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tranma-eambiente EIV-RIV – PRIMAVERA - CAMPINAS AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA RELATÓRIO DE ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA EIV-RIV CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO COMERCIAL CATEGORIA CSE I DESTINADO PARA LOCAÇÃO RUA JORGE DE FIGUEIREDO CORREA ESQ. RUA DOS LÍRIOS CHÁCARAS PRIMAVERA CAMPINAS, SÃO PAULO, BRASIL Preparado para: NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA. Campinas, São Paulo Preparado por: tranma-eambiente Santo André, São Paulo FEVEREIRO, 2020. Revisão - 0

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tranma-eambiente EIV-RIV – PRIMAVERA - CAMPINAS

AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

RELATÓRIO DE ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – EIV-RIV

CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO COMERCIAL

CATEGORIA – CSE I – DESTINADO PARA LOCAÇÃO

RUA JORGE DE FIGUEIREDO CORREA ESQ. RUA DOS LÍRIOS

CHÁCARAS PRIMAVERA

CAMPINAS, SÃO PAULO, BRASIL

Preparado para:

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS

E ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA.

Campinas, São Paulo

Preparado por:

tranma-eambiente

Santo André, São Paulo

FEVEREIRO, 2020.

Revisão - 0

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0

Folha Folha Folha

ATIVIDADE

E - Elaboração V - Veri ficação A - Aprovação

CONTROLE DE REVISÕES DO DOC.

Revisão da Folha Revisão da Folha Revisão da Folha

Revisão Revisão Revisão

REVISÃO:

0

ID DOCUMENTO:

PJ-175-PR-Primavera-Campinas

Atividade Nome do Responsável

E FÁBIO RICARDO 0

V SIMONE 0

EMPREENDIMENTO: LOCAL DO EMPREENDIMENTO:

CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

DESTINADO A LOCAÇÃO

RUA JORGE DE FIGUEIREDO CORREA E RUA DOS LÍRIOS

CHÁCARAS PRIMAVERA - CAMPINAS - SP

SERVIÇO: RELATÓRIO:

CLIENTE: LOCAL E DATA DE EMISSÃO: LAUDAS:

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS E

ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA.SANTO ANDRÉ, 14 DE FEVEREIRO DE 2020 114

RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - RIV

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:

O número de laudas inclui glossário e os apêndices , mas não inclui os anexos .

ATENÇÃO: este documento é propriedade da eambiente e da Contratante; não pode ser copiado ou

transmitido tota l ou parcia lmente nem uti l i zado por terceiros sem a devida autorização.

Revisão

CONTROLE DA EXECUÇÃO

A FÁBIO RICARDO 0

OBSERVAÇÕES:

EMITENTE:

eambiente - tranma

Projeto de Aprovação-Chacara Primavera II; Projeto Executivo ARQ; Projeto Hidrául ica ; Projeto de Fundação-R02;

Projeto de Fundação rasa-01; Sondagem Engestrauss maio 2019; Certidão de medidas e confrontações - 13-12-

2019; Matrículas Imobi l iárias 31875 e 31876; Certidões de Valor Venal 2020; Alvará de Aprovação de Demol ição

960/2019 e 961/2019.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 3

APRESENTAÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA - CAMPINAS

RESUMO EXECUTIVO

Este Relatório Técnico do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança tem por

objetivo apresentar a avaliação de impactos nas áreas próximas à construção

de prédio de comércio e serviços – categoria CSE I – destinado a locação de

terceiros, sem uso definido, que será desenvolvido por Nossa Senhora da

Conceição Empreendimentos e Administração de Bens Próprios Ltda., situado

na Rua Jorge de Figueiredo Correa, esquina com Rua dos Lírios, Chácaras

Primavera, no Município de Campinas, Estado de São Paulo.

O empreendimento será desenvolvido em um lote urbano com área de

2.208,00 m2. O projeto proposto considera: construção de 2.490,03 m2;

volume de corte de terra na ordem de 464,10 m3; coeficiente de

aproveitamento calculado de 0,62 e taxa de ocupação calculada de 36,03%.

O terreno apresenta declividade descendente a partir da Rua Jorge de

Figueiredo Correa. Está numa região com infraestrutura consolidada,

estando presentes os seguintes equipamentos urbanos: rede de eletricidade,

iluminação pública, redes de telecomunicações, rede de abastecimento de

água, rede de esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e coleta

pública de resíduos sólidos.

O imóvel está situado numa região de uso misto onde predomina o uso de

comércio e serviços com destaque para a sede da CPFL – Companhia de Força

e Luz e com arredores de uso residencial a oeste.

Será construído um prédio principal com 2 pavimentos e outros 2 prédios

secundários com 1 pavimento, além de subsolo para estacionamento de

veículos.

O projeto é compatível com a legislação urbana e ambiental aplicável, sendo

que não foi necessária qualquer supressão de árvores e arbustos ou

demolição de prédios existentes.

A avaliação de impacto apresentada não contempla os aspectos,

componentes e fatores de trânsito, que são tratados separadamente.

Foram identificados 25 impactos, sendo 11 de natureza negativa, 7 positiva

e 7 neutros. Foram indicadas como mitigação para os impactos negativos ou

como pontencializadoras de efeitos positivos um conjunto de 18 medidas,

além daquelas indicadas para atenuar os efeitos no trânsito, dividas nos

seguintes programas: Programa de Gestão e Controle Ambiental da

Construção, Programa de Monitoramento Ambiental e Programa de Inserção

Viária do Empreendimento na Vizinhança.

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 4

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 13

1.1. Organização do Relatório ................................................................... 14

1.2. Limitações ........................................................................................... 15

2. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................... 16

2.1. Objetivo geral ..................................................................................... 16

2.2. Objetivo Específico ............................................................................. 16

2.3. Metodologia ....................................................................................... 16

2.4. Identificação do Empreendedor ......................................................... 17

2.5. Identificação da Responsabilidade Técnica ........................................ 17

2.6. Justificativa do Empreendimento ....................................................... 18

2.7. Objeto da Avaliação de Impacto ......................................................... 18

2.8. Localização do Empreendimento ....................................................... 18

2.9. Cronograma de Obras e Investimento ............................................... 19

2.10. Compatibilidade Com a Legislação Aplicável ...................................... 19

2.10.1. Plano Diretor e Legislação Urbanística .......................................... 19

2.10.2. Estudo de Impacto de Vizinhança ................................................. 20

2.10.3. Normas para Intervenção sobre Vegetação .................................. 24

2.10.4. Normas para Movimento de Terra e Manejo dos Resíduos da

Construção .................................................................................................... 24

2.10.5. Normas sobre Riscos Geológicos e Áreas Contaminadas .............. 26

2.10.6. Regras para o Saneamento Predial - Água, Esgoto, Drenagem e

Resíduos Sólidos ........................................................................................... 26

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................... 28

3.1. Caracterização Geral do Empreendimento ........................................ 28

3.1.1. Características Imobiliárias .............................................................. 28

3.1.2. Características Construtivas ............................................................ 29

3.1.3. Volumetria, Afastamentos e Gabarito............................................. 30

3.1.4. Características de Usos do Projeto .................................................. 31

3.1.5. Horário de Funcionamento ............................................................. 31

3.2. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos

Ambientais na Fase de Planejamento ........................................................ 32

3.2.1. Identificação de Demanda e Seleção da Área ................................. 32

3.2.2. Condições do Projeto ...................................................................... 32

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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

3.2.3. Planejamento e Projeto de Infraestrutura Interna ......................... 34

3.3. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos

Ambientais na Fase de Construção e instalação .......................................... 36

3.3.1. Atividades Preparatórias ................................................................. 36

3.3.2. Atividades de Construção ................................................................ 42

3.3.3. Atividades de Desmobilização ......................................................... 46

3.4. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos

Ambientais na Fase de operação .................................................................. 47

3.4.1. Adensamento Populacional ............................................................. 47

3.4.2. Comunicação Visual do Edifício ....................................................... 48

3.4.3. Controle de Acesso e Circulação Interna ......................................... 48

3.4.4. Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público ................ 48

3.4.5. Emissões Atmosféricas e Geração de Ruídos .................................. 48

3.4.6. Demanda por Equipamentos Urbanos ............................................ 49

3.4.7. Demanda por Equipamentos Comunitários .................................... 50

4. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA DE VIZINHANÇA................ 51

4.1. Delimitação das Áreas de Estudo e Influência .................................... 51

4.2. Componentes Regionais do Meio Físico ............................................. 54

4.2.1. Padrão Climático Geral .................................................................... 54

4.2.2. Qualidade do Ar ............................................................................... 55

4.2.3. Características Geológicas ............................................................... 56

4.2.4. Características Geomorfológicas ..................................................... 57

4.2.5. Características dos Recursos Hídricos Superficiais .......................... 58

4.2.6. Características dos Recursos Hídricos Subterrâneos ...................... 58

4.3. Componentes Locais do Meio Físico .................................................. 59

4.3.1. Insolação e Sombreamento ............................................................. 59

4.3.2. Ventilação e Ação dos Ventos ......................................................... 60

4.3.3. Indicadores de Ruído na Comunidade ............................................ 60

4.3.4. Indicadores Geotécnicos (Geologia e Relevo) ................................. 61

4.3.5. Características Hidrográficas e Drenagem Urbana ......................... 62

4.3.6. Características Hidrogeológicas....................................................... 64

4.3.7. Usos e Qualidade da Água ............................................................... 64

4.4. Componentes Regionais do Meio Biótico ........................................... 64

4.4.1. Bioma e Flora e Fauna Associadas ................................................... 64

4.4.2. Áreas Ambientalmente Protegidas ................................................. 65

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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

4.5. Componentes Locais do Meio Biótico ................................................ 66

4.6. Componentes Regionais do Meio Antrópico ...................................... 68

4.6.1. Indicadores Populacionais e Demográficos ..................................... 68

4.6.2. Condições de vida ............................................................................ 69

4.6.3. Vulnerabilidade Social ..................................................................... 72

4.7. Componentes Locais do Meio Antrópico ........................................... 73

4.7.1. Histórico de Ocupação Local ........................................................... 73

4.7.2. Caracterização do Uso do Solo Atual na Vizinhança ....................... 74

4.7.3. Situação da Infraestrutura na Vizinhança ....................................... 75

4.7.4. Referências Urbanas e Patrimônio Cultural .................................... 77

4.7.5. Situação dos Equipamentos Comunitários na Vizinhança.............. 78

4.7.6. Indicadores de Valor da Terra ......................................................... 80

4.7.7. Zoneamento e Disciplina de Uso do Solo na Vizinhança ................. 80

4.8. Qualidade Ambiental da Paisagem ..................................................... 80

5. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE VIZINHANÇA ........ 82

5.1. Qualidade Ambiental Quanto ao Clima .............................................. 85

5.1.1. Insolação e Sombreamento ............................................................. 85

5.1.2. Ventilação ........................................................................................ 85

5.2. Qualidade Ambiental Quanto à Situação do Ar e Ambiente Sonoro . 86

5.2.1. Qualidade do Ar ............................................................................... 87

5.2.2. Qualidade do Ambiente Sonoro ..................................................... 88

5.3. Qualidade Ambiental Quanto à Paisagem, Patrimônio Natural e

Cultural e o Uso e Ocupação do Solo ......................................................... 88

5.3.1. Componentes Geotécnicos ............................................................. 89

5.3.2. Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas e Superficiais ........... 90

5.3.3. Áreas Permeáveis, Drenagem, Vegetação e Fauna ......................... 90

5.3.4. Uso e Ocupação do solo .................................................................. 91

5.3.5. Paisagem Urbana e Bens Naturais e Culturais ................................ 91

5.4. Qualidade Ambiental Quanto à Infraestrutura Urbana ...................... 92

5.4.1. Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Energia e

Telecomunicações ........................................................................................ 92

5.4.2. Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Saneamento

Ambiental ..................................................................................................... 93

5.5. Qualidade Ambiental Quanto à Economia e Valorização Imobiliária . 93

5.5.1. Finanças Municipais ........................................................................ 94

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 7

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

5.5.2. Valorização Imobiliária .................................................................... 94

5.6. Qualidade Ambiental Quanto à Qualidade de Vida e Adensamento

Populacional ................................................................................................. 94

5.6.1. Adensamento e Fatores Populacionais ........................................... 94

5.6.2. Qualidade de Vida ........................................................................... 95

5.7. Qualidade Ambiental Quanto ao Tráfego e Demanda por Transporte

Público .......................................................................................................... 95

5.8. Compatibilidade à Legislação Urbanistica ......................................... 95

5.9. Síntese ................................................................................................ 95

6. MEDIDAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ............................... 98

7. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................. 103

8. SíNTESE E CONCLUSÕES ...................................................................... 104

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ADA – Área Diretamente Afetada.

AM – Área Municipal.

AV – Área de Vizinhança.

AME – Área em Processo de Monitoramento para Encerramento.

ACI – Área Contaminada sob Investigação.

ACRi – Área Contaminada com Risco Confirmado.

ACRe – Área Contaminada em Processo de Remediação.

ACRu – Área Contaminada em Processo de Reutilização.

AP – Área com Potencial de Contaminação.

AS – Área com Suspeita de Contaminação.

AR – Área Reabilitada para uso Declarado.

CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 8

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à

Agricultura.

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,

Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo.

CONDEPAV – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de

Valinhos.

CRIC – Cartório de Registro de Imóveis de Campinas.

DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica.

DAP – Diâmetro na Altura do Peito.

EIV, EIAV ou EPIV – Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança.

EPI – Equipamento de Proteção Individual.

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva.

ETE – Estação de Tratamento de Esgotos.

FEPRAC – Fundo Estadual para Prevenção e Remediação de Áreas

Contaminadas.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social.

IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano.

ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 9

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

LUOPS – Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo.

NM – Nível do mar.

PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

PM – Material Particulado.

PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

PQAr – Padrões de Qualidade do Ar.

PROCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos

Automotores.

PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e

Veículos Similares.

RIT – Relatório de Impacto de Trânsito.

RIV ou RIVI – Relatório de Impacto de Vizinhança.

RMC – Região Metropolitana de Campinas.

RRT – Registro de Responsabilidade Técnica.

SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

SINDUSCON-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São

Paulo.

SUS – Sistema Único de Saúde.

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.

UTM – Universal Transversa de Mercator.

LISTA DE FIGURAS E FOTOS

Figura 2.5-1 – Localização do Empreendimento

Figura 3.1.1-1 – Características do Terreno

Figura 3.1.2-1 – Plantas do empreendimento

Figura 3.1.3-1 – Corte do Empreendimento

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 10

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

Figura 3.2.2-1- Fluxograma para Avaliação Ambiental de um Imóvel

Figura 4.1-1- Limites das Áreas de Estudo e influência.

Figura 4.2.1-1 – Classificação Climática do Estado de São Paulo

Figura 4.2.1-2 – Distribuição dos Ventos Campinas – Aeroporto

Figura 4.2.2-1 – Qualidade do Ar e Prevenção de Riscos à Saúde

Figura 4.2.3-1 – Mapa Geológico do Estado São Paulo – Recorte Municipal

Figura 4.2.4-1 – Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte

Municipal

Figura 4.2.5-1 – Mapa de Hidrografia do Estado de São Paulo e classes de

qualidade das águas – Recorte Municipal

Figura 4.2.5-2 – Mapa de Sub bacias do Estado de São Paulo – Recorte

Municipal

Figura 4.2.6-1 – Unidades Aquíferas de ocorrência no Município

Figura 4.3.5-1 – Hidrografia

Figura 4.4.2-1 – Mapa da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) Fase

VI – Recorte Municipal

Figura 4.2.2-2 – Mapa de Unidades de Conservação – Recorte Municipal

Figura 4.6.3-1 – Grupos IPVS 2010 – Setores Censitários com mais de 50

Domicílios

Figura 4.7.2-1 – Levantamento do Uso do Solo Atual

Figura 4.7.5-1- Levantamento de Equipamentos e Referências Urbanas

LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento

Quadro 3.1.4-1 – Quadro de Usos do Empreendimento

Quadro 3.2-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais

do Empreendimento na Fase de Planejamento

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 11

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

Quadro 3.3-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais

do Empreendimento na Fase de Construção

Quadro 3.3.2-1 – Armazenamento e destinação de resíduos normalmente

gerados na construção civil – RCC

Quadro 3.4-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais

do Empreendimento na Fase de Operação

Quadro 4.7.3-1 – Situação dos Equipamentos Urbanos na AV

Quadro 4.7.5-1 Equipamentos Comunitários e Referenciais Urbanos

Quadro 5.9-1 – Síntese dos Impactos identificados e Medidas Recomendadas

Quadro 6-1 – Síntese das Medidas Recomendadas

Quadro 6-2 –Matriz de Impacto Geral – conforme Anexo III – Dec20.633-2019

Tabela-3.1.3-1 – Tabela de Recuos, Cotas de Nível e Altura

Tabela 3.3.2-1 – Níveis D’água do Lençol Freático

Tabela 3.4.1-1 – Distribuição de Gênero do Projeto

Tabela 3.4.6-1 – Consumo Estimado de Água e Geração de Esgotos do Projeto

Tabela 3.4.6-2 – Geração Estimada de Resíduos Sólidos do Projeto

Tabela 4.3.3-1 – Nível de Critério de Avaliação NCA para Ambientes Externos,

em dB (A)

Tabela 4.6.1-1 – Aspectos Demográficos

Tabela 4.6.1-2 – Distribuição da População do Município por Gênero

Tabela 4.6.1-3 – Distribuição da População do Município por Faixa Etária

Tabela 4.6.1-4 – Distribuição da População do Município por Classe de Renda

Tabela 4.6.2-1 - IPRS 2014 – Dimensões Riqueza, Longevidade e Escolaridade

Tabela 4.6.2-2 - Infraestrutura de saúde – Leitos de Internação - 2016

Tabela 4.6.2-3 - Estabelecimentos e Matrículas distribuídas por Ciclo de

Ensino

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 12

SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

Tabela 4.6.2-4 - Indicadores de Saneamento Ambiental – Nível de

Atendimento

Tabela 4.6.3-1 - Déficit Habitacional

Tabela 4.6.3-1 – Nível de Vulnerabilidade da População distribuída por grupo

em percentual

LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS

APÊNDICE 01 – Lista de Espécies da Flora e da Fauna Introduzidas e Dispersas

na Área Urbana

APÊNDICE 02 – Relatório Fotográfico

ANEXO 01 – RRT – Registro de Responsabilidade Técnica

ANEXO 02 – Relatório de Impacto no Trânsito - RIT

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 13

INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01

1. INTRODUÇÃO

O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV é um instrumento de política

urbana previsto no Estatuto das Cidades – Lei Federal 10.257, de 10 de julho

de 2001, artigos 36 a 38.

O EIV deve ser exigido pelos municípios para aqueles empreendimentos com

potencial de causar efeitos positivos e negativos na qualidade de vida da

população residente nas suas proximidades, seja por provocar adensamento

populacional, promover alteração de uso e ocupação do solo, promover

excessiva valorização imobiliária, interferir na ventilação e iluminação de

imóveis vizinhos, por interferir na paisagem urbana, monumentos e

patrimônios da sociedade, gerar tráfego ou por criar demandas por

equipamentos comunitários e sobrecarga a equipamentos urbanos, tais

como rede de água, rede de esgotamento sanitário, de energia elétrica, entre

outros.

Portanto, o EIV não deve ser exigido para quaisquer empreendimentos, pois

é um instrumento de gestão urbana utilizado pelo Município em conjunto a

outros instrumentos a disposição do governo local, como o plano diretor,

disciplina de parcelamento, uso e ocupação do solo, zoneamento especial,

regularização fundiária, etc.

Neste sentido, o EIV permite antecipar as consequências da instalação de

empreendimentos de significativo impacto na vizinhança, garantindo uma

melhor decisão sobre suas condições de projeto a fim de minimizar os efeitos

indesejados e favorecer os impactos positivos coletivos na área de sua

influência, a ponto de não comprometer o equilíbrio da ordem urbanística e

garantir qualidade de vida para as populações atingidas.

Para cumprir os quesitos necessários neste tipo de avaliação foram

sistematizados e analisados dados pertinentes ao território circunscrito às

áreas de estudo definidas para o empreendimento, ou seja, área

diretamente afetada (ADA), área de vizinhança (AV) e área municipal (AM).

Tais informações compõem o Diagnóstico Socioambiental que leva em

consideração o contexto no qual está inserida a propriedade onde se

pretende instalar o empreendimento.

Reconhecidos os aspectos socioambientais relevantes é realizada a avaliação

de impacto ambiental local com a identificação dos impactos significativos

na fase de planejamento, execução da obra e de ocupação do

empreendimento, sendo associadas a eles medidas ambientais que

importem na mitigação, compensação ou potencialização de seus efeitos.

O Estudo de

Impacto de

Vizinhança

é um instrumento

previsto no

Estatuto da

Cidade e no

Plano Diretor

do Município

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INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01

1.1.ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO

O Relatório Técnico de Impacto de Vizinhança apresenta na inicial um

resumo executivo que descreve sucintamente os problemas identificados

com a instalação e funcionamento do empreendimento, bem como seus

efeitos e medidas para minimizar aqueles impactos identificados como

negativos e potencializar os positivos. O Sumário apresenta a identificação

da divisão dos capítulos e seus subitens de modo a facilitar a consulta ao

conteúdo do relatório, que está estruturado conforme descrito a seguir:

Capítulo 1 – Introdução: é realizada uma breve introdução sobre o EIV e os

aspectos do presente relatório, tais como sua estrutura, organização e

limitações;

Capítulo 2 – Informações Gerais: são apresentados os objetivos gerais e

específicos do Relatório Técnico acerca dos Estudos de Impacto de

Vizinhança, identificação dos responsáveis pelo relatório e pelo

empreendimento, indicação do objeto a ser analisado e sua localização, bem

como a legislação e normas aplicáveis;

Capítulo 3 – Caracterização do Empreendimento: é descrito o

empreendimento, considerando seus componentes e os respectivos

aspectos ambientais, ou seja, que possam ter alguma interação com o meio

ambiente da vizinhança;

Capítulo 4 – Diagnóstico Socioambiental da Área de Vizinhança: são

identificadas as áreas de influência e desenvolvido o diagnóstico

socioambiental dirigido aos componentes e fatores ambientais relevantes à

vizinhança, de modo a subsidiar a identificação e avaliação dos impactos

decorrentes do conjunto de ações para a construção da edificação, dos

serviços complementares e dos aspectos gerais relativos à sua ocupação;

Capítulo 5 – Análise dos Impactos Ambientais na Área de Vizinhança: é

procedida a avaliação de impactos na vizinhança do empreendimento,

consideradas suas características e o diagnóstico socioambiental;

Capítulo 6 – Medidas e Programas Recomendados: são indicadas propostas

de medidas com objetivo de mitigar compensar, controlar ou potencializar

os efeitos da ocorrência dos impactos identificados;

Capítulo 7 – Equipe Técnica: é relacionada equipe técnica envolvida;

Capítulo 8 – Síntese e Conclusões: é apresentada uma síntese do relatório e

conclui-se sobre a viabilidade do empreendimento.

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INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01

Ao final são indicadas as referências consultadas e apresentados os

apêndices e anexos pertinentes à avaliação procedida.

1.2.LIMITAÇÕES

Este relatório contou com uma abordagem profissional, usando grau de

destreza e cuidados exigidos pelo tema e foi elaborado por profissionais

comprometidos com a ética e qualidade.

