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FICHA TÉCNICA
Título Avaliação integrada das escolas. Relatório Nacional. Ano lectivo 2000–2001
Autoria Inspecção-Geral da Educação
Coordenação: Maria do Carmo Clímaco Elaboração: Ana Paula Curado, João Figueiredo, Maria do Carmo Clímaco Colaboração: Mário Vilhena Graça, Maria Luísa Marrana, Rodrigo Esteves
Edição © Inspecção-Geral da Educação (IGE) Av. 24 de Julho, 136 1350–346 LISBOA Tel.: 213 924 800 / 213 924 801 Fax: 213 924 950 / 213 924 960 e-mail: [email protected] URL: http://www.ige.min-edu.pt
Coordenação editorial, revisão tipográfica e divulgação IGE — Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação (GPDF)
Revisão e fixação de texto Edite Prada
Arranjo gráfico Adelaide Vaz
Impressão e acabamento SerSilito — Empresa Gráfica Lda., Maia Maio 2002
Tiragem 1400 exemplares Depósito-Legal 162715/01 ISBN 972-8429-39-8
Catalogação na publicação Portugal. Inspecção-Geral da Educação Avaliação integrada das escolas : relatório nacional ano lectivo 2000-2001 ISBN 972-8429-39-8 CDU 371.1(469)”2000/2001”(047.3) 371.2(469)”2000/2001”(047.3)
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
3
S U M Á R I O
Capítulo 1 – Apresentação 7
1.1 Avaliação das escolas – como e porquê? 7
1.2 Objectivos do relatório 10
1.3 Organização do relatório 10
Capítulo 2 – Metodologia 13
2.1 Selecção e descrição da amostra 13
2.2 Os instrumentos de suporte da Avaliação Integrada 15
2.3 Procedimentos de recolha e tratamento de dados 17
2.4 Análise e apresentação dos dados 18
Capítulo 3 – Desempenho dos alunos: medidas centrais, de distribuição e valor
acrescentado 21
3.1 Medidas centrais do sucesso escolar 23
3.1.1 Educação pré-escolar 23
3.1.2 1.º ciclo do ensino básico 23
3.1.3 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 24
3.1.4 Ensino secundário 28
3.2 Medidas de distribuição do sucesso escolar 29
3.2.1 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 29
3.2.2 Ensino secundário 34
3.3 Valor acrescentado 37
3.3.1 Ensino básico – 9.º ano 38
3.3.2 Ensino secundário – 12.º ano 39
Capítulo 4 – Educação, Ensino e Aprendizagem 43
4.1 Educação pré-escolar 44
4.1.1 Pontos fortes 45
4.1.2 Pontos fracos 47
Avaliação Integrada das Escolas
4
4.2 1.º ciclo do ensino básico 49
4.2.1 Pontos fortes 50
4.2.2 Pontos fracos 53
4.3 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 55
4.3.1 Pontos fortes 56
4.3.2 Pontos fracos 59
4.4 Ensino Secundário 61
4.4.1 Pontos fortes 62
4.4.2 Pontos fracos 63
4.5 Síntese 61
Capítulo 5 – Clima e Ambiente Educativos 67
5.1 Educação pré-escolar 67
5.1.1 Pontos fortes 68
5.1.2 Pontos fracos 70
5.2 1.º ciclo do ensino básico 72
5.2.1 Pontos fortes 72
5.2.2 Pontos fracos 74
5.3 2.º e 3.º ciclos do ensino básico 75
5.3.1 Pontos fortes 76
5.3.2 Pontos fracos 78
5.4 Ensino secundário 80
5.4.1 Pontos fortes 80
5.4.2 Pontos fracos 83
5.5 Síntese 84
Capítulo 6 – Organização e Gestão 85
6.1 Pontos fortes 87
6.1.1 Escolas singulares 87
6.1.2 Agrupamentos 97
6.2 Pontos fracos 103
6.2.1 Escolas singulares 103
6.2.2 Agrupamentos 106
6.3 Síntese 108
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
5
Capítulo 7 – Desempenho global das escolas 111
7.1 Desempenho global – Resultados dos alunos 112
7.2 Desempenho global nas dimensões Educação, Ensino e
Aprendizagem e Clima e Ambiente Educativos 114
7.2.1 Educação pré-escolar 115
7.2.2 1.º ciclo do ensino básico 117
7.2.3 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino básico 120
7.2.4 Ensino secundário 122
7.3 Desempenho global na dimensão Organização e Gestão 128
7.3.1 Escolas singulares 128
7.3.2 Agrupamentos 130
7.4 Análise comparada do desempenho global das escolas 131
Capítulo 8 – Conclusões e Recomendações 135
8.1 Conclusões 135
8.2 Recomendações 139
Anexos 143
I – Síntese dos pontos fortes e fracos 145
II – Resumo do desempenho das escolas nas dimensões avaliadas 149
III – Mapa dos concelhos por índices de desenvolvimento social 171
IV – Lista das escolas intervencionadas em cada Delegação Regional
da Inspecção-Geral da Educação 175
Abreviaturas 191
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
7
C A P Í T U L O 1 — A P R E S E N T A Ç Ã O
1.1 Avaliação das escolas – como e porquê?
Ao apresentar o segundo Relatório Nacional da Avaliação Integrada, relativo às actividades
desenvolvidas no ano lectivo de 2000/2001, no âmbito do programa Avaliação Integrada das
Escolas, a Inspecção-Geral da Educação (IGE) torna público o resultado do que foi observado e
avaliado nos jardins de infância e nas escolas públicas da educação básica e do ensino
secundário.
A Inspecção-Geral da Educação orientou a sua intervenção de acordo com a selecção daqueles
aspectos cuja centralidade e carácter estratégico são reconhecidos, tendo em conta três princí-
pios:
A intervenção integrada – a avaliação é uma actividade que necessariamente envolve diferen-
tes objectos de observação e diferentes observadores, na medida em que a realidade escolar
é complexa e passível de ser descrita através de diferentes olhares;
A intervenção intencional – a avaliação tem como finalidade identificar os aspectos do de-
sempenho das escolas que podem ser considerados pontos fortes ou debilidades significati-
vas, prestar contas à tutela e à sociedade dos níveis de qualidade educativa nas escolas, bem
como dispor de elementos que possam servir uma estratégia de apoio à melhoria progressiva
da realização da educação escolar, colocando no centro das atenções as aprendizagens dos
alunos;
A intervenção convergente – a avaliação externa da Inspecção ultrapassa a função de presta-
ção de contas se, em cada escola, se articular com a avaliação interna e contribuir para refor-
çar a sua autonomia, isto é, a sua capacidade de tomar decisões e de regular o seu funcio-
namento.
O programa Avaliação Integrada das Escolas decorre da competência da IGE em ”avaliar e fisca-
lizar a realização da educação escolar”1 e pretende contribuir para a garantia da qualidade
educativa, assumindo que a avaliação externa é apenas parte de uma estratégia global e mais
ampla para melhorar o desempenho educativo.
1 Art.º 53.º, Lei n.º 46/86, D.R. n.º 237, I série, de 14 de Outubro.
Avaliação Integrada das Escolas
8
Os objectivos principais do programa são:
Valorizar as aprendizagens e a qualidade da experiência escolar dos alunos;
Identificar os pontos fortes e fracos do desempenho das escolas;
Induzir processos de auto-avaliação nas escolas;
Contribuir para a regulação do funcionamento do sistema educativo.
Não podendo abranger nem recolher informação sobre todos os aspectos do desempenho es-
colar, privilegiam-se áreas ou dimensões estratégicas de intervenção que estão associadas aos
resultados dos alunos, ao serviço educativo e à qualidade da gestão, integrando áreas-chave do
domínio pedagógico, do domínio organizacional, dos recursos e da gestão, do contexto e do
funcionamento interno. Foram seleccionadas quatro dimensões estratégicas para recolha de
informação, as quais englobam as áreas-chave seguintes:
Resultados dos alunos
Taxa de sucesso
Qualidade do sucesso
Valor acrescentado
Fluxos escolares
Educação, Ensino e Aprendizagem
Organização do ensino e aprendizagem
Realização do ensino e das aprendizagens
Avaliação dos alunos
Apoios educativos
Clima e Ambiente Educativos
Relacionamento interpessoal
Participação
Interacção com o meio
Liderança
Organização e Gestão
Estrutura organizativa
Serviço administrativo
Gestão de recursos
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
9
Plano de acção educativa
Clima organizacional
Tendo em conta a importância dos factores contextuais em cada escola enquanto variáveis que
se associam e podem ajudar a compreender não só o seu funcionamento como os resultados
dos alunos, recolheu-se também informação relativa ao nível de carência económica dos alunos
e ao contexto socioeconómico e cultural onde cada escola está implantada. O primeiro factor foi
operacionalizado ou medido pelo número de alunos apoiados pelo Serviço de Acção Social Es-
colar (SASE). O segundo factor é operacionalizado pelo indicador compósito Índice do Desen-
volvimento Social (IDS) utilizado para classificação dos municípios portugueses e calculado a
partir de três indicadores: nível educacional da população adulta, esperança de vida à nascença
e índice de conforto e saneamento, de acordo com a portaria n.º 995/98 de 25 de Novembro,
publicada no DR, n.º 273, I Série, de 25-11-98. Estes dois tipos de dados são indispensáveis
como variáveis moderadoras da análise do desempenho, nomeadamente dos resultados dos
alunos.
A intervenção é conduzida por uma equipa de inspectores, integrando diferentes formações
académicas e experiência profissional. Os inspectores permanecem nas escolas ou nos agrupa-
mentos durante 5 a 7 dias, a fim de recolher a informação necessária para proceder à avaliação
do seu desempenho.
As metodologias usadas no trabalho de campo são determinadas pela informação a recolher,
podendo considerar-se três grupos distintos de técnicas de recolha de dados:
análise de documentos (actas, dossiês, pautas, planificações, cadernos dos alunos, Projecto
Educativo, Plano Anual de Actividades, Regulamento Interno);
entrevistas a diversos actores escolares (professores, pais/encarregados de educação, alunos,
pessoal não docente);
observação directa (ocasional e focada).
As escolas devem organizar-se tendo em conta a avaliação externa, pelo que lhes é igualmente
pedido que constituam uma equipa interna para colaborar com as equipas inspectivas, proce-
dendo, desde o início, à organização da informação e à sua análise.
Para apoiar o trabalho no terreno e garantir a validade da informação a recolher, foi concebido
um roteiro de observação do desempenho de cada escola por nível de ensino, onde, por dimen-
são, se apresenta o conjunto de áreas-chave e os correspondentes campos de observação,
descritos em itens e subitens. Cada roteiro é constituído por módulos correspondentes às di-
mensões estratégicas que constituem o objecto da avaliação, e destinam-se ao registo das apre-
ciações dos inspectores e das evidências que as sustentam.
Avaliação Integrada das Escolas
10
No final de cada intervenção é entregue às escolas um relatório elaborado pela equipa ins-
pectiva. O relatório de escola desempenha uma dupla função:
informativa, porque devolve à escola um olhar externo sobre o seu funcionamento, o qual,
em conjunto com a informação entretanto organizada, constitui uma base para reflexão e
sustentação dos mecanismos internos de auto-avaliação e de desenvolvimento controlado;
formativa, porque ao fornecer à escola matéria de reflexão e ao fomentar práticas de auto-
-avaliação, divulga instrumentos, métodos de organização e técnicas de trabalho.
A versão final deste relatório só é editada depois de cada escola o ter discutido com a comuni-
dade educativa e apresentado, se assim o entender, o seu parecer, incluindo sugestões de alte-
rações sobre o que nele se descreve e avalia. A equipa inspectiva pode, ou não, aceitar as suges-
tões feitas.
1.2 Objectivos do presente relatório
No relatório que agora se apresenta dá-se conta do que foi observado nas escolas dos diferentes
níveis de educação e ensino, da informação que foi possível recolher e tratar, bem como dos
juízos de valor que se formularam. Identificam-se os pontos fortes e os pontos fracos das escolas
intervencionadas e descreve-se como se distribuem por nível de educação e ensino. Pretende-se,
assim, fazer uma caracterização de cada subsistema intervencionado por dimensão estratégica
analisada, descrevendo o desempenho – que pode ser considerado muito correcto ou correcto
ou, pelo contrário, ser considerado aceitável, o que é frágil, ou predominantemente negativo –,
bem como saber qual o peso relativo desses desempenhos e dessas escolas no grupo que foi
intervencionado. Mais importante do que hierarquizar escolas, é perceber (dentro da
contingência que rodeia todo o processo avaliativo e da prudência com que se deve utilizar este
tipo de informação) o que pode caracterizar diferentes níveis de desempenho em diferentes
facetas da vida escolar, para diferenciar as estratégias e os apoios à sua efectiva melhoria.
1.3 Organização do Relatório
Este Relatório é constituído por oito capítulos e inicia com um texto introdutório, o capítulo 1,
que se subdivide em três secções: a nota de apresentação do Programa das Avaliações Integra-
das, os objectivos do Relatório e o modo como o mesmo se organiza.
O capítulo 2 é inteiramente dedicado à metodologia, dando conta da organização dos instru-
mentos de trabalho que sustentam as Avaliações Integradas, fazendo a descrição da amostra de
escolas intervencionadas e detalhando os procedimentos de recolha e tratamento de dados,
bem como o modo de apresentação de resultados.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
11
O capítulo 3 inicia a apresentação dos dados recolhidos em cada dimensão estratégica da ava-
liação. Cingindo-se aos resultados dos alunos, em todos os níveis de educação e ensino, apre-
sentam-se quatro categorias de indicadores: taxas de sucesso, qualidade do sucesso, valor acres-
centado e fluxos escolares, calculados quer quanto aos valores médios das escolas, quer quanto
à sua distribuição percentil.
É o capítulo mais extenso, não só pelo volume de informação disponibilizada, mas pela preocu-
pação que houve em a apresentar segundo metodologias de análise diversificadas, ajudando o
leitor na análise e interpretação dos dados, sempre que considerado de utilidade.
O capítulo 4 refere o nível de desempenho das escolas na dimensão Educação, Ensino e Apren-
dizagem em todos os níveis de educação e ensino ministrados nas escolas intervencionadas,
identificando os aspectos do desempenho que podem ser considerados muito correctos, cor-
rectos ou predominantemente positivos e aqueles que, pelo contrário, constituem debilidades
das escolas.
Nesta dimensão são analisadas duas áreas-chave – a organização do ensino e das aprendiza-
gens, relativa aos aspectos de planeamento e preparação feitos em grupo ou individualmente, e
a realização do ensino e das aprendizagens, relativa ao trabalho em sala de aula, destacando-se
como campos de observação: a componente pedagógica (adequação da comunicação ao pro-
cesso de aprendizagem, gestão do tempo, relação das actividades seleccionadas com o desen-
volvimento dos alunos, diferenciação pedagógica e relação pedagógica); a componente das
competências sociais; o processo de avaliação dos alunos e o uso que é feito da informação
obtida nessa avaliação; os apoios educativos.
O capítulo 5 apresenta a informação relativa à dimensão Clima e Ambiente Educativos, conside-
rando cada escola na sua globalidade. Destacam-se quatro áreas-chave: o relacionamento inter-
pessoal, abrangendo campos de observação como a integração na escola ou na unidade de
educação, as atitudes dos actores, a informação e comunicação na escola; a participação, procu-
rando identificar diferentes níveis de envolvimento dos diferentes actores; a interacção com o
meio, nomeadamente com outras escolas, com a autarquia e outras entidades; a liderança, en-
quanto factor gerador das dinâmicas de escola em vários domínios.
O capítulo 6 é dedicado à Organização e Gestão das unidades escolares que se regem pelo mo-
delo consignado no Dec. Lei 115-A/98. Este é um capítulo longo, não só pela diversidade de
áreas-chave e de campos a observar, mas porque se refere à organização e gestão de escolas
singulares e de agrupamentos de escolas, quer sejam horizontais ou verticais.
São identificadas sete áreas-chave que a seguir se enunciam: estruturas organizativas (agrupa-
das em duas categorias – órgãos de gestão e administração e estruturas de orientação educa-
tiva); serviço administrativo; recursos financeiros; apoios socioeducativos; recursos físicos; orga-
nização pedagógica; plano de acção educativa.
Avaliação Integrada das Escolas
12
Cada área-chave é operacionalizada em campos e itens de observação, em ordem a permitir
identificar pontos fortes e estrangulamentos na organização escolar e na gestão dos recursos,
para perceber que abordagens podem contribuir para melhorar o funcionamento da infraestru-
tura organizacional educativa.
O capítulo 7, ao contrário dos outros capítulos – que analisam o desempenho das escolas de-
compondo-o em itens e subitens descritivos de variados aspectos do seu funcionamento, com a
expectativa de descrever parte da complexidade das escolas – pretende agregar a informação,
de modo a obter uma expressão global do desempenho em cada dimensão avaliada. Deste
modo, procura perceber-se como as escolas se distribuem num continuum de qualidade, identi-
ficando o seu desempenho em cada extremo, bem como a forma como se distribuem os níveis
de qualidade observados. Esta análise permite, ainda, perceber como se distribuem ou concen-
tram as diferentes “qualidades” das escolas, ou categorias de desempenho, por dimensão.
No capítulo 8 faz-se uma síntese do que, no ano lectivo de 2000/2001, foi avaliado neste Pro-
grama e apresentam-se algumas recomendações, tendo em vista garantir a qualidade educativa
e sublinhar o que se considera importante para responder à necessidade de melhorar o de-
sempenho das escolas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
13
C A P Í T U L O 2 — M E T O D O L O G I A
2.1 Selecção e descrição da amostra
A Inspecção-Geral da Educação propõe-se avaliar o universo de estabelecimentos de educação e
ensino das redes pública e privada, num ciclo de 8 anos, iniciado em 1999-2000, sendo a di-
mensão anual da amostra dos estabelecimentos da rede pública a intervencionar correspon-
dente a cerca de 12,5% das unidades de gestão abrangidas pelo regime estabelecido pelo Dec.
Lei 115-A/98, de 4 de Maio.
A selecção das escolas intervencionadas em 2000/2001 obedeceu aos seguintes critérios de es-
tratificação:
Tipologia: escolas básicas do 1.º ciclo, com 300 ou mais alunos; escolas do 2.º e 3.º ciclos do
ensino básico; escolas básicas integradas; escolas do 2.º ciclo; escolas do 2.º e 3.º ciclos, com
ensino secundário; escolas do ensino secundário com 3.º ciclo; escolas secundárias; escolas
em agrupamentos verticais e horizontais.
Dimensão: número de alunos, de forma a obter uma distribuição proporcional em cada es-
trato da amostragem. Em cada estrato por tipologia, as escolas foram ordenadas por dimen-
são em termos de número de alunos. As escolas cujo número de alunos totaliza o correspon-
dente, na ordenação, ao 1.º quartil, são classificadas como escolas pequenas; ao 2.º quartil,
escolas médias, aos 3.º e 4.º quartis, escolas grandes. Esta distribuição dos quartis permite
manter o equilíbrio do número de escolas por tipologia.
Localização: distribuição geográfica concelhia, tendo em conta o índice de desenvolvimento
social – IDS.
Avaliação Integrada das Escolas
14
O quadro 1 apresenta a distribuição das escolas intervencionadas, em 2000/2001, por tipologia
e por Direcção Regional de Educação.
QUADRO 1 – ESCOLAS INTERVENCIONADAS EM 2000/2001, POR NÍVEL E CICLO DE ENSINO,
TIPOLOGIA E DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
DREN DREC DREL DREA DREALG TOTAL Tipologia Esc.
Sing. Agrup. Total
Esc. Sing.
Agrup. Total Esc. Sing.
Agrup. Total Esc. Sing.
Agrup. Total Esc. Sing.
Agrup. Total Esc. Sing.
Agrup. Total
JI – 58 58 – 20 20 – 3 3 – 27 27 – 4 4 – 112 112
EB1 – 122 122 – 40 40 4 9 13 – 38 38 – 9 9 4 218 222
EB1/JI – – – – 1 1 7 – 7 – – – – – – 7 1 8
EB2 1 – 1 1 2 3 – – – – – – – – – 2 2 4
EB2,3 15 1 16 5 1 6 13 – 13 2 4 6 1 2 3 36 8 44
EB2,3/S 2 1 3 – 1 1 – – – – – – – – – 2 2 4
EB1,2,3 – – – – 1 1 – – – – 2 2 – – – – 3 3
EB1,2,3/JI – – – – – – – – – 1 – 1 – – – 1 – 1
ES 1 – 1 2 – 2 3 – 3 – – – 2 – 2 8 – 8
ES/3 21 – 21 3 1 4 10 – 10 3 – 3 – – – 37 1 38
TOTAL 40 182 222 11 67 78 37 12 49 6 71 77 3 15 18 97 347 444
Estes totais reportam-se a 97 escolas singulares e 49 agrupamentos, que abrangem 594 escolas,
totalizando 146 unidades de gestão e 691 estabelecimentos.
Considerando as características de alguns agrupamentos de escolas da rede pública, realizaram-
se dois tipos de intervenção – a avaliação integrada em 444 escolas2, seguindo o formato co-
mum, em termos de abordagem, duração e estratégia, tendo por base os roteiros, e uma inter-
venção de formato mais curto, em 213 escolas integradas em agrupamentos3 que abrangem
uma rede muito dispersa e numerosa de escolas de muito pequena dimensão, geralmente com
menos de 12 alunos, chegando os agrupamentos a totalizar, no seu máximo, 59 escolas. Esta-
beleceu-se que nestes casos seriam intervencionadas 30% a 50% das escolas agrupadas, sendo
as restantes visitadas durante um dia por um inspector, apoiado por um pequeno guião orien-
tador da observação.
A informação que se reúne no presente relatório refere-se às 444 escolas intervencionadas de
acordo com o formato comum das avaliações integradas, com base nos dados registados nos
640 roteiros preenchidos, um por cada nível de educação e ensino ministrado em cada escola.
