1
[email protected] ou ligue para 11 99832 3766 Revista AutoBus www.revistaautobus.com.br “Transporte coletivo tem a ver com ônibus” Edição 347 - 27 de setembro 2018 www.revistaautobus.com.br Avaliação em xeque Editor - Antonio Ferro Jornalista responsável - Luiz Neto - MTB 30420/134/59-SP https://www.facebook.com/pages/Revista-AutoBus/723249597767433?fref=ts Agora você pode acompanhar a revista AutoBus no Facebook A imagem do transporte público em três capitais brasileiras confirma que é preciso muito incentivo e investimento para se mudar um quadro negativo que acompanha o setor há um bom tempo. O Idec, ONG de Defesa do Consumidor, apresentou há pouco dias os resultados da avaliação realizada por usuários de transportes público nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, gerados a partir do aplicativo MoveCidade, ferramenta que permite que qualquer pessoa possa avaliar diversos itens do transporte coletivo que usa. Essa análise é inserida em um banco de dados que agrega todas as respostas e gera notas de 0 a 10. De acordo com o levantamento, mais de três mil passageiros das referidas capitais mostraram descontentamento no último ano com as linhas de transporte que se concentram nas áreas periféricas em relação às centrais, que são melhor avaliadas, como ocorre na relação entre as linhas de metrô e de trens. O Idec informou que, quando se analisa os dados da pesquisa em relação às linhas de ônibus das três capitais, também se registra o mesmo problema: os sistemas intermunicipais (que transporta os usuários de mais longe) têm pior avaliação do que nos sistemas municipais, com exceção a rede de ônibus do Rio, que opera também linhas com características de ônibus rodoviários e pos- suem outras características de qualidade. O resultado evidencia, conforme relata a ONG, como os ônibus intermunicipais recebem menos atenção e investimento dos poderes públicos. Em São Paulo se destaca ainda a falta de fluidez dos ônibus intermunicipais resultados da populosa região metropolitana de São Paulo, e da falta de investimento em infraestrutura metropolitana. Hoje, a região possui apenas dois corredores. É urgente a transformação de conceitos envolvidos com os serviços de ônibus urbanos no Brasil. O modal é extremamente importante para se alcançar uma mobilidade eficaz e sustentável, dentro da lógica do desenvolvimento orientado por ideais que favorecem o bem-estar dos habitantes das cidades. Guarupass faz aniversário Completando 24 anos de atuação, a Guarupass (Associação das Concessionárias de Transporte Urbano de Passageiros de Guarulhos e Região) vem trabalhando para o aprimoramento do transporte coletivo da cidade paulista. Em 2018, a entidade trabalhou para agregar novas tecnologias cada vez mais avançadas e oferecer ainda mais conforto e eficiência para o transporte público de Guarulhos. Além disso, reafirma seu compromisso com a segurança de seus usuários. No total, segundo a associação, já foram emitidos quase um milhão e meio de cartões do Bilhete Único de Guarulhos, com mais de 100 postos de recarga e atendimento disponíveis na cidade. Sobre os pontos de auto-atendimento, já são 26 máquinas onde é possível recarregar com o cartão de débito, oferecendo ainda mais praticidade. “Desde o nascimento da entidade, nosso compromisso sempre foi oferecer o que há de mais moderno e eficiente para os moradores e visitantes de Guarulhos. Também sabemos o quanto é importante a questão da mobilidade pública de uma cidade e, por isso, trabalhamos diariamente em novas ideias e soluções para oferecer um serviço cada vez melhor”, comenta Márcio Pacheco, diretor executivo da entidade. No ano passado foi lançado o aplicativo oficial Guarupag, mais uma opção para os usuários administrarem seu cartão de forma prática e rápida. Além disso, as linhas 453, 275 e 720 contam com conexão de internet via Wi-Fi gratuito nos ônibus, onde os passageiros podem usufruir do serviço por até 60 minutos. Pelo lado social do setor, o programa Escola na Garagem reafirma o compromisso da Guarupass com o apoio à rede pública estadual de ensino. Mais de 30 mil crianças, de 8 a 10 anos de idade, já participaram das ações criadas pela entidade, com passeios por pontos turísticos, visitas às garagens e atividades educativas sobre como utilizar o transporte público de forma correta. Imagem - Divulgação 75 anos de motores a gás da MAN Apesar de ser um combustível de origem fóssil, o gás natural pode ser uma alternativa quando se pensa em redução das emissões poluentes dos motores de combustão interna. Em termos de poluição local, o óxido de nitrogênio e o material particulado podem ser mitigados com o uso de propulsores movidos com a gás natural em relação ao diesel convencional. Pelo mundo, muitas frotas de ônibus urbanos utilizam há um bom tempo esse