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PLANO DE DESENVOLVIMENTO E
INVESTIMENTO DA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE
DE ELECTRICIDADE 2009 – 2014 (2019)
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO E CONTROLO
AMBIENTAL DE 2011
REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A.
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 i
Ficha Técnica
Equipa Responsável:
Direcção de Planeamento da Rede (José Medeiros Pinto, António Pitarma e Maria Rita
Guedes da Silva)
Direcção de Investimento (José Peralta, Alberto Costa e Vanda Costa)
Direcção de Sustentabilidade (Rui Vicente Martins, Francisco Parada e Pedro Fernandes)
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 ii
ÍNDICE GERAL
GLOSSÁRIO DE TERMOS ...................................................................... iii
SUMÁRIO EXECUTIVO ......................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO GERAL ................................................ 2
2 OBJECTIVOS E METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO E CONTROLO AMBIENTAL ................... 3
3 AVALIAÇÃO E CONTROLO AMBIENTAL DO PDIRT 2009-2014 (2019) .................... 4
3.1 Alterações verificadas em 2011 ................................................ 4
3.2 Principais obras concluídas em 2011 ........................................... 4
3.3 Medidas de avaliação e controlo ............................................... 5
3.4 Balanço da aplicação das Directrizes de Planeamento e Gestão ......... 10
3.5 Consulta de entidades .......................................................... 23
4 CONCLUSÕES ......................................................................... 25
ANEXO I – DEFINIÇÕES ...................................................................... 26
ANEXO II – CONTRIBUTOS RECEBIDOS DE ENTIDADES EXTERNAS ............................... 29
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 iii
GLOSSÁRIO DE TERMOS
Termo Definição
AA Avaliação Ambiental
AAE Avaliação Ambiental Estratégica
AIA Avaliação de Impacte Ambiental
APA Agência Portuguesa do Ambiente
BFD Bird Flight Diverters
CA Comissão de Acompanhamento
DA Declaração Ambiental
EAP Estudo Ambiental do Projecto de Execução
EIA Estudo de Impacte Ambiental
EIncA Estudo de Incidências Ambientais
FCD Factores Críticos de Decisão
ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
QE Quadro Estratégico
QRE Quadro de Referência Estratégico
PDM Planos Directores Municipais
PDIRT Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte de Electricidade
PRE Produção em Regime Especial
RECAPE Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução
REN Rede Eléctrica Nacional
RNT Rede Nacional de Transporte
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 1
SUMÁRIO EXECUTIVO
O presente relatório sintetiza a Avaliação e Controlo Ambiental do Plano de Desenvolvimento e
Investimento da Rede de Transporte de Electricidade - PDIRT 2009-2014 (2019), durante o ano de
2011, dando cumprimento ao definido no art.º 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, e integra a
descrição da metodologia adoptada e o resultado do apuramento dos indicadores relativos, quer às
Directrizes de Planeamento e Gestão quer às Directrizes de Monitorização.
Em 2011 a REN continuou a programação prevista no PDIRT 2009-2014 (2019) para o ano em
referência, subordinado às orientações estratégias traçadas na AAE do PDIRT.
O presente relatório apresenta o ponto de situação na concretização das medidas de avaliação e
controlo ambiental, estruturadas em dezasseis Directrizes de Planeamento e Gestão (DPG) e cinco
Directrizes de Monitorização (DM), que haviam ficado fixadas na AA.
O relatório apresenta uma tabela síntese das DPG e das DM e, seguidamente, faz para cada uma, um
reporte de factos concretos e decisões relevantes tomadas em 2011. O quadro geral é de boa
realização das DPG e DM, resultante de um esforço continuado na redução de impactes e de
alargada articulação com outras entidades.
A aplicação da AAE ao PDIRT 2009-2014 (2019), não obstante constituir um processo relativamente
recente, tem, no entanto, permitido solidificar e reforçar as opções estratégicas de expansão da
RNT numa óptica de sustentabilidade, conjugando as vertentes técnica, económica e sócio-
ambiental.
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 2
1 INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO GERAL
A Rede Eléctrica Nacional, S.A. (REN), concessionária da Rede Nacional de Transporte (RNT), é
responsável pela elaboração do Plano de Desenvolvimento e Investimentos da Rede de Transporte. A
sua edição de 2008, PDIRT 2009-2014 (2019), foi submetida, pela primeira vez, a um processo de
avaliação ambiental (AA) de acordo com o Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, que culminou
com a elaboração de uma Declaração Ambiental (DA), a qual foi enviada à Agência Portuguesa de
Ambiente (APA), juntamente com o PDIRT.
No processo de AA do PDIRT atendeu-se às questões de sustentabilidade consideradas como
relevantes que permitiram auxiliar o planeamento das necessidades de expansão da RNT. Estas
questões foram abordadas na AA de forma integrada com as prioridades estratégicas da RNT e com
as principais macro-políticas, incluindo objectivos sustentabilidade, através dos Factores Críticos de
Decisão. Deste modo assegurou-se que a avaliação da expansão da RNT não se limitava apenas a
objectivos e critérios exclusivamente técnicos. Com este objectivo, a AA avaliou os eventuais
efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do PDIRT 2009 – 2014 (2019), nos termos
do referido Decreto-Lei nº 232/2007, como todos os Planos de Investimento da RNT anteriores, este
tem um horizonte de análise de 10 anos, e é revisto periodicamente.
A metodologia adoptada para a AA consistiu numa Avaliação Ambiental Estratégia (AAE) que
adoptou como objecto de avaliação as opções estratégicas de desenvolvimento da rede, que iriam
dar forma e conteúdo ao PDIRT. A AAE focalizou a avaliação em Factores Críticos para a Decisão
(FCD) que são estratégicos em relação às decisões de expansão da RNT.
Este documento sintetiza o acompanhamento da execução do PDIRT, durante o ano de 2011, dando
cumprimento ao definido no art.º 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007 e integra, nos pontos seguintes,
a descrição da metodologia adoptada, as principais alterações determinadas por factores internos
ou externos, entretanto introduzidas ao PDIRT, o resultado do apuramento dos indicadores relativos
quer às Directrizes de Planeamento e Gestão e às Directrizes de Monitorização.
De referir que em 2011 foi apresentado o novo plano PDIRT 2012-2017 (2022), conjuntamente com a
respectiva AAE de que foi alvo, pelo que o presente relatório será o último deste ciclo relativo ao
PDIRT 2009-2014 (2019).
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 3
2 OBJECTIVOS E METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO E CONTROLO AMBIENTAL
Os objectivos do processo de avaliação e controlo ambiental implementado na REN foram, à
semelhança do realizado no ano passado:
Proceder à verificação do cumprimento dos objectivos específicos da AAE do PDIRT;
Efectuar o seguimento das directrizes de seguimento (gestão, implementação e
monitorização) identificadas no Relatório Ambiental e incluídas na declaração ambiental;
Verificar a eficácia e operacionalidade do quadro de governança;
Apurar e verificar a adequabilidade dos indicadores de monitorização;
Verificar as alterações ao Quadro de Referência Estratégico (QRE) e imposições /
orientações adicionais;
Proceder à identificação de situações de incerteza e inesperadas que entretanto se tenham
colocado ao processo de planeamento, a fim de as identificar atempadamente e adoptar as
medidas necessárias que assegurem o melhor desempenho ambiental;
Verificar a eficácia da AAE.
Esta fase de monitorização constitui-se como a ligação em falta para o encerramento do ciclo de
previsão de impactes e definição de condições de execução, podendo o seu papel na AAE ser
sumarizado nos seguintes aspectos:
Introdução de melhorias no processo de planeamento;
Introdução de melhorias em futuros processos de avaliação e de planeamento;
Garantia dos objectivos da AA a longo termo;
Informação sobre eventuais impactes ambientais significativos decorrentes da
implementação de planos ou programas.
A abordagem metodológica seguiu os seguintes passos:
Apuramento dos indicadores associados a cada directriz de monitorização e gestão;
Identificação das principais alterações ao QRE e ao Quadro Estratégico (QE) do PDIRT.
