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Logo 2 km 2 km , sendo: , sendo: Serra Gaúcha, nordeste do Rio Grande do Sul; clima tipo Köppen; r Cfb de elevo complexo; distribuição dos solos com alta variabilidade espacial Cálculo da escala cartográfica efetiva, que indica se a distribuição dos polígonos no mapa de solos corresponde à sua escala nominal ( , : Hengl & Husnjak 2006) Escala nominal 1:50.000, 1.348.961 ha Figura 2. Mapa semidetalhado de solos da Serra Gaúcha. Escala nominal 1:10.000, 8.121,6 ha Figura 3. Mapa detalhado de solos do Vale dos Vinhedos. Avaliação da escala efetiva de dois mapas de solos da mesma área na Serra Gaúcha Avaliação da escala efetiva de dois mapas de solos da mesma área na Serra Gaúcha Eliana Casco Sarmento (1) (2) (3) (4) (5) ; Elvio Giasson ; Eliseu José Weber , Carlos Alberto Flores , Heinrich Hasenack . (1) (2) (3) (4) (5) Doutoranda em Ciência do Solo, bolsista CAPES; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, [email protected]; Professor do Departamento de Solos, bolsista em Produtividade em Pesquisa do CNPq, UFRGS, [email protected]; Pesquisador associado, UFRGS, [email protected]; Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, [email protected]; Professor, UFRGS, [email protected]. MATERIAL E MÉTODOS A escala cartográfica efetiva de mapas convencionais de solos da Serra Gaúcha tende a ser menor que a escala nominal. A escala cartográfica efetiva é de fácil determinação e pode servir como uma medida de qualidade de mapas convencionais de solos. MLD ASD IMR ? Levantamento de solos Característica Semidetalhado Detalhado Escala nominal 1:50.000 1:10.000 Escala efetiva /1 1:227.709 1:17.550 Polígonos 32 1648 Unid. de mapeamento 16 156 Unidades simples 3 156 Classes taxonômicas 32 156 /1 calculada considerando-se a área total de cobertura de cada mapa, a fim de não reduzir a área de polígonos devido ao recorte Número da escala efetiva (denominador) NSN = número da escala nominal IMR = índice de máxima redução, fator pelo qual a escala do mapa pode ser reduzida até que o tamanho médio dos polígonos delimitados (Average Size Delineation - ASD) seja igual à área mínima mapeável (minimum legible delineation - MLD), no Brasil considerada como 0,4cm . 2 Tamanho médio dos polígonos (em cm ) 2 Índice de máxima redução Numericamente, a escala 1:10.000 é cinco vezes maior que a escala 1:50.000, mas a escala cartográfica efetiva calculada para os dois mapas mostra uma diferença relativa de cerca de 13 vezes (Tabela1). O número de polígonos, de unidades de mapeamento e de unidades de mapeamento simples, é coerente com a escala cartográfica efetiva, sendo respectivamente 50, 10 e 52 vezes maior no mapa mais detalhado em relação ao O nível de detalhe de levantamentos convencionais de solos está relacionado a uma densidade recomendada de observações e de amostragens em campo e a uma escala para publicação do mapa final. Os dois primeiros podem variar em função da heterogeneidade da área e da experiência prática da equipe envolvida. A escala de publicação, por outro lado, costuma ser determinada pelo autor de acordo com o objetivo do levantamento e material de apoio, entre outros fatores. No entanto, a delimitação manual dos solos nem sempre é coerente com normas cartográficas estritas quanto à escala. Assim, conhecer a escala cartográfica efetiva de um mapa convencional é fundamental para o uso correto de qualquer informação dele extraída ou derivada, sob pena de se chegar a resultados incorretos e interpretações equivocadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a diferença entre a escala cartográfica nominal e efetiva em dois mapas convencionais de solos da mesma área na região da Serra Gaúcha, elaborados a partir de dois levantamentos com níveis de detalhamento diferentes. Após o cálculo da escala efetiva, o mapa de solos da Serra Gaúcha foi recortado com os limites do Vale dos Vinhedos. Em seguida calculou-se o número total de polígonos, o número total de unidades de mapeamento, o número de unidades de mapeamento simples e o número de classes taxonômicas de solo encontradas (Tabela 1). nesse perímetro para as duas escalas 57 W o 50 W o 27 S o 33 S o Rio Grande do Sul Figura 1. Localização da Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul. Área de estudo: Área de estudo: Metodologia: Aj = área do polígono j m = número total de polígonos no mapa. Material: Mapas convencionais de solos, de um levantamento semidetalhado (escala 1:50.000) e de um levantamento detalhado (escala 1:10.000) Software ArcGIS menos detalhado. O número total de unidades taxonômicas, por outro lado, é coerente com a razão entre as escalas nominais dos dois mapas: cerca de cinco vezes maior no mapa do levantamento detalhado em relação ao do semidetalhado (Tabela 1). Em ambos os levantamentos houve uma generalização cartográfica: no mapa do levantamento semidetalhado a escala efetiva é 4,5 vezes inferior à escala nominal e no semidetalhado é 1,7 vezes menor. Em parte isso resulta do uso de unidades de mapeamento complexas em escalas menores, onde um polígono pode representar simultaneamente mais de uma classe (figura 4). Em outras palavras, as diferenças observadas parecem ser mais de origem cartográfica do que temática, elas devem-se a deficiências na delimitação dos solos nos mapas, não à identificação e caracterização dos solos em si. Isso evidencia a necessidade de normas específicas para a elaboração de mapas com o apoio de geotecnologias, incluindo recomendações sobre escala de visualização e/ou interpretação, tolerâncias e regras de topologia. Incrementar a qualidade de mapas convencionais é importante para seu potencial de uso futuro, inclusive para mapeamento digital. A partir dos resultados, é razoável supor que há possibilidade de incrementar o detalhe espacial dos dois mapas avaliados, especialmente o mapa do levantamento semidetalhado. O emprego de métodos de mapeamento digital para desagregar as unidades de mapeamento complexas em unidades simples pode representar uma alternativa para esse propósito. Tabela 1. Características calculadas para mapas de solos produzidos por meio de levantamento detalhado e semidetalhado de solos na região da Serra Gaúcha. Figura 4. Limites das unidades de mapeamento de solos na escala 1:50.000 (linhas em azul) sobre as unidades de mapeamento na escala 1:10.000 na IP Vale dos Vinhedos INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES

