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AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTÉICO

AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTÉICO. Avaliação do estado protéico Avaliação Antropométrica Estimativas pela composição corporal Área/circunferência muscular

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AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTÉICO

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Avaliação do estado protéico

Avaliação Antropométrica Estimativas pela composição corporalÁrea/circunferência muscular do braço

Avaliação LaboratorialAlbumina séricaOutras proteínas séricas (transferrina, pré-albumina, RBP (Retinol-binding protein)Excreção de creatinina urinária

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Testes Bioquímicos do Estado Protéico

Proteínas somáticas – trabalho físico Proteínas viscerais/séricas (proteínas circulantes &

proteínas do fígado, rins, pâncreas e coração)Sintetizar enzimas e hormôniosResposta imuneCicatrização de feridas

O estado protéico é um indicador da resposta imune.

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Avaliação Bioquímica do Estado Protéico Dois compartimentos protéicos:

Proteínas somáticas (proteína muscular esquelética)○ ~75% da PTN corporal

Proteína Visceral (órgãos, céls. do sangue, etc.) ○ ~ 25% da PTN corporal

“Nenhum teste bioquímico isolado pode ser recomendado como indicador conclusivo do estado protéico”

“…a combinação de várias medidas representa a forma mais apropriada para avaliação do estado protéico” (Young, 1990)

BIOQUÍMICOS, ANTROPOMÉTRICOS, DIETÉTICOS, EXAME CLÍNICOS

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na [ ] sérica dessas proteínas pode indicar desnutrição

Proteínas plasmáticas sintetizadas nos hepatócitos:

Falta de substrato energéticoe protéico para síntese

Principais indicadores de proteína visceral

AlbuminaProteína

transportadorade retinolTransferrina Pré-

albumina

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Testes bioquímicos do Estado Protéico

Sintetizadas no fígado

Pode refletir a função hepáticaRedução nas [ ] na doença hepática

Lembrar que: na baixa oferta calórica, a proteína é usada para produzir glicose!

A inflamação e infecção (comum em pcts. hospitalizados) pode levar a reduções nos níveis de proteínas viscerais. Normalmente sugere-se a determinação concomitante de reagentes de fase aguda como proteína C reativa Quando a PCR está alta = a presença de um processo

inflamatório

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Importância da avaliação das proteínas viscerais no rastreamento e avaliação

nutricional Baixos valores em pacientes críticos são considerados como

indicação de gravidade da doença.

Considerado como importante preditor de morbi/mortalidade em pacientes hospitalizados.

Pode ser utilizado para identificar pacientes eletivos para cirurgias.

Medidas sequenciais pode refletir mudanças/melhoras do estado nutricional

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Avaliação do Estado Protéico Visceral

Albumina Transferrina Transtiretina (TTR) Proteína ligante de Retinol (TTR-RBP)

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ALBUMINAPrincipal proteína plasmática produzida pelo fígado (50-60%)

Responsável por transporte de substâncias e pressão osmótica sangüínea

Transporte vários nutrientes, hormônios, drogas, etc.

Indicador mais comum da avaliação do estado protéico.

Meia-vida de 14 a 20 dias (grande pool corporal)

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ALBUMINA

Problemas com a determinação de albumina:Não é muito sensível, meia-vida longa níveis refletem depleção prolongada Mudanças agudas do estado nutricional podem não ser

detectadasNíveis podem ser afetados pela taxa de síntese

(doença hepática pode diminuir as [ ] ) Pode refletir nível de stress fisiológico

○ Diminuído durante fase catabólica aguda Lembrar que a [ ] pode ser afetada pelo volume plasmático,

assim: na hiperhidratação e na hipohidratação

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Concentração de Alb vs. TTR, frente restrição protéica-energética

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Valores de referência para concentração de albumina (g/dl)Abaixo do aceitável Aceitável

(baixo risco)Deficiente (alto risco)

Baixo (médio risco)

Crianças (0-11m)

- < 2,5 > 2,5

1 a 5 anos < 2,8 < 3,0 > 3,06-17 anos < 2,8 < 3,5 > 3,5Adultos < 2,8 2,8 – 3,4 > 3,5Gestantes, 10 trimestre

