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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM LATOSSOLO ADUBADO COM LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA Adriana Paulo de Sousa Oliveira Juiz de Fora 2015

AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM LATOSSOLO ...ADRIANA PAULO DE SOUSA OLIVEIRA Trabalho Final de Curso submetido à banca examinadora constituída de acordo com o artigo 9 da Resolução

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Page 1: AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM LATOSSOLO ...ADRIANA PAULO DE SOUSA OLIVEIRA Trabalho Final de Curso submetido à banca examinadora constituída de acordo com o artigo 9 da Resolução

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM

LATOSSOLO ADUBADO COM LODO DE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Adriana Paulo de Sousa Oliveira

Juiz de Fora

2015

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AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM

LATOSSOLO ADUBADO COM LODO DE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Adriana Paulo de Sousa Oliveira

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Adriana Paulo de Sousa Oliveira

AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM

LATOSSOLO ADUBADO COM LODO DE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Trabalho Final de Curso apresentado ao Colegiado

do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da

Universidade Federal de Juiz de Fora, como

requisito parcial à obtenção do título de Engenheira

Ambiental e Sanitarista.

Área de concentração: Meio ambiente

Linha de pesquisa: Conservação do solo e água

Orientador: Jonathas Batista Gonçalves Silva

Coorientadora: Renata de Oliveira Pereira

Juiz de Fora

Faculdade de Engenharia da UFJF

2015

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“AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE UM LATOSSOLO ADUBADO COM

LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA”

ADRIANA PAULO DE SOUSA OLIVEIRA

Trabalho Final de Curso submetido à banca examinadora constituída de acordo com o

artigo 9° da Resolução CCESA 4, de 9 de abril de 2012, estabelecida pelo Colegiado do

Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, como requisito parcial à obtenção do título

de Engenheira Ambiental e Sanitarista.

Aprovado em 09 de julho de 2015.

Por:

___________________________________________

Prof. DSc. Otávio Eurico de Aquino Branco

___________________________________________

Prof. MSc. Fabiano César Tosetti Leal

___________________________________________

Prof. DSc. Jonathas Batista Gonçalves Silva

(Orientador)

___________________________________________

Profª. DSc. Renata de Oliveira Pereira

(Coorientadora)

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i

AGRADECIMENTOS

À Deus, principalmente por ter me dado saúde e força para alcançar os meus objetivos.

Aos meus pais Rosária e Francisco, pelo amor incondicional e incentivo nos momentos

difíceis.

Ao meu marido Renê pelo carinho e companheirismo e por torcer pelo meu sucesso

profissional.

Aos professores Dr. Jonathas Silva e Dra. Renata Pereira pelas sugestões e estímulo no

desenvolvimento deste trabalho.

Aos colegas Ana Carolina, Ana Carolina Leão, Amanda, Tatiana, Fernanda, Geovane e

João Frederico pela ajuda em algumas das análises laboratoriais.

Aos técnicos Muiara e Gladson por permitir e me auxiliar no desenvolvimento das

análises.

À Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (CESAMA) por permitir a coleta

do lodo.

A todos os professores e funcionários do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da

UFJF.

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ii

RESUMO

Este estudo tem como objetivo avaliar as propriedades químicas de um latossolo após

aplicação do lodo originado nos decantadores de uma estação de tratamento de água

(ETA). O lodo foi coletado em uma ETA localizada em Juiz de Fora e o solo no município

de Silvêirania-MG. Foram incorporadas ao solo cinco dosagens de lodo em quatro

repetições, sendo uma sem aplicação do lodo e as demais doses definidas de acordo com

a concentração de nitrogênio presente no lodo, no solo e pela demanda da planta

(gramínea). A caracterização do lodo da ETA foi realizada através dos parâmetros MO;

PN; dos nutrientes N, P, K, Ca, S e dos metais pesados Cu, Mn, Fe, Zn, Cr, Ni, Cd, Pb.

Os atributos químicos e físicos do solo avaliados antes e após a aplicação do lodo inclui

a concentração de Al+3; o pH; a CTC; SB; V; m; CE; MO; nutrientes P, K, Ca, Mg, S,

metais Cu, Mn, Fe, Zn, Cr, Ni, Cd, Pb e a densidade. De acordo com os resultados

encontrados, os parâmetros que variaram considerando um nível de probabilidade de 5%

foram: Ca2+, Mg2+, SB, V, t, m, Fe, Mn, Zn, Cr, CE e densidade. Os demais fatores (pH,

P, K, Al, MO, Cu, Ni, Cd e Pb) não variaram estatisticamente. Para as condições nas

quais o estudo foi desenvolvido, conclui-se que entre os parâmetros que limitam a

disposição do lodo no solo está a concentração elevada de Mn e Fe no lodo da ETA. O

lodo não apresentou características que indiquem que esse resíduo possa ser utilizado

como corretivo agrícola e adubo, mas há indícios que sua aplicação pode ter como

finalidade a recuperação de áreas degradadas, uma vez que houve redução da densidade

do solo, o que favorece a penetração das raízes, a aeração, a taxa de infiltração, a difusão

do oxigênio, a atividade biológica, melhorando o desenvolvimento das plantas e a

estrutura do solo.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... v

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... vi

LISTA DE DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ...................................... viii

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2 OBJETIVOS.............................................................................................................. 2

2.1 Objetivos gerais ............................................................................................................. 2

2.2 Objetivos específicos..................................................................................................... 3

3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 3

3.1 O lodo de ETA .............................................................................................................. 3

3.1.1 Descrição do Tratamento de Água ........................................................................ 3

3.1.2 Composição do lodo de ETA ................................................................................. 5

3.1.3 Tratamento para o lodo de ETA ............................................................................ 6

3.1.4 Aproveitamento do lodo de ETA ........................................................................... 8

3.2 O solo .......................................................................................................................... 11

3.2.1 Indicadores físicos e químicos de qualidade do solo .......................................... 11

3.2.2 Aproveitamento agrícola de resíduos .................................................................. 15

3.3 Considerações sobre a legislação ................................................................................ 19

4 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 22

4.1 Coleta e caracterização do solo ................................................................................... 22

4.2 Coleta e caracterização do lodo ................................................................................... 24

4.3 Planejamento experimental e análise dos dados .......................................................... 26

4.3.1 Cálculo da dose de lodo ...................................................................................... 26

4.3.2 Delineamento experimental ................................................................................. 29

4.3.3 Implantação do experimento ............................................................................... 29

4.3.4 Controle da umidade ........................................................................................... 30

4.3.5 Parâmetros avaliados e análises estatísticas ...................................................... 31

5 RESULTADOS E DISCUSÕES ............................................................................. 32

5.1 Análise das características do solo antes da aplicação do lodo ................................... 32

5.2 Análise das características do lodo da ETA ................................................................ 34

5.3 Análise das atributos do solo após a aplicação do lodo............................................... 38

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iv

5.3.1 Cálcio e magnésio ............................................................................................... 39

5.3.2 Soma de bases, capacidade de troca de cátions efetiva, saturação por bases e

saturação por alumínio ....................................................................................................... 40

5.3.3 Manganês, zinco, ferro e cromo .......................................................................... 43

5.3.4 Condutividade elétrica ........................................................................................ 45

5.3.5 Densidade ............................................................................................................ 46

5.4 Comentários finais....................................................................................................... 47

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 48

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 49

ANEXOS ........................................................................................................................ 66

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v

LISTA DE FIGURAS

Pág.

Figura 1: Destino do lodo de ETA gerado no Brasil em 2008. 1

Figura 2: Destino do lodo de ETA gerado nos Estados Unidos. 2

Figura 3: Principais tecnologias de tratamento de água. 4

Figura 4: A – Limpeza do local. B – Coleta e acondicionamento do solo. 23

Figura 5: A e B–Limpeza do decantador da ETA. C – Acondicionamento das

amostras em garrafas pet. D – Lodo desidratado em estufa e triturado. 25

Figura 6:Disposição dos vasos. 29

Figura 7: A e B – Mistura e homogenização do solo e lodo. C – Camada de brita

no fundo dos vasos. C e D - Montagem das unidades experimentais. F – Disposição

dos vasos conforme DIC. 30

Figura 8: Curva de variação das concentrações de Ca2+ (A) e Mg2+ (B) em função

da taxa de aplicação de lodo da ETA. 40

Figura 9: Curva de variação da soma de bases (A) e da CTC efetiva (B) em função

da taxa de aplicação de lodo da ETA. 41

Figura 10:Curva de variação do índice de saturação por bases e por alumínio em

função da taxa de aplicação de lodo da ETA. 42

Figura 11: Curva de variação da concentração de zinco (A), cromo (B), manganês

(C) e ferro (D) em função da taxa de aplicação de lodo da ETA. 44

Figura 12:Curva de variação da condutividade elétrica em função da taxa de

aplicação de lodo da ETA. 46

Figura 13: Curvas de variação da densidade com todos os tratamentos (A) e sem o

tratamento T1 (B) em função da taxa de aplicação de lodo da ETA. 47

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vi

LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 1: Caracterização feitas nas amostras de lodo das ETAs de Jaboticabal-SP

(ETA 1) Taquaritinga-SP (ETA 2) e Manaus-AM (ETA 3) para fins agrícolas. 18

Tabela 2: Teores máximos de metais pesados permitidos no lodo de esgoto para

fins de uso na agricultura, teores máximos a serem atingidos no solo e teores

máximos de adição anual estabelecidos pela legislação norte americana40 CFR Part

503 (negrito) e pela Comunidade Europeia através da Directive 86/278/EEC (entre

parênteses). 20

Tabela 3: Comparação entre os níveis máximos de metais pesados em lodo de

esgoto para uso na agricultura permitido em São Paulo, Paraná e estabelecidos na

CONAMA 375/2006. 21

Tabela 4: Alguns valores orientadores para solos estabelecidos na CONAMA

420/2009 para uso agrícola. 22

Tabela 5: Caracterização do solo. 23

Tabela 6: Análise granulométrica do solo. 23

Tabela 7: Densidade do solo. 24

Tabela 8: Teor de sólidos totais (ST) do lodo da ETA. 25

Tabela 9: Caracterização do lodo da ETA. 26

Tabela 10: Tratamentos adotados em função da dose de aplicação do lodo. 28

Tabela 11: Quantidade total de nutrientes e metais adicionados ao solo de acordo

com cada tratamento. 28

Tabela 12: Macronutrientes presentes no lodo da ETA e valores encontrados na

literatura. 35

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vii

Tabela 13: Metais presentes no lodo da ETA e valores encontrados na literatura. 36

Tabela 14: Concentrações médias dos parâmetros que não variaram em função os

diferentes tratamentos. 38

Tabela 15: Concentrações médias de Ca2+ e Mg2+ para os diferentes tratamentos. 39

Tabela 16: Valores médios da soma de bases (SB) e capacidade de troca de cátions

efetiva (t) para os diferentes. 41

Tabela 17: Valores médios do índice de saturação por bases (V) e o índice saturação

por alumínio (m) para os diferentes tratamento. 42

Tabela 18: Valores médios de manganês, zinco, ferro e cromo para os diferentes

tratamento. 43

Tabela 19: Valores médios da densidade do solo (ρ) para os diferentes tratamento. 47

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viii

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

ASE: Área superficial específica (m2 g-1)

CE: Condutividade elétrica (μS cm-1)

CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPAN: Conselho Estadual de Política Ambiental

COT: Carbono orgânico total

CTC: Capacidade de troca de cátions (cmol dm-3)

Dres: Dose de resíduo (t ha-1)

DBO: Demanda bioquímica de oxigênio

DF: Dupla filtração

DQO: Demanda química de oxigênio

ea: Umidade de vapor de água a temperatura ambiente (mb)

es: Umidade de saturação do ar (mb ou kPa)

ETA: Estação de tratamento de água

ETE: Estação de tratamento de esgoto

EV: Evaporação de superficie líquida (mm dia-1)

FDA: Filtração direta ascendente

FDD: Filtração direta descendente

FIME: Filtração em múltiplas etapas

H+Al: Acidez potencial (cmol dm-3)

M: Saturação por alumínio (%)

MO: Matéria orgânica (dag kg-1)

n: Número de meses do ano

Nabs: Nitrogênio absorvido pela cultura (kg ha-1)

Nanom: Nitrogênio amoniacal (g kg-1)

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Ndisp-solo: N disponibilizado pela MO já contida no solo (kg ha-1)

Ndisp-resíduo: N disponibilizado pelo resíduo (kg t-1)

Norg: Nitrogênio orgânico (g kg-1)

Nnitrato: Nitrato (g kg-1)

p: Profundidade do solo

pH: Potencial hidrogênico

PN: Poder Neutralizante (%)

PR: Proporção na recuperação do N mineral pela cultura (kg kg-1)

SB: Soma de bases (cmol dm-3)

ST: Sólidos totais (mg L-1)

t: Capacidade de troca de cátions efetiva (cmol dm-3)

T: Capacidade de troca de cátions a pH 7 (cmol dm-3)

Tm1: Taxa anual de mineralização da MO no solo (kg kg-1 ano-1)

THM: Trihalometano

Tm2: Taxa de mineralização do Norg (kg kg-1 ano-1)

u2: Velocidade do vento a 2m de altura (m s-1)

UFV: Universidade Federal de Viçosa

UR: Umidade relativa do ar média mensal (%)

V: Saturação por bases (%)

ρ: Densidade (g cm-3)

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1

1 INTRODUÇÃO

As Estações de Tratamento de Água (ETA) possuem funcionamento semelhante a uma

indústria onde a matéria prima (água bruta) é transformada em um produto final (água

tratada) e durante esse processo são gerados resíduos chamados lodo de ETA.

No Brasil, como pode ser visto na Figura 1, os lodos são lançados em cursos de água

sem qualquer tratamento, infringindo leis que tratam da disposição de resíduos sólidos e

sobre o lançamento de efluentes em corpos d’água.

Figura 1:Destino do lodo de ETA gerado no Brasil em 2008.

Fonte: IBGE (2010).

Tal lançamento alteram as características do corpo receptor e da sua biota aquática

devido ao aumento da concentração de metais tóxicos e sólidos em suspensão que

prejudicam o ciclo de nutrientes, principalmente o fósforo, possibilitando o

desenvolvimento de condições anaeróbias em águas estacionárias ou de velocidade

lenta; alteram também a turbidez, a cor, a composição química; pode provocar o

assoreamento dos corpos receptores, a contaminação do lençol freático e aspecto visual

desagradável (ASSIS, 2014).

Di Bernardo e Sabogal Paz (2008) afirmam que os resíduos gerados nas ETAs

representam um problema sério para as instituições que gerenciam tais sistemas. Para

Reali et al. (1999), Richter (2001) e Hoppen et al. (2005), a definição do destino final

para o lodo de ETA é uma das tarefas mais difíceis para o administrador do serviço de

água, envolvendo custos elevados e restrições do meio ambiente.