A responsabilidade técnica é aplicável apenas aos fatos e condições descritos

no período de seu desenvolvimento e não se estende a condições ou

consequências originadas de fatos relevantes que possam ter sido

desconhecidos, omitidos ou não totalmente descritos.

É importante ressaltar que as considerações apresentadas ao final são

aplicáveis apenas para os fatos e condições descritos neste relatório.

Esta avaliação foi elaborada a pedido da contratante e restringe-se ao limite

da área utilizada do imóvel para o empreendimento e sua área de vizinhança.

Os fatos descritos estão baseados em documentos e informações prestadas

pelos funcionários e responsáveis da contratante e do projeto do

empreendimento.

A Avaliação de Impacto no Trânsito foi desenvolvida separadamente e é

apresentada como anexo.

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do Relatório Técnico acerca do Estudo Prévio de Impacto de

Vizinhança é avaliar empreendimentos com potencial de gerar impactos

significativos nos arredores do local de sua instalação e funcionamento,

notadamente em áreas urbanas, de modo a identificar suas repercussões na

paisagem e na sociedade locais para evitar desequilíbrios no

desenvolvimento urbano, garantir qualidade urbana e a ordem urbanística.

Oferece, ainda, os elementos técnicos necessários para promover a

transparência e a gestão democrática, com participação popular nos

processos de decisão de concessão de licenças para os empreendimentos

sujeitos a avaliação de impacto de vizinhança, nos termos da legislação

municipal aplicável.

2.2.OBJETIVO ESPECÍFICO

O objetivo específico deste Relatório Técnico acerca dos Estudos de Impacto

de Vizinhança do empreendimento, ora em análise, é oferecer subsídios ao

poder público local com elementos complementares à legislação de

parcelamento, uso e ocupação do solo e edilícia para decidir sobre a

concessão de alvará de licença de construção e as condições de sua emissão

para: Construção de Prédio de Comércio e Serviços – CSE I – destinado a

locação de terceiros sem uso definido, situado na Rua Jorge de Figueiredo

Correa esquina com Rua dos Lírios, Chácaras Primavera, do Município de

Campinas, Estado de São Paulo, Brasil.

2.3.METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da avaliação de impacto de vizinhança procedida

para o empreendimento, partiu-se do projeto legal de arquitetura e outros

elementos complementares para identificar suas características e os

aspectos ambientais a elas relacionadas.

Para isso, foi desenvolvida uma lista de checagem baseada nos aspectos

ambientais relacionados à tipologia do empreendimento e aplicada uma

interação simplificada e direta com os elementos, componentes ou fatores

ambientais mais relevantes identificados na área de vizinhança.

Esse método permite apresentar uma análise qualitativa de forma simples e

de fácil interpretação dos resultados da avaliação de impacto, sendo

acessível à compreensão do público em geral.

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

2.4.IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO

DE BENS PRÓPRIOS LTDA.

CNPJ: 27.273.647/0001-43.

Rua Áurea, 429 – apto. 191 – Vila Mariana

São Paulo /SP - CEP: 04015-070.

Contato: Dr. Paulo Ramalho

Telefone: (11) 4123-1201 / 4123-1093

Endereço eletrônico: [email protected]

2.5.IDENTIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Fábio Ricardo Figueirinha

Título Profissional: Arquiteto e Urbanista

CAU nº A21631-3

RRT nº 9275023

Arq. e Urb. Fábio Ricardo Figueirinha

Contato:

Arquiteto e Urbanista Fábio Ricardo Figueirinha

Endereço eletrônico: [email protected]

(11) 9-9643-3087

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

2.6. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

O Empreendedor é uma sociedade jurídica limitada que atua na construção

e administração de bens próprios.

A localização da área, a configuração geométrica do terreno, a legislação

pertinente de uso e ocupação do solo associada às condições atuais do

mercado, apontaram para a construção do empreendimento na

conformação proposta, de modo a atender a demanda por novas unidades

de comércio e serviços, em atividades a serem desenvolvidas por terceiros por

meio da oferta do imóvel para locações individuais.

2.7.OBJETO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

O objeto da avaliação prévia de impacto ambiental na vizinhança é a

Construção de Prédio de Comércio e Serviços – CSE I – destinado a locação

de terceiros sem uso definido, num terreno situado no Perímetro Urbano do

Município de Campinas, Estado de São Paulo.

2.8.LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Localização: Rua Jorge de Figueiredo Correa esquina com Rua dos Lírios –

Chácaras Primavera – Campinas – SP – CEP 13.087-490.

Coordenadas UTM SIRGAS 2000 23 K: 289.980 E x 7.470.715 S

Altitude média do terreno: 698 m NM.

Figura 2.5-1 – Localização do Empreendimento.

Fonte: Google Earth. Data da Imagem 09-02-2020.

Estado de São Paulo- BR

Região Metropolitana de Campinas

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

2.9.CRONOGRAMA DE OBRAS E INVESTIMENTO

O empreendimento está previsto para ser realizado em uma única etapa de

construção num prazo de 3 meses. O valor do investimento foi estimado em

R$ 3,5 milhões (Sinduscon-SP CUB CSL-8N – Dez-19) e serão financiados por

recursos próprios da empresa.

2.10. COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Neste subitem é apresentada uma análise sobre leis e regulamentos, bem

como outros documentos pertinentes com objetivo de verificar a

compatibilidade do empreendimento com a legislação ambiental e

urbanística aplicável.

2.10.1.Plano Diretor e Legislação Urbanística

O Plano Diretor abrange a totalidade do território, é o instrumento básico da

política de desenvolvimento urbano do Município e desta forma integra o

processo de planejamento municipal.

O Plano Diretor de Campinas, aprovado pela Lei Complementar nº 189-2018,

e suas alterações, segue os preceitos da Constituição Federal, do Estatuto da

Cidade e da Lei Orgânica do Município.

O Plano Diretor dividiu o Município nas seguintes Macrozonas: I –

Macrometropolitana, II – de Estruturação Urbana, III – de Desenvolvimento

Ordenado e IV – de Relevância Ambiental (artigo 5º).

A seguir são apresentadas as características e diretrizes estabelecidas para a

macrozona onde se localiza o empreendimento, ou seja, de Estruturação

Urbana:

“abrange região situada integralmente no perímetro urbano, possui áreas

reconhecidamente consolidadas e outras em fase de consolidação” (art. 5º,

inciso II).

Segundo a Lei Complementar nº 208-2018 e suas alterações (Uso e Ocupação

do Solo):

A) As Tipologias de ocupação são classificados em categorias: HU –

Habitação Unifamiliar; HM – Habitação Multifamiliar, sendo HMH –

Habitação Multifamiliar Horizontal e HMV – Habitação Multifamiliar

Vertical; CSEI – Não Habitacional (comércio, serviço, institucional e/ou

industrial); HCSEI – Mista (habitação, comércio, serviço, institucional

e/ou industrial).

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

B) Na ZM1 são permitidas: HU, HMH, HMV, CSEI e HCSEI.

Nota: o empreendimento é classificado como CSEI e está situado em ZM1

C) Classifica o território em zonas de uso e ocupação do solo: Residencial;

Mista 1; Mista 2; Mista 4; Centralidade 2; Centralidade 4; de Atividade

Econômica A; de Atividade Econômica B.

Como o imóvel está localizado na ZM1 é reproduzida a seguir sua

característica:

“zona residencial de baixa densidade habitacional, com mescla de usos residencial, misto e não residencial de baixa e média incomodidade compatíveis com o uso residencial e adequados à hierarquização viária, observado que:

a) o CA min será equivalente a 0,25 (vinte e cinco centésimos); e

b) o CA max será equivalente a 1,0 (um).”

D) A categoria CSEI em ZM1 deve obedecer aos seguintes parâmetros:

a. Altura máxima de 23 metros;

b. Afastamentos de

i. Para a divisa de fundo, 6,0 m para alturas maiores que

10 metros e menores que 58,00m. Acima disso, aplicar a

fórmula Af >= 6 + [(h-58)/2,6] x 0,35;

ii. Para as divisas laterais, 3,00 m para alturas maiores que

10 metros e menores que 37,00m. Acima disso, aplicar a

fórmula Af >= 3 + [(h-37)/2,6] x 0,35;

iii. Frontal e fundos, 5,00m para alturas menores ou igual a

100 metros. Acima disso, aplicar a fórmula RF >= 5 + [(h-

100)/2,6] x 0,35;

iv. Para divisas laterais, 2,00m para alturas menor ou igual

a 80 metros. Acima disso, aplicar a fórmula RL >= 2 +

[(h-80)/2,6] x 0,35;

c. CSEI só poderá se instalar em lotes com área entre 200,00 e 10

mil m2 e testadas mínima de 8,00 metros;

d. Taxa de Permeabilidade – TP mínima de 0,1. Em imóveis com

área superior a 5 mil m2 TP mínima é 0,2;

e. Permeabilidade Visual de 2/3 do fechamento da testada.

2.10.2.Estudo de Impacto de Vizinhança

O EIV-RIV está previsto no Plano Diretor (art. 86, alínea h, Art. 100 a 107).

“Art. 100. A construção, ampliação, instalação, modificação e operação de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas, públicas ou privadas, causadoras de impactos urbanos, socioeconômicos e culturais e de incomodidades à vizinhança estarão sujeitos à avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança e seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV), instituídos em lei.

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

Art. 101. Estão sujeitas à elaboração do (EIV), para aprovação dos respectivos projetos, as obras de médio e alto impacto, cujos critérios serão definidos em lei específica.

Art. 102. O EIV/RIV deverá contemplar a análise dos efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade na qualidade de vida da população residente ou usuária da vizinhança.

Art. 103. Os resultados do EIV serão apresentados por meio do seu RIV, que deverá ter linguagem adequada e acessível à compreensão de todos os segmentos sociais.

Art. 104. O EIV/RIV tem por objetivos:

I - definir medidas mitigadoras e compensatórias em relação aos impactos negativos de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas;

II - definir medidas intensificadoras em relação aos impactos positivos de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas;

III - orientar a realização de adaptações ao projeto de aprovação dos empreendimentos de impacto, de forma a adequá-los às características urbanísticas, ambientais, culturais e socioeconômicas locais;

IV - assegurar a utilização adequada e sustentável dos recursos ambientais, culturais, urbanos e humanos;

V - subsidiar processos de tomada de decisão relativos à aprovação de empreendimentos de impacto;

VI - contribuir para a garantia de boas condições de saúde e segurança da população;

VII - evitar mudanças irreversíveis e danos graves ao meio ambiente, às atividades culturais e ao espaço urbano;

VIII - subsidiar o processo de gestão do sistema municipal de planejamento.

Art. 105. O EIV/RIV analisará os efeitos positivos e negativos do novo empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população, contemplando pelo menos os seguintes aspectos:

I - o adensamento populacional;

II - as demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e comunitárias;

III - as alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;

IV - os efeitos da valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;

V - a geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações nos sistemas de transporte coletivo;

VI - os efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções urbanísticas propostas em sua relação com as vias e logradouros públicos, sobre a ventilação, iluminação, paisagem urbana, segurança, recursos naturais e patrimônios históricos e culturais da vizinhança;

VII - presença de risco à segurança pública;

VIII - incomodidade decorrente de emissão de ruídos, vibração, odores e particulados.

Art. 106. O EIV/RIV deverá ser elaborado por equipe técnica devidamente habilitada, contratada às expensas e sob a responsabilidade do interessado.

Art. 107. O EIV/RIV não substitui o licenciamento ambiental e nem a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA.

,,,”

A Lei e Parcelamento e Uso o Solo também prevê o EIV-RIV (Art. 162 a 170)

dos quais se destaca:

“...

Art. 169. A elaboração de EIV/RIV é obrigatória para o licenciamento dos empreendimentos e atividades abaixo relacionados:

I - obra nova e regularização:

a) para a tipologia HMV-BG, independentemente da quantidade de unidades;

b) HMH, HMV e HCSEI com mais de 200 (duzentas) unidades, incluindo-se a de interesse social;

II - obra nova e regularização para as tipologias CSEI, CSEI-A-BG, CSEI-B-BG, HCSEI, HCSEI-A-BG e HCSEI-B-BG:

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

a) na ZR, ZM1, ZM1-A-BG, ZM1-B-BG e ZM1-C-BG, para edificações com área construída total maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);

b) na ZM2, ZM4, ZC2, ZC4, ZAE-A-BG e ZAE-C-BG, para edificações com área construída total maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados).

III - ampliação e regularização de qualquer tipologia, exceto HU:

a) na ZR, ZM1, ZM1-A-BG, ZM1-B-BG e ZM1-C-BG, com área maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados) ou 50% (cinquenta por cento) da área construída aprovada originalmente, desde que o total geral seja maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);

b) na ZM2, ZM4, ZC2, ZC4, ZAE-A, ZAE-B, ZAE-A-BG e ZAE-C-BG, com área maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) ou 50% (cinquenta por cento) da área construída aprovada originalmente, desde que o total geral seja maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados);

c) para habitação multifamiliar, 15% (quinze por cento) da quantidade de unidades habitacionais aprovadas originalmente, desde que o total geral seja maior que 200 (duzentas) unidades;

IV - creches, escolas de ensino infantil, fundamental, médio, faculdades e universidades;

V - locais de eventos com capacidade superior a 250 (duzentas e cinquenta) pessoas;

VI - atividades geradoras de ruídos noturnos;

VII - locais de culto religioso;

VIII - aumento de capacidade de público, com ou sem aumento de área construída, em cem pessoas ou 15% (quinze por cento) da lotação já autorizada;

IX - mudança de uso do Loteamento de Interesse Social Unifamiliar para Loteamento de Interesse Social Multifamiliar;

X - projetos previstos nas áreas potenciais para grandes empreendimentos, nos termos do art. 29 do Plano Diretor Estratégico;

XI - Loteamentos Não Residenciais situados nas Zonas de Atividade Econômica A e B;

XII - os casos previstos no § 4º do art. 19, no parágrafo único do art. 86 e no parágrafo único do art. 87 desta Lei Complementar.

§ 1º Para efeito da aplicação deste artigo, entende-se por área construída aprovada original aquela que possui Certificado de Conclusão de Obra ou Alvará de Aprovação emitido até a promulgação desta Lei Complementar.

§ 2º Quando a somatória da área construída das ampliações sequenciais autorizadas após a vigência desta Lei Complementar que não foram objeto de EIV/RIV atingir os limites estabelecidos no inciso III do caput deste artigo, deverá ser apresentado Estudo de Impacto de Vizinhança.

§ 3º A área construída total relacionada ao último EIV/RIV aprovado será considerada como área construída aprovada originalmente.

§ 4º Para os efeitos do inciso VI deste artigo, consideram-se atividades geradoras de ruído noturno aquelas descritas abaixo:

I - discotecas, casas noturnas ou congêneres, que operem em horário especial, nos termos de legislação específica;

II - casas de shows, espetáculos ou eventos.

...”

A exigibilidade e elaboração e apresentação do EIV-RIV seguem critérios

definidos pelo Decreto 20.633-2019. Dentre seus dispositivos destacam-se:

“...

Art. 2º Definições...

I - adensamento populacional: acréscimo populacional provocado pela implantação ou ampliação do empreendimento ou atividade econômica;

II - área de influência: região que sofrerá os impactos positivos e/ou negativos causados pela implantação do empreendimento ou atividade econômica que deverá ser delimitada utilizando-se referências físicas ou naturais como

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

sistema viário, ferrovias, hidrografia, área de proteção permanente, entre outros, dividindo-se em:

a) Área de Influência Direta - AID: área que recebe influência direta gerada pela implantação do empreendimento ou atividade econômica, caracterizada principalmente pelos lotes e quarteirões confrontantes ao imóvel objeto do Estudo de Impacto de Vizinhança;

b) Área de Influência Indireta - AII: área afetada indiretamente pelos impactos causados pela implantação do empreendimento ou atividade econômica.

III - Impacto de Trânsito: repercussão ou interferência gerada pela implantação do empreendimento e/ou instalação de uma atividade comercial, serviço, industrial ou institucional sobre a vizinhança que geram grande afluxo de população e conflitos na circulação de pedestres e veículos;

IV - Impacto de Vizinhança: repercussão ou interferência gerada pela implantação do empreendimento e/ou instalação de uma atividade comercial, serviço, industrial ou institucional sobre a vizinhança do ponto de vista social-econômico, mobilidade e ambiental como: paisagem urbana, valorização ou desvalorização imobiliária, alterações na dinâmica de uso e ocupação do solo, movimentação de pessoas e mercadorias, capacidade da infraestrutura, serviços públicos disponíveis, recursos naturais e culturais, capacidade do sistema viário, e congêneres;

V - Matriz de Identificação: compreende as informações básicas sobre o imóvel, responsáveis técnicos, características do empreendimento e/ou atividades, delimitação e caracterização da vizinhança e as conclusões sobre os impactos positivos e negativos decorrentes da implantação do empreendimento;

VI - Medidas Mitigadoras e/ou compensatórias: compreendem as ações e atividades propostas com a finalidade de compensar e atenuar impactos negativos, podendo ser divididas em intervenções essenciais e complementares, nos termos do § 1º do art. 164 da Lei Complementar nº 208, de 20 de dezembro de 2018;

VII - Medidas Potencializadoras: compreendem as ações e atividades propostas para otimizar e/ou ampliar os efeitos dos impactos positivos;

VIII - Relatório de Impacto de Trânsito - RIT: estudo de geração/atração de viagens do empreendimento ou atividade econômica feito a partir de modelos teóricos reconhecidos em bibliografias sobre o assunto, podendo também ser feito a partir de pesquisas sobre empreendimentos similares existentes na região onde será implantado, utilizando, portanto, dados concretos e atualizados;

IX - Serviço Público: serviço executado de forma centralizada (pela Administração Pública) ou descentralizada (por seus agentes autorizados) destinado ao atendimento da população em geral, a fim de suprir as necessidades dos cidadãos, tais como: coleta, destinação e tratamento dos resíduos sólidos, transporte público, serviços médicos e hospitalares, iluminação pública, fornecimento de água potável, coleta, afastamento e tratamento de esgoto, distribuição de energia elétrica, serviço de telecomunicações, fornecimento de gás canalizado e congêneres;

X - Volume de Tráfego - VT: volumes veiculares nas intersecções críticas na área de influência direta do empreendimento ou atividade econômica,

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

elaborados por meio de contagens de tráfego de veículos e pedestres, considerando os movimentos veiculares, feitas nos horários de pico do empreendimento, em dias comuns, excluindo-se datas atípicas como férias escolares, feriados, entre outros;

XI - Utilização Conjunta: quando uma mesma atividade econômica ocupar mais de um lote ou gleba;

XII - Parecer Consultivo: forma de manifestação das demais Secretarias e Autarquias Municipais para subsidiar e complementar a obtenção de dados e informações para a validação da análise do EIV/RIV;

XIII - Parecer Técnico: documento no qual é apresentada a análise com as justificativas do EIV/RIV, descrevendo toda a situação ou motivos que determinarão as medidas mitigadoras e/ou compensatórias e as medidas potencializadoras, bem como a indicação das alternativas existentes ou não à sua solução;

XIV - Parecer Conclusivo: documento que deverá conter as informações e a conclusão acerca da inviabilidade ou viabilidade do projeto e, nesse caso, as medidas mitigadoras, compensatórias e potencializadoras que deverão ser executadas pelo empreendedor como condição para expedição de licença ou autorização solicitada e consequente elaboração do Termo de Acordo e Compromisso ou Decreto de aprovação.

...”

2.10.3.Normas para Intervenção sobre Vegetação

Como no imóvel objeto desta avaliação não há presença de vegetação, seja

arbórea, arbustiva ou forrageira, julga-se dispensável a apresentação da

legislação pertinente ao tema.

2.10.4.Normas para Movimento de Terra e Manejo dos Resíduos da

Construção

A movimentação de terra ou serviço de terraplenagem consiste na execução

de corte ou aterro com solo do próprio local ou proveniente de jazidas

externas, bem como a destinação de solo para bota-fora. Essa atividade está

sujeita ao controle municipal, notadamente regulada no respectivo Código

de Projetos, Obras e Edificações (Lei Complementar 09-2003) e leis afins.

Segundo a legislação municipal, o movimento e terra é permitido para

implantação de subsolos visando o nivelar o acesso ao prédio a partir do

logradouro, sendo aprovados vinculados à edificação. A terraplenagem deve

ser feita com controle tecnológico, a fim de assegurar: estabilidade do

terreno, prevenir erosão e garantir a segurança imóveis e logradouros

limítrofes. Quando em aterro, se alcançar altura superior a 9 metros deve ser

afastado as divisas em 3 metros.

Complementarmente, os cuidados necessários para o manejo do solo e a

correta destinação também é alvo da política de resíduos da construção.

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

Assim, o manejo do solo de bota-fora e os demais resíduos gerados na obra

devem ser objeto de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Demolição e

Construção - PGRCC.

No âmbito nacional a gestão dos resíduos da construção civil é estabelecida

pela Resolução CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, e suas alterações. Os

resíduos são classificados em:

1- Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais

como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de

outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de

terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:

componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),

argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em

concreto (blocos, tubos, meio fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

2- Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;

3- Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas

tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua

reciclagem ou recuperação;

4- Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais

como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou

prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas

radiológicas, instalações industriais e outros; bem como telhas e demais

objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à

saúde.

A responsabilidade pelo correto gerenciamento e destinação dos resíduos é

do gerador, sendo o Município corresponsável pela gestão no seu território.

Para isso torna obrigatório por parte do Município a elaboração do Plano

Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, que entre outras

medidas, deve responsabilizar-se pela gestão de pequenos geradores, com a

indicação de áreas aptas ao recebimento, triagem e armazenamento

temporário de pequenos volumes de resíduos.

O PGRCC foi

instituído

nacionalmente

pela Resolução

CONAMA 307/02.

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

Aos grandes geradores estabelece como forma de apropriação da gestão dos

resíduos da construção, a obrigatoriedade de elaborar e submeter aos

municípios ou órgãos de licenciamento ambiental o Plano de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil – PGRCC, que devem contemplar as etapas

de: caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação

segura.

2.10.5.Normas sobre Riscos Geológicos e Áreas Contaminadas

A regulação de parcelamentos do solo para fins urbanos feita pela Lei Federal

6.766, de 19 de dezembro de 1979, estabelece que não é permitido: o

parcelamento do solo em terrenos que sejam alagadiços, sujeitos a

inundação, sem assegurar o escoamento das águas pluviais; em terrenos que

tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam

previamente saneados; em terrenos com declividade igual ou superior a

30%, salvo se atendidas condições específicas das autoridades; em terrenos

onde as condições geológicas não aconselham a edificação e; em áreas de

preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições

sanitárias suportáveis até sua correção.

No tocante à proteção da qualidade do solo e ao gerenciamento de áreas

contaminadas há no Estado de São Paulo disposições legais estabelecidas

pela Lei Estadual nº 13.577, de 08 de julho de 2009. A referida Lei foi

regulamentada pelos seguintes decretos estaduais: 54.544, de 8 de julho de

2009, que regulamentou a compensação ambiental, por parte de

empreendimentos com atividade potencial de contaminação, para o Fundo

Estadual para Prevenção e Remediação de Áreas Contaminadas – FEPRAC;

59.263, de 5 de junho de 2013, que regulamentou a lei de forma geral.

