21
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Área de concentração: Produção Animal Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS Avaliação econômica de silagens de capim e de milho. Aluno: Nelson Rafael da Silva Professora: Drª Eliane Saiury Miyagi GOIÂNIA 2011

Avaliação econômica de silagens de capim e de milho....silagem de capim e da silagem de milho, bem como avaliação econômica na utilização destes alimentos, relacionar as operações

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

    ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

    DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL

    PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

    Área de concentração: Produção Animal

    Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

    Avaliação econômica de silagens de capim e de milho.

    Aluno: Nelson Rafael da Silva

    Professora: Drª Eliane Saiury Miyagi

    GOIÂNIA

    2011

  • ii

    NELSON RAFAEL DA SILVA

    Avaliação econômica de silagens de capim e de milho.

    Seminário apresentado como parte das exigências da Disciplina Seminários Aplicados do Programe de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG.

    Área de concentração: Produção Animal

    Linha de pesquisa: Metabolismo animal e forragicultura na produção

    animal

    Orientador: Prof. Dr. Aldi Fernandes de Souza França

    Professora: Drª. Eliane Sayuri Miyagi

    Prof. Dr. Emmanuel

    GOIÂNIA

    2011

  • iii

    SUMÁRIO

    1. SUMÁRIO iii

    2. RESUMO 01

    3. REVISÃO DE LITERATURA 02 3. 1. Custo de produção de silagem de capim 03

    3. 2. Custo de produção em um hectare 05

    3. 3. Discussão silagem de capim 07

    4. Custo de produção silagem de milho 07

    4.1 Custo de produção silagem milho duas cultivares 09

    4. 2 Custo de produção silagem milho uma cultivar 10

    5. Considerações finais 16

    6. REFERÊNCIAS 17

  • RESUMO Objetivou-se com este trabalho uma revisão bibliográfica sobre o

    levantamento dos custos de produção, avaliação econômica da produção de silagem de capim e da silagem de milho, bem como avaliação econômica na utilização destes alimentos, relacionar as operações de maior que reflete maior custo sobre o custo operacional na produção destas silagens. As operações de maior custo, sobre o processo de confecção de silagem de capim foram em ordem decrescente: confecção da silagem, corte, transporte e compactação. Para O custo de produção de silagem de milho foram: o plantio representou 26% do custo total seguido de colheita e ensilagem com 21,92% e preparo e correção do solo com 16,19% do custo total foram os de maior representatividade.

    Palavras-chave: Avaliação econômica, custo de produção e silagem.

  • 2

    4. REVISÃO DE LITERATURA

    Nos sistemas de produção de gado de corte e leite no Brasil, temos as

    pastagens como principal fonte de alimentos. Porém, o problema da

    estacionalidade na produção de forrageiras destinadas a alimentação animal,

    impede a distribuição normal de forragens.

    Com produção diferenciada durante as estações do ano, há maior

    produção durante o período chuvoso e melhor qualidade nutricional, já no período

    de seca, a produção é menor e com baixo valor nutricional.

    Torna-se importante a busca de alternativas, que possibilite minimizar

    os efeitos da estacionalidade na produção de alimentos durante esses períodos,

    de acordo com o sistema de criação explorado.

    Desta forma, é importante fazer um planejamento alimentar detalhado,

    no sentido de fornecer e atender as exigências alimentares em todos os períodos

    do ano, permitindo a produtividade equilibrada ao longo de todo período de

    produção.

    Na estratégia de armazenar alimentos na forma de silagem de milho ou

    de capim-mombaça, é importante avaliar o custo de produção desses alimentos

    no sistema produtivo, no sentido de se optar pelo mais econômico.

    É importante numa atividade pecuária produtiva, buscar no mínimo o

    “Break-even” que significa o ponto de equilíbrio ou seja, para cada real gasto com

    alimentação nos dá um real de retorno (MILKPOINT, 2011).

    Segundo CASTRO et al., (2010), observaram em cultivar de Panicum

    maximum produção de massa de forragem natural (massa verde), aos 126 dias

    idade de corte 37.844 kg/ha, este resultado confirma o potencial produtivo destas

    cultivares.