< 3,0 3,0 – 3,9 > 4,0

Gestantes, 20 e 30 trimestres

< 3,0 3,0 – 3,4 > 3,5

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ALBUMINA

Interpretação dos resultadosElevado Diminuído

Desidratação Reação inflamatória de qualquer causa

Síndrome nefrótica

Doença hepáticaGestação (hemodiluição)

Ascite

Queimaduras

Albumina sérica pode ser considerada como indicador não-específico de enfermidades

Hiperhidratação (hemodiluição)

Jejum 3-5 dias(hemoconcentração)

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TRANSFERRINA

Produzida pelo fígado Responsável pelo transporte do Fe para células Controle da síntese de acordo com as [ ] de Fe corporal Níveis de transferrina aumentam na deficiência de Fe. Se existe deficiência de Fe, não será um bom indicador do

estado protéico Reagente de fase aguda negativa (diminui no processo

inflamatório) Meia-vida de 8-10 dias (responde mais rápido que albumina as

alterações do estado protéico)

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TRANSFERRINA

Valores:

Normal: >200 mg/dlDef. Leve 150-200 mg/dlDef. Moderada 100-149 mg/dlDef. Grave <100 mg/dl

Grant et al., 1981

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TRANSFERRINA

Interpretação dos resultadosElevado Diminuído

Deficiência de Fe Déficit protéico/ má absorção

Síndrome nefrótica

Hepatopatia crônica ( síntese)

Resposta inflamatória

Pílulas contraceptivas (maior estrógeno)

Gestação

Hepatite aguda

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TRANSTIRETINA (TTR) – pré-albumina

Produzida pelo fígado e catabolizada pelos rins Responsável por transporte da tiroxina (T4) e RBP 50-70% encontra-se na forma complexada - TTR-RBP Reagente de fase aguda negativa (diminui no processo

inflamatório) $$ do que a dosagem de albumina Meia-vida de 2 dias (mais sensível às variações PTN)

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TRANSTIRETINA (TTR)

Valores:

Normal: 15,7 - 20,6 mg/dlDef. Leve: 10 -15 mg/dlDef. Moderada: 5 -10 mg/dlDef. Grave: < 5 mg/dl

Grant et al., 1981

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TRANSTIRETINA

Interpretação dos resultados Elevado Diminuído

Diálise Déficit energético/ má absorção

Jejum ( 3-5 dias)

Cirrose (diminuição na síntese)Gestação

Resposta inflamatória

• TTR pode ser utilizada para monitoramento da eficiência do suporte nutricional• Deficiência da ingestão de zinco afeta síntese e secreção de TTR

Hiperhidratação

Desidratação

Alcoolismo (raro)

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PROTEÍNA TRANSPORTADORA DO RETINOL (RBP)

Produzida pelo fígado e catabolizada pelos rins

Responsável por transporte do retinol (vit. A)

Controle de acordo com as [ ] de retinol no fígado

Vit. ARBP plasmáticoRBP hepatócitos

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PROTEÍNA TRANSPORTADORA DO RETINOL (RBP)

Interpretação dos resultados (variação normal: 2,6 - 7,6 mg/dl)Elevado Diminuído

Redução taxa de filtraçãoglomerular

Déficit energético/ má absorção

Jejum ( 3-5 dias)

Cirrose (diminuição na síntese)Deficiência de zinco

Hipertiroidismo (maior catabolismo)

Deficiência de vit.A

Alcoolismo

RBP é mais utilizada em pesquisas

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Proteínas VisceraisAlbumina Longo tempo

para indicar alteração do

EN

Grande pool corporal (3-5 g/kg peso corporal)Insensível às alterações agudas do ENBaixa especificidadeBaixo na cirrose e na síndrome nefrótica

Transferrina Moderado tempo para

indicar alteração do

EN

Alta na deficiência de Fe; Grande variabilidade na população;Baixo pool corporal (<1OO mg/kg peso)Mais sensível do que albumina

TTR - RBP Rápido indicador da alteração do

EN

RBP é reduzida pela def. de Zn e vit A Alta na sind. nefrótica e baixa na cirroseMenor proteina circulante, baixo pool corporal (2mg/kg)Sensível às mudanças no consumo protéico.

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Proteína visceral: PCR

Aumenta dentro de 4 – 6 h da injúria ou inflamação Elevação moderada de PCR pode ser usado como

marcador de risco aumentado para doença cardiovascular