A legislação citada fixa os valores padrões de referência de qualidade, de

prevenção e de intervenção estabelecidos pela CETESB como orientadores

para identificação e gerenciamento de áreas contaminadas. Classifica as

áreas em: com potencial de contaminação (AP), com suspeita de

contaminação (AS), contaminada sob investigação (ACI), contaminada com

risco confirmado (ACRi), contaminada em processo de remediação (ACRe),

contaminada em processo de reutilização (ACRu), área em processo de

monitoramento para encerramento (AME), reabilitada para uso declarado

(AR).

2.10.6.Regras para o Saneamento Predial - Água, Esgoto, Drenagem

e Resíduos Sólidos

O Código de Edificações dispõe também sobre regras de conduta e orienta a

instalação de alguns equipamentos urbanos e prediais. Entre outras

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INFORMAÇÕES GERAIS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02

medidas: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Escoamento de

águas pluviais e disposição de resíduos sólidos.

Para minimizar as vazões de contribuição ao sistema público de drenagem é

previsto como instrumento de gestão da drenagem urbana, nas regiões

metropolitanas do Estado de São Paulo, a detenção provisória de águas

pluviais conforme as orientações contidas na Lei Estadual nº 12.526, de 2 de

janeiro de 2007. Pela lei é obrigatória implantação de sistema para a

captação e detenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas,

terraços e pavimentos descobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham

área impermeabilizada superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados).

Para o dimensionamento do reservatório deve ser seguida a expressão:

V = TP x Ai x IP x t, Onde:

TP: Taxa de permeabilidade (15%); Ai: Área impermeabilizada em m²;

IP: Índice pluviométrico igual a 0,06m/h; t: Tempo de duração da chuva igual

a 1 (uma) hora.

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Neste capítulo é feita a caracterização do empreendimento, com a definição

de sua tipologia, porte e usos previstos. É apresentado o contexto no qual

está inserido, além de um resumo das suas características imobiliárias e

construtivas. São, ainda, identificadas as atividades componentes do

conjunto predial e seus aspectos ambientais.

A seguir as atividades e aspectos ambientais são apresentados divididos em

3 fases distintas: Planejamento; Construção e Instalação; Operação.

3.1.CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento proposto está classificado como empreendimento

comercial (comércio e serviços) – categoria CSE I – sendo sua característica

principal a destinação para locação, o que denota não haver usos definidos.

3.1.1.Características Imobiliárias

O imóvel objeto do empreendimento está registrado conforme demonstrado

a seguir:

- 2º Cartório de Registro de Imóveis de Campinas: matrículas nºs 31.875 e

31.876 (em áreas ainda não anexadas);

- Prefeitura: Códigos Cartográficos nºs. 3263.21.92.0261.01001 e

3263.21.92.0240.01001 (em áreas ainda não anexadas).

- A área utilizada do terreno corresponde a 2.208,00 m2.

Fases do

Empreendimento:

1 - Planejamento

2 – Construção e

Instalação

3 - Operação

Figura 3.1.1-1 – Características do Terreno.

Fonte: Projeto do empreendimento.

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CARACTERIZAÇÃO

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3.1.2. Características Construtivas

O empreendimento consiste na construção dos elementos construtivos

demonstrados a seguir:

Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento.

Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.

DESCRIÇÃO

Imóvel Utilizado 2.208,00 m2

DESCRIÇÃO

Pavimento Subsolo 1.122,82 m2

Pavimento Térreo 795,48 m2

Pavimento Superior 571,73 m2

Total da Área Construída 2.490,03 m2

Taxa de Ocupação calculada 36,03 %

Coeficiente de Aproveitamento calculado 0,62 adimensional

Área Permeável Vegetada 305,33 m2

Área Permeável Total 305,33 m2

Percentual de Área Permeável 13,83 %

Área Impermeável 1.902,67 m2

Retenção de Águas Pluviais 17,12 m3

Volume de Movimento de Terra EM CORTE EM ATERRO 464,10 m3

464,1 0

Volume de Bota Fora 464,10 m3

Demolição de Edificações Existentes não há m2

ÁREA DO TERRENO

ÁREAS / VOLUMES

Planta do Pavimento Térreo

Figura 3.1.2-1 – Plantas do empreendimento.

Fonte: Projeto do empreendimento.

Planta do Superior

Planta do Subsolo

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CARACTERIZAÇÃO

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O detalhamento sobre o acesso e quadro de vagas de estacionamento do

condomínio pode ser consultado no Relatório de Impacto no Trânsito – RIT.

3.1.3.Volumetria, Afastamentos e Gabarito

O empreendimento é composto por 3 prédios, sendo:

Prédio Principal com 2 Pavimentos, Prédio Secundário 1 (térreo) e Prédio

Secundário 2 (térreo), além de subsolo de estacionamento.

Para este subitem foram considerados: os menores afastamentos da

edificação projetada em relação a seu alinhamento e às divisas do imóvel; a

altura medida entre o nível do pavimento térreo até a cobertura.

Tabela 3.1.3-1 – Tabela de Recuos, Cotas de Nível e Altura

Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.

PAVIMENTO

DESCRIÇÃOFRONTAL

R. JFC

LATERAL

ESQUERDA

LATERAL

R. dos LiriosFUNDO ALTURA INCIAL FINAL

Subsolo 6,08 2,39 2,00 5,95 -3,27 697,23 700,50

Térreo 6,08 2,39 2,00 5,95 3,25 700,40 NÍVEL TÉRREO (RUA)

Pav. Superior 6,08 2,39 16,52 5,95 6,40 703,65 706,80

RECUOS E ALTURA (m)

(1) Altura desde o subsolo até a cobertura é igual a 9,57 m

COTAS DE NÍVEL DO PISO

Corte A

Corte B

Figura -3.1.3-1 – Corte do empreendimento.

Fonte: projeto legal do empreendimento.

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CARACTERIZAÇÃO

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3.1.4.Características de Usos do Projeto

Quadro 3.1.4-1 – Quadro de Usos do Empreendimento.

Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.

3.1.5.Horário de Funcionamento

Como o empreendimento é destinado para locação comercial, não há um

horário preestabelecido. Pela característica construtiva há possibilidade de

locar o conjunto predial para um único locatário ou até 4 locatários, sendo 1

ou 2 para o prédio principal e 1 para cada um dos prédios secundários.

Assim, o horário de funcionamento dependerá dos estabelecimentos que

serão instalados após locação. Espera-se que sigam o horário comercial, que

normalmente varia conforme a seguinte faixa horária, em razão de sua

tipologia: das 08h00 às 22h00.

DESCRIÇÃO

Hall de acesso elevador

Elevador

Piso livre para locação - Prédio 2 161,28 m2

Piso livre para locação - Prédio 3 58,02 m2

Hall de acesso elevador

Elevador

Escada

Piso livre para locação - Prédio principal

USOS POR PAVIMENTO

Hall de acesso elevador

Escada

Acesso e saída de veículos pela Rua dos Lírios

ElevadorSubsolo

USO ÁREA CONSTRUÍDA

Estacionamento de Veículos

USO

Térreo

Piso livre para locação - Prédio principal

Superior571,73 m2

Escada

USO ÁREA CONSTRUÍDA

576,18 m2

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CARACTERIZAÇÃO

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3.2.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS

ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE PLANEJAMENTO

Para a fase de planejamento e comercialização do empreendimento são

verificados os itens a seguir relacionados:

Quadro 3.2-1 – Quadro de Atividades Componentes e

Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Planejamento.

3.2.1.Identificação de Demanda e Seleção da Área

A identificação da demanda surge da necessidade da empresa em investir em

novos negócios a fim de ampliar seus investimentos e rendimentos na

administração de bens próprios.

A seleção o imóvel pode ser a partir da formação pela obtenção de glebas ou

lotes com dimensões capazes de abrigar o produto a ser desenvolvido,

podendo ou não ser desdobrado ou, por meio da compra de terrenos por

formação, ou seja, aquisição de lotes menores adjacentes compondo uma

área maior. A área objeto do projeto proposto se enquadra na primeira

opção (embora seja constituído originalmente por dois lotes menores, na

prática já abrigava uso único anterior de estacionamento).

Neste sentido, a configuração e dimensões do terreno e as características da

localização, permitem adequação do conceito desejado no projeto.

3.2.2.Condições do Projeto

O projeto apresenta um conceito de produto que é adaptado e desenvolvido

para o local a partir de um programa de necessidades específico para o

atendimento de demandas da empresa, observados critérios baseados do

mercado de locação comercial.

Em geral o desenvolvimento do projeto busca aproveitamento máximo do

terreno, mas respeitando os limites da legislação aplicável e a viabilidade

econômica. Deste modo, o cuidado no desenvolvimento do projeto para

diminuir ou eliminar incertezas e riscos é primordial. Neste sentido, os

aspectos ambientais relacionados à etapa de projeto são apresentados a

seguir.

ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE PLANEJAMENTO

Identificação de demanda e seleção de áreas

Condições de projeto - situação jurídica, adequação geométrica do imóvel e Potencial de contaminação

Infraestrutura interna - projetos de instalações, manejo dos resíduos, componentes construtivos, instalação

provisória do canteiro de obras

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CARACTERIZAÇÃO

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SITUAÇÃO JURÍDICA DA PROPRIEDADE

Eventuais problemas jurídicos de propriedade da terra devem ser corrigidos

nesta ocasião a fim de eliminar riscos na aprovação de projetos, na emissão

de alvarás e no seu registro. Os problemas mais comuns são terras adquiridas

em situação de inventário, medidas de dimensões ou áreas diferentes entre

o real e escritura do imóvel acima de limites aceitáveis legalmente, registros

hipotecários ou fiduciários, ocupações irregulares da propriedade, invasões

de terra, litígios com vizinhos, entre outros.

Para o empreendimento não foi identificado qualquer problema mais grave

relacionado a esse aspecto. Apenas a necessidade de atualização da

documentação cadastral imobiliária cartorial,

em razão da formação do terreno a partir de

mais de uma propriedade.

ADEQUAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS

GEOMÉTRICAS DO TERRENO

A tipologia do projeto empregada refere-se à

edificação de estabelecimento de comércio e

serviços, com uma taxa de ocupação intensiva.

A adaptação da locação do prédio possibilita a

obediência dos recuos obrigatórios, o

desenvolvimento do melhor projeto

arquitetônico e a circulação dos veículos para

embarque e desembarque dos produtos, bem

como dos clientes.

No presente caso, não houve supressão de

vegetação e a área existente já se encontra

totalmente demolida, conforme alvarás

expedidos pela prefeitura.

IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE

CONTAMINAÇÃO DO IMÓVEL

É possível destacar duas vertentes distintas em

relação ao potencial de contaminação. A

primeira se refere às atividades componentes

da construção que sejam caracterizadas como

potencialmente geradoras de agentes que

possam causar contaminação do solo e das

águas. A segunda se refere à identificação de

Figura 3.2.2-1- Fluxograma para

Avaliação Ambiental de um Imóvel. Fonte: CETESB

LEVANTAMENTO

DE

INFORMAÇÃO

DOCUMENTAL

ENTREVISTAS

SUSPEITA OU

INDÍCIOS

DE

CONTAMINAÇÃO

ANÁLISE

DOS

DADOS

INVESTIGAÇÃO

CONFIRMATÓRIA

A ÁREA

É

CONTAMINADA

ADOTAR OS

PROCEDIMENTOS

DA CETESB

INSPEÇÃO

DE

CAMPO

OBTENÇÃO DE

LICENÇAS E

ALVARÁS

GERENCIAMENTO

NO CANTEIRO

DE OBRAS

NÃO

NÃO

SIM

SIM

Figura 1 - Fluxograma para Avaliação de um Imóvel

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

potencial de contaminação existente no sítio que será objeto de trabalho e

uso futuro. Essa contaminação pode estar nos materiais construtivos

existentes ou presentes no solo e nas águas subterrâneas, e podem gerar

uma situação de risco ou perigo para o trabalhador, vizinhança ou futuros

moradores. Este segundo ponto é tratado neste item.

O fluxograma apresentado na figura 3.2.2-1 demonstra as etapas básicas

para a avaliação do potencial de contaminação de um imóvel e indica as

ações que devem ser tomadas para evitar quaisquer problemas ambientais

e legais em caso de indícios de contaminação do solo ou da água

subterrânea.

Para avaliação específica do imóvel utilizado, não foi identificado potencial

de contaminação. Pesquisado o seu histórico por meio da matrícula

imobiliária, consulta ao empreendedor e moradores vizinhos, não se

identificou uso do sítio por atividade com potencial de contaminação. Isso

feito, não se identificou registro que o local tenha sido objeto de aterro ou

de deposição irregular de resíduos ou materiais noviços ao meio ambiente.

Também não foi identificado que o lote tenha sido sede de empresas

industriais, posto de combustível, de reciclagem, entre outros. Em consulta a

sondagem geotécnica realizada no local, pela Engestrauss Engenharia e

Fundações Ltda., em maio de 2019, pôde-se verificar que o perfil do terreno

se apresenta em solo natural e pequena camada de aterro de solo, livre de

entulhos. Em pesquisa à Lista de Áreas Contaminadas da CETESB, de 2018,

foram identificadas como mais próximas do imóvel 1 área em processo de

remediação, 2 áreas sob investigação e 1 área em processo de reutilização,

sendo que todas estão há mais e 500 metros de distância do futuro

empreendimento.

3.2.3.Planejamento e Projeto de Infraestrutura Interna

PROJETOS DE INSTALAÇÕES

A construção de edifícios de qualquer natureza implica necessariamente na

previsão de infraestrutura interna para garantir seu bom funcionamento.

Neste sentido, deverão ser elaborados os projetos executivos específicos,

adaptados ao projeto arquitetônico: captação e escoamento de águas

pluviais e de drenagem, redes de água, de esgotos, de gás, eletricidade e

iluminação, coleta, armazenagem e destinação de resíduos entre outros.

O projeto executivo de drenagem deve observar a localização dos pontos

mais favoráveis para o lançamento das águas pluviais no meio fio, de modo

a não sobrecarregar a sarjeta na rede pública e diminuir a energia do fluxo

d’água no ponto de despejo.

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

PLANEJAMENTO DO MANEJO E DESTINO DO LIXO DOMICILIAR

Um dos aspectos ambientais de relevância em edificações comerciais que

deve ser considerado no seu planejamento e projeto é a coleta,

acondicionamento e disposição correta do lixo comum e dos demais resíduos

recicláveis. Deve-se, inclusive, considerar a implantação de programa de

coleta seletiva e reciclagem. Isso permite que as instalações sejam projetadas

adequadas ao correto funcionamento das atividades de coleta seletiva. A

previsão da possibilidade da coleta seletiva exige que os depósitos de

resíduos sejam dimensionados em compartimentos segregados ou se

utilizem contêineres independentes para os materiais recicláveis e para os

resíduos orgânicos.

Na consulta ao projeto não foi possível identificar a localização do depósito

de resíduos. Isso não significa que esses dispositivos não estejam previstos,

pois não é comum fazer parte do projeto de arquitetura nesta fase de

desenvolvimento.

ESCOLHA DE COMPONENTES CONSTRUTIVOS E MODULAÇÃO

Em empreendimentos desta tipologia a escolha dos componentes e a

modulação de projeto são extremamente importantes. Deste modo, a

escolha do sistema construtivo pré-fabricado contempla adequada

modulação de seus componentes com a obtenção de economia e redução de

perdas de material e mão de obra. Consequentemente a modulação

construtiva proporciona minimização na geração dos resíduos da construção.

PLANEJAMENTO E PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS

O planejamento do canteiro de obras antecede a fase de construção. É

recomendável a previsão de ligação provisória de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, escoamento de águas pluviais e a coleta e destinação

de resíduos sólidos.

A instalação especifica do canteiro deve atender às normas de medicina e

segurança de trabalho. Devem ser previstos os seguintes equipamentos:

escritório para atividades de engenharia e administração, sala de mestre de

obras e apontadores, almoxarifado, sanitário, depósitos de resíduos e de

material de limpeza, vestiário, refeitório, entre outros.

Essa infraestrutura deve ser instalada de modo a não prejudicar o fluxo da

via e não expor o solo aos agentes erosivos. Como é uma estrutura

temporária, deve também ter sua desativação planejada.

Planejamento do

Canteiro de Obras

deve evitar a geração

de poluentes

ambientais, em

especial a alteração

do ambiente sonoro e

a contaminação do

solo e das águas

superficiais e

subterrâneas

O correto manejo

dos resíduos requer

planejamento

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

Como não foi possível ter acesso ao projeto específico, pois o mesmo não

está disponível no momento, recomenda-se que seja projetado com

materiais e sistema construtivo que possam ser reutilizados ou reciclados,

incluindo a recuperação das áreas afetadas.

3.3.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS

ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO

Para a fase de construção do empreendimento serão verificados os itens de

maior interferência no meio ambiente. Nesta fase os aspectos ambientais

podem ser subdivididos em 3 etapas: Atividades Preparatórias, Atividades de

Construção e Atividades de Desmobilização.

Quadro 3.3-1 – Quadro de Atividades Componentes e

Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Construção.

3.3.1.Atividades Preparatórias

A seguir são apresentadas as atividades preparatórias para a fase de

construção do empreendimento.

GERENCIAMENTO DE RISCO E CONTAMINAÇÃO

Os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais, que são de adoção

obrigatória para as empresas, visam eliminar ou diminuir o perigo e o risco

ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação

ETAPA ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE CONSTRUÇÃO

Gerenciamento de risco e contaminação

Estudo de alternativas de locais de bota-fora e jazidas

Comunicação visual e tapume

Demolição e remoção de estruturas existentes

Limpeza do terreno e remoção de vegetação

Serviços de fundação, terraplenagem e contenção, Interferência com Lençol freático e drenagem provisória

Implantação e operação do canteiro e contratação de mão de obra

Seleção de prestadores de serviços e aquisição de materiais

Construção das edificações

Impermeabilização do solo e Instalação da rede de drenagem de águas pluviais

Instalação das redes de água e esgoto e demanda de água e geração de esgotos na fase de obra

Instalação da rede de energia elétrica e iluminação predial e demanda de energia na obra

Instalação de rede de telecomunicações - telefonia e tv

Instalação do sistema de combate a incêndio

Execução de pavimentação

Construção de passeio púbico e gradil

Manejo dos resíduos sólidos da construção

Execução do paisagismo e reposição de vegetação

Emissões atmosféricas e geração de ruídos na obra

Desativação do canteiro de obras e outras instalaçoes provisórias

Recuperação das áreas afetadas

Limpeza da obra e retirada final dos resíduos

Dispensa de mão de obra

ATI

VID

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VID

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ATI

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das normas de segurança. Sendo indicado o uso de equipamentos de

proteção individual e coletiva.

Nesta ação, as atividades que podem causar risco ao trabalhador não estão

restritas àquelas que podem causar sua contaminação por agentes tóxicos,

mas que possam causar a perda parcial ou total de alguma capacidade, como

a auditiva, por exemplo, ou até a perda da vida.

Cabe-se ressaltar que muitas das medidas adotadas como normas de

segurança coletiva ou individual do trabalhador na obra, contribuem

indiretamente para a proteção da comunidade, mas não é esse seu objetivo.

O que pode determinar a adoção de solução apropriada ao ambiente de

trabalho, mas que não tenha efeitos na proteção da comunidade.

Entretanto, essa problemática é um pouco mais abrangente, e o

gerenciamento de risco deve observar as questões do trabalhador, mas

também da comunidade.

A seguir serão detalhados os aspectos de potencial de contaminação

relacionados à produção do empreendimento e em seguida ao trabalho em

locais com potencial de contaminação.

ATIVIDADES COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

O processo de construção envolve o manuseio de diversos produtos e

matérias primas. Alguns deles possuem características tóxicas ao meio

ambiente e à saúde humana e devem ser manipulados com cuidado

adequado. Entre produtos que podem causar algum efeito nocivo estão, as

tintas e solventes, óleos e combustíveis, produtos com amianto,

impermeabilizantes etc.

O manuseio desses materiais deve acontecer com o uso de equipamentos de

proteção individual e coletiva, que previna a saúde do trabalhador, e com

conduta adequada de forma que diminua a possibilidade de derrames ou

dispersões acidentais do produto diretamente sobre o solo. A lavagem de

equipamentos e ferramentas, bem como os resíduos provenientes deste

processo, tais como embalagens de metal e plástico, instrumentos de

aplicação como brochas, pincéis, trinchas, rolos e outros materiais auxiliares

como panos, trapos, estopas, etc., que venham estar contaminados com os

produtos aplicados também são fontes potenciais de contaminação.

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TRABALHO EM SÍTIOS COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

A atividade de construção em sítios com potencial de contaminação ou

contaminados envolvem riscos adicionais aos trabalhadores, ao bem-estar

da comunidade e ao meio ambiente. Os operários da construção, sem

conhecimento, podem entrar em contato com contaminantes e se expor a

risco de saúde. Além disso, o trabalho com entulhos ou solo contaminados

pode expor outros receptores na vizinhança pela eventual propagação da

poeira ou gases provenientes da exposição da área contaminada, ou ainda,

pelo carregamento de contaminantes para drenagens superficiais.

O que torna os serviços de demolição e de escavação de solo um aspecto

importante na construção de empreendimentos em sítios assim

classificados, tanto no seu manejo como na destinação de entulho ou de solo

contaminado em áreas não preparadas para receber esse material, pois pode

acarretar a disseminação de contaminantes para outros locais.

É importante destacar que obras em sítios com algum potencial de

contaminação guardam riscos adicionais, mesmo que após a elaboração dos

estudos recomendados, tenha sido descartada a possibilidade de

contaminação ou de risco. Isso se deve ao fato da possibilidade eventual de

serem encontrados focos de contaminação, embora seja remoto.

Assim, embora não tenha sido encontrado qualquer indicativo de potencial

de contaminação no local, recomenda-se atenção se for identificada alguma

suspeita de contaminação na obra. Se isso ocorrer, indica-se acionar a

CETESB e seguir suas recomendações, evitando escavar o material, cobrindo

as áreas afetadas com lona plástica para evitar a infiltração de água de chuva,

isolar e sinalizar o local e nunca transportar o material suspeito para fora do

canteiro sem autorização do órgão ambiental.

ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE LOCAIS DE BOTA-FORA E EMPRÉSTIMO

Considera-se empréstimo todo material (solo ou rocha) retirado de áreas

próximas ao empreendimento, selecionado para ser utilizado como aterro

ou como jazidas de materiais agregados. Esses materiais nem sempre estão

disponíveis e o levantamento da disponibilidade de solo para aterro e

matéria-prima (agregados) para o processo de construção faz parte dos

preparativos da obra.

Para o empreendimento não está previsto aterro, desta maneira não será

necessário tomar os procedimentos para escolha de jazidas de solo.

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No caso de areia, pedra e cascalho, como a maior parte do concreto utilizado

provém de usinas, geralmente a aquisição desses materiais é menor e serão

realizadas em distribuidores atacadistas, que os obtêm diretamente dos

locais de extração.

Considera-se bota-fora todo excedente de solo proveniente dos serviços de

terraplenagem e dos entulhos provenientes dos processos de demolição e

construção, que necessitam de disposição fora da obra. Para um bom

gerenciamento as áreas que estejam aptas a receber esses materiais, devem

ser previamente selecionadas, e classificadas conforme o tipo de resíduos

que podem receber e se a quantidade gerada pela obra pode ser destinada,

devendo estar previstos no PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil do empreendimento.

COMUNICAÇÃO VISUAL E TAPUME

A comunicação visual prevista para o empreendimento na fase de obras

consiste na identificação do empreendimento durante a construção. Nesta

etapa serão colocadas placas sinalizadoras identificando o empreendimento

e as informações legais de alvará e responsabilidade técnica, além daquelas

relacionadas à segurança da obra. As placas informativas e de

responsabilidade técnica possuirão aproximadamente 1,50 m2 e as de

segurança serão assim divididas: placa de proibido estacionar, placa de carga

e descarga, e placas sinalizadoras de entrada e saída de veículos. O que

representa uma interferência restrita na paisagem e de caráter temporário.