    O milho é a cultura padrão para ensilagem pela tradição no cultivo, pela

    elevada produtividade e pelo bom valor nutritivo, e com o uso de cultivares

    híbridas com bom potencial de produção, para cada região é responsável pela

    alta produção de massa verde por hectare dessa cultura (PAZIANI, et al., (2009).

    A produção de silagens de gramíneas tropicais perenes confeccionada

    a partir do próprio pasto, têm-se mostrado uma alternativa viável e segura de

    produção de volumosos VIEIRA, et al., (2010).

  • 3

    Objetivou-se fazer uma revisão bibliográfica sobre avaliação econômica

    da produção de silagem de capim e silagem de milho.

    3.1. Custo de produção de silagem de capim

    As cultivares de forrageiras (Panucum maxumum jac), cultivar

    mombaça, quando bem conduzidas, produzem grandes quantidades de massa

    seca por hectare, que podem ser utilizada para corte e ensilagem, principalmente

    na estação chuvosa, quando ocorre uma maior produção de forragem.

    Uma vez estabelecidas as pastagens, após realização do primeiro

    corte para confecção de silagens, se bem manejadas, com tratos culturais

    recomendados, essas cultivares permitem efetuar um novo corte de 28 a 30 dias

    após o primeiro corte.

    Resultados observados na Fazenda Tabocão, município de Araguatins

    estado do Tocantins, nos mostrou uma produção de massa verde média de

    19.420 kg/ha, em área irrigada de capim mombaça, para corte e produção de

    silagem (dados não publicados) informação pessoal.

    De acordo com LEONEL, et al.,(2008) as gramíneas perenes tropicais,

    quando atingem o teor de 28 a 35% de teor de MS nesse ponto, já perderam

    grande parte do seu valor nutritivo, para otimizar a colheita de nutrientes dessas

    forrageiras, o corte deve ser feito em idades mais jovens (60 a 70 dias ou menos),

    quando, no entanto, as plantas apresentam baixos teores de matéria seca, o que,

    associado aos baixos teores de carboidratos solúveis e à elevada capacidade

    tamponante, características intrínsecas de gramíneas tropicais perenes. Sendo

    assim o corte no momento ideal com teor de MS recomendado pode evitar perdas

    econômicas.

    O plantio do capim-mombaça foi realizado numa área de pastagens já

    existente, foram efetivadas as seguintes operações na elaboração dos custos de

    produção da silagem de capim mombaça. Uma gradagem, semeadura, duas

    adubações em cobertura, controle de ervas daninhas, confecção da silagem

    (corte, transporte e compactação).

    Materiais utilizados foram, sementes, adubos, herbicida e lona plástica.

  • 4

    Considerou-se a taxa de juros média da poupança = 6,0% ao ano; valor

    de mercado em R$ de 1 ha/ano = R$ 2.000,00 e 3,0% do valor de R$ 2.000,00

    1ha/ano divido por 12 meses* 3 meses (Restle, et al. 2007), o tempo de utilização

    da terra para produção de silagem = 3 meses; US$ = R$ 1,82; e IGP-FGV (índice

    geral de preços da Fundação Getúlio Vargas). Para os cálculos dos custos deste

    trabalho, foram considerados os valores do mês julho do ano de 2007 na região

    de Araguaína estado de Tocantins.

    Na Tabela 1, consta à demonstração do custo de produção/ha do

    volumoso para produção de silagem de capim-mombaça. Os adubos de cobertura

    primeira e segunda representaram 28,98% do custo total, atingindo as maiores

    porcentagens, dados semelhantes foram encontrados para o primeiro e segundo

    corte com valor de R$ 280,00 para cada corte representando 28,98% do custo

    total, as duas adubações em cobertura e os dois cortes representaram 57,96% do

    custo total, sobrando 42,04% para os demais custos.