Destino do lodo de ETA gerado no Brasil em 2008

Corpo hídrico - 62,44%

Mar - 0,31%

Terreno - 20,43%

Aterro sanitário - 3,66%

Incineração - 0,04%

Reaproveitamento - 2,21%

Outro - 10,90%

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2

Segundo Tsutiya e Hidrata (2001), nos países do hemisfério norte, diferentes

alternativas de uso benéfico do lodo têm sido adotadas transformando, em larga escala,

resíduos em recursos. Na França 53% do lodo gerado nas ETAs são reaproveitados na

construção civil e na compostagem (ADLER, 2002). Na Holanda, já em 1989,

apenas2% do lodo eram lançados em cursos d’água, 7% utilizados no controle de gás

sulfídrico (H2S) e 12% eram utilizados na agricultura (PEREIRA, 2011). Nos Estados

Unidos, como pode ser observado na Figura 2, 25% do lodo de ETA é utilizado como

insumo agrícola e 11% lançado no corpo hídrico.

Figura 2:Destino do lodo de ETA gerado nos Estados Unidos.

Fonte: AWWARF (1999) apud Pereira (2011).

O reaproveitamento agrícola do lodo de ETA torna-se interessante devido à presença de

elementos importantes para as plantas como o cálcio e o magnésio (PADILHA, 2007).

Teixeira et al. (2005) destacam também a utilização do lodo de ETA na recuperação de

áreas degradadas em virtude do possível aumento de teores de macronutrientes e do pH

do solo.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos gerais

Avaliação das propriedades químicas de um latossolo após aplicação de lodo de ETA.

Destino do lodo de ETA gerado nos Estados Unidos

Corpo hídrico - 11%

Disposição em rede de esgoto - 24%

Agricultura - 25%

Aterro municipal - 20%

Aterro exclusivo - 13%

Outros - 7%

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3

2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

Caracterização do lodo de ETA;

Avaliar a viabilidade de uso de lodo de ETA para fins de ciclagem de nutrientes;

Fornecer parâmetros para o reaproveitamento do lodo de ETA;

Identificar as limitações do lodo para uso agrícola.

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 O lodo de ETA

3.1.1 Descrição do Tratamento de Água

A água pode conter uma variedade de impurezas, para que essas impurezas possam ser

removidas existem diversas tecnologias de tratamento que são distinguidas em função

dos processos e operações unitárias.

Na tecnologia de tratamento do tipo convencional ou de ciclo completo as estações são

constituídas de unidades de mistura rápida; floculadores; decantadores ou flotadores;

filtros; unidades de desinfecção e de correção de pH (PEREIRA, 2011). Na mistura

rápida ocorre a dispersão do coagulante e o contato entre as impureza, nos floculadores

ocorre uma agitação lenta para a formação dos flocos que podem ser removidos nos

decantadores ou flotadores e retidos em meios filtrantes (MORAIS, 2012). Estas

unidadesconstitui a etapa de clarificação onde ocorre a remoção dos sólidos. A

desinfecção é destinada à inativar micro-organismos patogênicos e a correção do pH

para controle de corrosão e incrustação (PÁDUA, 2006). Tem-se ainda a fluoração para

prevenção da cárie infantil.

A tecnologia de ciclo completo gera resíduos em diversas etapas como os lodos

originados nos decantadores e na operação de lavagem dos filtros (FILHO, 1997).

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Outras técnicas como a filtração em múltiplas etapas (FIME), filtração direta ascendente

(FDA), filtração direta descendente (FDD) e dupla filtração (DF) também são técnicas

de tratamento de água (DI BERNARDO e SABOGAL PAZ, 2008).

Na Figura 3 apresenta-se as principais tecnologias para o tratamento de água indicando

os processos e as operações comumente utilizadas. Não foram incluídos os possíveis

pré-tratamentos, como grades e peneiras para remoção de sólidos grosseiros, aeração ou

oxidação química para remoção de ferro, manganês, gases dissolvidos e oxidação da

matéria orgânica (MORUZZI e REALI, 2012; SNSA, 2007) e carvão ativado para

adsorção de poluentes tóxicos como microcistinas e agrotóxicos (MÜLLER et al., 2009;

GORZA, 2012).

Figura 3:Principais tecnologias de tratamento de água.

Fonte: Sabogal Paz (2007).

A escolha da tecnologia mais adequada deve ser norteada pelas características da água

bruta, custos envolvidos, flexibilidade operacional, localização geográfica

ecaracterísticas da população (LIBÂNIO, 2010). Ressalta-se que cada técnica

geraresíduos com características distintas (JANUÁRIO, 2007).

O processo de tratamento é complementado pela utilização de produtos químicos para

otimizar as etapas do tratamento e melhorar o produto final. Os produtos químicos

utilizados durante o tratamento da águapodem incluir os oxidantes como cloro,

permanganato de potássio, ozônio, dióxido de cloro, peróxido de hidrogênio e ácido

peracético, entre outros. Os auxiliares de coagulação como soda cáustica e polímeros

naturais. Os coagulantes de sais de ferro e de alumínio e desinfetantes como cloro,

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5

ozônio, dióxido de cloro e radiação ultravioleta. Para controle do pH tem-se a cal,

carbonato de sódio, entre outros (DI BERNARDO e SABOGAL PAZ, 2008;

RICHTER, 2001).

3.1.2 Composição do lodo de ETA

De forma geral o lodo de ETA é composto dos resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos

provenientes da água bruta, elementos químicos dissolvidos como cálcio, magnésio,

ferro e manganês acrescido dos produtos químicos utilizados no tratamento da água,

principalmente os coagulantes (RICHTER, 2001).

Análises realizadas por CORDEIRO (1993), em cinco amostras de sulfato de alumínio

comercialmostraram que a presença de contaminantes metálicos merece mais atenção.

Os resultados indicaram grandevariação quanto à quantidade e tipo de impurezas

encontrados em um mesmo produto químico provenientede diferentes

fabricantes.Cálculosteóricos realizados em estações de tratamento de água nos Estados

Unidos, indicaram que a utilização de produtosquímicos poderia ser responsável por

100% das concentrações de cromo, cobre e chumbo encontradas no lodo e 78% da

concentração de zinco (AWWARF & KIWA, 1990 apud BARROSO e CORDEIRO

2001).

Realiet al. (1999) destacam ainda que a aplicação de produtos químicos no tratamento

de água contribui de sobremaneira para a produção de sólidos em uma ETA. O lodo

fruto da lavagem dos filtros possui teor de sólidos totais, entre 0,004 e 0,1% e os

acumulados nos decantadores podem chegar a 5% (RICHTER, 2001; REALI et al.,

1999).

Do total de sólidosno lodo de ETA, cerca de 20 a 35% são voláteisquando a coagulação

é com sulfato de alumínio e 5,1 a 14,1% quando a coagulação é com sais de ferro,

apresentando, portanto, uma pequena porção biodegradável (RICHTER, 2001). O teor

de sólidos voláteis encontrado por Pereira (2011) para o lodo da ETA Gramame, que

utiliza como coagulante sulfato de alumínio, foi de 21,7 a 31,9%; a Demanda

Bioquímica de Oxigênio (DBO) variou de 49,10 a 88,10mg L-1

e a Demanda Química

de Oxigênio (DQO) ficou entre 231,0 e 387,6mg L-1

.

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6

De acordo com ASCE & AWWA(1996) o nitrogênio e o carbono orgânico no lodo de

ETA são mais estáveis, menos reativo e encontrados em menores concentrações se

comparado com o lodo de esgoto. Em geral a concentração de carbono orgânico total

(COT) são inferiores a 3% (ARAÚJO, 2006). Machado et al. (2005) realizou a

caracterização do lodo da ETA Bolonha, que utiliza sulfato de alumínio ferroso como

coagulante, o resíduo apresentou as seguintes características em peso seco: 0,7% de

nitrogênio; 0,6 % de fósforo; 0,7 % de potássio; 6,3% de matéria orgânica; 2,7 % de

alumínio e 0,2 % de cálcio.

3.1.3 Tratamento para o lodo de ETA

Para disposição adequada do lodo de ETA é necessário que se consiga um lodo com

características adequadas obtidas através de tratamentos como o condicionamento, a

sedimentação e a desidratação entre outras técnicas descritas a seguir.

O condicionamento, antes das etapas de desidratação, melhora a eficiência do

tratamento, minimizando o tempo e aumentando a recuperação de sólidos. O método

mais utilizado de condicionamento é a aplicação de produtos químicos, existem outros

como o congelamento, tratamento térmico e filtração (FREITAS et al., 2005; PORRAS,

2007). O condicionamento químico é realizado com sucesso no Brasil, porém tem como

desvantagem o acréscimo na massa de lodo e a possível formação de subprodutos

indesejáveis no resíduo ou na água clarificada (ASCE & AWWA, 1996).

No caso de métodos naturais de desidratação como aslagoas de lodo e osleitos de

secagem, geralmente, dispensa-se o condicionamento (SABOGAL PAZ, 2007).

O adensamento pode ser realizado por gravidade, sistema similar aos decantadores

convencionais, ou por flotação que consiste em um processo de separação líquido-

sólido através de ar difuso.

Em relação ao adensamento por gravidade, as vantagens são: não requer pessoal

qualificado, comparado aos outros métodos de adensamento; a alternativa é

recomendada para lodos provenientes do abrandamento da água, os quais sedimentam

com facilidade (RICHTER, 2001). Tem como desvantagem a necessidade de maiores

áreas de implantação, comparada com outras técnicas de adensamento (SABOGAL

PAZ, 2007).

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7

A eficiente remoção de Cryptosporidium e Giardia (EDZWALD, 1995 apud

SABOGAL PAZ, 2007) e operação com maiores taxas de aplicação de sólidos,

permitindo unidades mais compactas estão entre as vantagens do adensamento por

flotação. Entre as desvantagens estão à alta taxa de recirculação apresentada pelo

sistema e gastos elevados com implantação, operação e manutenção. Patrizzi et al.

(1999) comparou a eficiência do adensamento por flotação e por gravidade e constatou

que, no lodo avaliado, o adensamento por flotação apresentou maior grau de

adensamento em menor tempo em comparação ao adensamento por gravidade.

A concentração mínima de sólidos para o bom funcionamento dos equipamentos é de

0,5% obtendo uma concentração de 2 a 4% para lodos não condicionados e 4 a 8% de

sólidos para lodos condicionados (RICHTER, 2001).

O adensamento é importante por oferecer ao lodo as concentrações de sólidos

recomendada pelos equipamentos de desidratação e possibilitar a recirculação do

clarificado (RICHTER, 2001; DI BERNARDO e SABOGAL PAZ, 2008).

A etapa de desidratação geralmente permite alcançar os teores de sólidos recomendados

para as alternativas de destinação mais exigentes (GUIMARÃES, 2007). Podendo

ocorrer através dos sistemas naturais e dos sistemas mecânicos.

Entre os sistemas naturais de desidratação destacam-se os leitos de secagem e as lagoas

de lodo, a diferença entre eles consiste na presença de um meio filtrante nos leitos de

secagem, característica que o torna mais eficiente que as lagoas de lodo, porém a

profundidade das lagoas pode chegar a três vezes a profundidade dos leitos de secagem,

para uma mesma área superficial, assim as lagoas de lodo podem suportar picos de

carga com maior facilidade (RICHTER, 2001). Estudos realizados por Achon et al.

(2003) demonstraram que nas lagoas o lodo não reduz sensivelmente de volume,

chegando a uma determinada umidade que se torna constante com o passar do tempo.

Nóbrega et al. (2011) avaliaram o teor de sólidos de duas lagoas de lodo operadas

durante 18 anos sem remoção do lodo, o valor médio de sólidos totais encontrados em

uma das lagoas foi de 21,7 % e na outra foi de 31,9 %. No caso dos leitos de secagem,

segundo Jordão (1995) apud Chagas (2000), o lodo pode ser removido depois de um

período que varia de 12 a 20 dias, quando a umidade atinge valores de 60 a70%.

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8

Os sistemas naturais tornam-se viáveis em locais onde as condições climáticas são

favoráveis e há a disponibilidade de área física. Esse sistema é afetado por inúmeros

fatores como temperatura, umidade do ar, ventilação e viscosidade do lodo (REALI et

al., 1999), porém não consome energia, não requer pessoal qualificado para operar e

manter o sistema e possui baixa sensibilidade às variações quantitativas e qualitativas

do lodo (GARCÉS et al., 1996 apud SABOGAL PAZ, 2007).

Já os sistemas mecânicos exigem menor área de implantação e não dependem das

condições meteorológicas, mas precisam de manutenção e operação mais apurados além

de energia para seu funcionamento, como as centrífugas, que para o lodo com teor de

sólidos maior que 2% (tendo em vista que os equipamentos existentes no mercado

exigem esse requisito para um funcionamento de forma adequada e econômica)

(GUIMARÃES, 2007), são capazes de obter lodo desidratado entre 15 e 35% de sólidos

(RICHTER, 2001) e os filtros prensas de esteira ou filtros prensas de placas que para

um teor de sólidos no lodo afluente de 3 a 6% obtém torta com teor de 17 a 20% e 30 a

40% respectivamente. Existem também os filtros a vácuo que podem obter torta de 35 a

40% de sólidos, porém são poucos utilizados devido aos altos custos operacionais

(RICHTER, 2001). A secagem térmica e a incineração podem atingir teores de sólidos

de 90 a 95%, porém os problemas ambientais e custos elevados de investimentos em

equipamentos tornam esses processos inviáveis (SABOGAL PAZ, 2007).

Outra técnica é a filtração em geotêxtil, que consiste em eliminar o excesso de água do

lodo através da drenagem do líquido pelos pequenos poros do geotecido. Ainda faltam

parâmetros claros de projeto, entretanto, tem-se consciência de sua potencialidade como

alternativa de tratamento (DI BERNARDO; SABOGAL PAZ, 2008). Recomenda-se

um porcentual de sólidos totais acima de 1% para minimizar o preenchimento dos poros

(PIEPER, 2008). Nos sacos o lodo pode atingir teores de sólidos na faixa de 20 a 50%

(HERNANDES et al., 2006 apud SABOGAL PAZ, 2007).

3.1.4 Aproveitamento do lodo de ETA

O lodo de ETA possui características similares às características dos materiais utilizados

na fabricação de tijolos como a argila e o xisto (MEGDA et al., 2005). No entanto testes

de modelagem e de queima devem ser realizados com intuito de comprovar sua

viabilidade técnica para fabricação de tijolos, pois a presença de carvão ativado e altas

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concentrações de matéria orgânica no lodo são desfavoráveis para a fabricação dos

mesmos, além disso, despesas com o transporte do lodo da ETA até as fábricas de

cerâmica podem aumentar o valor do produto final. O resíduo, como matéria prima,

requer concentração de sólidos superior a 30% (DAVID et al., 2004 apud SABOGAL

PAZ, 2007; MEGDA et al., 2005).

A fabricação de cimento também é viável devido à presença no lodo de ETA de

algumas substâncias necessárias para a fabricação do mesmo como argila, xisto, minério

de ferro e bauxita (MEGDA et al., 2005). O teor mínimo de sólidos é de 50%. Segundo

SabogalPaz (2007) a técnica ainda não tem sido testada, em escala real, no Brasil.