O fechamento da propriedade deverá ser realizado por meio de tapumes até

o fechamento definitivo ser concluído conforme projeto, quando os tapumes

poderão ser retirados.

DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE ESTRUTURAS EXISTENTES

Não há no local qualquer construção. Desta forma, não haverá demolição. A

áreas construídas existentes, que ainda constam nos cadastros fiscais da

Prefeitura, foram demolidas anteriormente tendo sido objeto de alvarás de

aprovação de demolição específicos (Alvarás e Aprovação para Demolição

nºs 960/2019 e 961/2019).

LIMPEZA DO TERRENO E REMOÇÃO DE VEGETAÇÃO

Com base em fotointerpretação de imagens de satélite e visita ao local, pôde-

se verificar que o imóvel não possui qualquer cobertura de vegetação, seja

rasteira, arbórea ou arbustiva, e tampouco a presença de edificações. Assim,

a limpeza do terreno consiste na remoção dos pisos artificiais e camada

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superficial do solo. Pela característica do projeto admite-se que esse processo

seja realizado em conjunto com a terraplenagem para acerto de nível do

terreno.

SERVIÇOS DE FUNDAÇÃO, TERRAPLENAGEM E CONTENÇÃO

Em consulta ao projeto foi identificado que já teve início movimento de terra

necessário para implantação do empreendimento, cujo volume está indicado

no Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento.

Destaca-se que esse volume é de pequena magnitude. Não houve e não há

previsão de execução de aterro.

As fundações serão realizadas conforme projeto e memorial descritivo,

seguindo as normas da ABNT. Serão empregadas blocos em concreto armado

e estacas tipo hélice contínua.

As diferenças de nível de terreno superior a 1 metro receberão tratamento

de contenção, por meio de muros de arrimo, conforme projeto específico de

engenharia.

INTERFERÊNCIA COM LENÇOL FREÁTICO E DRENAGEM PROVISÓRIA

Como visto a terraplenagem resultará na formação de desníveis superiores a

1 metro, sendo que o terreno será estabilizado pela construção de muros de

arrimo. Complementarmente haverá execução de linhas de drenagem em

suas bases conforme projeto.

Tabela 3.3.2-1 – Níveis D’água do Lençol Freático. Fonte: Relatório de sondagem geotécnica

A partir da figura apresentada é possível inferir sobre a orientação do fluxo

subterrâneo d’água e se a profundidade de escavação de terra para

implantação do projeto na sua cota de nível mais baixa irá interferir ou não

no nível d’água do lençol freático.

O fluxo do lençol subterrâneo, a partir das sondagens, é noroeste, no sentido

da Rua das Orquídeas. Pela caracterização do empreendimento, o nível mais

AMOSTRA PROFUNDIDADE DO NÍVEL D'ÁGUA COTA DE NÍVEL D'ÁGUA

SP-01 13,40 686,32

SP-02 12,90 684,18

SP-03 14,20 683,83

SP-04 13,15 683,04

SP-05 13,10 685,18

(3) sentido do fluxo dágua subterrâneo: NO - Noroeste.

(1) composição majori tária do solo: Argi la Areno Si l tosa, porosa e Areia Fina

Si l tosa, pouco argi losa.

(2) não haverá interferência no lençol freático.

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baixo do pavimento subsolo é 697,23, enquanto as cotas de nível do lençol

freático estão entre 683,04 e 686,32.

Portanto, é possível concluir que não haverá interferência com lençol freático

ou necessidade de drenagem de água subterrânea para o meio fio, tendo em

vista que o corte de terreno e o nível das fundações não alcança o lençol

d’água subterrâneo.

IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO CANTEIRO E

CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA

A instalação do canteiro de obras será realizada no local do empreendimento

em instalações provisórias específicas, antes do início das obras, após a fase

de limpeza do terreno.

Compreende a infraestrutura necessária para o canteiro: (a) ligação

provisória de abastecimento de água e esgotamento sanitário que serão

realizados por meio de ligação à rede pública; (b) ligação provisória de

energia elétrica junto à concessionária local de eletricidade; (c) ligação

provisória de telefonia junto à concessionária escolhida; (d) instalação de

elementos de drenagem provisória das águas pluviais, prevendo-se

dispositivos como a caixa de areia para retenção de sólidos; (e) infraestrutura

com baias e bags para o gerenciamento adequado dos resíduos.

Foi estimada a contratação de 20 colaboradores para o desenvolvimento da

obra, considerando a quantidade no pico de empregos durante a construção,

distribuídos entre operários, técnicos, administrativos e engenheiro

residente.

SELEÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS E AQUISIÇÃO DE MATERIAIS

A fase de seleção de prestadores de serviços e de fornecedores de materiais

e produtos serve para avaliar a qualidade do serviço, material ou produto a

ser contratado, prazos de entrega, preços, formas de pagamento etc.

Alguns dos materiais, por sua natureza, requerem uma responsabilidade

socioambiental do empreendedor, por serem sensíveis do ponto de vista

ambiental. São materiais de maior consumo na obra que estão relacionados

a cadeias produtivas que geram altos impactos ambientais nos locais de

origem. Esses materiais são a areia, a brita, o cascalho e a madeira.

A compra de madeira ou de produtos madeireiros requer cuidados para se

evitar a aquisição de produtos de: (a) origem ilegal, que são aquelas

provenientes de extração ou remoção sem licença exigida ou em desacordo

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com a licença ou lei de exploração; (b) comércio ilegal, ou seja, a madeira ou

produto contendo madeira, que tenha sido comprada, vendida, exportada,

importada ou processada em desacordo com a lei ou tratados internacionais.

A compra legal de madeira pode ser feita de produto de origem legal ou

certificada. O meio mais fácil de garantir a compra legal é por meio da

aquisição de produtos com certificação florestal, pois são verificadas por

organismos independentes.

Mas outros cuidados podem ser realizados na fase de seleção dos

fornecedores: (a) identificar os fornecedores de risco, (b) selecionar uma

abordagem de verificação, (c) fazer indagações adicionais, (d) rastrear e

verificar a legalidade.

O intuito é selecionar fornecedores que possam garantir a qualidade da

madeira ou produtos de madeira conforme o requisito de uso e que tenham

baixo risco de origem e de comércio ilegal.

A aquisição responsável do concreto e argamassas, bem como da areia, brita

ou cascalho de fornecedores atacadistas, passa pela exigência da construtora

em saber a origem dos agregados a serem fornecidos ou utilizados no

processo de fabricação do concreto usinado. Desta maneira, o objetivo e os

cuidados para aquisição seguem os mesmos preceitos daqueles já indicados

para a compra de produtos madeireiros.

3.3.2.Atividades de Construção

CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES

É no período de construção que é gerada a maior quantidade de entulho,

além de ruído e de dispersão de poeira.

A estrutura de concreto armado pré-fabricada, a alvenaria e os acabamentos

serão edificados de acordo com memorial descritivo do projeto, em

obediência às normas especificas da Associação Brasileira de Normas

técnicas - ABNT.

IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO E INSTALAÇÃO DA REDE DE DRENAGEM

DE ÁGUAS PLUVIAIS

O sistema de drenagem de águas pluviais da edificação será executado de

acordo com as normas técnicas pertinentes e legislação em vigor e

encaminhadas para o sistema de drenagem público.

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No quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento

é apresentado o valor das áreas permeáveis e impermeáveis.

No projeto consultado consta nota de adoção de reservatório de detenção

de águas pluviais. Essa medida é indicada em obediência a Legislação

estadual que prevê implantação de sistema de drenagem predial com

dispositivo de detenção e retardo das águas pluviais. Assim, o volume

mínimo total da caixa de detenção pode ser verificado conforme a expressão:

V= 0,15 x (2.208,00 – 305,33) x 0,06 x 1, ou seja, Vmin= 17,12 m3.

INSTALAÇÃO DAS REDES DE ÁGUA E ESGOTO E DEMANDA DE ÁGUA E

GERAÇÃO DE ESGOTOS NA FASE DE OBRA

A rede hidráulica seguirá além de normas ABNT, os requisitos das

concessionárias locais quando aplicáveis.

O abastecimento de água potável se dará pela rede pública de acordo com

as normas da concessionária local pelo serviço. Já o abastecimento de água

da obra será realizado, por rede pública, por meio de ligação provisória

compatível com a demanda projetada para o canteiro de obras.

O esgoto doméstico gerado pelo empreendimento será encaminhado para

rede pública de coleta e afastamento, gerenciado pela concessionária local e

posteriormente encaminhada para tratamento. O esgoto gerado na obra

possui natureza doméstica, sendo que o mesmo será coletado e afastado

para rede pública, por meio de ligação provisória em atendimento a

demanda projetada.

INSTALAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PREDIAL E DEMANDA

DE ENERGIA NA OBRA

O projeto de rede elétrica e de iluminação predial do empreendimento será

executado de acordo com as normas ABNT e com as diretrizes expedidas pela

concessionária local, quando aplicáveis.

Já fornecimento de energia elétrica da obra será viabilizado junto a

concessionária local, por ligação provisória exclusiva ao imóvel.

INSTALAÇÃO DE REDE DE TELECOMUNICAÇÕES – TELEFONIA E TV

O projeto das redes de telefonia e TV do empreendimento será executado

de acordo com as normas ABNT e com as diretrizes expedidas pela

concessionária, quando aplicáveis.

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INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

O projeto do sistema de emergência e proteção contra incêndios será

projetado atendendo a legislação pertinente e será aprovado e fiscalizado

pelo Corpo de Bombeiros.

EXECUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO

Entende-se por pavimentação o tratamento de suporte e revestimento dado

em pisos realizados diretamente sobre o solo. Ou seja, as áreas

pavimentadas que não estejam sobre laje.

Nesta condição, a qualidade da drenagem a ser implantada constitui o

principal fator ambiental dos pavimentos, pois podem se tornar vetores de

erosão quando mal projetados ou mal construídos. Há previsão de

pavimentação no subsolo e seu acesso pela Rua dos Lírios, bem como na

parte de recuo frontal para a Rua Jorge de Figueiredo Correa.

CONSTRUÇÃO DE PASSEIO PÚBLICO E GRADIL

O passeio público será adaptado de modo a viabilizar o acesso de pedestres

e veículos ao imóvel e deverá respeitar a legislação municipal e as normas

pertinentes.

O calçamento por todo o alinhamento do imóvel é uma obrigação do

proprietário e sua execução e manutenção constitui um importante fator de

qualificação urbana, com melhoria da qualidade de vida dos usuários. Será

implantado um gradil conforme projeto.

MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO

Os resíduos de construção civil gerados na obra devem ser gerenciados

conforme Resolução CONAMA Nº 307, de 05 de julho de 2002 e suas

alterações. É prevista a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil – PGRCC. O volume estimado de resíduos da construção

a serem gerados pelo empreendimento na fase de obra é de 373,50

toneladas, considerando base estatística geral de geração de resíduos na

ordem de 150 Kg/m2. Os aspectos relacionados à demolição e seus resíduos

foram tratados no item 3.3.1. Atividades Preparatórias.

O Quadro a seguir, indica as formas de armazenamento e destinação final

dos resíduos normalmente gerados na construção civil.

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Quadro 3.3.2-1 – Armazenamento e destinação de resíduos normalmente

gerados na construção civil – RCC. Fonte: CONAMA e SINDUSCON-SP.

EXECUÇÃO DO PAISAGISMO E REPOSIÇÃO DE VEGETAÇÃO

Há no projeto previsão de área permeável conforme quadro 3.1.2-1 –

Quadro de Áreas e Características do Empreendimento. Todas essas áreas

receberão a construção de jardins com fins paisagísticos.

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E GERAÇÃO DE RUÍDOS NA OBRA

As emissões atmosféricas durante a obra se resumem àquelas provenientes

do transporte de materiais e resíduos e pelo uso de máquinas e

equipamentos que utilizam óleo diesel para seu funcionamento e GLP em

serviços de apoio e no aquecimento de alimentos. Neste tópico, as emissões

são consideradas desprezíveis.

Em dias muito secos pode haver a dispersão atmosférica de solos

provenientes das escavações e de materiais pulverulentos principalmente

nas operações de carga e descarga e no processo construtivo.

Dentre os equipamentos a serem utilizados na obra e que devem causar

maior nível de ruído estão equipamentos para execução das fundações,

betoneira, escavadeira, retroescavadeira, serra elétrica, marteletes entre

RESÍDUO ARMAZENAMENTO E DESTINAÇÃO

Entulho (areia, pedra, cimento, madeira não impregnada,

concreto, tubulações, armações, vidro, disco de corte

usado, eletrodos usados)

Acondicionado segregado; reutilização ou reciclagem, conforme classes de entulho existentes, atendendo a

Resolução CONAMA 307/02 que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos

da construção civil.

Papel, papelão (embalagens não impregnadas) Acondicionamento segregado; destinado para venda/reciclagem externa.

Plástico (embalagens não impregnadas) Acondicionamento segregado; destinado para venda/reciclagem externa.

Material impregnado por tintas, óleos, solventes

(embalagens diversas, estopas, panos)

Classificado como resíduo perigoso; acondicionamento segregado; destinado para aterro Classe I, co-

processamento ou incineração.

Restos de alimentoAcondicionamento segregado, em recipiente fechado, evitando ação de vetores de doenças (insetos, ratos);

destinado para aterro sanitário.

Resíduo sanitário (papel) Acondicionamento segregado em sacos plásticos; destinar para aterro sanitário.

Classificadas como resíduo perigoso; quando quebradas, devem ser acondicionadas em tambores ou

bombonas, providos de aro e anel para fixação da tampa no recipiente, em área segregada dotada de piso

impermeabilizado e cobertura; Destinação para aterro Classe I.

Quando não quebradas, deverão ser mantidas acondicionadas no mesmo local, segregadas, protegidas

contra impactos físicos e destinadas para reciclagem.

Metálico Armazenado e reutilizado ou comercializado como sucata.

Óleo lubrificante usadoAcondicionado conforme resíduo Classe I; Destinado para reciclagem (re-refino), atendendo Resolução

CONAMA 362/05.

Equipamentos de proteção individual usados Classificado como resíduo diverso não perigoso (Classe II). Destinado para aterro sanitário.

Lâmpadas fluorescentes

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outros. Estes devem gerar níveis de ruído próximo a 90 decibéis. As serras

deverão ser utilizadas durante a maior parte da obra, mas a intensidade de

ruído será atenuada pela própria estrutura da edificação em construção.

Tanto as emissões atmosféricas como a emissão sonora são temporárias,

restrito a etapas e serviços específicos durante a obra.

3.3.3.Atividades de Desmobilização

DESATIVAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E

RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS AFETADAS

As instalações do canteiro e demais instalações provisórias serão desativadas

imediatamente após o término das obras e as áreas afetadas serão

recuperadas com a implantação das obras complementares, conforme

projeto de arquitetura. Complementam o processo de desativação o

desligamento das ligações provisórias de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, eletricidade e telefonia, bem como a execução

definitiva do sistema de drenagem.

LIMPEZA DA OBRA E RETIRADA FINAL DOS RESÍDUOS

A limpeza final da obra tem por objetivo eliminar toda sujeira deixada ao final

do processo construtivo. Consiste na varrição dos ambientes com a retirada

de restos de concreto, cimento, papelão, gesso, tinta, pó, pedras, bem como

na remoção de respingos, manchas de tinta, excessos de rejuntes, entre

outros.

DISPENSA DE MÃO DE OBRA

Durante o processo construtivo a quantidade de funcionários da obra varia

conforme as etapas de trabalho vão avançando, sendo que a dispensa dos

operários ocorrerá de maneira gradativa conforme for se aproximando do

seu término. Não será realizada uma dispensa em massa, contudo é normal

que haja momentos onde a quantidade de dispensas seja maior.

Os maiores níveis de

ruído ocorrerão na

Fase de Obra

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3.4.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS

ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE OPERAÇÃO

A operação é a última etapa do empreendimento. Possui uma intervenção

contínua e permanente. A seguir são analisados os aspectos ambientais do

empreendimento durante esta etapa.

Quadro 3.4-1 – Quadro de Atividades Componentes e

Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Operação.

3.4.1.Adensamento Populacional

LOTAÇÃO TOTAL DO EDIFÍCIO

A população do edifício foi calculada com base na legislação de segurança

contra incêndios (decreto 63.911/2018 e instrução técnica 11/2019). Adotou-

se para o projeto Grupo de Risco C – Comercial, na razão de 1 pessoa por 5m2

de área. A estimativa de ocupação média é de 219 colaboradores e demais

usuários.

ASPECTOS POPULACIONAIS - GÊNERO E FAIXA ETÁRIA

Para projeção de gênero foram utilizados como parâmetro os dados da

Sinopse do Censo Demográfico de 2010 do IBGE. Como o local está sendo

construída para ser ocado a terceiros e não há definição de locatário, não há

como prever se haverá predominância de gênero. Assim, adota-se para este

estudo o equilíbrio entre gêneros, conforme distribuição da população local.

Tabela 3.4.1-1 – Distribuição de Gênero do Projeto.

Fonte. Censo Demográfico IBGE 2010 e Projeto do Empreendimento.

Quanto a faixa etária, pelo mesmo motivo já exposto, espera-se uma

ocupação que reflita a distribuição etária do Município para os usuários em

geral e, conforme a faixa da população economicamente ativa, ou seja,

superior a 16 anos até 70 anos para os colaboradores.

ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE OPERAÇÃO

Lotação e Aspectos Populacionais

Comunicação visual do edifício

Controle de acesso e circulação interna

Geração de tráfego e demanda por transporte público

Emissões atmosféricas e geração de ruídos

Demanda por equipamentos urbanos - energia, água, esgoto, drenagem e permeabilidade, resíduos sólidos etc

Demanda por equipamentos comunitários - educação, saúde, lazer, segurança, sociais, administração pública etc

HOMENS % MULHERES %

105 48,22 113 51,78

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

3.4.2.Comunicação Visual do Edifício

Na fase de ocupação é presumido que cada locatário queira identificar seu

estabelecimento na fachada dos prédios que compõe o conjunto edificado

projetado. Porém, não está disponível, para o momento, qualquer projeto

de comunicação visual com a especificação das dimensões de placas ou

outros elementos físicos.

A sinalização deverá possuir dimensões necessárias para cumprir os

objetivos de comunicação da(s) empresa(s), mas por outro lado, devem

obedecer aos limites e afastamentos pertinentes e previstos na legislação

aplicável.

Haverá, ainda, placas sinalizadoras de entrada e saída de veículos. A

sinalização de segurança possui tamanho reduzido e se destinam a chamar

atenção dos pedestres para o cruzamento do passeio por veículos que

acessam ou saem do imóvel.

3.4.3.Controle de Acesso e Circulação Interna

Os acessos e circulação interna são garantidos por meio de rampas, escadas,

e elevadores, de modo que todos os pavimentos sejam acessíveis em

conformidade com as normas aplicáveis.

A entrada de veículos e pedestres do empreendimento serão realizados a

partir da via pública e não há indicação de controle para acesso.

3.4.4.Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público

A determinação da geração de tráfego e a demanda por transporte público

para o empreendimento é desenvolvida separadamente pelo Relatório de

Impacto no Trânsito – RIT.

3.4.5.Emissões Atmosféricas e Geração de Ruídos

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento

estacionário que promova a emissão de partículas ou gases para a atmosfera.

GERAÇÃO DE RUÍDOS

Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento

estacionário que seja caracterizado como fonte de ruído ou promova

emissão sonora, além dos dispositivos de alerta de combate e prevenção a

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CARACTERIZAÇÃO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03

incêndios e de segurança na entrada e saída de veículos. Portanto, não se

espera impactos na vizinhança por esse motivo.

Outras fontes de ruído são provenientes das fontes móveis, ou seja, dos

caminhões e demais veículos na circulação interna e no recebimento das

mercadorias. Porém, esse ruído se confunde com o ruído de fundo da via,

sendo caracterizado como de natureza difusa.

3.4.6.Demanda por Equipamentos Urbanos

DEMANDA POR ENERGIA ELÉTRICA

O fornecimento de energia elétrica é viabilizado junto a concessionária local,

por ligação exclusiva ao empreendimento, em atendimento a demanda de

energia da empresa, e, se dará conforme as diretrizes a serem obtidas junto

a concessionária. Como o local se destina para locação não há elementos

suficientes para estimar a quantidade de utilização de energia.

DEMANDA POR GÁS

O fornecimento de Gás é viabilizado junto à distribuidora local. Como o local

se destina para locação não há elementos suficientes para estimar sua

quantidade de utilização.

DEMANDA POR ÓLEO DIESEL, CARVÃO VEGETAL E LENHA

Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento

estacionário que se utilize como fonte de energia, combustíveis como: óleo

diesel, carvão ou lenha. A eventual utilização desses combustíveis dependerá

das atividades a serem exercidas pelos futuros locatários do imóvel, e

deverão obedecer a legislação aplicável, em momento oportuno.

DEMANDA POR ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANTÁRIO

O abastecimento de água para consumo humano e o esgotamento sanitário

de natureza doméstica no funcionamento do empreendimento será

realizado pela concessionária local, por rede pública, por ligação exclusiva ao

imóvel. Não há previsão de geração de efluentes não sanitários.

Tabela 3.4.6-1 – Consumo Estimado de Água e Geração de Esgotos do Projeto.

Fonte: SINIS-2018 e projeto do empreendimento

TOTAL DE PESSOASCONSUMO PER

CAPITA (l/DIA)

CONSUMO DE

ÁGUA TOTAL

(m3/DIA)

ESGOTAMENTO

SANITÁRIO TOTAL

(m3/DIA)

219 182,80 39,99 39,99

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CARACTERIZAÇÃO

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DEMANDA DE COLETA PÚBLICA E GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A região é atendida pela coleta pública de resíduos sólidos urbanos. É

indicado que os resíduos sólidos domésticos sejam coletados e separados

pelos locatários entre resíduos secos e úmidos. A seguir os resíduos devem

ser disponibilizados para a coleta do serviço público.

Tabela 3.4.6-2 – Geração Estimada de Resíduos Sólidos do Projeto.

Fonte: SNIS-2018 e Projeto do Empreendimento.

IMPERMEABILIDADE DO SOLO E DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

O projeto pretende manter impermeabilizada uma área de terreno conforme

área indicada no quadro 3.1.2-1 – Quadro de áreas e características do

empreendimento. Esta proposta importa em manter impermeável área

inferior ao que era encontrada antes de sua proposição, uma vez que o

imóvel era ocupado por estacionamento e a sua superfície era totalmente

impermeabilizada (100%). O projeto consultado prevê além da abertura de

área permeável a implantação de reservatório de detenção, sendo sua

instalação recomendável, pois diminui a contribuição do empreendimento

no período de pico das chuvas, ajudando atenuar a severidade de enchentes,

alagamentos ou inundações, permitindo o encaminhamento das águas para

a rede de drenagem pública após o término das chuvas.

3.4.7.Demanda por Equipamentos Comunitários

Como se trata de um empreendimento não residencial, cuja permanência no

local se destina ao trabalho, não foi prevista demandas específicas por

equipamentos comunitários.