    Os custos com volumoso (silagem de capim-Mombaça), em R$ de

    acordo com o custo por kg de matéria seca (MS). O custo com volumoso,

    considerou-se, como custo de implantação da capineira, para produção de

    silagem as operações: Gradagem, R$ 100,00 adubação de plantio, seis sacas de

    superfosfato simples, R$ 408,00 duas sacas de semente de capim-Mombaça, R$

    Semeadura, R$ 35,00, totalizando R$ 743,00 dividido por dez anos, vida útil da

    capineira na região de Araguatins TO, R$ 743,00/10 anos = R$ 74,30 amortizado

    cada ano. Em estudos sobre a economicidade na produção de culturas

    forrageiras para produção de silagem, Alves Filho et al., (2003), e Pacheco

    (2006), Observaram-se resultados de 53 a 66,75% para os adubos, os insumos

    de maior representatividade no custo total de produção de cada hectare de

    silagem foram, em ordem decrescente, sementes (11,56%), inseticida (9,97%),

    herbicida pós-emergente (9,40%) e lona (6,85%), enquanto neste experimento os

    maiores custos foram observados para os serviços de confecção de silagem.

    Observa-se que os valores encontrados neste trabalho, para os serviços de

    confecção da silagem, corte, transporte e compactação foram os de maior

    representatividade no custo total de produção de cada hectare de silagem,

    Os gastos com serviços foram: Gradagem R$ 10,00; semeadura 3,50 e

    confecção de silagem, corte, transporte e compactação foi de R$ 973,50 o total de

  • 5

    gastos com serviços, destes custos com serviços 98,61% gastos com a confecção

    de silagem, corte, transporte e compactação e 1,39% gastos com gradagem e

    semeadura.

    Os custos com transporte e compactação para os dois cortes foram

    20,7% do custo total. O subtotal B da Tabela 1, R$ 1.808,49 representou 93,60%

    do custo total, o custo de oportunidade com capital investido terra foi de R$ 15,00

    e representou 0,78% do custo total e o custo de oportunidade do capital investido

    subtotal B R$ 108,49 representou 5,62% do custo total. Observa-se na Tabela 1,

    que o custo total para produção de forragem foi de R$ 1.931,79 que foi a soma do

    sub-total A + subtotal B, para obtenção do custo da tonelada de matéria verde de

    silagem em R$ foi dividido o custo total para produção de forragem que foi de R$

    1.931,79 pela produção de silagem em toneladas de matéria verde por hectare

    em dois cortes que foi de 75 toneladas .

    Para a obtenção do custo de produção de matéria seca de silagem em

    R$, foi dividido o custo total de produção de forragem R$ 1.931,79 pela produção

    de silagem em toneladas de matéria seca por hectare em dois cortes que foi de

    19,59 toneladas por hectare de matéria seca.

    O custo total de produção em R$ 1.931,79 dividido 19,59 t de MS = R$

    98,61 a tonelada de matéria seca, e que o custo R$ 98,61 a tonelada de MS

    dividido por 1000 kg = obteve-se o valor de R$ 0,0986 centavos o custo do kg de

    matéria seca da silagem. E este resultado foi arredondado para R$ 0,10 por kg de

    MS de silagem de capim-Mombaça. A quantidade produzida de matéria seca de

    silagem por hectare em dois cortes foi obtida pela produção de matéria verde por

    hectare em dois cortes* % de matéria seca da silagem, que foi de 75 t* 26,13% =

    19,59 tonelada de MS/ ha em dois cortes. Na Tabela 1 encontra-se a estimativa

    de custo da silagem de capim-mombaça por hectare.

    3.2 Custo de produção de silagem em um hectare

  • 6

    Tabela 1 - Custo de produção de silagem por ha

    Operação1 Custo de produção

    R$/ha %

    Gradagem 10,00 0,52

    Adubação de plantio (300 kg de superfosfato

    simples)

    40,80 2,11

    Sementes 20,00 1,03

    Semeadura 3,50 0,19

    Adubação em cobertura 1ª (200 kg de 45-00-00) 280,00 14,49

    Adubação em cobertura 2ª (200 kg de 45-00-00) 280,00 14,49

    Controle de plantas daninhas (herbicida pós-

    emergente)

