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¹ Cadete Bombeiro Militar, Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Email: [email protected] ² Tenente-Coronel Bombeiro Militar, Corpo de Bombeiro Militar da Paraíba. Bacharel em Segurança Pública, Graduado em psicologia, Chefe do Departamento de Operações de Mergulho autônomo de Resgate (DOMAR). Email: [email protected]
AVALIAÇÃO DAS ESCALAS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E
ESTRESSE (EADS): UM ESTUDO COM CADETES BOMBEIROS
MILITARES DA PARAÍBA
Lis Bruna Teles Araújo Nunes¹ Erik Francisco Silva de Oliveira²
RESUMO O descobrimento do fogo, foi de suma importância para o desenvolvimento da humanidade, porém trouxe riscos a vida. Com isso surge a profissão responsável por enfrentar e minimizar esses riscos, o Bombeiro, que desenvolveu-se durante o tempo e hoje oferta um serviço de suma importância para a sociedade. Na Paraíba, uma das formas de ingresso dentro do Corpo de Bombeiros Militar é através do Curso de Formação de Oficiais. O curso é feito de maneira integral e presencial e tem como finalidade formar gestores da Administração Pública para atuar dentro da Instituição. A rotina intensa da formação pode afetar psicologicamente os cadetes, o que os tornam suscetíveis a psicopatologias como a ansiedade, estresse e depressão. Por isso, esse estudo objetivou a investigação da incidência desses fenômenos nos alunos à oficial. Para isso foi aplicado as Escalas de Ansiedade, Estresse e Depressão adaptada para o português por Ribeiro (2004). Os resultados foram sugestivos de que os cadetes da Academia de Bombeiros Militar Aristarcho Pessoa apresentaram índices elevados de estresse, o que ressalta a importância do acompanhamento psicológico para os mesmos. Palavras-chave: Ansiedade; Estresse; Depressão; Bombeiros; Cadetes.
EVALUATION OF ANXIETY, DEPRESSION, AND STRESS (EADS)
SCALES: A STUDY WITH PARABLE MILITARY FIRE DEBATES
ABSTRACT The discovery of fire was extremely important for the development of mankind, but it brought risks to life. Due to this, arose the need of a profession responsible for facing and minimizing this risk, the Fireman, who developed overtime and today offers a service of utmost importance for the society. In Paraíba, one of the forms of entry into the Military Fire Brigade is through the Officers Training Course. The course is done in a full-time and face-to-face manner and aims to train Public Administration managers to work within the Institution. The intense training routine can psychologically affect the cadets, which makes them susceptible to psychopathologies such as anxiety, stress and depression. Therefore, this study aimed to investigate the incidence of these phenomena in students. To achieve this, the Anxiety, Stress and Depression Scales adapted to Portuguese by Ribeiro (2004) were applied. The results suggest that the cadets of the Aristarcho Pessoa Military Firefighters Academy had high levels of stress, which highlights the importance of psychological support for them. Keywords: Anxiety; Stress; Depression; Firefighters; Cadets.
3
INTRODUÇÃO
A intensa rotina dos profissionais de segurança pública abre espaço para o
desgaste tanto físico quanto emocional. Para os alunos do Curso de Formação de
Oficiais Bombeiro Militar não é diferente, os mesmos possuem uma rotina que
envolve tanto o aprendizado em sala de aula como também estágios trabalhando
junto a sociedade. O curso funciona na Academia de Bombeiros Militar Aristarcho
Pessoa (ABMAP) e tem o objetivo de formar os futuros Oficiais do Corpo de
Bombeiros Militar da Paraíba.
A rotina intensa e exaustiva pode gerar nos cadetes consequências como o
aparecimento de doenças a exemplo o estresse, a ansiedade e a depressão. Esses
fenômenos podem afetar diretamente a saúde mental dos alunos à oficial e precisam
ser verificados para que sejam realizadas atividades para a manutenção do
equilíbrio psicológico no ambiente acadêmico.
Partindo do interesse por ampliar a atenção voltada aos militares em
formação e se valendo da psicologia como ciência, esse estudo tem a finalidade de
verificar a existência de psicopatologias vinculadas a formação do oficial bombeiro
militar da Paraíba e suscitar a necessidade de um atendimento psicológico para o
mesmo. Para isso será realizado o estudo do percurso histórico da Instituição, a
apresentação do cotidiano no Curso de Formação de Oficiais, e verificar se há
incidência das psicopatologias ansiedade, depressão e estresse em cadetes
bombeiro Militar da Paraíba.
1.1 O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
1.1.1 No Mundo
A descoberta do fogo pelo homem foi de grande valia para o desenvolvimento
da humanidade, porém o mesmo trouxe riscos para a vida. Por isso, o homem se viu
diante da necessidade de combatê-lo. A primeira ideia de um corpo para combate a
incêndios surgiu na Roma Antiga, após a mesma sofrer com um incêndio que
devastou a cidade. Após isso o Imperador Otávio Augusto criou um grupo chamado
4
de “Vigiles” que tinha a finalidade de vigiar a cidade contra sinistros. A defesa contra
o fogo porém era difícil devido aos métodos escassos da época (CBMGO, 2016).