TOTAL DE

PESSOAS

GERAÇÃO PER

CAPITA

(Kg/Hab/DIA)

GERAÇÃO TOTAL

DE RESÍDUOS

(t/ANO)

219 0,97 77,45

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA DE

VIZINHANÇA

O diagnóstico socioambiental entendido para este estudo se traduz numa

descrição das condições socioambientais existentes na vizinhança no

presente momento de desenvolvimento do relatório. Tem por objetivo

descrever e analisar a situação ambiental atual dentro dos limites

geográficos definidos para a leitura da paisagem.

4.1.DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO E INFLUÊNCIA

A área de influência do projeto é definida a partir de levantamento prévio da

sua situação geográfica e tem como limite a região na qual são detectáveis

seus impactos.

Já a área de estudo é a delimitação do local que será objeto dos

levantamentos primários e secundários para realizar a descrição e análise da

paisagem. De modo geral, o diagnóstico ambiental está organizado

obedecendo à divisão de âmbito dos impactos do empreendimento, com

descrições de abrangência local/regional (AM – Área Municipal), de

abrangência local (AV – Área de Vizinhança) e estritamente pontual (ADA –

Área Diretamente Afetada), o que permite uma leitura de aproximação

geográfica e ou temporal conforme o tema.

A determinação das áreas de estudo e influência para impacto no trânsito

obedece a critérios próprios, e considera a extensão de seus efeitos no

território. Como não faz parte do escopo deste relatório não é apresentada.

ADA – Área Diretamente Afetada: corresponde ao imóvel objeto do

empreendimento.

AV – Área de Estudo de Vizinhança: corresponde a área inclusa num raio de

500 metros ao redor da ADA, que inclui as áreas de influência direta e

indireta para maioria dos impactos. Nela é destacada a AID (Área de

Influência Direta) que corresponde aos lotes ou quadras ou parte de quadras

que estão imediatamente ao redor do empreendimento.

A AV foi determinada em 500 metros em função dos seguintes

condicionantes: ao sul o Parque Portugal, a leste a empresa CPFL e a Rodovia

Engenheiro Miguel N. N. Burnier, ao norte glebas ocupadas por conjuntos

habitacionais de grande porte, e, à oeste área predominantemente

residencial de baixa densidade. Assim a AV compreende elementos que se

caracterizam como limites para a maioria dos impactos proporcionados.

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DIAGNÓSTICO

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AM – Área de Estudo Municipal: corresponde aos limites municipais da

cidade, que inclui as áreas de influência indireta daqueles impactos que

ultrapassam os limites da AV. A AM permite considerar levantamento de

informações de âmbito municipal, assegurando estabelecer um contexto

adequado, para proceder a avaliação dos impactos indiretos que não sejam

estritamente locais.

Assim, a caracterização da vizinhança foi dividida em meio físico, biótico e

antrópico.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

O diagnóstico ambiental da vizinhança busca destacar os aspectos mais

importantes quanto ao local do empreendimento e relacioná-lo ao contexto

municipal ou regional que está inserido.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4.2.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO FÍSICO

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio físico no âmbito regional, considerando os limites da AM – Área

Municipal.

4.2.1.Padrão Climático Geral

Para caracterização do padrão climático local utilizou-se o modelo de

classificação climática de Köppen-Geiger.

Segundo essa classificação o Estado de São Paulo abrange 7 tipos climáticos

distintos. A parte central do Estado é caracterizada pelo clima tropical de

altitude Cwa. Algumas áreas serranas são caracterizadas pelo tipo Cwb, em

razão de verões mais amenos. Na região noroeste do Estado o clima é

caracterizado pelo tipo Aw com inverno seco e mais frio. Em alguns pontos

isolados o ocorre o tipo Am, caracterizado pelo clima tropical chuvoso com

inverno seco, influenciado pelo fenômeno das monções.

No Sul do Estado ocorre o tipo Cfa, caracterizado pelo clima subtropical

úmido. Nas regiões serranas mais altas da serra do Mar e da Mantiqueira o

clima característico é o temperado úmido, do tipo Cfb. Na faixa litorânea

ocorre o tipo Af, caracterizado pelo clima tropical chuvoso.

Figura 4.2.1-1 – Classificação Climática do Estado de São Paulo. Fonte: Cepagri-Unicamp.

O clima de Campinas é enquadrado na classe Cwa:

Clima Subtropical; com maior concentração de chuvas no verão; e

temperaturas médias máximas acima de 22°C com verões quentes.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

A direção dos ventos predominantes, conforme coleta de dados

no aeroporto de Campinas, estação mais próxima a cidade,

demonstra as direções mais frequentes e intensas que são os

ventos com origem no leste-sudeste (ESE – 21,5%) e sudeste (SE

– 17%).

4.2.2.Qualidade do Ar

As redes automática e manual de avaliação da qualidade do ar

da CETESB traz em seus registros as mudanças significativas que

ocorreram ao longo dos anos nas regiões monitoradas. Os dados

utilizados para avaliação da qualidade do ar são todos os

poluentes medidos pelas redes automáticas e manuais da

CETESB, que são: MP10, SO2, NOx (NO2 e NO), O3, CO, PTS, FMC,

MP2,5 e outros que eventualmente tenham sido monitorados.

Obviamente, não há dados de todos os parâmetros em todas as

estações, bem como há parâmetros que não foram medidos em

todo o período, além de cada poluente medido apresentar características

próprias em termos de distribuição espacial, fontes que o originam e padrões

legais.

Para facilitar a divulgação dos padrões de qualidade do ar (PQAr) a CETESB

classifica os resultados apurados em índices de qualidade que são divididos

em classes de importância, que por sua vez são relacionados aos efeitos

adversos à saúde da população.

Qualidade do ar e efeitos à saúde

Qualidade Índice Significado

N1 – Boa 0 – 40

N2 – Moderada 41 – 80 Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças

respiratórias e cardíacas) podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.

N3 – Ruim 81 – 120

Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças,

idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.

N4 – Muito Ruim 121 – 200

Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos

sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas).

N5 – Péssima >200 Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de

doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.

Figura 4.2.2-1 – Qualidade do Ar e Prevenção de Riscos à Saúde. Fonte: Cetesb.

Figura 4.2.1-2 – Distribuição dos Ventos Campinas –Aeroporto – ago-

2011 a abr-2019.

Fonte: Windfinder.

Acesso em 30-05-2019.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

A cidade de Campinas está na área de influência da Estação Meteorológica

de Paulínia. Há 3 estações de medição da qualidade do ar no município:

Campinas Centro, Campinas Taquaral e Campinas Vila União. Pela

proximidade a estação mais próxima do empreendimento é Campinas

Taquaral, mas para o início deste ano não há informações disponíveis nesta

estação. Desta maneira, são válidas para a região do empreendimento os

dados de Campinas Centro para 2020:

O índice de Qualidade do Ar (Dados Horários – 11-fev-2020) para a região é

N1 – Boa para MP10 – Material Particulado.

Pela Tabela de Classificação de Municípios – 2019, nos termos do Decreto

Estadual nº 59.113, de 23 de abril de 2013, publicada pela CETESB, a cidade

de Campinas é classificada >M1 para Ozônio (O3); M2 para Material

Particulado (MP); MF para Dióxido de Nitrogênio (NO2). O Município está sem

classificação para dióxido de enxofre (SO2).

Segundo os critérios estabelecidos pelo Decreto Estadual 59.113/13,

apurados pela média de cada um dos últimos 3 anos, os municípios podem

ser classificados conforme os valores de concentração dos poluentes em

comparação com metas intermediárias ou finais de redução.

Quando o Município é classificado em >M1, representa que a Meta

Intermediária (MI) determinada para a 1ª. Etapa de redução do poluente

ainda não foi atingida. Quando classificado como M1 representa que a MI

para a 1ª. Etapa foi atingida; M2 representa que a MI para 2ª. Etapa foi

atingida; M3 representa que a MI para 3ª. Etapa foi atingida e, MF representa

que o Padrão Final determinado pelo melhor conhecimento científico para a

saúde da população foi atingido.

4.2.3.Características Geológicas

Campinas está inserida no contexto da Região Metropolitana de Campinas

(RMC) sob o domínio do Planalto Atlântico.

Na figura a seguir pode ser observada a descrição geológica de ocorrência na

AM - Área Municipal. A descrição na área vizinhança é apresentada em

componentes locais do meio físico.

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Figura 4.2.4-1 – Mapa de Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.

4.2.4.Características Geomorfológicas

Quanto ao relevo pode-se verificar na AM – Área Municipal a descrição das

seguintes unidades geomorfológicas, conforme figura 4-2-4-1.

A descrição de ocorrência na área de vizinhança é apresentada em

componentes locais do meio físico.

Figura 4.2.4-1 – Mapa de Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.

LEGENDA

1 – Colinas com topos aplanados. Formas com dissecação baixa com vales pouco entalhados e densidade de drenagem baixa. Fragilidade Baixa.

2 – Colinas e morros altos. Formas muito pouco dissecadas a planas com vales pouco entalhados e baixa densidade de drenagem. Fragilidade Muito Baixa.

3 – Colinas e morros altos. Formas de dissecação média a alta com vales entalhados e densidade de drenagem média a alta. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva. Fragilidade Média.

4 – Colinas e morros altos. Formas muito dissecadas com vales entalhados associados a vales pouco entalhados, com alta densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com voçorocas. Fragilidade Alta.

ADA – Local do Empreendimento

LEGENDA

1 – Depósitos Sedimentares. Depósitos Aluvionares. Sedimentos.

2 - Formação. Serra Geral. Ígnea.

3 – Corpo. Ortognaisse Serra Negra. Rocha Ígnea, Metamórfica.

4 - Complexo. Jaguariúna. Rocha Ígnea.

5 - Complexo. Varginha-Guaxupé, unidade ortognáissica migmatítica intermeiária. Rocha Ígnea, Metamórfica.

6 - Complexo. Varginha-Guaxupé, unidade paragnáissica migmatítica superior. Rocha Metamórfica.

7 – Complexo. Amparo, unidade de migmatitos tonalito-trondhjemíticos. Rocha Ígnea, metamórfica

8 – Complexo Granítico. Morungaba, granito tipo I. Rocha Ígnea.

9 - Complexo Granítico. Morungaba, granito tipo A. Rocha Ígnea.

10 - Grupo. Itararé. Sedimentos.

ADA – Local do Empreendimento.

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4.2.5.Características dos Recursos Hídricos Superficiais

O município de Campinas está inserido na Unidade de Gerenciamento de

Recursos Hídricos 5 do Piracicaba/ Capivari/ Jundiaí. Do ponto de vista do

gerenciamento de recursos hídricos, o Município está dividido nas seguintes

sub bacias hidrográficas: (1) Afluentes do Rio Atibaia; (2) Afluentes do Rio

Capivari; (3) Afluentes do Rio Piracicaba/ Jaguari.

4.2.6.Características dos Recursos Hídricos Subterrâneos

A região da cidade de Campinas encontra-se localizada sobre os aquíferos

Cristalino ou Pré-cambriano e Tubarão.

O empreendimento está sobre aquífero cristalino.

LEGENDA

Cursos d’água classe 2

Cursos d’água classe 3

Cursos d’água classe 4

ADA – Local do Empreendimento

Figura 4.2.5-1 – Mapa de Hidrografia do Estado de São Paulo e classes de qualidade das águas –

Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.

LEGENDA

Sub bacia do Rio Atibaia

Sub bacia do Rio Capivari

Sub Bacia do Rio Piracicaba/ Jaguari

ADA – Local do Empreendimento

Figura 4.2.5-2 – Mapa de Sub bacias do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.

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4.3.COMPONENTES LOCAIS DO

MEIO FÍSICO

A seguir são descritos e analisados

componentes e fatores ambientais do

meio físico no âmbito local,

considerando os limites da AV – Área

de Vizinhança e da ADA – Área

Diretamente Afetada.

4.3.1. Insolação e Sombreamento

Para avaliar os aspectos relativos à

insolação e sombreamento a melhor

situação é a simulação da radiação

solar sobre a volumetria do edifício

projetado, caracterizando a geometria

da insolação, a qual está condicionada

à latitude, hora e época do ano. Isto se

dá em função do movimento aparente

do sol, ou seja, da sensação de movimento do sol ao redor da Terra, que é

diferente em cada latitude, e decorre dos movimentos de translação, rotação

e da inclinação do eixo do planeta em relação ao plano da elíptica.

Para o local aplica-se a latitude 23º 30’ Sul (Trópico de Capricórnio) que

caracteriza as localidades situadas nos trópicos e é bem próxima da situação

real. Isso permite representar uma peculiaridade que é a do Sol estar no

solstício de verão a pino, ou seja, a 90º, o que representa sua altura máxima

em dezembro. Por outro lado, no solstício de inverno, que ocorre em junho,

esse valor atinge seu mínimo anual. A insolação média ocorre nos equinócios

de outono ou primavera, cujos valores de radiação solar são equivalentes e

caracterizam a passagem do Sol pelo Equador, o que resulta na duração do

dia igual à da noite.

Assim, para avaliar o impacto do empreendimento quanto à insolação e

sombreamento deve-se verificar o comportamento da distribuição da

insolação e sombreamento sem a presença do edifício projetado, para

posteriormente compará-la com a situação futura.

O projeto propõe um conjunto com edificações de baixa altura (máximo 2

pavimentos - gabarito 6,40 metros). Nesta condição, o exame das projeções

de sombreamento não é relevante, pois haverá pouca ou nenhuma

sobreposição de sombras que possam vir a impedir a insolação de imóveis

vizinhos, uma vez que o edifício projetado possui pouca altura.

LEGENDA

Aquífero Cristalino ou Pré-cambriano

Aquífero Tubarão

ADA – Local do Empreendimento

Figura 4.2.6-1 – Unidades Aquíferas

de ocorrência no Município.

Fonte: DataGeo/DAEE/ IG/ IPT/ CPRM

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4.3.2.Ventilação e Ação dos Ventos

A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre o edifício pode ser causada

pelo vento ou pela diferença de densidade do ar interno e externo da

edificação, sendo normal ocorrência das duas simultaneamente. O que

corresponde ação de dois mecanismos distintos para explicação da

ventilação natural. O primeiro, denominado ação dos ventos é caracterizado

pela movimentação do ar acionada pela força dos ventos. O segundo decorre

do efeito da densidade do ar ocasionado pela diferença de temperatura

(sendo o interior do edifício mais quente que o ambiente externo), o

chamado efeito chaminé.

Como este estudo visa avaliar os impactos na vizinhança do

empreendimento e não a condição de circulação de ar nos ambientes

internos, o foco será no diagnóstico da situação relacionada à ação dos

ventos. Nesta condição, o vento pode ser considerado como o movimento

de ar que se desloca paralelamente ao solo de forma lamelar, que ao

encontrar um obstáculo, (no caso edifícios) sofre um desvio de seus filetes e,

ao ultrapassar o obstáculo tende a retomar seu regime original.

Outros fatores como a vegetação, soluções construtivas e orientação do

sistema viário, podem alterar os ventos locais. Neste caso, a situação

topográfica representa certa proteção aos ventos dominantes de sudeste,

pois está numa situação topográfica com alguns obstáculos naturais ou

artificiais que podem minimizar a intensidade dos ventos junto ao solo.

4.3.3.Indicadores de Ruído na Comunidade

Os aspectos ambientais relacionados à emissão de ruídos são balizados pela

Resolução nº 1, de 08 de março de 1.990, do CONAMA – Conselho Nacional

de Meio Ambiente, que preconiza o uso das normas técnicas da ABNT que

tratam dos limites de emissão de ruído admitidos para áreas habitadas, ou

seja: a NBR 10.151 – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas,

visando o conforto da comunidade – Procedimento e, NBR 10.152– Níveis de

ruído para conforto acústico – Procedimento.

Assim, os limites de emissão de ruídos aplicáveis seguem os critérios e

parâmetros recomendados pelo CONAMA e Normas técnicas aplicáveis,

sendo admitidos os níveis de critério de avaliação conforme apresentados na

tabela a seguir.

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DIAGNÓSTICO

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TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO

Áreas de Sítios e fazendas 40 35

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas

50 45

Área mista, predominantemente residencial 55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55

Área mista, com vocação recreacional 65 55

Área predominantemente industrial 70 60

Tabela 4.3.3-1 – Nível de Critério de Avaliação NCA para Ambientes Externos, em dB(A).

NOTA: Diurno: 7h às 22h. Noturno: 22h às 7h. Fonte: ABNT.

A região onde o empreendimento está localizado se enquadra como área

mista com vocação comercial e administrativa, de acordo com análise de

vizinhança quanto ao uso do solo. Nessa região os níveis de pressão sonora

admitidos pela ABNT como nível de critério de avaliação para ambientes

externos, ou seja, os limites de emissão de pressão sonora sem considerar a

fonte e o nível de ruído ambiente, permitidos na vizinhança são:

- de 60 dB (A) para período diurno;

- de 55 dB (A) para o período noturno.

Para a fase de obras, entretanto, admite-se limites superiores para máquinas

ou aparelhos utilizados na construção que não possam ser confinados, em

razão do seu uso temporário. Recomenda-se que o funcionamento desses

equipamentos ocorra de segunda a sábado, entre 7h00 e 18h00, de modo a

causar menor incômodo aos vizinhos.

4.3.4.Indicadores Geotécnicos (Geologia e Relevo)

A avaliação de potencial de riscos geotécnicos tem por objetivo identificar

áreas que apresentem condições susceptíveis aos processos do meio físico e

de atividades antrópicas, em razão do novo empreendimento, integrando

informações geológicas, estruturais, geomorfológicas e de uso e ocupação

do solo.

A identificação das principais condições geotécnicas de uma determinada

área é fundamental para a definição das ações mitigadoras e preventivas.

Entre os principais fatores geotécnicos naturais e antropicamente

influenciados pode-se destacar como os mais importantes: a erosão de

encostas e cortes; o assoreamento de cursos d’água; susceptibilidade a

processos de escorregamento e degradação da paisagem original.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

Os principais problemas geotécnicos acima descritos estão associados aos

processos de escorregamentos em encostas, erosão por sulcos, áreas

inundáveis e recalques de solos moles em áreas planas mal drenadas.

Na AV – Área de vizinhança pode-se destacar a presença de complexo de

rochas de origem ígnea. O relevo é constituído por colinas e morros altos e

possui formas de dissecação muito intensa, com vales entalhados a pouco

entalhados e alta densidade de drenagem. São áreas sujeitas a processos

erosivos agressivos, inclusive com movimentos de massa e erosão linear com

voçorocas, caracterizada por um local de fragilidade classificada como alta.

Na AV não foram identificados terrenos expostos sujeitos a processos

erosivos relacionados a possíveis movimentos de massa.

Na ADA – Área Diretamente Afetada, o terreno se apresenta com inclinação

descendente ao fundo da propriedade, de quem olha a partir da Rua.

É importante salientar que não há presença de focos erosivos na ADA. O

terreno foi exposto devido ao início antecipado das obras. Atualmente a obra

está parada, aguardando a liberação do respectivo alvará. É importante a

obtenção da legalização da obra, tendo em o grau de fragilidade do solo, de

modo a evitar o início de processos erosivos.

4.3.5.Características Hidrográficas e Drenagem Urbana

O empreendimento está contido na Unidade Hidrográfica do CPJ – Capivari/

Piracicaba/ Jundiaí, na sub bacia do Rio Atibaia. Dentro da AV, o território

está inserido hidrograficamente na sub bacia do Rio Atibaia.

A seguir é apresentada a situação da hidrografia na AV.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4.3.6.Características Hidrogeológicas

O empreendimento está sobre sistema aquífero cristalino, que tem caráter

fissurado e/ou fraturado e é composto por rochas antigas que estão na base

das planícies aluvionares e afloram na região de transição para sistema de

morros e serras.

Na ADA e AV o aquífero se apresenta com baixa vulnerabilidade natural à

poluição.

4.3.7.Usos e Qualidade da Água

O empreendimento está situado numa bacia hidrográfica integrada a áreas

urbanas e os cursos d’água recebem o escoamento da drenagem urbana que

chegam por sistemas de galerias.

No aspecto qualitativo os cursos d’água apresentam qualidade de ruim a boa,

considerando os pontos amostrados no Município em 2018. As águas

superficiais dos cursos d’água localizados mais próximos do imóvel e AV

estão classificadas, conforme a resolução CONAMA nº 357/05 e Decreto

Estadual 10.755/77, em Classe 2, sendo o Córrego do Mato Dentro/Ribeirão

das Anhumas em Classe 4.

Como o empreendimento demandará água da rede pública e as atividades

passíveis de ocuparem o imóvel, a princípio não devem se enquadrar como

poluidoras, não foi pesquisada a presença de poços especificamente na AV.

4.4.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO BIÓTICO

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio biótico no âmbito regional, considerando os limites da AM – Área

Municipal.

4.4.1.Bioma e Flora e Fauna Associadas

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio biótico no âmbito regional, considerando os limites da AM.

O Município está inserido predominantemente no Bioma da Mata Atlântica

numa região de Floresta Ombrófila Densa (Mapa de Biomas e Vegetação do

Brasil, IBGE, 2008) que foi intensamente explorada ou suprimida para a

implantação dos núcleos urbanos, fazendas e chácaras. Um pequeno trecho

está inserido no Bioma Cerrado.

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A vegetação natural foi substituída e atualmente o Município possui,

segundo dados disponíveis no DataGeo – Sistema Ambiental Paulista, apenas

7,0% do seu território cobertos por vegetação nativa.

No interior da Zona Urbana do Município há remanescentes de Mata

Atlântica, que constituem áreas verdes com predominância de vegetação

arbórea. Há, ainda, vários locais que abrigam muitas espécies vegetais

exóticas ao país e ao bioma, que geralmente são escolhidas em função de

suas características ornamentais e frutíferas.

A prolongada perturbação antrópica promoveu a redução dos capões

florestais e a proliferação de espécies herbáceas sinantrópicas, várias delas

introduzidas.

Quanto à fauna encontrada na região urbana, esta é contemplada por

espécies silvestres remanescentes e adaptadas ao ambiente antropizado,

espécies exóticas introduzidas, espécies sinantrópicas e domésticas.

Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao

homem, a despeito da vontade deste. Diferem dos animais domésticos, os

quais o homem cria e cuida com as finalidades de companhia, tais como o

cão, gato doméstico, pássaros e outros; para produção de alimentos ou

transportes, tais como frangos, gados, cavalo, suínos, entre outros.

Dentre as espécies sinantrópicas, aquelas que podem transmitir doenças,

causar agravos à saúde do homem ou de outros animais e presentes nas

zonas urbanas, pode-se citar: baratas, mosca, camundongo, ratazanas,

pomba, lagartixa e rãs.

No APÊNDICE 01 é apresentada a lista de espécies da flora e fauna

introduzidas ou dispersas pela área urbana.

4.4.2.Áreas Ambientalmente Protegidas

O Município integra a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A Reserva é

subdividida nas seguintes zonas: Zona Núcleo (as mais preservadas), Zona de

Amortecimento e Zona de transição.

Há também as seguintes Unidades de Conservação na categoria de Uso

Sustentável: Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra,

de âmbito federal, sob gestão do Instituto Chico Mendes; Floresta Estadual

Serra d’Água, de âmbito estadual, sob gestão do Instituto Florestal e a APA –

Área de Proteção Ambiental Piracicaba e Juqueri Mirim (Área II), sob gestão

da Fundação Florestal, também de âmbito estadual.

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4.5.COMPONENTES LOCAIS DO MEIO BIÓTICO

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio biótico no âmbito local, considerando os limites da AV – Área de

Vizinhança e da ADA – Área Diretamente Afetada.