    94,00 4,87

    Confecção da silagem

    Primeiro corte 65 dias após a semeadura 280,00 14,49

    Transporte e compactação 200,00 10,35

    Segundo corte 28 dias após o 1º corte 280,00 14,49

    Transporte e compactação 200,00 10,35

    Lona 120,00 6,22

    Subtotal (A) 1.808,30 93,60

    Custo de oportunidade

    Terra2 15,00 0,78

    Capital investido 108,49 5,62

    Subtotal (B) 123,49 6,38

    Total (A+B) 1.931,79 100

    MS da silagem (%) 26,13

    Produção de silagem, t MS/ha dois cortes 19,59

    Produção de silagem, t MV/ha dois cortes 75

    Custo t MS silagem R$ 98,61

    Custo t MV, silagem R$ 25,75

  • 7

    SILVA, et al., (2008). MS = Matéria seca; MV = Matéria verde; valores obtidos neste trabalho, 1Incluídos custos com máquinas, implementos e mão-de-obra para realização das operações. 2Terra considerou-se 3,0% ao ano de 2.000,00/ha valor de um ha de terra na região de Araguatins TO. US$ = 1,82 R$; mês de junho de 2007. Adaptado de Restle, et al. 2007. 3.3 Discussão silagem de capim

    VIEIRA, et al., (2010), avaliaram silagem de capim-mombaça e

    encontraram valores de 28,10% de teor de matéria seca e pH de 3,90 e teor de N-

    NH3 em percentagem do nitrogênio total de 5,12 e sem a presença de odor

    desagradável na silagem de capim-mombaça, indicando boa fermentação do

    material ensilado, características descritas por McDonald, et al., (1991). Isso

    mostra que o capim-mombaça pode ser ensilado para suprir as exigências

    alimentares dos animais principalmente época da seca.

    4. 2. Custo de produção de silagem de milho

    Atualmente com o avanço da tecnologia na área do agronegócio novas

    cultivares de milho híbrido silageiros de maior potencial de produtividade, são

    lançados no mercado a cada ano.

    Assim, como qualquer atividade agropecuária, faz-se necessário uma

    avaliação econômica, bem como um levantamento detalhado dos custos de

    produção e da viabilidade econômica no sistema de produção dessas cultivares.

    Segundo LEONEL et al., (2008) o ponto ideal para ensilagem é quando

    a planta forrageira atinge 28 a 35% de MS, fase que, em espécies como o milho,

    coincide com a máxima qualidade nutricional e com isso evitar perdas

    econômicas.

    Vários híbridos de cultivares de milho são lançados no mercado a cada

    ano destinados a comercialização para produção de silagens, alguns destes

    híbridos com respectivas marcas comerciais são apresentadas nas tabelas

    abaixo.

  • 8

    Conforme tabela demonstrativo do potencial de produtividade de alguns híbridos de milho silageiros nos principais estados produtores.

    Tabela 2 – Produtividade por estado brasileiro, safra 2008/2009.

    Híbrido Área (há) Produção MN kg/ha Estado

    30B39Y 16,0 92.000 SC

    30B39 5,0 55.000 RS

    30F90 39,0 62.000 GO

    3041 25,0 54.000 SP

    30P34 3,0 70.000 PR

    PIONER SEMENTES, (2011).

    Resultados de produtividade de marcas e híbridos de milho silageiro em cidades

    do estado de Goiás na safra, 2008 e 2009.

    Tabela 3 – Produtividade de milho silageiro nas cidades de Goiás safra

    2008/2009.

    Marca Híbrido Área (há) Produtividade

    MV (kg/ha)

    Cidade

    Pioneer 30S40 3,0 45.740 Orizona

    Nidera BK1200 3,0 36.900 Orizona

    Riber 9308 3,0 36.616 Orizona

    Agroceres AG4051 15,0 45.000 Orizona

    Syngenta maximus - 2,0 42.000 Orizona

    Pioneer 30S40 20,0 60.500 Bela Vista

    Pioneer 30S40 19,00 58.000 Silvânia

    Pioneer 30S40 35,00 61.000 Gameleira de Goiás

    Pioneer 30F90 7,0 50.000 Vianópolis

    PIONER SEMENTES, (2011).

  • 9

    4.2.1.Custo de produção de silagem de milho duas cultivares

    As cultivares de milho híbridos silageiros com maior potencial de

    produtividade de massa verde por hectare, são mais exigentes quanto à

    fertilidade do solo e adubação, porém o custo de produção por hectare de massa

    verde e massa seca, é bem inferior às cultivares de menor produtividade.