tipo de tração, alcançando um apelo ambiental nos sistemas de transporte coletivo. A montadora MAN Truck & Bus conhece bem esse mercado. Há 75 anos ela iniciou sua trajetória com o combustível por meio do primeiro ônibus que rodou na cidade alemã de Nuremberg, isso em 1943, com uma configuração bem inusitada, pois o veículo tracionava um reboque, ambos dotados de tanques instalados no teto com capacidade para 22 metros cúbicos de gás, o suficiente para uma autonomia bem longa para suas operações. Como já tinha experiência na construção de ônibus com dois pavimentos, a fabricante alemã não encontrou dificuldade em estabelecer esse novo padrão veicular. Sete décadas e meia depois, muita coisa se passou e diversos tipos de motores foram projetados objetivando a diminuição dos poluentes emitidos. Exemplo disso é o novo propulsor MAN E1856 LOH que a montadora apresenta na maior feira mundial de veículos comerciais, a IAA 2018. Ele possui 9,5 litros, seis cilindros, potências que variam de 280 cv e 320 cv, sistema de regulação de queima Lambda e catalisador de três vias. A MAN equipou o seu modelo de ônibus urbano Lion`s City G, com 18 metros de comprimento, com a novidade e o apresentou na feira de Hanover. O veículo pode possuir tanques com capacidade para 1.260 litros e 1.875 litros, volumes bem diferentes daquele longínquo ano de 1943, quando a capacidade e exigência operacional eram bem maiores. Imagens - Divulgação/MAN SPUrbanuss destaca o uso do ônibus Na Semana da Mobilidade, o SPUrbanuss, associação da empresas de ônibus do transporte urbano paulistano, destacou as principais vantagens de se utilizar o modal como meio de locomoção principal na maior cidade brasileira e também em outros cenários. São dez motivos para a quem quiser adotar o transporte coletivo como meio de locomoção principal. Confira: 1. Atualmente, o preço de um carro zero-quilômetro básico é de, no mínimo, R$ 30 mil. Como boa parte da população não possui este montante para realizar o pagamento à vista é preciso recorrer ao financiamento, com juros que podem variar entre 23% e 30%, ao ano. É muito mais econômico utilizar o ônibus como meio de transporte. 2. Rodando com gasolina, um carro com motorização mais básica gasta, em média, um litro para cada 10 quilômetros de trajeto. Trabalhando a 20 quilômetros de distância de sua casa, e tendo como base o valor de R$ 4,00 o litro do combustível, o motorista gasta R$ 80 por semana. No transporte público, considerando duas passagens diárias, o valor cai para R$ 40, totalizando uma economia de até R$ 160 por mês. 3. Não importa a intensidade de uso do veículo e nem o modelo: todos eles precisam de manutenção. A orientação das montadoras é que uma revisão preventiva seja feita a cada cinco mil quilômetros rodados. Diminuindo o uso, é possível postergar este gasto. A média de uma visita ao mecânico é de R$ 220. 4. O custo de estacionamento na cidade de São Paulo costuma ser elevado, principalmente em regiões mais movimentadas como áreas comercias ou empresariais. Este valor pode alcançar até R$ 20 por hora. Para mensalistas, o valor pode chegar a R$ 500, que poderiam ser poupados para outras finalidades, como educação. 5. Os gastos fixos com impostos também são altos. No caso do IPVA, o valor pode variar entre 1% e 4% em relação ao valor total do veículo. Além disso, é preciso desembolsar R$ 45 por ano com o DPVAT, seguro obrigatório contra roubos e acidentes. 6. Pesquisas apontam que o paulistano passa, em média, duas horas por dia no trânsito. Com os corredores instalados pela cidade, este tempo pode diminuir consideravelmente, uma vez que o trânsito da capital é intenso em diversas regiões. 7. Estar com a atenção fixa no trânsito o tempo todo, principalmente em congestionamentos, causa estresse e cansaço intensos. Utilizando o transporte público, é possível ler, estudar, assistir vídeos ou apenas descansar durante o trajeto. 8. Sobre a questão de intensidade no tráfego, o uso do transporte público diminui a quantidade de carros nas vias. Ou seja: um ônibus com capacidade para 80 passageiros pode evitar que cerca de 40 automóveis particulares sejam utilizados. Isso causa um impacto direto e positivo no trânsito da cidade. 9. Com medidas como reformas dos pontos de ônibus, pontos de iluminação e a possibilidade de mulheres e idosos poderem escolher o melhor local para desembarcar no período noturno, o transporte público vem se tornando cada vez mais seguro. 