado com um
crescimento médio de 0,32m em um
período de tempo de aproximadamente
02 meses.
Figura 04: Gráficos demonstrando o
crescimento em altura média de C. brasiliense
Cambess no decorrer das avaliações.
Os dados para C. brasiliense
Cambess. não foram satisfatórios, pelo
fato da espécie adaptar-se melhor a
locais úmidos e encharcados, o que
difere das características da área em
estudo, acarretando em uma taxa de
mortalidade de 96,8%, conforme mostra
na Figura 05.
As demais espécies tiveram
taxas de mortalidade aceitáveis e dentro
do esperado.
4. CONCLUSÕES
A recomposição da Reserva
Legal com finalidade de manejo,
apresenta inúmeros aspectos positivos:
benefícios financeiros e legais para o
proprietário, manutenção da
biodiversidade e fonte de renda para a
população local, para tanto estudos são
necessários. Embora os resultados
sejam preliminares, já se tem alguns
indicativos, como a não indicação da
espécie C. brasiliense para áreas mais
drenadas.
5. BIBLIOGRAFIA
BARBIN, H. S. Reserva Legal.
Secretaria do Meio Ambiente.
Departamento de proteção da
Biodiversidade. São Paulo: SMA, 2011.
PEREIRA, M. A. Viabilidade de
manejo comercial em reserva legal no
Pontal do Paranapanema com ênfase
em aspectos ambientais, sociais e
econômicos. 2010. 173f. Dissertação –
Escola Superior de Conservação
Ambiental e Sustentabilidade. Nazaré
Paulista – SP, 2010.
SKORUPA, L. A. Áreas de
Preservação Permanente e
Desenvolvimento Sustentável.
Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente,
dezembro 2003.
TONINI, H. et al. Acacia mangium:
características e seu cultivo em
Roraima. Embrapa. Boa Vista, 2010.
Figura 05: Gráfico demonstrando a taxa de
mortalidade das espécies em estudo.
0,00
1,00
1ª Avaliação 2ª AvaliaçãoAlt
ura
(m
)
A. mangium Willd
0,00
0,20
0,40
1ª Avaliação 2ª Avaliação
Alt
ura
(m
)
C. brasiliense Cambess
0 2,4% 0 0 6,3% 3,2% 9,5%
96,8%
020406080
100120
N. d
e P
lan
tas
Mortalidade 1ª Aval.
2ª Aval.
Figura 02: Gráficos demonstrando o
crescimento em altura média de T. grandis L.
f no decorrer das avaliações.
Figura 03: Gráficos demonstrando o
crescimento em altura média de A. mangium
Willd no decorrer das avaliações.