    O quadro demonstrativo de custo de produção de silagem de milho

    numa área de um hectare, com uma cultivar de menor exigência nutricional e

    menor produtividade de forragem e outra cultivar de maior exigência e nutricional

    e maior produtividade de massa verde.

    Tabela – 4 Custo de produção de silagem de milho com híbridos de diferentes

    produtividades.

    Custo (R$) hectare Produtividade de massa verde (MV) kg/ha

    Cultivares 30.000 60.000

    Semente 105,00 160,00

    Fertilizantes1 488,50 956,18

    Defensivos 218,00 218,00

    Plantio2 127,50 127,50

    Financeiros3 275,40 296,60

    Custo total de produção R$ 1.214,40 R$ 1.758,28

    Ensilagem4 400,00 400,00

    Custo total da silagem R$ 1.614,40 R$ 2.158,28

    Produtividade de MV 30.000 kg/ha 60.000 kg/ha

    Produtividade de MS (34%) 10.200 kg/ha 20.400kg/ha

    Custo MV R$ 53,80/t R$ 36,00/t

    Custo MS (massa seca) R$ 158,30/t R$ 105,80/t

    PIONEER, (2011).

    1.De acordo com a produtividade mais a exportação de N e P% decorrente da

    remoção da palhada. 2.Máquinas (plantadeira, pulverizador, distribuidor de

    calcário e fertilizantes e mão-de-obra). 3.Inclui, remuneração da terra e

  • 10

    assistência técnica. 4. Máquinas, (arado de duas aivecas, carreta com trator e

    compactação), mão-de-obbra e transporte.

    O custo por kg de matéria verde da cultivar n° 1 foi de R$ 53,80/1000kg

    = R$ 0,0538 reais. O custo por kg da cultivar n° 2 foi de R$ 36,00/1000kg = R$

    0,036 reais.

    4.2.2. Custo de produção de silagem de milho uma cultivar

    Na avaliação da produção de silagem de milho, considerou-se as

    seguintes operações: preparo e correção do solo – uma calagem, envolvendo

    custos de aquisição, gastos com transporte do calcário, distribuição na lavoura, e

    incluindo na operação custos com o pagamento de um auxiliar para o tratorista na

    distribuição do produto.

    No preparo do solo foram executadas as operações de uma aração

    com arado de aiveca; uma gradagem com grade aradora e duas gradagens com

    grade niveladora.

    No plantio foram computados os custos com transportes de insumos

    até a lavoura. Utilizou-se para o plantio plantadeira adubadeira, aquisição de

    adubos 8-28-16 e sementes de milho e gastos com inseticidas para o tratamento

    das sementes.

    Os tratos culturais, para controle de ervas daninhas, foram realizados

    com aplicações de herbicida, e gastos com aplicação mecânica, aquisição de

    herbicida e pagamento de um auxiliar de tratorista, para auxiliar na aplicação do

    produto.

    Utilizou-se na adubação em cobertura sulfato de amônio, envolvendo

    gastos com transportes de adubo até a propriedade e distribuição manual do

    adubo e gastos com um auxiliar para ajudar na distribuição do adubo.

    Foi realizada adubação orgânica em 10% da área cultivada, utilizou-se

    esterco de curral, o esterco foi transportado e distribuído com auxílio de uma

    retro-escavadeira.

  • 11

    Na operação de colheita, corte e picagem da forragem no campo,

    transporte da forragem para o silo, descarga e distribuição da forragem no silo e a

    compactação da silagem no interior do silo foi realizada com auxílio de um trator.

    Os gastos com mão-de-obra foram: auxiliar de tratorista e mão-de-obra

    no campo.

    Os custos de utilização do silo, uso da terra e assistência técnica

    também entraram na composição do custo total.

    CT = Custo total, MV= Massa verde/há, t= tonelada, CT/quantidade t

    MV/ha= Custo da tonelada MV.

    Custo da tonelada de MV/ 1000 = Custo do kg de MV. CT/50t =

    1.245,00/50t= 24,90 tonelada de massa verde. 24,90/1000 = R$ 0,0249 o kg de

    massa verde.