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 4
3 AVALIAÇÃO E CONTROLO AMBIENTAL DO PDIRT 2009-2014 (2019)
3.1 Alterações verificadas em 2011
A nova envolvente macroeconómica conduziu, em 2011, ao adiamento dos projectos de Alta
Velocidade nos seus três eixos (Lisboa-Madrid, Lisboa-Porto e Porto-Vigo), o que levou a REN a adiar
a concretização de um conjunto de reforços de rede associados a estes projectos, nomeadamente o
fecho do eixo a 400 kV previsto entre a subestação da Falagueira e a zona da Península de Setúbal
com passagem pela zona de Évora.
3.2 Principais obras concluídas em 2011
No que se refere à evolução da estrutura da RNT ao longo de 2011, assinala-se como mais relevante
as seguintes realizações em novas linhas e subestações:
A entrada ao serviço das novas linhas Lavos - Paraimo, Portimão – Tavira e Tavira – Puebla
de Guzmán (troço Português), a 400 kV, da Macedo de Cavaleiros – Valpaços e dos circuitos
subterrâneos Ermesinde – Valongo 1 e Sacavém – Alto de São João 1 (este explorado a
60 kV), a 220 kV, e das Portimão-Tunes 3 e Sines – Artlant 1 e 2, a 150 kV. Foi também
terminado o desvio da linha a 400 kV Palmela – Ribatejo para a subestação de Fernão Ferro;
A conclusão da remodelação do posto de corte do Picote, ao qual foi ligado o reforço de
potência da central do Picote, e a passagem a 400 kV da linha Bemposta – Lagoaça 3, para
ligação do reforço de potência da central de Bemposta;
A remodelação para 220/60 kV da subestação de Ermesinde;
A abertura do novo injector 220/60 kV do Zambujal, alimentado por um circuito subterrâneo
a 220 kV proveniente da subestação de Alto de Mira, o qual se encontrava já construído mas
explorado a 60 kV;
A abertura da nova subestação 220/60 kV de Prelada, alimentada pela passagem à
exploração a 220 kV da linha Custóias – Prelada, já existente mas até agora a operar na rede
de 60 kV;
A colocação em serviço dos seguintes autotransformadores: nas subestações de Lagoaça e
Fanhões os terceiros autotransformadores 400/220 kV, de 450 MVA; na subestação de
Castelo Branco o segundo autotransformador 220/150 kV, de 250 MVA; na subestação de
Tavira o primeiro autotransformador 400/150 kV, de 450 MVA.
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 5
3.3 Medidas de avaliação e controlo
A REN, enquanto entidade responsável pela elaboração do PDIRT, deve, de acordo com o estipulado
nos termos do art. 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, avaliar e controlar os efeitos significativos no
ambiente decorrentes da respectiva aplicação e execução, verificando a adopção das directrizes
estabelecidas no relatório ambiental e incluídas na declaração ambiental, a fim de o identificar
atempadamente e adoptar as medidas necessárias que assegurem o melhor desempenho ambiental,
numa perspectiva de sustentabilidade.
As directrizes, ou medidas de avaliação e controlo, associadas à implementação do PDIRT, na
perspectiva da sua monitorização, identificadas no relatório ambiental e incluídas na Declaração
Ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019), foram definidas de acordo com a natureza dos investimentos.
Atentos à natureza do PDIRT, a avaliação e controlo das condições de implementação do mesmo
encontram-se estruturados em Directrizes de Planeamento e Gestão e Directrizes de Monitorização,
sendo que os aspectos mais relevantes a considerar dizem respeito aos riscos e oportunidades de
melhoria identificadas.
Nos quadros 1 e 2 apresenta-se o conjunto de directrizes, respectivamente, de planeamento e
gestão e de monitorização, definidas na Declaração Ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019), sendo
indicado para cada directriz:
O factor crítico para a decisão (FCD): Fauna (F), Ordenamento do Território (T) e Energia
(E) que a suporta;
A metodologia proposta para a sua apreciação e seguimento, que pode ser de natureza
qualitativa (p.e. através de texto descritivo das medidas desenvolvidas) e/ou quantitativa
(p.e. através do apuramento de indicadores).
A página deste relatório onde é analisada cada uma das directrizes consideradas (última
coluna).
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 6
Quadro 1 - Directrizes de Planeamento e Gestão
Directrizes de Planeamento e Gestão FCD Metodologia / Indicador Ver pág nº
1. Melhorar o conhecimento sobre o potencial de recurso eólico disponível, do ponto de vista técnico e económico, para assegurar a capacidade de resposta das estratégias a seguir para a RNT no horizonte de 2020.
E Texto:
Síntese 10
2. Deverão ser sujeitos a Estudos de Incidências Ambientais todos os troços com extensões inferiores a 10 km que atravessem áreas identificadas como “muito sensíveis” ou “sensíveis” para os vertebrados voadores e para o lobo.
F
Indicador:
N.º de traçados com extensão inferior a 10 km atravessando
áreas identificadas como “muito sensíveis” ou “sensíveis” para os vertebrados voadores e para o
lobo, sujeitos a EIncA
11
3. Sempre que tecnicamente possível deverá ser evitado o atravessamento de “áreas muito sensíveis” para as aves e os quirópteros, estando a eventual afectação destas áreas condicionada pela ausência de alternativas e pela existência de razões imperativas de reconhecido interesse público, nos termos do Art.6º da Directiva 92/43/CEE, transposta pelo Decreto-Lei nº 140/99, revisto pelo Decreto-lei nº 49/2005. O atravessamento das restantes “áreas sensíveis” deverá ser minimizado.
F
Indicador:
Apresentar o comprimento de traçados (km) com
atravessamentos inevitáveis de “áreas muito sensíveis” para as
aves e os quirópteros (são consideradas áreas muito
sensíveis as zonas localizadas a menos de 5km dos abrigos de
morcegos cavernícolas considerados importantes a nível
nacional).
14
4. No caso de inevitável atravessamento de Áreas Classificadas deverão ser implementadas medidas de mitigação adequadas às afectações resultantes deste atravessamento.
F
Indicador:
Apresentar o comprimento de traçados (km) com
atravessamentos inevitáveis de Áreas Classificadas
15
5. Em fase de Avaliação de Impacte Ambiental deverão ser avaliados os impactes resultantes da fragmentação e do efeito de barreira, bem como os seus efeitos cumulativos, de forma a que se possa encontrar uma solução que minimize de forma efectiva o acréscimo nos planos de colisão em áreas importantes para a fauna.
F
Texto:
Apresentar exemplos de aplicação desta directriz na realização do projecto (p.e. redução do n.º de planos de colisão, utilização de corredores de linhas existentes,
etc.)
10
6. Na Elaboração dos Estudos de Impacte Ambiental (EIA), de Relatórios de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) e de acções de medição/monitorização de linhas, deverá ser solicitado pedido de parecer à Direcção Geral de Saúde, tendo por suporte o relatório de cálculo de CEM.
T
Texto:
Apresentar a confirmação dos pedidos de parecer através da apresentação dos elementos
identificados
17
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 7
Directrizes de Planeamento e Gestão FCD Metodologia / Indicador Ver pág nº
7. Garantir, a não ser em situações excepcionais devidamente justificadas, que não há implantação de infra-estruturas ou instalações em áreas sensíveis e de valor paisagístico e patrimonial e em áreas de importantes compromissos urbanísticos, definidos em instrumentos de ordenamento do território.