Em Boston - EUA, houve a criação do primeiro Departamento Profissional
Municipal Contra Incêndios na América do Norte, para isso foi necessária a
importação de uma bomba de incêndio da Inglaterra. Após 36 anos, a cidade já
contava com 6 companhias de Bombeiros. Em 1715, na cidade de Massachusetts,
foi criado um sistema organizado de combate aos incêndios, aonde as casas
dispunham de baldes de água, e quando o alarme era dado, a partir do sino da
igreja, todos se reuniam com a missão de extinguir as chamas. Quem não ajudasse
na luta contra as chamas deveria ser multado pelo chefe dos bombeiros (CBMGO,
2016; SOUZA, 2013).
1.1.2 No Brasil
No Brasil no tempo Imperial, existia uma grande dificuldade de combate aos
incêndios, devido a irregularidades das ruas da Capital, Rio de Janeiro, formada por
becos estreitos e vilas, assim como pelas construções de madeiras que facilitavam a
propagação do fogo e também das técnicas obsoletas para o combate às chamas.
Era necessário ainda a contribuição da população que cedia materiais necessários
para o combate (SOUZA, 2013).
Foi em 2 de julho de 1856 que o Imperador Dom Pedro II assinou o Decreto
nº 1.775 que reunia em apenas uma organização todas as seções que trabalhavam
na extinção de incêndios, ele foi chamado de Corpo Provisório de Bombeiros da
Corte. O primeiro comandante foi o Major João Batista de Castro Moraes Antas. O
mesmo confirmou em 1857 a organização da Corporação que continha um efetivo
de 130 homens e 15 bombas manuais, 240 palmos de mangueira, 23 mangotes, 190
baldes, 13 escadas e 02 sacos de salvação (CBMGO, 2016; SOUZA, 2013).
1.1.3 Na Paraíba
Na Capital Paraibana, no ano de 1916, havia uma problemática em virtude da
falta de prevenção, métodos de combate aos incêndios e ausência de um Corpo de
Bombeiros. Ocorrendo assim incêndios que não eram combatidos prontamente,
5
como os da Camisaria Universal, Casa Vergara e da Delegacia Fiscal. No ano
seguinte, o então Governador Doutor Francisco Camilo de Holanda criou a Seção de
Bombeiros, que era constituída de 30 homens retirados da Força Pública, atual
Polícia Militar (CBMPB, 2017).
Em 1971 chegou à Paraíba o Sargento Alexandre Loureiro Junior, que logo foi
promovido à 2º Tenente e ficou responsável pelo Corpo de Bombeiros. O mesmo
ficou responsável por treinar os bombeiros Paraibanos e instrui-los acerca da bomba
a vapor, recém-chegada, e materiais. O aperfeiçoamento da tropa foi de suma
importância para o ganho de credibilidade frente a sociedade, pois antes o serviço
era realizado de forma empírica (CBMPB, 2017).
No dia 28 de dezembro de 2007, a partir da Lei nº 8.443, o Corpo de
Bombeiros Militar do Estado da Paraíba emancipou-se da Polícia Militar do Estado
da Paraíba, o que o tornou ligado diretamente a Secretária de Segurança e da
Defesa Social.
1.1.3.1 O Curso de formação de oficiais Bombeiro Militar na Paraíba
O Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar (CFO - BM) funciona na
Academia de Bombeiros Militar Aristarcho Pessoa (ABMAP) que está situada no
Centro de Ensino da Polícia Militar da Paraíba. A justificativa do curso se dá devido
a necessidade de gestores capacitados para a execução, gerência e administração
das ações referentes a Administração Pública, papel realizados pelos Oficiais dentro
do Corpo de Bombeiros Militar.
O curso tem formação de nível superior de natureza militar, onde ao término do
curso o Aspirante sairá graduado em Engenharia de Segurança contra Incêndio e
Pânico. O curso é realizado de forma integral e presencial e conta com 3815 horas
de aulas distribuídas nos três anos de curso.
As disciplinas ministradas tem o objetivo de formar um profissional integro e
pronto para lidar com a atividade de Gestor Bombeiro Militar. Elas tem o objetivo de
proporcionar noções gerais de conhecimento da administração de pessoal,
financeira e de material, assim como noções de conhecimentos jurídicos e
conhecimento aplicado a prestação de serviço inerentes a missão de prevenir, servir
e salvar a sociedade. Também são estudadas disciplinas dentro da área das
6
ciências exatas, voltadas a engenharia como Mecânica, Hidráulica e
Termodinâmica. Além das instruções ministradas, os cadetes realizam estágios nas
unidades operacionais a partir do início do segundo ano.
1.2 DOENÇAS PSICOLÓGICAS
Segundo Fonseca (2008) as doenças psicológicas podem ser entendidas como
“um modo de apreender uma determinada manifestação de sofrimento”. As mesmas
podem ter diversas características, que irá variar de acordo com o transtorno
apresentado, pode-se citar como sintomas em comum a irritabilidade, insônia,
nervosismo, fadiga, falta de concentração e outras queixas inespecíficas. Os
transtornos mentais mais comuns na sociedade atual são a ansiedade e a
depressão.