Avaliacao escala efetiva dois - Censo das … · CNPq, UFRGS, [email protected]; Pesquisador associado, UFRGS, [email protected]; Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, [email protected];

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Page 1: Avaliacao escala efetiva dois - Censo das … · CNPq, UFRGS, giasson@ufrgs.br; Pesquisador associado, UFRGS, eliseu.weber@ufrgs.br; Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, carlos.flores@embrapa.br;

Logo

2 km

2 km

, sendo:

, sendo:

Serra Gaúcha, nordeste do Rio Grandedo Sul; clima tipo Köppen; rCfb de elevocomplexo; distribuição dos solos com altavariabilidade espacial

Cálculo da escala cartográfica efetiva,que indica se a distribuição dos polígonosno mapa de solos corresponde à suaescala nominal ( , :Hengl & Husnjak 2006)

Escala nominal 1:50.000, 1.348.961 ha

Figura 2. Mapa semidetalhado de solos da Serra Gaúcha.

Escala nominal 1:10.000, 8.121,6 ha

Figura 3. Mapa detalhado de solos do Vale dos Vinhedos.

Avaliação da escala efetiva de dois mapas de solosda mesma área na Serra Gaúcha

Avaliação da escala efetiva de dois mapas de solosda mesma área na Serra Gaúcha

Eliana Casco Sarmento(1) (2) (3) (4) (5); Elvio Giasson ; Eliseu José Weber , Carlos Alberto Flores , Heinrich Hasenack .(1) (2)

(3) (4) (5)Doutoranda em Ciência do Solo, bolsista CAPES; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, [email protected]; Professor do Departamento de Solos, bolsista em Produtividade em Pesquisa do

CNPq, UFRGS, [email protected]; Pesquisador associado, UFRGS, [email protected]; Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, [email protected]; Professor, UFRGS, [email protected].

MATERIAL E MÉTODOS

A escala cartográfica efetiva de mapas convencionais de solos da Serra Gaúcha tende a sermenor que a escala nominal.A escala cartográfica efetiva é de fácil determinação e pode servir como uma medida dequalidade de mapas convencionais de solos.