T
Indicador:
Apresentar o comprimento de traçados (km) implantados nas áreas definidas na directriz nomeadamente nas seguintes áreas:
1. Áreas sensíveis, nos termos da legislação em vigor (p.e. Rede de Áreas Protegidas, Rede Natura 2000);
2. Zonas de características paisagísticas de relevância nacional ou regional (p.e. Património Mundial - Unesco);
3. Elementos patrimoniais classificados e respectivas áreas de protecção e zonas especiais de protecção, desde que identificáveis à macro-escala e fora dos centros urbanos. (p.e. Património Mundial – Unesco, Geopark Naturtejo da Meseta Meridional);
4. Servidões e restrições ao uso do solo, figuras de ordenamento, em particular as decorrentes de instrumentos de planeamento;
5. Aeródromos ou outras infra-estruturas e equipamentos com serventias e áreas de protecção especial;
6. Áreas urbanas, turísticas, industriais, de uso público relevante, de equipamentos com elevado grau de sensibilidade, desde que significativos à macro-escala;
7. Zonas de forte concentração populacional e/ou com tendência para forte crescimento demográfico.
10
8. Submeter ao processo de Avaliação de Impacte Ambiental os diferentes eixos e linhas integrantes da estratégia de implementação bem como as novas subestações a eles associados do PDIRT 2009-2014 (2019), de modo a permitir a avaliação dos impactes à escala da região onde estas se inserem, em particular, no âmbito dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROTs).
T
Texto:
Descrever os impactes dos projectos no que respeita à sua
interacção com os PROT´s
10
9. Assegurar a adopção da solução ambientalmente mais adequada para a ligação a Espanha na zona de Montesinho.
T Texto 10
10. Assegurar a minimização da implantação de infra-estruturas em áreas com forte presença humana.
T
Indicador:
Apresentar o comprimento de traçados (km) implantados em
áreas com forte presença humana e/ou com tendência para forte
crescimento demográfico, definidos em instrumentos de ordenamento do território.
10
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 8
Directrizes de Planeamento e Gestão FCD Metodologia / Indicador Ver pág nº
11. Adoptar soluções estruturais, construtivas e de implantação adequadas ao tipo de zonas atravessadas.
T
Indicador:
Descrição das soluções estruturais construtivas e de implantação
inovadoras, incluindo imagens/simulações, assim como
o investimento previsto no desenvolvimento e
implementação das soluções (p.e. postes tubulares, etc.)
17
12. Assegurar que em fase de AIA e de construção de linhas, se adoptem soluções que minimizem os impactes sobre áreas de Aproveitamentos Hidroagrícolas
T
Texto:
Descrição das medidas de compatibilização das infra-
estruturas e identificação das medidas de minimização
aplicáveis à fase de construção.
17
13. Assegurar a adopção de soluções técnicas e de atravessamento que potenciem a optimização futura da RNT, quer através da minimização do número de traçados, quer da adequação das respectivas tensões, abrindo oportunidades para a progressiva desactivação e/ou reconstrução de traçados da actual RNT.
T
Indicador:
Identificar:
- N.º e dimensão (em quilómetros) de traçados desactivados
- N.º e dimensão (em quilómetros) de traçados reconstruídos
18
14. Constituição de uma equipa de acompanhamento da implementação do PIDRT, com valências nas áreas do ambiente, ordenamento do território, biodiversidade e energia, para:
a. avaliação sistemática da implementação e do desempenho do PDIRT relativamente às orientações estratégicas e medidas previstas; e para
b. Identificação precoce da necessidade de inflectir alguma orientação estratégica ou medida estabelecida devido a efeitos inesperados, incluindo:
i. identificação de novas oportunidades de melhoria do desempenho,
ii. adopção de novas orientações estratégicas
c. assegurar a participação pública
E+F+T
Texto:
Descrição da actividade da equipa de acompanhamento
10
15. Garantir a Inclusão da REN na Comissão Mista de Acompanhamento dos Planos Directores Municipais, de modo a acautelar a consideração das infra-estruturas da RNT em sede de revisão destes instrumentos de gestão territorial
T
Indicador:
N.º de participações da REN em Comissões Mistas de
Acompanhamento e Comissões Consultivas de PDMs
18
16. Promover uma efectiva participação das populações interessadas criando mecanismos de informação, divulgação e negociação que permitam uma mais correcta percepção do risco e a diminuição dos efeitos psicológicos negativos, subsequentes.
E+F+T
Indicador:
- Descrição das iniciativas de informação, divulgação e negociação em matéria de risco: N.º e custos (€) de implementação
- Caracterização da população abrangida
19
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 9
Quadro 2 – Directrizes de Monitorização e Indicadores
Directrizes de Monitorização FCD Metodologia / Indicador Ver pág. nº
1. Estabelecer uma Plataforma de Monitorização do Plano que englobe os pontos 2 a 5 seguintes.
E+F+T Criação de uma área na Extranet da REN
21
2. Manter actualizados:
a. Registos da potência de origem renovável:
i. em funcionamento,
ii. em construção,
iii. já licenciada,
iv. em fase de licenciamento,
v. prevista a médio – prazo.
b. Registos da energia perdida anualmente na Rede de Transporte, em GWh.
E
Indicador:
- Potência de origem renovável (MW) em funcionamento, em construção, já licenciada, em fase de licenciamento, prevista a médio prazo
- Energia de perdas anual na Rede de Transporte (GWh)
21
3. Sistematização de resultados provenientes de estudos realizados ou em curso na área da saúde, no domínio das alternativas tecnológicas, e nas áreas do património e da conservação da natureza.
E+F+T
Indicador:
- N.º de estudos e custo (€) do investimento em I&D de alternativas tecnológicas de transporte de energia em MAT
- N.º e custo (€) de projectos de investigação apoiados na área dos impactes das LAT na biodiversidade e conservação da natureza
- N.º e custo (€) de estudos realizados nas áreas da saúde, alternativas tecnológicas e património
22
4. Monitorizar o desenvolvimento da PRE, no sentido do ajustamento da RNT ao desenvolvimento efectivo da produção energética.
T
Indicador:
Índice de utilização dos equipamentos em áreas fulcrais de
geração de energia renovável
22
5. Monitorizar anualmente os efeitos da implementação do PDIRT nas populações das espécies mais sensíveis, nomeadamente os vertebrados voadores e o lobo, que sejam potencialmente afectadas, integrando a informação recolhida no âmbito dos programas de monitorização das diferentes linhas, de forma a:
a. medir o acréscimo de mortalidade das espécies alvo que resulta da instalação das novas linhas no seu conjunto, tendo como referência estimativas actualizadas das suas populações.
b. avaliar os efeitos de exclusão e/ou perturbação, nomeadamente no caso particular dos quirópteros e do lobo para compreender que proporção das populações nacionais daquelas espécies será afectada pela implementação da estratégia aprovada.
c. uma vez que este programa de monitorização se apoiará essencialmente em dados a recolher no âmbito de outros programas sugere-se que a análise dos dados seja efectuada anualmente durante todo o período de implementação do PDIRT, tendo início no momento em que a primeira linha construída termine o primeiro ano de exploração.
F
Texto:
Recolha de dados, exemplos e fotos
23
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 10
3.4 Balanço da aplicação das Directrizes de Planeamento e Gestão
Sendo este o último Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental do ciclo do PDIRT 2009-2014 (2019)
e considerando as práticas já relatadas nos dois relatórios anteriores, optou-se no presente relatório
por apresentar apenas os principais aspectos verificados no ano de 2011 da execução do PDIRT, para
as directrizes onde exista algo de novo a reportar. Incluem-se neste primeiro lote as seguintes
directrizes:
1. Melhorar o conhecimento sobre o potencial de recurso eólico disponível, do ponto de vista
técnico e económico, para assegurar a capacidade de resposta das estratégias a seguir para a
RNT no horizonte de 2020.
5. Em fase de Avaliação de Impacte Ambiental deverão ser avaliados os impactes resultantes da
fragmentação e do efeito de barreira, bem como os seus efeitos cumulativos, de forma a que se
possa encontrar uma solução que minimize de forma efectiva o acréscimo nos planos de colisão
em áreas importantes para a fauna.
7. Garantir, a não ser em situações excepcionais devidamente justificadas, que não há
implantação de infra-estruturas ou instalações em áreas sensíveis e de valor paisagístico e
patrimonial e em áreas de importantes compromissos urbanísticos, definidos em instrumentos
de ordenamento do território.
8. Submeter ao processo de Avaliação de Impacte Ambiental os diferentes eixos e linhas
integrantes da estratégia de implementação bem como as novas subestações a eles associados
do PDIRT 2009-2014 (2019), de modo a permitir a avaliação dos impactes à escala da região
onde estas se inserem, em particular, no âmbito dos Planos Regionais de Ordenamento do
Território (PROTs).