Os relatórios são elaborados por unidade de gestão – 146 no total – e descrevem, de forma dis-
criminada, o que, de acordo com os roteiros, foi observado no conjunto dos ciclos ministrados.
2 Apresentadas no quadro 1. 3 Por razões de ordem diversa – dimensão (4 alunos ou menos), acessibilidade, ausência de professor, 34 escolas
integradas em agrupamentos não foram visitadas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
15
2.2 Os instrumentos de suporte da avaliação integrada
Ao avaliar a realização da educação escolar, toma-se como ponto de partida do processo a aná-
lise do sucesso dos alunos e as condições que são criadas para tornar esse sucesso possível para
todos. Assim, a avaliação integrada das escolas implica a recolha de informação sobre:
os resultados do desenvolvimento e das aprendizagens escolares dos alunos;
o modo como se prepara e realiza o ensino e as aprendizagens dos alunos, tendo em conta
as suas características específicas;
os ambientes propícios à interacção, à aprendizagem e ao desenvolvimento;
a organização e gestão dos recursos e o entendimento subjacente da acção educativa, en-
quanto projecto e enquanto plano.
Para dar suporte ao desenvolvimento desta matriz conceptual e para orientar o trabalho de
campo das equipas de inspectores, foi desenvolvido um conjunto de Roteiros por cada nível de
educação e ensino, constituídos por quatro módulos com a seguinte organização:
Módulo 1 – Resultados: proposta de reflexão sobre os resultados das aprendizagens dos
alunos.
Módulo 2 – Educação, Ensino e Aprendizagem: apreciação do modo como se organiza e
realiza o processo de ensino e o trabalho dos alunos com vista às aprendizagens.
Módulo 3 – Clima e Ambiente Educativos: análise das condições afectivas e emocionais em
que decorre a vida da escola.
A Organização e Gestão, abrangendo o funcionamento das estruturas escolares de gestão e de
orientação educativa, o funcionamento administrativo, a gestão de recursos e o planeamento
educativo, constitui um módulo autónomo, destinado a todas as unidades de gestão, sejam
escolas singulares ou sedes de agrupamento.
Cada módulo está organizado de acordo com uma estrutura organizativa semelhante, abran-
gendo, por dimensão de análise, diversas áreas-chave, operacionalizadas sucessivamente em
campos de observação, itens e subitens de desempenho.
Para além destes Roteiros, foi ainda elaborado um documento genérico sobre o programa Ava-
liação Integrada das Escolas, denominado Apresentação e Procedimentos, cuja finalidade é des-
crever os princípios orientadores do programa, a organização do trabalho e a metodologia de
intervenção, de modo a garantir coerência em todo o processo inspectivo e a tornar claro, para
todos os avaliadores e avaliados, os objectivos, a sequência das acções e os papéis que cabem a
cada um dos intervenientes.
Avaliação Integrada das Escolas
16
O conjunto de documentos que apoiam este programa garante a transparência do processo, a
validade da informação recolhida e a maior participação das escolas a quem foram previamente
disponibilizados.
Os desempenhos relativos a cada campo de observação e respectivos itens foram avaliados de
acordo com uma escala de quatro níveis, expressos por A, B, C e D, a que correspondem os se-
guintes critérios de valoração:
A – Predominância de uma grande correcção em todos os itens observados. Podem ser assinala-
das algumas situações de menor correcção.
B – Existência de correcção na maioria dos itens observados. Não existindo um número significa-
tivo de casos de grande correcção, mas apenas situações esporádicas, não existem também
erros muito importantes.
C – Existência de algumas incorrecções importantes, ou de várias menos importantes.
D – Predominância de grandes incorrecções no conjunto dos itens observados.
Para efeitos de tratamento e análise desta informação, converteu-se esta escala numa escala
ordinal descendente de 4 a 1.
Os itens encontram-se geralmente operacionalizados em subitens, os quais são também objecto
de apreciação, utilizando-se para tal uma escala qualitativa de 3 níveis, com a seguinte sinalética
e definição:
↑ – Desempenho predominantemente positivo
→ – Desempenho sem nenhuma distinção especial
↓ – Desempenho predominantemente insatisfatório
Esta sinalética foi convertida numa escala ordinal descendente de 3 a 1.
Alguns itens relativos aos campos de observação da área administrativa e da gestão de recursos
foram avaliados segundo os critérios Correcto/Deficiente, que, para efeitos de tratamento esta-
tístico, se fez corresponder aos valores extremos da escala avaliativa de todos os itens – A e D.
Para suporte das intervenções de formato mais curto realizadas em parte das escolas integradas
em agrupamentos que agregam maior número de estabelecimentos, foi elaborado um pequeno
Guião.
Este guião breve permite observar alguns dos aspectos contemplados nos roteiros, incidindo em
7 grupos de questões, relativas às seguintes temáticas:
condições físicas e ambientais da escola;
relação da escola com o agrupamento e a gestão dos recursos;
planeamento das actividades;
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
17
cadernos/dossiês dos alunos;
registos individuais dos alunos;
ambiente relacional;
utilização dos espaços da sala de aula.
Todas as questões são respondidas por sim/não, havendo por cada grupo de questões um
campo aberto para observações.
2.3 Procedimentos de recolha e tratamento de dados
2.3.1 Resultados das aprendizagens
O processo de avaliação foi iniciado em Outubro de 2000, quando as escolas incluídas na amos-
tra seleccionada receberam por ofício a respectiva comunicação, sendo solicitadas a disponibili-
zar um conjunto de informações através de uma aplicação informática previamente desenvol-
vida, a qual permite o cálculo imediato dos indicadores relativos aos resultados escolares. Deste
modo, foi possível:
registar, aluno a aluno do 9.º ano, a idade, o apoio no respeitante a auxílios económicos e o
resultado escolar final do ano, em termos de aprovação/não aprovação, o que permitiu cal-
cular o valor acrescentado;
recolher, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, alguns dados sobre a
transição e a qualidade do sucesso dos alunos da escola, implicando a recolha de dados so-
bre a distribuição dos níveis de classificação por disciplina, atribuídos em cada ano de escola-
ridade;
calcular, no 3.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário, um conjunto de indicadores
sobre a eficácia da escola, a partir do conhecimento das taxas de transição e não transição.
Os dados recolhidos em cada escola, depois de enviados à Inspecção-Geral da Educação, foram
tratados de modo a poder calcular os indicadores de referência a serem utilizados na avaliação
de cada escola individual.
Relativamente à educação pré-escolar e ao 1.º ciclo, a informação sobre resultados que se apre-
senta foi fornecida pelos responsáveis das escolas e dos agrupamentos, na reunião inicial deste
processo, em resposta às questões que lhes foram colocadas, no sentido de saber qual o conhe-
cimento que educadores e professores tinham do desenvolvimento das crianças, do grau de
realização de aprendizagens básicas e das dificuldades identificadas.
Avaliação Integrada das Escolas
18
A definição e operacionalização dos indicadores referidos, bem como os resultados decorrentes
do tratamento dos dados assim recolhidos, são apresentados no capítulo 3, intitulado Resulta-
dos da Aprendizagem.
2.4 Análise e apresentação dos resultados
Os resultados obtidos no conjunto das escolas são analisados segundo duas perspectivas: pri-
meiro, analisam-se os itens e subitens descritivos do desempenho, de modo a identificar quais
os factores que constituem pontos fortes e/ou predominantemente positivos e pontos fracos
e/ou predominantemente insatisfatórios; numa segunda perspectiva, analisa-se o desempenho
global das escolas, segundo a valoração que foi atribuída a cada um dos itens de modo a obter
o perfil do desempenho de todas as escolas, por nível de ensino, em cada dimensão constituinte
do modelo de avaliação integrada.
Para identificação dos principais aspectos positivos (pontos fortes) e negativos (pontos fracos)
do desempenho das escolas, procedeu-se ao tratamento estatístico dos dados relativos, em cada
campo de observação, aos itens e subitens que os operacionalizam. Para isso, identificou-se,
para cada item observado, a mediana como medida de tendência central e a percentagem rela-
tiva de avaliações de nível A/Correcto, B, C e D/Deficiente.
Considera-se como ponto forte o item que reúna simultaneamente duas condições: 1) apresente
mediana de nível B, o que significa existir correcção na maioria das situações observadas; 2)
registe pelo menos 25% de avaliações de nível A, o que significa que, em pelo menos um quarto
das escolas observadas, se verifica grande correcção.
Em paralelo, considera-se como ponto fraco o item que apresente mediana de nível C, o que
significa que, em pelo menos 50% das observações, foram encontradas algumas incorrecções
importantes ou várias menos importantes.
São ainda identificados os itens que apresentam mais de 50% de não-respostas, por se conside-
rar que os mesmos são indicadores de avaliação problemática.
Para além de apresentados os itens que constituem, em cada dimensão, os pontos fortes e fra-
cos, por nível de ensino, identificam-se também os itens que, não reunindo as duas condições
simultaneamente estabelecidas, apresentam medianas B e totalizam percentagens elevadas nas
apreciações de nível A e B, ou, no outro extremo da escala, apresentam medianas C e percenta-
gens elevadas de apreciações de nível D ou C e D. A estas situações chamamos, respectivamente,
pontos positivos e pontos negativos.
Este procedimento permite uma leitura mais completa, porque mais discriminada, dos diferentes
cambiantes do desempenho das escolas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
19
Para melhor compreensão dos aspectos que contribuem para a relevância relativa de cada item,
foram analisados os respectivos subitens que os operacionalizam, aplicando, em paralelo, os
mesmos critérios de caracterização de pontos fortes e fracos. Assim, para cada um dos subitens
são identificadas a mediana e a frequência relativa de níveis 3 (desempenhos considerados pre-
dominantemente positivos), níveis 2 (desempenhos considerados sem nenhuma distinção espe-
cial) e níveis 1 (desempenhos considerados predominantemente negativos). Considera-se como
ponto forte, neste caso, o subitem com mediana de nível 3; ponto fraco, o subitem com me-
diana de nível 1.
A segunda perspectiva de análise dos dados incide sobre os resultados globais das escolas ava-
liadas, do ponto de vista dos resultados e das três dimensões observadas no terreno. No que se
refere aos resultados, considera-se a informação sobre o “valor acrescentado” (VA), enquanto
medida ajustada do sucesso escolar ponderada pelos níveis etários e pela carência económica.
Para além da identificação da distribuição do número de escolas por intervalos de desvio entre
sucesso real e sucesso esperado (Va), analisa-se a distribuição quartil das escolas e a sua relação
com o índice de desenvolvimento social (IDS). Para cada uma das três dimensões identifica-se a
pontuação máxima possível que uma escola pode obter, a partir da observação de todos os itens
considerados nos roteiros de Avaliação Integrada, a pontuação máxima e mínima realmente
registadas e as pontuações correspondentes ao percentis 25, 50 e 75 da distribuição das escolas.
A finalidade de tal análise é identificar: i) a amplitude das diferenças de desempenhos entre
escolas; ii) a percentagem de escolas cujo desempenho foi considerado bom ou muito bom; iii) a
percentagem de escolas cuja classificação global do desempenho aponta para a necessidade de
uma estratégia de intervenção diferenciada para melhorar o funcionamento das escolas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
21
C A P Í T U L O 3 — D E S E M P E N H O D O S A L U N O S : M E D I D A S C E N T R A I S E D E D I S T R I B U I Ç Ã O
Para análise dos resultados escolares dos alunos foram produzidos dois tipos de indicadores: os
que se referem a medidas globais do sucesso, expressos em termos de valores médios percen-
tuais, respectivamente taxas de transição e qualidade da transição, e os que se referem à distri-
buição do sucesso por escolas, tendo-se como objectivo identificar categorias de escolas, se-
gundo o desempenho dos alunos, que nos permitam perceber como o sistema se diferencia.
Esta forma de caracterização é fundamental para compreender as diferenças de funcionamento
das escolas e conceber estratégias diferenciadas de apoio à sua melhoria. Estes indicadores
expressam-se em termos de distribuição percentil e referem-se à taxa de sucesso, à qualidade do
sucesso, aos fluxos escolares e ao valor acrescentado. Este último é uma medida do sucesso
ajustada a factores relacionados com os alunos, ou ponderada por variáveis relativas a alunos. A
informação utilizada para o cálculo destes indicadores tem uma natureza diferente, conforme as
fontes de informação.
Os dados relativos à educação pré-escolar e ao 1.º ciclo da educação básica foram recolhidos
nos relatórios de escola e resultam da informação que foi fornecida na reunião inicial da avalia-
ção integrada, aquando da apresentação do agrupamento ou da escola. Esta informação de-
corre de um conjunto de questões colocadas aos professores sobre as aprendizagens e o pro-
gresso das crianças, que se destina a orientar o diálogo e a reflexão sobre as aprendizagens.
Um conceito restrito de avaliação e o facto de a avaliação dos alunos nestes ciclos ser qualitativa
criam muitas vezes a ideia de não haver avaliação ou de não ser possível apresentar dados relati-
vos às aprendizagens das crianças e ao seu desenvolvimento. Os próprios registos das aprendi-
zagens das crianças, na educação pré-escolar, não são, muitas vezes, feitos com regularidade,
por diferentes razões, nomeadamente a recente criação do jardim de infância, a mobilidade das
educadoras, a falta de hábito de ter registos. Por estes motivos, os dados que se apresentam
referem-se a um número reduzido de jardins e escolas do 1.º ciclo, quase todos integrados em
agrupamentos horizontais, cujos conselhos executivos mostraram melhor conhecimento das
situações e das aprendizagens das crianças, tendo fornecido informação quantificada que per-
mitiu o cálculo dos indicadores que se apresentam. Merece destaque a referência, sempre feita,
à muito pequena dimensão das diferentes escolas que integram os agrupamentos, e, nalguns
casos, mesmo, à distância a que as pequenas escolas se encontram umas das outras, ao isola-
Avaliação Integrada das Escolas
22
mento das populações escolares, aos quatro anos de escolaridade na mesma turma e sala, aos
anos de escolaridade vazios de alunos, à mobilidade dos professores.
Os resultados das aprendizagens relativos aos 2.º e 3.º ciclos da educação básica (por ano e por
ciclo) e ao ensino secundário (cursos gerais e cursos tecnológicos) foram solicitados a (e forneci-
dos por) todas as escolas seleccionadas para a amostra antes do início das avaliações integradas,
e referem-se às classificações finais obtidas pelos alunos no ano lectivo anterior, não havendo
referências a informação qualitativa sobre as aprendizagens que tenha sido discutida na reunião
de apresentação da escola ou do agrupamento, o que pode ter sido induzido pelo tipo de in-
formação, apenas quantitativa, solicitada pela IGE. Face ao tratamento de dados que foi feito e
apresentado, as escolas, de posse dos seus dados individuais e dos dados globais da amostra,
comentaram os factores contextuais que podem justificar o desempenho dos alunos, não tendo
sido especificado outro tipo de aprendizagens realizadas e não quantificadas.
A informação solicitada refere-se a taxas de transição, taxas de sucesso pleno e sucesso deficitá-
rio, distribuição dos níveis de classificação nos 2.º e 3.º ciclos, níveis de carência económica da
população escolar, e percursos escolares nos ciclos de escolaridade.
Foram produzidas cinco categorias de indicadores de resultados, relativas a estes níveis de en-
sino, a saber:
Taxas de transição
Qualidade do sucesso
Níveis classificação das aprendizagens
Valor acrescentado das escolas
Eficácia e eficiência nas escolas
Alguns indicadores de resultados são apresentados como medidas globais expressos em valores
médios percentuais do sucesso, e, simultaneamente, em medidas de distribuição percentil. Esta
última abordagem torna mais clara a dimensão das disparidades entre escolas.
A cada escola foi devolvida a informação relativa ao conjunto de escolas que inicialmente foi
seleccionada como amostra a ser intervencionada em 2000/2001. Assim, e como se indica no
ponto 2.1, esta informação corresponde a um número mais elevado de escolas do que o que foi
efectivamente intervencionado, razão porque se considera que cumpre critérios de representati-
vidade permitindo a sua utilização como informação de referência para a avaliação dos resulta-
dos em cada escola.
Neste Relatório a informação de resultados escolares no 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no
ensino secundário, refere-se a esta informação de referência.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
23
No caso dos resultados na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico, apresenta-se
apenas a informação relativa a um grupo de estabelecimentos intervencionados que dispunham
de informação organizada e estruturada, não tendo sido desenvolvida, em cada situação obser-
vada, qualquer comparação com valores de referência, ou feita uma reflexão sobre o significado
relativo dos dados de cada jardim de infância ou escola.
3.1 Medidas centrais do sucesso escolar
3.1.1 Educação pré-escolar
No documento Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar referem-se, entre outras,
algumas condições facilitadoras da integração, com sucesso, de cada criança, no 1.º ciclo, de-
signadamente, “as que dizem respeito ao comportamento da criança no grupo, as que implicam
determinadas aquisições indispensáveis para a aprendizagem formal da leitura, escrita e mate-
mática e as que se relacionam com atitudes” (pág. 90).
Embora sem registos formais, as informações colhidas junto dos educadores, nos 122 jardins de
infância, sugerem que 21,3% de crianças necessitariam que lhes fossem proporcionadas mais e
melhores experiências de aprendizagem, de modo a terem condições para obterem sucesso na
etapa seguinte.
3.1.2 1.º ciclo do ensino básico
Os dados que se apresentam dizem respeito a dois tipos de indicadores do sucesso: taxas de
transição, por ano de escolaridade e ciclo, e qualidade da transição, e referem-se a 165 escolas
intervencionadas, que ministram o 1.º ciclo, incluindo escolas singulares e escolas que integram
33 agrupamentos. Em 56 escolas (10 agrupamentos) não foi recolhida informação desta natu-
reza, sendo, nestes casos, a informação fornecida incompleta, ou essencialmente de comentário
genérico às aprendizagens.
QUADRO 2 – TAXAS DE TRANSIÇÃO NO 1.º CICLO ENSINO BÁSICO
1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano 1.º ciclo
Inscritos Inscritos Transitados Inscritos Transitados Inscritos Transitados Inscritos Transitados
1292 2357 1852 (79%)
2043 1883 (92%)
3921 3518 (90%)
9613 8545 (89%)
Como a retenção pode ocorrer após o 1.º ano de escolaridade, a taxa de sucesso no 1.º ciclo
ilude, em muitos casos, os níveis de exclusão que se produzem neste ciclo, pelo que se torna
necessária a análise das taxas de sucesso em cada ano de escolaridade. Assim, observa-se que o
Avaliação Integrada das Escolas
24
2.º ano apresenta a maior taxa de retenção no ciclo, abrangendo, neste grupo de escolas, 21%
das crianças.
No que se refere à qualidade da transição, verifica-se que, das escolas intervencionadas que
disponibilizaram dados sobre os seus alunos, um subgrupo, correspondente a 30 unidades de
gestão, quantificou de forma muito completa as suas apreciações sobre o sucesso, indicando
quantos alunos e em que condições transitam do 4.º ano para o 2.º ciclo. Este subgrupo repre-
senta 2414 alunos inscritos, equivalente a 62% da população neste ano de escolaridade no
conjunto de escolas em análise.
Dos transitados, 2187 alunos, cerca de 11% foram portadores de relatório descritivo das suas
dificuldades de aprendizagem.
Tendo em conta as diferentes áreas curriculares, o sucesso foi conseguido com níveis de quali-
dade muito diferentes, como mostra o quadro 3, que descreve os níveis extremos da qualidade
da transição no 4.º ano: percentagem de alunos que realizaram aprendizagens consideradas
muito boas, ou excelentes, e percentagem de alunos que, tendo transitado, não desenvolveram
competências suficientes em várias áreas do currículo, muitas vezes de forma acumulada.
QUADRO 3 – QUALIDADE DO SUCESSO À SAÍDA DO 4.º ANO
Desempenho excelente 7,3%
Dificuldades em Língua Portuguesa 17%
Dificuldades em Matemática 19,6 %
Dificuldades em outras áreas do currículo 3,5 %
Num número restrito de escolas singulares e de agrupamentos, os professores especificaram o
tipo de dificuldades, identificando a percentagem de alunos que transitaram com deficiência nas
diferentes competências curriculares, nomeadamente na oralidade, leitura, interpretação e es-
crita em língua portuguesa e em raciocínio matemático e na matematização de situações pro-
blemáticas.
3.1.3 2.º e 3.º ciclos do ensino básico
Taxas de transição/conclusão
Os valores que se apresentam foram calculados a partir da informação disponibilizada pela
amostra inicial de 207 escolas que ministravam aqueles ciclos. Os resultados referem-se aos alu-
nos que frequentaram estas escolas no ano lectivo anterior, 1999/2000.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
25
Como medidas globais do sucesso produziram-se dois indicadores: taxas de transição e quali-
dade do sucesso.
QUADRO 4 – TAXAS DE TRANSIÇÃO E CONCLUSÃO (%)
2.º ciclo 3.º ciclo
5.º ano 6.º ano 7.º ano 8.º ano 9.ºano
85 86 76 83 84
86 81
Valores relativos a 148 escolas que ministram o 2.º ciclo e a 192 que ministram o 3.º ciclo.
Qualidade do sucesso
Para análise da qualidade do sucesso, consideraram-se as medidas de sucesso pleno e as de
sucesso deficitário em disciplinas específicas (a língua portuguesa e a matemática), no final da
escolaridade básica – 9.º ano, tendo como referência, portanto, todos os alunos transitados.
Considera-se sucesso pleno a transição com níveis 3 ou superiores a 3 em todas as disciplinas.
Sucesso deficitário é a transição com níveis inferiores a 3 em uma ou mais disciplinas. O quadro
5 apresenta a percentagem de alunos que concluíram o 9.º ano com sucesso pleno, e a percen-
tagem dos que concluíram aquele ano de escolaridade com deficiência em duas disciplinas espe-
cíficas, acumulada ou não.
QUADRO 5 – QUALIDADE DO SUCESSO*
Alunos do 9.º ano aprovados: (%)
Com sucesso em todas as disciplinas 40
Sem sucesso em Língua Portuguesa 22
Sem sucesso em Matemática 36
* Valores relativos a 192 escolas que ministravam o 9.º ano.