Ferrantiet al. (2005) constataram que, para o lodo de ETA avaliado, após

condicionamento com resíduo de cal e desidratação em leitos de secagem foram

identificados no resíduo a presença de óxidos de cálcio, alumínio, ferro e sílica,

indicando que este é matéria prima adequada à produção de cimento.

Outra alternativa é a possibilidade de reunir lodo de ETA em conjunto com os resíduos

da construção civil para incorporação em matriz de concreto e produção de argamassa,

minimizando assim os impactos ambientais gerados por estes dois setores (MEGDA et

al., 2005). A técnica dá destino útil ao lodo da ETA, porém, ainda está em

desenvolvimento por isso sua teoria não é clara e a regulamentação brasileira não

fornece normas específicas (SABOGAL PAZ, 2007).

Para a disposição em aterros sanitários é recomendável à concentração de sólidos acima

de 25% (REALI et al., 1999). Deve-se verificar para esse caso os custos com transporte

quando o aterro não é próprio da ETA e com os equipamentos para atingir a

concentração de sólidos necessária. Ressalta-se que o aterro, quando projetado

inadequadamente, pode gerar graves impactos ambientais, associados principalmente à

contaminação do lençol freático e do solo (SABOGAL PAZ, 2007). Segundo Januário

et al. (2006), a alternativa de disposição dos lodos de ETA em aterros é sempre

recomendável por ser viável tecnicamente e possuir regulamentação pelas legislações

ambientais vigentes.

A disposição em Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é particularmente atraente,

porém esse método de disposição transfere os problemas com o tratamento e disposição

dos resíduos da ETA para a ETE. Quando essa não existe, as condições de descarga no

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corpo receptor são agravadas (RICHTER, 2001; JANUÁRIO et al., 2006). Observa-se

que as ETEs também geram lodos que devem ser adequadamente dispostos. Segundo

Richter (2001) para descarga na ETE é permitido uma concentração de até 8% de

sólidos. A disposição dos resíduos pode gerar efeitos positivos na ETE como o controle

de H₂S, aumento da eficiência dos decantadores primários e incremento na remoção de

fósforo (TSUTYIA; HIDRATA, 2001; GALARNEUA et al., 1997 apud SABOGAL

PAZ, 2007). Entretanto a aplicação deve ser monitorada continuamente, para não limitar

a concentração de nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento dos micro-

organismos ou inibir os processos biológicos devido à presença, em determinadas

concentrações, de metais pesados e sólidos (SABOGAL PAZ, 2007).

A recuperação de coagulante consiste na solubilização de formas de alumínio ou ferro

que possuam potencial de coagulação. O método permite a reutilização dos coagulantes

recuperados e uma drástica redução do volume, visto que quanto maior o volume de

coagulante recuperado menor é o volume de lodo residual. Porém não é uma alternativa

definitiva de gerenciamento de resíduo, pois, depois da recuperação do coagulante, os

lodos gerados no processo precisam de tratamento e de disposição adequada; a

recuperação do coagulante requer implantação de unidades extras na ETA, aumentando

a complexidade do sistema, fato que pode ser crítico em comunidades de pequeno porte

(SABOGAL PAZ, 2007); a segurança do produto químico recuperado deve ser

verificada, porque pode apresentar substâncias indesejáveis que, ao serem solubilizadas,

geram riscos à saúde dos consumidores (ASCE & AWWA, 1996 apud SABOGAL

PAZ, 2007).

Para a melhoria na sedimentabilidade em águas com baixa turbidez são usados os

auxiliares de floculação que podem ser os mais variados, dependendo das características

do problema. Uma alternativa barata é a utilização de lodo de

ETA como auxiliar nesse processo de coagulação e floculação (TSUTYIA; HIDRATA,

2001). Segundo Cordeiro e Hespanhol (1981), a técnica foi testada na ETA Guaraú,

melhorando a capacidade de sedimentação dos flocos e reduzindo em 10% a dosagem

de alumínio, porém, é indispensável o monitoramento contínuo dos micro-organismos e

dos compostos químicos indesejáveis que o lodo possa acarretar ao sistema (SARON e

SILVA, 1997 apud SABOGAL PAZ, 2007).

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Para a minimização de impactos ambientais e para a economia de água tem aumentado

o interesse na recirculação da água de lavagem dos filtros e a recuperação do clarificado

(FREITAS et al., 2010), porém, a recirculação, sem tratamento prévio da água de

lavagem dos filtros e do clarificado, pode não ser recomendada na operação da ETA por

comprometer o funcionamento da estação ao prejudicar a qualidade da água final, pela

acumulação de micro-organismos, de metais pesados, de precursores de trihalometanos

(THM) e de substâncias que conferem gosto e odor à água (CORNWELL et al., 1994;

SOUZA e DI BERNARDO, 1999). Assim sendo, a atividade deve ser constantemente

monitorada e devem ser realizados estudos identificando os perigos associados à

recirculação.

3.2 Solo

3.2.1 Indicadores físicos e químicos da qualidade do solo

A qualidade do solo não pode ser determinada diretamente devido a complexa e

específica natureza de cada solo e seus múltiplos usos, mas pode ser estimada a partir de

indicadores de qualidade (ARAÚJO et al., 2012; MONTEIRO, 2005; NIERO, 2009).

Os indicadores são utilizados também como ferramentas de monitoramento da

conservação do solo.

Os indicadores físicos possuem função essencial no suprimento e armazenamento de

água, de nutrientes, de oxigênio no solo e suporte para as atividades biológicas

(ARAÚJO et al., 2012; GOMES e FILIZOLA, 2006). Geralmente, os principais

indicadores físicos inclui a área superficial do solo, textura, densidade, estrutura e a

capacidade de retenção de água.

A área superficial específica (ASE) é a medida da área da superfície das partículas por

unidade de peso. A ASE, embora sendo uma característica física, afeta diretamente as

propriedades químicas do solo, pois, de maneira geral, quanto maior a ASE, maior será

a reatividade das partículas do solo devido à sua maior área de contato com a fase

líquida (GATIBONI, 2015).

A textura refere-se à proporção relativa a frações granulométricas de areia, silte e argila

(partículas primárias) (SANTOS et al., 2013), é uma das propriedades mais estáveis do

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solo e tem estreita relação com a retenção e o transporte de água, estrutura do solo, teor

de nutrientes e de matéria orgânica (ARAÚJO, 2008; GOMES e FILIZOLA, 2006)

A densidade do solo representa a relação entre a massa de sólidos e o volume total que

essa massa ocupa, incluindo o espaço ocupado pelo ar e pela água. Qualquer

modificação na disposição das partículas reflete em seu valor, é então, a propriedade

física mais dinâmica do solo pois varia em função das propriedades estruturais do solo,

do cultivo, pela compressão de máquinas agrícolas e animais (ARAÚJO, 2008,

FONTENELE, 2006).

A estrutura do solo refere-se ao padrão de arranjamento das partículas primárias, em

unidades chamadas agregados (SANTOS et al., 2013). A degradação da estrutura

devido a compactação causa perda das condições favoráveis ao desenvolvimento

vegetal e geralmente apresentam valores altos de densidade. Já a desestruturação devido

ao revolvimento do solo predispõe o aumento de erosão (NIERO, 2009; FONTENELE,

2006).

A capacidade de retenção de água de um solo ocorre devido aos mecanismos de

capilaridade e adsorção, ambos dependem do número e tamanho dos poros, os quais são

influenciados pela estrutura e matéria orgânica (ARAÚJO et al., 2012). A água

armazenada no solo é importante, pois é a principal fonte desse componente, bem como

é o meio no qual estão solúveis os nutrientes essenciais à planta (solução do solo).

Em relação aos indicadores químicos, os principais inclui o pH, a capacidade de troca

de cátions, a matéria orgânica, aqueles que indicam as necessidades nutricionais das

plantas e aqueles que indicam contaminação ou poluição como metais pesados

(GOMES e FILIZOLA, 2006).

No solo a acidez é dividida em dois tipos: acidez ativa (na solução do solo) e acidez

potencial (hidrogênios adsorvidos na matriz sólida). Há uma pequena quantidade de H+

na solução e, quando estes são consumidos, a fase sólida os repõe, manifestando o poder

tampão do solo.

A acidez potencial é dividida em acidez trocável e a não trocável. Na acidez trocável os

íons acidificantes, H+ e Al

3+, estão adsorvidos fracamente aos colóides através de forças

eletrostáticas. A acidez não trocável é resultado da dissociação dos íons H+ dos grupos

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funcionais da matéria orgânica, das bordas dos argilominerais e da superfície dos óxidos

de ferro e alumínio (RONQUIM, 2010). A acidez potencial é a mais prejudicial ao

crescimento da maioria das plantas (LOPES et al., 1991).

O pH em água (acidez ativa) é importante devido a sua influência na solubilidade de

nutrientes e de elementostóxicos. O pH entre 5,5 e 6,0 é a faixa recomendada para a

maioria das culturas, pois é onde todos os nutrientes essenciais às plantas estão com

disponibilidade intermediária enquanto o cobre, zinco, manganês e o alumínio ficam

com disponibilidade reduzida (FIA et al., 2005; MATOS, 2007). Quando o pH do solo é

menor que 5 ocorre o inverso, ou seja, a disponibilidade dos nutrientes diminui e dos

elementos prejudiciais as plantas aumentam.

O diagnóstico da acidez do solo é feito através dos valores do pH, da capacidade de

troca de cátions, da soma de bases, do índice de saturação por bases e do índice de

saturação por alumínio (SBCS, 2004).

A capacidade de troca de cátions (CTC) é definida como o fenômeno de adsorção de

cátions e a posterior reação de troca daqueles adsorvidos com os presentes na solução

do soloé, numericamente, a quantidade de cátions que um solo é capaz de reter

(RIBEIRO et al., 1999a). É responsável pela retenção dos cátions nutrientes das plantas

como cálcio, magnésio e potássio, ficando estes adsorvidos devido as cargas negativas

presente na superfície dos colóides minerais e orgânicos do solo, podendo ser

disponibilizados para as plantas à medida que forem sendo removidos da solução do

solo (MATOS, 2014; RONQUIN, 2010).

A soma de bases (SB) é a soma dos principais cátions trocáveis do solo (Ca2+

, Mg2+

,

K+e Na

+) e demonstra o montante de cátions disponível para as plantas (GATIBONI,

2015; RONQUIN, 2010).A saturação ideal por bases seria 65% de Ca2+

, 10% de Mg2+

e

5% de K+ (MALAVOLTA, 2006).

A saturação por bases (V) é a soma das bases trocáveis expressa em porcentagem de

capacidade de troca de cátions a pH 7 (Equação 1) (CAMARGO et al., 2009):

V=SB

T .100 Equação 1

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Onde: V é a saturação por bases em %;

SB é a soma de bases em cmol dm-3

e

T é a capacidade de troca de cátions a pH 7 em cmol dm-3

.

A saturação por bases é um indicativo das condições gerais de fertilidade do solo: solos

eutróficos (férteis) possui V maior que 50% e solos distróficos (pouco férteis) possui V

menor que 50% (RONQUIN, 2010).

A saturação por alumínio (m) é a porcentagem de alumínio em relação a SB. Fornece

informações sobre a probabilidade de ocorrência de toxidez de alumínio para as plantas.

O cálculo de m é feito conforme Equação 2 (RIBEIRO et al., 1999a):

m=Al

3+

SB+Al3+

.100

Onde: m é a saturação por alumínio em %;

SB é a soma de bases em cmol dm-3

e

Al3+

é concentração de alumínio em cmol dm-3

.

Alguns solos distróficos podem ser muito pobres em Ca2+

, Mg2+

e K+ e possuir teor de

Al3+

muito elevado, chegando a apresentar saturação em alumínio superior a 50%, nesse

caso são classificados como solos álicos (muito pobres) (RONQUIN, 2010). Para a

fertilidade do solo, de modo geral, a saturação com alumínio não deve ser superior a

15%, podendo variar de 10 a 20 %, conforme a cultura (GATIBONI, 2015).

A matéria orgânica (MO) do solo refere-se a todo material orgânico contido no solo,

incluindo a matéria orgânica estabilizada (húmus). Os principais efeitos potencias da

MO são: aumento da superfície específica, da CTC e do efeito tampão; atua como

agente de retenção de nutrientes; melhora as condições físicas como agregação, aeração,

retenção de água e permeabilidade; e atua como reservatórios de nitrogênio, fósforo,

enxofre e micronutrientes (ARAÚJO et al., 2012).

Em relação aos micronutrientes, esses são divididos em dois grupos, de acordo com a

forma de absorção: catiônicos – zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn),

cobalto (Co) e níquel (Ni) e aniônicos – boro (B), cloro (Cl) e molibdênio (Mo). Os

micronutrientes são requeridos em menor quantidade se comparados aos

Equação 2

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macronutrientes nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S), cálcio (Ca) e

magnésio (Mg) (RIBEIRO et al., 1999a; BARBOSA, 2011). Os macronutrientes assim

como os micronutrientes são elementos químicos essenciais para plantas, porém

Malavolta (1980) afirma que qualquer elemento útil para as plantas podem se tronar

tóxicos quando fornecido em concentração excessiva.

A condutividade elétrica (CE) é outro parâmetro importante na avaliação da

produtividade dos solos por medir a salinidade de um solo, tanto natural como

ocasionada por sais nele colocados (CAMARGO et al., 2009). A concentração elevada

de sais (CE maior que 4.000μS cm-1

) na zona das raízes é um fator limitante para o

desenvolvimento das plantas pois afeta a disponibilidade de água (GOMES e

FILIZOLA, 2006; MATOS, 2014). De acordo com Brady e Weil (2013) quando a CE

for próxima de 2.000μS cm-1

algumas culturas maissensíveis já são afetadas.

3.2.2 Aproveitamento agrícola de resíduos

O tratamentoe a disposição final de resíduos podem ser complexos e de alto custo, por

essa razão torna-se necessária a investigação de alternativas de reaproveitamento

exequíveis (MATOS, 2014).

Atualmente existem vários trabalhos sobre a disposição de resíduos no solo, como

resíduos de ETE e ETA, resíduos urbanos, industriais, agroindustriais, da mineração,

entre outros (MATOS, 2014; CORRÊIA et al., 2010; MORETTI et al., 2013; KROB et

al., 2011; SOUZA et al., 2011; et al., 2009; SILVANO, 2011), todos evidenciando o

potencial dos resíduos analisados como corretivos agrícolas ou como fertilizantes,

porém, destacam a necessidade de critérios para aplicação a fim de controlar os

possíveis riscos.

Na escória são encontrados Ca, Mg e Si em elevadas concentrações (MATOS, 2014),

podendo ser utilizada como fertilizante e corretivo agrícola (PINTO et al., 2014;

PUPATTO et al., 2004).Santos (2009) comparou a escória com o calcário dolomítico

para correção da acidez no solo e conclui que a escória elevou o pH até a camada de 20

cm de profundidade em 180 dias enquanto o calcário foi eficiente no máximo a 15 cm

mesmo 360 dias após a aplicação.