9. Assegurar a adopção da solução ambientalmente mais adequada para a ligação a Espanha na
zona de Montesinho.
10. Assegurar a minimização da implantação de infra-estruturas em áreas com forte presença
humana.
14. Constituição de uma equipa de acompanhamento da implementação do PIDRT, com
valências nas áreas do ambiente, ordenamento do território, biodiversidade e energia, para:
a) avaliação sistemática da implementação e do desempenho do PDIRT relativamente às
orientações estratégicas e medidas previstas; e para
b) Identificação precoce da necessidade de inflectir alguma orientação estratégica ou
medida estabelecida devido a efeitos inesperados, incluindo:
i. identificação de novas oportunidades de melhoria do desempenho,
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 11
ii. adopção de novas orientações estratégicas
c) assegurar a participação pública
Nos pontos seguintes apresenta-se o ponto de situação das restantes Directrizes de Planeamento
e Gestão
2. Sujeitar a Estudos de Incidências Ambientais todos os troços com extensões inferiores a
10 km que atravessem áreas identificadas como “muito sensíveis” ou “sensíveis” para os
vertebrados voadores e para o lobo.
As áreas “muito sensíveis” e “sensíveis” passaram a ser designadas por “áreas muito críticas” e
“áreas críticas”, respectivamente, posteriormente à realização da AAE do PDIRT monitorizado no
presente relatório. No Anexo I apresentam-se as definições adoptadas.
Refira-se relativamente a esta orientação que a prática habitual da REN consiste em realizar
Estudos de Incidências Ambientais (EIncA), também designados por Estudos Ambientais de Projecto
(EAP), relativos a todos os troços de linhas novas, independentemente do nível de tensão, com
menos de 10 km que se localizem fora de áreas sensíveis. Estes projectos não estarão à partida
sujeitos a AIA e apenas serão alvo deste procedimento caso se prevejam impactes significativos.
Processo de AIA
Projecto de linha
nova com uma
extensão inferior a
10 km.
O Projecto
deverá ser
sujeito a AIA.
Licenciamento
do Projecto
O projecto insere-se
numa área sensível?
SimSim
NãoNão
Deverá ser elaborado um EIncA.
O projecto provoca impactes
ambientais significativos?
SimSim
NãoNão
O Projecto será
sujeito a AIA.
Fig. 1 - Procedimento de avaliação ambiental de linhas novas com extensão inferior a 10 km
Em 2011 foram realizados três projectos de linhas aéreas com extensões inferiores a 10 km, tendo
sido elaborados os respectivos EAP. Apresenta-se seguidamente uma análise da eventual afetação
de áreas críticas ou muito críticas para os vertebrados voadores e para o lobo, por estas
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 12
infraestruturas.
Os desvios das Linhas Vermoim- Recarei 2 e Valdigem-Vermoim 4, a 220 kV, para o posto de
transição de Valongo, com cerca de 2 km, intersectam uma área crítica para quirópteros
Os EAP referem que, uma vez que os resultados das monitorizações feitas a linhas eléctricas têm
mostrado que é rara a ocorrência de colisões de quirópteros com os cabos das linhas, não se
considerou relevante abordar os morcegos ao nível das suas actividades fora dos abrigos. Refira-se
adicionalmente à análise feita nos EAP que não foi até ao momento detectado qualquer episódio de
mortalidade de quirópteros por colisão.
Fig. 2 – Zona crítica atravessada pelos desvios das Linhas
A abertura da linha Caniçada – Vila Fria 1 para a subestação de Pedralva deu origem às Linhas
Caniçada – Pedralva 3 e Pedralva - Vila Fria B 2, a 150 kV com comprimento da ordem de 5 km.
O EAP refere que com base na informação fornecida pelo ICNB relativa ao último censo nacional de
lobo efetuado em 2002/2003 verifica-se que a linha em estudo se localiza numa quadrícula
classificada como de presença provável desta espécie (ver figura seguinte), pelo que não estará em
causa a afetação de qualquer centro de actividade de uma alcateia conhecida, ou o buffer de
protecção de 5 km.
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Fig. 3 – Rede Natura 2000 (SIC e ZPE), Áreas protegidas, quadrículas com presença de lobo e abertura
da linha Caniçada – Vila Fria 1 para a Subestação de Pedralva
No que respeita às áreas críticas e muito críticas para vertebrados voadores, conforme é perceptível
na figura seguinte, não existe qualquer afetação destas áreas pela abertura da linha Caniçada – Vila
Fria 1 para a Subestação de Pedralva, assinalada com uma seta na figura.
Fig. 4 – Áreas críticas e muito críticas para vertebrados voadores na envolvente da abertura da linha
Caniçada – Vila Fria 1 para a Subestação de Pedralva
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3. Sempre que tecnicamente possível deverá ser evitado o atravessamento de “áreas muito
sensíveis” para as aves e os quirópteros, estando a eventual afectação destas áreas
condicionada pela ausência de alternativas e pela existência de razões imperativas de
reconhecido interesse público, nos termos do Art.6º da Directiva 92/43/CEE, transposta pelo
Decreto-Lei nº 140/99, revisto pelo Decreto-lei nº 49/2005. O atravessamento das restantes
“áreas sensíveis” deverá ser minimizado.
Na fase de planeamento de novas infra-estruturas é analisada a interferência com os aspectos
enunciados. Desde 2006 que as taxas de ocupação de áreas sensíveis (p.e. Rede Natura 2000) são
objecto de apuramento, no âmbito do relatório de sustentabilidade, apresentando-se de seguida os
resultados para o período 2007-2011:
Quadro 3 - Ocupação de área sensíveis
2007 2008 2009 2010 2011
Linhas 886,0 km 11,8% 895,9 km 11,9% 873,8 km 11,6% 1019,3 km 12,7% 1049,7km 12,5%
Subestações 32,6 ha 4,5% 33,0 ha 4,5% 38,0 ha 5,1% 38,0 ha 5,0% 39,0 ha 5,1%
Figura 4 - Ocupação de área sensíveis
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 15
4. No caso de inevitável atravessamento de Áreas Classificadas deverão ser implementadas
medidas de mitigação adequadas às afectações resultantes deste atravessamento.
As principais medidas de mitigação de impactes sobre os valores que levaram à classificação das
áreas prendem-se essencialmente com a minimização das intervenções ao estritamente necessário,
garantir que não são afectadas espécies vegetais ou habitats relevantes, dar preferência à utilização
de acessos existentes e interditar a instalação de estaleiros em áreas de relevância ecológica. A
calendarização da obra de forma a minimizar a perturbação das espécies faunísticas no período de
reprodução, nas situações identificadas como de maior susceptibilidade, pode constituir também
uma importante medida. No entanto, a principal medida mitigadora consiste na instalação de
dispositivos que visam tornar os cabos de guarda mais visíveis, e portanto, evitar ou minimizar a
mortalidade por colisão com as linhas. A instalação de dispositivos anti poiso/dissuasores de
nidificação visa impedir a nidificação de cegonha-branca em zonas do poste onde o risco de
electrocussão é mais elevado.
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Quadro 4 – Sinalização instalada nas novas linhas aéreas, construídas no ano de 2011
Designação da Linha Área classificada
atravessada
Sinalização instalada
(BFD – Bird Flight
Diverters)
Desvio da Linha Palmela – Ribatejo, a 400 kV para a Subestação de Fernão Ferro
Sítio Fernão Ferro / Lagoa de Albufeira (entre os apoios P77 e P86)
Sinalização Preventiva – espaçamento de 20 em 20 m (de 10 em 10 m em perfil) na totalidade da linha (27 km)
Linha Portimão – Tunes, a 400 kV (considerado o troço P42/P41 – P79/P78)
SIC e ZPE Monchique (entre os apoios 46/45 e 56/55 e entre os apoios 68/67 e 71/70)
Sinalização Intensiva – espaçamento de 10 em 10 m (de
5 em 5 m em perfil) em 16
vãos. Sinalização Preventiva – espaçamento de 20 em 20 m (de 10 em 10 m em perfil) nos restantes vãos.