No artigo de Baptista (2005) sobre a interferência da depressão e Síndrome
de Burnout na qualidade de vida de bombeiros militares, é exposto as
psicopatologias que tendem a afetar os militares, tais como o estresse, a depressão,
a Síndrome de Burnout, o Transtorno de Estresse Pós-traumático. Essas patologias
podem ser iniciadas no trabalho a partir de desgastes físicos e psicossociais. A
insatisfação e o estresse elevado advindo desses desgastes durante a rotina diária
leva a consequências ainda maiores, podendo até incapacitar o militar para sua
função.
O preparo do militar, que deve estar sempre pronto para qualquer situação,
interfere diretamente no estresse do mesmo, pois pressiona o profissional a sempre
buscar um maior aperfeiçoamento, influenciando negativamente o seu psicológico e
afetando a sua saúde. O militar se sente sempre pressionado pela sensação do
perigo iminente, onde ele deve sempre ir em direção a ameaça, sendo contrário ao
seu instinto natural, o que aumenta ainda mais seu estresse diante da realidade
vivida (CREMASCO, 2008).
1.2.1 Transtorno de Ansiedade
Para Denis Zamignani (2005) “A ansiedade tem sido definida como um estado
emocional desagradável acompanhado de desconforto somático, que guarda
7
relação com outra emoção - o medo”.
A ansiedade é considerada uma resposta adaptativa do organismo as
alterações do ambiente, podendo ser considerada normal, de modo moderado.
Porém, ela pode tornar-se patológica quando a influência de um estado emocional
frente a um acontecimento futuro, é considerado exacerbado e desproporcional em
relação a real iminência, que pode ser inexistente (ZAMIGNANI,2005; PINTO, 2015).
A identificação da ansiedade patológica em um indivíduo pode ser realizada a
partir das excitações biológicas que são provocadas no mesmo, como taquicardia,
hiperventilação, sensações de sufocamento, sudorese, dores, tremores, dificuldade
de concentração, respostas de esquiva e/ou fuga e relatos verbais de estados
internos desagradáveis (angústia, insegurança, mal-estar indefinido) (ZAMIGNANI,
2005).
A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) classifica a ansiedade
como F41, tendo a mesma diversas subcategorias:
CID 10 - F41 - Outros transtornos ansiosos
CID 10 - F41.0 - Transtorno de pânico (ansiedade paroxística episódica)
CID 10 - F41.1 - Ansiedade generalizada
CID 10 - F41.2 - Transtorno misto ansioso e depressivo
CID 10 - F41.3 - Outros transtornos ansiosos mistos
CID 10 - F41.8 - Outros transtornos ansiosos especificados
CID 10 - F41.9 - Transtorno ansioso não especificado
1.2.2 Depressão
Segundo estudiosos a depressão é considerada a “doença da atualidade”,
afetando cerca de 3% a 4% da população mundial. A explicação para este número é
devido qualidade de vida individualista nos dias atuais, o que diminui as relações
sociais fazendo com que as pessoais vivam de maneiras isoladas e iludidas de
serem autossuficientes (DE SOUZA, 2002).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve a depressão como sendo
“Uma perturbação caraterizada pela tristeza, perda de interesse e prazer, sentimento
de culpa e baixa autoestima, perturbações do sono e/ou de apetite, cansaço
8
excessivo e baixa concentração” (PINTO, 2015).
A mesma pode ser dividida em três estágios: afetivo, sintoma e síndrome. A
afetiva pode ser identificada com o primeiro estágio, onde o indivíduo apresenta uma
tristeza normal, que quando em níveis elevados é um alerta para o desenvolvimento
depressivo. No estado de sintoma, a depressão é caracterizada como uma
manifestação secundária de uma patologia mental ou física já existente. Em seu
último estado, a síndrome, o indivíduo apresenta características de alteração do
humor, tendo sentimento de tristeza, apatia, irritabilidade e incapacidade de sentir
prazer (PINTO, 2015).
Uma pessoa considerada deprimida pode ter diversos sinais e sintomas, sendo
alguns o sentimento de vazio, a redução do interesse pelo ambiente externo,
sensação de fadiga e perda de energia, baixa autoestima, insônia, sentimento de
inutilidade e diminuição da capacidade de concentrar-se. O tratamento para a
doença pode ser feito através de medicamentos, psicoterapia ou até mesmo com a
hospitalização do paciente (DE SOUZA, 2002; PINTO, 2015).
Buscando uma melhor forma de distinguir os sintomas associados a
ansiedade dos relacionados a depressão, Clark e Watson (1991) desenvolveram o
Modelo Tripartido, no qual existem três dimensões: o afeto negativo, afeto positivo e
excitação somática. O afeto negativo é relativo a sintomas semelhantes as duas
patologias como a insônia, inquietação, irritabilidade e falta de concentração. O afeto
positivo diz respeito aos sintomas específicos da depressão tais como a falta de
entusiasmo, excitação e energia. E a excitação somática refere-se aos sintomas
característicos da ansiedade como a tensão e hiperexcitação (PINTO, 2015).