10. Utilizar o transporte coletivo também pode trazer benefícios para a saúde, uma vez que exige uma caminhada diária. Especialistas afirmam que o ser humano necessita, no mínimo, caminhar 15 minutos por dia para manter uma vida saudável. Arquivo - SPUrbanuss VISATE e a Semana Farroupilha Durante a Semana Farroupilha, a VISATE (Viação Santa Tereza) de Caxias do Sul, RS, promoveu apresentações de músicas nativistas com o acordeonista Robison Boeira e o violinista e cantor Jonis Boeira. É a primeira edição do projeto Música nas paradas que prevê diversas apresentações artísticas em paradas de ônibus centrais e nas EPIs (Estações Principais de Integração). O objetivo, segundo a direção da operadora, é promover a integração com a comunidade e divulgar a cultura local. Para o diretor geral da VISATE, Gustavo Marques dos Santos, o projeto Música nas paradas pretende trazer artistas de diferentes culturas e estilos para mostrarem seus talentos, divulgarem seus trabalhos e trazerem alegria e interação com os passageiros na espera pelos ônibus.“Estamos começando este novo projeto na Semana Farroupilha com a valorização do tradicionalismo e após pretendemos levar outras modalidades, aproximando a cultura local de nossos clientes”, observou. Imagem - Divulgação Scania mostra na IAA um novo ônibus Durante a maior feira mundial de veículos comerciais, a IAA, em Hanover (Alemanha), a Scania reafirmou seu compromisso ambiental em oferecer ao mercado produtos com desempenho, rentabilidade e sustentabilidade. A montadora sueca destacou em seu estande o modelo urbano Citywide 100% elétrico, com bateria e o modelo Interlink, o primeiro ônibus intermunicipal da marca equipado com motorização a gás natural liquefeito (GNL), com autonomia de 1.000 quilômetros. Dessa forma, a Scania estende sua ampla gama de opções de combustíveis alternativos para viagens de ônibus interurbanas mais sustentáveis. Ao usar o GNL, a fabricante revela que seu modelo tem a capacidade de reduzir 20% das emissões de CO², bem como os índices de óxido de nitrogênio e material particulado. “As diferentes soluções a gás são, definitivamente, os combustíveis alternativos atualmente mais atrativos, se considerarmos a totalidade do mercado europeu. Em muitos países e regiões assistimos a uma expansão constante da infraestrutura necessária que, como é óbvio, também suscita um maior interesse entre os transportadores. Quando é possível aliar uma redução substancial de CO2 a uma maior economia total de funcionamento, a mudança necessária para soluções de transporte sustentáveis recebe obviamente um impulso", destacou Alexander Vlaskamp, vice-presidente sénior e responsável pela Scania Trucks. Imagem - Divulgação Rumo a eletromobilidade A Volkswagen Caminhões e Ônibus deu um importante passo para consolidar sua presença no mercado da tração elétrica em ônibus urbanos. A montadora exibiu na feira IAA de Hanover seu novo conceito e-Flex, com uma solução exclusiva de arquitetura flexível para eletrificação, cujo conceito pode ser aplicado em praticamente qualquer veículo da marca. De acordo com ela, foi desenvolvido o mais abrangente e inovador conceito de flexibilidade e modularidade a ser aplicado em veículos comerciais: em um único modelo é possível contemplar todas as variantes da mobilidade elétrica. Em linhas gerais, o modelo da VWCO pode rodar como veículo elétrico a bateria (BEV, na sigla em inglês); híbrido elétrico (HEV); híbrido elétrico plug-in (PHEV); e veículo elétrico com autonomia estendida (REEV). A performance se mantém independentemente da forma de alimentação das baterias, que podem ser alimentadas em carregadores externos no conceito plug-in ou ainda por meio de um gerador presente no veículo, responsável por uma das grandes novidades dessa solução e por proporcionar seu aumento de autonomia. O grupo gerador ainda é composto por um motor de combustão que pode ser abastecido com gasolina ou etanol, sendo possível também uma versão para gás natural ou biometano (1.4 TGI). Com isso, segundo a Volkswagen, é oferecido um conjunto de alta eficiência energética, baixo nível de emissões e competitividade em custo. Seu acionamento é inteligente e feito de forma automática pelo sistema eletrônico do veículo assim que este detecta o nível de carga das baterias previamente programado. O Volksbus e-Flex conta com um banco de baterias de íon-lítio níquel-manganês-cobalto (NMC) e foi concebido de forma exclusiva e pioneira entre as Engenharias da Volkswagen Caminhões e Ônibus (Resende) e da Volkswagen do Brasil (São Bernardo do Campo). “Esse modelo de eletrificação é bastante interessante, uma vez que sua flexibilidade atende às necessidades de emissões zero com um custo de investimento menor para fazer frente aos obstáculos que a indústria de elétricos enfrenta para sua implementação comercial, além de ampliar sua autonomia para qualquer imprevisibilidade na rota, sem deixar de atender às regras de zonas de restrições de circulação”, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus. A tecnologia de veículos elétricos da Volkswagen terá sua produção comercial iniciada no ano de 2021. Imagem - Divulgação