A área de vizinhança - AV é caracterizada pelo uso intensivo da terra para

atividades urbanas. Apesar disso, foram identificadas a partir de imagem de

satélite algumas praças e áreas arborizadas com pequenos conjuntos de

árvores isoladas e de fragmentos vegetal. Não foram identificadas na AV

áreas relevantes com fragmento de vegetação contínua secundária de Mata

Atlântica no Estado de São Paulo.

Toda a ADA e AV estão situadas em região pertence ao Bioma de Mata

Atlântica e estão fora de áreas protegidas ou mesmo da Reserva da Biosfera

da Mata Atlântica – RBMA, que atinge parcialmente o Município.

Na ADA o uso e ocupação do terreno são caracterizados por área em

construção, sem qualquer vestígio de vegetação de porte arbóreo e

arbustivo.

LEGENDA

Zona Núcleo

Zona de Transição

Zona de Amortecimento

ADA – Local do Empreendimento

Figura 4.4.2-1 – Mapa de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) Fase VI

– Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.

LEGENDA

1 – ARIE Mata de Santa Genebra

2 – Floresta Estadual Serra d’Água

3 – APA Piracicaba e Juqueri Mirim (Área II)

Bioma Mata Atlântica

Bioma Cerrado

ADA – Local do Empreendimento

Figura 4.2.2-2 – Mapa de Unidades de Conservação – Recorte Municipal.

Fonte: DataGeo.

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Não houve registro e identificação de espécie da fauna nativa na ADA.

Entretanto, em áreas contempladas por uma vegetação secundária e

conjunto de árvores isoladas, a fauna é caracterizada principalmente por

espécies mais tolerantes às alterações ambientais decorrentes da ocupação

humana.

Na ADA não foi identificada presença de área de preservação permanente –

APP, segundo o Código Florestal (Lei Federal 12.651/12). Na AV foi

identificada APP ao longo das margens de Córrego ao norte, que possui suas

margens relativamente bem preservadas por vegetação de porte arbóreo.

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4.6.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO ANTRÓPICO

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio antrópico no âmbito local-regional, considerando os limites da AM –

Área Municipal, especialmente relacionado à condição de vida da população.

4.6.1.Indicadores Populacionais e Demográficos

Tabela 4.6.1-1 – Aspectos Demográficos – 2019.

Fonte: SEADE – Informações dos Municípios Paulistas (IMP) e Perfil Municipal.

Tabela 4.6.1-2 – Distribuição da População do Município por Gênero.

Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.

Tabela 4.6.1-4 – Distribuição da População do

Município por Classe de Renda.

Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.

ÁREADENSIDADE

DEMOGRÁFICAPOPULAÇÃO

POPULAÇÃO

URBANA

GRAU DE

URBANIZAÇÃO

Km2 HAB/Km2 HABITANTES HABITANTES %

CAMPINAS 794,57 1.468,96 1.167.192 1.147.122 98,28

RMC 3.791,82 832,85 3.158.030 3.082.038 97,59

ESTADO SÃO PAULO 248.219,94 178,53 44.314.930 42.751.098 96,47

UNIDADE FEDERATIVA

GÊNERO %

Masculino 48,22

Feminino 51,78

CLASSE DE RENDA

MENSAL DOMICILIAR%

Sem rendimento 5,78

até 1/2 salário mínimo 0,82

mais de 1/2 a 1 SM 3,75

mais de 1 a 2 SM 11,38

mais de 2 a 5 SM 32,83

mais de 5 a 10 SM 23,98

mais de 10 a 20 SM 13,28

mais de 20 SM 8,17

Tabela 4.6.1-3 – Distribuição da População do Município por Faixa Etária.

Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.

FAIXA ETÁRIA %

0 a 4 anos 5,96

5 a 9 anos 6,09

10 a 14 anos 7,28

15 a 19 anos 7,56

20 a 24 anos 8,96

25 a 29 anos 9,63

30 a 39 anos 16,73

40 a 49 anos 14,15

50 a 59 anos 11,29

60 a 69 anos 6,76

70 anos ou mais 5,58

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4.6.2.Condições de vida

Para averiguar as condições de vida da população foi utilizado o Índice

Paulista de Responsabilidade Social - IPRS, que permite uma comparação

com outros municípios, bem como com as condições encontradas no Estado

de São Paulo. Complementarmente apurou-se o grau de oferta dos serviços

públicos, como educação, saúde, saneamento básico e habitação.

O IPRS foi desenvolvido pela Fundação SEADE e sintetiza a situação dos

municípios do Estado de São Paulo quanto à riqueza, escolaridade e

longevidade e faz um paralelo ao IDH – Índice de Desenvolvimento Humano,

do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A

combinação desses parâmetros permite classificação dos municípios em:

GRUPO 1 – reúne municípios com elevado nível de riqueza e bons indicadores

sociais. Características: (i) nível alto de riqueza, (ii) nível médio a alto quanto

a longevidade, (iii) escolaridade de média a alta.

GRUPO 2 – Engloba municípios com elevado nível de riqueza que não se

refletem nos indicadores sociais. Características: (i) alto nível de riqueza, (ii)

de baixa a alta longevidade, (iii) de baixa a alta escolaridade.

GRUPO 3 – são municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons

indicadores sociais. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) de média a

alta longevidade, (iii) de média a alta escolaridade.

GRUPO 4 – são municípios com baixa riqueza e níveis intermediários de

longevidade e escolaridade. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) de

baixa a alta longevidade, (iii) de baixa a alta escolaridade;

GRUPO 5 – são municípios tradicionalmente pobres e com baixo

desenvolvimento. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) baixa

longevidade, (iii) baixa escolaridade.

O município de Campinas está classificado no GRUPO 1 conforme a última

apuração para o índice (2018), sendo considerado município com bons

indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade.

Tabela 4.6.2-1 - IPRS 2014 – Dimensões Riqueza, Longevidade e Escolaridade.

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE

UNIDADE FEDERATIVA RIQUEZA LONGEVIDADE ESCOLARIDADE

CAMPINAS 48 76 56

RMC 44 75 59

ESTADO DE SÃO PAULO 44 72 53

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SERVIÇOS DE SAÚDE

Quanto à infraestrutura de saúde foi utilizado como referência o índice de

leito por 1.000 habitantes recomendado pela OMS que é de 4 leitos para

cada 1.000 habitantes. Como pode ser visto o Município apresenta condição

insatisfatória.

Tabela 4.6.2-2 - Infraestrutura de saúde – Leitos de Internação - 2018

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE.

Ministério da Saúde - DATASUS.

SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO

Quanto à infraestrutura de educação foram utilizadas como referências a

quantidade de estabelecimentos e a quantidade de matrículas, considerando

tanto as redes públicas como privadas, de modo a entender o tamanho da

rede de escolas disponível na cidade.

Tabela 4.6.2-3 - Estabelecimentos e Matrículas distribuídas por Ciclo de Ensino

Fonte: IBGE – Cidades, 2018. Ministério da Educação, INEP - Censo Educacional 2018.

SANEAMENTO AMBIENTAL

Para o saneamento utilizou-se como paramento os níveis de atendimento

para abastecimento público de água potável, a coleta e o tratamento dos

esgotos sanitários e os resíduos sólidos domiciliares coletados.

Tabela 4.6.2-4 - Indicadores de Saneamento Ambiental – Nível de Atendimento.

Fonte: SNIS, 2018.

UNIDADE FEDERATIVA LEITOS TOTAL LEITOS/ MIL HAB LEITOS SUS LEITOS SUS/ MIL HAB

CAMPINAS 2.755 2,38 1.322 1,14

RMC 4.949 1,58 2.640 0,85

ESTADO DE SÃO PAULO 92.188 2,1 53.682 1,22

CICLO DE ENSINO ESTABELECIMENTOS MATRÍCULAS

INFANTIL 374 56.882

FUNDAMENTAL 313 123.678

MÉDIO 156 37.686

ABASTECIMENTO DE

ÁGUA

ESGOTAMENTO

SANITÁRIO

TRATAMENTO DE

ESGOTOSLIXO COLETADO

98,09 79,58 88,36 100,00

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DÉFICIT HABITACIONAL

O déficit habitacional da cidade foi calculado a partir da somatória da

coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos,

considerando dados da Fundação João Pinheiro.

Entende-se por déficit habitacional a necessidade de construção de novas

moradias, em função de reposição, como do incremento do estoque. Engloba

(i) domicílios precários: soma dos domicílios improvisados e dos rústicos

(sem condição de habitação ou desgastadas em sua estrutura física); (ii)

coabitação familiar: soma dos cômodos e das famílias conviventes

secundárias com intenção de construir um domicílio exclusivo; (iii) ônus

excessivo com aluguel urbano e (iv) adensamento excessivo de domicílios

alugados.

A inadequação de moradias reflete problemas na qualidade de vida dos

moradores, não relacionados ao dimensionamento do estoque de

habitações e sim às especificidades internas do estoque existente, o que não

implica, contudo, necessidade de construção de novas unidades. São

classificados como inadequados os domicílios com carência de

infraestrutura, com adensamento excessivo de moradores, com problemas

de natureza fundiária, em alto grau de depreciação ou sem unidade sanitária

domiciliar exclusiva.

Segundo dados de 2.010 da Fundação João Pinheiro o Município de

Campinas conta com 32.657 domicílios considerados inadequados de um

total de 348.186 domicílios. Esses valores representam cerca de 9,38% do

total de domicílios existentes no Município. Já o indicador de Déficit

Habitacional Total indica uma carência de 34.978 moradias na cidade, o que

representa 10,05% do total de domicílios.

Neste sentido, o número de domicílios vagos reforça a situação, pois é

inferior a quantidade de déficit apresentada.

Tabela 4.6.2-5 - Déficit Habitacional - 2010.

Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatística e Informações - Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas. Déficit habitacional.

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

34.978 34.638 340 7,43 7,42 8,61 25.874 25.442 452

DEFICIT HABITACIONAL DE VALINHOS

Absoluto % do Total de Domicílios Domicílios Vagos

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4.6.3.Vulnerabilidade Social

Para identificar a desigualdade social existente no Município foi utilizado o

IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, que a exemplo do IPRS

fornece dados sistematizados passíveis de comparação e complementam as

informações quanto à pobreza. O IPVS classifica os municípios em grupos de

vulnerabilidade social a partir da combinação das dimensões demográfica e

socioeconômica. O indicador permite identificar os fatores específicos que

produzem a deterioração das condições de vida, auxiliando na definição de

prioridades para o atendimento da população em maior risco social.

Como ocorre com o IPRS, o IPVS foi subdividido em grupos que podem ser

verificados no quadro 4.6.3-1, a seguir.

Figura 4.6.3-1 – Grupos IPVS 2010 – Setores Censitários com mais de 50 Domicílios.

Fonte: SEADE – IPVS 2010.

Tabela 4.6.3-1 – Nível de Vulnerabilidade da População distribuída por grupo em percentual

Fonte: Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – 2010.

Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE.

UNIDADE FEDERATIVA BAIXÍSSIMA (%) MUITO BAIXA (%) BAIXA (%) MÉDIA (%) ALTA (%) MUITO ALTA (%) ALTA RURAL (%)

CAMPINAS 15,4 44,7 17,4 9,3 5,4 7,8 0

RMC 8,3 47,6 24,9 9 6,9 3,3 0

ESTADO DE SÃO PAULO 6,1 40,1 18 19,2 11,1 4,4 1

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4.7.COMPONENTES LOCAIS DO MEIO ANTRÓPICO

A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do

meio antrópico no âmbito local, considerando os limites da AM – Área

Municipal e da AV – Área de Vizinhança.

4.7.1.Histórico de Ocupação Local

O município de Campinas está localizado na sede da Região Metropolitana

de Campinas, e faz limite administrativo com os municípios de Paulínia,

Jaguariúna, Pedreira, Morungaba, Valinhos, Itatiba, Itupeva, Indaiatuba

Monte Mor, Hortolândia e Sumaré.

O histórico de ocupação local inicia-se entre 1721 e 1730 como bairro rural

da Vila de Jundiaí, para servir como pouso para os tropeiros que seguiam

para as “minas dos Goiases”. Isso impulsionou o desenvolvimento inicial,

com várias atividades de abastecimento.

Na secunda metade do século XVIII, houve uma nova dinâmica social e

econômica com a chegada os fazendeiros de outras localidades, em busca e

terras para suas lavouras de cana e engenhos de açúcar.

Em 1774 é elevado à categoria de Distrito. Em 1797 Campinas torna-se

município.

O então bairro foi transformado em Freguesia de Nossa Senhora da

Conceição das Campinas dos Mato Grosso em 1774. Três anos depois foi

elevado a Vila de São Carlos.

Em 1842 o local é transformado em Cidade de Campinas, quando a cultura

cafeeira já suplantava a cana-de-açúcar.

A economia do café fez com que houvesse grande concentração e

trabalhadores escravos e livres na cidade. Período, em que Campinas se

modernizou, seja nos meios de transporte, produção e estilo de vida.

A partir e 1930, com a crise do café, o município começa a passar por um

processo de decadência no campo a passa a ter uma fisionomia mais

industrial.

A instalação e um novo parque produtivo, atraiu migrantes e imigrantes para

a cidade, passando a concentrar uma população urbana mais significativa na

região. Desenvolvimento impulsionado também pela abertura e estradas

importantes, que ligam a capital ao interior, como a via Anhanguera,

Rodovias dos Bandeirantes e Santos Dumont.

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Na AV - Área de Vizinhança a ocupação se encontra consolidada, com

sistema viário regular e quase todos os lotes ocupados. Como a AV fica

próxima ao centro da cidade, a situação remonta o histórico de ocupação

inicial do Município.

Nos limites da AV predominam edificações de baixa altura em lotes com

dimensões menores, entremeados por glebas. Essas áreas maiores na sua

maior parte são ocupadas por condomínios residenciais verticais e Centro

Empresarial.

4.7.2.Caracterização do Uso do Solo Atual na Vizinhança

Para efetuar a caracterização e o mapeamento do uso e ocupação do solo,

foi elaborada uma legenda, na qual foram contemplados os principais tipos

de uso nos arredores do empreendimento. Essa legenda contou com as

seguintes categorias de uso e representam a predominância de uso nas

quadras: Uso Residencial; Uso Não Residencial (inclui Uso Comercial e de

Serviços, Industrial e Institucional e Comunitário); Áreas Verdes e Vazias

(inclui praças, parques e fragmentos, bem como áreas Vazias ou sem uso).

Na área de influência direta para o empreendimento é possível observar que

a região é caracterizada pela predominância do uso misto. O uso residencial

predomina na porção norte e oeste da AV, onde também ocorre a maior

parte das áreas verdes e vazias ou sem uso. Na porção sul predomina o uso

misto, a leste destaca-se a CPFL e a sudeste a Universidade Anhanguera.

Na Figura 4.7.2-1 – Levantamento de Uso do Solo Atual – pode ser observado

o uso do solo na área de influência do empreendimento. O respectivo mapa

foi gerado considerando a predominância de atividades existentes em cada

trecho de quadra ou quadra. Não teve por objetivo identificar as atividades

ou usos desenvolvidos em cada lote, mas as categorias de uso

predominantes com maior ênfase no que é residencial e não residencial, em

razão das possibilidades de incômodo na vizinhança.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

Inserir mapa uso solo

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4.7.3.Situação da Infraestrutura na Vizinhança

Está compreendida como infraestrutura de saneamento ambiental as redes

públicas de abastecimento de água; de coleta, afastamento e tratamento de

esgotos sanitários; de drenagem de águas pluviais; e serviços de coleta,

transporte e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Como infraestrutura

de energia está compreendida as redes de energia elétrica de baixa e alta

tensão, gás e iluminação pública. Como infraestrutura de telecomunicações

as redes de telefonia, TV a cabo e rede de dados. Na AV a infraestrutura está

assim disponível:

Quadro 4.7.3-1 – Situação dos Equipamentos Urbanos na AV.

Fonte: Levantamento de Campo eambiente.

Como visto na AV há toda infraestrutura básica típica de áreas urbanas. A

seguir são apresentadas algumas considerações específicas.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A rede de abastecimento de água implantada na AV tem condições de

atendimento do Empreendimento e serve o imóvel. Poderá ser necessário

reforços ou ampliação do sistema por meio de obras complementares para

viabilização do abastecimento pela rede pública, entretanto, caso isso

ocorra, as obras indicadas pela concessionária deverão ser suportadas pelo

empreendedor.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

A rede de esgotos possui condições de atendimento da coleta de todo

efluente sanitário produzido pelo empreendimento afastando-os com

destino para a Estação de Tratamento de Esgotos. Poderá ser necessário

reforços ou ampliação do sistema por meio de obras complementares para

viabilização do esgotamento sanitário pela rede pública, entretanto, caso

isso ocorra, as obras indicadas pela concessionária deverão ser suportadas

pelo empreendedor.

SANEAMENTO AMBIENTAL SITUAÇÃO

Abastecimento de Água Potável SIM

Esgotamento Sanitário SIM

Drenagem de Águas Pluviais SIM

Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares SIM

ENERGIA SITUAÇÃO

Abastecimento de Energia Elétrica SIM

Iluminção Pública SIM

Abastecimento de gás canalizado SIM

TELECOMUNICAÇÕES SITUAÇÃO

Telefonia SIM

TV a Cabo e rede de dados SIM

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

A rede de drenagem de águas pluviais possui sistema de guias, sarjetas, bocas

de lobos e galerias na AV. As águas coletadas são encaminhadas para o

sistema de macrodrenagem, composto por canais, córregos e rios.

RESÍDUOS SÓLIDOS

A Prefeitura presta os serviços de coleta e tratamento dos resíduos sólidos

urbanos e de varrição.

Os resíduos devem ser separados entre secos e úmidos. Os resíduos secos se

constituem naqueles que podem ser reciclados ou reaproveitados e os

úmidos correspondem àqueles de natureza orgânica e não passíveis de

reciclagem.

O tratamento dos resíduos é realizado com a disposição em aterro sanitário

localizado na cidade de Paulínia em aterro privado.

ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A rede de distribuição de energia elétrica tem condições de atendimento do

empreendimento e serve ao imóvel. Os reforços ou ampliação do sistema,

bem como obras complementares para viabilização da ligação ao imóvel,

com a capacidade de carga exigida serão suportadas pelo empreendedor,

junto à concessionária local.

REDE VIÁRIA E TRANSPORTES PÚBLICOS

Este componente não foi avaliado, pois o escopo do relatório não contempla

os aspectos de trânsito, sendo avaliado separadamente.

4.7.4.Referências Urbanas e Patrimônio Cultural

A presença mais marcante na AV que se constituem referencial urbano

significativo é a sede da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz.

Do ponto de vista da conservação ambiental, é importante observar área

com remanescente de vegetação às margens do córrego situado entre as

ruas Jasmim e Lauro Vanucci, bem como o Parque Portugal.

Não foram localizados na AV bens tombados pelo CONDEPHAAT - Conselho

de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueologico, Artístico e Turístico do

Estado de São Paulo ou pelo CONDEPACC – Conselho de Defesa do

Patrimônio Cultural de Campinas.

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4.7.5.Situação dos Equipamentos Comunitários na Vizinhança

A seguir são apresentados o Quadro 4.7.5-1 e a Figura 4.7.5-1 com a

identificação e localização dos principais equipamentos comunitários e

referenciais urbanos nos arredores do empreendimento.

Quadro 4.7.5-1 Equipamentos Comunitários e Referenciais Urbanos.

Fonte: Levantamento de Campo eambiente.

Nota: observar localização dos equipamentos conforme indicação no mapa da figura 4.7.5-1.

ID EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO

1 Unversidade Anahanguera

2 Escola Infantil Giz de Cera

3 Escola Fundamental Múltiplo

EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS

4 CEPROTAR - Centro Comunitário Jarim Prof. Tarsilla

EQUIPAMENTOS DE LAZER

5 Parque

6 Praça

7 Área Verde - Área de Preservação Permanente

REFERENCIAIS URBANOS

8 CPFL

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

4.7.6.Indicadores de Valor da Terra

Para apuração do valor da terra tomou-se como parâmetro o valor venal dos

imóveis envolvidos no projeto do empreendimento. Por esse parâmetro,

para a região o valor venal médio da terra é de R$ 738,94 o metro quadrado

em valores atuais para o ano de 2020.

4.7.7.Zoneamento e Disciplina de Uso do Solo na Vizinhança

O empreendimento encontra-se na Macrozona de Estruturação Urbana, na

ZM1 – Zona Mista 1 .

4.8.QUALIDADE AMBIENTAL DA PAISAGEM

A paisagem local é caracterizada pelo uso intensivo do solo para o exercício

de atividades urbanas. Tendo sido o ambiente natural original

completamente alterado pelos séculos de ocupação do território, com um

alto grau de degradação de seus elementos naturais. Não restando da

cobertura vegetal fragmentos significativos com vegetação contínua, apenas

alguns conjuntos de árvores isoladas e fragmentos menores, situados em

logradouros públicos e no interior de lotes ou parques.

Situada numa região de clima subtropical úmido, a AV possui regime de

ventos predominantes provenientes principalmente do quadrante ESE e

secundariamente de SE, o que influencia diretamente os deslocamentos de

ar e a dispersão da poluição atmosférica.

O relevo na AV é caracterizado por estar numa zona pertencente a um

sistema de colinas com vales entalhados a pouco entralhados, cujos terrenos

predominantemente são originários de rochas de origem ígnea.

Na AV se encontram 2 nascentes aparentes de cursos d’água, que guardam

alguma vegetação de proteção nas suas bordas, apesar do alto grau de

urbanização.

A AV está inserida numa região urbana sendo que os rios e córregos são

classificados como classe 2.

Como visto, a AV é resultado do processo de urbanização que priorizou uma

ocupação intensa, porém dotada de infraestrutura que procurou minimizar

seus efeitos. As vias são pavimentadas, dotadas de guias, sarjetas e bocas de

lobo, há redes canalizadas de água e esgotamento sanitário, além da

eletrificação, iluminação pública e telecomunicações. Neste sentido, os

problemas de ordem geotécnica são mínimos, sendo os processos erosivos e

de degradação do solo minimizados pelo alto grau de impermeabilização da

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DIAGNÓSTICO

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04

superfície. Por outro lado, essa situação contribui fortemente para os

processos hídricos diminuindo o tempo de concentração nos pontos mais

baixos das vertentes.

O ambiente sonoro na paisagem é característico de zonas mistas, com

influência do ruído proveniente do tráfego de veículos.

Na AV há opções de equipamentos de educação, comunitário e de lazer. Não

foi identificada a presença de equipamentos de saúde.

Por outro lado, a estrutura urbana existente facilita a distribuição

populacional e reforça o interesse comercial do empreendimento, bem como

a busca por equipamentos em outras regiões da cidade.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

5. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE

VIZINHANÇA

Neste capítulo é realizada a análise dos impactos na vizinhança com o

prognóstico da qualidade ambiental resultante com a implantação do

empreendimento em relação à qualidade ambiental da paisagem atual, sem

sua presença.

Como balizador desse processo é tomado como princípio geral questões

impositivas para o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV,

estabelecidas pelo Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257, de 10 de julho de

2001, art. 37:

I – Adensamento populacional;

II – Equipamentos urbanos e comunitários;

III – Uso e ocupação do solo;

IV – Valorização imobiliária;

V – Geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI – Ventilação e iluminação;

VII – Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

O conjunto de questões acima indicado propõe um conteúdo mínimo para

avaliação dos aspectos ambientais do empreendimento pelo EIV e seu

escopo pode ser complementado pelo Município, por meio de legislação que

regulamente o emprego deste instrumento da política urbana no âmbito

local. A equipe de avaliação pode também agregar a análise de outras

questões que julgar pertinentes, sendo que neste caso, a abordagem pode

ser decorrente do processo de avaliação ou facultativa.