Níveis de classificação final atribuídos
Os alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico são avaliados numa escala de cinco níveis – 1 a 5 –
envolvendo dois níveis de insuficiente, 1 e 2, um nível de suficiente, 3, e os níveis bom e muito
bom, respectivamente 4 e 5.
O diferente entendimento que professores, alunos e famílias têm do significado de cada um
destes níveis de classificação e a ausência de provas estandardizadas que possam aferir critérios
Avaliação Integrada das Escolas
26
de qualidade nas aprendizagens e no próprio ensino, leva-nos a olhar com alguma prudência
para este tipo de informação, na medida em que os mesmos valores poderão não medir as
mesmas coisas ou equivalentes.
Porém, a competência das escolas para avaliar e certificar aprendizagens confere às classifica-
ções um valor social, que reveste a forma de reconhecimento de uma aprendizagem boa, sufi-
ciente ou insuficiente. Na base deste senso comum, acredita-se que é possível produzir indicado-
res dos níveis de exigência nas aprendizagens curriculares, que podem funcionar como critério
para fixar metas de desempenho e referência para políticas de diferenciação em sala de aula e
de apoios educativos. A questão da validade destas medidas recai noutro campo de análise que
tem a ver com o procedimento de avaliação e a respectiva instrumentação que não se enquadra
nos objectivos do programa Avaliação Integrada das Escolas.
Tendo solicitado a todas as escolas a percentagem de níveis de classificação final atribuídos em
cada ano de escolaridade básica, no conjunto das disciplinas do currículo e em disciplinas espe-
cíficas, agregaram-se as classificações de todos os alunos em três categorias, como se pode ver
no quadro seguinte:
QUADRO N.º 6 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO ATRIBUÍDOS NO 2.º CICLO (%)*
Níveis 5.º ano 6.º ano
1/2 16 16
3 45 45 Todas as disciplinas
4/5 39 39
1/2 22 22
3 51 52 Língua Portuguesa
4/5 27 26
1/2 26 29
3 45 44 Matemática
4/5 29 27
* Valores relativos a 148 escolas que ministram o 2.º ciclo.
O quadro 6 apresenta o total de níveis de classificação final atribuídos aos alunos que transita-
ram no 5.º e 6.º anos, nas escolas que ministram aquele ciclo e que faziam parte da amostra das
avaliações integradas. De acordo com a agregação que foi feita, as taxas globais finais em todas
as disciplinas do currículo têm valores muito constantes nos dois anos de escolaridade. Dois
aspectos merecem atenção: o facto de 16% das aprendizagens, em todo o currículo, serem cla-
ramente deficientes e o aparente equilíbrio entre os níveis da suficiência e os níveis de bom e
muito bom.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
27
Estes números podem ser tomados como valores de referência para analisar os níveis das apren-
dizagens por disciplina, como se apresenta para o caso específico da língua portuguesa e da
matemática.
No caso da língua portuguesa, a proporção de níveis inferiores a 3 é muito elevada: mais de um
quinto dos alunos tem desempenho insuficiente, tal como a percentagem de níveis classificados
de bom e muito bom tem tendência para descer ao longo do ciclo, como se observa nos dois
anos escolaridade em análise.4
Em matemática, de acordo com o que já é geralmente conhecido, a percentagem de transições
com deficiência é muito elevada, encontrando-se mais de um quarto dos alunos nesta situação,
embora, contrariamente ao que acontece em língua portuguesa, os níveis da suficiência sejam
mais baixos. Porém, a percentagem de níveis de bom é sempre ligeiramente mais elevada.5
No 3.º ciclo a repartição das percentagens das classificações é a seguinte:
QUADRO 7 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO ATRIBUÍDOS NO 3.º CICLO (%)*
Níveis 7.º ano 8.º ano 9.º ano
1/2 23 21 20
3 46 49 49 Todas as disciplinas
4/5 30 30 32
1/2 30 24 24
3 49 57 57 Língua Portuguesa
4/5 21 19 19
1/2 36 38 36
3 42 41 43 Matemática
4/5 23 20 21
* Valores relativos a 192 escolas que ministram o 3.º ciclo.
Ressalta aqui o peso da transição deficiente – cerca de um quinto das classificações atribuídas
no conjunto do currículo são insuficiente – enquanto que nas duas disciplinas em análise a insu-
ficiência sobe para cerca de um quarto em língua portuguesa e para mais de um terço em ma-
temática. Comparativamente com o 2.º ciclo, diminui a percentagem da suficiência, nomeada-
mente em língua portuguesa, disciplina onde as percentagens dos níveis de bom e muito bom
4 Esta repartição põe em evidência que um aumento de níveis três atribuídos pode indiciar um abaixamento na
qualidade das aprendizagens e das exigências no esforço de aprender. 5 Esta dissemelhança na distribuição das classificações pode indiciar, eventualmente, uma maior clareza no que se
entende por competências mínimas e, simultaneamente uma maior exigência nas aprendizagens.
Avaliação Integrada das Escolas
28
atribuídos são também menos elevadas, o que não terá a ver com as características dos alunos,
mas, possivelmente, com o currículo e o ensino.6
3.1.4 Ensino secundário
Todos os valores que se apresentam referem-se a 99 escolas que ministram os cursos gerais e a
76 que ministram os cursos tecnológicos e são relativos aos alunos matriculados que frequenta-
ram estas escolas no ano lectivo de 1999/2000.
Como medidas globais do sucesso neste nível de ensino produziram-se dois indicadores – as
taxas de conclusão e as taxas de abandono, por ano e por curso.
Taxas de transição/conclusão
QUADRO 8 – TAXAS DE TRANSIÇÃO/CONCLUSÃO (%)*
12.º ano 10.º ano 11.º ano
Cursos Gerais Cursos Tecnológicos
62 80 51 36
* Valores relativos a 99 escolas que ministram os Cursos Gerais e 76 os Cursos Tecnológicos.
Taxas de abandono
QUADRO 9 – TAXAS DE ABANDONO (%)*
12.º ano 10.º ano 11.º ano
Cursos Gerais Cursos Tecnológicos
13 8 9 13
* Valores relativos a 99 escolas que ministram os Cursos Gerais e 76 os Cursos Tecnológicos.
Os quadros 8 e 9 põem em evidência o 10.º ano como um ano crítico no ensino secundário,
quer em termos de taxa de transição quer em termos de taxa de abandono. Relativamente ao
12.º ano, sobressaem as baixas taxas de conclusão nos dois cursos, com destaque para os cursos
tecnológicos, no que se refere quer à taxa de conclusão quer ao abandono.
6 Em matemática a percentagem da suficiência é menor do que no conjunto das disciplinas e em língua portuguesa,
mas o nível de exigência normalmente atribuído à disciplina poderá reflectir-se em melhores aprendizagens, o que precisa de ser aferido em provas estandardizadas para ser confirmado.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
29
3.2 Medidas de distribuição do sucesso escolar
Os valores globais que se apresentaram são valores médios que permitem juízos de valor redu-
zido. Por essa razão, procurou-se uma outra forma de análise dos resultados, simples, mas que
permite identificar as diferenças entre escolas e o nível das disparidades do desempenho, o que
em si mesmo constitui um indicador de desenvolvimento: quanto maior a dispersão do de-
sempenho, maiores as assimetrias no desenvolvimento.
Para se perceber como se distribuem os valores do sucesso por diferentes grupos de escolas e
para nos apercebermos das diferenças que existem entre cada um desses grupos, ordenaram-se
as escolas relativamente às respectivas médias de sucesso e identificou-se a sua distribuição
quartil. Para uma melhor identificação das situações extremas, calcularam-se os percentis 5 e 95,
conforme se pode ver nos quadros seguintes7.
Foram produzidas três categorias de indicadores, por ano e por ciclo: i) distribuição do sucesso;
ii) distribuição da qualidade do sucesso; iii) distribuição dos fluxos escolares, os quais nos dão
medidas da eficácia e da eficiência do sistema.
3.2.1 2.º e 3.º ciclos do ensino básico
Taxas de transição
Os valores que se apresentam referem-se a 148 escolas que ministram o 2.º ciclo e 192 que mi-
nistram o 3.º ciclo.
QUADRO 10 – DISTRIBUIÇÃO DAS TAXAS DE TRANSIÇÃO/CONCLUSÃO (%)
Valores das taxas no percentil
Ano escolaridade /ciclo 5% 25% 50% 75% 95%
5.º ano 70 81 87 92 98
6.º ano 73 83 88 92 96
2.º ciclo 74 82 87 91 96
7.º ano 58 70 78 84 93
8.º ano 66 77 84 89 95
9.º ano 68 79 86 92 98
3.º ciclo 68 77 82 87 93
7 Como ler os quadros:
As colunas preenchidas estão identificadas com os percentis 5, 25, 50, 75 e 95. O percentil 50 corresponde à mediana, valor que divide a distribuição em duas partes iguais; o percentil 25, o primeiro quartil, indica o valor abaixo do qual se distribuem os resultados médios dos 25% das escolas com pior desempenho. O percentil 75, o terceiro quartil, indica o valor abaixo do qual se distribuem três quartos (3/4) ou 75% dos valores da distribuição e acima do qual estão as escolas com valores mais altos. Os percentis 5 e 95 dão-nos os extremos da distribuição: abaixo dos 5% agrupam-se as escolas com os valores inferiores e acima de 95% com os valores superiores.
Avaliação Integrada das Escolas
30
Do quadro 10 pode observar-se como relevante o seguinte:
os piores resultados:
nos dois anos de escolaridade do 2.º ciclo, as escolas que apresentam os valores
de transição mais baixos (o grupo que representa 5% das escolas com piores re-
sultados), apresentam médias de sucesso no 5.º e 6.º ano até 70 e até 73%, res-
pectivamente.
no 3.º ciclo, para o 7.º, 8.º e 9.º estes valores são mais baixos ainda, sendo no 7.º
ano que se verificam taxas de transição inferiores a 58%. É também no 7.º ano
que se verificam as mais baixas taxas de sucesso em todos os grupos de escolas,
mesmo nas melhores de todas.
os melhores resultados:
no 5.º e 6.º ano, 25% das escolas com as mais elevadas taxas de transição, isto é,
as que se encontram acima do percentil 75, apresentam médias de sucesso acima
de 92 %.
metade das escolas apresentam taxas de transição no 5.º ano e no 6.º ano igual
ou superior a 87% e 88%, respectivamente.
5% das escolas (as que ficam acima do percentil 95) apresentam no 5.º e no 9.º
ano as mais elevadas taxas de transição, igual ou superior a 98%.
Qualidade do sucesso no 9.º ano
QUADRO 11 – QUALIDADE DO SUCESSO: ALUNOS APROVADOS NO 9.º ANO (%)
Percentagem de alunos no percentil
Alunos aprovados 5% 25% 50% 75% 95%
Com sucesso em todas as disciplinas 21 32 40 47 62
Sem sucesso em Língua Portuguesa 3 9 19 33 49
Sem sucesso em Matemática 8 22 33 47 72
De acordo com o quadro 11, verifica-se:
alunos aprovados com sucesso a todas as disciplinas:
em 75% das escolas, apenas 47%, ou menos, dos alunos aprovados no 9.º ano
obtiveram sucesso em todas as disciplinas;
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
31
nos 5% das escolas com melhores resultados, 62%, ou mais, dos alunos obtiveram
sucesso pleno;
pode ainda dizer-se que cerca de metade dos alunos (47% ou mais) transitou com
aproveitamento a todas as disciplinas em cerca de 25% das escolas que consti-
tuem o grupo com melhor desempenho. Estas escolas distribuem-se indistinta-
mente pelos concelhos com melhor e pior índice de desenvolvimento social.
alunos aprovados sem sucesso a disciplinas específicas:
quanto mais elevada a percentagem de alunos sem sucesso a uma disciplina
específica, pior o desempenho das escolas a que se refere. Por isso, no grupo das
escolas com pior desempenho em português (percentil 95), pelo menos 49% dos
alunos transitaram com aproveitamento deficiente;
em 25% das escolas com pior sucesso a Matemática no 9.º ano, 47% ou mais dos
alunos aprovados não obtiveram sucesso nesta disciplina (ver a coluna do percen-
til 75);
em metade das escolas, 33% ou mais dos alunos transitaram com deficientes
aprendizagens em matemática, sendo que no grupo das escolas com piores resul-
tados (percentil 95), pelo menos 72% dos alunos concluíram o 9.º ano sem apro-
veitamento a matemática;
no grupo de 5% das escolas com melhor desempenho (percentil 5), 8% ou menos
dos alunos transitaram com aprendizagens deficientes em matemática e 3% ou
menos em português.
Indicadores de fluxos escolares no ensino básico (3.º ciclo)
Os indicadores de fluxos escolares são medidas agregadas que traduzem a eficácia e a eficiência
escolar. A análise da sua distribuição mostra-nos que existe uma grande disparidade entre esco-
las, como se pode ver nos quadros seguintes.
Avaliação Integrada das Escolas
32
Apresentam-se dois tipos de indicadores de fluxos escolares no 3.º ciclo, como se pode ver nos
quadros 12 e 13. No primeiro grupo de indicadores de fluxos agrupam-se três medidas de eficá-
cia escolar: a eficácia interna8, a probabilidade do sucesso9 e o coeficiente de conclusão.
QUADRO 12 – FLUXOS ESCOLARES NAS ESCOLAS QUE MINISTRAM O 3.º CICLO
Valor do indicador no percentil
Indicador a) 5% 25% 50% 75% 95%
Eficácia interna ou rendimento interno 0,7 0,7 0,8 0,9 0,9
Probabilidade de sucesso 0,7 0,9 1,0 1,0 1,0
Coeficiente de conclusão sem retenções 0,4 0,5 0,6 0,6 0,8
Coeficiente de conclusão até uma retenção 0,6 0,8 0,8 0,9 1,0
Coeficiente de conclusão até duas retenções 0,7 0,9 1,0 1,0 1,0
a) Varia entre 0 e 1: melhor 1; pior 0
Assim verifica-se:
25% das escolas têm um rendimento interno até 0,7 ou inferior, e 25% têm-no de 0,9 ou
superior (neste caso, as escolas que se encontram acima do percentil 75). São estas as pro-
porções de alunos que concluíram o ciclo de estudos face ao número médio de inscrições nas
escolas que se situam, respectivamente, no quartil com piores resultados (25%) e no que tem
os melhores (75%) (isto é, no primeiro caso, 7 alunos ou menos em cada 10 inscritos con-
cluem o 3.º ciclo em três anos, no segundo caso, a melhor situação, pelo menos 9 alunos em
cada 10 inscritos concluem o ciclo no mesmo período);
em pelo menos metade das escolas todos os alunos concluem o 3.º ciclo do ensino básico em
três anos ou mais, dado que nestas a probabilidade de sucesso é 1;
um quarto das escolas apresentam uma probabilidade de sucesso até 0,9 isto é, 9 ou menos
alunos em cada 10 inscritos, têm sucesso no ciclo de estudos; em 5% das escolas, 7 alunos
ou menos em cada 10 têm sucesso, o que indica que pelo menos 30% de alunos deixa estas
escolas sem concluir os estudos da educação básica;
em 25% das escolas com pior desempenho, apenas metade dos alunos ou menos, concluem
o ciclo sem retenções. Destas escolas, em 5% apenas 4 alunos ou menos em cada 10 dos ma-
8 A eficácia interna ou rendimento interno de uma escola é a proporção de alunos que conclui o ciclo de estudos,
tomando como referência o número médio de alunos inscritos em cada ano de escolaridade ao longo desse ciclo de estudos. A eficácia interna óptima ocorre quando todos os alunos inscritos pela primeira vez no início do ciclo o concluem no número de anos do ciclo. Isso significa que nenhum aluno teve repetências ou abandonou.
9 A probabilidade do sucesso indica a probabilidade de um aluno concluir o ciclo de estudos com duas retenções ou menos. Se os alunos realizassem um ciclo de estudos com um itinerário sem abandono e sem retenções, a eficácia interna seria 1, isto é, todos os alunos terminariam o ciclo em três anos. Geralmente alguns alunos permanecem na escola mais do que os três anos previstos, ou abandonam, donde resulta uma proporção entre os alunos que concluem e o número de inscrições, inferior àquele valor. Quanto mais baixo ele for, pior.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
33
triculados concluem o ciclo sem retenções. Em contrapartida, em 5% das escolas com melhor
desempenho, 8 ou mais alunos em cada 10 matriculados concluem o ciclo sem retenções;
em 50% das escolas todos os alunos terminaram o ensino básico com 2 retenções ou menos
(leitura convergente com o segundo parágrafo desta nota de leitura).
No quadro 13 apresenta-se o segundo grupo de indicadores de fluxos escolares, que, de certa
forma, podem ser considerados como medidas de eficiência escolar: taxa de desperdício glo-
bal10, coeficiente de aumento de custos11 e duração média12 de um ano de escolaridade.
QUADRO 13 – FLUXOS ESCOLARES NO 3.º CICLO (CONT.)
Valor do indicador no percentil
Indicador 5% 25% 50% 75% 95%
Taxa de desperdício global b) 0% 2% 5% 10% 27%
Coeficiente de aumento de custos c) 1,1 1,2 1,2 1,3 1,5
Duração média do 7.º ano de escolaridade c) 1,1 1,2 1,2 1,3 1,5
Duração média do 8.º ano de escolaridade c) 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3
Duração média do 9.º ano de escolaridade c) 1,1 1,1 1,1 1,2 1,3
b) melhor 0%; pior 100%
c) melhor 1
Constata-se que, apesar dos dados dizerem respeito ao ensino básico, de frequência obrigatória
até aos 15 anos de idade:
em metade das escolas que ministram este ciclo, o abandono é igual ou superior a 5%, mas
entre estas, 25% têm um desperdício igual ou superior a 10%, podendo atingir mais de 27%;
metade das escolas tem custos acrescidos até 20% (1,2), mas 5% das escolas atingem ou
ultrapassam esses custos em 50% (1,5);
o 7.º ano de escolaridade é aquele em que os alunos mais acumulam insucesso e no 9.º ano
menos, se atendermos à duração média de cada um destes anos de escolaridade nas escolas
em cada categoria percentil.
10 Taxa de desperdício global é a percentagem de abandonos ao longo do ciclo, tomando como referência os alunos
inscritos pela primeira vez no início do ciclo. 11 Coeficiente de aumento de custos é o inverso da eficácia interna e exprime a relação entre o número médio de alunos
inscritos por ano de escolaridade e o número de alunos que concluíram o ciclo de estudos. 12 Duração média de um ano de escolaridade é o número de anos necessários para a realização desse ano de
escolaridade.
Avaliação Integrada das Escolas
34
3.2.2 Ensino secundário
Para análise da distribuição do sucesso nas escolas que ministram o ensino secundário, apresen-
tam-se três indicadores: a taxa de transição/conclusão por ano de escolaridade, a qualidade do
sucesso no 12.º ano e os fluxos escolares. Estes indicadores foram calculados a partir de dados
de 101 escolas que ministram o ensino secundário e referem-se ao ano lectivo de 1999/200013.
Taxas de transição/conclusão (%) nas escolas que ministram o 12.º ano
QUADRO 14 – TAXAS DE TRANSIÇÃO E CONCLUSÃO
Valores das taxas no percentil Ano de escolaridade / ciclo
5% 25% 50% 75% 95%
10.º ano 44 57 63 70 77
11.º ano 61 76 81 87 93
12.º ano (Cursos Gerais) 34 41 51 58 74
12.º ano (Cursos Tecnológicos) 15 28 36 46 70
De acordo com o quadro 14, verifica-se:
5% das escolas com as mais baixas taxas de transição no 10.º ano apresentam médias de
sucesso até 44%, enquanto que no 11.º ano as mais baixas médias são de 61% ou menos;
25% das escolas com as mais elevadas taxas de transição no 10.º ano, apresentam médias de
sucesso igual ou superior a 70%, enquanto no 11.º ano esse valor é igual ou superior a 87%;
as taxas de conclusão no 12.º ano, quer nos cursos gerais, quer nos cursos tecnológicos, são
inferiores às taxas de transição nos 10.º e 11.º anos, em qualquer dos percentis;
a amplitude do sucesso entre escolas com melhores e piores resultados é mais elevada no
12.º ano e especialmente nos cursos tecnológicos, onde é superior a 55%.
Taxas de abandono (%) nas escolas que ministram o ensino secundário
QUADRO 15 – TAXAS DE ABANDONO NO ENSINO SECUNDÁRIO
Valores das taxas no percentil Ano de escolaridade / Curso
5% 25% 50% 75% 95%
10.º ano 2 8 13 17 26
11.º ano 0 3 7 11 19
12.º ano (Cursos Gerais) 0 3 6 11 22
12.º ano (Cursos Tecnológicos) 0 4 10 16 42
13 O número de escolas que ministram o ensino secundário refere-se a estabelecimentos de diferentes tipologias
seleccionadas na amostra para intervenção no ano lectivo 2000-2001. Foram efectivamente intervencionados 51 estabelecimentos que ministravam este nível de ensino repartidos pelas tipologias EB 2,3/S; ES; ES/3; EBI.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
35
De acordo com o quadro 15 constata-se que:
os valores do abandono nas escolas situadas na mediana, nos diferentes anos de escolari-
dade do ensino secundário, oscilam entre 13% e 6%. Porém a diferença entre as escolas é
muito grande – entre 2% e 26%, no 10.º ano e entre 0% e 42% nos cursos tecnológicos, por
exemplo;
75% das escolas têm até 17% de abandono no 10.º ano, e até 11% nos 11.º e 12.º anos dos
cursos gerais;
no 12.º ano dos cursos tecnológicos, 20% das escolas apresentam entre 16 e 42% de aban-
dono, havendo um grupo de 5% (percentil 95) de escolas que pode ter taxas de abandono
superiores a estes valores.