Avaliação em xeque - Omnibus1. Atualmente, o preço de um carro zero-quilômetro básico é de, no mínimo, R$ 30 mil. Como boa parte da população não possui este montante para

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Avaliação em xeque - Omnibus1. Atualmente, o preço de um carro zero-quilômetro básico é de, no mínimo, R$ 30 mil. Como boa parte da população não possui este montante para

conta to@rev is taau tobus .com.br ou l i g ue para 11 99832 3766

Revista AutoBus www.revistaautobus.com.br

“Transporte coletivo tem a ver com ônibus”

Edição 347 - 27 de setembro 2018

www.revistaautobus.com.br

Avaliação em xeque

Editor - Antonio Ferro Jornalista responsável - Luiz Neto - MTB 30420/134/59-SP

https://www.facebook.com/pages/Revista-AutoBus/723249597767433?fref=ts

Agora você pode acompanhar a revista AutoBus no Facebook

A imagem do transporte público em três capitais brasileiras confirma que é preciso muito incentivo e investimento para se mudar um quadro negativo que acompanha o setor há um bom tempo. O Idec, ONG de Defesa do Consumidor, apresentou há pouco dias os resultados da avaliação realizada por usuários de

transportes público nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, gerados a partir do aplicativo MoveCidade, ferramenta que permite que qualquer pessoa possa avaliar diversos itens do transporte coletivo que usa. Essa análise é inserida em um banco de dados que agrega todas as respostas e gera notas de 0 a 10.

De acordo com o levantamento, mais de três mil passageiros das referidas capitais mostraram descontentamento no último ano com as linhas de

transporte que se concentram nas áreas periféricas em relação às centrais, que são melhor avaliadas, como ocorre na relação entre as linhas de metrô e de trens.

O Idec informou que, quando se analisa os dados da pesquisa em relação às linhas de ônibus das três capitais, também se registra o mesmo problema: os

sistemas intermunicipais (que transporta os usuários de mais longe) têm pior

avaliação do que nos sistemas municipais, com exceção a rede de ônibus do Rio, que opera também linhas com características de ônibus rodoviários e pos-suem outras características de qualidade.