A previsão do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança no Município de

Campinas está contida no Plano Diretor – Lei Complementar nº 189-2018 e

na Lei de Parcelamento e Uso do Solo – Lei Complementar nº 208-2018 (Art.

162 a 170), tendo sido regulamentada pelo 20.633-2019. Prevê a avaliação

dos seguintes elementos, componentes ou fatores:

I – Adensamento populacional;

II- Demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e

O EIV pelo

Estatuto da

Cidade

Critérios para

Avaliação dos

impactos

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

comunitárias;

III – Alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;

IV – Efeitos da valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;

V – Geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações

nos sistemas de transporte coletivo;

VI – Efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções

urbanísticas propostas em sua relação com as vias e logradouros públicos,

sobre a ventilação, iluminação, paisagem urbana, segurança, recursos

naturais e patrimônios históricos e culturais da vizinhança;

VII – Presença de risco à segurança pública;

VIII – Incomodidade decorrente de emissão de ruídos, vibração, odores e

particulados.

Considerando esses pontos procede-se a avaliação dos impactos na

vizinhança, partindo-se de considerações gerais sobre a paisagem que será

afetada e o critério para avaliação dos impactos.

O empreendimento está localizado numa zona urbana consolidada com

infraestrutura implantada. Portanto, a vizinhança pode ser caracterizada

como Ambiente de Uso Antrópico Intensivo, no qual se pressupõe, de

antemão, que quanto maior o grau de antropização, menor a vulnerabilidade

dos componentes naturais originais. Isso se deve ao alto nível de degradação

dos elementos naturais, muitas vezes já ausentes e/ou em situação

irreversível de reabilitação.

O histórico de uso e ocupação local demonstra que houve priorização dos

elementos artificiais, ou seja, oriundos do processo de antropização,

característicos do Meio Ambiente Urbano. A tipificação do ambiente local,

ou seja, meio de uso antrópico intensivo, permite afirmar que este é o meio

mais propício para geração de sobrecarga, baseado geralmente em modelos

geradores de impactos e degradação.

Para caracterizar a sobrecarga que o empreendimento provoca ou pode

provocar sobre o meio ambiente urbano, resta identificar seus aspectos

ambientais, entendidos como sendo os elementos de atividades e serviços

desenvolvidos na área diretamente afetada, que podem interferir com o

meio ambiente. Esses aspectos ambientais podem ser caracterizados a partir

da alteração potencial sobre o meio ambiente, desencadeadas por atividades

que causem: a) geração de emissões atmosféricas, ruídos, efluentes líquidos

Critérios para

Avaliação dos

impactos

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

e resíduos; b) supressão de elementos do meio, supressão de vegetação,

entre outros e c) adição de elementos no meio, como na edificação e

impermeabilização de terrenos.

A seguir é realizada a avaliação de impactos, com a verificação das questões

ambientais propostas para o estudo e a descrição da situação futura.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

5.1.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO AO CLIMA

Neste item são descritas as alterações quanto ao microclima, em especial

relacionadas ao comportamento do sombreamento causado pela futura

edificação e a redistribuição dos ventos junto ao solo. Como já visto o

empreendimento é composto por edificações de baixa altura num ambiente

com edificações vizinhas próximas com gabarito restrito a poucos

pavimentos. O empreendimento é composto por 2 prédios térreos e 1 com

2 pavimentos, além de subsolo e, guarda afastamentos de edificações

vizinhas próximas.

Neste contexto não se identificou impactos negativos significativos com a

implantação do empreendimento. Como este fator está relacionado ao

mosaico de superfícies construídas e de elementos naturais, aponta-se para

um impacto negativo mínimo no microclima considerando a baixíssima

contribuição para alteração da situação atual, uma vez que o imóvel já se

encontra sem vegetação, independentemente da implantação do

empreendimento.

Os fatores ambientais mais afetados neste aspecto são a temperatura e

umidade relativa do ar, mas como a rua Jorge de Figueiredo Correa possui

arborização urbana defronte a CPFL forma uma área vegetada, capaz de

minimizar esse efeito que tende a ser ainda menor.

A presença da nova edificação proporcionará uma pequena modificação de

pressões atmosféricas, com possibilidade de ligeiro aumento na velocidade

do vento na ADA e vizinhança imediata (AID). Não há medidas indicadas, já

que as alterações serão imperceptíveis.

5.1.1.Insolação e Sombreamento

Para avaliar o impacto de sombreamento que o empreendimento vai causar

na vizinhança, descartou-se os estudos de projeção de sombras em razão da

baixa altura das edificações e dos vazios entre os edifícios projetados e as

edificações já existentes na vizinhança.

As edificações projetadas não possuem altura para causar um sombreamento

significativamente extenso que venha alcançar áreas de interesse

socioambiental.

5.1.2.Ventilação

As paredes dos edifícios que estejam expostas à ação direta dos ventos estão

sujeitas a pressões positivas, enquanto as paredes posteriores e a cobertura

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

do prédio estão sujeitas a pressões negativas. A distribuição das pressões

sobre o edifício depende da direção dos ventos com relação ao edifício, do

fato de estar exposto ou protegido de correntes de ar, da velocidade do

vento e do ângulo de incidência. Aqui, serão consideradas as duas primeiras

citações, pois não se pretende avaliar a condição de conforto do edifício, mas

as alterações provocadas pela sua implantação.

O posicionamento do edifício está exposto aos ventos dominantes em sua

parte frontal (R. Jorge FC). Os recuos formados entre as edificações

favorecem a penetração dos ventos, garantido boa ventilação do conjunto e

dos seus arredores. O prédio a CPFL se constitui num obstáculo significativo

na vizinhança e tende a proteger o empreendimento dos ventos mais

intensos.

Entretanto, as alterações nas zonas de alta e baixa pressão contribuem para

o favorecimento da redistribuição da circulação de ar com aumento local na

velocidade dos ventos, que tendem retornar ao seu estado original.

5.2.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À SITUAÇÃO DO AR E

AMBIENTE SONORO

Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar

na qualidade do ar e no ambiente sonoro. Como visto nos capítulos

anteriores não está especificado uso de combustíveis na operação, apenas a

previsão de ligação à rede de Gás Natural. Na obra serão utilizados óleo

diesel e GLP em máquinas e equipamentos com geração de ruídos e no apoio

ao canteiro. O resultado da avaliação identificou a possibilidade dos efeitos:

a) Incremento na emissão de material particulado no ar pela dispersão de

material pulverulento, durante as obras;

b) Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de

combustíveis fósseis por equipamentos e veículos, durante as obras;

c) Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de

combustíveis fósseis (gás) por equipamentos, na operação;

d) Incremento na geração de ruído na vizinhança, durante as obras;

Todos os impactos foram considerados pouco significativos ou irrelevantes,

uma vez que não possuem capacidade de alterar a qualidade do ar

isoladamente.

Quanto à geração de ruídos, as medidas preconizadas mitigam ou controlam

com eficiência os efeitos adversos, quando necessário, sendo que as

implicações mais intensas são durante as obras e possuem caráter

temporário e são plenamente reversíveis após o término da construção.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

5.2.1.Qualidade do Ar

As atividades geradoras de emissões atmosféricas ocorrem na obra. As

emissões são provenientes do manejo de material pulverulento, como areia,

e na queima de combustível fóssil, como óleo diesel, utilizado em

equipamentos e veículos e GLP como apoio no canteiro e obras, para alguns

serviços ou no aquecimento e alimentos. Para minimizar a dispersão de

material pulverulento indica-se o cuidado na armazenagem de areia,

cimento e argamassas semiprontas. O cimento e as argamassas devem ser

mantidos em suas embalagens em local coberto. Já a areia deve ser

armazenada em pilhas recobertas por lona ou outra forma de proteção

contra as ações da chuva e vento.

Para minimizar a emissão de material particulado pelo uso de equipamentos

e veículos movidos a diesel, indica-se adoção de um rígido controle de

manutenção para evitar a emissão de fumaça preta, pois desta forma o

empreendedor estaria contribuindo para emissão de gases dentro das

normas admitidas pelo PROCONVE, do IBAMA. É nesse período que ocorre

também a maior concentração de emissões de material pulverulento pelo

manejo de resíduos. Neste sentido, para minimizar a dispersão dos materiais

mais finos, é recomendada a cobertura e umectação dos materiais a serem

transportados, diminuindo a possibilidade de dispersão pelo vento.

Já o uso do GLP para queima na utilização de equipamentos de cozinha na

obra possui um caráter positivo, pois dentre todos os combustíveis, ao lado

do gás natural, são considerados menos poluentes.

Na fase de operação ocorrem emissões atmosféricas de caráter difuso e

frequência de emissão irregular, pois são provenientes do uso de

equipamentos movidos a Gás Natural normalmente encontrados em

qualquer estabelecimento ou na residência das pessoas para a cocção de

alimentos.

É importante destacar que todas as emissões atmosféricas durante as obras

não possuem capacidade de alterar a qualidade do ar e são temporárias e

plenamente reversíveis. Durante a obra e a operação, devido ao baixo

impacto do GLP e o Gás Natural, seus usos já é uma medida positiva. Já a

queima de óleo diesel, apesar de ter uma capacidade maior de poluição, em

função da baixa frequência de utilização, não se torna um problema para a

vizinhança, uma vez que os dispositivos possuem equipamentos e formas de

controle para dispersão das emissões.

Portanto, apesar das emissões atmosféricas previstas não possuírem

intensidade capazes de alterar a qualidade do ar, as medidas recomendadas

Escala de

Ringelmann

Reduzida

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

visam diminuir eventuais incômodos na vizinhança. Quanto ao ambiente de

trabalho, recomenda-se o uso de EPIs.

5.2.2. Qualidade do Ambiente Sonoro

As atividades geradoras de pressão sonora durante a obra são provenientes

do uso de equipamentos ruidosos, tais como escavadeiras, serras, etc. Como

em muitos momentos o enclausuramento da fonte não é possível, admite-se

que ocorra níveis de ruído na comunidade próximos até 90 dB(A) em alguns

momentos. Para que a obra transcorra com o menor impacto na vizinhança,

a melhor medida e cuidado neste fator é limitar o uso desses equipamentos

durante o horário diurno, quando o ruído de fundo é mais elevado e o

impacto da propagação do ruído causa menor incômodo.

Apesar da possibilidade de haver a elevação dos níveis de ruído na

vizinhança, este ocorrerá preponderantemente no período diurno e é

temporário, sendo totalmente reversível.

Portanto, apesar dos ruídos previstos possuírem intensidade para alterar o

ambiente sonoro na fase de obras, as recomendações visam diminuir

eventuais incômodos na vizinhança. Quanto ao ambiente de trabalho,

recomenda-se o uso de EPIs.

5.3.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À PAISAGEM, PATRIMÔNIO

NATURAL E CULTURAL E O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar

na paisagem, entendida como um conjunto de elementos naturais e culturais

que formam uma composição momentânea das áreas de estuo e influência

analisadas. São descritos componentes e fatores relacionados ao solo

(geomorfologia, geotecnia e qualidade), recursos hídricos (superficiais e

subterrâneos), vegetação e fauna, uso do solo, bens naturais protegidos e

bens culturais de interesse. O resultado da avaliação identificou a

possibilidade dos seguintes impactos:

a) Comprometimento de volume em local de aterro para receber o solo

escavado e os resíduos da construção;

b) Comprometimento de recursos naturais minerais e madeira para

construção civil;

c) Alteração do relevo (perfil do terreno);

d) Possibilidade de alteração da vertente de equilíbrio com início de

processos erosivos e possibilidade de alteração da qualidade das águas

superficiais pela concentração de sólidos em suspensão decorrentes de

atividades no canteiro de obra;

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

e) Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais

e subterrâneas pelo potencial de contaminação de atividades

desenvolvidas na obra e geração de resíduos da construção;

f) Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais

e subterrâneas pelo potencial de contaminação do manejo de resíduos

sólidos urbanos, esgotos e armazenamento de combustível líquido;

g) Alteração na quantidade de infiltração das águas pluviais no solo;

h) Alteração de volume e velocidade de escoamento das águas pluviais;

i) Alteração na qualidade da paisagem, considerando seus elementos

naturais e artificiais.

O comprometimento de áreas de bota-fora e de locais de jazida mineral e

extração de madeira irão ocorrer fora dos limites da Área de Vizinhança – AV,

mas dentro dos limites da Área Municipal – AM para bota-fora e fora a AM

quanto às jazidas de insumos. O gerenciamento na geração e destinação dos

resíduos, bem como cuidados na aquisição dos materiais contribuem para

minimizar os efeitos negativos dessa demanda.

Os demais impactos ocorrerão dentro dos limites da AV. Sendo que as

medidas recomendadas, relacionadas a seguir, compensam, mitigam,

controlam ou potencializam positivamente seus efeitos satisfatoriamente.

5.3.1.Componentes Geotécnicos

O projeto do empreendimento previu a escavação do solo para acomodação

do empreendimento. Com a terraplenagem é removido um volume pequeno

de solo. Portanto, há uma alteração pouco importante no perfil natural do

terreno, cuja percepção foi modificada conforme cota de implantação do

pavimento subsolo e áreas de acesso. Este impacto possui caráter irreversível

e permanente. Recomenda-se como medida de controle, documentar o

processo de implantação das contenções e drenagens.

No imóvel não foi identificada presença de processos erosivos relevantes ou

outros problemas de ordem geotécnica. Com as medidas de projeto não se

espera alterações significativas neste contexto. Os riscos de erosão, de

transporte de material particulado e assoreamento dos cursos d’água estão

associados exclusivamente à fase de obra. Entretanto, serão temporários e

completamente reversíveis, caso ocorram. Recomenda-se para este impacto

como controle ambiental, adoção de caixa para retenção de sedimentos no

caminho da drenagem provisória da obra.

Com a remoção de solo e a geração de resíduos durante o processo de

construção do empreendimento, haverá comprometimento de volume

correspondente em local de bota-fora. Para minimizar esse impacto

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

recomenda-se a elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil - PGRCC, como medida visando evitar ou

diminuir a geração de resíduos e promover o manejo e a destinação

sustentável. É importante salientar que esse comprometimento ocorrerá

fora da AV, tendo em vista a falta de opções de locais legalmente autorizados

na localidade para receber, tanto o solo, como os demais resíduos.

Para a construção do empreendimento haverá, ainda, a demanda por

recursos naturais como areia, pedra e madeira. O comprometimento de

jazidas ou áreas de reflorestamento ou florestas ocorrerá além da vizinhança

do imóvel. Como medida para minimizar os impactos indica-se controle na

compra desses materiais, procurando rastrear suas origens, adquirindo os

produtos de empresas legalmente licenciadas.

Desta forma, entende-se que a sobrecarga imposta pelo empreendimento

quanto a este componente da paisagem, está devidamente mitigado, com

métodos de controle que diminuem os efeitos adversos na vizinhança e no

próprio imóvel, bem como nos locais de origem de recursos naturais e locais

de destino de bota-fora.

5.3.2.Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas e Superficiais

A possibilidade de alteração da qualidade do solo e das águas superficiais e

subterrâneas com a contaminação por agentes tóxicos presentes em

atividades da obra que guardam algum potencial de contaminação é de

ocorrência incerta, pois se forem tomadas as medidas preconizadas pode ser

totalmente evitado. Este risco está associado a atividades como a geração de

efluentes sanitários, o manejo de resíduos sólidos, a manutenção de

máquinas e equipamentos e a exposição de recursos ambientais a agentes

contaminantes. Neste fator são recomendadas as seguintes medidas:

- Ligação provisória de esgotamento sanitário para a obra junto à

concessionária local;

- Elaboração e implantação do PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos

da Construção Civil;

- Segregação dos resíduos sólidos urbanos conforme sua classe e destinação

para coleta pública e empresas de reciclagem.

5.3.3.Áreas Permeáveis, Drenagem, Vegetação e Fauna

O empreendimento diminuirá a impermeabilização do solo com a respectiva

diminuição no volume de contribuição e na velocidade de escoamento das

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águas de chuva e irá aumentar a quantidade de águas pluviais que

naturalmente infiltrarão no terreno, uma vez que a ocupação anterior por

um estacionamento mantinha o terreno 100% impermeabilizado. Está

prevista impermeabilização do solo numa taxa de 86,17%, conforme projeto.

Contudo, para potencializar os impactos na rede de drenagem, referente à

área que será mantida impermeável, está prevista a detenção provisória de

águas pluviais com o intuito de diminuir a contribuição do imóvel no pico da

chuva. A retenção de águas pluviais pela primeira hora de chuva, antes da

liberação das águas pelo empreendimento, contribui para o retardamento

do escoamento ao ponto de concentração, permitindo-se um menor impacto

nas situações de cheia e inundações na sub bacia em que se localiza.

Para implantação do empreendimento não haverá supressões de vegetação

arbórea ou contínua.

5.3.4.Uso e Ocupação do solo

O empreendimento projetado possui uso não residencial em prédio de

médio porte e baixa altura que irá alterar o uso do solo atual do imóvel. A

propriedade está atualmente sem uso urbano, tendo sido ocupada

anteriormente por estacionamento.

Seus efeitos na AV são praticamente irrelevantes no sentido de alterar o uso

do solo, pois a maioria dos imóveis lindeiros já possuem utilização

consolidada, com baixo potencial de alteração de suas tipologias em função

das características dos lotes e das edificações em uso. Sendo baixa a

possibilidade de o empreendimento promover uma indução de alteração de

uso, apesar de seu porte.

Portanto, entende-se que o empreendimento não possui capacidade de

induzir uma modificação no uso do solo na vizinhança.

5.3.5.Paisagem Urbana e Bens Naturais e Culturais

O empreendimento propõe edificação com altura máxima que não infringe

regras edilícias e estão em acordo com o que é encontrado na região, não

causando qualquer interferência no campo visual de bens tombados,

referenciais urbanos ou bens ou equipamentos de interesse cultural. Não irá

causar qualquer interferência negativa ao patrimônio seja material ou

imaterial.

Além disso, antes do empreendimento o terreno estava totalmente isolado

do seu entorno. Desta forma, entende-se que irá promover melhoria na

composição da paisagem, incorporando na vizinhança elementos

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

construtivos que impactarão positivamente na relação sensorial e semiótica

na vizinhança e corresponde aos intuitos do Plano Diretor dando plena

função social a propriedade.

Complementarmente há de se destacar que para o desenvolvimento do

projeto não haverá interferência com área de preservação permanente APP

ou qualquer outro tipo de área protegida.

5.4.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À INFRAESTRUTURA URBANA

Neste item são descritas as alterações quanto à demanda e infraestrutura

dos equipamentos urbanos de energia, em especial relacionadas ao

fornecimento de energia elétrica, gás e óleo diesel; telecomunicações; e

saneamento ambiental. O resultado da avaliação identificou os seguintes

efeitos:

a)Incremento na demanda de energia elétrica;

b)Incremento na demanda por telecomunicações;

c)Incremento na demanda de Gás Natural;

d)Incremento na demanda de abastecimento de água;

e) Incremento da sobrecarga na rede de esgotamento sanitário;

f)Atenuação da sobrecarga na rede de drenagem urbana;

g)Incremento na demanda por coleta pública de resíduos sólidos;

Para potencializar os efeitos na drenagem urbana é adotada a instalação de

reservatório de retenção. Para minimizar os impactos da geração de resíduos

sólidos é indicada a separação dos resíduos conforme sua classe e destinação

sustentável dos recicláveis e encaminhamento dos resíduos orgânicos para

aterro sanitário.

A maioria dos impactos é neutralizada, uma vez que as concessionárias

possuem capacidade instalada para atender o empreendimento, bastando,

em alguns casos, eventuais adaptações de rede que podem ser arcadas pela

concessionária ou pelo empreendedor conforme o interesse econômico de

cada situação.

5.4.1.Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Energia e

Telecomunicações

A AV do empreendimento é dotada de infraestrutura adequada para o

atendimento de energia elétrica e de telecomunicações. Além disso, está

inserida numa região com quantidade satisfatória de distribuidores de

combustíveis.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

O empreendedor deverá realizar contatos com as concessionárias para

viabilização do atendimento, conforme especificações técnicas

normatizadas. Desta forma, o empreendedor deverá promover as obras

internas indicadas pelas concessionárias para viabilizar o acesso junto a cada

operador de rede, além de viabilizar junto a cada concessionária as extensões

ou adaptações de redes necessárias. Tais medidas são comumente usuais

neste tipo de projeto e obra.

5.4.2.Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Saneamento

Ambiental

A região do empreendimento é dotada de infraestrutura completa, com a

prestação dos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, drenagem de águas pluviais, e coleta de resíduos sólidos urbanos.

Suas respectivas redes estão dimensionadas para uma situação de zona de

uso misto. Para a rede de drenagem há condição de atendimento pela

situação atual, uma vez que o empreendimento irá promover medidas que

atenuarão o incremento na contribuição de águas pluviais para o sistema. O

empreendimento será dotado com reservatório de detenção de águas

pluviais. Para a coleta de resíduos sólidos regular na região é indicada a

separação entre recicláveis e orgânicos.

Desta forma, o empreendedor deverá promover as obras necessárias quanto

à retenção das águas pluviais, manter abrigo de resíduos compatível aos

volumes gerados e atender demais exigências das concessionárias locais para

viabilizar o atendimento do abastecimento de água potável e o esgotamento

sanitário pelas respectivas redes públicas de água e esgoto.

5.5.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À ECONOMIA E

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar

na área econômica. O resultado da avaliação identificou a possibilidade dos

seguintes impactos:

a) Incremento na geração de empregos temporários e permanentes;

b) Incremento na arrecadação do IPTU – Imposto Predial e Territorial

Urbano e ISS – Imposto sobre Serviços, ambos provenientes da área a

ser construída no imóvel;

c) Valorização restrita do imóvel, sem alteração do valor da terra.

Quanto aos efeitos na economia pode-se afirmar que só haverá impactos

positivos, sendo recomendado ao empreendedor que adote medidas que

potencialize esses benefícios como a contratação de operários e demais

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

funcionários que residam preferencialmente na cidade.

5.5.1.Finanças Municipais

A modificação estrutural do imóvel com a tipologia adotada propõe um

aumento da área construída, o que favorece a arrecadação do IPTU –

Imposto Territorial e Predial Urbano e do ISS – Imposto sobre Serviços, pois

o aumento da área construída refletirá positivamente nos valores devidos,

mesmo que não haja majoração do valor venal por metro quadrado de área

construída. Desta forma, o Município poderá arrecadar mais impostos de

modo a contribuir com novos investimentos na cidade.

5.5.2.Valorização Imobiliária

A valorização imobiliária no caso apresentado está diretamente relacionada

à ampliação da área construída, uma vez que o imóvel estava com

subutilização (estacionamento). A nova construção possui padrão de

ocupação semelhante aos prédios comerciais que já ocorrem na AV e não

possui condições de alterar os padrões de ocupação da região em que está

inserido, não havendo neste sentido, alterações no valor da terra, seja

positiva ou negativamente.

5.6.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À QUALIDADE DE VIDA E

ADENSAMENTO POPULACIONAL

Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar

quanto aos fatores populacionais e demográficos na área de vizinhança.

O resultado da avaliação não identificou possibilidade de impactos diretos e

significativos na AV, uma vez que se trata de empreendimento não

residencial. Como não haverá população residente não alterará o balanço

demográfico da região. No mesmo sentido, não irá impactar as redes de

serviços públicos de educação e de saúde na AV. Portanto não há indicação

de medidas.