Qualidade do sucesso no 12.º ano nas escolas que ministram o ensino secundário
A qualidade do sucesso no 12.º ano foi operacionalizada, considerando a percentagem de alu-
nos do 12.º ano matriculados em todas as disciplinas e os que obtiveram sucesso em exame
final de Português e de Matemática.
QUADRO 16 – QUALIDADE DO SUCESSO NO 12.º ANO
Valores no percentil
Alunos do 12.º ano 5% 25% 50% 75% 95%
Matriculados em todas as disciplinas 27 40 48 57 74
Com sucesso em exame final de Português 44 63 75 88 97
Com sucesso em exame final de Matemática 16 33 50 66 85
De acordo com o quadro acima, só em 5% das escolas ¾ ou mais dos alunos do 12.º ano se
matriculam a todas as disciplinas, tendo metade das escolas apenas até 48% de alunos nessas
condições.
Em 5% das escolas com piores resultados, 44% ou menos dos alunos obtêm aprovação em por-
tuguês, e 16% ou menos em matemática. Nas escolas com melhores taxas de aprovação (per-
centil 95), estes valores sobem para 97% e 85%, respectivamente.
Indicadores de fluxos escolares no ensino secundário
Foram produzidos para o ensino secundário os mesmos indicadores utilizados para a análise dos
fluxos escolares no 3.º ciclo do ensino básico, nomeadamente, os que podem ser considerados
medidas de eficácia – eficácia interna, probabilidade de sucesso e coeficiente de conclusão, e os
que podem ser considerados medidas de eficiência – taxa global de desperdício, coeficiente de
Avaliação Integrada das Escolas
36
aumento de custos e duração média de um ano de escolaridade. As definições destes indicado-
res são as mesmas que se seguiram para a leitura dos quadros 13 e 14.
QUADRO 17 – FLUXOS ESCOLARES
Valor do indicador no percentil
Indicador a) 5% 25% 50% 75% 95%
Eficácia interna ou rendimento interno 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Probabilidade de sucesso 0,4 0,5 0,7 0,8 0,9
Coeficiente de conclusão sem retenções 0,1 0,2 0,3 0,3 0,4
Coeficiente de conclusão até uma retenção 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Coeficiente de conclusão até duas retenções 0,4 0,5 0,7 0,8 0,9
a) Varia entre 0 e 1. Melhor 1; pior 0.
Se os alunos realizassem um ciclo de estudos com um itinerário sem abandono e sem retenções,
a eficácia interna seria 1, isto é, todos os alunos terminariam o ciclo em três anos. Porém, de
acordo com o quadro 17:
25% das escolas com pior desempenho, têm um rendimento interno de 0,4 ou inferior e 25%
das que têm melhor desempenho, têm-no de 0,6 ou superior;
apenas 5% das escolas apresentam uma probabilidade de sucesso de 0,9 ou superior
(percentil 95), não havendo escolas com sucesso pleno; os alunos das escolas situadas no ex-
tremo inferior da distribuição apresentam uma percentagem de conclusão inferior a 40%;
apenas em 25% das escolas (percentil 75), cerca de 1/3 dos alunos ou mais (0,3) concluem o
ciclo sem retenções;
QUADRO 18 – FLUXOS ESCOLARES (CONT.)
Valor do indicador no percentil
Indicador 5% 25% 50% 75% 95%
Taxa de desperdício global b) 12% 23% 32% 45% 58%
Coeficiente de aumento de custos c) 1,4 1,7 1,9 2,4 3,2
Duração média do 10.º ano de escolaridade c) 1,2 1,4 1,4 1,5 1,7
Duração média do 11.º ano de escolaridade c) 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3
Duração média do 12.º ano de escolaridade c) 1,3 1,5 1,6 1,7 1,9
b) melhor 0%; pior 100% c) melhor 1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
37
No que se refere à eficiência do sistema, pode afirmar-se que:
no conjunto das escolas em análise, existem 25% de escolas que têm um desperdício superior
a 45% podendo atingir mais de 58%;
metade das escolas têm custos acrescidos, originados pelos abandonos e retenções, acima de
90% (1,9), mas em 25% das escolas o acréscimo de custos atingiu o dobro e em 5% o triplo
(3,2);
o 12.º ano de escolaridade é aquele em que os alunos mais acumulam insucesso, ao contrá-
rio do que acontece no 11.º ano.
3.3 Valor Acrescentado
O valor acrescentado14 é um indicador que traduz a diferença entre o sucesso alcançado pelos
alunos de uma escola e o sucesso que seria de esperar, se esses alunos tivessem um sucesso
idêntico ao da população de referência. O sucesso esperado é determinado, usando as taxas de
sucesso em cada categoria etária e socioeconómica dos alunos a nível nacional, na proporção do
número de alunos existentes na escola.15 Este sucesso esperado representa uma medida ajustada
tendo em conta as variáveis idade e carência económica e pode ser apresentado como valor
expectável de sucesso a alcançar pela escola em condições de funcionamento normal.
O nível de carência económica é medido pelo facto de ser ou não apoiado pelos Serviços de
Acção Social Escolar. A idade no final de um ciclo de estudos é uma variável a ter em conta no
percurso escolar dos alunos.
A não existência, até ao ano de 2000/2001, que é objecto deste relatório, de dados de resulta-
dos finais aferidos relativamente ao 4.º e 6.º anos de escolaridade, afecta a comparabilidade
entre escolas com base num referente comum, como é o caso do valor acrescentado, e inviabi-
liza a aplicação desta metodologia. Por esta razão apenas se calculou o valor acrescentado para
o 9.º ano, como medida de resultados ajustada aos factores que podem diferenciar os alunos,
na medida em que a existência de provas globais por escola pode ser considerada como uma
modalidade de aferição do desempenho em cada escola. Contudo, é no 12.º ano que este cál-
culo ganha maior rigor, em virtude de os resultados finais incluírem os resultados dos exames
finais nacionais. Em qualquer dos casos, a informação que se obtém tem maior valor interpela-
tivo e orientador da estratégia educativa interna de cada escola, do que classificativo e ordena-
14 O valor acrescentado pode ser determinado utilizando diferentes metodologias e mobilizando um número muito
diferente de variáveis, conforme as técnicas de cálculo têm vindo a ser refinadas. A metodologia que foi seguida corresponde à que foi utilizada nos estudos iniciais sobre o valor acrescentado, que muitos autores hoje preferem chamar de medida ajustada do sucesso (adjusted measure of achievement).
15 Do ponto de vista técnico, o valor acrescentado de uma escola é a média ponderada dos desvios do sucesso dos alunos da escola, por categoria etária e socioeconómica, em relação aos sucessos de referência, sendo os coeficientes de ponderação as percentagens de alunos da escola na respectiva categoria. A população de referência é o conjunto de alunos matriculados nas escolas que constituem a amostra seleccionada pela IGE.
Avaliação Integrada das Escolas
38
dor das escolas, e, por essa razão, deve ser utilizada como mais uma ferramenta de trabalho e
com prudência, porque nem os exames nacionais nem as provas globais garantem a comparabi-
lidade das aprendizagens totais dos alunos nem entre escolas, nem dentro de cada escola.
Acresce ainda que o cálculo do valor acrescentado é afectado, como outros métodos, pelo nú-
mero de alunos em cada estrato etário, fazendo com que nas escolas muito pequenas apareçam
grandes distorções no sentido positivo ou negativo. Por esta razão não foram consideradas
nesta análise as escolas cujas população era inferior a 15 alunos, mesmo que os dados tenham
sido tratados.
No caso do 4.º ano de escolaridade, mesmo que tivesse havido resultados finais aferidos, a
questão de ordem técnica permanece, dadas as características da rede escolar que o actual fun-
cionamento dos agrupamentos não resolve.
3.3.1 Ensino básico – 9.º ano
O gráfico seguinte mostra o número de escolas dentro de uma escala crescente de intervalos de
valores acrescentados. Como se observa, a amplitude dos valores acrescentados obtidos pelas
escolas abrange um intervalo de cerca de 55%. Isto significa que o grupo de escolas é muito
heterogéneo, embora se verifique, como pode ser considerado normal, uma concentração em
torno dos valores centrais: 147 escolas num intervalo de 20% (ou seja, Va entre 10 e -10%).
GRÁFICO 1 – VALOR ACRESCENTADO NO 9.º ANO (196 ESCOLAS)
1 1 25
10
34
41 42
3027
3
Va (%)
-35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
5% Mediana 75% 95%25%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
39
Observa-se ainda que 102 escolas (52%) revelam um valor acrescentado positivo, quer dizer, são
escolas que excederam as expectativas, embora em grau diferenciado, sendo que 30 destas
escolas (15%) apresentam um sucesso elevado, colocando-se nos intervalos mais positivos e por
isso de desempenho muito bom, considerando a população e as médias nacionais. Para 19 das
escolas (10%) o sucesso obtido é particularmente baixo. Tal significa que para estas escolas não
foi possível ultrapassar dificuldades que se poderão associar a factores contextuais importantes,
enquanto que para as outras tal foi possível.
O gráfico mostra ainda a localização dos percentis 5%, 25%, 50%, 75%, e 95% na escala global
do valor acrescentado. Se nos fixarmos nos valores centrais, entre os percentis 25% e 75%, que
cobrem 51% das escolas, encontramos as que apresentam os valores dos desvios que podemos
considerar menos significativos, em relação às expectativas, do ponto de vista das análises inter-
nas de cada escola.
No percentil 5% ou inferior, situa-se uma dezena de escolas cujo valor acrescentado é inferior a
–14%, e que, sempre que este valor foi confirmado por outros indicadores, foram aconselhadas
a realizar um diagnóstico da situação existente e a estabelecer um plano de melhoria.
3.3.2 Ensino secundário – 12.º ano
GRÁFICO 2 – VALOR ACRESCENTADO NO 12.º ANO – CURSOS GERAIS (99 ESCOLAS)
5
8
12
26
22
14
64
1 1
Va (%)
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30
5% Mediana 95%25% 75%
Avaliação Integrada das Escolas
40
O gráfico relativo aos cursos gerais apresenta o desempenho das escolas, naquilo que se pode
analisar através do funcionamento dos cursos gerais do ensino secundário. Observa-se uma dis-
tribuição do valor acrescentado com uma amplitude de cerca de 50%, o que evidencia um grupo
de escolas de desempenho muito diverso. Ainda que em diferentes graus, 48 escolas (48%) dis-
tribuem-se por intervalos de valor acrescentado positivo, tendo por isso excedido as expectativas
iniciais. Destas, 12 (12%) apresentam um sucesso elevado e, portanto, um desempenho muito
bom, considerando o termo de referência, o que significa que as estratégias desenvolvidas
nestas escolas foram correctas para ultrapassar os eventuais constrangimentos existentes.
Em 13 escolas (13%) o valor acrescentado é particularmente baixo, pelo que estas escolas mere-
cem especial atenção, ao situar-se nos intervalos extremos negativos. Trata-se de escolas onde,
com grande probabilidade, o trabalho desenvolvido não foi suficiente e onde existem fortes
indícios de problemas internos a resolver. Em especial no 5.º percentil ou inferior, situam-se seis
escolas relativamente às quais se procurou desenvolver um propósito de mudança.
Se observarmos o desempenho das escolas através do que se constata nos cursos tecnológicos,
apesar das taxas de transição serem efectivamente mais baixas, a distribuição do valor acrescen-
tado por intervalos de valor acrescentado apresenta um perfil diferente, como se pode observar
no gráfico 3.
GRÁFICO 3 – VALOR ACRESCENTADO 12.º ANO – CURSOS TECNOLÓGICOS (62 ESCOLAS)
1
3
67
14
10
7
9
1
3
01
Va (%)
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
5% Mediana 75% 95%25%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
41
No que se refere aos cursos tecnológicos, a amplitude do valor acrescentado é maior do que nos
cursos gerais, o que significa uma maior heterogeneidade entre as taxas de sucesso conseguidas
e aquelas que eram esperadas (amplitude de 60%). Estes factos podem ser explicados por
factores contingentes estranhos à metodologia de cálculo do indicador. Sugere-se, por isso, que
a análise por escola seja sempre combinada, e concertada, com a de outros indicadores.
No entanto, como se observa, 50% das escolas da amostra situam-se em intervalos de valor
acrescentado positivo, sendo que 25% (16 escolas) apresentam um valor acrescentado elevado,
acima de 9%. No percentil 5.º, ou inferior, situam-se 4 escolas que apresentam um valor acres-
centado muito baixo, evidenciando problemas que urge resolver.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
43
C A P Í T U L O 4 — D E S E M P E N H O N A D I M E N S Ã O E D U C A Ç Ã O , E N S I N O E A P R E N D I Z A G E M
O propósito da análise que a seguir se apresenta é identificar os pontos fortes e fracos, bem
como os principais aspectos positivos e negativos observados na dimensão da Educação, Ensino
e Aprendizagem na educação pré-escolar, nos 1.º 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino
secundário.
Os quadros que se seguem, por nível de educação e ensino, indicam, para cada área-chave, os
campos de observação e respectivos itens e subitens que os operacionalizam e que constituem
os pontos fortes e os pontos fracos que foram observados. Como se refere no Capítulo 2, são
considerados pontos fortes os itens que apresentam medianas de nível B (desempenhos cor-
rectos) e pelo menos 25% de avaliações de nível A (desempenhos muito correctos), tendo como
referência a escala classificativa de itens A, B, C, D e os critérios a que correspondem, tal como
se definem naquele Capítulo.
Em cada quadro apresentam-se os subitens que em cada item foram considerados predominan-
temente positivos em, pelo menos, metade das situações (medianas nível 3) ou predominante-
mente negativos (medianas nível 1). Cada subitem é avaliado numa escala qualitativa de três
níveis, convertida numa escala ordinal de 3, 2, 1.
A identificação da valorização dos subitens representa uma análise mais fina, que ajuda a perce-
ber aspectos específicos e diferenciadores da qualidade do desempenho. Para facilidade de lei-
tura, em cada quadro, apresentam-se os subitens em itálico.
Na apreciação do desempenho dos estabelecimentos identificam-se, ainda, os aspectos que, não
constituindo pontos fortes nem fracos de acordo com o critério estatístico definido, totalizam
classificações de muito correcto (nível A) e correcto (nível B) em mais de metade das situações
observadas, ou, no outro extremo, totalizam mais de 20% de observações classificadas com nível
D – não aceitável. Uns e outros consideram-se, respectivamente, pontos positivos e pontos nega-
tivos.
Avaliação Integrada das Escolas
44
4.1 Educação pré-escolar
A avaliação do processo de educação, ensino e aprendizagem na educação pré-escolar engloba
as seguintes áreas-chave e respectivos campos de observação, operacionalizados em 35 itens de
desempenho:
a Organização da acção educativa e das aprendizagens a que corresponde um único campo
de observação: organização do ambiente educativo;
a Realização do trabalho educativo e das aprendizagens, que abrange os campos: área de
formação pessoal e social; área de expressão e comunicação; área de conhecimento do
mundo; articulação e diversidade de conteúdos e aprendizagens; avaliação do processo edu-
cativo; apoios educativos;
a Organização e realização do apoio à família, que engloba três campos: almoços, transpor-
tes e animação socio-educativa.
Os dados que foram tratados referem-se a 122 estabelecimentos que ministram a educação pré-
-escolar, assim distribuídos, por Direcção Regional de Educação e tipologia16:
58 (48%) na Direcção Regional do Norte – JI;
22 (18%) na Direcção Regional do Centro – JI, EB1/JI, EBI;
10 (8%) na Direcção Regional de Lisboa – JI, EB1/JI;
28 (23%) na Direcção Regional do Alentejo – JI, EBI/JI;
4 (3%) na Direcção Regional do Algarve – JI.
Todos os jardins de infância estão associados, agrupados ou integrados em escolas de diferentes
tipologias, não constituindo nenhum jardim de infância, por si só, uma unidade de gestão. Con-
siderando as características físicas destes estabelecimentos, a maior parte do trabalho inspectivo
decorre no espaço aula, proporcionando de forma natural a observação do trabalho das educa-
doras e das crianças. Assim, de acordo com as orientações de metodologia a seguir nas situa-
ções de monodocência, em todos os jardins intervencionados foi observada uma actividade com
as crianças em qualquer área curricular. Havendo mais do que um educador titular de grupo,
procurou-se que todos fossem observados.
16 JI – Jardim de infância
EB1/JI – Escola básica do 1.º ciclo com jardim de infância EBI – Escola básica integrada EBI/JI – Escola básica integrada com jardim de infância
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
45
4.1.1 Pontos fortes
O quadro 19 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos de educação pré-escolar permite identificar, em termos de processo de educação, en-
sino e aprendizagem. Para cada um dos pontos fortes identificados, apresenta-se, a itálico, os
subitens que os operacionalizam e cuja apreciação foi considerada predominantemente positiva
(mediana de nível 3).
QUADRO 19 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS17 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Organização do ambiente educativo gestão do espaço • funcionalidade • utilização autónoma pela
criança gestão do tempo • organização equilibrada e
articulada • rotinas integradas
B 3 3 B 3 3
35,2 63,9
68,0 24,6
57,4 58,2
50,0
54,1
13,9
18,9
– – – – – –
2. Formação pessoal e social proposta de experiências que promovem • auto-estima das crianças • autonomia,
responsabilização e participação
B 3 3
27,0 69,7
56,6
50,8
18,2
0,8
0,8
1,6
Registam-se pontos fortes em dois dos sete campos de observação seleccionados: organização
do ambiente educativo e realização do trabalho educativo e das aprendizagens, especificamente
no que se refere à área de formação pessoal e social.
Dois dos três itens incluídos no campo organização do ambiente educativo – a gestão do espaço
e a gestão do tempo – registam mais de 25% de avaliações de nível A. A gestão do espaço é
classificada como predominantemente positiva em todos os subitens que a operacionalizam,
referindo-se à sua funcionalidade e utilização de forma autónoma por parte das crianças, o
mesmo se passando com dois dos três subitens relativos à gestão do tempo, nomeadamente, a
articulação e o equilíbrio entre actividades e a adequada integração das rotinas na gestão diária
das actividades.
Na realização do trabalho educativo e das aprendizagens é possível identificar pontos fortes no
campo de observação e itens que se referem ao desenvolvimento de actividades na área da for-
17 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
46
mação pessoal e social, nomeadamente na proposta de experiências que promovem a auto-
-estima, a responsabilização, a participação e a autonomia das crianças.
Os itens relativos à organização do grupo e à realização do processo de ensino e aprendizagem
na área da expressão e comunicação (expressões dramática, motora, plástica, musical, oral e
escrita), embora não apresentando uma avaliação de muito correcto (25% de apreciações nível
A), registam, no entanto, avaliações de correcto (nível B) em mais de 50% dos estabelecimentos
de educação pré-escolar observados. Alguns dos subitens que os operacionalizam apresentam
desempenhos predominantemente positivos (medianas de nível 3). Um número muito reduzido
de jardins de infância apresenta desempenhos predominantemente negativos (nível 1) em
subitens como:
a organização em grande e pequeno grupo;
a promoção de experiências no âmbito da motricidade fina, ou da manipulação de objectos;
a concretização de situações que favorecem o jogo simbólico, ou a expressão e comunicação
através do próprio corpo;
a realização de situações de expressão plástica a duas dimensões;
a compreensão das canções, exploração das rimas e produção de diferentes formas de ritmo;
a criação de situações para fomentar a comunicação oral em diferentes contextos e com
diversos interlocutores, a exploração lúdica da linguagem, ou o gosto pelas palavras, pelos
sons e pelas relações entre grupos de palavras;
o recurso a diversas formas de exploração e descoberta de contos, histórias e lendas;
a exploração de situações e actividades relacionadas com a educação ambiental e a educação
para a saúde.
Menos frequentemente positivas, são de mencionar 30 a 40% de situações observadas como
predominantemente positivas, mas de mediana nível 2 – desempenho sem nenhuma distinção
especial:
a criação de situações de familiarização com o código escrito;
o contacto com diversos tipos de texto escrito;
a iniciação ao pensamento lógico-matemático, nomeadamente o que se refere à aprendiza-
gem de posições relativas à classificação, seriação e ordenação e ao desenvolvimento da no-
ção de tempo – ritmo e sucessões;
o desenvolvimento dos saberes sociais relacionados com o meio social próximo.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
47
4.1.2 Pontos fracos
O quadro 20 apresenta a tabela de frequências dos pontos fracos identificados na área de Edu-
cação, Ensino e Aprendizagem. Considera-se como pontos fracos os itens que apresentam me-
dianas de nível C.
QUADRO 20 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS18 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Área de expressão e comunicação expressão motora – adequação dos espaços
C
5,7
43,4
37,7
12,3
2. Área de conhecimento do mundo utilização de metodologia de projecto adequação de espaços, equipamentos e materiais
C
C
13,1
5,7
33,6
27,0
30,3
46,7
17,2
16,4
3. Avaliação do processo e resultados organização de registos de desenvolvimento de actividades organização de registos de desenvolvimento das crianças
C
C
5,0
6,6
36,4
31,1
42,1
37,7
8,3
19,7
Os pontos fracos identificados são, predominantemente, relativos aos campos de observação
área de expressão e comunicação, área de conhecimento do mundo e avaliação do processo
educativo e dos seus resultados. Referem-se, especificamente: à adequação de espaços para
realizar actividades de expressão motora; à utilização da metodologia de projecto e à adequação
de materiais na área de conhecimento do mundo. No que respeita à avaliação do processo e dos
seus resultados, refere-se a organização de registos de desenvolvimento e actividades das crian-
ças.
A análise dos subitens que operacionalizam os campos de observação/itens não permite identifi-
car nenhum que registe apreciações maioritariamente negativas (medianas de nível 1). Há, no
entanto, situações que registam desempenhos predominantemente negativos em mais de 20%
dos casos e que se referem quer ao processo educativo, quer à organização do próprio processo
educativo. São elas:
o desenvolvimento do sentido estético;
a construção e utilização de instrumentos musicais/fontes sonoras;
18 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
48
o recurso à observação, experimentação e pesquisa e ao desenvolvimento de projectos;
a organização de livros de registo dos projectos desenvolvidos, elaborados pelas crianças e
pelo educador;
a organização dos registos individuais de desenvolvimento das crianças;
a organização de registos sobre as informações prestadas às famílias.