O resultado evidencia, conforme relata a ONG, como os ônibus intermunicipais recebem menos atenção e investimento dos poderes públicos. Em São Paulo se destaca ainda a falta de fluidez dos ônibus intermunicipais resultados da populosa região metropolitana de São Paulo, e da falta de investimento em

infraestrutura metropolitana. Hoje, a região possui apenas dois corredores. É urgente a transformação de conceitos envolvidos com os serviços de ônibus

urbanos no Brasil. O modal é extremamente importante para se alcançar uma mobilidade eficaz e sustentável, dentro da lógica do desenvolvimento orientado por ideais que favorecem o bem-estar dos habitantes das cidades.

Guarupass faz aniversário

Completando 24 anos de atuação, a Guarupass (Associação das Concessionárias de Transporte Urbano de Passageiros de Guarulhos e Região) vem trabalhando para o aprimoramento do transporte coletivo da cidade paulista. Em 2018, a entidade trabalhou para agregar novas tecnologias cada

vez mais avançadas e oferecer ainda mais conforto e eficiência para o transporte público de Guarulhos. Além disso, reafirma seu compromisso com a segurança de seus usuários.

No total, segundo a associação, já foram emitidos quase um milhão e meio de cartões do Bilhete Único de Guarulhos, com mais de 100 postos de recarga e atendimento disponíveis na cidade. Sobre os pontos de auto-atendimento, já são 26 máquinas onde é possível recarregar com o cartão de débito,

oferecendo ainda mais praticidade. “Desde o nascimento da entidade, nosso compromisso sempre foi oferecer o que há de mais moderno e eficiente para os moradores e visitantes de Guarulhos. Também sabemos o quanto é importante a questão da mobilidade pública de uma cidade e, por isso, trabalhamos diariamente em novas ideias e soluções para oferecer um serviço cada vez melhor”, comenta Márcio Pacheco, diretor executivo da entidade.

No ano passado foi lançado o aplicativo oficial Guarupag, mais uma opção para os usuários administrarem seu cartão de forma prática e rápida. Além disso, as linhas 453, 275 e 720 contam com conexão de internet via Wi-Fi gratuito nos ônibus, onde os passageiros podem usufruir do serviço por até 60 minutos. Pelo lado social do setor, o programa Escola na Garagem reafirma o compromisso da Guarupass com o apoio à rede pública estadual de ensino. Mais de 30 mil crianças, de 8 a 10 anos de idade, já participaram das ações

criadas pela entidade, com passeios por pontos turísticos, visitas às garagens e atividades educativas sobre como utilizar o transporte público de forma correta.

Imagem - Divulgação

75 anos de motores a gás da MAN

Apesar de ser um combustível de origem fóssil, o gás natural pode ser uma alternativa quando se pensa em redução das emissões poluentes dos motores de combustão interna. Em termos de poluição local, o óxido de nitrogênio e o material particulado podem ser mitigados com o uso de propulsores movidos

com a gás natural em relação ao diesel convencional. Pelo mundo, muitas frotas de ônibus urbanos utilizam há um bom tempo esse tipo de tração, alcançando um apelo ambiental nos sistemas de transporte coletivo.

A montadora MAN Truck & Bus conhece bem esse mercado. Há 75 anos ela iniciou sua trajetória com o combustível por meio do primeiro ônibus que rodou na cidade alemã de Nuremberg, isso em 1943, com uma configuração bem inusitada, pois o veículo tracionava um reboque, ambos dotados de tanques

instalados no teto com capacidade para 22 metros cúbicos de gás, o suficiente para uma autonomia bem longa para suas operações. Como já tinha experiência na construção de ônibus com dois pavimentos, a fabricante alemã não encontrou dificuldade em estabelecer esse novo padrão veicular.

Sete décadas e meia depois, muita coisa se passou e diversos tipos de motores foram projetados objetivando a diminuição dos poluentes emitidos. Exemplo

disso é o novo propulsor MAN E1856 LOH que a montadora apresenta na maior feira mundial de veículos comerciais, a IAA 2018. Ele possui 9,5 litros, seis cilindros, potências que variam de 280 cv e 320 cv, sistema de regulação de queima Lambda e catalisador de três vias.

A MAN equipou o seu modelo de ônibus urbano Lion`s City G, com 18 metros de comprimento, com a novidade e o apresentou na feira de Hanover. O veículo pode possuir tanques com capacidade para 1.260 litros e 1.875 litros, volumes

bem diferentes daquele longínquo ano de 1943, quando a capacidade e exigência operacional eram bem maiores.