1.2.3 Estresse
O estresse é uma preocupação crescente na sociedade atual. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) o estresse pode ser considerado uma
epidemia global, pois cerca de 90% da população sofre com o mesmo (DE MELO
BATISTA, 2006).
Segundo Marilda Lipp (2015) o estresse é "uma reação psicológica, com
componentes emocionais, físicos, mentais e químicos a determinados estímulos que
irritam, amedrontam, excitam e/ou confundem a pessoa.”
9
O estresse, de modo moderado, pode ser considerado favorável pois pode
capacitar o indivíduo a trabalhar melhor diante adversidade, permitindo um raciocínio
mais rápido e com maior percepção acerca dos problemas e suas prováveis
consequências. Porém o estresse permanente pode gerar problemas físicos e
psicológicos como, por exemplo, a sensação de desgaste contínuo, a falha de
memória, falta de concentração, tensão muscular e até mesmo propiciar doenças
como a gastrite, hipertensão e infarto (LIPP, 2015; PINTO, 2015).
O estresse pode ser adquirido a partir de duas fontes: as externas ou
internas. As fontes externas são aquelas relacionadas a tudo aquilo pelo qual somos
rodeados. Como, por exemplo, a profissão, vida financeira, perdas, acontecimentos
traumáticos, ou qualquer fato que traga uma grande adaptação. Já as fontes
internas são mais difíceis de serem identificados, pois parte do pessoal do paciente,
por exemplo os seus valores, modo de agir, etc (LIPP, 2015).
O estresse ocupacional é um assunto que vem ganhando destaque em
pesquisas, devido a relação do trabalho à doenças adquiridas pelos profissionais.
Pode ter aparecimento a partir de condições insalubres de trabalho, como a alta
carga horária de trabalho, salário inadequado, perigo da profissão e também o
acúmulo da quantidade de cargos (STACCIARINI, 2001).
No ano de 2016, o site CareerCast publicou uma escala sobre as 11
profissões mais estressantes. A profissão mais estressante segundo eles é a de
Militar, seguindo da profissão do Bombeiro (EXAME, 2016). Isso enfatiza como o
estresse ocupacional tende afetar os Bombeiros Militares, pois as exigências da
profissão geram fatores negativos e permanentes levando ao desgaste físico e
emocional dos profissionais.
2 METODOLOGIA
O estudo aqui exposto é de caráter investigativo pois buscou a incidência das
patologias de Ansiedade, Depressão e Estresse em Cadetes da Academia de
Bombeiros Militar Aristarcho Pessoa, exploratório ao estudar o percurso histórico da
instituição Corpo de Bombeiros Militar e descritivo, quando mostra relação da
10
atividade laboral do cadete bombeiro militar com esses fenômenos. A abordagem é
quantitativa, partindo do levantamento das respostas coletadas dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada na Academia de Bombeiro Militar Aristarcho Pessoa
(ABMAP) situado na R. Coronel Francisco de Assis Veloso, s/n - Mangabeira, João
Pessoa - PB, onde se encontra em funcionamento os Cursos de Formação de
Oficiais Bombeiros Militares.
A população para o desenvolvimento do estudo foi dos cadetes em curso no
ano de 2017, totalizando 35 elementos de estudo. Os critérios de inclusão foram
todos os cadetes que estavam em curso de formação do corrente ano e de exclusão
apenas a autora da pesquisa. A amostra foi de 100% da população. Todos foram
informados sobre a pesquisa e que tinham a liberdade de recusarem a participar,
retirar o seu consentimento ou interromper a participação em qualquer momento.
O instrumento utilizado para coleta de dados foi as Escalas de Ansiedade,
Depressão e Estresse (EADS-21), que é uma adaptação portuguesa realizada por
Ribeiro (2004) da Depression, Anxietyand Stress Scale (DASS-21) criada por
Lovibond&Lovibond (1995). O mesmo é composto por 21 afirmações (a versão
original é composta por 42 itens) que serão analisadas pelos participantes, que
responderão de acordo com a aplicabilidade da frase em seu cotidiano. Os
participantes foram convidados também a responder a um breve questionário Sócio
Demográfico.
A EADS-21 é uma escala tipo Likert que pretende avaliar os sintomas
associados à ansiedade, depressão e estresse. Os 21 itens são divididos em 3 sub-
escalas cada uma com 7 afirmativas. Para Lovibond e Lovibond (1995, cit por
Ribeiro, 2004) as escalas são caracterizadas da seguinte forma: a depressão pela
perda de autoestima e de motivação, e está conexa com a percepção de baixa
probabilidade de alcançar objetivos significativos para o indivíduo enquanto pessoa.
A ansiedade refere-se às ligações entre os estados constantes de ansiedade e
respostas intensas de medo. O stress indica estados de excitação e tensão
persistentes.