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O lixo urbano é constituído por cerca de 31% de material reciclável e 65% de matéria

orgânica putrescível que pode ser reaproveitada como adubo orgânico (MATOS,

2007).Krob et al. (2011) avaliaram as alterações em algumas propriedades químicas do

solo sob adição sucessiva de lixo urbano compostado em quatro dosagens diferentes e

observaram que a aplicação de até 80t ha-1

por ano do composto no solo analisado pode

ser considerada como adequada para melhorar ou manter suas propriedades químicas,

como o pH, que passou de 5,2 para 6,4 na última aplicação; a CTC passou de 4,76para

13,7cmol dm-3

; os nutrientes passaram de 14mg kg-1

de P para 88mg kg-1

; 181mg kg-1

de K para 239mg kg-1

. O Al trocável teve os seus teores diminuídos de 4,0para 0,3mmol

dm-3

devido a adição dos cátionstrocáveis Ca e Mg que aumentaram a partir da terceira

aplicação.

Andrade et al. (2006) analisaram os efeitos da aplicação de lixo urbano compostado em

plantações de Eucalyptusgrandise verificaram que a aplicação de lixo urbano aumentou

a produtividade de E.grandis em relação à testemunha, com um ganho de 45,6% no

volumecilíndrico de madeira. O solo apresentou, em média, reduções de 28% no tempo

de decomposição da serapilheira e 16% para galhos, os autores concluíram que a

presença do composto favoreceu e acelerou a decomposição da serapilheira,

contribuindo para o aumento da disponibilidade de nutrientes.

A alternativa de uso agrícola para o lodo gerado nas ETEs é altamente recomendável

devido à presença de elementos importantes tanto para transformações microbiológicas

no solo quanto para a nutrição das plantas (MATOS, 2007). Quando tratado e

processado, o lodo recebe o nome de biossólido e adquire características que permitem

sua utilização agrícola. No entanto, Jordão e Pessôa (2014) e Matos (2007) alertam para

a qualidade higiênica do lodo de ETE e a presença de metais pesados.

Moreira (2013) avaliou as características físicas e químicas do solo após a aplicação de

lodo de ETE e concluiu que os melhores resultados foram obtidos com a aplicação de

180t ha-1

. Houve melhora da estrutura do solo, diminuindo a densidade e aumentando a

porosidade total, aumentou também os teores de P passando de 9,6 para 77,7 mg dm-3

;a

matéria orgânica aumentou de 14 para 50g dm-3

; a CTC variou de 283,5 a 503,6mmol

dm-3

melhorando de forma significativa a fertilidade do solo estudado.

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Rangel et al. (2006) aplicaram sucessivas doses de lodo de ETE em cultivo de milho e

observou que as folhas apresentaram maiores teores de zinco e manganês do que os

grãos, possibilitando a transferência de metais para a cadeia alimentar, caso essa parte

da planta seja consumida. Essa elevação nos teores de metais pesados na planta não foi

suficiente para atingir os níveis considerados fitotóxicos para o milho, tampouco para

inviabilizar o uso dos grãos para o consumo humano.

- Aplicação de lodo de ETA no solo

Devido às vantagens como a melhoria estrutural do solo, ajuste do pH, adição de traços

minerais, aumento da capacidade de retenção de água e melhoria das condições de

aeração do solo, o lodo de ETA, pode ser utilizado na recuperação de solos agrícolas

(TSUTYIA e HIDRATA, 2001).

O lodo proveniente do uso de sais de ferro na ETA pode ser aplicado em solos com

deficiência desse elemento, com o intuito de melhorar a produção de gramíneas e de

cítricos (TSUTYIA e HIDRATA, 2001), contudo pesquisas têm demonstrado que o

lodo resultante da coagulação com sais de alumínio, quando aplicado ao solo agrícola,

apresenta tendência em reagir e indisponibilizar, para a planta, o fósforo presente no

solo (AGYIN-BIRIKORANG, et al., 2009) assim, a disposição do resíduo requer

monitoramento contínuo para controlar os nutrientes e metais pesados (ASCE &

AWWA, 1996).

O lodo proveniente da lavagem de filtros da ETA Rio Descoberto, que utiliza o

coagulante sulfato de alumínio férrico, é centrifugado e encaminhado para recuperação

de área degradada de cascalheira desativada. Em estudo nesta área degradada, Moreira

et al. (2009) verificaram que a aplicação do lodo promoveu a imobilização do Al3+

e do

chumbo anteriormente disponíveis no solo, provavelmente devido ao aumento da CTC e

da MO que reduz a ação tóxica do alumínio devido a complexação. Segundo os autores,

o lodo de ETA pode ser utilizado na recuperação de áreas degradadas em regiões com

características similares às da área onde o estudo foi realizado.

Machado et al. (2005) caracterizou o resíduo da ETA Bolonha, os resultado

demonstraram que o lodo apresentou baixos valores de matéria orgânica,

macronutrientes e micronutrientes. No entanto, na composição desse resíduo existem

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elementos essenciais ao desenvolvimento dos vegetais, o que indica que o mesmo pode

ser utilizado para fins agrícolas, apresentando valores de nitrogênio, fósforo, potássio e

matéria orgânica superiores aos encontrados em solos da região, não sendo verificadas

concentrações de metais que possam ocasionar problemas de contaminação.

Botero et al. (2009) caracterizaram lodos de estações de tratamento de água que utilizam

diferentes coagulantes e águas com características distintas, o resultados encontrados

apresentam-se na Tabela 1. Segundo os mesmos autores, os teores de Ca e Mg são

considerados muito altos e K são considerados médios para as diferentes amostras. A

saturação por bases, (cerca de 85% na três amostras) indicam que os lodos possuem

elevada fertilidade e grande potencial como aditivo agrícola.

Tabela 1: Caracterização feitas nas amostras de lodo das ETAs de Jaboticabal-SP (ETA

1) Taquaritinga-SP (ETA 2) e Manaus-AM (ETA 3) para fins agrícolas.

Lodo M.O. K

+ Ca

2+ Mg

2+ P V H+Al

* SB CTC

(%) (mmol dm-3

) (%) (mmol dm-3

)

ETA 11 20,5 2,1 147 23 6 82 38 172 210

ETA 22 32,5 2,3 154 28 5 84 35 184 219

ETA 32 68,9 2,9 205 45 17 91 25 253 278

1Utiliza cloreto férrico como coagulante.

2 Utiliza sulfato de alumínio como coagulante.

*Acidez potencial.

Fonte: Botero et al. (2009).

Teixeira et al. (2005) aplicaram lodo da ETA Araraquara, que utiliza cloreto férrico

como coagulante, em solo degradado pela mineração e observou que o lodo estudado

elevou o pH, passando de 4,9 para 7,6 a 7,9 de acordo com a dose aplicada. Os autores

observaram também o aumento da condutividade elétrica no solo, passando de 370para

até 2.960μS cm-1

,devido à grande quantidade de sais adicionados por meio do lodo e

alertam para o risco de salinização. Afirmam ainda que a utilização do lodo de ETA na

recuperação de áreas degradadas pode ser otimizada com a aplicação conjunta de um

resíduo orgânico.

Bittencourt et al. (2012) aplicaram lodo dos decantadores de alta taxa da ETAPassaúna

que utiliza coagulante a base de sais de alumínioem solo degradado pela disposição dos

resíduos da construção civil e concluíram que não houve melhoria na fertilidade do solo.

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19

Relatam ainda que a aplicação do resíduo como forma de destinação final deve ser

controlada.

Padilha (2007) aplicou lodo da ETA Fazenda Rio Grande, que utiliza sulfato de

alumínio como coagulante, em solo com plantação de milho e soja e constatou que não

houve aumento da fertilidade dos solos tão pouco no desenvolvimento do milho e da

soja quando comparados com o os solos sem a adição de lodo.

Os estudos citados apresentaram resultados diferentes, pois as propriedades do lodo de

ETA variam em função das características da água bruta, da época de amostragem, da

tecnologia de tratamento adotada, dos produtos químicos utilizados e do local onde

foram acumulados (LIBÂNIO 2010, BOTERO et al., 2009).

3.3 Consideraçõessobre a legislação

Embora não existam regulamentações específicas que tratam sobre os resíduos gerados

nas ETAs, a legislação ambiental brasileira fornece de forma indireta todas as

ferramentas para o controle do lodo (BARROSO E CORDEIRO, 2001).

A NBR 10.004 define resíduos sólidos como sendo os resíduos nos estados sólido e

semissólido resultante das atividades humanas, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos

de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face a

melhor tecnologia disponível(BRASIL, 2004). A mesma Norma afirma que estão

incluídos nesta definição os lodos de ETA, porém alguns autores caracterizam as águas

de lavagem dos filtros como resíduo líquido devido o baixo teor de sólidos e apenas o

lodo do decantador como resíduo sólido (BAROSO e CORDEIRO, 2001; SOUZA e DI

BERNARDO, 1999).

Padilha (2007) e Guerra e Angelis (2005) realizaram alguns ensaios e concluíram que os

lodos são resíduos sólidos Classe II A – não inertes.

Devido ao enquadramento do lodo de ETA como resíduo sólido o mesmo fica sujeito à

aplicação da Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) através de diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos. No art. 47, a PNRS proibi o lançamento em praias, no mar ou em quaisquer

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20

corpos hídricos como formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos e

determina no art. 30 o desenvolvimento de estratégias sustentáveis para promover o

aproveitamento dos mesmos(BRASIL, 2010).

Considerando a classificação de resíduos líquidos para as águas de lavagem dos filtros,

o lançamento indiscriminado deste nos corpos d`água, está sujeito ao regime de outorga

podendo ou não receber autorização conforme determina a Lei 9.433/1997 que institui a

Política Nacional de Recursos Hídricos (BRASIL, 1997).Em relação a legislação

normativa, destaca-se a Resolução 430/2011 do Conselho Nacional de Meio Ambiente

(CONAMA) que estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes em

corpos hídricos (BRASIL, 2011) e a COPAM/CERH-MG 01/2008 que estabelece as

condições e padrões de lançamentos de efluentes nos corpos de água para o estado de

Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2008).

No que se refere a disposição de lodo de ETA no solo não foram encontradas

legislações que tratam do assunto, porém a aplicação do lodo gerado nas ETEs possui

critérios bem definidos por normas brasileiras, européia e americana.

A Comunidade Européia, através do EuropeanCouncilDirective 86/278/EEC e a

legislação norte americanapara controle das disposições dos lodos de ETE, 40 CFR Part

503 (USEPA, 1996), estabeleceram os limites de metais pesados permitidos no lodo de

esgoto para aplicação na agricultura, assim como os limites máximos a serem atingidos

no solo e a quantidade máxima a ser adicionada anualmente (Tabela 2).

Tabela 2: Teores máximos de metais pesados permitidos no lodo de esgoto para fins de

uso na agricultura, teores máximos a serem atingidos no solo e teores máximos de

adição anual estabelecidos pela legislação norte americana40 CFR Part 503 (negrito) e

pela Comunidade Européia através da Directive 86/278/EEC (entre parênteses).

Elemento Máximo no lodo

1 Máximo no solo

1 Máxima adição anual

mg kg-1

mg kg-1

mg kg-1

Cádmio 85 (20-40) 39 (1-3) 1,9 (0,15)

Cobre 4.300 (1.000-1.750) 1.500 (50-140) 75 (12)

Níquel 420 (300-400) 420 (30-75) 21 (3)

Chumbo 840 (750-1.200) 300 (50-300) 15 (15)

Zinco 7.500 (2.500-4.000) 2.800 (150-300) 140 (30)

Mercúrio 57 (16-25) 17 (1-15) 0,85 (0,1)

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21

Crômio nd (1.000-1.500) nd (100-150) nd (4)

nd: não definido.

1 A variação dos valores entre parênteses é função do pH.

Fonte: USEPA(1996).

Tendo em vista a deficiência de resultados de pesquisa para as condições brasileiras,

principalmente em experimentação de campo de longa duração (MELO et al., 2014), as

legislações definidas para os estados de São Paulo (CETESB, 1999) e Paraná (IAP,

2009), se basearam, respectivamente, nas legislações americana e espanhola (Tabela 3).

Na Tabela 3 apresenta-se também as concentrações máximas de alguns

substânciaspermitidas no lodo de esgoto segundo CONAMA 375/2006 que define os

critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de ETEs. Diferente do que é

observado na Tabela 2, a Resolução define que à carga de aplicação anualdeve

considerar a demanda de nitrogênio recomendada para a cultura e disponível no lodo de

ETE(BRASIL, 2009).

Tabela 3: Comparação entre os níveis máximos de metais pesados em lodo de esgoto

para uso na agricultura permitido em São Paulo, Paraná e estabelecidos na CONAMA

375/2006.

Elemento São Paulo

1 Paraná CONAMA 375/2006

mg kg-1

mg kg-1

mg kg-1

Arsênio 75 nda - 41

b,c 41

Cádmio 85 20a,b,c

39

Cobre 4.300 1.000a,b,c

1.500

Crômio nd 1.000a,b,c

1.000

Chumbo 840 750a - 300

b,c 300

Mercúrio 57 16a,b

- 17c 17

Molibdênio 75 nda - 50

b,c 50

Níquel 420 300a - 420

b,c 420

Selênio 100 nda - 100

b,c 100

Zinco 7.500 2.500 2.800

nd: não definido.

1 Norma Técnica CETESB P4.230/1999. Atualmente o estado de São Paulo adota os limites

estabelecidos na CONAMA 375/06 segundo Decisão de Diretoria da CETESB388/2010/P.

a Melo et al. (2014).

b Resolução SEMA 001/2007 (IAP, 2007)

c Resolução SEMA 021/2009 (IAP, 2009)

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22

A legislação do Paraná foi atualizada à medida que novos estudos foram realizados e

após entrar em vigor a CONAMA 375/2006, sendo a Resolução SEMA 021/2009 mais

restritiva que esta para os parâmetros zinco, cobre e cádmio.

Em relação a qualidade dos solos, a CONAMA 420/2009 determina os valores

orientadores quanto à presença de substâncias químicasno soloem decorrência de

atividades antrópicas (Tabela 4).

Nota-se que para os elementos Al, Fe e Mn a Resolução não estabelece limites,

possivelmente porque são encontrados em grandes concentrações no solo brasileiro

devido aos processos de formação do solo, o alumínio, por exemplo é o segundo maior

constituinte das rochas ígneas (MATOS, 2007; PETRERE,2002).

Tabela 4: Alguns valores orientadores para solos estabelecidos na CONAMA 420/2009

para uso agrícola.

Substâncias Limite (mg kg-1

) Substâncias Limite (mg kg-1

)

Alumínio - Ferro -

Cádmio 3 Manganês -

Chumbo 180 Mercúrio 12

Cobre 200 Níquel 70

Cromo 75 Zinco 450

Fonte: BRASIL (2009).

De forma geral, as recomendações de aplicação para lodo de esgoto no solo segundo

USEPA (1996),CETESB (1999) e Brasil (2006) levam em consideração três

característica do resíduo: a taxa de mineralização do nitrogênio ou do nutriente de maior

concentração; o teor de metais e o poder de neutralização do material, que corresponde

acapacidade de neutralizar a acidez (MATOS, 2014).