Imagens - Divulgação/MAN

SPUrbanuss destaca o uso do ônibus

Na Semana da Mobilidade, o SPUrbanuss, associação da empresas de ônibus do transporte urbano paulistano, destacou as principais vantagens de se utilizar o modal como meio de locomoção principal na maior cidade brasileira e também em outros cenários. São dez motivos para a quem quiser adotar o

transporte coletivo como meio de locomoção principal. Confira: 1. Atualmente, o preço de um carro zero-quilômetro básico é de, no mínimo, R$

30 mil. Como boa parte da população não possui este montante para realizar o pagamento à vista é preciso recorrer ao financiamento, com juros que podem variar entre 23% e 30%, ao ano. É muito mais econômico utilizar o ônibus como meio de transporte.

2. Rodando com gasolina, um carro com motorização mais básica gasta, em

média, um litro para cada 10 quilômetros de trajeto. Trabalhando a 20 quilômetros de distância de sua casa, e tendo como base o valor de R$ 4,00 o litro do combustível, o motorista gasta R$ 80 por semana. No transporte público, considerando duas passagens diárias, o valor cai para R$ 40, totalizando uma economia de até R$ 160 por mês.

3. Não importa a intensidade de uso do veículo e nem o modelo: todos eles

precisam de manutenção. A orientação das montadoras é que uma revisão preventiva seja feita a cada cinco mil quilômetros rodados. Diminuindo o uso, é possível postergar este gasto. A média de uma visita ao mecânico é de R$ 220.

4. O custo de estacionamento na cidade de São Paulo costuma ser elevado, principalmente em regiões mais movimentadas como áreas comercias ou empresariais. Este valor pode alcançar até R$ 20 por hora. Para mensalistas, o valor pode chegar a R$ 500, que poderiam ser poupados para outras finalidades,

como educação. 5. Os gastos fixos com impostos também são altos. No caso do IPVA, o valor

pode variar entre 1% e 4% em relação ao valor total do veículo. Além disso, é preciso desembolsar R$ 45 por ano com o DPVAT, seguro obrigatório contra roubos e acidentes.

6. Pesquisas apontam que o paulistano passa, em média, duas horas por dia no trânsito. Com os corredores instalados pela cidade, este tempo pode diminuir

consideravelmente, uma vez que o trânsito da capital é intenso em diversas regiões.

7. Estar com a atenção fixa no trânsito o tempo todo, principalmente em congestionamentos, causa estresse e cansaço intensos. Utilizando o transporte público, é possível ler, estudar, assistir vídeos ou apenas descansar durante o trajeto.

8. Sobre a questão de intensidade no tráfego, o uso do transporte público diminui a quantidade de carros nas vias. Ou seja: um ônibus com capacidade para 80 passageiros pode evitar que cerca de 40 automóveis particulares sejam utilizados. Isso causa um impacto direto e positivo no trânsito da cidade.

9. Com medidas como reformas dos pontos de ônibus, pontos de iluminação e a possibilidade de mulheres e idosos poderem escolher o melhor local para desembarcar no período noturno, o transporte público vem se tornando cada vez

mais seguro. 10. Utilizar o transporte coletivo também pode trazer benefícios para a saúde,

uma vez que exige uma caminhada diária. Especialistas afirmam que o ser humano necessita, no mínimo, caminhar 15 minutos por dia para manter uma vida saudável.

Arquivo - SPUrbanuss

VISATE e a Semana Farroupilha

Durante a Semana Farroupilha, a VISATE (Viação Santa Tereza) de Caxias do Sul, RS, promoveu apresentações de músicas nativistas com o acordeonista Robison Boeira e o violinista e cantor Jonis Boeira. É a primeira edição do projeto Música nas paradas que prevê diversas apresentações artísticas em

paradas de ônibus centrais e nas EPIs (Estações Principais de Integração). O objetivo, segundo a direção da operadora, é promover a integração com a comunidade e divulgar a cultura local.