Colocação de dispositivos dissuasores (anti poiso) em 16 apoios.
Linha Portimão-Tavira, a 400kV
SIC e ZPE Caldeirão (entre os apoios 100 e 121)
Sinalização Preventiva – espaçamento de 20 em 20 m (de 10 em 10 m em perfil) em 24 vãos. Sinalização Intensiva – espaçamento de 10 em 10 m (de 5 em 5 m em perfil) em 43 vãos. Colocação de dispositivos dissuasores (anti poiso) em 40 apoios.
Linha Tavira-Puebla, a 400 kV
SIC Guadiana (entre os apoios 81 e 82)
Sinalização Preventiva – espaçamento de 20 em 20 m (de 10 em 10 m em perfil) em 7 vãos. Sinalização Intensiva – espaçamento de 10 em 10 m (de 5 em 5 m em perfil) em 47 vãos. Sinalização excepcional – espaçamento de 3 em 3 m (de 1,5 em 1,5 m em perfil) em 2 vãos.
Linha Macedo-Valpaços a 400 kV
Não atravessa qualquer área classificada
Sinalização Preventiva – espaçamento de 20 em 20 m (de 10 em 10 m em perfil) em 11 vãos.
Ramal da linha Central de Lares-Lavos para a Subestação de Paraimo a 400 kV
Não atravessa qualquer área classificada
Sinalização excepcional – espaçamento de 3 em 3 m (de 1,5 em 1,5 m em perfil) em 49 vãos. Colocação de dispositivos dissuasores (anti poiso) em 12 apoios.
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6. Na Elaboração dos Estudos de Impacte Ambiental (EIA), de Relatórios de Conformidade
Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) e de acções de medição/monitorização de linhas,
deverá ser solicitado pedido de parecer à Direcção Geral de Saúde, tendo por suporte o
relatório de cálculo de CEM.
A prática está consolidada com a Direcção Geral de Saúde (DGS), especialmente em projectos que
são desenvolvidos na vizinhança de áreas urbanas ou urbanizáveis. Pretende-se solicitar o parecer
tão próximo quanto possível da fase final do projecto, para poder ser caracterizada a situação mais
desfavorável e assim, conseguir que o parecer reflicta sobre aquela situação, evitando-se assim uma
resposta padronizada tipo ”ofício circular”. Na eventualidade de não existirem zonas com ocupação
humana na proximidade, considerou-se que não há interesse em solicitar o parecer.
Embora tenham sido concluídos 13 projectos em 2011, alguns dizem respeito a linhas subterrâneas,
outros corresponderam a upratings, e para os restantes relativos a linhas aéreas alguns foram
submetidos a AIA em fase de estudo prévio portanto ainda sem traçado ou cujos traçados não
incluíam na proximidade áreas urbanas e urbanizáveis, pelo que apenas em 2 casos se solicitaram
pareceres específicos.
11. Adoptar soluções estruturais, construtivas e de implantação adequadas ao tipo de zonas
atravessadas.
O impacte dos projectos, em particular de linhas na paisagem, tem continuado a merecer particular
atenção bem como os eventuais constrangimentos associados à ocupação do solo, especialmente
junto a vias rodoviárias ou na proximidade de zonas urbanas. Está em aberto, dependendo da
aprovação ambiental do projecto, a possibilidade de assegurar um melhor enquadramento
paisagístico de alguns apoios pintando a parte superior de alguns apoios em tons de verde de modo
a associá-los com as copas das árvores existentes na sua envolvência, de modo a reduzir a sua
visibilidade de um elemento patrimonial que está em vias de ser classificado.
12. Assegurar que, em fase de AIA e de construção de linhas, se adoptem soluções que
minimizem os impactes sobre áreas de Aproveitamentos Hidroagrícolas
Desde a fase em que têm lugar os estudos de impacte ambiental dos projectos, de novas infra-
estruturas da RNT ou mesmo de alterações em linhas já existentes, que se tem em conta a
existência na área de estudo de aproveitamentos hidroagrícolas. È dada especial atenção na
obtenção de informações e dados junto da ARH e da ANPC de modo a que os estudos possam desde
logo contemplar medidas de minimização que são definidas caso a caso.
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 18
13. Assegurar a adopção de soluções técnicas e de atravessamento que potenciem a
optimização futura da RNT, quer através da minimização do número de traçados, quer da
adequação das respectivas tensões, abrindo oportunidades para a progressiva desactivação e/ou
reconstrução de traçados da actual RNT.
Durante o ano de 2011 e como resultado do esforço na optimização do planeamento e subsequente
projecto foi viável efectuar cerca de 14 km de “upratings” e 13 km reconstruções (p.e. recorrendo
ao reaproveitamento de corredores), tendo-se desmontado cerca de 1 km de linhas existentes.
15. Garantir a Inclusão da REN na Comissão Mista de Acompanhamento dos Planos Directores
Municipais, de modo a acautelar a consideração das infra-estruturas da RNT em sede de revisão
destes instrumentos de gestão territorial
A revisão dos PDM’s e a correspondente composição das Comissões de Acompanhamento (CA), tem
por base o Decreto – Lei nº 380/99, de 19 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto
– Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro, e a Portaria nº 1474/2007, de 16 de Novembro.
Desde 2006 que a participação da REN nas CA, e mesmo em Conferências de serviços associados a
alterações pontuais dos PDM tem sido constante tendo em conta os diferentes ritmos de execução
das revisões dos diversos PDM’s.
Na verdade os ritmos de execução têm sido distintos com tendência para se reduzir. Assim:
Existem alguns PDM’s que após a realização de um número reduzido de reuniões tiveram a
sua revisão terminada, respectiva consulta pública concluída e já estão mesmo publicados;
Existem outros PDM’s cujo ritmo de execução é elevado, mas em que a existência no
território de projectos que foram ou são condicionadores tem impedido que a sua conclusão possa
ocorrer mais cedo;
Existem outros PDM’s cujo ritmo de execução é bastante lento, correspondendo à realização
de duas ou mesmo só uma reunião por ano ou por decisão da própria edilidade ou devido p. e. a
alterações legislativas associadas a determinadas situações particulares como sejam metodologias
de apresentação da Rede Ecológica Nacional REN e alterações na estrutura da administração Central
que origina indefinições na representatividade das diversos estruturas na CA;
Existem ainda outros PDM’s cuja revisão se está agora a iniciar.
Independentemente da presença da REN em todas as reuniões, há a preocupação de emitir um
parecer escrito em tempo útil para cada um dos PDM em revisão relativos a cada um dos concelhos.
Mesmo nos concelhos onde actualmente não existem infra-estruturas da RNT, mas onde, de acordo
com o PDIRT, é previsível que venham a existir a curto/médio prazo, no parecer a emitir esses
projectos são desde logo anunciados.
Considera-se que a participação da REN nas CA tem sido muito positiva pois tem permitido:
a) Divulgar a missão da REN;
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 19
b) Caracterizar, em termos de enquadramento legislativo, o sistema eléctrico
estabelecendo as diferenças entre as actividades de produção e comercialização de
energia, que são exercidas em regime de livre concorrência mediante a atribuição de
licenças, e as actividades de transporte e de distribuição de energia, as quais são
exercidas em regime de Concessão;
c) Explicitar a diferença entre as duas concessões, respectivamente da RNT e da RND. Em
alguns casos levou a que a CA optasse por pedir um parecer externo específico à
concessionária da RND;
d) Caracterizar o âmbito da concessão, da avaliação ambiental e do licenciamento dos
projectos da RNT;
e) Caracterizar o regime de servidão associada às tipologias de infra-estruturas da RNT e a
respectiva incorporação nos regulamentos dos PDM’s;
f) Divulgar o PDIRT com referência aos projectos que poderão vir a ser concretizados no
Concelho, razões para a sua execução e respectiva programação, antecipando desde logo
eventuais condicionantes e abrindo canais de diálogo. Como consequência, alguns dos
PDM’s fazem desde logo referência às novas infra-estruturas da RNT a instalar;
g) Actualizar as cartas de condicionantes, possibilitar a inclusão em cada Regulamento do
PDM revisto das referências às servidões das infra-estruturas da RNT e ainda fornecer a
sua localização georreferenciada e actualizada;
h) Promover e permitir a troca de informações com outras entidades, designadamente
concessionários e organismos da administração central igualmente representados na
Comissão de Avaliação.