4 MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado no município de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais,

entre os dias 28 de janeiro e 12 de março de 2015.

4.1 Coleta e caracterização do solo

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23

O solo foi coletado no município de Silveirânia, Minas Gerais em área onde há

plantação de eucalipto. O solo da região é classificado como LVAd60 - latossolo

vermelho-amarelo - relevo forte ondulado e montanhoso (MAPA DE SOLOS DO

ESTADO DE MINAS GERAIS, 2010).

A coleta do solo foi realizada como sugere Santos et al. (2013): foram predefinidos 25

pontos de amostragem; realizou-se a limpeza no local de coleta (Figura 4 A) para

remover galhos e folhas; coletou-se o solo a uma profundidade de 0 a 20 cm com o

auxílio de um enxadão e acondicionou em sacos de 2kg (Figura 4 B).

Todas as amostras foram misturadas e secadas a sombra, após a homogeneização uma

alíquota foi encaminhada ao Laboratório de Rotina e de Física do Solo da Universidade

Federal de Viçosa (UFV) para caracterização segundo EMBRAPA (2011) (Tabela 5 e

Tabela 6)

Figura 4: A – Limpeza do local. B – Coleta e acondicionamento do solo.

Fonte: Arquivo pessoal.

Tabela 5: Caracterização do solo.

Parâmetros Valor Parâmetros Valor

pH 4,02 V (%) 2,30

P (mg dm-³) 0,70 m (%) 89,20

K (mg dm-³) 13,0 MO (dag kg

-1) 2,69

Ca²⁺ (cmol dm-³) 0,07 S (mg dm

-³) 3,60

Mg²⁺ (cmol dm-³) 0,04 B (mg dm

-³) 0,25

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24

Al³⁺(cmol dm-³) 1,16 Cu (mg dm

-³) 1,45

H+Al1(cmol dm

-³) 6,00 Mn (mg dm

-³) 4,40

SB (cmol dm-³) 0,14 Fe (mg dm

-³) 83,3

t2 (cmol dm

-³) 1,30 Zn (mg dm

-³) 0,45

T3

(cmol dm-³) 6,14 CE (μS cm

-1) 40,0

1 Acidez potencial (H+Al);

2 CTC efetiva (t) = SB + Al³⁺;

3 CTC pH 7 (T) = SB+ (H+Al).

Tabela 6: Análise granulométrica do solo.

Partículas Teor (%) Partículas Teor (%)

Areia grossa 26,0 Silte 9,0

Areia fina 8,0 Argila 57,0

A densidade do solo (ρ) foi determinada conforme recomenda EMBRAPA (2011), após

homogeneização das amostras retirou-se uma alíquota de 1,2kg obtendo 6 replicatas de

0,2kg cada, o valor médio foi utilizado para fins de cálculos (Tabela 7).

Tabela 7: Densidade do solo.

Replicatas 1 2 3 4 5 6 Média

ρ (g cm-³) 1,13 1,03 1,02 1,06 1,08 1,09 1,05

4.2 Coleta e caracterização do lodo

O lodo utilizado foi obtido de uma estação de tratamento de água em Juiz de Fora,

localizada no Distrito Industrial, com tecnologia de tratamento de ciclo completo

utilizando cal como corretor de pH e o coagulante cloreto férrico. A ETA atende40 %

da população com o tratamento de 620 L s-1

através da captação no Ribeirão Espirito

Santo (CESAMA, 2014; ASSIS, 2014).

Optou-se por coletar apenas o lodo do decantador devido a sua maior concentração de

sólidos (Figura 5A e 5B). A ETA opera com doisdecantadores de aproximadamente

1.609 m³ cada que são lavados manualmente em dias distintos a cada 60 dias.

A coleta foi realizada nos dias 17 e 24 de agosto de 2014, de forma vertical ao longo da

massa de lodo para que a parte superficial e a parte mais profunda do resíduo fossem

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25

recolhidas, as amostras foram obtidas em pontos variados dos decantadores com o

auxílio de uma corda e um balde e acondicionadas em garrafas pet previamente lavadas

com água corrente e enxaguadas com água destilada (Figura 5C).

As amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Ecologia Aquática da Universidade

Federal de Juiz de Fora para desidratação em estufa até obter um teor de umidade

constantee após triturado (Figura 5D).

O teor desólidos totais foi determinado segundo APHA (2005) à temperatura de 105°C

por uma hora. Foram realizadas quatro repetições conforme apresenta-se na Tabela 8.

Figura 5: A e B–Limpeza do decantador da ETA. C – Acondicionamento das amostras

em garrafas pet. D – Lodo desidratado em estufa e triturado.

Fonte: Arquivo pessoal.

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26

Tabela 8: Teor de sólidos totais (ST) do lodo da ETA.

Replicatas 1 2 3 4 Média

ST (mg L-1

) 99.825,0 100.388,5 100.456,5 104.475,0 101.286,3

O lodo obtido nas duas coletas, após a desidratação, foi homogeneizado e enviado ao

Laboratório de Rotina e de Física do Solo da UFVpara caracterização segundo

EMBRAPA (2011).

Para o lodo foram determinados os macronutrientes cálcio, magnésio, nitrogênio,

fosfóro, potássio e enxofre. Os metais ferro, zinco, manganês, cádmio, cromo, chumbo,

níquel e boro. Os teores de matéria orgânica (MO) e o poder de neutralização (PN)

(Tabela 9).

Tabela 9: Caracterização do lodo da ETA.

Parâmetros (g kg-1

) Parâmetros (mg kg-1

) Parâmetros (mg kg-1

)

Ca 51,9 Fe 321,1 Pb 6,4

Mg 32,1 Zn 155,3 Ni 71,5

N 21,0 Mn 525,9 B 3,1

P 22,9 Cu 37,5 S 2,45

K 14,6 Cd 11,2 PN (%) 1,2

MO 401,0 Cr 105,5

4.3 Planejamento experimental e análise dos dados

Para avaliação dos efeitos da aplicação do lodo nas propriedades do solo foram

determinados os parâmetros a serem analisados, as doses de aplicação, o número de

repetições para cada dose e o delineamento experimental.

4.3.1 Cálculo da dose de lodo

De posse da caracterização do solo e do lodo foi possível estabelecer a dose de

aplicação do resíduo calculada de acordo com a Equação 3 (MATOS, 2014), que defini

a dose de aplicação baseada na concentração de nitrogênio presente no lodo, no solo e

pela demanda da planta. A adoção do nitrogênio como referencial está associadaaos

riscos que se tem de contaminação de águas subterrâneas com nitrato (MATOS, 2014),

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27

sendo utilizada na definição da dose de aplicação de resíduos como lodo de ETE

(MATOS, 2007) e de ETA (TEIXEIRA et al., 2005).

Dres=Nabs-Ndisp-solo

Ndisp-resíduo

Em que:Dres é a dose de resíduo (t ha-1

);

Nabs é o nitrogênio absorvido pela cultura (kg ha-1

);

Ndisp-solo é o N aproveitavél disponibilizado pela MO já contida no solo (kg ha-1

); e

Ndisp-resíduo é o N disponibilizado pelo resíduo (kg t-1

).

Considerou-se a adubação de gramínea para determinação do Nabs, sendo este igual a

200kg ha-1

(RIBEIRO et al., 1999a).Segundo Megda et al.(2005), os lodos de ETA

podem ser aplicados no cultivo de grama na fase líquida ou após a desidratação para

preparação do solo e na fase de crescimento da planta.

A quatidade de nitrogênio disponibilizada pelo solo (Ndisp-solo) pode ser obtida utilizando

a Equação 4 (MATOS, 2014):

Ndisp-solo=Tm1.MO.ρs.p.10

7.0,05.

n

12

Onde:Tm1 corresponde a taxa anual de mineralização da matéria orgânica anteriormente

existente no solo (kg kg-1

ano-1

), varia, geralmente, entre 0,01 e 0,02. O valor utilizado

foi de 0,01. De acordo com Ronquim(2010) o solo brasilerio é mais velho e a matéria

orgânica possui cadeias longas defíceis de serem quebradas.

MO é o conteúdo de matéria orgânica do solo (kg kg-1

);

ρs é a densidade do solo (t m-3

);

p é a profundidade do solo considerada em m (0,20m); e

n é o número de meses considerados do ano, foi adotado 12 meses.

A quantidade de N disponibilizada pelo resíduo (Ndisp-resíduo) pode ser obtida com a

Equação 5:

Ndisp-resíduo=Tm2.n

12.Norg+ Namon+Nnitrato .TR

Equação 4

Equação 3

Equação 5

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No qual: Tm2 equivale a taxa de mineralização do Norg (kg kg-1

ano-1

). Não foi

encontrado na literaruta valores referentes a taxa de mineralização do Norg (Tm2) para o

lodo de ETA sendo utilizado o valor de 0,3 kg kg-1

ano-1

que corresponde a taxa anual

de mineralização do material orgânico do lodo de esgoto digerido aerobicamente

(MATOS, 2007).

TR é a proporção na recuperação do N mineral pela cultura (kg kg-1

).

Norg, Nanom, Nnitrato são, respectivamente, as concentrações de nitrogênio orgânico,

amoniacal e nitrato (g kg-1

).

Para gramíneas o TR é 0,5 kg kg-1

(MATOS, 2014).

A média citada por Andreoli et al. (2006), obtidas através da análise de 71 trabalhos,

para a concentração de nitrato sendo de 0,2 g kg-1

e 0,02 g kg-1

de nitrogênio amoniacal

determinados por Ippolito et al (2010) por meio da avaliação de 21 estudos.

Após calcular a Dres, definiu-se aplicar as propoções de 0%, 50%, 100%, 150% e 200%

desta dose. Na Tabela 10 apresenta-se os tratamentos adotados.

Tabela 10: Tratamentos adotados em função da dose de aplicação do lodo.

Proporção da Dres Proporção da Dres Taxa de aplicação

% g vaso-1

kg m-2

Tratamento 0 0 0 0

Tratamento 1 50 29,14 1,36

Tratamento 2 100 58,27 2,73

Tratamento 3 150 87,41 4,09

Tratamento 4 200 166,55 5,45

Com os resultados da caracterização do lodo (Tabela 9) calculou-se a quantidade total

de nutrientes e metais adicionados ao solo (Tabela 11).

Tabela 11: Quantidade total de nutrientes e metais adicionados ao solo de acordo com

cada tratamento.

Tratamento 0 Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

g vaso-1

g vaso-1

g vaso-1

g vaso-1

g vaso-1

Ca 0 1,51 3,02 4,54 6,05

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29

Mg 0 0,94 1,87 2,81 3,74

N 0 0,61 1,22 1,84 2,45

P 0 0,67 1,33 2,00 2,67

K 0 0,43 0,85 1,28 1,70

mg vaso

-1 mg vaso

-1 mg vaso

-1 mg vaso

-1 mg vaso

-1

S 0 0,07 0,14 0,21 0,29

Fe 0 9,36 18,71 28,07 37,42

Zn 0 4,52 9,05 13,57 18,1

Mn 0 15,32 30,65 45,97 61,29

Cu 0 1,09 2,19 3,28 4,37

Cd 0 0,33 0,65 0,98 1,31

Cr 0 3,07 6,15 9,22 12,3

Pb 0 0,19 0,37 0,56 0,75

Ni 0 2,08 4,17 6,25 8,33

B 0 0,09 0,18 0,27 0,36

4.3.2 Delineamento experimental

Este experimento seguiu um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com cinco

tratamento (doses de lodo) e quatro repetições, totalizando 20 unidades experimentais.

Foi escolhido o DIC uma vez que a única fonte de variação submetidas as unidades

experimetais foram as distintas doses de lodo. Na Figura 6 apresenta-se um croqui com

a disposição dos vasos.

Figura 6:Disposição dos vasos.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.3.3 Implantação do experimento

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30

Para montagem das unidades experimentais utilizou-se vasos de polietileno preto com

capacidade de 3L. Cada vaso foi identificado com o número do tratamento e da

repetição e recebeu uma camada de brita no fundo para favorecer a drenagem e aeração

do solo (Figura 7 C).Em seguida recebeu 2kg da mistura de solo mais lodo nas

proporções determinadas para cada tratamento (Figura 7A, 7B, 7 D e 7 E). Os vasos

foram dispostossegundo croqui da Figura 6 (Figura 7 F).

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31

Figura 7: A e B – Mistura e homogenização do solo e lodo. C – Camada de brita no

fundo dos vasos. C e D - Montagem das unidades experimentais. F – Disposição dos

vasos conforme DIC.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.3.4 Controle da umidade

Cada vaso foi regado com água destilada entre os dias 28 de janeiro e 12 de março de

2014 todos os dias a fim de manter a umidade do solo próxima à sua capacidade de

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32

campo. A reposição de água perdida por evaporação foi calculada segundo a Equação 6

(TUCCI et al. 1993):

EV=0,35. 1+0,24.u2 .(es-ea)

Sendo:EVa evaporação de superfície líquida (mm dia-1

);

es a umidade de saturação do ar (mb) (Equação 7);

ea representa a umidade de vapor de água a temperatura ambiente (mb) (Equação 8) e

u2 é a velocidade do vento a 2m de altura (m s-1

).

es=0,61.exp(17,27.T

237,3+T)

Onde T é a temperatura média do dia em °C.

ea=es

UR

100

Em que UR é a umidade relativa do ar média mensal em % e es em kPa.

Todos os dados para determinação da evaporação foram obtidos no portal do Instituto

Nacional de Meteorologia (INMET, 2015).

4.3.5 Parâmetros avaliados e análises estatísticas

Dos atributos químicos e físicos do solo foram avaliados a concentração de Al+3

, o pH,

a CTC, SB, V, m, CE, MO, nutrientes P, K, Ca, Mg, S e metais pesados Cu, Mn, Fe,

Zn, Cr, Ni, Cd, Pb.

As amostras de solo foram coletadas após 44 dias do início do experimento e

encaminhadas ao Laboratório de Rotina e de Física do Solo da UFV para caracterização

segundo EMBRAPA (2011).

Inicialmente foi realizada a Análise de Variança (ANOVA), considerando duas

hipóteses: H0 - as características do solo não são alteradas em função da dosagem do

lodo e H1 - as características do solo são alteradas em função da dosagem do lodo, para

Equação 6

Equação 7

Equação 8

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33

um nível de significância de 5 %. A ANOVA foi realizada com o auxílio do softwear

SISVAR, desenvolvido por Ferreira (2003).

Utilizou-se o EXCEL para o ajuste dos modelos de regressão das características do solo

avaliadas em função da dose, quando aceitou-se H1 no teste da ANOVA.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Análise das características do solo antes da aplicação do lodo

De acordo com o triângulo textural, o solo objeto desse estudo é classificado como

argiloso (SANTOS et al., 2013). Os solos argilosos possuem maior reatividade das

partículas com a fase líquida devido a ASE das argilas ser maior se comparado a areia e

a predominância de cargas negativas na superfície das mesmas e, portanto capacidade

de se ligarem aos cátions.