Os 21 itens que compõem a pesquisa estruturam-se em afirmativas que
remete a sintomas emocionais negativos, onde o sujeito deve associar ao seu
11
estado emocional e escolher por uma das seguintes respostas: 0 - “não se aplicou
nada a mim”, 1 - “aplicou-se a mim algumas vezes”, 2 - “aplicou-se a mim muitas
vezes”, e 3 - “aplicou-se a mim a maior parte das vezes”.
Para resultado a EADS-21 irá fornecer três notas diferentes, cada uma
referente a uma sub-escala que é determinado pela soma das respostas dada nos
sete itens. O mínimo de cada é “0” e o máximo “21”. Quanto maior a pontuação
atingida significa que mais negativo está o estado emocional do sujeito para o
determinado fenômeno. (RIBEIRO, 2004)
Segundo Ribeiro (2004) os itens das sub-escalas são identificados e
agrupados de acordo com vários conceitos clínicos, onde temos que:
A escala Depressão é constituída por Disforia (item 13), Desânimo (item 10),
Desvalorização da Vida (item 21), Auto depreciação (item 17), Falta de
interesse ou de envolvimento (item 16), Anedonia (item 3), e Inércia (item 5).
A escala Ansiedade é constituída por Excitação do Sistema Autónomo (itens
2, 4, 19), Efeitos Músculos Esqueléticos (item 7), Ansiedade Situacional (item
9) e Experiências Subjetivas de Ansiedade (itens 15, 20).
A escala Estresse é constituída por Dificuldade em Relaxar (itens 1 e 12),
Excitação Nervosa (item 8), Facilmente Agitado/Chateado (item 18),
Irritação/Reação Exagerada (itens 6, 11) e Impaciência (item 14).
A análise dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel a partir
da estatística descritiva e inferencial, que resumiu as principais características em
um conjunto de dados, que foram elencados após a coleta e apresentados sob a
forma de tabelas e gráficos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra tinha idades compreendidas entre 19 e 35 anos, com uma média
de 25 anos de idade. Relativamente à distribuição por sexo, responderam 24 sujeitos
do sexo masculinos e 11 do sexo feminino. No que concerne ao estado civil dos
sujeitos, a maioria apresentaram-se sujeitos solteiros (68,57%), cadetes casados
correspondem a 14,29%, em união estável 11,43% e divorciados 5,71%.
12
A seguir são apresentados em Tabelas e gráficos os dados coletados pelo
presente estudo, confirmando que todos os sujeitos pesquisados são cadetes da
ABMAP. Na Tabela a seguir são apresentados dados socioprofissionais dos
participantes do estudo.
Tabela1 – Características socioprofissionais dos participantes. João Pessoa-PB.
VARIÁVEIS N (35) %
Idade
Até 20 anos 3 8,57
21-25 anos 14 40
26-30 anos 14 40
> 30 anos 4 11,43
Sexo Feminino 11 31,43 Masculino 24 68,57
Tempo de Curso
1º ano 8 22,86
2º ano 8 22,86
3º ano 15 57,14
Fonte: NUNES (2017) Dados da pesquisa.
Na Tabela 1, observa-se que a variável referente à idade dos entrevistados,
apresenta maior frequência nas faixas entre 21 e 25 anos, assim como 26 e 30 anos
(40% em cada), seguida por participantes com idade maior que 30 anos com
11,43%, e por fim indivíduos com menos de 20 anos, totalizando 8,57. A média da
idade para o público em geral é 25 anos. Para a segunda variável, sexo dos
participantes, temos que, 68,57% são do sexo masculino e 31,43% do sexo
feminino. A terceira variável, que tange ao tempo de curso, a amostra apresenta
maior concentração no 3º ano (57,14%), seguido pelo 2º ano (22,86%), que é
semelhante ao 1º ano de curso (22,86%).
13
Tabela 2 – Distribuição do nível de satisfação com o CFO entre os alunos em
formação.
Resposta N(35) %
Muito satisfeito 3 8,57
Satisfeito 12 34,29
Regular 13 37,14
Insatisfeito 5 14,29
Muito insatisfeito 2 5,71
Fonte: NUNES (2017).
Dados da pesquisa.
A tabela 2 refere-se ao nível de satisfação dos cadetes com o Curso de
Formação de Oficiais. A maioria dos alunos responderam regular, totalizando 13
respostas (37,14%), seguindo de satisfeito com 12 retornos (34,29%), insatisfeito
com 5 (14,29%), muito satisfeito com 3 (8,57) e muito insatisfeito no qual 2
responderam (5,71%).
Tabela 3 – Distribuição dos cadetes que já necessitaram de apoio psicológico
durante o CFO.
Resposta N(35) %
Sim 11 31,43
Não 24 68,57
Fonte: NUNES (2017). Dados da pesquisa.
14
Gráfico 1 – Distribuição dos cadetes que consideram importante a presença de um
psicólogo destinado ao CFO.
100%
Importância do psicólogo no CFO
sim
Fonte: NUNES (2017) Dados da pesquisa.