  • 12

    Planilhas 1 - Custos de produção de silagem de milho não irrigado,

    área de um hectare , considero-se as seguintes operações: preparo e correção do

    solo.

    Serviços e insumos N C.T.

    média/ha

    Preço

    unitário

    Custo

    médio/ha

    Percentual

    %

    1. Preparo e correção do solo - - - 201,61 16,19

    1.1.Calagem (1) - - - - -

    - Transporte de calcário 19 0.18 15,19 2,73

    - Distribuição calcário 19 1,04 16,85 17,52

    - Auxiliar de tratorista 18 0,27 11,20 3,02

    - Calcário dolomítico 18 2315,26 0,08 185,22

    - - - 69,49 5,58

    1.2.Preparo do solo

    - Gradagem grade aradora 71 1,29 23,13 29,79

    - Aração com arado 3 aivecas 109 2,55 28,03 71,47

    - Gradagem com niveladora (2) 103 0,82 18,76 30,86

    132,12 10,61

    2.Plantio

    - Transporte de insumos 109 0,15 15,19 2,21

    - Plantio plantadeira adubadeira 109 0,66 21,29 14,05

    - Auxiliar tratorista 109 0,17 11,20 1,90

    - Adubo plantio 8-28-16 109 275,48 0,70 192,84

    - Sementes 109 24,90 2,95 73,45

    - Inseticida tratamento semente 106 0,64 70,00 44,8

    329,25 26,44

    3.Tratos culturais 230,95 18,55

    3.1Controle ervas daninhas - - - - -

    - Aplicação herbicida 102 0,34 20,99 7,12

    - Auxiliar tratorista 105 0,09 11,20 0,99

    - Herbicida 107 4,00 20,00 80,00

    88,12 7,07

  • 13

    Continuação da planilha de custos.

    3.2.Adubação cobertura N C.T

    Média/ha

    Preço

    unitário

    Custo

    médio/ha

    Percentual

    %

    - Transporte do adubo 108 0,12 15,19 1,82

    - Distribuição do adubo man. 109 1,92 1,44 2,76

    - Auxiliar para carga 108 0,27 11,20 3,02

    - Adubo para cobertura sulfat. 109 276,07 0,49 135,27

    142,84 11,47

    4. Adubação orgânica 72,89

    - Transporte esterco 16 2,32 15,19 35,24

    - Carga retroe-scavadeira 16 1,25 20,50 25,62

    - Distribuição retro-escavadeira 27 1,04 20,50 21,32

    - Esterco curral 21 43,12 15,00 646,80

    72,89 5,8

    5. Colheita e ensilagem 273,37 21,92

    - Corte e picagem 109 3,88 21,30 82,66

    - Transporte forragem p/ silo 109 7,05 15,19 107,09

    - Descarga distribuição silo 109 3,13 11,20 35,00

    - Compactação c/ trator 58 0,88 11,12 9,78

    - Mão-de-obra no campo 102 1,08 11,20 12,11

    - Auxiliar de tratorista 107 0,53 11,20 5,93

    - Lona plástica - 70 0,30 21,00

    6. Custo de utilização do silo - 50 1,3 67,00 5,38

    7. Custo de utilização da terra - 1 60 60,00 4,81

    8. Assistência técnica - 0,1 180,00 18,00 1,44

    9. Custo total 1.245,00 100,00 100,52

    10. Custo tonelada MV - 50 24,92

    11. Custo tonelada MS (30%) - 15 83,00

    EMBRAPA gado de leite (2001). Observações: N = Número de vezes em que a atividade foi executada.Htr = hora trator; dh= dias homens; hmh = hora máquina homen; C.T. = Coeficiente técnico = gasto por hora. 1= Calegem – Custo dividido por três (calagem a cada três anos). 2 = Gradagem – Custo multiplicado por dois (duas gradagens).3 = Adubação orgânica = Custo dividido por dez (adubação orgânica em 10% da área).

  • 14

    SAMPAIO, et al., (2002) encontraram custo médio com alimentação de

    R$ 134,00 por animal confinado utilizando silagem de milho e uma remuneração

    mensal do capital investido de 5,5% ao mês, remuneração acima da remuneração

    que poderia ser obtida em outras aplicações no mercado financeiro.