A densidade do solo (1,05 g cm-³) corresponde a densidade de um solo argiloso, que

varia de 1,0 a 1,6g cm-3

(SANTOS et al., 2013). O mau manejo de um solo argiloso

conduz a compactação e o aumento da densidade provocando resistência a penetração

das raízes e redução da taxa de difusão de oxigênio nos poros do solo prejudicando o

desenvolvimento das plantas.

Devido as alterações provocadas na estrutura do solo durante a coleta, a ρ determinada

neste estudo pode diferir da densidade real do solo em campo, porém essa diferença não

interfere nos resultados pois o experimento não foi montado em campo.

Apresenta-se novamente a Tabela 5 a fim de facilitar a visualização dos dados durante a

análise das características do solo.

O pH de 4,02 possui classificação química de acidez muito elevada enquanto a

classificação agronômica o defini como muito baixo (RIBEIRO et al., 1999a).O pH

deve estar entre 5,5 e 6,0para favorecer a disponibilidade de nutrientes e reduzir a

solubilidade de elementostóxicos como o Cu, Zn, Mn e Al.

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A acidez potencial (H+Al) encontra-se alta (RIBEIRO et al., 1999a) sendo esta a mais

prejudicial ao crescimento da maioria das plantas.

Tabela 5: Caracterização química do solo.

Parâmetros Valor Parâmetros Valor

pH 4,02 V (%) 2,30

P (mg dm-³) 0,70 m (%) 89,20

K (mg dm-³) 13,0 MO (dag kg

-1) 2,69

Ca²⁺ (cmol dm-³) 0,07 S (mg dm

-³) 3,60

Mg²⁺(cmol dm-³) 0,04 B (mg dm

-³) 0,25

Al³⁺(cmol dm-³) 1,16 Cu (mg dm

-³) 1,45

H+Al(cmoldm-³) 6,00 Mn (mg dm

-³) 4,40

SB (cmol dm-³) 0,14 Fe (mg dm

-³) 83,3

t(cmoldm-³) 1,30 Zn (mg dm

-³) 0,45

T(cmoldm-³) 6,14 CE (μS cm

-1) 40,0

Os pontos de troca de cátionssão influenciados pela classe textural do solo (argiloso ou

arenoso) e também pela concentração de matéria orgânica, podendo representar mais de

80% do valor da CTC (RONQUIM, 2010), apesar do solo em estudo ser classificado

como argiloso tem-se que o teor de matéria orgânica é médio (RIBEIRO et al., 1999a)

sendo essa a mesma classificação para a CTC a pH 7 enquanto a CTC efetiva é baixa,

essa diferença evidencia a acidez potencial elevada.

O solo possui características de um solo pobre ou álico de acordo com o índice de

saturação por alumínio(m), este índice é elevado com 89 %, indicando a ocorrência de

um teor de alumíniotóxico para as plantas. As gramíneas aromáticas como o capim-

limão toleram o máximo de 25 % de saturação por alumínio já os gramandossão

maissensíveis e suportam até 5 % (RIBEIRO et al., 1999a).

Segundo oíndice de saturação por base (V)o solo é definido como distrófico (pouco

fértil). Ribeiro et al. (1999a) classifica a saturação por basescomo muito baixa,

mostrando que há pequenas quantidades de cátions, como K+, Ca

2+e Mg

2+saturando as

cargas negativas dos colóides (apenas 2,3 %) e que a maioria delas está sendo

neutralizada por H+ e Al

3+ (89 %).As gramíneas podem se desenvolver em solos que

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variam de 40 a 60% de V, mas a maioria das culturas apresentam boa produtividade

para V entre 50 e 80 % (RIBEIRO et al., 1999a; RONQUIM, 2010).

A deficiência dos macronutrientes P, K, Ca2+

, Mg2+

também é observada no valor

reduzido do parâmetrosoma de bases (SB);0,14mg dm-³;o qual representa a soma desses

cátions. Igualmente os micronutrientes Zn, Mn e B encontram-se escassos (0,45; 4,40 e

0,25 mg dm-3

respectivamente). Entre outros motivos, a limitação de nutrientes é devido

a baixacapacidade de reter esses cátions (CTC efetiva) não sendo repostos à medida que

são lixiviados ou extraídos pelas plantas.

As concentrações elevadas de Fe e Al (83 e 1,16 mg dm-3

respectivamente) podem estar

relacionadosa composição natural do solo. De acordo com Ker (1991) emlatossolo

vermelho-amarelo os óxidos de ferro (hematita e goethita) e alumínio (gibbsita) são os

responsáveis por estas respectivas cores. O Al pode também ter origm na decomposição

de argilas caolinítica que liberam Al3+

(RONQUIN, 2010).

Acredita-se que a baixa fertilidade do solo é consequência das práticas de manejo que

podem ter diminuído o teor de MO e a CTC, resultando em escassez de nutrientes

restando apenaselevados teores de Fe e Al uma vez que o pH do solo favorece a

solubilidade dos mesmos. Estudos realizados porConsensa et al. (2010) eLeite (2001)

mostraram que o solo com uso e manejo semelhantes ao desse estudo tornou-se ácido e

reduziu os níveis de cálcio, magnésio e potássio provocando a perda da qualidade.

Em relação a condutividade elétrica (CE), o solo não é classificado como salino, possui

CE menor que o tolerado por algumas culturas sensíveis como a cenoura que suporta até

1.000 μS cm-1

(RIBEIRO et al., 1999a).

5.2 Análise das características do lodo da ETA

O poder neutralizante (PN) corresponde a capacidade do resíduo de neuralizar a acidez

do solo, para qual se toma como padrão o carbonato de cálcio considerando como 100

% o PN desse corretivo. O lodo da ETA apresentou poder neutralizante igual a 1,2 %,

esse valor é próximo ao PN do lodo da ETA Araraquara de 2,8 % (TEIXEIRA et al.,

2005) masmuito baixo se comparado ao carbonato de cálcio.

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O teor médio de sólidos totaisde 101.286 mg L-1

é próximo ao valor determinado por

Assis (2014) de 89.722 mg L-1

para a mesma ETA e no mesmo periodo do ano. Porras

(2007) através da análise dos dados de diversos autores observou que ossólidos totais

podem variar de 1.100 a 81.575 mg L-1

. Essasvariações ocorrem em função da

qualidade da água do manancial edosprodutos químicos utilizados. Para CORDEIRO

(1999) a concentração, o tipo e o tamanho das partículas também são fatores que podem

provocar variações no teor de sólidos.

Os macronutrientes variam de forma significativa para cada ETA analisada(Tabela 12),

sendo o S e o N os elementos que apresentaram maior divergência, estando o primeiro

bem abaixo dos valores obtidos por Matos (2014) e Padilha (2007) e o segundo é

superior aos resultados citados por Matos (2014) e Teixeira et al. (2005).

Tabela 12: Macronutrientes presentes no lodo da ETA e valores encontrados na

literatura.

Autor Ca Mg N P K S

(g kg-1

)

ETA 51,9 32,1 21,0 22,9 14,6 0,002

Matos (2014) 1 0,2 0,1 4,3 2,2 0,6 9,600

Padilha (2007) 2

3,0 28,2 - 19,4 42,3 2,090

Teixeira et al. (2005) 3

121,0 4,0 2,0 1,0 2,0 -

1Valores médios encontrados na literaruta.

2 Utiliza sulfato de alumínio como coagulante.

3 Utiliza cloreto férrico como coagulante.

As concentrações de Ca e K no lodo da ETA são menores que os resultados obtidos por

Teixeira et al. (2005) e Padilha (2007) respectivamente. A presença de cálcio no lodo da

ETA é devido ao uso da cal como corretor de pH da água bruta. Para o Mg e o P a ETA

apresenta valores superiores aos encontrados pelos demais autores, mas semelhantes aos

obtidos por Padilha (2007).

Para a meteria orgânica(401 g kg-1

), o lodo apresentou valores superiores aos 63 g kg-1

encontrados no lodo da ETA Bolonha (MACHADO et al., 2005), os 205 g kg-1

e 325 g

kg-1

presentes no lodo das ETAs Jaboticabal e Taquaritinga respectivamente e menor

que os 689 g kg-1

para o lodo da ETA Manaus. (BOTERO et al., 2009)

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As diferenças entres os resultados obtidos resultam, além dos produtos químicos

utilizados na ETA, das características da água bruta que são influenciadas pelas

particularidades, uso e ocupação da bacia hidrográfica a qual pertence o corpo hidríco.

Botero et al. (2009) conluiram que devido lixiviação de solos da bacia do Rio Negro o

lodo da ETA de Manaus possui teor de matéria orgânica e nitrôgenio maior se

comparados ao lodo da ETA de Jaboticabal e de Taquaritinga ambas em São Paulo.

Na bacia do Ribeirão Espirito Santo, antes do ponto de captação da ETA, existem

pequenas propriedades rurais e algunas indústrias, havendo portanto a possibilidade de

lançamentosde efluentes domésticos, industriais, drenagem de pequenasáreas agrícolas e

de dejetos de animais podendo contriduir na concentração de N, P, K e MO no lodo.

Em relação as concentrações de metais pesados (Tabela 13) nota-se que o Fe e o Mn

presentes no lodo da ETA estão em menor quantidadese comparado aos resultados dos

demais autores, o Fe pode estar dissolvido na água bruta, porém acredita-se que o uso

de coagulante a base de ferro deve ser o maior contribuinte deste elemento no lodo da

ETA.

Tabela 13: Metais pesados presentes no lodo da ETA e valores encontrados na

literatura.

Autor Fe Zn Mn Cu Cd Cr Pb Ni

(mg kg-1

)

ETA 321 155,3 526 37,5 11,2 105,5 6,4 71,5

Bittencourt et al. (2012) 1

- 80,5 649 32,5 8,0 < 2,0 30,2 5,8

Matos (2014) 2

39.000 76,0 627 < 33 - - - -

Padilha(2007) 3

70.350 100,0 770 - - 90,0 90,0 -

Teixeira et al. (2005) 4

167.04

0 66,0 1.683 149,0 6,0 86,0 8,0 27,0

1 Utiliza sulfato de alumínio como coagulanteou policloreto de alumínio (PAC).

2 Valores médios encontrados na literaruta.

3 Utiliza sulfato de alumínio como coagulante.

4 Utiliza cloreto férrico como coagulante.

Moreira et al. (2009)constatou que para o lodo da ETA Água Rio Descoberto, que

utiliza sulfato de alumínio férrico como coagulante, o manganês é proveniente das

impurezas desse produto, outra alternativa para a origem do Mn no lodo é a presença

deste no solo e consequentemente na água bruta. Para Andreoli et al. (2001) é

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importante conhecer a composição química dossolos antes da interpretação dos

compostos contidos no lodo de ETA.

A fonte de manganês no lodo deve ser melhor investigada, uma vez que a sua

concentração é elevada, superior os teores de ferro o qual esperava-se estar em maior

concentração devido a contribuição elevada do coagulante na produção de sólidos em

uma ETA (REALI et al, 1999).

Os metais Zn, Cd, Cr e Ni possui maior concentração se comparados aos outros

resultados. Destaca-se a elevada concentração de Ni no lodo analisado em relação aos

valores presentes na Tabela 13, porém esse resultado está entre a faixa citada por

Ipollito et al. (2011) de 64±14mg kg-1

quando utiliza-se coagulante a base de ferro. O

Cu esta em menor concentração se comparado com os resultados de Teixeira et al.

(2005) e similar aos encontrados por Bittencourt et al. (2012). O inverso acontece para

a concentração de Pb, ou seja, é próximo ao valor determinado por Teixeira et al. (2005)

e menor que os resultados de Padilha (2007) e Bittencourt et al. (2012).

Cordeiro (1993)identificou que a variação da concentração de metais édevido à

quantidade e tipo de impurezas encontrados nos produtos químicos utilizados nas ETAs.

Resultadossemelhantessão relatados por AWWARF & KIWA, 1990 apud Barroso e

Cordeiro 2001, indicando que a utilização de produtos químicos poderia ser responsável

por 100% das concentrações de Cr, Cu e Pb e 78% da concentração de Zn. Além dessa

provável origem para os metais no lodo, há também a possibilidade de lançamento de

efluentesindustriais no ribeirão Espírito Santo, considerando ser um distrito industrial e

possuir várias indústrias no seu entorno.

A Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de

controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de

potabilidade, determina no art. 13 que o responsável pelo sistema de abastecimento de

água deve exigir dos fornecedores laudo de atendimento dos requisitos de saúde

estabelecidos em norma da ABNT para o controle de qualidade dos produtos químicos

utilizados no tratamento de água e laudo de inocuidade dos materiais utilizados na

produção e distribuição que tenham contato com a água (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2011). Portanto, para identificar a origem dos metais no lodo, além de conhecer a

constituição do solo, é necessário a análise de tais laudos.

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39

Quando comparados aos limites estabelecidos nas legislações para lodo de esgoto, o

lodo da ETA atende a CONAMA 375/2006 e a Resolução SEMA 021/2009, sendo esta

última mais restritiva. Também é menor que os teores máximos determiados na

legislação norte americana 40 CFR Part 503 e na Directive 86/278/EEC. Logo há

viabilidade de apalicação do lodo da ETA no solo.

Ressalta-se que foram coletadasduas amostras de lodo no período seco de Juiz de

Fora.PEREIRA et al. (2012)concluiu que, para a ETA objeto desse estudo, a diferença

na produção de sólidos entre os períodos seco e chuvoso é de 40% devido ao

carreamento de partículas para os corpos d’água pela chuva, aumentando

significativamente os sólidos presentes na água e alterando as características do lodo,

portanto para uma maior representatividade do lodo recomenda-se que novas

amostragenssejam realizadas considerando a variabilidade em função da estação do ano.

5.3 Análise dos atributos do solo após a aplicação do lodo

De posse da caracterização do solo após aplicação do lodo da ETA, realizou-se o teste

da ANOVA. Os parâmetros que variaram, considerando um nível de probabilidade de

5% para aceitar H1, foram Ca2+

, Mg2+

, SB, V, t, m, Fe, Mn, Zn, Cr, CE e densidade. Os

outros parâmetros (pH, P, K, Al, MO, Cu, Ni, Cd e Pb) não variaram estatisticamente

de acordo com os resultados encontrados, ao nível de 5% de significância (Tabela 14).

A tabela com os dados após aplicação do lodo,para os diferentes tratamentos adotados, e

os resultados obtidos com o softwear SISVAR para o teste ANOVA encontram-se nos

ANEXOS.

Tabela 14: Concentrações médias dos parâmetros que não variaram em função os

diferentes tratamento.