Durante o ano de 2011, a REN continuou a participar nas diversas reuniões para que foi solicitada,
associadas não só às revisões dos PDM como também às alterações dos mesmos através de reuniões
de Conferência de Serviços.
16. Promover uma efectiva participação das populações interessadas criando mecanismos de
informação, divulgação e negociação que permitam uma mais correcta percepção do risco e a
diminuição dos efeitos psicológicos negativos, subsequentes.
No âmbito da política da REN de proximidade às comunidades locais, onde existem infraestruturas e
instalações da empresa, a REN procura actuar como entidade socialmente responsável,
manifestando preocupações na defesa do meio ambiente, património histórico e cultural e, ainda,
pelos interesses legítimos das populações das áreas envolventes. Esta acção concretiza-se, quer
através do apoio a iniciativas da sociedade civil, cuja concretização em muito depende deste tipo
de contributo, quer do apoio e participação em projectos de preservação, inseridos no âmbito de
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 20
medidas de minimização de impacte ambiental e patrimonial, ou, até mesmo, de acções promovidas
pela empresa no domínio da divulgação e sensibilização ambiental.
Neste domínio é de referir a acção de reflorestação em Pousos, que juntou 81 crianças de duas
escolas do 1.º ciclo daquela freguesia e da qual resultou a plantação de 1300 árvores.
Inserida nos trabalhos de reflorestação da faixa de protecção da linha Batalha-Lavos, esta acção
espelha, por um lado, a relação com a junta de freguesia, que foi um parceiro durante todo o
processo de construção, actuando como mediador e facilitador junto da população, e reflecte, por
outro, a aposta da empresa na informação e sensibilização ambiental junto, neste caso em
concreto, da população mais jovem.
Através desta iniciativa, a REN pretendeu assinalar a Semana Nacional da Reflorestação no Ano
Internacional das Florestas, aludindo ao trabalho de reconversão que a empresa desenvolve pelo
país e à sua importância ao nível do ordenamento da floresta, nomeadamente nesta linha, com a
plantação de cerca de 148 mil árvores numa área total reconvertida de 178,2 ha.
Figura 1 – Acção de reflorestação em Pousos
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 21
Directrizes de Monitorização
1. Estabelecer uma Plataforma de Monitorização do Plano que englobe os pontos 2 a 5
seguintes.
Actualmente encontra-se em fase de desenvolvimento a integração das directrizes enunciadas com
outras ferramentas informáticas de suporte ao apuramento de indicadores, nomeadamente os de
sustentabilidade.
2. Manter actualizados:
a) Registos da potência de origem renovável:
i. em funcionamento;
ii. em construção;
iii. já licenciada;
iv. em fase de licenciamento;
v. prevista a médio – prazo.
Apresentam-se no quadro seguinte os registos da potência de origem renovável, discriminada
por tipologia e com indicação da potência instalada em 2011 e previsão para 2013.
Quadro 4 - Registos da potência de origem renovável
Potência PRE
[MW]
Instalada
em 2011 Previsto para 2013ª
Hidráulica 416 503
Eólica 4 308 5 100
Fotovoltaicos e Solar 155 465
Térmica Clássica e Outros 267 432
Térmica Cogeração 1 707 1 790
Ondas 0 0
Total 6 853 8290
ª De acordo com PDIRT 2012-2017(2022)
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 22
b) Registos da energia de perdas no ano de 2011 na Rede de Transporte
Durante o ano de 2011 verificou-se na RNT um volume de energia de perdas de 650 GWh,
montante que corresponde a cerca de 1.5% da energia recebida na RNT.
3. Sistematização de resultados provenientes de estudos realizados ou em curso na área da
saúde, no domínio das alternativas tecnológicas, e nas áreas do património e da conservação da
natureza.
Em 2011 foi concluído o estudo desenvolvido em parceria com a Quercus, no âmbito do Plano de
Promoção do Desempenho Ambiental 2009 – 2011, que tinha por objetivo avaliar a eficácia de novos
dispositivos, designados FBF – Firefly Bird Flapper, em comparação com os dispositivos
habitualmente utilizados nas Linhas da Rede Nacional de Transporte, BFD – Bird Flight Diverters,
também designados por espirais salva-pássaros ou espirais anti-colisão. Este estudo consistiu na
monitorização de duas linhas antes da colocação de qualquer sinalização, e na sua monitorização
após a colocação dos dispositivos, tendo sido monitorizados vãos sem dispositivos para controlo. Foi
adicionalmente estudado o impacte destes novos dispositivos no ambiente sonoro e na paisagem.
Com este estudo foi possível concluir que os dispositivos FBF, em geral, são consideravelmente mais
eficazes na redução da mortalidade e não apresentam impactes com significado na paisagem ou no
ambiente sonoro.
Os bons resultados obtidos não impediram, no entanto, a constatação, por parte da REN, de se
tratar de dispositivos bastante frágeis e pouco estáveis ao nível da concepção e de materiais, razão
pela qual a REN enquadra a sua utilização futuramente quando estes problemas tiverem sido
resolvidos.
4. Monitorizar o desenvolvimento da PRE, no sentido do ajustamento da RNT ao
desenvolvimento efectivo da produção energética.
O planeamento da RNT é realizado considerando a evolução dos montantes globais previsionais de
PRE e o princípio de articulação entre as decisões de planeamento da RNT relativas ao seu reforço e
a gestão dos potenciais máximos de nova geração que é possível ligar em cada ponto da rede,
princípio esse estipulado e operacionalizado nos decretos de lei 312/2001 e 172/2007.
Para o efeito, a REN publica as capacidades futuras de recepção de nova geração tendo em conta o
ajuste e coordenação entre o desenvolvimento da RNT e as necessidades de recepção de PRE, de
forma a satisfazer os requisitos de contribuição de produção a partir das energias renováveis
necessários para o cumprimento das metas de política energética nacional.
A integração de novos centros produtores de energias renováveis e outros tem decorrido de forma
que tem viabilizado, sem problemas, o escoamento da energia gerada.
PDIRT 2009 – 2014 (2019)
Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 23
5. Monitorizar anualmente os efeitos da implementação do PDIRT nas populações das espécies
mais sensíveis, nomeadamente os vertebrados voadores e o lobo, que sejam potencialmente
afectadas, integrando a informação recolhida no âmbito dos programas de monitorização das
diferentes linhas, de forma a:
a) medir o acréscimo de mortalidade das espécies alvo que resulta da instalação das novas
linhas no seu conjunto, tendo como referência estimativas actualizadas das suas
populações.
b) avaliar os efeitos de exclusão e/ou perturbação, nomeadamente no caso particular dos
quirópteros e do lobo para compreender que proporção das populações nacionais
daquelas espécies será afectada pela implementação da estratégia aprovada.
c) uma vez que este programa de monitorização se apoiará essencialmente em dados a
recolher no âmbito de outros programas sugere-se que a análise dos dados seja
efectuada anualmente durante todo o período de implementação do PDIRT, tendo início
no momento em que a primeira linha construída termine o primeiro ano de exploração.
A metodologia para assegurar a análise integrada dos resultados obtidos nos diversos estudos em
curso encontra-se actualmente em fase de desenvolvimento. Dada a escala, quer de dados como
igualmente de dispersão territorial de programas de monitorização, não foi ainda possível durante
este ano de execução do PDIRT operacionalizar o procedimento que permitirá garantir de forma
eficaz a análise e identificação estratégica das condicionantes relativas à fauna.
3.5 Consulta de entidades
Este é um dos aspectos com maior relevância, quer ao nível da disponibilização de dados de base à
avaliação, quer como instrumentos de verificação da eficácia da AAE e do bom desempenho
ambiental e de sustentabilidade do PDIRT, quer igualmente em termos de garantia de aceitação
social das infra-estruturas de transporte de electricidade, potenciando desta forma a realização de
forma sustentável das propostas planeadas e justificando a mais-valia do processo de AAE.