5.6.1.Adensamento e Fatores Populacionais

Campinas é um município de grande porte em termos populacionais com

uma densidade demográfica acima dos padrões encontrados na RM de

Campinas.

O incremento populacional que o estabelecimento proporcionará não

causará impacto nas taxas de densidade demográfica, pois não há previsão

de residência no local. Tampouco alterará os aspectos relacionados à faixa

etária, renda ou de distribuição de gênero.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

Não se espera atração de população ou de atividades nos arredores

especificamente pela empesa, pois se trata de um empreendimento com

outros similares na AV em região urbana consolidada.

5.6.2.Qualidade de Vida

Como visto, com o novo estabelecimento não se espera demanda por

equipamentos comunitários.

Por outro lado, o empreendimento dispõe de alguns pontos de livre

circulação, que podem proporcionar a possibilidade de algum convívio social

entre colaboradores e usuários, dependendo das atividades a serem

desenvolvidas pelos futuros locatários.

5.7.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO AO TRÁFEGO E DEMANDA

POR TRANSPORTE PÚBLICO

Os fatores relativos à circulação e transporte não fizeram parte do escopo

contratado para elaboração deste relatório, sendo apresentado

separadamente como anexo.

5.8.COMPATIBILIDADE À LEGISLAÇÃO URBANISTICA

Para análise objetiva deste componente, limita-se a verificação conforme

declarado no projeto em relação aos índices da legislação aplicável.

O empreendimento encontra-se de acordo com o zoneamento, atendendo,

a princípio, as normas urbanísticas e edilícias para o local e em consonância

com as premissas de uso e ocupação da área. É importante ressaltar que esta

avaliação quanto às normas municipais, não substitui a análise do projeto e

a deliberação por sua aprovação, a ser procedida pela Prefeitura, e, pode

conter interpretações divergentes da conclusão oficial.

5.9.SÍNTESE

A seguir é apresentado quadro relacionando os impactos identificados, a

classificação segundo sua natureza e as medidas indicadas para compensá-

los, mitigá-los, controlá-los ou potencializá-los.

A definição de medidas de mitigação de impacto no trânsito não fez parte do

escopo deste relatório, tendo sido apresentadas separadamente.

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

IDENTIFICAÇÃO DO IMPACTO NATUREZA MEDIDA RECOMENDADA

1 Alteração do microclima – umidade e temperatura NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante

2 Alteração do microclima - elevação da velocidade dos ventos

NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante

3 Incremento na emissão de material particulado e pulverulento na fase de obras

NEGATIVA

Armazenar cimento e argamassas semiprontas em suas embalagens e locais cobertos

Armazenar areia em pilhas recobertas por lona

Realizar manutenção de veículos e equipamentos

Promover a cobertura e umectação de resíduos e solo

Usar EPIs adequados

4 Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de combustíveis fósseis (gás) por equipamentos, na operação

NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante

5 Incremento na geração de ruído na vizinhança durante as obras

NEGATIVA Controlar o horário de funcionamento da obra

Usar EPIs adequados

6 Comprometimento de volume em local de aterro para receber solo e resíduos da construção

NEGATIVA Elaborar e implantar PGRCC

7 Comprometimento de recursos naturais minerais e madeira para construção civil

NEGATIVA Controlar a compra de materiais e rastrear suas origens

8 Alteração do relevo (perfil do terreno) NEGATIVA Documentar o processo de contenção e drenagem

9

Possibilidade de alteração da vertente de equilíbrio com início de processos erosivos e possibilidade de alteração da qualidade das águas superficiais pela concentração de sólidos em suspensão decorrentes de atividades no canteiro de obra

NEGATIVA Implantar caixa para retenção de sedimentos no caminho da drenagem provisória da obra

10

Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo potencial de contaminação de atividades desenvolvidas na obra e geração de resíduos da construção

NEGATIVA

Elaborar e implantar PGRCC.

Providenciar ligação de esgotamento sanitário provisório no canteiro de obras

Usar EPIs adequados

11

Possibilidade de alteração qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo potencial de contaminação do manejo de resíduos sólidos urbanos

NEGATIVA

Segregar os resíduos sólidos urbanos na fase de operação entre recicláveis e orgânicos

Usar EPIs adequados para os trabalhadores do condomínio

12 Aumento na quantidade de infiltração das águas pluviais no solo

POSITIVA

Implantar área permeável e implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.

13 Atenuação de volume e velocidade de escoamento das águas pluviais

POSITIVA

Implantar área permeável e implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.

14 Alteração na qualidade da paisagem, considerando seus elementos naturais e artificiais

POSITIVA Não há medidas recomendadas. As soluções de projeto foram consideradas adequadas.

15 Incremento na demanda de energia elétrica NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária

16 Incremento na demanda por telecomunicações NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária

17 Incremento na demanda de gás (GN) NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária

18 Incremento na demanda de abastecimento de água NEGATIVA Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações na rede pública para viabilizar o atendimento pela concessionária local

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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05

IDENTIFICAÇÃO DO IMPACTO NATUREZA MEDIDA RECOMENDADA

19 Incremento na sobrecarga da rede de esgotamento sanitário

NEGATIVA Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações na rede pública para viabilizar o atendimento pela concessionária local

20

Atenuação da sobrecarga na rede de drenagem urbana

POSITIVA Implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.

21 Incremento na demanda por coleta pública de resíduos sólidos

NEGATIVA Manter abrigo de resíduos compatível aos volumes gerados de resíduos sólidos

22 Incremento na geração de empregos temporários e permanentes

POSITIVA Contratar mão de obra preferencialmente residente no Município

23 Incremento na arrecadação do IPTU e ISS proveniente da área a ser construída no imóvel

POSITIVA Não há medidas

24 Valorização restrita do imóvel POSITIVA Não há medidas

25 Possibilidade de alteração do valor da terra na vizinhança

NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante

Quadro 5.9-1 – Síntese dos Impactos identificados e Medidas Recomendadas

Nota: não estão incluídas as medidas indicadas no RIT.

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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06

6. MEDIDAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

A seguir são apresentadas as medidas recomendadas organizadas por

programas de gestão conforme a fase de desenvolvimento do

empreendimento.

PROGRAMA DE GESTÃO E CONTROLE AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO

1 Armazenar cimento e argamassas semiprontas em suas embalagens originais em locais cobertos sobre paletes.

2 Armazenar areia em pilhas recobertas por lona ou outra forma de proteção contra as ações da chuva e do vento, de modo a minimizar a dispersão de material particulado na rede de drenagem e no ar

3 Realizar manutenção de veículos e equipamentos com controle e verificação para evitar a emissão de fumaça preta, em atendimento a legislação aplicável, utilizando escala de ringelmann reduzida - (CETESB)

4 Promover a cobertura e Umectação dos resíduos para seu transporte com objetivo de minimizar a dispersão atmosférica de material pulverulento na atmosfera

5

Usar EPI - Equipamentos de proteção Individual adequados para os trabalhadores da obra, com acompanhamento dos programas de saúde e segurança no trabalho, visando eliminar ou diminuir o perigo e o risco ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação das normas de segurança, incluindo no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva

6 Controlar o horário de funcionamento da obra, de modo a minimizar possível perturbações na vizinhança

7 Documentar o processo de contenção e drenagem, demonstrando os cuidados com a estabilidade do terreno e aplicação das boas técnicas de engenharia para evitar efeitos na vizinhança

8 Implantar caixa para retenção de sedimentos no caminho da drenagem provisória da obra, a fim de evitar o carreamento de materiais e sedimentos para a rede de drenagem

9 Elaborar e implantar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCC, como medida para evitar ou diminuir a geração de resíduos e promover o manejo e a destinação sustentável

10 Providenciar ligação de abastecimento de água e esgotamento sanitário provisórios no canteiro de obras

11 Controlar a compra de materiais e rastrear suas origens, adquirindo os produtos de empresas legalmente licenciadas

12 Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pelas concessionárias

13 Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações da rede para viabilizar o atendimento pela concessionária local de água e esgotos

14 Contratar mão de obra preferencialmente residente no Município

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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06

PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL

15 Segregar os resíduos sólidos urbanos na fase de operação entre recicláveis e orgânicos e encaminhá-los para reciclagem e aterro sanitário.

16 Manter abrigo de resíduos compatível aos volumes gerados.

17 Implantar área permeável e implantar e operar sistema de detenção provisória de águas pluviais com o intuito de diminuir a contribuição no pico da chuva e escoá-las após primeira hora de precipitação, de modo a retardar o ponto de concentração

18

Usar EPI - Equipamentos de proteção Individual adequados para os trabalhadores do condomínio, com acompanhamento dos programas de saúde e segurança no trabalho, visando eliminar ou diminuir o perigo e o risco ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação das normas de segurança, incluindo no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, bem como as atitudes recomendadas para serviços a serem executados no manejo de resíduos na operações relacionada ao grupo moto gerador.

PROGRAMA DE INSERÇÃO VIÁRIA DO EMPREENDIMENTO NA VIZINHANÇA

Implantar medidas mitigadoras previstas no RIT

Quadro 6-1 – Síntese das Medidas Recomendadas.

A seguir é apresentada a Matriz Geral de Impactos nos termos do Decreto 20.633-2019.

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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06

ITENS

ASPECTOS ANALISADOS

IMPACTO JUSTIFICATIVA

MEDIDAS MITIGADORAS

FORMA DE MONITORAMENTO

CONFORME ART. 58 DESTE DECRETO

NEUTRO BAIXO MÉDIO ELEVADO

ADENSAMENTO POPULACIONAL

Nº HABITAÇÕES: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

POPULAÇÃO PREVISTA: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

PROJEÇÃO DE INCREMENTO: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

QUALIDADE DE VIDA DOS MORADORES ATUAL E FUTURA:

X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

CONDIÇÕES DE DESLOCAMENTO, ACESSIBILIDADE

CAMINHABILIDADE: X NÍVEL DE SERVIÇO IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ

ACESSIBILIDADE: X FALTA DE RAMPAS IMPLANTAR RAMPAS EXECUÇÃO DE OBRA

SEGURANÇA DOS PEDESTRES: X AUMENTA TRAVESSIA IMPLNTAR TRAVESSIAS EXECUÇÃO DE OBRA

QUALIDADE URBANÍSTICA E AMBIENTAL E SUAS ALTERAÇÕES

X NATUREZA POSITIVA. EFEITOS DA

URBANIZAÇÃO.

NÃO HÁ NÃO HÁ

DEMANDA POR SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTES COLETIVOS

AUMENTO DO TRÁFEGO: X BAIXO TRÁFEGO GERADO IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ

CAPACIDADE DAS VIAS DE ACESSO:

X NÍVEL DE SERVIÇO BOM NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ

DEMANDA DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO:

X BOA REDE IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ

POLOS GERADORES DE TRÁFEGO

RELAÇÃO COM O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO INSTALADO:

X COMPATÍVEL NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ

GERAÇÃO E A INTENSIFICAÇÃO: X COMPATÍVEL NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ

VALORIZAÇÃO OU DESVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DECORRENTE DA ATIVIDADE

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA: X IMPACTO POSITIVO. VALORIZAÇÃO DO

IMÓVEL EM DECORRÊNCIA DO INVESTIMENTO

NÃO HÁ NÃO HÁ

EXPULSÃO DEVIDO A VALORIZAÇÃO:

X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

DESVALORIZAÇÃO: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EXPULSÃO DEVIDO A VALORIZAÇÃO:

X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

PROJEÇÃO DO VALOR IMOBILIÁRIO A PARTIR DA DEFINIÇÃO DO EMPREENDIMENTO:

X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06

ITENS

ASPECTOS ANALISADOS

IMPACTO

JUSTIFICATIVA

MEDIDAS MITIGADORAS

FORMA DE MONITORAMENTO

CONFORME ART. 58 DESTE DECRETO NEUTRO BAIXO MÉDIO ELEVADO

POTENCIALIDADE DE INCÔMODOS

RUÍDOS:

X IMPACTO NEGATIVO TEMPORÁRIO COM

EQUIPAMENTOS AO AR LIVRE LIMITAÇÃO DO HORÁRIO DE

FUNCIONAMENTO DO CANTEIRO REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA

ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO

VIBRAÇÕES: X IMPACTO NEGATIVO TEMPORÁRIO COM

EQUIPAMENTOS DE FUNDAÇÃO LIMITAÇÃO DO HORÁRIO DE

FUNCIONAMENTO DO CANTEIRO REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA

ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO

ODORES (GASES, FUMAÇAS): X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

PARTICULADOS: X MANUSEIO DE MATERIAL

PULVEROLENTO COMO SOLO E AREIA E RESÍDUOS

UMECTAÇÃO DOS RESÍDUOS REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA

ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO

RESÍDUOS SÓLIDOS: X AUMENTO NA GERAÇÃO IMPLANTAR SEPARAÇÃO PARA

RECICLAGEM E IMPLANTAR ABRIGO COMPATÍVEL COM OS RESÍDUOS.

EXECUÇÃO DO ABRIGO

EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS

EQUIPAMENTOS DE SAÚDE: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL:

X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA:

X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EQUIPAMENTOS DE LAZER: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

EQUIPAMENTOS URBANOS

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO E TRATAMENTO: X

AUMENTO DE DEMANDA DE ÁGUA E GERAÇÃO DE ESGOTOS

ATENDIMENTO DAS EXIGÊNIAS DAS CONCESSIONPARIAS

LIGAÇÃO EFETIVA DO IMÓVEL À CONCESSIONARIA.(PRIMEIRA CONTA)

DEMANDA DA REDE DE ENERGIA:

X AUMENTO D DEMANDA ATENDIMENTO DAS EXIGÊNIAS DAS

CONCESSIONPARIAS LIGAÇÃO EFETIVA DO IMÓVEL À

CONCESSIONARIA.(PRIMEIRA CONTA)

SISTEMA DE DRENAGEM / DEMANDA POR ÁREAS DE CONTENÇÃO DE CHUVAS: X

ATENUAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE AGUAS PLUVIAIS PARA SISTEMA. VAI

DIMINUIR ÁREA IMPERMEÁVEL

ÁREA PERMEÁVEL E CAIXA DE RETENÇAÕ DE ÁGUAS PLUVIAIS

EXECUÇÃO DA OBRA

DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

X AUMENTO NA GERAÇÃO IMPLANTAR SEPARAÇÃO PARA

RECICLAGEM E IMPLANTAR ABRIGO COMPATÍVEL COM OS RESÍDUOS.

EXECUÇÃO DO ABRIGO

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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06

PAISAGEM URBANA, NATURAL E CULTURAL

BENS NOTÁVEIS NA PAISAGEM: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

PATRIMÔNIOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E NATURAIS:

X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ

VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ

VOLUMETRIA: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ

SOMBREAMENTO: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ

Quadro 6-2 –Matriz de Impacto Geral – conforme Anexo III – Decreto 20.633-2019.

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EQUIPE EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 07

7. EQUIPE TÉCNICA

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3

COORDENAÇÃO GERAL E TÉCNICA

Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3

ESPECIALISTAS

Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3

Simone E. F. Bertoncini Advogada OAB: 203.128

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CONCLUSÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 08

8. SÍNTESE E CONCLUSÕES

A avaliação e o balanço dos impactos ambientais esperados na implantação

do empreendimento e na sua capacidade de operação permitem concluir

sobre sua viabilidade ambiental e, em quais condições ela é garantida e

melhor aproveitada. Na sequência, encaminham-se as principais conclusões.

O objetivo maior do investimento é a implantação de um conjunto predial

destinado a locação comercial, sem usos definidos.

A edificação para o uso destinado é admitida pela legislação de uso e

ocupação do solo e Plano Diretor. A nova edificação qualificará o local com

um melhor aproveitamento de terreno e o consequente incremento na

arrecadação de impostos municipais, notadamente o IPTU relativo à área

construída maior.

Não foi necessária qualquer supressão de vegetação no local em razão d sua

ausência no imóvel. É necessária pequena execução de terraplenagem em

corte, com destino do solo escavado para bota-fora e a consequente

edificação do empreendimento.

Para mitigar os impactos sobre a drenagem urbana em decorrência da

impermeabilização parcial do terreno, foi indicada a implantação de um

sistema de drenagem com adoção de reservatório de detenção provisória

das águas pluviais. Essa medida minimiza a contribuição do empreendimento

para os episódios de cheias e inundações na cidade.

Na fase de construção os principais impactos negativos são os possíveis

incômodos à vizinhança durante as obras, devido ao ruído e no transporte e

destinação dos resíduos. Ambos estão sendo devidamente mitigados, no

caso do atendimento das medidas recomendadas, tais como limites no

horário de funcionamento da obra e elaboração e implantação de PGRCC,

nos termos da legislação aplicável.

Para a fase de operação a maior parte dos impactos é positiva ou neutra e

estão no meio socioeconômico. O destaque se dá na geração de empregos e

na geração de impostos. Do ponto de vista negativo, os principais impactos

são as demandas por equipamentos urbanos, porém suas magnitudes são

baixas, sem necessidade de se estabelecer medidas importantes para mitiga-

los, apenas eventuais condicionantes de instalação das respectivas

concessionárias.

As medidas recomendadas visam atenuar os incômodos à população ou

minimizar os efeitos nos equipamentos públicos, bem como na qualidade da

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CONCLUSÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 08

paisagem e estão no âmbito de gerenciamento do empreendedor, não

havendo qualquer risco externo para serem implantadas.

Quanto aos fatores relacionados ao tráfego de veículos e pedestres ressalta-

se que não fizeram parte do escopo deste relatório, tendo sido desenvolvido

separadamente.

As demais ações identificadas que geram impactos de vizinhança, em sua

maioria, terão pouca influência para alterar significativa e negativamente o

meio ambiente local ou regional e a vizinhança, pois são pouco relevantes e

as mais intensas restritas ao período de execução da obra, sendo a maior

parte delas reversíveis.

Ressalta-se, ainda, que medidas preconizadas para evitar, controlar e/ou

mitigar os impactos são de alta eficácia, pois resultam de decisões quase

sempre concentradas no empreendedor, não dependendo de outras

instituições que possam prejudicar um determinado prazo ou objetivo.

Portanto, pelo exposto conclui-se que não há obstáculos ambientais de

vizinhança para implantação do empreendimento, desde que seja observada

a legislação urbanística e edilícia aplicável e tomadas as medidas

recomendadas, sendo sua instalação e operação viável do ponto de vista do

balanço dos impactos.

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REFERÊNCIAS

EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

REFERÊNCIAS

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Disponível em: <

http://www.oap.org.br/artigos/avifauna_arborizacao_recife.pdf>. Acesso

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CETESB. Qualidade do Ar no Estado de São Paulo 2013. CETESB, São Paulo :

CETESB, 2014. 110p.

DATAGEO – SISTEMA AMBIENTAL PAULISTA. Disponível em

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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 107

REFERÊNCIAS

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Estado de São Paulo: nota explicativa. São Paulo. DAEE, Departamento de

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plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum,

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REFERÊNCIAS

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GLOSSÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

GLOSSÁRIO

Água Subterrânea – Água de ocorrência natural na zona saturada do subsolo.

Área de influência – área geográfica na qual são detectáveis os impactos de

um projeto.

Aspecto ambiental – elemento das atividades, produtos ou serviços de uma

organização que pode interagir com o meio ambiente.

Biota – comunidade de organismos vivos.

Componente ambiental – termo que designa uma parte de um elemento

ambiental quando tomado isoladamente. Ex. temperatura da água, espécie

de vegetação.

Densidade Demográfica – resultado da divisão da população pela área

ocupada, expresso geralmente em habitantes por quilômetro quadrado.

Elemento ambiental – termo de ordem geral que designa uma parte de um

sistema ambiental. Ex. o ar, a água, a vegetação.

Fator ambiental – refere-se ao elemento ou componente do ponto de vista

da sua função específica no funcionamento do sistema ambiental. Ex.

qualidade ambiental.

Índice Pluviométrico – Referente a quantidade de chuva por metro

quadrado em determinado local e em determinado período.

Lençol Freático – lençol de água subterrâneo situado em nível pouco

profundo.

Plano Diretor – lei municipal que estabelece as diretrizes para a ocupação e

o desenvolvimento da cidade.

PIB – Produto interno Bruto, que corresponde a soma de todos os bens e

serviços produzidos em um determinado período e uma determinada região,

expresso em valores monetários.

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

APÊNDICE 01 - LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA E DA FAUNA

INTRODUZIDAS E DISPERSAS NA ÁREA URBANA

FLORA INTRODUZIDA NA ÁREA URBANA

NOME VULGAR CLASSIFICAÇÃO DA ESPÉCIE mangueira Mangifera indica

cítricas Citrus spp.

nêspera Eriobotrya japonica

amoreira Morus alba

abacateiro Persea americana

cerejeira do Japão Prunus serrulata

uva japonesa Hovenia dulcis

sapê Impera brasilliensis

capim-colonião Panicum maximum

vassouras Vernonia spp. Eupathorium spp.

taboa Typha angustifolia

lírio-do-brejo Hedychium coronarium

FAUNA INTRODUZIDA NA ÁREA URBANA

ESPÉCIES SILVESTRES

saguis Callitrhix jaccus, C. penicillata

ratão-do-banhado Myocator coypus

arara-maracanã Diopsittaca nobilis

papagaio-verdadeiro Amazona aestiva

garça-boiadeira Bubulcus ibis

galo-da-campina Paroaria dominicana

cardeal Paroaria coronata

ESPÉCIES DOMÉSTICAS

cão Canis lupus

gato doméstico Felis catus

pássaros Melopsittacus undulatus

ESPÉCIES PARA PRODUÇÃO E TRANSPORTE

frangos Gallus gallus

gados Bos taurus

cavalo equus caballus

suínos Sus domesticus

ESPÉCIES SINANTRÓPICAS

baratas Periplaneta americana e Blatella germanica

mosca Musca domestica

camundongo Mus musculus

ratazanas Rattus rattus, R. novergicus

pardal Passer domesticus

pomba Columba lívia

lagartixa Hemydactylus mabouia

rãs Rana spp

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

FAUNA DISPERSA NA ÁREA URBANA

rolinha roxa Columbina talpacoti

pomba galega Columba cayennensis

anu preto Crotophaga ani

anu branco Guira guira

pardal Passer domesticus

quero-quero Vanellus chilensis

garça vaqueira Bubulcus ibis

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

APÊNDICE 02

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – LAUDA 1 – AV (AID)

01

Vista do Imóvel onde será desenvolvido o empreendimento objeto do estudo. Momento

anterior ao início as obras. Terreno 100% impermeável

02 Vista R. Jorge F. Corrêa - Sentido Centro → Bairro.

03 Vista R. Girassol – Sentido Bairro → Centro 04 Vista R. dos Lírios – Sentido Bairro → Centro.

05 Vista R. das Orquídeas – Sentido Centro → Bairro. 06

Vista R. Jorge F. Corrêa – Sentido Bairro → Centro.

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – LAUDA 1 – AV (AII)

07 Vista da CPFL, a partir da R. Jorge F. Corrêa. 08 Vista de Escola Infantil Giz de Cera.

09 Vista de Escola de Ensino Fundamental Múltiplo. 10 Vista de APP na R. Jasmim.

Área com Vegetação Natural.

11 Vista R. Bento Arruda Camargo. 12

Vista R. Jasmim. Centro comercial.

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

ANEXO 01

RRT – REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

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APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS

ANEXO 02

RELATÓRIO DE IMPACTO NO TRÂNSITO - RIT