MLDASDIMR �

Levantamento de solosCaracterística

Semidetalhado DetalhadoEscala nominal 1:50.000 1:10.000Escala efetiva/1 1:227.709 1:17.550Polígonos 32 1648Unid. de mapeamento 16 156Unidades simples 3 156Classes taxonômicas 32 156/1

calculada considerando-se a área total de cobertura de cadamapa, a fim de não reduzir a área de polígonos devido ao recorte

Número da escala efetiva (denominador)

NSN = número da escala nominalIMR = índice de máxima redução, fator pelo quala escala do mapa pode ser reduzida até que otamanho médio dos polígonos delimitados(Average Size Delineation - ASD) seja igual àárea mínima mapeável (minimum legibledelineation - MLD), no Brasil considerada como0,4cm .2

Tamanho médio dos polígonos (em cm )2

Índice de máxima redução

Numericamente, a escala 1:10.000 écinco vezes maior que a escala 1:50.000,mas a escala cartográfica efetivacalculada para os dois mapas mostra umadiferença relativa de cerca de 13 vezes(Tabela1).O número de polígonos, de unidades demapeamento e de unidades demapeamento simples, é coerente com aescala cartográfica efetiva, sendorespectivamente 50, 10 e 52 vezes maiorno mapa mais detalhado em relação ao

O nível de detalhe de levantamentos convencionais de solos está relacionado a umadensidade recomendada de observações e de amostragens em campo e a uma escala parapublicação do mapa final. Os dois primeiros podem variar em função da heterogeneidade daárea e da experiência prática da equipe envolvida.A escala de publicação, por outro lado, costuma ser determinada pelo autor de acordo com oobjetivo do levantamento e material de apoio, entre outros fatores. No entanto, a delimitaçãomanual dos solos nem sempre é coerente com normas cartográficas estritas quanto à escala.Assim, conhecer a escala cartográfica efetiva de um mapa convencional é fundamental para ouso correto de qualquer informação dele extraída ou derivada, sob pena de se chegar aresultados incorretos e interpretações equivocadas.O objetivo deste estudo foi avaliar a diferença entre a escala cartográfica nominal e efetiva emdois mapas convencionais de solos da mesma área na região da Serra Gaúcha, elaborados apartir de dois levantamentos com níveis de detalhamento diferentes.

Após o cálculo da escala efetiva, o mapa de solosda Serra Gaúcha foi recortado com os limites doVale dos Vinhedos. Em seguida calculou-se onúmero total de polígonos, o número total deunidades de mapeamento, o número deunidades de mapeamento simples e o número declasses taxonômicas de solo encontradas

(Tabela 1).nesse

perímetro para as duas escalas

57 Wo 50 Wo

27 So

33 So

Rio Grande do Sul

Figura 1. Localização da Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul.

Área de estudo:Área de estudo:

Metodologia:

Aj = área do polígono jm = número total de polígonos no mapa.

Material:Mapas convencionais de solos, de umlevantamento semidetalhado (escala1:50.000) e de um levantamentodetalhado (escala 1:10.000)SoftwareArcGIS

menos detalhado. O número total de unidades taxonômicas, por outro lado, é coerente com arazão entre as escalas nominais dos dois mapas: cerca de cinco vezes maior no mapa dolevantamento detalhado em relação ao do semidetalhado (Tabela 1).Em ambos os levantamentos houve uma generalização cartográfica: no mapa dolevantamento semidetalhado a escala efetiva é 4,5 vezes inferior à escala nominal e nosemidetalhado é 1,7 vezes menor. Em parte isso resulta do uso de unidades de mapeamentocomplexas em escalas menores, onde um polígono pode representar simultaneamente maisde uma classe (figura 4).Em outras palavras, as diferenças observadas parecem ser mais de origem cartográfica doque temática, elas devem-se a deficiências na delimitação dos solos nos mapas, não àidentificação e caracterização dos solos em si. Isso evidencia a necessidade de normasespecíficas para a elaboração de mapas com o apoio de geotecnologias, incluindorecomendações sobre escala de visualização e/ou interpretação, tolerâncias e regras detopologia. Incrementar a qualidade de mapas convencionais é importante para seu potencialde uso futuro, inclusive para mapeamento digital.A partir dos resultados, é razoável supor que há possibilidade de incrementar o detalheespacial dos dois mapas avaliados, especialmente o mapa do levantamento semidetalhado.O emprego de métodos de mapeamento digital para desagregar as unidades de mapeamentocomplexas em unidades simples pode representar uma alternativa para esse propósito.

Tabela 1. Características calculadas para mapas de solos produzidos pormeio de levantamento detalhado e semidetalhado de solos na região daSerra Gaúcha.

Figura 4. Limites das unidades de mapeamento de solos na escala 1:50.000 (linhas em azul) sobre as unidades de mapeamentona escala 1:10.000 na IP Vale dos Vinhedos

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÕES