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AVALIAÇÃO MEDIADORA: UMA PRÁTICA EM CONSTRUÇÃO DA PRÉ-ESCOLA À UNIVERSIDADE (Jussara Hoffmann) POR UMA ESCOLA DE QUALIDADE Avaliação classificatória e ensino de qualidade? - Prática tradicional: há dificuldade em superá-la. - Avaliação classificatória e ensino de qualidade? - Visão saudosista de escola rígida, exigente. - Acesso: passa a ser obstaculizado pela definição de critérios rígidos de aprovação ao final das séries. - Ensino elitista: significa negar a pluralidade do “jeito de viver” dos nossos alunos e limitar nossa ação pedagógica no sentido de compreensão dessas realidades. - Provas e notas: redes de segurança dos professores? - Para inúmeros professores, a avaliação se resume à decisão de enunciar dados que comprovem a promoção ou retenção dos alunos. - As notas e provas funcionam como redes de segurança em termos do controle exercido pelos professores sobre seus alunos, das escolas e dos pais sobre os professores, do sistema sobre suas escolas.

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AVALIAÇÃO MEDIADORA: UMA PRÁTICA EM CONSTRUÇÃO DA PRÉ-ESCOLA À UNIVERSIDADE

(Jussara Hoffmann)

POR UMA ESCOLA DE QUALIDADEAvaliação classificatória e ensino de qualidade?

- Prática tradicional: há dificuldade em superá-la.- Avaliação classificatória e ensino de qualidade?

- Visão saudosista de escola rígida, exigente.- Acesso: passa a ser obstaculizado pela definição de critérios rígidos de aprovação ao final das séries.- Ensino elitista: significa negar a pluralidade do “jeito de viver” dos nossos alunos e limitar nossa ação pedagógica no

sentido de compreensão dessas realidades.

- Provas e notas: redes de segurança dos professores?- Para inúmeros professores, a avaliação se resume à decisão de enunciar dados que comprovem a promoção ou

retenção dos alunos.- As notas e provas funcionam como redes de segurança em termos do controle exercido pelos professores sobre seus

alunos, das escolas e dos pais sobre os professores, do sistema sobre suas escolas.

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- Sucesso na escola e desenvolvimento do educando- Questão: o sucesso de um aluno na escola tradicional representa o seu desenvolvimento máximo possível?- Numa perspectiva construtivista da avaliação, a questão da qualidade do ensino deve ser analisada em

termos dos objetivos efetivamente perseguidos no sentido do desenvolvimento máximo possível dosalunos, à aprendizagem, no seu sentido amplo, alcançada pela criança a partir das oportunidades que omeio lhe oferece.

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AS CHARADAS DA AVALIAÇÃO

- Por que um aluno não aprende?- Porque não presta atenção?- Discutir o fracasso, na visão behaviorista e gestaltista significa delinear a incompetência do professor em

transmitir o assunto com eficiência ou encontrar o estímulo adequado para despertar a motivação pelotema em estudo. Por parte do aluno, significa analisar o caráter de sua desatenção ao perceber aquelaexperiência como lhe foi apresentada.

- Respostas de um grupo de professores: o aluno não e interessa pelo conteúdo; o professor desenvolvemetodologias inadequadas; o aluno apresenta carências diversas; o aluno enfrenta problemas familiares; oaluno não apresenta maturidade; o professor apresenta falta de conhecimento; etc.

- Significado do construtivismo: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que,especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo determinado. Ele seconstitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundodas relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagemhereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nemconsciência e, muito menos, pensamento. (Becker, 1993).

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- O compromisso do Professor diante das diferenças individuais- Em vez de buscar uniformidade nas respostas dos alunos, o professor precisa provocar diferentes formas

de expressão ou alternativas de solução às “charadas” propostas.- O professor precisa entender que o aluno constrói o seu conhecimento na interação com o meio em que

vive. Portanto, depende das condições desse meio, da vivência de objetos e situações, para ultrapassardeterminados estágios de desenvolvimento e ser capaz de estabelecer relações cada vez mais complexas eabstratas.

- A formação de turmas homogêneas não é possível.- O desenvolvimento do indivíduo se dá por estágios evolutivos do pensamento a partir de sua maturação e

suas vivências: “os novos comportamentos cujo aparecimento define cada fase, apresentam-se semprecomo um desenvolvimento das fases precedentes”.

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UMA VISÃO CONSTRUTIVISTA DO ERRO

- Kamii (1992): A proporção de cooperação na interação adulto-criança será o fator determinante para odesenvolvimento da autonomia.

- Questões objetivas e subjetivas- Nos três graus de ensino, utilizam-se toda e qualquer tarefa realizada pelos estudantes com caráter de

seleção à semelhança dos concursos vestibulares e outros. A escola não tem por objetivo a eliminação decandidatos como tais concursos e age como se tivesse tal finalidade. Quando a finalidade é seletiva, oinstrumento de avaliação é constatativo, prova irrevogável.

- Uma prática em construção: princípios coerentes a uma ação avaliativa mediadora1. Oportunizar aos alunos muitos momentos de expressar suas ideias2. Oportunizar discussão entre os alunos a partir de situações desencadeadoras.3. Realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas investigando teoricamente, procurando entender razões para

as respostas apresentadas pelo educando.4. Ao invés do certo/errado e da pontuação tradicional, fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a

localizar as dificuldades, oferecendo-lhes a oportunidade de descobrir melhores soluções.5. Transformar os registros de avaliação em anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu

processo de construção do conhecimento.

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POR QUE CORRIGIR, PROFESSOR?

- Perguntas que representam dilemas ao professor:A) Em que medida a correção das tarefas auxilia o aluno a compreender o que errou?B) Como auxiliar o aluno a realizar novas descobertas a partir das primeiras hipóteses que ele formula a respeito de

determinado assunto?C) Qual o significado dos sinais e menções que se vêm utilizando?

- Realidade dos alunos- Não é de se admirar que as exigências dos pais e dos professores se revelem nas expectativas das próprias crianças em

relação a tais aspectos. Divididos entre os temores dos pais e a postura da escola, os alunos, em diferentes séries,discutem, hoje, se a sua escola “é forte ou não é forte”.

- Correção ou coerção?- AVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA: corrigir tarefas e provas do aluno para verificar respostas certas e erradas e, com base nessa

verificação periódica, tomar decisões quanto ao seu aproveitamento escolar, sua aprovação ou reprovação em cada série ou grau deensino (prática avaliativa tradicional).

- AVALIACÃO MEDIADORA: Analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de aprendizagem (verbais ouescritas, outras produções), para acompanhar as hipóteses que vêm formulando a respeito de determinados assuntos, em diferentesáreas de conhecimento, de forma a exercer uma ação educativa que lhes favoreça a descoberta de melhores soluções ou areformulação de hipóteses preliminarmente formuladas.

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Situação de reflexão – Charga do livro

O que é espaço?

ALUNO: Espaço é o lugar que há de intervalo de uma objeto ao outro, onde se possa fazer algo como correr,brincar, etc. É também um lugar que possa ser ocupado pelo ar.PROFESSOR: Espaço é o meio ilimitado que contém todos os corpos celestes, ou melhor, a criação toda.

Comentário

Quando conhecimento é imposto de uma forma já pronta (...) se torna tanto uma camadasuperficial de respostas corretas como uma fonte de confusão para a criança. Isso se torna ainda mais sério porqueas respostas corretas não são entendidas pela criança, e ela perde a confiança em sua própria capacidade deentender as coisas. Quando as crianças pesam que as respostas corretas vêm somente da cabeça do professor,tornam-se mais heterônomas que do antes de entrar em contato com os professores.

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RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO

- Os registros do acompanhamento dos alunos só podem constituir-se ao longo do processo. Inútil tentardescrever o que não se viu, o que não foi trabalhado e nem o motivo de reflexão. Assim, se o professor fizerapenas o registro das notas dos alunos nos trabalhos, ele não saberá descrever, após um tempo quais foram asdificuldades que cada aluno apresentou, o que ele fez para auxiliá-lo a compreender aquele aspecto.

- O privilégio a questões atitudinais na prática tradicional- Exemplo: ... Mário se mostra muito dispersivo, desatencioso. Caminha em aula, agride os colegas, desrespeita ordens

da professora. (...).