    Os gastos com serviços foram: preparo e correção do solo R$ 201,00 e

    16,19% do custo total (1.245,00), e gastos com plantio de R$ 329,25 num total de

    26,44% do custo total, os gastos com a confecção de silagem, corte, transporte,

    compactação e distribuição do material no silo foi de R$ 273,37 em percentagem

    21,92% do custo total.

    O custo de oportunidade com capital investido utilização do silo e da

    terra foi de R$ 127,00 e representou 10,19% do custo total.

    Observa-se na planilha 1, que o custo total para produção de forragem

    de milho foi de R$ 1.245,00, para obtenção do custo da tonelada de matéria verde

    de silagem em R$ foi dividido o custo total para produção de forragem que foi de

    R$ 1.245,00 pela produção de silagem em toneladas de matéria verde por hectare

    que foi de 5o toneladas de massa verde.

    Para a obtenção do custo de produção de matéria seca de silagem em

    R$, foi dividido o custo total de produção de forragem R$ 1.245,00 pela produção

    de silagem em toneladas de matéria seca por hectare que foi de 15 toneladas por

    hectare de matéria seca de forragem de milho.

    O custo total de produção em R$ 1.245,00 dividido 15 t de MS = R$

    83,00 a tonelada de matéria seca, e que o custo R$ 83,00 a tonelada de MS

    dividido por 1000 kg = obteve-se o valor de R$ 0,083 centavos o custo do kg de

    matéria seca da silagem de milho.

    A quantidade produzida de matéria seca de silagem por hectare foi

    obtida pela produção de matéria verde por hectare* % de matéria seca da

    silagem, que foi de 50 t* 30% = 15 tonelada de MS/ ha.

    De acordo com CEPEA, (2003), as operações para elaboração dos

    custos de produção de um hectare de silagem são: investimentos são

    considerados juros do silo R$ por ano, depreciação do silo e manutenção. No

    preparo do solo foram considerados, uma calagem 0,12 horas, uma aração 1,73

  • 15

    horas, duas gradagens 0,63 horas com grade niveladora e transporte interno

    0,5horas .

    As atividades de plantio e tratos culturais foram plantio e adubação

    0,48 horas, aplicação de herbicida 0,62 horas, duas adubações em cobertura 0,12

    horas cada adubação e transporte interno 0,5 hora, para colheita e ensilagem

    foram, colheita 5,80 horas, transporte 5,80 horas, compactação 6,40 horas e

    fechamento do silo 2,0 horas.

    Operações de descarga e distribuição da silagem: retirada da silagem e

    carregamento 66,67 horas, transporte e distribuição 11 horas e mão-de-obra para

    distribuição 11 horas. Segundo CEPEA, (2003) deverão considerar 20% de perda

    da silagem armazenada.

  • 16

    Considerações finais

    A produtividade de forragem é um fator importante que afeta o custo de

    produção da silagem.

    A determinação do custo de produção de silagem é um fator

    determinante nas decisões de gerenciamento da atividade agropecuária.

    As silagens de capim e de milho proporcionam retorno financeiro

    satisfatório.

  • 17

    REFERÊNCIAS:

    ALVES FILHO, D.C.; NEUMANN, M.; RESTLE, J. NEUMANN, M. MOTTA, A.N. Características agronômicas produtivas, qualidade e custo de produção de forragem em pastagem de azevém (Lollium multiflorum Lam) fertilizada com dois tipos de adubo. Ciência Rural, v.33, n.1, p.143-149, 2003. CASTRO, G.H.F.; RODRIGUES, N.M.; GONÇALVES, L.C.; MAURÍCIO, R.M. Características produtivas agronômicas e nutricionais do capim-tanzânia em cinco diferentes idades de corte. Arquivos Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte MG, v.62, n. 3, p. 654-656, 2010. CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – ESALQ/USP- Departamento de Economia, Administração e Sociologia, Boletim do Leite, Ano 10 – n° 116. Novembro de 2003. CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-ESALQ/USP, www.cepea.esalq.usp.br acesso em 15 de agosto de 2011. EMBRAPA. Custo de produção de silagem de milho. Pesquisa – Embrapa Gado de Leite. Htm. Acesso em: 15 de agosto de 2011.