Este processo é aplicado na fase de seguimento da AAE do PDIRT ao nível do quadro de governança
proposto, nomeadamente através da cooperação atempada das entidades competentes para a
concretização do plano, conjugando esforços e estabelecendo parcerias para colaboração no sentido
da efectiva monitorização e pós - avaliação.
Para dar cumprimento ao estabelecido no Artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, a REN solicitou
por mail a emissão de parecer no âmbito deste processo junto das entidades baixo indicadas, para
conjuntamente se proceder à identificação das principais acções desenvolvidas, na área de
competência de cada instituição, no âmbito deste processo:
CCDR – Norte;
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 24
CCDR – Centro;
CCDR – LVT;
CCDR – Alentejo;
CCDR – Algarve;
APA;
ICNF;
DGEG.
Obteve-se resposta CCDR – Algarve, CCDR – Norte e ICNF, cujos conteúdos se encontram no Anexo II.
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 25
4 CONCLUSÕES
A aplicação da AAE ao PDIRT 2009-2014 é um processo ainda relativamente recente, pelo que uma
avaliação/quantificação do seu sucesso dos seus resultados de uma forma mais consistente está
ainda por completar. No entanto, podem-se já destacar alguns pontos bastante positivos, como
sejam:
A organização e difusão da informação do PDIRT e AA tem contribuído para uma melhor
compreensão por parte dos seus diversos stakeholders das acções desenvolvidas pela REN,
sendo de destacar o facto notável de que, tanto as Directrizes do Relatório Ambiental, como
as metodologias dos Guias APA/REN para os EIA, serem citadas pelas partes interessadas
como um referencial.
O processo de AA tem permitido solidificar e reforçar as opções estratégicas de expansão da
RNT numa óptica de sustentabilidade, conjugando as vertentes técnica, económica e sócio-
ambiental.
A análise à escala estratégica dos factores ambientais em tempo de planeamento traz claras
vantagens à definição de corredores e alternativas em fase de projecto, designadamente através da
identificação antecipada de barreiras e de factores ambientais críticos a ter em conta nessa
fase.Com a divulgação de forma transparente e alargada dos indicadores reflectidos neste relatório,
a REN persegue o objectivo de constituição de mais uma plataforma de divulgação e de
envolvimento dos stakeholders no processo de melhoria do planeamento integrado da Rede Eléctrica
Nacional. A REN, continua a trabalhar no sentido da melhoria e consolidação dos indicadores e na
sua difusão alargada incentivando o debate de ideias com todas as partes interessadas para o mais
cabal cumprimento da sua missão.
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ANEXO I – DEFINIÇÕES
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Definições
Áreas muito críticas para as aves
Aves de rapina Correspondem a uma zona com 1 km de raio em torno dos ninhos ou áreas prioritárias de espécies com um estatuto de conservação elevado (CR, EN, VU) e com um risco de colisão classificado como intermédio ou elevado. As áreas prioritárias incluem, para além de áreas identificadas como fundamentais para estas espécies, ninhos artificiais e alimentadores de aves necrófagas. As espécies consideradas são: abutre do Egipto, abutre-negro, grifo, águia de Bonelli, águia-real, águia-imperial, francelho-das-torres, bufo-real, falcão-peregrino, tartaranhões e ógea. Aves estepárias Correspondem, maioritariamente, a áreas designadas como ZPE para a conservação destas aves, de forma a assegurar a integridade de uma área que inclui, para além de leks de abetarda e sisão, uma importante área de dispersão adjacente. Zonas húmidas Nestas áreas incluem-se as zonas que se localizam a menos de 1 km de áreas Ramsar, exceptuando-se os casos em que não se consideram relevantes para as aves aquáticas (Serra da Estrela e Lagoas de Bertiandos e São Pedro dos Arcos) e as que se localizam a menos de 500m de zonas húmidas identificadas como de maior importância para a conservação de aves aquáticas a nível nacional (atendendo às espécies e efectivos presentes). Outras espécies muito sensíveis Nesta classe consideram-se espécies como a cegonha-preta, o grou e a gralha-de-bico-vermelho, que possuem um estatuto de conservação desfavorável e um elevado risco de colisão. Compreende zonas que se localizam a menos de 1 km de zonas de concentração pós-nupcial, dos ninhos e das principais zonas de alimentação de cegonha-preta, a menos de 1 km de dormitórios de grou e a áreas de nidificação e alimentação de gralha-de-bico-vermelho.
Áreas críticas para as aves
Aves de rapina Correspondem à área compreendida entre os raios de 1 e de 5 km à volta dos ninhos e de áreas prioritárias, quando conhecidas com detalhe, referidas para as situações de Muito Crítica, nomeadamente: - Abutre do Egipto - Abutre-negro - Grifo - Águia de Bonelli - Águia-real - Águia-imperial - Francelho-das-torres e - raio de 1 a 2 km para Bufo-real Incluem também zonas de assentamento de rapinas com estatuto de ameaça elevado (CR, EN, VU) – considerada apenas a informação para o PNVG. Aves estepárias Não se consideram por falta de informação.
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Relatório de Avaliação e Controlo Ambiental de 2011 28
Zonas húmidas Nesta incluem-se as zonas que se localizam a menos de 1 km de zonas húmidas identificadas como de maior importância para a conservação de aves aquáticas a nível nacional (atendendo às espécies e efectivos presentes) e principais corredores utilizados pelas aves aquáticas nos seus movimentos entre zonas húmidas. Outras espécies muito sensíveis Compreende zonas que se localizam a menos de entre 1 e 5 km de zonas de concentração pós-nupcial, dos ninhos e das principais zonas de alimentação de cegonha-preta, a menos de 1 km de dormitórios de grou e a áreas de nidificação e alimentação de gralha-de-bico-vermelho. Inclui também quadrículas dos casais possíveis de cegonha-preta.
Áreas críticas para os quirópteros
Estas áreas correspondem a zonas localizadas a menos de 5km dos abrigos de morcegos cavernícolas considerados importantes a nível nacional e raio de 500m em torno de abrigos conhecidos importantes a nível regional ou local.
Áreas críticas para o lobo
Estas áreas correspondem a uma zona envolvente, de 5 km, aos centros de actividades conhecidos de cada alcateia (alcateia confirmada).
Áreas sensíveis
As áreas sensíveis consistem em: i) Áreas Protegidas; ii) Sítios da Rede Natura 2000 (zonas especiais de conservação e zonas de protecção
especial); iii) Áreas de protecção dos monumentos nacionais e dos imóveis de interesse público.
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ANEXO II – CONTRIBUTOS RECEBIDOS DE ENTIDADES EXTERNAS
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From: Jorge Eusébio - CCDR Algarve <[email protected]>Sent: segunda-feira, 26 de Novembro de 2012 10:12To: Acompanhamento.PDIRTCc: 'Nuno Marques - CCDR Algarve'Subject: RE: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019)
Exmos. Senhores Em resposta ao Vosso email do passado dia 9, sobre o assunto em epígrafe, cumpre informar que esta Comissão de Coordenação, no âmbito das suas atribuições e competências, nomeadamente enquanto entidade responsável pela elaboração e revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve e pelo acompanhamento da elaboração, alteração ou revisão dos Planos Municipais de Ordenamento do Território, considera ajustadas as quatro ações relativas a este Instituição, no quadro de Ações da Declaração Ambiental do “Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transportes 2009-2014 (2019)”, pelo que pugnará pela implementação das mesmas. Com os melhores cumprimentos. -- Jorge Eusébio Director de Serviços de Ordenamento do Território
CCDR Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve Praça da Liberdade, 2, 8000-164 Faro Tel. 289 895 200 - Fax 289 803 591 www.ccdr-alg.pt
De: Acompanhamento.PDIRT [mailto:[email protected]] Enviada: sexta-feira, 9 de Novembro de 2012 15:48 Para: undisclosed-recipients: Assunto: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019)
Exmo(a). Senhor(a),
A Rede Eléctrica Nacional (REN) é a entidade responsável pela elaboração do Plano de Desenvolvimento e
Investimento da Rede de Transporte, PDIRT 2009-2014 (2019).