É importante ainda mencionar outros aspectos ou subitens de mediana de nível 2, mas cujo
desempenho é assinalado como mais predominantemente negativo do que positivo nos campos
área de expressão e comunicação, área de conhecimento do mundo e apoios educativos, no-
meadamente:
a elaboração, por parte das crianças, de diferentes formas de registo escrito;
a resolução de problemas lógicos, quantitativos e espaciais;
a elaboração e utilização de diferentes formas de representação;
a construção de conceitos e sistematização do conhecimento;
a eficácia dos apoios educativos prestados a crianças com necessidades específicas.
Os campos referentes à organização e realização do apoio à família – almoços, serviço de trans-
portes e animação socioeducativa – parecem revelar um desempenho ou uma avaliação proble-
mática, dado registarem mais de metade de não-respostas, ou seja, não observado por não exis-
tir, atingindo nalguns casos valores superiores a 70%, nomeadamente no que se refere a serviço
de transportes. Relativamente à animação socioeducativa, mencionada em menos de 40% das
situações observadas, foram considerados desempenhos predominantemente positivos apenas
entre 15 e 18% dos casos observados, sendo de mencionar a referência negativa às condições
em que a mesma decorre.
O serviço de almoços, não observado em cerca de 34% dos JI, é mais frequentemente conside-
rado positivo – bom ou muito bom em mais de 50% dos casos observados.
4.2 1.º ciclo do ensino básico
A avaliação do processo de educação, ensino e aprendizagem no 1.º ciclo do ensino básico en-
globa as seguintes áreas-chave e campos de observação operacionalizados em 33 itens de de-
sempenho:
organização das aprendizagens: gestão do currículo, diversidade e adequação dos materiais
de ensino e de aprendizagem; funcionalidade e utilização dos cadernos e dossiês dos alunos;
realização de projectos;
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
49
desenvolvimento das actividades de ensino e aprendizagem: comunicação oral e escrita;
capacidade de raciocínio e comunicação; formas diversas de expressão; estudo do meio; ges-
tão do tempo das aprendizagens; trabalho cooperativo;
avaliação dos alunos: registo e tratamento da informação; participação dos diversos
intervenientes;
apoios educativos: gestão e eficácia.
Foram tratados os dados de 231 estabelecimentos que ministram o 1.º ciclo do ensino básico,
assim distribuídos por Direcção Regional de Educação e tipologia:
120 (52%) na Direcção Regional do Norte – EB1;
43 (19%) na Direcção Regional do Centro – EB1, EB1/JI, EBI, EB2,3;
20 (9%) na Direcção Regional de Lisboa – EB1, EBI/JI;
39 (17%) na Direcção Regional do Alentejo – EB1, EBI/JI;
9 (4%) na Direcção Regional do Algarve – EB1.
Destes estabelecimentos, 45 EB1 constituem unidades de gestão, quer como escolas singulares
(5 EB1 e 7 EB1/JI) quer como sede de Agrupamento (33 EB1), estando os restantes 186 estabele-
cimentos integrados em agrupamentos verticais e horizontais. Para além da observação ocasio-
nal da actividade que decorre no espaço aula, proporcionada pelas próprias características das
escolas do 1.º ciclo, foram realizadas observações sistemáticas do trabalho de ensino e de
aprendizagem, incidindo em diferentes actividades em diversas áreas curriculares, não podendo
contabilizar-se o tempo das observações em termos de aula.
4.2.1 Pontos fortes
O critério para a classificação de um item/campo de observação como ponto forte implica a
reunião de duas condições: apresentar mediana de nível B e registar, pelo menos, 25% de ava-
liações de nível A. Da aplicação deste critério aos campos de observação em análise decorre a
inexistência de qualquer ponto forte na área da educação, ensino e aprendizagem nos estabele-
cimentos do 1.º ciclo avaliados, o que significa que o número de situações de desempenho clas-
sificado de muito bom (nível A) é reduzido. Efectivamente, os três itens classificados de muito
bom com maior incidência, foram assinalados entre 15 e 19% de situações, sendo todos os ou-
tros itens assinalados de muito bom em muito menor proporção.
Em contrapartida, predominam as situações classificadas de correcto (avaliações de nível B) em
mais de 50% dos estabelecimentos observados e em quase todos os campos de observação e
itens de desempenho. Se não podem ser considerados pontos fortes, podem, pelo menos, ser
considerados pontos positivos no desempenho: os itens apresentam medianas B e o conjunto
Avaliação Integrada das Escolas
50
das classificações de nível A e B, muito correcto e correcto, totalizam percentagens de situações
boas, nalguns casos num número elevado de escolas, como se indica em parêntesis (%), sobre-
tudo no que se refere19:
a) a organização das aprendizagens, nas vertentes de articulação entre as áreas curriculares
(71%) e de diferenciação de estratégias (65%);
b) a elaboração de materiais de ensino e aprendizagem, em termos da respectiva diversidade
(57%) e adequação (79%);
c) a funcionalidade dos dossiês/cadernos diários dos alunos (87%);
d) a realização de projectos (55%);
e) o desenvolvimento das actividades de ensino e aprendizagem em grande parte dos campos
observados, mencionando especificamente:
o desenvolvimento da comunicação oral e escrita, em especial relativamente à realiza-
ção com regularidade no 4.º ano, por exemplo, de diferentes situações de desenvolvi-
mento da oralidade, utilizando diferentes contextos (78%), à produção de textos
escritos (72%) e às práticas de leitura diversificadas (72%);
o desenvolvimento das capacidades de raciocínio e comunicação, especificamente no
que respeita à metodologia utilizada na resolução de situações problemáticas aritméti-
cas e não aritméticas (64%);
o desenvolvimento de formas diversas de expressão no que toca a acções motoras bási-
cas – jogos e exercícios físicos (64%), ao domínio do corpo e da voz (53%) e à expressão
plástica (67%);
o estudo do meio e a aquisição de conhecimentos de forma activa (64%);
f) a gestão do tempo das aprendizagens, quer no que se refere à distribuição do tempo,
considerando os diferentes ritmos de aprendizagem (77%), quer na diversificação de
actividades para aquisição das competências básicas (66%) e ainda no recurso a tarefas
complementares da aprendizagem na escola e em casa (72%);
g) o trabalho cooperativo (67%);
h) certos aspectos do processo de avaliação dos alunos, quando se refere que os registos de
avaliação são utilizados para redefinir estratégias de adequação curricular (53%) e que a
linguagem utilizada para enviar a informação aos encarregados de educação é adequada
(85%). No que respeita à participação no processo avaliativo, refere-se que, em 62% das
situações, os diferentes intervenientes na avaliação participam essencialmente na
organização dos planos de recuperação.
19 Ver quadro 21.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
51
Em várias situações, a análise dos subitens que operacionalizam a apreciação dos itens torna
muito claro o sentido das apreciações feitas. São considerados desempenhos predominante-
mente positivos (medianas de nível 3) os seguintes:
nas actividades de desenvolvimento da oralidade: a utilização privilegiada de relatos e de
contos (47%), contra o uso de outras formas mais dinâmicas e motivantes como os debates e
as dramatizações, de realização predominantemente positiva apenas em 2 de cada 10 esco-
las;
na produção de textos escritos: a composição (72%) e a resposta a questionários (55%),
actividades que sobressaem relativamente a outros tipos mais funcionais de escrita como a
elaboração de avisos, escrita de cartas, preenchimento de formulários, legendagem de banda
desenhada, elaboração de resumos ou mesmo de instrumentos de consulta e de apoio, e que
são considerados muito correctamente desenvolvidos em menos de 2 escolas em 10;
na leitura de diferentes tipos de texto: o uso de textos informativos, narrativos, de descrição,
banda desenhada e poesia que integram geralmente os manuais (53%), em detrimento de
outros suportes informativos e recreativos como jornais, revistas, cartazes, anúncios, outros
manuais, muito bem utilizados apenas em menos de 3 em cada 10 escolas;
nas metodologias de trabalho: o recurso às experiências pessoais dos alunos e o contacto
com o meio (56 e 49%, respectivamente), em detrimento da pesquisa e da experimentação,
que são referidas como positivamente realizadas em 23 e 15%, respectivamente, das situa-
ções observadas;
na realização de tarefas complementares da aprendizagem na escola ou em casa e sua
utilização como estratégia de sistematização de conhecimentos (58%).
QUADRO N.º 21 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: EDUCAÇÃO – 1.º CICLO
PONTOS POSITIVOS20 – TABELA DE FREQUÊNCIAS21 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Organização das aprendizagens articulação entre áreas curriculares diferenciação de estratégias
B B
11,3 13,0
59,7 55,4
28,6 28,6
1,3 0,9
2. Elaboração de materiais de ensino e aprendizagem diversidade adequação
B B
8,7 15,6
48,1 63,6
42,0 20,3
1,3 0,4
3. Funcionalidade dos dossiês/cadernos diários dos alunos
B
13,4
67,5
17,7
1,3
20 Considera-se como pontos positivos, e não fortes, os itens que apresentam medianas de nível B, mas que
cumulativamente não atingem 25% de classificações de nível A. 21 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
52
QUADRO N.º 21 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: EDUCAÇÃO – 1.º CICLO (CONT.)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
4. Realização de projectos B 16,5 46,8 24,7 2,6
5. Desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem desenvolvimento da oralidade produção de textos escritos práticas de leitura diversificadas resolução de situações problemáticas aritméticas e não aritméticas formas de expressão • acções motoras básicas • domínio do corpo e da voz • expressão plástica estudo do meio e aquisição de conhecimentos de forma activa
B B B
B
B B B
B
11,7 8,7
15,2
6,9
11,7 8,7
10,4
11,7
55,4 63,6 57,1
58,0
53,2 44,6 56,3
52,8
22,9 26,0 25,1
32,9
28,1 35,5 27,7
32,9
3,0 0,4 2,2
2,2
3,5 4,3 2,6
0,9
6. Gestão do tempo ritmos de aprendizagem diversificação de actividades tarefas complementares
B B B
13,4 13,4 10,8
63,6 52,8 61,5
20,8 32,5 25,1
1,7 0,4 0,4
7. Trabalho cooperativo participação autónoma cumprimento de regras
B B
13,9 19,5
50,6 68,0
32,5 10,4
0,4 0,9
8. Avaliação de alunos uso para redefinição de estratégias linguagem de informação adequada colegialidade nas decisões participação nos planos de recuperação individual
B B B
B
6,5
11,7 8,2
6,5
46,8 73,6 46,3
55,0
40,3 12,1 29,9
17,7
3,9 2,6 9,1
1,7
4.2.2 Pontos fracos
O quadro 22 apresenta a tabela de frequências dos pontos fracos identificados na avaliação dos
estabelecimentos que ministram o 1.º ciclo.
São considerados pontos fracos os itens com medianas de nível C, o que significa que pelo me-
nos 50% das situações foram consideradas apenas aceitáveis.
QUADRO 22 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS22 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Gestão do currículo previsão de formas de avaliação
C
5,6
33,3
46,8
13,4
2. Estudo do meio técnicas de tratamento de dados
C
7,4
32,9
41,6
11,3
3. Avaliação dos alunos meios diversificados adequação de medidas conducentes à participação dos pais
C
C
6,1
4,8
39,4
40,7
48,9
35,5
5,2
10,4
22 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
53
Combinados os critérios que definem um item como ponto fraco, identificam-se quatro itens
nessas condições:
a) a previsão de formas e modalidades de avaliação incluídas no planeamento da organização
das aprendizagens e no que diz respeito à gestão do currículo;
b) recurso a técnicas simples de tratamento dos dados para a sistematização de conhecimen-
tos, na área de estudo do meio;
c) o recurso a meios de avaliação diversificados, na área específica das práticas de avaliação;
d) a adequação de medidas tomadas pela escola conducentes à participação dos pais, no que
se refere à participação dos diferentes intervenientes no processo avaliativo.
Uma análise dos subitens, que operacionalizam os itens, não permite a identificação de qualquer
desempenho predominantemente negativo (mediana de nível 1). Todavia, são assinalados
subitens com desempenho sem distinção especial e/ou predominantemente negativo num nú-
mero muito elevado de situações, nomeadamente os que se referem:
a) no campo do desenvolvimento da comunicação oral, à realização das actividades de debate
e de dramatizações (7 em 10 escolas);
b) na produção de textos escritos, sobretudo à elaboração de avisos, cartas, formulários,
legendas e banda desenhada (8 em 10 escolas), e à elaboração de instrumentos de consulta
e apoio.
São ainda de mencionar neste grupo de itens de desempenho sem distinção especial ou nega-
tivo, os que, no âmbito das actividades de desenvolvimento das capacidades de raciocínio ma-
temático, se referem à recolha e organização de dados, recorrendo a diferentes tipos de repre-
sentação e ao uso de estimativas em situações de cálculo ou medida (7 a 8 em cada 10 escolas).
4.3 Ensino básico – 2.º e/ou 3.º ciclos
A avaliação do processo de educação, ensino e aprendizagem no 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino
básico engloba as seguintes áreas-chave e campos de observação, operacionalizados em 28 itens
de desempenho:
organização das aprendizagens: gestão do currículo; materiais de aprendizagem; actividades
de aprendizagem individual; utilização dos cadernos/dossiês dos alunos;
prática lectiva: componente pedagógica ou organização e realização do trabalho em sala de
aula; componente das competências sociais;
avaliação dos alunos: registo e tratamento da informação do processo educativo; análise do
sucesso escolar; participação dos diferentes intervenientes no processo de avaliação;
Avaliação Integrada das Escolas
54
apoios educativos: modalidades de apoio; actividades de orientação educativa.
Foram tratados os dados de 90 estabelecimentos de diferentes tipologias que ministram o en-
sino básico, 2.º e/ou 3.º ciclos, aos quais foi aplicado o mesmo Roteiro de Avaliação.
A sua distribuição por Direcção Regional de Educação e tipologia é a seguinte:
40 (44%) na Direcção Regional do Norte – EB2, EB2,3, EB2,3/S, ES/3;
15 (17%) na Direcção Regional do Centro – EBI, EB2, EB2,3, EB2,3/S, ES/3;
23 (26%) na Direcção Regional de Lisboa – EB2,3, ES/3;
9 (10%) na Direcção Regional do Alentejo – EBI, EBI/JI, EB2,3;
3 (3%) na Direcção Regional do Algarve – EB2,3.
Todas estas escolas constituíam unidades de gestão, quer como escolas singulares, quer como
sede de agrupamento.
Tendo em conta o estabelecido no documento Avaliação Integrada das Escolas, Apresentação e
Procedimentos, “o número de aulas a observar, bem como a duração do processo de avaliação,
dependem da dimensão da escola ou do agrupamento e do nível de ensino, situando-se sempre
dentro de um limite mínimo e máximo de 20 a 35 aulas. Cada professor não deve ser observado
durante mais do que uma aula” (p. 40).
Por essa razão, o desenvolvimento do processo de avaliação implicou a observação de, pelo
menos, 1800 aulas.
4.3.1 Pontos fortes
O quadro 23 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos com o 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino básico permite identificar, em termos de processo
de educação, ensino e aprendizagem.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
55
A itálico, especificam-se os subitens que, tendo operacionalizado itens identificados como
pontos fortes, registam também desempenhos predominantemente positivos (medianas de nível
3).
QUADRO 23 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: 2.º E/OU 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS23 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1 Prática lectiva 1.1 Componente pedagógica desenvolvimento de competências, capacidades e atitudes • competências • capacidades
B 3 3
26,7 61,1 52,2
52,2
20,0
–
2,2 –
1.2 Componente das competências sociais postura dos alunos na sala de aula • à-vontade, correcção • comportamento disciplinado • atitude positiva face ao
trabalho
B 3 3
3
28,9 68,9 64,4
51,1
53,3
16,7
1,1 2,2 3,3
2,2
2. Avaliação dos alunos colegialidade • a nível do conselho de turma,
nas tomadas de decisão relativamente a progressão/retenção
adequação da linguagem da informação • aos alunos
B 3
B 3
37,8
66,7
27,8 60,0
44,4
46,7
15,6
24,4
–
–
1,1 1,1
3. Apoios educativos / Orientação educativa acções desenvolvidas pelo psicólogo ou SPO
B
27,8
27,8
8,9
–
Registam-se pontos fortes – itens observados com medianas de nível B e pelo menos 25% de
avaliações de nível A – em três dos quatro campos observados, respectivamente na prática
lectiva, na avaliação e nos apoios educativos.
No campo de observação prática lectiva, especificamente na componente pedagógica, a maioria
das escolas (79%) realiza com muita correcção ou correcção o que se relaciona com o desenvol-
vimento de competências, capacidades e atitudes, um dos cinco itens abrangidos neste campo24.
No que diz respeito à componente das competências sociais, 82% dos estabelecimentos de en-
sino apresentam um desempenho muito correcto ou correcto, destacando-se o à-vontade dos
alunos, a disciplina e a atitude positiva face ao trabalho.
23 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas. 24 Os restantes itens são: adequação dos diferentes tipos de comunicação ao processo de ensino e aprendizagem; a
gestão do tempo; as estratégias de diferenciação pedagógica e a relação pedagógica.
Avaliação Integrada das Escolas
56
Relativamente ao campo avaliação dos alunos, a participação dos diferentes intervenientes no
processo é considerada muito correcta ou correcta (82%) no que se refere à colegialidade a nível
dos conselhos de turma na tomada de decisões relativas à progressão/retenção dos alunos e aos
planos de recuperação dos alunos com dificuldades de aprendizagem. No que se refere à infor-
mação sobre o progresso dos alunos considera-se muito correcta ou correcta a linguagem utili-
zada (75%), em especial na informação que se destina aos alunos.
No campo dos apoios educativos, o trabalho de orientação educativa do Serviço de Psicologia e
Orientação (SPO) é igualmente considerado muito correcto ou correcto (56%), sendo de assina-
lar 36% de não-respostas, o que significa situações não observadas por não existirem.
Para além destes pontos fortes, podem ainda ser considerados desempenhos positivos os itens
que, apresentando mediana B, não cumprem cumulativamente uma percentagem de de-
sempenhos de nível A (muito correcto) ao nível de 25%, mas totalizam percentagens elevadas,
acima de 65/70%, no conjunto das classificações de muito correcto e correcto (níveis A e B). É o
que se refere especificamente aos seguintes campos de observação, itens e subitens:
Organização das aprendizagens
A diversidade dos materiais de aprendizagem e a sua apresentação gráfica, bem
conseguida, respectivamente em 70% e 81% das escolas observadas, embora a
sua finalidade educativa e adequação aos níveis da aprendizagem não mereça
menção de qualidade especial em mais de 50% dos casos observados.
As actividades complementares de aprendizagem individual a realizar na escola ou
em casa, utilizadas mais como estratégia de reforço (77%) do que de enriqueci-
mento, sendo regularmente verificadas e corrigidas (76%).
Os cadernos dos alunos, dossiês ou pastas de trabalho são bem utilizados em 83%
das situações, enquanto suporte do registo das actividades, nomeadamente na
sistematização dos conteúdos trabalhados.
Prática lectiva
Componente pedagógica
A adequação dos diferentes tipos de comunicação no processo de ensino e
aprendizagem (84% de situações genericamente correctas ou muito correctas),
com destaque para a frequência e a qualidade predominantemente positiva com
que é utilizada a exposição (62%) e a pergunta/resposta (68%), sobre os outros ti-
pos de comunicação observados.
A gestão do tempo correctamente feita (85%), sendo sobretudo bem equilibrada
a distribuição do tempo para intervenções e actividades dos alunos e o tempo uti-
lizado pelos professores.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
57
A atenção ao desenvolvimento de competências, capacidades e atitudes (79%),
evidenciando a orientação ou o propósito da actividade lectiva, ainda que os três
aspectos referidos sejam realizados com níveis de correcção muito diferentes
(desde 61% de desempenhos predominantemente positivos no desenvolvimento
das competências a 38% no desenvolvimento das atitudes).
O uso de estratégias de diferenciação pedagógica (65%), sobretudo no que se re-
fere à prestação de apoio individualizado.
A relação pedagógica, muito correcta ou correcta em 80% das situações observa-
das.
Avaliação
No que se refere à organização da informação relativa ao progresso e sucesso dos
alunos verifica-se que existem registos sistemáticos correctamente feitos em ape-
nas 60% dos casos observados.
Apoios educativos
Os apoios, nas suas diferentes modalidades são adequados às necessidades dos
alunos em 66% das situações, considerando as dificuldades identificadas.
4.3.2 Pontos fracos
O quadro 24 apresenta a tabela de frequências dos pontos fracos identificados na avaliação dos
estabelecimentos com o 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino básico.
QUADRO 24 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: ENSINO BÁSICO, 2.º E/OU 3.º CICLOS
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS25 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Gestão do currículo articulação curricular
C
4,4
22,2
56,7
16,7
2. Cadernos e dossiês dos alunos informação aos encarregados de educação
C
7,8
28,9
37,8
22,2
3. Avaliação/Análise do sucesso uso da informação para adopção de novas estratégias reflexão sobre os dados recolhidos envolvimento dos encarregados de educação nas tomadas de decisão
C
C
C
8,9
6,7
12,2
33,3
42,2
34,4
51,1
50,0
41,1
6,7
1,1
8,9
4. Apoios educativos eficácia
C
7,9
29,2
42,7
12,4
25 Nem sempre a soma totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
58
Pela aplicação dos critérios que definem um ponto fraco (itens com medianas de nível C), identi-
ficam-se como situações de maior fragilidade as que, no campo da organização das aprendiza-
gens, se referem à gestão do currículo, nomeadamente aos itens: articulação curricular – item
que 7 escolas em cada 10 mostram dificuldade na sua realização correcta, tal como têm dificul-
dade na concepção de estratégias de ensino diferenciado, tendo em conta as aprendizagens
anteriores e os ritmos de aprendizagem; no planeamento de modalidades de avaliação das
aprendizagens – 5 escolas em cada 10 não o fazem com correcção. Assinale-se, por contraste,
que apenas 1 escola em cada 10 faz esse planeamento com muita correcção.