    LEONEL, F.P.; PEREIRA, J.C. COSTA, M.G.; MARCO JÚNOIR,P.D.; LARA, L.A.; RIBEIRO, M.D.; SILVA, C.J. Consórcio capim-braquiária e milho: produtividade das culturas e características qualitativas das silagens feitas com plantas em diferentes idades, Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.37, n.12, p.2233-2242, 2008.

    McDONALD, P.; HENDERSON, A.R.; HERON, S.J.E. The biochemistry of silage. 2. ed. Aberystwyth: Chalcombe Publications, 1991, 340p. PAZIANI, S.F.; DUARTE, A.P.; NUSSIO, L.G.; GALLO, P.B.; BITTAR, C.M.M.; ZOPOLLATTO, M.; RECO, P.C. Características agronômicas e bromatológicas de híbridos de milho para produção de silagem, Revista Brasileira de Zootecnia, Vçosa MG, v. 38, n. 5, p. 411-417, 2009. PEDROSO, A.M. Custos de alimentação x preço do leite. Onde vamos parar? São Carlos –

    São Paulo. EMBRAPA, Pecuária Sudeste.

    www.milkpoint.com.br/artigos/gerenciamento/custos-de-alimentação-x-preço-do-leite-

    onde-vamos-parar-47105n.aspx. Acesso em: 15 de agosto de 2011.

    PACHECO, P.S.; RESTLE, J.; VAZ, F.N.; FREITAS, A.K.; PADUA, I.J. NEUMANN,

    M.; ARBOITE, M.Z. Avaliação econômica da terminação em confinamento de novilhos

    jovens e superjovens de diferentes grupos genéticos, Revista Brasileira de Zootecnia,

    Viçosa MG, v.35, n.1, p.309-320, 2006.

    http://www.milkpoint.com.br/artigos/gerenciamento/custos-de-alimentação-x-preço-do-leite-onde-vamos-parar-47105n.aspxhttp://www.milkpoint.com.br/artigos/gerenciamento/custos-de-alimentação-x-preço-do-leite-onde-vamos-parar-47105n.aspx

  • 18

    PIONER SEMENTES. Sementes de milho para silagens e resultados de pesquisa www.pionersementes.com.br/produtosresultadossilagem.aspx. Acesso em: 16 de agosto de 2011. PIONEER SEMENTES. É difícil produzir silagem de milho de qualidade? www.pioneersementes.com.br/imagem/diversos/silagem. Acesso em : 16 de agosto de 2011. RESTLE, J.; PACHECO, P.S.; COSTA, E.C. FREITAS, A.K.; VAZ, F.N.; BRONDANI, I.L. Apreciação econômica da terminação em confinamento de novilhos Red Angus superjovens abatidos com diferentes pesos. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa MG, v.36, n.4, p.978-986, 2007. SAMPAIO, A.A.M.; BRITO, R.M.; CARVALHO, R.M. Comparação de sistemas de avaliação de dietas para bovinos no modelo de produção intensiva de carne. Confinamento de tourinhos jovens, Revista Brasileira de Zootecnia, Belo horizonte, MG, v. 31, n.1, p. 157-163, 2002. SILVA, N.R. Desempenho produtivo de bovino de corte alimentados com dietas contendo diferentes níveis de farinha amilácea de babaçu. 2008. 75f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal Tropical) – Escola de Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína. VIEIRA, B.R., OBEID, J.A.; PEREIRA, O.G. VALADARES FILHO, S.C. CARVALHO, I.P.C. AZEVEDO, J.A.G. Consumo, digestibilidade dos nutrientes e parâmetros ruminais em bovinos alimentados com silagem de capim-mombaça. Arquivos Brasileiro de Medicina Veterinária Zootecnia, Belo Horizonte MG, v.62, n.5, p.1148-1157, 2010.

    http://www.pionersementes.com.br/produtosresultadossilagem.aspxhttp://www.pioneersementes.com.br/imagem/diversos/silagem