- Elaborando relatórios de acompanhamento- Algumas questões que não têm sido privilegiadas pelos educadores ao elaborar relatórios:

a) Que áreas de conhecimento foram trabalhadas pelo aluno?b) Quais avanços que vêm demonstrando nessas áreas? Exemplos?c) Apresenta alguma área a ser melhor desenvolvida?d) Que sugestões o professor oferece nesse sentido? Tarefas? Jogos? Leituras? Outros? Qual o trabalho que vem realizando junto

ao aluno?e) Como se trabalhou com ele as questões sócio-afetivas? Alguma sugestão aos pais?f) Como o aluno se refere ao seu desenvolvimento nesse período?g) Como os pais se referem ao seu desenvolvimento?

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AVALIAÇÃO MEDIADORA NO ENSINO DE 2º E 3º GRAUS

- Hipóteses de concepções carregadas pelos professores- Os alunos não prendem porque não estudam a matéria e não prestam atenção em aula.- A avaliação mediadora exige do professor maior tempo de permanência em sala de aula com os alunos.- A avaliação mediadora exige atendimento direto e individualizado ao aluno.- A avaliação tradicional classificatória forma um indivíduo capaz de enfrentar a sociedade competitiva.- A avaliação classificatória não é opção do professor, mas decorrência das exigências burocráticas.

- Relações- Alunos desinteressados – práticas behavioristas (supervalorização das informações).- Tempo e disponibilidade são entraves do processo?

- Diálogo: entendido a partir da relação epistemológica, não se processa obrigatoriamente através deconversa, enquanto comunicação verbal com o estudante. É mais amplo e complexo e, até mesmo,pode dispensar a conversa.

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A avaliação numa perspectiva mediadora, conforme entende Jussara Hoffmann (2004), tem a finalidade de:

a) Estabelecer a classificação entre os alunos capazes e incapazes, comparar diferenças, definir padrões homogêneos desucesso e fracasso.

b) Acompanhar e favorecer a progressão contínua do aluno, através das etapas de mobilização, experiência educativa eexpressão do conhecimento

c) Possibilitar a tomada de decisões de classificação com relação ao aluno, e decisões referentes à promoção e certificaçãopelo sistema educacional.

d) Manter o controle de cada passo do processo de aprendizagem dos alunos, para classificá-los.e) Favorecer o exercício da função burocrática, com base em regras neutras, objetivas e supostamente justas

QUESTÃO 01

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De acordo com Jussara Hoffmann (2000), os fundamentos de uma ação avaliativa mediadora

a) ultrapassam os estudos sobre teorias de avaliação e demandam o aprofundamento em teorias do conhecimento e áreasespecíficas de trabalho dos professores.

b) repousam no estudo das teorias de medidas educacionais e tratamentos estatísticos.c) priorizam a elaboração de instrumentos e registros de avaliação que devem ser o ponto de partida dessa discussãod) valorizam o significado da avaliação que ocorre nas escolas em detrimento da avaliação que se processa em nosso dia a

dia, dos atos diáriose) apontam a necessidade de separar o tempo de agir (dar aulas, explicações, exercícios) do tempo de pensar, refletir, julgar

resultados.

QUESTÃO 02

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Acerca da avaliação mediadora, descrito por Jussara Hoffmann, é correto afirmar:

a) A avaliação deve ser como um controle permanente exercido sobre o aluno para que ele demostre comportamentosdefinidos como ideais pelo professor

b) Somente o sistema de avaliação tradicional e classificatório assegura um ensino de qualidadec) A manutenção das provas e notas é a garantia do sucesso do processo de ensino/aprendizagem.d) A avaliação deve ser como uma ação provocativa do professor, desafiando o aluno a refletir sobre as situações vividas, a

formular e reformular hipóteses encaminhando-se a um saber enriquecido.e) A avaliação deve ser classificatória, pois somente dessa forma o aluno se tornará capaz de enfrentar a sociedade

competitiva

QUESTÃO 03

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Numa concepção mediadora de avaliação, de acordo com Hoffmann, a(s)

a) subjetividade tanto na elaboração quanto na correção de tarefas avaliativas constitui um problema que tem de ser solucionado urgentemente.

b) tarefas avaliativas cumprem seu papel quando os erros do aluno e as dúvidas do professor são eliminados definitivamente da sala de aula.

c) avaliação na escola, em função de seu caráter seletivo e constatativo, precisa ser aplicada em um momento terminal.d) tarefas avaliativas deveriam ter o caráter problematizador e dialógico, proporcionando momentos de troca de ideias.e) atividade avaliativa, quando bem elaborada, permite ao professor atribuir pontos às tarefas realizadas pelos alunos, a

partir do número de acertos.