No campo da realização do ensino e da aprendizagem, ou prática lectiva, merece atenção o
pouco uso que é feito da informação sobre o sucesso dos alunos, na medida em que 5 escolas
em 10 promovem alguma reflexão sobre esta informação, mas usam-na com pouca correcção
para adoptar estratégias de diferenciação pedagógica ou para adequação curricular ao contexto
das turmas, envolvendo pouco os encarregados de educação na tomada de decisão.
Na organização dos apoios aos alunos com dificuldades de aprendizagem, é deficiente a articu-
lação dos diferentes intervenientes neste processo, bem como o controlo da sua eficácia.
É de referir que, não obstante os pontos fracos identificados, nenhum dos subitens que os ope-
racionalizam registam comportamentos predominantemente negativos (medianas de nível 1).
São, porém, encontradas apreciações predominantemente negativas (classificações de nível 1),
em mais de 20% das situações observadas, nomeadamente:
na articulação curricular, quer no que se refere às diferentes disciplinas/áreas disciplinares ou
à transversalidade da língua portuguesa;
no uso dos cadernos/dossiês dos alunos como veículo de informação rápida aos encarrega-
dos de educação, sobre processos de ensino e progressos/dificuldades dos educandos;
no uso da informação recolhida com vista à adopção de estratégias de diferenciação;
na análise do sucesso, no que concerne à diferença dos resultados entre a avaliação contínua
e as provas globais, as taxas de abandono e de tranferência;
na articulação entre os docentes que prestam apoio educativo, especificamente na avaliação,
tendo em vista um eventual reajustamento da acção educativa;
no controlo da eficácia destes apoios;
na reflexão sobre os dados recolhidos e na tomada de decisões com vista à auto-avaliação da
escola.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
59
4.4 Ensino Secundário
A avaliação do processo de educação, ensino e aprendizagem no ensino secundário engloba as
seguintes áreas-chave e campos de observação, operacionalizados num total de 26 itens de de-
sempenho:
organização das aprendizagens: gestão do currículo; materiais de aprendizagem; actividades
de aprendizagem individual; utilização dos cadernos/dossiês dos alunos;
prática lectiva: componente pedagógica ou organização e realização do trabalho em sala de
aula; componente das competências sociais;
avaliação dos alunos: registo e tratamento da informação do processo educativo; análise do
sucesso escolar; participação dos diferentes intervenientes no processo de avaliação;
apoios educativos: modalidades de apoio; actividades de orientação educativa.
Foram tratados os dados de 51 estabelecimentos que ministram o ensino secundário, assim
distribuídos por Direcção Regional de Educação e tipologia:
25 (49%) na Direcção Regional do Norte – EB2,3/S; ES; ES/3;
8 (16%) na Direcção Regional do Centro – EBI; EB2,3/S; ES; ES/3;
13 (26%) na Direcção Regional de Lisboa – ES; ES/3;
3 (6%) na Direcção Regional do Alentejo – ES/3;
2 (4%) na Direcção Regional do Algarve – ES.
Todas estas escolas constituem unidades de gestão, das quais 3 são sede de agrupamento.
Tendo em conta o estabelecido no documento Avaliação Integrada das Escolas, Apresentação e
Procedimentos, “o número de aulas a observar, bem como a duração do processo de avaliação,
dependem da dimensão da escola ou do agrupamento e do nível de ensino, situando-se sempre
dentro de um limite mínimo e máximo de 20 a 35 aulas respectivamente. Cada professor não
deve ser observado durante mais do que uma aula” (p. 40).
Por esta razão, o desenvolvimento do processo de avaliação implicou a observação de, pelo me-
nos, 1020 aulas e professores.
Avaliação Integrada das Escolas
60
4.4.1 Pontos fortes
O quadro 25 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos de ensino secundário permite identificar, em termos de processo de educação, ensino
e aprendizagem. A itálico, são identificados os subitens que operacionalizam os pontos fortes e
que registam medianas de nível 3 (desempenhos predominantemente positivos) em pelo menos
metade dos casos observados.
QUADRO 25 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: ENSINO SECUNDÁRIO
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS26
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Prática lectiva componente pedagógica relação pedagógica • participação dos alunos competências sociais: postura dos alunos na sala de aula • à vontade, correcção • disciplina
B 3
B 3 3
25,5 54,9
41,2 94,1 88,2
60,8
58,8
13,7 –
– – – – –
2. Apoios educativos orientação educativa • aconselhamento psicossocial • informação sobre acesso ao
ensino superior e saídas profissionais
• divulgação das acções
B 3 3 3
30,0 52,9
54,9 52,9
38,0
6,0
–
2,0 –
5,9
Registam-se pontos fortes – itens observados com medianas de nível B e pelo menos 25% de
avaliações de nível A – em dois dos quatro campos observados, nomeadamente na prática
lectiva e na orientação educativa.
No campo de observação relativo à prática lectiva, especificamente no que se refere à compo-
nente pedagógica e à componente das competências sociais, a maioria das escolas tem um de-
sempenho bom ou muito bom na relação pedagógica/clima de trabalho, um dos cinco itens
abrangidos neste campo, bem como na postura dos alunos na sala de aula – itens do âmbito
relacional –, sobretudo no que concerne à participação dos alunos e ao seu comportamento
disciplinado, com à vontade e correcção (neste caso verificada a correcção em todas as escolas).
O outro ponto forte identificado – com 68% de avaliações de nível A e B, mas não observado
em cerca de 28% das situações – refere-se às acções de orientação educativa desenvolvidas pelo
Serviço de Psicologia e Orientação, SPO, no que se relaciona, nomeadamente, com o acom-
panhamento psicossocial dos jovens, com o seu aconselhamento sobre saídas em termos de
26 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
61
prosseguimento de estudos ou entrada no mercado de trabalho e com a divulgação das acções
realizadas por este serviço.
Avaliações maioritariamente positivas (referentes a itens com medianas de nível B e subitens
com medianas de nível 3) encontram-se, ainda, em outros aspectos destes campos, especifica-
mente os itens e subitens relativos à:
organização e realização do ensino e das aprendizagens:
produção e utilização de materiais de aprendizagem, sobretudo no que se refere à
sua apresentação, inteligibilidade (84%) e diversidade (65%);
actividades de pesquisa, especificamente na sua utilização estratégica (66%) e na
sua verificação e correcção (69%), observando-se o mesmo em relação aos tra-
balhos de casa, predominantemente bem verificados e corrigidos, observado em 6
de cada 10 escolas;
utilização dos cadernos e dossiês dos alunos, sobretudo para registo das activida-
des;
componente pedagógica da prática lectiva:
adequação dos tipos de comunicação (80%), com privilégio para o tipo exposição
e pergunta-resposta;
equilíbrio na gestão do tempo (82%), sobretudo no que se refere ao tempo dedi-
cado às actividades centradas no professor;
preocupação com a adequação das actividades ao desenvolvimento de competên-
cias (80%) e, com menor relevância, ao desenvolvimento de capacidades e atitu-
des.
4.4.2 Pontos fracos
Os principais pontos fracos das escolas avaliadas encontram-se na organização do ensino e das
aprendizagens, no campo de observação da gestão do currículo, e na realização do ensino e das
aprendizagens, nomeadamente nos campos da avaliação dos alunos e dos apoios educativos.
Avaliação Integrada das Escolas
62
O quadro 26 apresenta a tabela de frequências dos pontos fracos identificados. A itálico, apre-
sentam-se os subitens que os operacionalizam e que registam desempenhos predominante-
mente negativos em, pelo menos, metade das situações observadas, medianas de nível 1.
QUADRO 26 – EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM: ENSINO SECUNDÁRIO
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS27
Campo de observação, item e subitem Níveis
Mediana A 3
B C D 1
1. Organização das aprendizagens articulação curricular, considerando: • outras disciplinas/áreas disciplinares
C 1
2,0 2,0
13,7
60,8
23,5 56,9
2. Prática lectiva utilização da avaliação para superar deficiências
C
5,9
41,2
37,3
5,9
3. Avaliação dos alunos uso da informação modalidades de análise reflexão sobre os dados
C C C
5,9 11,8 5,9
27,5 27,5 35,3
60,8 54,9 56,9
5,9 5,9 2,0
4. Apoios educativos articulação eficácia
C C
7,8 5,9
31,4 23,5
49,0 51,0
7,8 9,8
Da aplicação dos critérios que definem um ponto fraco, identificam-se como situações de de-
sempenho deficitário num número elevado de escolas observadas, as que, na área da organiza-
ção das aprendizagens, se referem à gestão curricular (8 a 9 escolas em cada 10 não o faz com
correcção). Tendo em conta as diferentes disciplinas ou áreas disciplinares, 6 escolas em cada 10
fazem-no de maneira predominantemente negativa, tal como no que se refere às questões da
transversalidade da língua portuguesa, onde apenas 1 em cada 10 escolas é referida como
tendo um desempenho predominantemente positivo.
Na área da realização das aprendizagens, no campo da prática lectiva, é considerado fraco o
modo como a avaliação é utilizada, nomeadamente para superar deficiências de aprendizagem.
Em consonância, as práticas de avaliação constituem pontos débeis do desempenho: 6 escolas
em cada 10 não têm organizados de forma completa os registos sistemáticos sobre o progresso
dos alunos – 35% das escolas observadas fazem-no bem no que se refere aos registos sobre
aquisição de conhecimentos, mas apenas 10% o faz relativamente ao desenvolvimento de atitu-
des e valores.
27 Nem sempre a soma totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
63
A utilização da informação de avaliação constitui um ponto fraco, não sendo suficientemente
utilizada para o desenvolvimento de estratégias de diferenciação ou para explicitação de ex-
pectativas elevadas relativamente ao êxito dos alunos. Efectivamente, a análise do sucesso é
bem conduzida em menos de 40% de escolas, sendo que a reflexão que é feita tem como finali-
dade tomar decisões relativamente aos apoios a prestar aos alunos. Todavia, considera-se insufi-
ciente: a adequação das modalidades dos apoios às necessidades dos alunos (5 em 10 escolas),
a articulação entre docentes que prestam apoios e professores das respectivas turmas, com vista
à avaliação do progresso dos alunos e eventuais reajustamentos (6 escolas em cada 10 revelam
fraca articulação) e a atenção à eficácia dos mesmos (7 escolas em 10 não controlam a eficácia),
quer considerando o progresso realizado na superação das dificuldades, quer conhecendo a taxa
de sucesso destes alunos.
4.5 Síntese
Jardins de infância
A avaliação integrada dos jardins de infância permite registar a ocorrência de situações de cor-
recção ou muita correcção na maior parte do que foi considerado no âmbito dos campos: orga-
nização do ambiente educativo e realização do trabalho educativo e das aprendizagens.
No entanto, há aspectos menos conseguidos que normalmente se relacionam com os itens e
subitens relativos ao desenvolvimento das crianças com vista a realizar as condições favoráveis
para cada criança iniciar a escolaridade formal com possibilidades de sucesso, de acordo com o
referido nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Referem-se normalmente a
tipos de actividades mais inovadoras e mais estimulantes de desenvolvimento infantil, dificulta-
das pela falta de materiais educativos adequados e em número suficiente, bem como pela falta
de espaços apropriados.
Constituem ainda áreas de desempenho menos conseguidas as que se referem à organização
sistemática de registos escritos sobre o desenvolvimento das crianças, de modo a permitir a
avaliação de processos educativos e dos seus resultados, ou a permitir o acesso de terceiros a
essa informação, quer se trate das famílias, de outros educadores e professores que dêem conti-
nuidade ao trabalho educativo, ou de responsáveis do agrupamento em que os JI se encontram
inseridos.
Por fim, importa referir que os apoios às famílias, quer em termos de organização, quer em ter-
mos de eficácia, parecem constituir um campo onde o desempenho é mais desigual: ou não
foram observados por não existirem – o caso de mais de metade das situações – ou existindo,
não se realiza sempre de forma predominantemente positiva.
Avaliação Integrada das Escolas
64
1.º ciclo do ensino básico
A avaliação integrada dos estabelecimentos que ministram o 1.º ciclo do ensino básico permite
registar desempenhos correctos num elevado número de situações observadas e na maior parte
dos campos considerados: na organização das aprendizagens, no desenvolvimento das activida-
des e na avaliação dos alunos. Porém, nenhum campo de observação nem item de desempenho
reúnem o conjunto de observações que respondam ao critério estabelecido para a definição de
pontos fortes.
A análise dos itens e subitens que operacionalizam os campos acima mencionados mostra que
os níveis mais elevados de desempenho positivo (situações classificadas de muito correcto ou
correcto) são observados:
nos aspectos instrumentais da organização das aprendizagens;
no desenvolvimento das actividades de aprendizagem que têm um enfoque predominante-
mente académico, em especial na área de estudo da língua portuguesa, e, com menor inci-
dência, nas actividades de desenvolvimento do raciocínio matemático;
na gestão do tempo, de acordo com os diferentes ritmos de aprendizagem, e recorrendo a
tarefas complementares de aprendizagem na escola ou em casa.
Sobressaem quatro pontos fracos específicos, relacionados com a gestão do currículo e a avalia-
ção dos alunos e, de um modo geral, são menos conseguidas as actividades de ensino e de
aprendizagem menos escolares, no sentido de menos tradicionais, mas mais estimulantes do
desenvolvimento e da aprendizagem, no campo das aprendizagens académicas e não académi-
cas, bem como o uso da informação de avaliação dos alunos para redefinir estratégias de ade-
quação curricular ao contexto da turma.
Na organização dos apoios educativos apresenta-se como menos correctamente realizado o que
se refere à intervenção articulada dos vários agentes e à eficácia dos apoios na recuperação dos
alunos.
2.º e 3.º ciclos do ensino básico
A apreciação do desempenho das escolas que ministram o 2.º e 3.º ciclos permite identificar a
ocorrência de situações de elevada correcção, ou pontos fortes, num número muito reduzido de
campos de observação e itens de desempenho, cuja incidência recai mais nos aspectos relacio-
nais da vida escolar, do que nos académicos. Nos itens que se referem à actividade académica
são mais valorizados os aspectos formais – a postura dos alunos na aula, a colegialidade das
decisões do conselho de turma, a adequação da linguagem nas informações escritas aos alunos
– do que os substantivos, cuja apreciação predominante apenas permite identificar correcção
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
65
num número pouco significativo de escolas e aulas observadas, mas não identifica ocorrências
de muita correcção em número suficientemente significativo de casos.
Identificam-se pontos fracos em dois grandes campos, essenciais no processo de aprendizagem:
a gestão do currículo e a avaliação dos alunos.
A gestão do currículo é classificada predominantemente como aceitável ou mesmo deficiente,
não só no que se refere à articulação entre docentes e à transversalidade da língua portuguesa,
mas também no conjunto de questões que se relacionam com a adequação do ensino aos
ritmos dos alunos e às suas aprendizagens anteriores, e com a avaliação formativa que conduza
à diferenciação pedagógica.
As actividades de avaliação são, no seu conjunto, apreciadas como ponto fraco num número
muito elevado de escolas, quer no modo como são programadas e concebidas, quer no modo
como a informação dos resultados dos alunos é analisada e utilizada no reajustamento do en-
sino, quer ainda no modo como os encarregados de educação são envolvidos nas decisões de
retenção/progressão.
Os apoios educativos, sendo muitas vezes considerados adequados às necessidades dos alunos,
são todavia pouco monitorizados, pelo que a sua eficácia não é assegurada num grande nú-
mero de casos.
Ensino secundário
A avaliação integrada dos estabelecimentos que ministram o ensino secundário permite inferir a
ocorrência de situações de elevada correcção numa parte muito restrita dos campos considera-
dos, nomeadamente na relação pedagógica, no desenvolvimento de competências sociais e na
orientação educativa.
Há diversos aspectos predominantemente menos conseguidos, mas ainda positivos: referem-se à
organização ou planeamento das actividades de ensino e de aprendizagem – e incluem a gestão
do currículo, a selecção dos materiais de ensino e a sua utilização –; à organização estratégica
de trabalhos de pesquisa a realizar dentro ou fora da sala de aula e, na prática lectiva, à comu-
nicação em sala de aula, sendo a exposição e a pergunta/resposta as modalidades de comunica-
ção mais frequentes.
São considerados pontos fracos a articulação curricular e as actividades que, na prática lectiva,
se referem à diferenciação pedagógica, à avaliação e à utilização desta como estratégia de cor-
recção.
Todas as actividades relacionadas com o desenvolvimento do processo avaliativo – registos de
informação, procedimentos internos de análise e de reflexão sobre os resultados da avaliação
para correcção das práticas lectivas – são deficitárias no conjunto das escolas.
Avaliação Integrada das Escolas
66
No que se refere aos apoios educativos para os alunos com dificuldades, quer as modalidades de
apoios oferecidos, quer a articulação entre docentes na avaliação do progresso dos alunos, quer
os reajustamentos necessários e o controlo da eficácia dos apoios, são considerados pontos
predominantemente negativos num número muito elevado de escolas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
67
C A P Í T U L O 5 — D E S E M P E N H O N A D I M E N S Ã O C L I M A E A M B I E N T E E D U C A T I V O S
Na apresentação dos resultados da avaliação na dimensão Clima e Ambiente Educativos na edu-
cação pré-escolar, no 1.º ciclo do ensino básico, no 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino básico e no
ensino secundário, procura identificar-se os pontos fortes e fracos observados, bem como os
principais aspectos positivos e negativos encontrados.
A metodologia seguida para análise dos dados é igual à que foi seguida no capítulo anterior
para identificação de pontos fortes, pontos positivos e pontos fracos.
Assim, consideram-se pontos fortes os itens que, cumulativamente, obtêm 25% de classificações
de nível A, muito correcto, e mais de metade de observações classificadas de correcto – mediana
de nível B.
São aspectos positivos os itens que apresentam medianas de nível B e cujas classificações totali-
zam percentagens consideráveis de “muito correcto” e “correcto” (níveis A e B), embora não
satisfaçam os critérios de “ponto forte”, ou apresentem subitens classificados de desempenho
predominantemente positivo em pelo menos 50% de situações (mediana de nível 3).
São pontos fracos os itens que, em pelo menos metade das situações, foram classificados de
aceitável e não aceitável – medianas de nível C.
São ainda identificados os itens cuja apreciação é de nível D – não aceitável – em mais de 10%
de situações.
5.1 Educação pré-escolar
A avaliação do Clima e Ambiente Educativos nos estabelecimentos de educação pré-escolar
compreende quatro áreas-chave – relacionamento interpessoal; atitudes dos actores escolares;
sistemas de informação e comunicação e interacção com o meio, a que correspondem os se-
guintes campos, operacionalizados em 19 itens de desempenho:
integração das crianças: acolhimento no jardim de infância; clima de relação; sentido de
pertença e de motivação;
atitudes dos actores escolares: satisfação e realização pessoal e profissional dos adultos;
coesão dos adultos; mobilização e implicação do corpo docente; apoio mútuo; envolvimento
dos não docentes;
Avaliação Integrada das Escolas
68
sistemas de informação e comunicação: modalidades; conteúdos; eficácia;
interacção com o meio: participação e envolvimento dos pais e encarregados de educação,
membros da comunidade e autarquia; articulação com outras escolas e/ou jardins de infân-
cia;
continuidade educativa: papel dos pais no acompanhamento da transição das crianças para o
1.º CEB; cooperação com o 1.º CEB no planeamento, na acção e na avaliação.
Estes cinco campos foram considerados como expressivos de um clima e ambiente educativos
positivos, quando alvo de uma acção deliberada, ou intencionalmente desencadeada.
São tratados os dados da observação de 122 jardins de infância associados ou integrados em
escolas básicas ou, na sua larga maioria, fazendo parte de agrupamentos horizontais ou verti-
cais.
5.1.1 Pontos fortes
O quadro 27 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos de educação pré-escolar permite identificar, em termos de clima e ambiente educati-
vos. Considera-se pontos fortes os itens que apresentam medianas de nível B e, cumulativa-
mente, pelo menos 25% de avaliações de nível A.
A itálico, são referenciados os subitens que operacionalizam os itens e que obtiveram medianas
de nível 3, ou seja, apreciações predominantemente positivas em, pelo menos, metade dos
jardins de infância observados.
QUADRO 27 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS28 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Integração das crianças atenção individualizada • convivência amigável • respeito pelos outros • valorização de culturas e
saberes relação entre as crianças • saber estar em grupo
B 3 3 3 B 3
41,8 86,9 78,7
55,7 29,5 65,6
54,9
57,4
3,3
13,1
– – – – –
0,8
2. Atitudes dos actores satisfação pessoal e profissional dos adultos
B
27,0
63,1
8,2
1,6
3. Interacção com o meio acolhimento individual às famílias
B
36,9
50,0
12,3
–
28 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
69
Registam-se pontos fortes em três dos cinco campos de observação: integração das crianças no
jardim de infância, atitudes dos actores e interacção com o meio.
Dois dos três itens que operacionalizam o campo integração das crianças no jardim de infância,
constituem pontos fortes, nomeadamente, o acolhimento e a atenção individualizada prestada
às crianças, bem como o clima de relação e comunicação entre as crianças, que apresentam
menções de muito correcto e correcto em respectivamente 87 e 96% das situações observadas.
O terceiro item deste campo refere-se ao desenvolvimento do sentido de pertença e de motiva-
ção nas crianças. Não sendo considerado um ponto forte, é apreciado como de desempenho
muito correcto ou correcto em 65% das situações observadas, o que leva a poder considerá-lo
como aspecto positivo neste campo de observação.