Para o diretor geral da VISATE, Gustavo Marques dos Santos, o projeto Música nas paradas pretende trazer artistas de diferentes culturas e estilos para mostrarem seus talentos, divulgarem seus trabalhos e trazerem alegria e interação com os passageiros na espera pelos ônibus.“Estamos começando este

novo projeto na Semana Farroupilha com a valorização do tradicionalismo e após pretendemos levar outras modalidades, aproximando a cultura local de nossos clientes”, observou.

Imagem - Divulgação

Scania mostra na IAA um novo ônibus

Durante a maior feira mundial de veículos comerciais, a IAA, em Hanover (Alemanha), a Scania reafirmou seu compromisso ambiental em oferecer ao mercado produtos com desempenho, rentabilidade e sustentabilidade. A montadora sueca destacou em seu estande o modelo urbano Citywide 100%

elétrico, com bateria e o modelo Interlink, o primeiro ônibus intermunicipal da marca equipado com motorização a gás natural liquefeito (GNL), com autonomia de 1.000 quilômetros. Dessa forma, a Scania estende sua ampla gama de opções de combustíveis alternativos para viagens de ônibus interurbanas mais sustentáveis.

Ao usar o GNL, a fabricante revela que seu modelo tem a capacidade de reduzir 20% das emissões de CO², bem como os índices de óxido de nitrogênio e

material particulado. “As diferentes soluções a gás são, definitivamente, os combustíveis alternativos atualmente mais atrativos, se considerarmos a totalidade do mercado europeu. Em muitos países e regiões assistimos a uma expansão constante da infraestrutura necessária que, como é óbvio, também suscita um maior interesse entre os transportadores. Quando é possível aliar uma redução substancial de CO2 a uma maior economia total de funcionamento,

a mudança necessária para soluções de transporte sustentáveis recebe obviamente um impulso", destacou Alexander Vlaskamp, vice-presidente sénior e responsável pela Scania Trucks.

Imagem - Divulgação

Rumo a eletromobilidade

A Volkswagen Caminhões e Ônibus deu um importante passo para consolidar sua presença no mercado da tração elétrica em ônibus urbanos. A montadora exibiu na feira IAA de Hanover seu novo conceito e-Flex, com uma solução exclusiva de arquitetura flexível para eletrificação, cujo conceito pode ser

aplicado em praticamente qualquer veículo da marca. De acordo com ela, foi desenvolvido o mais abrangente e inovador conceito de flexibilidade e modularidade a ser aplicado em veículos comerciais: em um único modelo é possível contemplar todas as variantes da mobilidade elétrica.

Em linhas gerais, o modelo da VWCO pode rodar como veículo elétrico a bateria (BEV, na sigla em inglês); híbrido elétrico (HEV); híbrido elétrico plug-in (PHEV); e veículo elétrico com autonomia estendida (REEV). A

performance se mantém independentemente da forma de alimentação das baterias, que podem ser alimentadas em carregadores externos no conceito plug-in ou ainda por meio de um gerador presente no veículo, responsável por uma das grandes novidades dessa solução e por proporcionar seu aumento de autonomia.

O grupo gerador ainda é composto por um motor de combustão que pode ser

abastecido com gasolina ou etanol, sendo possível também uma versão para gás natural ou biometano (1.4 TGI). Com isso, segundo a Volkswagen, é oferecido um conjunto de alta eficiência energética, baixo nível de emissões e

competitividade em custo. Seu acionamento é inteligente e feito de forma automática pelo sistema eletrônico do veículo assim que este detecta o nível de carga das baterias previamente programado.

O Volksbus e-Flex conta com um banco de baterias de íon-lítio

níquel-manganês-cobalto (NMC) e foi concebido de forma exclusiva e pioneira entre as Engenharias da Volkswagen Caminhões e Ônibus (Resende) e da Volkswagen do Brasil (São Bernardo do Campo). “Esse modelo de eletrificação é bastante interessante, uma vez que sua flexibilidade atende às necessidades de emissões zero com um custo de investimento menor para fazer frente aos obstáculos que a indústria de elétricos enfrenta para sua implementação comercial, além de ampliar sua autonomia para qualquer imprevisibilidade na

rota, sem deixar de atender às regras de zonas de restrições de circulação”, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

A tecnologia de veículos elétricos da Volkswagen terá sua produção comercial iniciada no ano de 2021.

Imagem - Divulgação