Este Plano foi submetido, pela primeira vez em 2008, a um processo de Avaliação Ambiental (AA) de
acordo com o Decreto-Lei n.º 232/2007, tendo conjuntamente com o respectivo Relatório Ambiental sido
sujeito a consulta institucional e pública. A primeira fase deste processo culminou com a elaboração de
uma Declaração Ambiental (DA), a qual foi enviada à Agência Portuguesa de Ambiente (APA), juntamente
com o referido PDIRT.
Todos estes documentos encontram-se disponíveis na página da internet da REN (www.ren.pt) em:
Electricidade > Centro De Informação > Publicações > Plano de Investimento da RNT > PDIRT 2009 – 2014.
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Dando continuidade a este processo, de forma a dar cumprimento ao estabelecido no Artigo 11.º do
Decreto-Lei atrás referido, vimos por este meio solicitar o vosso eventual contributo quanto às acções
(relativas à vossa instituição) indicadas no documento anexo, tendo em vista assegurar a existência de
condições institucionais e de responsabilidade para um melhor desempenho do PDIRT.
Agradece-se que a vossa resposta seja enviada, até ao próximo dia 27 de Novembro para o endereço de
correio electrónico [email protected].
Sem outro assunto de momento, e ficando à vossa disposição para qualquer esclarecimento adicional,
aproveitamos para apresentar os nossos melhores cumprimentos,
José Medeiros Pinto REN – Resp. da Direcção de Planeamento da Rede
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From: Rui Fonseca <[email protected]>Sent: segunda-feira, 3 de Dezembro de 2012 17:53To: Acomp PDIRTCc: Paula Pinto; Andreia CabralSubject: FW: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019)
Importance: High
Exmºs. Senhores, No seguimento da mensagem infra, vimos pela presente enviar o nosso contributo, com as devidas desculpas pelo não cumprimento do prazo solicitado. No que se refere especificamente às ações atribuídas às CCDR, entendemos que as mesmas se configuram adequadas, face às nossas competências. Gostaríamos, não obstante, de salientar o seguinte:
‐ quanto à ação “Garantir a Inclusão da REN, SA na Comissão Mista de Acompanhamento dos Planos Directores Municipais, de modo a acautelar a consideração das infra‐estruturas da RNT em sede de revisão destes instrumentos de gestão territorial”, constata‐se que tem sido garantida a validação da inclusão das infraestruturas da RNT em sede de revisão dos PDM, quer através da representação da REN nas CA, quer através da sua auscultação para parecer sobre as propostas dos PDM. No entanto, importa referir que se tem verificado que, mesmo nos casos em que a REN está integrada na CA, a V/ entidade tem declinado frequentemente a participação, por não a considerar necessária, embora envie as informações relevantes a considerar nos PDM ou pareceres sobre a documentação em análise; ‐ no que respeita a “Incluir nas propostas de desenvolvimento regional os espaços canal necessários à concretização das estratégias da REN”, assume‐se que tal será garantido sempre que a REN fornecer a informação necessária em contexto de acompanhamento dos PDM e partindo do pressuposto de que está representada nas CA ou é auscultada no processo de revisão.
Com os melhores cumprimentos, Rui Fonseca Chefe da Divisão de Avaliação Ambiental Direção de Serviços de Ambiente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte Telefone 225 433 965 Fax 226 073 041 De: Acompanhamento.PDIRT [mailto:[email protected]] Enviada: quinta-feira, 29 de Novembro de 2012 17:17 Para: Bertilia Valadas ([email protected]); [email protected]; [email protected]; Rui Fonseca; [email protected]; [email protected]; [email protected] Assunto: FW: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019) Importância: Alta Exmo(a). Senhor(a),
Apesar de o prazo de consulta já ter terminado, gostaria de informar que ainda podem enviar o vosso
contributo até à próxima segunda-feira dia 3 de Dezembro de 2012.
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Os melhores cumprimentos, Rita Guedes da Silva REN - Rede Eléctrica Nacional Direcção Planeamento da Rede Dept. Planos de Rede - Planos e Programação tel. : (+351) 21 001 3541 mail:[email protected] From: Acompanhamento.PDIRT Sent: sexta-feira, 9 de Novembro de 2012 15:48 Subject: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019) Exmo(a). Senhor(a), A Rede Eléctrica Nacional (REN) é a entidade responsável pela elaboração do Plano de Desenvolvimento e
Investimento da Rede de Transporte, PDIRT 2009-2014 (2019). Este Plano foi submetido, pela primeira vez em 2008, a um processo de Avaliação Ambiental (AA) de
acordo com o Decreto-Lei n.º 232/2007, tendo conjuntamente com o respectivo Relatório Ambiental sido
sujeito a consulta institucional e pública. A primeira fase deste processo culminou com a elaboração de
uma Declaração Ambiental (DA), a qual foi enviada à Agência Portuguesa de Ambiente (APA), juntamente
com o referido PDIRT. Todos estes documentos encontram-se disponíveis na página da internet da REN (www.ren.pt) em:
Electricidade > Centro De Informação > Publicações > Plano de Investimento da RNT > PDIRT 2009 – 2014. Dando continuidade a este processo, de forma a dar cumprimento ao estabelecido no Artigo 11.º do
Decreto-Lei atrás referido, vimos por este meio solicitar o vosso eventual contributo quanto às acções
(relativas à vossa instituição) indicadas no documento anexo, tendo em vista assegurar a existência de
condições institucionais e de responsabilidade para um melhor desempenho do PDIRT. Agradece-se que a vossa resposta seja enviada, até ao próximo dia 27 de Novembro para o endereço de
correio electrónico [email protected]. Sem outro assunto de momento, e ficando à vossa disposição para qualquer esclarecimento adicional,
aproveitamos para apresentar os nossos melhores cumprimentos,
José Medeiros Pinto REN – Resp. da Direcção de Planeamento da Rede
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From: Ines Trigo <[email protected]>Sent: quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012 16:38To: Maria Rita SilvaCc: Acompanhamento.PDIRTSubject: Processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009-2014 (2019)Attachments: Avaliacao_PDIRT_contributo_ICNF.docx
Cara Eng.ª Rita Guedes da Silva, Conforme solicitado por V. mensagem eletrónica de 29 de Novembro, e pedindo desculpas pelo atraso desta resposta, junto envio o contributo do ICNF no âmbito do processo de avaliação e controlo ambiental do PDIRT 2009‐2014 (2019). Na sequência da nossa conversa telefónica, gostaria de renovar a nossa inteira disponibilidade para cooperar com a REN para o bom desempenho do PDIRT, no âmbito das ações previstas na Declaração Ambiental, em particular no que se refere à estratégia de implantação da Rede Nacional de Transporte de Eletricidade. Nesse âmbito, seria especialmente interessante reequacionar a possibilidade de revisão dos corredores que incidem sobre áreas mais sensíveis do ponto de vista da biodiversidade e acompanhar a integração e análise dos resultados da monitorização dos efeitos da implementação do PDIRT na biodiversidade. Consideramos que a avaliação da rede efetuada a nível regional para o enquadramento dos projetos constitui uma mais‐valia, mas poderemos alcançar um melhor desempenho ambiental do PDIRT se promovermos a avaliação estratégica de projetos e respetivos programas de medidas e de monitorização. Neste contexto, solicita‐me o Conselho Diretivo que manifeste o nosso interesse em estreitar o relacionamento e a articulação com a REN, nomeadamente envolvendo os serviços descentralizados do ICNF, dada a estreita colaboração existente entre estes e a REN ao nível dos projetos. Aproveito para reiterar o nosso interesse na realização duma reunião sobre a implementação e monitorização do PDIRT. Na expectativa de que esta nossa resposta possa merecer a Vossa melhor atenção, apresento os melhores cumprimentos, Maria Inês Trigo
Chefe da Divisão de Avaliação Ambiental Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas Rua de Santa Marta 55, 1169‐230 Lisboa, Portugal Tel.: +351 21 3507900; Fax: +351 21 3507984
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