No campo de observação atitudes dos actores face aos jardins de infância apresenta-se como
ponto forte a satisfação pessoal e profissional dos adultos em 90% dos casos observados. Os
outros cincos itens, não sendo apresentados como pontos fortes, apresentam mediana B e, em
mais de metade das situações observadas, as apreciações de desempenho muito correcto e cor-
recto são referidas, nomeadamente no que respeita a:
coesão dos adultos (76%);
mobilização do corpo docente para projectos de dinamização pedagógica (64%);
implicação do corpo docente na resolução de problemas no âmbito do ensino e da
aprendizagem (59%), o apoio mútuo e a capacidade de envolvimento dos docentes no con-
selho de docentes.
No campo interacção com o meio, é possível identificar um ponto forte no que se refere ao
acolhimento individual feito às famílias, considerado muito correcto ou correcto em cerca de 9
de cada 10 jardins de infância.
Registam-se, além disso, os seguintes subitens de apreciação predominantemente positiva em
pelo menos metade dos jardins de infância (mediana de nível 3):
participação das crianças na organização, embelezamento e preservação dos espaços, en-
quanto expressão do desenvolvimento do sentido de pertença e de motivação das crianças;
trabalho de equipa realizado entre os educadores de infância e os auxiliares de acção educa-
tiva, como especificação da coesão entre adultos;
uso das reuniões e atendimento pessoal como modalidades de comunicação.
Avaliação Integrada das Escolas
70
5.1.2 Pontos fracos
Os itens relacionados com os campos de observação participação das famílias e da comunidade
educativa registam um conjunto de avaliações menos positivas – aceitável ou não aceitável – em
pelo menos metade dos jardins (medianas de nível C). O quadro 28 apresenta as tabelas de fre-
quências dos pontos fracos identificados nos 122 estabelecimentos de educação pré-escolar. Em
itálico, são identificados os subitens que operacionalizam os itens que registam apreciações
predominantemente negativas em pelo menos metade dos jardins – medianas de nível 1.
QUADRO 28 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS29 (%)
Campo de observação, item e subitem Níveis
Mediana A 3
B C D 1
1. Participação das famílias e da comunidade participação e envolvimento dos pais • na decisão de prioridades
educativas envolvimento dos membros da comunidade como recurso educativo
2. Continuidade educativa trabalho com os pais cooperação com o 1.º CEB
C
1
C
C C
–
1,6
6,6
3,3 3,3
39,3
41,0
27,9 26,2
42,6
42,6
32,8 39,3
15,6
50,0
9,0
20,5 28,7
Em termos da participação das famílias e da comunidade, são identificados como pontos fracos
o envolvimento dos pais no processo de educação das crianças – sobretudo no que se refere à
participação na definição das prioridades educativas e nas decisões organizativas – e o envolvi-
mento da comunidade como recurso educativo. No que se refere ao processo de continuidade
educativa, registam-se como pontos fracos o trabalho desenvolvido com os pais no sentido do
acompanhamento da transição das crianças para o 1.º CEB e a cooperação com o 1.º CEB no
planeamento, na acção e na avaliação.
Estes pontos fracos são ainda reforçados por outros subitens que registam apreciações predo-
minantemente negativas (nível 1) em mais de 20% de situações observadas, como se analisa:
utilização de um caderno de informação das crianças, como modalidade de comunicação
(47%);
informação sobre o desenvolvimento e o progresso das crianças (30%).
A informação sobre os apoios educativos e auxílios económicos apresenta elevadas percenta-
gens de não-respostas, 42% e 30%, respectivamente, o que significa a sua inexistência nesta
proporção de casos.
29 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
71
Para além de não-respostas, outros subitens são considerados de desempenho predominante-
mente negativo em 10% ou mais das situações observadas. Tal é o caso relativo ao desenvolvi-
mento do sentido de pertença e de motivação das crianças, através de iniciativas, como a sua
participação na gestão do tempo das actividades (10%) e na participação em actividades con-
juntas com outras instituições (23%).
Relativamente ao sistema de informação e comunicação no jardim de infância refere-se também,
como predominantemente negativa, a circulação de documentos de planeamento da acção
educativa (15%) e dos projectos do agrupamento a que pertencem (12%), bem como a informa-
ção sobre os auxílios económicos (14% das situações observadas).
No que concerne à participação da autarquia no funcionamento dos jardins de infância, aponta-
se como predominantemente negativo o aspecto relacionado com a realização de actividades
culturais ou outras (13%) e com a articulação face a outros jardins de infância, nomeadamente
na disponibilização e aproveitamento de recursos (16%).
5.2 1.º ciclo do ensino básico
A avaliação do Clima e Ambiente Educativos compreende três áreas-chave – relacionamento
interpessoal, sistema de informação e comunicação e interacção com o meio, e abrange os se-
guintes campos de observação, operacionalizados em 18 itens de desempenho:
interacções na escola: clima de tranquilidade e segurança; atenção individualizada prestada
às crianças; clima de relação e comunicação entre as crianças; desenvolvimento do sentido de
pertença e de motivação para a escola;
atitudes dos actores escolares: satisfação e realização pessoal e profissional dos adultos;
coesão entre os adultos; mobilização e implicação do corpo docente; apoio mútuo e capaci-
dade de motivação;
sistemas de informação e comunicação: modalidades; conteúdos; eficácia;
participação dos diferentes actores na vida escolar e nas tomadas de decisão;
interacção com o meio: outras escolas; pais; autarquia; outras entidades.
De acordo com a metodologia já apresentada, foram analisados os dados relativos a 231 esta-
belecimentos que ministram o 1.º ciclo do ensino básico sediados em estabelecimentos de dife-
rentes tipologias e distribuídos pelas diferentes regiões.
Avaliação Integrada das Escolas
72
5.2.1 Pontos fortes
O quadro 29 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos com o 1.º ciclo do ensino básico permite identificar, em termos de clima e ambiente
educativos, isto é, os itens que obtiveram classificações de “muito correcto” em 25% de obser-
vações (25% de nível A) e muito correcto e correcto em pelo menos 50% de observações (me-
dianas de nível B). A itálico, são identificados os subitens que os operacionalizam e que registam
desempenhos predominantemente positivos, ou seja, medianas de nível 3.
QUADRO 29 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS30 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Interacções na escola clima de tranquilidade atenção individualizada • convivência amigável • respeito pelos outros relação entre crianças • saber estar em grupo
B B 3 3 B 3
35,9 38,1 75,3 70,1 26,8 57,1
56,7
56,3
59,7
6,1
4,3
10,0
0,4 – – – – –
2. Atitudes dos actores satisfação pessoal e profissional dos adultos
B 25,5
64,9 8,2 –
Registam-se pontos fortes em três dos quatro itens incluídos no campo interacções na escola:
clima de tranquilidade e segurança; atenção individualizada prestada às crianças – nomeada-
mente no que se refere à convivência amigável e respeito pelos outros; o clima de relação e co-
municação entre as crianças, sobretudo no que concerne ao saber estar em grupo. Estes itens
registam entre 27% e 38% de avaliações de nível A, sendo as interacções consideradas correctas
(avaliação de nível B) ou muito correctas (avaliação de nível A) em cerca de 9 em cada 10 escolas
do 1.º ciclo.
No campo de observação atitudes dos actores o item satisfação/realização pessoal e profissional
dos adultos é igualmente considerado ponto forte em 90% das situações observadas. Os outros
itens, não sendo considerados pontos fortes, apresentam uma frequência considerável de obser-
vações apreciadas como muito correctas ou correctas, o que permite considerá-los como pontos
positivos no desempenho das escolas.
É o caso dos itens:
coesão entre adultos (69%);
30 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
73
mobilização do corpo docente para conceber, discutir e operacionalizar projectos de
dinamização pedagógica (63%);
implicação do corpo docente na resolução de problemas no âmbito do ensino e das
aprendizagens (79%).
No campo sistemas de informação e comunicação, considerado muito correcto ou correcto em
83% de situações, são valorizadas como predominante e mais positivamente realizadas as in-
formações prestadas sobre rendimento escolar dos alunos, sobre auxílios económicos e apoios
educativos, recorrendo sobretudo a reuniões (49%) ou ao atendimento pessoal (59%), ainda que
outras modalidades de comunicação unidireccional – informação escrita afixada ou distribuída
na escola – também sejam utilizadas, mas menos frequentemente. De um modo geral, aten-
dendo aos diferentes destinatários, o sistema de informação e comunicação é considerado eficaz
(75% dos casos observados).
No que se refere à descrição da participação dos diferentes actores na vida da escola, o seu grau
de envolvimento é elevado em mais de metade do observado (mediana de nível B), embora não
seja considerado um ponto forte – é muito correcto ou correcto em 71% dos casos.
Os actores mais participantes são sem dúvida os professores, em todas as modalidades. Embora
os não docentes participem bem em mais de 50% das situações, a sua capacidade de iniciativa é
muito baixa, quase igual à dos pais – predominantemente positivo apenas em 13% de situações
observadas.
No que se refere à interacção com o meio, merece destaque a articulação estabelecida com ou-
tras escolas (50%) para diversos fins, e, sobretudo, a articulação com a autarquia (80%).
5.2.2 Pontos fracos
Aplicando o critério especificado para a classificação de ponto fraco – mediana de nível C –, não
é possível identificar qualquer ponto fraco nos 231 estabelecimentos que ministram o 1.º ciclo
do ensino básico observados.
A operacionalização dos itens em subitens permite identificar uma única situação de de-
sempenho predominantemente negativo (mediana de nível 1). Trata-se da participação dos pais
na vida da escola, no que se refere à capacidade de iniciativa: 49% das situações observadas são
predominantemente negativas. A capacidade de iniciativa dos não docentes apresenta igual-
mente apreciações de nível 1 em 27% dos casos.
Todavia, existem outras situações observadas de desempenho predominantemente negativo
com incidência em mais de 10% de casos que importa referir.
Assim, relativamente ao desenvolvimento do sentido de pertença e de motivação para a escola,
assinala-se as iniciativas que se referem à participação das crianças no arranjo e embelezamento
Avaliação Integrada das Escolas
74
dos espaços (10%); ao envolvimento em acções de intervisitação de escolas, nomeadamente no
agrupamento a que pertencem (18%); à participação ou intervenção em acções conjuntas com
outras instituições (19%).
Na divulgação da informação, assinala-se o desempenho predominantemente negativo no que
se refere à circulação dos documentos de planeamento da acção educativa (13%) e dos apoios
educativos às crianças com necessidades específicas (10%).
No plano da articulação com outras escolas do 1.º ou do 2.º ciclos, destaca-se como de-
sempenho predominantemente negativo o que se refere à continuidade pedagógica (19%), à
disponibilização e ao aproveitamento de recursos (15%).
O mesmo se observa na interacção ou articulação com outras entidades locais, quer quanto à
disponibilização e aproveitamento de recursos (12%) quer quanto à realização conjunta de acti-
vidades culturais ou outras (17%).
5.3 2.º e/ou 3.º ciclos do ensino básico
A avaliação do Clima e Ambiente Educativos compreende quatro áreas-chave, nomeadamente,
relacionamento interpessoal,
participação,
interacção com o meio,
liderança.
A estas áreas-chave correspondem os seguintes sete campos de observação operacionalizados
em 20 itens de desempenho:
atitudes dos actores face à escola: integração; sentimento de confiança e segurança; espírito
de coesão; trabalho cooperativo;
competências sociais dos alunos: comportamento cívico; educação para a cidadania;
cooperação entre profissionais, docentes e não docentes;
sistemas de informação e comunicação: modalidades; formas de comunicação; estratégias de
dinamização;
envolvimento dos actores na vida da escola e na tomada de decisões;
articulação: com outras escolas, com a autarquia e com outras entidades;
dinâmica de liderança: abertura à mudança e inovação; formação centrada na escola; siste-
mas de auto-regulação; resolução de conflitos; capacidade de decisão; capacidade de mobili-
zação.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
75
Foram observados 90 estabelecimentos que ministram os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.
5.3.1 Pontos fortes
O quadro 30 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação daqueles esta-
belecimentos permite identificar, na dimensão Clima e Ambiente Educativos. A itálico, são
indicados os subitens que os operacionalizam e que registam desempenhos predominantemente
positivos em pelo menos metade das situações observadas (medianas de nível 3).
QUADRO 30 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: 2.º E/OU 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS (%)31
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Atitudes dos actores integração na escola • sentimento de pertença • respeito pelos outros sentimento de confiança e segurança • sentir-se respeitado • estar à vontade para
expressar dúvidas espírito de coesão • solidariedade
B 3 3
B 3 3 B 3
44,4 65,6 72,2
34,4 71,1
64,4 27,8 52,2
43,3
50,0
43,3
11,1
15,6
26,7
–
1,1 1,1
–
1,1
1,1 1,1 2,2
2. Competências sociais comportamento cívico dos alunos – saber estar: • na sala de aula • na cantina, no bar, no
recreio, nos corredores • nas filas de espera • na biblioteca, laboratórios,
etc.
B 3 3 3 3
41,1 66,7
54,4 55,6
68,9
42,2
15,6
1,1 2,2
4,4 3,3
1,1
3. Articulação autarquia
B
26,7
40,0
25,6
2,2
4. Liderança abertura à mudança resolução de conflitos tomada de decisões
B B B
27,8 25,6 33,3
38,9 41,1 50,0
31,1 32,2 15,6
2,2 1,1 1,1
31 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
76
De acordo com os critérios estabelecidos, registam-se pontos fortes em três das quatro áreas-
-chave acima referidas. No que se refere à área relacionamento interpessoal, todos os itens in-
cluídos no campo atitudes dos actores, isto é, a integração na escola, o sentimento de confiança
e segurança e o espírito de coesão e solidariedade, registam mais de um quarto de avaliações de
nível A e mais de metade de classificações nível A e B. Os subitens que os operacionalizam
apresentam mais de metade de desempenhos predominantemente positivos. Observações relati-
vas ao espírito de coesão ou à integração na escola são apreciadas de muito correcto ou cor-
recto em 71 a 87% das situações. O mesmo se verifica no que se refere às competências sociais
dos alunos: o seu “comportamento cívico” é identificado como um ponto forte das escolas
observadas (83% de situações muito correctas ou correctas), destacando-se o comportamento
dos alunos na sala de aula (67%), e, menos frequentemente, nas filas de espera, nos corredores,
cantina e biblioteca (54%).
No que se refere à área-chave interacção com o meio destaca-se como ponto forte a articulação
com a autarquia, muito correcta ou correcta em 67% das situações observadas.
Na área da “liderança” identificam-se também como pontos fortes os itens relacionados com a
abertura à mudança e com a capacidade de resolver conflitos (6 a 7 escolas em 10 fazem-no
muito correcta ou correctamente), bem como a capacidade de tomar decisões (8 em 10 escolas).
Podem ainda ser considerados itens de desempenho positivo os que, não sendo pontos fortes,
foram observados como muito correctos ou correctos em situações frequentes, e reforçados por
alguns subitens assinalados com desempenho predominantemente positivo, tais como:
as modalidades de informação (81%), em especial nos subitens que se referem a apoios
educativos (58%) e a auxílios económicos (80%);
as diferentes formas de comunicação: escrita ou presencial, quer em reuniões, ou em atendi-
mento pessoal (67%);
a utilização do diálogo como estratégia de dinamização (66%);
a presença dos diferentes actores na vida da escola (70%), como expressão dos níveis de
envolvimento e de participação, quando comparados com outras formas de participação
mais activa, como a colaboração ou a capacidade de tomar iniciativas. Nestas modalidades,
os índices de frequência de participação activa predominantemente positiva são relativa-
mente elevados (64%) apenas quando os actores são docentes.
Refira-se ainda que, sendo a coesão um ponto forte nas atitudes dos diferentes actores, a coo-
peração entre profissionais, docentes e não docentes, só é considerada como comportamento
muito correcto ou correcto em 57% dos casos observados.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
77
5.3.2 Pontos fracos
O quadro 31 apresenta a tabela de frequências dos pontos fracos identificados nos estabeleci-
mentos com o 2.º e/ou 3.º ciclo(s) do ensino básico, no que se refere à dimensão Clima e Am-
biente Educativos.
QUADRO 31 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: 2.º E/OU 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO
PONTOS FRACOS32 – TABELA DE FREQUÊNCIAS33 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Atitudes dos actores participação na tomada de decisões
C
10,0
38,9
48,9
2,2
2. Articulação outras escolas
C 10,0 37,8 42,2 2,2
3. Liderança formação centrada na escola processos de auto-regulação
C C
10,0 5,6
25,6 30,0
52,2 54,4
12,2 10,0
Considera-se que o envolvimento dos actores educativos na tomada de decisões, bem como o
desenvolvimento da formação centrada na escola e os processos sistemáticos de auto-regulação,
como expressão da dinâmica de liderança, são pontos fracos dos estabelecimentos de ensino
observados, na medida em que, em mais de metade dos mesmos, foram registadas frequentes
situações de correcção aceitável ou não aceitável. É de referir, ainda, como ponto negativo, o
item relacionado com a articulação com outras escolas, o qual, tendo mediana C, mas não atin-
gindo metade de situações de desempenho deficitário, fica muito próximo desta percentagem,
45%. É o caso, especificamente, do que se refere à articulação com outras escolas, tendo em
vista assegurar a continuidade pedagógica. Nos outros subitens relacionados com este item, os
desempenhos observados não apresentavam nenhuma distinção especial.
Nenhum dos subitens que operacionalizam os itens avaliados regista medianas de nível 1, o que
significa que em nenhum deles é identificado um conjunto de desempenhos predominante-
mente negativos, embora, em cerca de 10% ou mais das escolas, tenham sido assinalados de-
sempenhos predominantemente negativos, no que se refere:
ao espírito de coesão (união em torno de objectivos comuns – 10%);
à participação dos alunos no exercício da cidadania – em reuniões de conselho de turma (9%)
e na preservação da qualidade do ambiente e do património escolar (13%);
32 São considerados pontos fracos os itens observados com medianas de nível C. 33 Nem sempre a soma totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
78
à facilidade em encontrar tempos para encontro (11%) tendo em vista a cooperação entre
profissionais;
ao recurso à consulta de opiniões (10%), como estratégia de dinamização de comunicação
entre todos;
ao fomento da capacidade de iniciativa (14%), para melhorar a participação na vida da es-
cola;
à articulação com outras escolas – em especial, tendo em vista a continuidade pedagógica,
quer se trate de escolas do 1.º CEB ou do ensino secundário (19%);
à disponibilização e aproveitamento de recursos (16%); ao prosseguimento de estudos
(17%);
à articulação com a autarquia e com outras entidades – o estabelecimento de protocolos e
parcerias (14%).
Acresce que, nestes mesmos itens, o desempenho mais frequente é classificado de nível B ou C –
correcto ou aceitável –, prevalecendo sobre o conjunto de classificações mais positivas de níveis
A ou B.
5.4 Ensino secundário
A avaliação do Clima e Ambiente Educativos abrange quatro áreas-chave: relacionamento inter-
pessoal, participação, interacção com o meio e liderança, as quais se organizam nos seguintes
campos de observação, operacionalizados em 21 itens de desempenho:
atitudes dos actores face à escola: integração; sentimento de confiança; coesão;
competências sociais: comportamento cívico dos alunos; educação para o exercício da
cidadania;
cooperação entre profissionais: dinâmica no trabalho cooperativo;
sistemas de informação e comunicação: modalidades; conteúdos; estratégias de dinamiza-
ção;
envolvimento dos actores escolares: na vida da escola e na tomada de decisões;
interacção: com outras escolas; com a autarquia; com outras entidades;
dinâmica de liderança: abertura à mudança e inovação; formação centrada na escola; cultura
de auto-avaliação; processos de liderança partilhada; resolução de conflitos; capacidade para
tomar decisões; mobilização para o projecto da escola.
Foram avaliados 51 estabelecimentos que ministram o ensino secundário, a maior parte dos
quais são escolas secundárias com o 3.º ciclo do ensino básico (38).
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
79
5.4.1 Pontos fortes
O quadro 32 apresenta a tabela de frequências dos pontos fortes que a avaliação dos estabele-
cimentos do ensino secundário permite identificar, em termos de Clima e Ambiente Educativos.
Consideram-se pontos fortes os itens observados com classificações de nível A e B em pelo me-
nos metade das situações – medianas de nível B – e, simultaneamente 25% de classificações de
nível A. A itálico, são especificados os subitens que os operacionalizam e que registam de-
sempenhos predominantemente positivos, em pelo menos metade dos estabelecimentos obser-
vados – medianas de nível 3.
QUADRO 32 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: ENSINO SECUNDÁRIO
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS34 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
1. Atitudes dos actores face à escola integração • convivência amigável • disponibilidade para ouvir • sentimento de pertença • respeito pelos outros sentimento de confiança/segurança • sentir-se respeitado • estar à vontade para
expressar dúvidas espírito de coesão • solidariedade
B 3 3 3 3
B 3 3 B 3
47,1 72,5 54,9 64,7 74,5
45,1 82,4
76,5 27,5 51,0
49,0
49,0
52,9
3,9
5,9
19,6
– –
2,0 – – – – – – –
2. Competências sociais comportamento cívico dos alunos • sala de aula • cantina, bar, recreio,
corredores • filas de espera • biblioteca, laboratórios, etc.
A 3 3 3 3
60,8 80,4
64,7 66,7 86,3
33,3
5,9
– – – – –
3. Dinâmica de liderança resolução de conflitos capacidade de decisão
B B
27,5 29,4
41,2 52,9
29,4 13,7
2,0 2,0
Dos sete campos em análise, registam-se pontos fortes em três – atitudes dos actores face à
escola, competências sociais dos alunos e dinâmica de liderança. De notar que o item compor-
tamento cívico dos alunos regista uma mediana de nível A (61%), com situações de grande
correcção em todos os subitens que o operacionalizam, nomeadamente os que se referem aos
comportamentos em espaços de ensino ou de estudo (80% a 86% de situações com de-
34 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
80
sempenho predominantemente positivo). Os itens integração na escola, sentimento de con-
fiança e espírito de coesão/solidariedade podem ser considerados como pontos fortes nos esta-
belecimentos de ensino observados, dado registarem 80% a 96% de situações de correcção ou
grande correcção (avaliações de nível A e B).