Parâmetro Unidade T0 T1 T2 T3 T4

pH em H2O 5,16 5,00 4,79 4,81 4,67

P mg dm-3

1,13 0,98 1,13 1,03 1,03

K mg dm-3

19,75 19,25 19,00 20,00 19,50

Al3+

cmol dm-3

0,88 1,00 1,05 0,90 0,86

H+AL cmol dm-3

7,93 7,08 6,60 6,28 6,95

T cmol dm-3

8,26 7,54 7,14 6,93 7,71

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40

MO dagkg-1

3,36 3,40 3,26 3,43 3,49

Cu mg dm-3

1,73 1,69 1,78 1,99 1,98

Ni mg dm-3

0,03 0,31 0,01 0,39 0,25

Cd mg dm-3

0,03 0,03 0,04 0,01 0,06

Pb mg dm-3

0,68 0,56 0,69 0,56 0,58

No que diz respeito a classificaçao agronômica, a acidez ativa (pH) e potencial (H+AL)

manteve-se alta (menor que 5; entre 5 e 9 cmol dm-3

respectivamente); a acidez trocável

(Al3+

) oscilou entre a classificação média (entre 0,5 e 0,9 cmol dm-3

) e alta (entre 1 e 2

cmol dm-3

). A CTC a pH 7 (T) permaneceu na classe média (de 4,3 a 8,6 cmol dm-3

)

assim como a MO (de 2 a 4 cmol dm-3

). Os nutrientes P e K estão em concentrações

baixas (menor que 5,4 e 40mg dm-3

respectivamente).

Considerando a densidade média do solo de 1,05 g cm-3

, os teores de Cu, Ni, Cd e Pb

atendem a CONAMA 420/2009, a legislação norte americana 40 CFR Part 503 ea

Directive Européia 86/278/EEC.

A disposição do lodo da ETA no solo, para as taxas de aplicação adotadas neste

trabalho, não foi capaz de diminuir a acidez e aumentar os teores de P e K,tão pouco

provocou alterações negativas aumentando a concentração de Al e dos metais Cu, Ni,

Cd e Pb.

Os resultados do lodo da ETA estão de acordo com as conclusões de: Teixeira et al.

(2005)quando afirmam quenão há evidências de que o lodo de ETA possa afetar o teor

de K, no estudo realizado por estes autores o potássio ficou entre 0,21 e 0,26 g kg-1

;

Agyin-Birikorang, et al. (2009) verificaram não haver alterações nas concentraçõesde

Al; Padilha (2007) observou que o lodo não modificou o pH do latossolo vermelho-

amarelo, permanecendo com pH de 4,8 e Bittencourt et al. (2012) que concluiram que o

lodo aplicado ao solo,em diferentes doses,não variou os teores de Cu (manteve-se

próximo de 23 mg kg-1

) e Pb (igual 20 mg kg-1

).

5.3.1 Cálcio e magnésio

O Ca é absorvido pelas plantas na forma do íon Ca2+

. É o cátion predominante no

complexo de troca além de assumir um papel importante para elevar o pH e diminuir o

teor de alumínio nosolo assim como o Mg (PETRERE, 2002; MOREIRA et al., 2005).

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41

As concentrações médias de Ca2+

(Figura 8 A) e Mg2+

(Figura 8 B) para todos os

tratamento encontram-se na Tabela 15.

Tabela 15: Concentrações médias de Ca2+

e Mg2+

para os diferentes tratamentos.

Nutrientes T0 T1 T2 T3 T4

cmoldm-3

Ca2+

0,21 0,33 0,40 0,50 0,59

Mg2+

0,07 0,08 0,10 0,11 0,13

As concentrações de Ca2+

e Mg2+

aumentaram proporcionalmente à quantidade de lodo

de ETA aplicado ao solo, porém mesmo após o tratamento T4 não foi possível suprir a

deficiência desses nutrientes atingindo ao menos os valores de 2,0 cmol dm-3

de Ca2+

e

0,5 cmol dm-3

de Mg2+

(SBCS, 2004).

As deficiências de cálcio foram observadas por Ribeiro et al. (1999b) que cultivou

capim-elefante em solução nutritiva com todos os nutrientes menos o cálcio, a planta

apresentou sintomas visuais com folhas dilaceradas.

Figura 8: Curva de variação das concentrações de Ca

2+ (A) e Mg

2+ (B) em função da

taxa de aplicação de lodo da ETA.

O coeficiente R2 mostra a elevada relação entre os resultados médios para o cálcio

(0,995) e o magnésio (0,999) e as respectivas linhas de tendência. Portanto,

considerando que as curvas mantenham o mesmo comportamento pode-se inferir que

com uma maior aplicação de lodo os teores de cálcio e magnésio no solo elevaram-se.

Teixeira et al. (2005) observaram um aumento de 0,34 para 12,1 g kg-1

de cálcio total e

0,1 para 0,46g kg-1

de magnésio totalquando compararam os solos sem aplicação de lodo

e com aplicação de 200mg kg-1

de nitrogênio na forma de lodo da ETA Araraquara.

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42

Bittencourt et al. (2012), no entanto, concluiram que as diferentes doses de lodo da

ETA Passaúna aplicadas no solo não alteraram as concentrações de Ca e Mg para um

nível de 5% de probabilidade.

5.3.2 Soma de bases, capacidade de troca de cátions efetiva, saturação

por bases e saturação por alumínio

Na Tabela 16 e na apresentam-se os valores médios para os parâmetros soma de bases

(Figura 9 A) e capacidade de troca de cátions efetiva (Figura 9 B).

Tabela 16: Valores médios da soma de bases (SB) e capacidade de troca de cátions

efetiva (t) para os diferentes tratamentos.

Parâmetro T0 T1 T2 T3 T4

cmol dm-3

SB 0,33 0,46 0,54 0,66 0,76

t 1,21 1,46 1,59 1,56 1,62

Figura 9: Curva de variação da soma de bases (A) e da CTC efetiva (B) em função da

taxa de aplicação de lodo da ETA.

O aumento da SB reflete o aumento nas concentrações de Ca2+

e Mg2+

assim como na

CTC efetiva já que o Al3+

e o K não sofreram variação nos diferentes tratamentos

adotados considerando 5% de probabilidade. A matéria orgânica presente no lodo

também pode ter contribuído para o aumento da CTC. Moreira (2013) concluiu que o

maior incremento na CTC foi obtido com a maior dosagem de lodo de ETE aplicado no

solo devido a elevação do teor de MO.

Segundo Ribeiro et al.(1999a) a classificação para a SB é muito baixa (menor que 0,6

cmol dm-3

) nos tratamentos T0, T1 e T2 e baixa (entre 0,61 e 1,80 cmol dm-3

) no T3 e

T4, de acordo com o mesmos autores a soma de bases deve ser maior que 3,6 cmol dm-

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43

3, este valor não foi atingido com as taxas de aplicação adotadas neste estudo, o valor

maximo obtido foi de 0,76 cmol dm-3

. Porém, se a curva de variação da SB manter a

mesma tendência pode-se inferir que um acréscimo na dosagem de lodo pode aumentar

a soma de bases.

A CTC efetiva pernameceu em todos os tratamentos na classe baixa (entre 0,8 e 2,3

cmol dm-3

), sendo que valoressuperiores a 4,6 cmol dm-3

indicam boa fertilidade do solo

(RIBEIRO et al., 1999a).Assim como a SB, a CTC efetiva não alcançou esta

concentração nos tratamento adotados e limitou-se a 1,62 cmol dm-3

.

Na Tabela 17 e na Figura 10 encontram-se os resultados para o índice de saturação por

bases (V) e o índice de saturação por alumínio (m).

OV indica qual a porcentagem dos pontos de troca de cátions estão ocupados por bases

e o m indica a porcentagem ocupados por Al3+

.

Tabela 17: Valores médios do índice de saturação por bases (V) e o índice de saturação

por alumínio (m) para os diferentes tratamento.

Parâmetro T0 T1 T2 T3 T4

%

V 4,03 6,13 7,63 9,93 9,85

m 72,03 68,38 65,43 57,10 52,78

Figura 10:Curva de variação do índice de saturação por bases e por alumínio em função

da taxa de aplicação de lodo da ETA.

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44

A saturação por bases assim como a saturação por alumínio estão relacionados com a

soma de bases de tal forma que um acréscimo na SB provoca um aumento de V e uma

redução de m. Nota-se que houve um aumento doíndice de saturação por

basesproporcional a dose de lodo aplicadoevidênciando que o lodo foi capaz de fornecer

cátions bases, no entanto os altos índices de saturação por alumínioindicam que a CTC

efetiva ainda está ocupada em maior parte pelo alumínio trocável.

Apesar do aumento do índice V, este não atingiu os valores recomendados por culturas

menos exigentes como algumasgramíneas que se desenvolvem em um mínimo de 40 %

de saturação por bases (RIBEIRO et al., 1999b).Segundo Ribeiro et al.(1999a) o solo

possui V muito baixo (menor que 20 %) e mesmo após o tratamento T4 manteve-se

classificado como solo distrófico.

Para o índice m houve uma redução de 20 % se comparados os tratamentos T0 e T4,

mas o m ainda é alto (maior que 50 %) para todos os tratamentos. A saturação por

alumínio deve ser inferior a 15 %, no entanto a tolerância varia para cada cultura, o

eucalipto suporta até 45 % de m já os gramandossuportam até 5 % (RIBEIRO et al.,

1999a). No entanto, considerando que a curva de variação da saturação por alumínio

mantenha o mesmo comportamento, pode-se concluir que uma maior aplicação de lodo

reduzirá esse indíce.

Os resultados obtidossão semelhantes aos de Krob et al. (2011) que também observaram

uma redução de alumínio devido a adição dos cátionstrocáveis Ca e Mg e aumento da

SB com a aplicação de lixo urbano compostado.

5.3.3 Zinco, cromo, manganês e ferro

O Mn, o Zn e o Fe são necessários para o desenvolvimento das plantas em pequenas

quantidades, a depender da cultura. Esses elementossão metálicos e podem tornar-se

tóxicos para as plantas quando estão em altas concentrações no solo.

NaTabela 18apresentam-se os valores médios para o Zn(Figura 11 A), o Cr (Figura 11

B), o Mn (Figura 11 C) e o Fe (Figura 11 D) nos diferentes tratamentos.

Tabela 18: Valores médios de manganês, zinco, ferro e cromo para os diferentes

tratamento.

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45

Parâmetro T0 T1 T2 T3 T4

mg dm-3

Mn 8,15 9,98 11,35 15,23 16,45

Zn 0,52 0,95 1,16 1,35 1,50

Fe 227,5 247,33 280,48 415,53 479,75

Cr 0,74 1,35 1,09 2,17 2,64

A concentração de metais variaram proporcionalmente a aplicação do lodo. Essa

elevação está relacionada com o aumento da CTC, pois quanto maiores os valores da

CTC, mais sítios de troca do solo estarão disponíveis para a retenção de metais

(MOREIRA, 2013).

O aumento dos teores de zinco no solo é devido a presença deste elemento em altas

concentrações no lodo como mostrado anteriormente na Tabela 11. Segundo Ribeiro et

al.(1999a) o Zn passou de baixo (entre 0,5 e 0,9 mg dm-3

) para médio (entre 1,0 e 1,5

mg dm-3

) nos tratamentos T2, T3 e T4. Os mesmos autores afirmam que solos com boa

fertilidade apresentam concentrações de zinco menores que 2,2 mg dm-3

. De acordo

com a Figura 11 A essa concentração não foi alcançada para uma taxa de aplicação de

lodo de até 5,45 kg m-2

(T4).

Figura 11: Curva de variação da concentração de zinco (A), cromo (B), manganês (C) e

ferro (D) em função da taxa de aplicação de lodo da ETA.

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46

Para Malavolta (1980) o efeito tóxico do Cr é observado para valores acima de 5mg dm-

3. Como apresenta-se na Figura 11 B, o cromo não atingiu esse valor no T4, exibindo

comportamento semelhante ao zinco.

Ambos os elementos Zn e Cr atendem a.CONAMA 420/2009, a legislação norte

americana 40 CFR Part 503 ea Directive Européia 86/278/EEC após aplicação no solo

O Mn é o metal em maior concentração no lodo da ETA. Ribeiro et al. (1999a) defini o

teor de manganês como médio (entre 6 e 8 mg dm-3

) no tratamento T0, bom (entre 9 e

12 mg dm-3

) no T1 e T2 e alto (maior que 12 mg dm-3

) nos tratamentos T3 e T4.

Em solos férteis o Mn encontra-se em valores menores que 12 mg dm-3

, assim a taxa de

aplicação de lodo da ETA não deve superar 2,5 kg m-2

conforme equação apresentada

na Figura 11 C com coeficiente R2 de 0,967.

O solo analisado possui naturalmente um teor elevedo de Fe e a aplicação de lodo

contribuiu no aumento. A textura argilosa do solo favorece ainda a retenção desse

metal, permanecendo na classe alta (maior que 45 mg dm-3

) para todos os tratamentos,

indicando um nível crítico (RIBEIRO et al., 1999a).

O Fe é o micronutriente mais abundante e pode tornar-se tóxico para as plantas,

apresentando sintomas visuais de amarelamanto das folhas, redução do crescimento e

em casos maisseveros a morte, isso ocorre principalmente em solos ácidos ou alagados

(JUCOSKI, 2011).

Além do lodo de ETA, o lodo de ETE, resíduos industriais e alguns dejetos animais

podem provocar a contaminação por metais pesadosse adicionados ao solo em altas

doses.

Merlino et al. (2010) avaliou a presença de bário, cádmio, cromo e chumboem latossolo

após onze aplicações anuais de lodo de esgoto e observou que o Cr foi o metal que

apresentou maior concentração no solo com média de 88,3 mg kg-1

.

Basso et al (2012) determinaram os teores de metais pesados no solo após aplicação de

dejeto líquido de suínos e concluiram que o Zn e Cu são os elementos com maior

tendência de acúmulo em áreas que recebem sucessivas aplicações do dejeto.

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47

5.3.4 Condutividade elétrica

A salinização do solo é resultado da acumulação de íonssolúveis (Ca2+

, Mg2+

, Na+, K

+,

Fe3+

, B3+

, Cl-, SO4

2-, HCO3

-, NO3

-, SiO2) e portanto, com capacidade para conduzir

eletricidade (BRADY E WEIL, 2013).

Na Figura 12 apresenta-se os valores médios para a CE nos diferentes tratamentos.

Figura 12:Curva de variação da condutividade elétrica em função da taxa de aplicação

de lododa ETA.

Observa-se que a CE aumentou com a aplicação do lodo, este comportamento pode ser

explicado devido à elevação dos cátions Ca2+

, Mg2+

e Fe3+

.

O aumento da condutividade elétrica após tratamento com lodo de ETA também foi

observado por Mahdy et al. (2013) que aplicaram 0, 20, 40 e 80g kg-1

de lodo e após 20

dias de incubação a CE foi de 846,5; 950,9; 1.245,0 e 1.347,0μS cm-1

respectivamente.

Teixeira et al. (2005) alertam para o risco de salinização, os autores observaram que a

CE passou de 370 para até 2.960μS cm-1

com a aplicação de lodo de ETA.

A condutividade elétrica acima de 4.000 μS cm-1

é dita alta (BRADY E WEIL, 2013),

porém algumas culturas são sensíveis a CE próximas de 1.000 μS cm-1

(RIBEIRO et al.,

1999a). De acordo com a Figura 12 o valor máximo alcançado foi de 95 μS cm-1

portanto, bem abaixo do considerado alto.