QUESTÃO 04

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Ao discorrer sobre avaliação mediadora, Hoffmann (2000) destaca que os trabalhos em grupo

a) constituem-se em eficientes elementos de avaliação individual.b) demandam sempre a atribuição de notas e conceitos, pelos professores.c) devem ser utilizados para a avaliação dos alunos, podendo prescindir do acompanhamento pelo professor.d) não favorecem a reflexão de cada aluno, portanto, devem ser evitadose) podem ensejar momentos em que dificuldades individuais deixam de ser observadas e orientadas pelo professor.

QUESTÃO 05

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Hoffmann afirma que as notas/conceitos ou as fichas de avaliação conceituais, embora representem uma escala de valorimplícita (9 em 10 é muito bom resultado, por exemplo), pouco esclarecem sobre o processo vivido. Não revelam o queprofessores conhecem de cada aluno nem como agem frente a isso. Diante do problema, Hoffmann defende a.

a) prática da elaboração de registros e relatórios descritivos em avaliação, que permitem ao professor um agir reflexivo, suaautoria e reconstrução das práticas educativas e avaliativas.

b) adoção da maior variedade possível de registros para produzir a mediação entre dados colhidos objetivamente porinstrumentos de avaliação e impressões subjetivas do professor.

c) avaliação formativa que permite o agir reflexivo durante a aplicação de tarefas parciais e o registro das avaliações emmomentos diferentes da aprendizagem, produzindo um retrato dos sujeitos avaliados

d) produção pelos professores de relatórios, com indicadores pré-selecionados, que permitam ao coordenador construir umpanorama fiel da situação de aprendizagem dos alunos na escola

e) adoção de modelos estatísticos que permitam a comparação das medidas de um mesmo aluno no tempo, na turma e naescola, localizando tendências para adotar estratégias de ação eficientes

QUESTÃO 06

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Segundo Jussara Hoffmann (2005), a avaliação mediadora deve ter como princípio:

a) a reflexão prospectiva, que intenciona planejar os próximos desafios ajustados a cada aluno e aos gruposb) a classificação de cada aluno em um grupo, de acordo com a competência demonstrada nos testesc) a tomada de consciência sobre as dificuldades de cada aluno, tendo em vista atribuir-lhe um conceitod) o juízo de valor a respeito do desenvolvimento real do aluno, com a percepção do que não foi apreendido

QUESTÃO 07

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De acordo com Hoffmann (2001), a elaboração e o uso dos instrumentos de avaliação revelam concepções metodológicas.Segundo a autora, os melhores instrumentos de avaliação são

a) os documentos utilizados para o registro do desempenho dos alunos, por exemplo, boletins, pareceres, fichas decomportamentos e relatórios finais.

b) tarefas avaliativas condizentes com o contexto de aprendizagem, somadas a registros descritivos sobre o “momento” emque o aluno se encontra.

c) inexistentes em uma escola verdadeiramente inclusiva, que respeita a diversidade, o interesse e o tempo de cadaeducando; os instrumentos de avaliação devem ser abolidos.

d) exclusivamente as avaliações escritas (provas e testes corrigidos com gabaritos) que permitem a atribuição de conceitos ounotas, gerando, posteriormente, médias aritméticas e registros classificatórios.

e) a observação e o diálogo entre o aluno e o professor, apenas. A observação de tarefas e manifestações dos alunos éconsiderada, em si mesma, instrumento de avaliação e, por isso, não requer nenhuma outra forma de registro.

QUESTÃO 08

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1. B2. A3. D4. D5. E6. A7. A8. B

GABARITO