A tabela 3 traz as informações prestadas pelos cadetes quando perguntados
se já haviam necessitado de apoio psicológico durante o período do curso. A partir
da análise, percebeu-se que 11 cadetes (31,43%) necessitaram da ajuda
profissional em seu período no CFO. Enquanto isso, 24 alunos à oficial (68,57%)
não necessitaram deste apoio. Quando questionados a respeito da importância de
um profissional voltado para os cadetes em curso, a resposta obtida foi unânime e
positiva, ou seja, todos os alunos acreditam que é importante a existência de um
psicólogo dentro da ABMAP, como demonstra o Gráfico 1.
A confiabilidade das Escalas EADS-21 junto à amostra em estudo (método
Alpha de Cronbach) foi de 0,880 para a sub-escala que avalia o estresse, 0,880 para
a sub-escala que mede o fenômeno da ansiedade e de 0,662 para a sub-escala que
diagnostica a depressão. Os indicadores de consistência interna verificados são
considerados positivos para os padrões da investigação nas ciências humanas. De
acordo com Pais-Ribeiro (2007), coeficientes de alpha acima de 0,60 são aceitáveis
na avaliação de atitudes e fenômenos psicossociais e afetivos complexos, e acima
de 0,80 conferem elevada confiabilidade às escalas utilizadas.
15
Tabela 4 – Análise descritiva das variáveis através das médias gerais.
Item Característica do item Ansiedade Depressão Estresse DP
1. Tive dificuldade em me acalmar 1,057 0,893
2. Senti a minha boca seca 0,714 0,881
3. Não consegui sentir nenhum sentimento positivo 0,657 0,674
4. Senti dificuldades em respirar 0,429 0,767
5. Tive dificuldades em tomar iniciativa para fazer coisas 0,914 0,806
6. Tive tendência a reagir em demasia em determinadas situações
1,114 0,785
7. Senti tremores (por exemplo nas mãos) 0,571 0,838
8. Senti que estava a utilizar muita energia nervosa 1,086 0,841
9. Preocupei-me com situações em que podia entrar em pânico e fazer figura ridícula
0,571 0,767
10. Senti que não tinha nada a esperar do futuro 0,143 0,424
11. Dei por mim a ficar agitado 0,800 0,668
12. Senti dificuldades em me relaxar 1,371 0,897
13. Senti-me desanimado e melancólico 0,914 0,841
14. Estive intolerante em relação a qualquer coisa que me impedisse de terminar aquilo que estava a fazer
1,029 0,910
15. Senti-me quase a entrar em pânico 0,257 0,690
16. Não fui capaz de ter entusiasmo por nada 0,629 0,796
17. Senti que não tinha muito valor como pessoa 0,257 0,498
18. Senti que por vezes estava sensível 0,914 0,692
19. Senti alterações no meu coração sem fazer exercício físico
0,429 0,688
20. Senti-me assustado sem ter tido boa razão para isso 0,371 0,590
21. Senti que a vida não tinha sentido 0,057 0,232 Fonte: NUNES (2017)
Dados da pesquisa.
Atendendo à EADS-21, na tabela 4 apresentam-se as médias gerais de cada
item nos respectivos fenômenos do qual a afirmativa faz parte, os desvios-padrão
(DP) e característica de cada item. A pontuação de cada item é dada dentro do limite
de “0” a no máximo “3”. Quanto mais elevada for a pontuação atingida significa que
aquele item afeta de maneira mais negativa os alunos. A maior pontuação atingida
foi no item número 12 “Senti dificuldades em me relaxar” que obteve 1,371, ou seja,
45,71% da pontuação máxima. Já a menor pontuação foi no item 21 “Senti que a
vida não tinha sentido” que alcançou 0,057 (1,90%).
16
Tabela 5 – Análise descritiva das variáveis por fenômeno.
Patologia Média DP % α
Depressão 3,571 0,353 17,01 0,662
Ansiedade 3,343 0,141 15,92 0,880
Estresse 7,371 0,165 35,10 0,880
Fonte: NUNES (2017) Dados da pesquisa.
Na tabela 5 é retratado a média, desvio padrão, porcentagem e Alfa de
Crombach de cada fenômeno. A média é feita com base na pontuação total de cada
sub-escala onde temos um mínimo de “0” e o máximo “21”. Percebe-se que o índice
mais negativo refere-se ao estresse com 7,371, o que significa 35,10% do total de
21 pontos. A menor pontuação está relacionada a ansiedade, e é de 3,343 (15,92%).
Os dados informam que a Depressão e a Ansiedade aparecem de maneira menos
significativa nos cadetes, diferentemente do estresse que apresenta níveis
consideráveis dentro da amostra estudada.
Tabela 6 – Análise descritiva das variáveis por turma.
Patologia 1º ano 2º ano 3º ano
Média DP Média DP Média DP
Depressão 2,875 1,452 4,125 1,763 3,632 3,149
Ansiedade 2,375 1,798 3,5 3,536 3,684 4,736
Estresse 6,875 1,691 7,875 3,370 7,368 4,782
Fonte: NUNES (2017) Dados da pesquisa.
Na tabela 6 foi realizada uma comparação entre as três turmas em
funcionamento na ABMAP. Observar-se que em todos os anos a pontuação relativa
ao estresse foi sempre maior do que as outras psicopatologias, onde a maior
pontuação foi indicada pelo 2º ano com 7,875, o que significa 37,50% do total de 21
pontos, seguido do 3º ano com 7,368 (35,09%) e o 1º ano com 6,875 (32,74%).