5.3.5 Densidade

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48

A densidade do solo é dinâmica, pois varia em função da disposição das partículas

(ARAÚJO, 2008), mas é uma das propriedades físicas mais utilizadas na avaliação da

qualidade do solo por estar relacionada com a aeração, retenção de água, resistência à

penetração das raízes e com as funções biológicas (NIERO, 2009).

Na Tabela 19 e na Figura 13 A apresenta-se os valores médios para adensidadenos

diferentes tratamentos.

Nota-se que o coeficiente R2é pequeno (0,426) devido a baixa densidade do tratamento

T1 como pode ser observado na Figura 13 B, onde o T1 foi retirado e o R2aumentou

para 0,976.

Tabela 19: Valores médios da densidade do solo (ρ) para os diferentes tratamento.

Parâmetro T0 T1 T2 T3 T4

g cm-3

ρ 1,17 1,11 1,14 1,13 1,10

Figura 13: Curvas de variação da densidade com todos os tratamentos (A) e sem o

tratamento T1 (B) em função da taxa de aplicação de lodo da ETA.

De acordo com as equações de regressão a aplicação de lodo da ETA diminuiu a

densidade do solo que passou de 1,17 g cm-3

no T0 para 1,10 g cm-3

no T4. Acredita-se

que o ferro presente no lodo agiu como coagulante das partículas formando agregados e

tornando o solo mais poroso. Este aumento da porosidade favorece a penetração das

raízes, a aeração, a taxa de infiltração e a difusão do oxigênio, melhorando assim o

desenvolvimento das plantas e a estrutura do solo.

A MO também pode atuar como agente cimentante das partículas e reduzir a densidade,

como observado por Moreira (2013) que avaliou a aplicação de lodo de ETEno solo e

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49

concluiu que com a aplicação de 180 t ha-1

houve melhora da estrutura do solo,

diminuindo a densidade de 1,38 para 1,06 g cm-3

.

5.4 Comentários finais

Do ponto de vista agronômico o lodo da ETA em estudo, nastaxas de disposição

adotadas, não elevou as bases em valores significativos, possui baixo poder

neutralizante, não aumentou o pH e não reduziu o índice de saturação por alumínio,

logo não deve ser aplicado ao solo como corretivo agrícola e adubo.

A presença de ferro e manganês em concentrações elevadasno lodo da ETA podem

restringir a utilização desse resíduo na agricultura podendo comprometer a qualidade do

solo e prejudicar o desenvolvimento das plantas.

No entanto, há indíciosde que o lodo da ETA pode ser utilizado na recuperação de áreas

degradadas, uma vez que não aumentou os metais Cu, Ni, Cd, Pb, Zn e Cr, ficando bem

abaixo do determinado na CONAMA 420/2009 e foi capaz de reduzir a densidade do

solo, pois o material orgânico e o próprio ferro proporcionaram a agregação das

partículas e consequentemente o aumento da porosidade.

Ressalta-se novamente que o aumento da porosidade favorece a penetração das raízes, a

aeração, a taxa de infiltração, a difusão do oxigênio, a atividade biológica, melhorando

o desenvolvimento das plantas e a estrutura do solo.O potencial para recuperação de

áreas degradadas também foi observado por Teixeira et al. (2005) e Moreira et al.

(2009).

5.5 Recomendações para trabalhos futuros

Recomenda-se que sejam realizados mais trabalhos a fim de avaliar novas taxas de

aplicação do lodo da ETA no solo, considerando as variações nas propriedades do lodo

em função das estações do ano, o teor de umidade adequado e ainda que sejam

analisados os efeitos de aplicação desse resíduo em um solo típico do município de Juiz

de Fora.

Sugere-se também que sejam realizados estudos com o objetivo de avaliar o potencial

do lodo na recuperação de áreas degradadas, determinar a taxa de mineralização do lodo

de ETA, além da análise dos laudos dos produtos químicos utilizados na Estação.

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50

6 CONCLUSÃO

Para as condições nas quais o estudo foi desenvolvido, conclui-se que:

- o lodo da ETA não apresenta características que indiquem que este resíduo possa ser

utilizado como corretivo agrícola;

- o lodo de ETA proporcionou a redução da densidade do solo, aumentando a

porosidade, sendo um indício de que este resíduo pode ser utilizado em recuperação de

áreas degradadas;

- a incorporação do lodo da ETA no solo, nastaxas adotadas, foi incapaz de elevar os

teores das bases aos níveis recomendados para solos férteis e não permitiu determinar a

melhor dose agronômica;

- entre os parâmetros que limitam a disposição do lodo no solo está a concentração de

Mn, que é alta e restringiu a aplicação a uma taxa de 2,5 kg m-2

;

- outro fator que limita a adição do lodo da ETA em estudo no solo é a concentração

elevada de Fe,porém,os teores naturalmente altos de ferro no solo analisado podem ter

comprometido a avaliação para esse elemento.

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67

ANEXOS

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68

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69

Resultados após aplicação do lodo da ETA para os diferentes tratamentos adotados.

pH P K Ca2+

Mg2+

Al3+

H+AL SB t T V

em H2O mg dm-3

mg dm-3

cmol dm-3

cmol dm-3 cmol dm

-3 cmol dm-3 cmol dm

-3 cmol dm-3 cmol dm

-3 %

T0R1 5,33 1,20 22,00 0,24 0,08 0,88 8,50 0,38 1,26 8,88 4,30

T0R2 4,91 1,10 19,00 0,21 0,07 0,98 8,40 0,33 1,31 8,73 3,80

T0R3 5,58 1,00 20,00 0,21 0,06 0,59 6,60 0,32 0,91 6,92 4,60

T0R4 4,82 1,23 18,00 0,18 0,06 1,07 8,20 0,29 1,36 8,49 3,40

T1R1 4,96 1,00 20,00 0,34 0,09 0,98 7,40 0,48 1,46 7,88 6,10

T1R2 4,99 1,00 19,00 0,36 0,09 0,98 7,10 0,50 1,48 7,60 6,60

T1R3 4,81 1,00 18,00 0,28 0,07 1,17 7,20 0,40 1,57 7,60 5,30

T1R4 5,22 0,90 20,00 0,33 0,08 0,88 6,60 0,46 1,34 7,06 6,50

T2R1 4,98 1,00 19,00 0,35 0,09 1,27 7,10 0,49 1,76 7,59 6,50

T2R2 4,33 1,30 20,00 0,36 0,09 1,07 6,00 0,50 1,57 6,50 7,70

T2R3 4,93 1,10 19,00 0,43 0,10 1,07 6,40 0,58 1,65 6,98 8,30

T2R4 4,91 1,10 18,00 0,45 0,10 0,78 6,90 0,60 1,38 7,50 8,00

T3R1 4,80 1,00 19,00 0,54 0,12 0,88 4,30 0,71 1,59 5,01 14,20

T3R2 4,63 0,90 23,00 0,48 0,10 1,07 7,10 0,64 1,71 7,74 8,30

T3R3 4,61 1,20 19,00 0,43 0,10 1,07 7,10 0,58 1,65 7,68 7,60

T3R4 5,18 1,00 19,00 0,53 0,12 0,59 6,60 0,70 1,29 7,30 9,60

T4R1 4,75 1,10 20,00 0,62 0,14 0,88 6,90 0,81 1,69 7,71 10,50

T4R2 4,91 1,00 19,00 0,53 0,12 0,88 6,90 0,70 1,58 7,60 9,20

T4R3 4,60 1,00 20,00 0,62 0,13 0,98 7,10 0,80 1,78 7,90 10,10

T4R4 4,40 1,00 19,00 0,57 0,11 0,68 6,90 0,73 1,41 7,63 9,60

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70

Continuação.

m MO Cu Mn Fe Zn Cr Ni Cd Pb CE ρ

% dag kg-1

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

mg dm-3

μS cm-1

g cm-3

T0R1 69,80 3,29 1,92 10,10 325,50 0,56 1,78 0,13 0,01 0,51 68,00 1,166

T0R2 74,80 3,29 1,58 6,60 147,00 0,48 1,18 0,00 0,03 0,70 80,00 1,143

T0R3 64,80 3,29 1,76 9,30 269,20 0,45 0,00 0,00 0,08 0,76 52,00 1,184

T0R4 78,70 3,56 1,65 6,60 168,30 0,60 0,00 0,00 0,00 0,75 76,00 1,185

T1R1 67,10 3,42 1,47 10,00 206,80 0,66 0,77 0,65 0,02 0,54 78,00 1,144

T1R2 66,20 3,59 1,77 11,10 273,90 0,79 1,30 0,05 0,03 0,52 75,00 1,081

T1R3 74,50 3,29 1,67 8,90 195,00 1,36 1,80 0,00 0,03 0,57 76,00 1,090

T1R4 65,70 3,29 1,85 9,90 313,60 0,98 1,51 0,52 0,04 0,62 66,00 1,105

T2R1 72,20 3,16 1,58 9,80 196,80 1,18 1,31 0,03 0,03 0,53 75,00 1,159

T2R2 68,20 3,16 1,76 11,30 311,00 1,12 1,36 0,00 0,06 0,85 79,00 1,149

T2R3 64,80 3,56 1,89 11,90 332,80 1,24 1,36 0,00 0,03 0,72 80,00 1,119

T2R4 56,50 3,16 1,88 12,40 281,30 1,09 1,09 0,00 0,03 0,64 83,00 1,142

T3R1 55,30 3,56 1,44 13,20 194,70 1,10 1,08 0,55 0,00 0,72 87,00 1,159

T3R2 62,60 3,56 2,16 16,40 438,80 1,57 1,50 0,95 0,00 0,48 87,00 1,102

T3R3 64,80 3,16 1,84 13,20 321,60 1,15 3,59 0,06 0,04 0,56 92,00 1,126

T3R4 45,70 3,42 2,50 18,10 707,00 1,58 2,49 0,00 0,00 0,46 74,00 1,118

T4R1 52,10 3,56 2,22 17,60 553,20 1,70 3,20 0,65 0,09 0,44 94,00 1,117

T4R2 55,70 3,56 2,16 16,40 477,70 1,54 3,12 0,31 0,04 0,66 88,00 1,082

T4R3 55,10 3,42 2,12 18,70 474,40 1,51 2,06 0,00 0,09 0,37 100,00 1,122

T4R4 48,20 3,42 1,40 13,10 413,68 1,23 2,18 0,05 0,02 0,86 97,00 1,082

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71

Resultados obtidos com o softwear SISVAR.

Arquivo analisado:

C:\Users\Ufjf\Dropbox\TFC_Adriana\Dados_dbf.dbf

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: PH

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.608000 0.152000 2.069 0.1359

erro 15 1.102175 0.073478

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 1.710175

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 5.55

Média geral: 4.8825000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: K

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 2.500000 0.625000 0.354 0.8374

erro 15 26.500000 1.766667

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 29.000000

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 6.82

Média geral: 19.5000000 Número de observações: 20

-------------------------------------------------------------------------------

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72

Arquivo analisado:

C:\Users\Ufjf\Dropbox\TFC_Adriana\Dados_dbf.dbf

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: P

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.160000 0.040000 1.890 0.1646

erro 15 0.317500 0.021167

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.477500

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 13.53

Média geral: 1.0750000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: CA2_

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.338270 0.084568 48.509 0.0000

erro 15 0.026150 0.001743

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.364420

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 10.36

Média geral: 0.4030000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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73

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: MG2_

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.008130 0.002033 19.669 0.0000

erro 15 0.001550 0.000103

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.009680

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 10.59

Média geral: 0.0960000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: AL3_

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.110650 0.027663 0.833 0.5249

erro 15 0.498125 0.033208

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.608775

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 19.44

Média geral: 0.9375000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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74

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: H_AL

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 6.173000 1.543250 2.609 0.0777

erro 15 8.872500 0.591500

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 15.045500

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 11.04

Média geral: 6.9650000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: SB

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.448850 0.112213 43.662 0.0000

erro 15 0.038550 0.002570

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.487400

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 9.22

Média geral: 0.5500000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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75

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: T

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.438600 0.109650 4.018 0.0207

erro 15 0.409375 0.027292

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.847975

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 11.11

Média geral: 1.4875000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: T2

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 4.256350 1.064088 1.841 0.1735

erro 15 8.670550 0.578037

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 12.926900

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 10.12

Média geral: 7.5150000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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76

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: V

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 101.538000 25.384500 12.220 0.0001

erro 15 31.160000 2.077333

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 132.698000

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 19.19

Média geral: 7.5100000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: M

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 1021.938000 255.484500 6.940 0.0023

erro 15 552.170000 36.811333

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 1574.108000

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 9.61

Média geral: 63.1400000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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77

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: MO

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.116630 0.029157 1.209 0.3477

erro 15 0.361650 0.024110

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.478280

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 4.59

Média geral: 3.3860000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: CU

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.651970 0.162993 2.952 0.0553

erro 15 0.828125 0.055208

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 1.480095

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 12.57

Média geral: 1.8695000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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78

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: MN

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 197.137000 49.284250 14.320 0.0001

erro 15 51.625000 3.441667

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 248.762000

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 15.17

Média geral: 12.2300000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: FE

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 215725.508000 53931.377000 15.229 0.0000

erro 15 53120.537500 3541.369167

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 268846.045500

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 18.95

Média geral: 314.0150000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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79

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: ZN

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 2.313770 0.578443 13.889 0.0001

erro 15 0.624725 0.041648

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 2.938495

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 18.65

Média geral: 1.0945000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: CR

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 9.882200 2.470550 4.315 0.0161

erro 15 8.587500 0.572500

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 18.469700

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 47.44

Média geral: 1.5950000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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80

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: NI

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.314630 0.078658 0.821 0.5318

erro 15 1.437450 0.095830

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 1.752080

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 138.20

Média geral: 0.2240000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: CD

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.005180 0.001295 2.008 0.1450

erro 15 0.009675 0.000645

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.014855

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 75.81

Média geral: 0.0335000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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81

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: PB

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.052630 0.013158 0.689 0.6106

erro 15 0.286350 0.019090

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.338980

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 22.25

Média geral: 0.6210000 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: CE

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

--------------------------------------------------------------------------------

TRATAMENTO 4 0.001610 0.000403 7.238 0.0019

erro 15 0.000834 0.000056

--------------------------------------------------------------------------------

Total corrigido 19 0.002445

--------------------------------------------------------------------------------

CV (%) = 9.28

Média geral: 0.0803500 Número de observações: 20

--------------------------------------------------------------------------------

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82

Arquivo analisado:

C:\Users\Geovane Nogueira\Documents\ARQUIVOS - Engenharia\Lab. de Controle

Ambiental\Projeto_pHsolo\Planilha_Densidade.dbf

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: DENSIDADE

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

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TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

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TRATAMENTO 4 0.012741 0.003185 6.410 0.0032

erro 15 0.007454 0.000497

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Total corrigido 19 0.020195

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CV (%) = 1.97

Média geral: 1.1288000 Número de observações: 20

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