Referente a depressão observa-se que o índice foi maior na turma do 2º ano com
uma média de 4,125 (19,64%), em seguida está o 3º ano com 3,632 (17,29%) e por
último o 1º ano com 2,875 (13,69%). Para o fenômeno da ansiedade a maior
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pontuação foi obtida no 3º ano com 3,684 (17,54%), seguido do 2º ano com 3,5
(16,67%) e o 1º ano com 2,375 (11,31%).
Tabela 7 – Análise descritiva das variáveis por sexo.
Patologia Feminino Masculino
Média DP % Média DP %
Depressão 3,091 0,314 14,72 3,792 0,378 18,06
Ansiedade 4,273 0,237 20,35 2,917 0,114 13,89
Estresse 9,364 0,269 44,59 6,534 0,168 31,11
Fonte: NUNES (2017)
Dados da pesquisa.
Na tabela 7 é realizada a comparação entre os sexos masculinos e femininos.
Relativo a depressão a pontuação masculina é de 3,798 (18,06%), maior que a
feminina de 3,091(14,72%). Porém nos fenômenos ansiedade e estresse, o índice
feminino apresentou-se consideravelmente maior que as pontuações masculinas.
Sendo a pontuação feminina da ansiedade de 4,273 (20,35%), e a masculina 2,917
(13,89%), já no estresse o sexo feminino apresentou 9,364 (44,59%) e o masculino
6,534 (31,11%). Diante disso, podemos confirmar que a rotina do curso tem afetado
de forma mais negativa o público feminino, que se encontra em menor quantidade
em todas as turmas e com índices mais acentuados de ansiedade e estresse.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperou-se com este estudo ampliar as pesquisas realizadas na área e servir
de base para estudos posteriores realizados de maneira mais aprofundada neste
campo; dar conhecimento a sociedade, a população estudada e a instituição dos
resultados alcançados; e auxiliar na melhoria da eficiência metodológica do Curso
de Formação de Oficiais.
Tomando em consideração a totalidade dos dados analisados neste estudo, é
possível afirmar que os objetivos foram atingidos para esta investigação. As
propriedades psicométricas da EADS-21 registrou resultados confiáveis o que
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demostra que esta escala se constitui como um instrumento rápido e seguro na
detecção de estados emocionais negativos nos cuidados de saúde primários.
Os resultados descritivos referentes às patologias foram sugestivos de que os
cadetes da Academia de Bombeiros Militar Aristarcho Pessoa possuem índices
relativamente reduzidos ao que concerne a ansiedade e a depressão. Porém, a
mesma amostra apresentou resultados consideráveis em relação ao estresse o que
indica que os alunos à oficiais possuem sintomas como dificuldade em relaxar,
excitação nervosa, irritação exagerada, impaciência, cansaço mental, dificuldade de
concentração, e estão sujeitos a algumas doenças físicas decorrentes de um estado
de ativação constante.
Isto confirma que a convivência diária dos alunos à oficiais com a exigência de
hierarquia e disciplina, além de diversos treinamentos rigorosos exigidos pela
profissão escolhida, são desafios constantes vivenciados pelos cadetes e podem ter
efeitos adversos e traumáticos, o que afeta diretamente ao estado psicológico dos
mesmos.
Em uma pesquisa sobre a incidência da Síndrome de Burnout nos Cadetes
Bombeiros Militares da ABMAP, Tomaz e Lira (2016), apresentaram sinais
indicativos da Síndrome nos investigados, sendo 51% na fase inicial e 15% em fase
de instalação da patologia. Vale ressaltar que a Síndrome de Burnout pode
desencadear sintomatologia depressiva, sendo o inverso também verdadeiro.
(BAPTISTA, 2005). Esses dados confirmam que os alunos à oficial já possuem
fatores estressores dentro do seu cotidiano que podem gerar efeitos negativos a
curto e longo prazo, aos indivíduos e a sua formação como Bombeiros Militares
A partir dos resultados obtidos neste trabalho torna-se importante ressaltar a
necessidade de um acompanhamento psicológico que trabalhe dentro da Academia
de Bombeiro Militar Aristarcho Pessoa com uma atenção voltada aos cadetes. Visto
que, 100% da amostra afirmou sentir a necessidade deste profissional em seu
ambiente escolar, assim como para ajudar na redução dos níveis de estresse,
ansiedade e depressão e ainda a manutenção de uma vida psicossocial positiva
para os cadetes. Brito (2013), ressalta a importância da ligação entre os cadetes e a
psicologia, apresentando parâmetros que determinam a necessidade dessa área
para a formação do aluno e sua vida profissional depois de formado.
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Vale ressaltar que os resultados deste estudo foram realizados com uma
amostra reduzida de Cadetes e dizem respeito a um contexto específico de
pesquisa, a Academia de Bombeiro Militar Aristarcho Pessoa. Como também que o
resultado deste estudo não substitui o diagnóstico realizado por profissional
competente.
Por fim, os dados denotam a importância do desenvolvimento desta pesquisa
acerca da formação do oficial bombeiro militar, sobretudo, pautada no olhar da
ciência psicológica. Ainda desperta a preocupação para um acompanhamento
psicológico a esse grupo. Cientes de que uma boa condição de saúde mental
propiciará melhores analises e decisões por partes dos gestores de amanhã da
corporação, que são os cadetes de hoje.
5 REFERÊNCIAS
BAPTISTA, Makilim Nunes et al. Avaliação de depressão, síndrome de burnout e
qualidade de vida em bombeiros. Psicologia Argumento, v. 23, n. 42, p. 47-54,
2005.
BRITO, Carlane Calixto de. A importância da inclusão da psicologia das
emergências no Curso de Formação de Oficiais. 2013. 21 f. Monografia
(Especialização) - Curso de Curso de Formação de Oficiais, Academia Bombeiro
Militar, Goiânia, 2013.
CBMGO – Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. Disponível
em:<http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/d.pdf> Acesso em:
10/08/2017.
CBMPB – Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Disponível
em:<http://www.bombeiros.pb.gov.br/corporacao/a-historia/> Acesso em:
12/08/2017.
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em:<http://www.cid10.com.br/> Acesso em: 29/08/2017.
CREMASCO, Luiza; CONSTANTINIDIS, Teresinha Cid; DA SILVA, Viviane
Angelina. A farda que é um fardo: o estresse profissional na visão de militares do
20
corpo de bombeiros. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 16, n. 2,
2010.
DE MELO BATISTA, Karla; BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Estresse do enfermeiro
em unidade de emergência. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 14, n.
4, p. 534-539, 2006.
DE SOUZA, Eliene Lima. DEPRESSÃO EM POLICIAIS MASCULINOS: Avaliação do
perfil de usuários crônicos de bebida alcoólica na PMMG. PsΨcologia Saúde
Mental & Segurança Pública, v. 2, n. 2, 2017.
FONSECA, Maria Liana Gesteira; GUIMARÃES, Maria Beatriz Lisboa;
VASCONCELOS, Eduardo Mourão. Sofrimento difuso e transtornos mentais
comuns: uma revisão bibliográfica. Revista de APS, v. 11, n. 3, 2008.
LIPP, Marilda Novaes. O stress está dentro de você. Editora Contexto, 2015.
PINTO, Joana Carneiro et al. Ansiedade, depressão e stresse: um estudo com
jovens adultos e adultos portugueses. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 16, n. 2, p.
148-163, 2015.
Revista Exame. Disponível em:<http://exame.abril.com.br/carreira/as-10-profissoes-
mais-estressantes-para-2016/>Acesso em: 29/082017.
RIBEIRO, José Luís Pais; HONRADO, Ana Alexandra Jorge Duarte; LEAL, Isabel
Pereira. Contribuição para o estudo da adaptação portuguesa das escalas de
ansiedade, depressão e stress (EADS) de 21 itens de Lovibond e Lovibond.
Psicologia, saúde & doenças, p. 2229-239, 2004.
SOUZA, K. M. A análise da relação trabalho e saúde na atividade dos
bombeiros militares do Rio de Janeiro. FIOCRUZ. Rio de Janeiro, 2013.
STACCIARINI, Jeanne Marie R.; TRÓCCOLI, Bartholomeu T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 17-25, 2001.
ZAMIGNANI, Denis Roberto; BANACO, Roberto Alves. Um panorama analítico-comportamental sobre os transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 7, n. 1, p. 77-92, 2005.
21
APÊNDICES
22
APÊNDICE “A”
23
24
25
26
APÊNDICE “B”
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS BOMBEIROS MILITARES DA PARAÍBA
QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO
DATA DA APLICAÇÃO: ____/_____/2017
1. Idade: ________ anos
2. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )
3. Estado civil:
( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo
( ) Divorciado ( ) União estável
4. Ano no curso:
( ) 1º Ano ( ) 2º ( )3º Ano
5. Nível de satisfação com o curso:
( ) MUITO SATISFEITO ( ) SATISFEITO ( ) REGULAR
( ) INSATISFEITO ( ) MUITO INSATISFEITO
6. Já necessitou de apoio psicológico durante o Curso de Formação de Oficiais?
( ) Sim ( ) Não
7. Você acha importante a existência de um psicólogo com a atenção voltada aos
cadetes?
( ) Sim ( ) Não
27
APÊNDICE “C”
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA
TERMO DE COMPROMISSO
Eu, Erik Francisco Silva de Oliveira, pertencente ao Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba,
pesquisador responsável pelo projeto de pesquisa: “Avaliação das Escalas de ansiedade,
depressão e estresse (EADS): um estudo com cadetes bombeiros militares da Paraíba.”,
comprometo-me a observar e cumprir as normas da Resolução 466/2012 do CNS em todas as
fases da pesquisa.
João Pessoa, 06 de setembro de 2017
____________________________________
Erik Francisco Silva de Oliveira
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ANEXOS
29
ANEXO “A”
30
ANEXO “B”