Adicionalmente, os subitens que os operacionalizam, e cujo desempenho é apreciado como
predominantemente positivo, são mencionados em 7 escolas de cada 10.
Neste contexto, sublinhe-se a menor frequência relativa com que são mencionados como pre-
dominantemente positivos (4 escolas em 10) os subitens relativos à valorização de diferentes
culturas e saberes; à solicitação para expressarem a sua opinião; à união em torno de objectivos
comuns.
No que se refere à dinâmica de liderança na escola, destacam-se como pontos fortes o modo
como são resolvidos, ou se ajuda a resolver, conflitos, bem como a capacidade de tomar deci-
sões.
Nestes campos de observação, outros aspectos, não sendo pontos fortes, podem ser considera-
dos positivos, tendo em conta a frequência com que são assinalados desempenhos muito cor-
rectos ou correctos (mediana B).
Assim, no que se refere ao sistema de informação e comunicação destacam-se as diferentes
modalidades de informação (85%), nomeadamente o que é relativo à divulgação de informação
sobre auxílios económicos (75% de situações predominantemente positivas) e sobre decisões
dos diferentes órgãos e estruturas (51%), quer sob a forma escrita (77%), quer em sessões pre-
senciais, reuniões ou atendimento pessoal (60%).
É de referir o fluxo da comunicação existente, tendo em conta, quer os destinatários quer a fre-
quência de situações assinaladas de muito correctas ou correctas (77%), e as estratégias segui-
das na dinamização da comunicação na escola (77%), nomeadamente incentivando o diálogo.
Na área da liderança destacam-se, para além dos dois itens já referidos como pontos fortes, a
abertura a processos de mudança e inovação (73%); a liderança partilhada e a corresponsabili-
zação que implica (70%).
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
81
5.4.2 Pontos fracos
São identificados pontos fracos na área interacção com o meio, nomeadamente o campo e item
referentes à articulação com outras escolas e dois itens relacionados com a liderança, os quais
registam um maior conjunto de avaliações menos positivas, como se pode ver no quadro 33.
QUADRO 33 – CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS: ENSINO SECUNDÁRIO
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Interacção com o meio articulação com outras escolas
C
9,8
39,2
47,1
3,9
2. Liderança formação centrada na escola cultura de auto-avaliação
C C
3,9 2,0
25,5 31,4
58,8 54,9
11,8 11,8
Na área da liderança sobressaem como pontos fracos os itens relativos ao desenvolvimento da
formação centrada na escola e à promoção de uma cultura de auto-avaliação. Tal significa que
se registam situações de desempenho aceitável ou não aceitável (níveis C e D) em pelo menos
metade dos estabelecimentos de ensino observados.
Uma análise dos subitens que operacionalizam os diferentes itens permite ainda identificar de-
sempenhos predominantemente negativos em mais de 20% das situações, nos seguintes as-
pectos:
o grau de envolvimento dos diferentes actores escolares na vida da escola, nomeadamente
no que se refere à sua capacidade de iniciativa (22%);
a interacção estabelecida com outras escolas, nomeadamente do 3.º ciclo, no que se refere à
continuidade pedagógica (24%) e à articulação com o ensino superior (24%);
a interacção com a autarquia, no que respeita ao estabelecimento de parcerias e de protoco-
los (26%);
a interacção com outras entidades, no que concerne à realização de cursos de formação
profissional (22%), ou, ainda que com menor frequência, no que é relativo ao estabeleci-
mento de protocolos e de parcerias, ou ao desencadear de iniciativas em ordem à futura in-
serção na vida activa (14%).
Avaliação Integrada das Escolas
82
5.5 Síntese
Jardins de infância
No Clima e Ambiente Educativos dos jardins de infância regista-se a ocorrência de situações de
muita correcção ou correcção na maior parte dos campos e itens de desempenho considerados,
nomeadamente, a integração das crianças no jardim de infância, as atitudes dos actores escola-
res face ao jardim de infância, o sistema de informação e comunicação utilizados e a interacção
com o meio, sendo de destacar os aspectos que se referem à atenção individualizada prestada
às crianças, à satisfação dos profissionais e à coesão entre a educadora e a auxiliar de acção
educativa, e, ainda, ao atendimento pessoal dos pais.
Todos estes itens têm em comum serem parte dos descritores das dimensões socioafectivas e
emocionais do ambiente e da vida relacional quotidiana.
Ocorrem situações negativas relacionadas com as dimensões organizacionais do funcionamento
dos jardins, que obrigam a um certo nível de formalização na vida quotidiana e de sistematici-
dade de comportamentos, como sejam a comunicação escrita com as famílias, a informação
estruturada sobre o desenvolvimento e progresso das crianças e sobre o acesso a apoios educa-
tivos e auxílios económicos. São, ainda, considerados pontos fracos os que se referem ao fo-
mento da participação intencional das famílias no processo de educação infantil, à articulação
com as escolas do 1.º ciclo, para garantir a continuidade educativa, bem como à acção articu-
lada dentro do agrupamento, ou com as escolas com que os jardins de infância se associam.
1.º ciclo do ensino básico
A avaliação do Clima e Ambiente Educativos nos estabelecimentos do 1.º ciclo do ensino básico
permite inferir a ocorrência frequente de situações de correcção ou muita correcção em quase
todas as áreas-chave, e campos de observação considerados, nomeadamente interacções na
escola, atitudes face à escola, sistemas de informação e comunicação, participação dos actores e
interacção com o meio.
Não se identificando pontos fracos no desempenho, são, no entanto, registados, em cerca de
35% a 40% das escolas observadas, desempenhos deficitários, no âmbito da mobilização dos
docentes para a dinamização pedagógica, da capacidade de motivação e apoio mútuo dentro
do conselho de docentes, da participação dos outros actores na tomada de decisões sobre a
vida da escola, e da articulação estabelecida com outras escolas para assegurar a continuidade
pedagógica, ou para assegurar a partilha de actividades com outras entidades, quer em termos
de aproveitamento de recursos, quer para beneficiar de iniciativas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
83
2.º e 3.º ciclos do ensino básico
Nos estabelecimentos que ministram os 2.º e 3.º ciclos, a dimensão Clima e Ambiente Educati-
vos foi avaliada como predominantemente forte num conjunto de campos de observação, itens
e subitens de desempenho que, no seu conjunto, identificam a escola como lugar social. Refe-
rem-se, no ambiente relacional, às atitudes dos actores face à escola; às competências sociais
dos alunos; à participação na vida da escola, ou ao exercício da liderança enquanto atitude de
abertura à mudança, capacidade de resolução dos conflitos ou de tomar decisões.
Os campos de observação e respectivos itens e subitens de desempenho, que descrevem alguns
aspectos da construção do clima propício à escola como lugar de aprender, são mais frequen-
temente avaliados como pontos fracos ou como desempenho predominantemente negativo. É o
caso da liderança e da sua relação com a formação centrada na escola e com a monitorização
sistemática do desempenho da escola, ou com o processo de auto-regulação; da articulação
com outras escolas, tendo em vista a continuidade pedagógica; da participação dos alunos nas
estruturas e nas iniciativas da escola, como a expressão da educação e do exercício da cidadania,
ou a participação dos diferentes actores escolares na tomada de decisões.
Entre os pontos fortes e fracos distribui-se o remanescente dos itens classificados como positi-
vos, mais frequentemente vistos como desempenhos correctos e aceitáveis, (classificações de
nível B e C) do que muito correctos e correctos (classificações de nível A e B).
Ensino secundário
Identificam-se traços distintivos na apreciação do Clima e Ambientes Educativos, nos estabele-
cimentos observados que ministram o ensino secundário e outros níveis de educação básica.
Assim, são classificadas como situações muito correctas ou correctas na quase generalidade dos
estabelecimentos, os itens que operacionalizam os campos de observação da área do relaciona-
mento interpessoal, da participação, da comunicação e da informação, e em parte dos campos
de liderança, nomeadamente os que descrevem a dimensão do clima que define a escola como
lugar social.
São classificadas como situações predominantemente aceitáveis ou não aceitáveis um conjunto
de itens relacionados com a dinâmica institucional quer no que se relaciona com a participação
activa dos diferentes actores na vida escolar, quer no que se refere à capacidade de interacção
com o meio, nomeadamente na articulação com outras escolas, e à liderança, em especial a
promoção da formação dos professores centrada em problemas da escola e a monitorização
sistemática do desempenho escolar para a sua auto-regulação.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
85
C A P Í T U L O 6 — D E S E M P E N H O N A Á R E A O R G A N I Z A Ç Ã O E G E S T Ã O
A observação do desempenho das escolas consideradas enquanto unidades de gestão, foi ba-
seada num roteiro comum que tem como referência os documentos que estabelecem e regula-
mentam o regime de administração e gestão das escolas básicas e secundárias, nomeadamente
o Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio.
Organização e gestão
A avaliação da Organização e Gestão das instituições educativas engloba sete áreas-chave, que
se estruturam em campos de observação, itens e subitens de desempenho. A nomenclatura utili-
zada é a que se seguiu no Roteiro e as áreas-chave são as seguintes:
1. estruturas organizativas;
2. serviço administrativo;
3. recursos financeiros;
4. apoios socioeducativos;
5. recursos físicos;
6. organização pedagógica, nos estabelecimentos de cada nível de ensino;
7. plano de acção educativa.
Os respectivos campos de observação e itens de desempenho que lhe correspondem, num total
de 97 itens, são:
1. Estruturas Organizativas
1.1 Órgãos de administração e gestão (Assembleia de Escola, Conselho/Direcção Executiva,
Conselho Pedagógico e Conselho Administrativo): democraticidade, articulação, opera-
cionalidade e liderança;
1.2 Estruturas de orientação educativa (Conselho de Docentes/Departamentos curriculares,
coordenadores de turma/ano, ciclo ou curso, professor-tutor): intervenção pedagógica,
apoio e enquadramento, monitorização, colegialidade e articulação.
Avaliação Integrada das Escolas
86
2. Serviço administrativo
Processos e registos relativos a alunos, a pessoal docente e não docente: constituição, orga-
nização e actualização.
3. Recursos financeiros
Orçamento, receitas e despesas: procedimentos, adequação, dinâmica e conformidade.
4. Apoios socioeducativos
Processos individuais, informação, serviços de apoio social: organização, acesso, tratamento e
adequação.
5. Recursos físicos
Espaço escolar, bibliotecas/centros de recursos, laboratórios, equipamentos: adequação, se-
gurança, acessibilidade, apetrechamento, rentabilização.
6. Organização Pedagógica
(Jardins de Infância, escolas do 1.º ciclo, escolas do 2.º e/ou 3.º ciclos e do ensino secundário)
oferta curricular, constituição de turmas, distribuição do serviço docente e semanários-
-horários dos alunos: consistência de critérios, utilização dos recursos, contextualização, con-
formidade.
7. Plano de Acção Educativa
Projecto Educativo de Escola e Plano de Actividades, planeamento do ensino e das aprendi-
zagens e projectos de desenvolvimento complementar.
São tratados os dados de 146 unidades de gestão, das quais 97 são escolas singulares e 49 são
escolas sede de agrupamentos verticais ou horizontais. Como se pode ver no quadro 35, os
agrupamentos horizontais são predominantes, totalizando 69% deste subconjunto de escolas.
Tendo em conta os quadros 34 e 35, que apresentam a distribuição das unidades de gestão
intervencionadas, por Direcção Regional de Educação e tipologia de escola, verifica-se que, no
que concerne às escolas singulares, o maior número de unidades de gestão recai em estabeleci-
mentos do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, ao passo que, nos agrupamentos a escola
sede mais frequente é um estabelecimento do 1.º ciclo.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
87
QUADRO 34 – DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES DE GESTÃO POR DELEGAÇÃO REGIONAL
DRE Norte
DRE Centro
DRE Lisboa
DRE Alentejo
DRE Algarve
Total
Escolas singulares 40 (42%)
11 (11%)
37 (38%)
6 (6%)
3 (3%)
97
Agrupamentos 23 (46%)
10 (21%)
3 (6%)
10 (21%)
3 (6%)
49
QUADRO 35 – DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES DE GESTÃO POR NÍVEL DE ENSINO
EB1 EB2 EB2,3 EBI EBI/JI EB2,3/S ES ES/3 EB1/JI
Escolas singulares
4 (5%)
2 (2%)
36 (37%)
– 1 (1%)
2 (2%)
9 (9%)
36 (37%)
7 (7%)
Agrupamentos 34 (69%)
1 (2%)
8 (17%)
3 (6%)
– 2 (4%)
– 1 (2%)
–
6.1 Pontos fortes
6.1.1 Escolas singulares
Os quadros que a seguir se apresentam, quadros 36, 37, 38, 39, 40 e 41, referem-se às áreas-
-chave que foram seleccionadas para analisar e avaliar a “Organização e Gestão” em cada escola
singular enquanto unidade de gestão.
Para cada área apresenta-se a tabela de frequências dos itens que, em cada campo de observa-
ção, constituem pontos fortes do desempenho organizacional, isto é, os itens avaliados com
níveis A e B em pelo menos metade das situações observadas (medianas de nível B) e, simulta-
neamente, 25% de avaliações de nível A. A itálico, identificam-se os respectivos subitens que
apresentam pelo menos 50% de situações de desempenho predominantemente positivo –
mediana de nível 3. Nos campos relativos à gestão dos recursos, alguns itens são avaliados
segundo um critério alternativo de correcto/deficiente, enquanto que em outros itens e nos
outros campos os critérios de apreciação têm por base a escala decrescente de quatro níveis, de
A a D, utilizada em todo o processo. Para obviar às dificuldades do tratamento, à resposta
correcto faz-se corresponder o valor 4 (idêntico ao nível A) e à resposta deficiente faz-se
corresponder o valor 1 (idêntico ao nível D). Como pode ser notado, o facto de a resposta conter
apenas duas opções implica um acréscimo de percentagens nos valores extremos e a inexistência
de níveis B e C.
Avaliação Integrada das Escolas
88
6.1.1.1 Estruturas organizativas
QUADRO 36 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS35 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
3
B C D Deficiente
1
1. Órgãos de administração e gestão assembleia de escola: democraticidade • composição articulação • com outros órgãos
direcção executiva: democraticidade • composição • colegialidade articulação • apoios sociais escolares operacionalidade • divisão de responsabilidades
e tarefas • horário • frequência e agenda das
reuniões liderança
conselho pedagógico: democraticidade • composição liderança
B 3 B 3
B 3 3 B 3 B 3 3 3 B
B 3 B
24,5 68,0 30,9 51,5
41,8 78,4 77,3 26,8 56,7 46,9
81,4 80,4
59,8 33,7
27,6 68,0 30,6
45,9
37,1
42,9
44,3
43,9
39,8
42,9
34,7
23,5
25,8
15,3
21,6
9,2
21,4
27,6
28,6
6,1 9,3 6,2
13,4 – –
1,0 – – –
1,0 4,1
5,2 4,1
–
2,1 6,1
2. Estruturas de orientação educativa Director de turma
B
33,7
46,9
6,1
1,0
De acordo com as observações e valorações recolhidas, o funcionamento dos órgãos de adminis-
tração e gestão – assembleia de escola, direcção executiva e conselho pedagógico – pode ser
considerado como um ponto forte dos estabelecimentos de ensino observados.
No caso da assembleia de escola, os dois itens considerados são avaliados como pontos fortes,
recebendo mais de um quarto de apreciações de nível A: a democraticidade do seu funciona-
mento e a sua função de articulação. Porém, uma análise detalhada dos subitens que os opera-
cionalizam, põe em destaque que a democraticidade constitui um ponto forte, em especial, no
que se refere à representatividade da sua composição, ainda que só em cerca de 70%. Tal signi-
fica que em 3 escolas de cada 10 não existe representação de todos os elementos previstos na
lei para participação neste órgão. Outros aspectos que podem operacionalizar a democratici-
dade da assembleia de escola, traduzindo níveis mais expressivos do seu funcionamento – tal
35 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
89
como a participação de todos os membros na identificação de questões, para discussão e deci-
são, relativas a assuntos da sua competência, ou a audição regular dos diferentes sectores e
parceiros com interesses e responsabilidades na escola, em apoio da tomada de decisão – são
observados de forma sistemática e de forma predominantemente positiva (respectivamente,
45% e 36% das situações observadas) apenas em menos de metade das escolas singulares.
No que se refere à função de articulação desta estrutura com outros órgãos da escola, apenas
52% do que foi observado é considerado predominantemente positivo.
No caso da direcção executiva, os quatro itens em apreciação podem ser considerados pontos
fortes, dado todos eles registarem pelo menos um quarto de avaliações de nível A. A democrati-
cidade, nomeadamente no que se refere à composição (78%) e à colegialidade interna na to-
mada de decisões (77%) são pontos fortes, enquanto o que se refere aos procedimentos de
auscultação e de negociação em apoio da tomada de decisões, ou o estabelecimento de siste-
mas de comunicação interna na escola, é apreciado como predominantemente positivo apenas
em 47% das situações. No que se refere à articulação com outros órgãos, destaca-se os de-
sempenhos que têm em vista a facilitação dos apoios sociais escolares (57% de situações pre-
dominantemente positivas) e, com menor relevância, a articulação com outros agentes e parcei-
ros exteriores, em ordem à integração comunitária da escola (35%). Todos os subitens que espe-
cificam a operacionalidade confirmam este item como ponto forte, ainda que o funcionamento
de assessorias apenas em metade das situações observadas seja considerado predominante-
mente positivo.
A liderança, no geral, é considerada ponto forte, mas os aspectos que se destacaram na sua
operacionalização – capacidade de mobilizar os diferentes actores, de gerir conflitos e resolver
problemas – só em 50% das situações foi considerada predominantemente positiva.
No caso do conselho pedagógico, registam-se pontos fortes em dois dos quatro itens considera-
dos – a democraticidade e o exercício da liderança. Importa, no entanto, referir que a democra-
ticidade deste órgão se revela, especificamente, no que se refere à sua composição, a qual re-
sulta do disposto legalmente, sendo tal apreciado como positivo em 68% dos casos observados.
O que se refere a outros aspectos do funcionamento e da democraticidade, como a promoção
do debate e reflexão sobre as questões estruturantes da vida da escola, tais como os contratos
de autonomia, o plano de formação, a organização curricular, o acompanhamento e orientação
dos alunos, os critérios para constituição de turmas ou para gestão do tempo, de acordo com os
exemplos contidos nos roteiros, é referido como menos conseguido, sendo registado como de-
sempenho positivo apenas em cerca de 1/3 das escolas.
Em contrapartida, a liderança, em termos genéricos, é apresentada como ponto forte, em 2/3
das escolas (66%), ainda que os subitens que a especificam – a capacidade de motivar e respon-
Avaliação Integrada das Escolas
90
sabilizar os diferentes responsáveis pela vida da escola – sejam considerados de desempenho
predominantemente positivo em menos de metade das situações observadas.
O mesmo se verifica relativamente à operacionalidade do conselho pedagógico. Apesar de este
item não poder ser considerado um ponto forte por não cumprir os critérios estatísticos defini-
dos, apresenta desempenhos muito correctos ou correctos em cerca de 70% das situações. Po-
rém, os respectivos subitens que especificam aspectos relevantes da operacionalidade em ter-
mos de cadeia decisória, de mobilização das estruturas de orientação educativa ou das rotinas
de funcionamento formal, são considerados como predominantemente positivos apenas em
cerca de metade das escolas observadas.
Quanto ao funcionamento do conselho administrativo nenhum dos itens em análise – democra-
ticidade e operacionalidade – é avaliado como ponto forte. Em 5 a 6 escolas de cada 10, este
órgão é avaliado como tendo um funcionamento muito correcto ou correcto.
Considerando as apreciações feitas sobre o funcionamento dos quatro órgãos de administração
e gestão, verifica-se que as apreciações genéricas por itens são mais positivas do que as que se
referem a aspectos específicos desses mesmos itens.
Em termos relativos, o conselho executivo é o órgão cujo desempenho é mais constantemente
apreciado como positivo: pelo menos 8 escolas em cada 10 são geridas por um conselho execu-
tivo cujo desempenho é considerado muito correcto ou correcto.
Em contrapartida, a avaliação do desempenho do conselho pedagógico evidencia maiores dis-
crepâncias na valoração dos diferentes itens – entre 71 e 48% de situações muito correctas ou
correctas – mostrando irregularidade na qualidade do desempenho. Por outro lado, a análise da
avaliação dos aspectos específicos do desempenho em cada item (nove subitens) mostra uma
menor frequência de desempenhos predominantemente positivos, só num caso ultrapassando
55% das situações observadas.
No que se refere às estruturas de orientação educativa – conselho de docentes/departamentos
curriculares, coordenação de turma/director de turma, coordenador de ano/ciclo ou curso e pro-
fessor tutor – apreciados num conjunto de 12 itens e 39 subitens, apenas o desempenho relativo
ao director de turma apresenta um item considerado como ponto forte, o da organização da
informação da sua responsabilidade – 8 em cada 10 situações observadas são consideradas
muito correctas ou correctas, nomeadamente os registos que correspondem aos contactos com
os encarregados de educação (70%), às informações prestadas pelos professores (60%), à as-
siduidade e pontualidade (67%).
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
91
Outros itens também relacionados com a actividade de director de turma, não sendo considera-
dos pontos fortes, apresentam medianas de nível B, sendo avaliados como correctos ou muito
correctos em mais de 60% de situações observadas. É o caso dos seguintes itens:
o acompanhamento do progresso dos alunos (61%), com destaque para subitens como o
levantamento das necessidades educativas especiais (47% de desempenhos predominante-
mente positivos) e o atendimento dos alunos (60%);
a colegialidade do conselho de turma (69%) nas decisões relativas à progressão/retenção dos
alunos (60% dos desempenhos são predominantemente positivos);
a gestão do tempo da direcção de turma (74%), nomeadamente nos subitens que referem o
acompanhamento dos alunos e o atendimento aos encarregados de educação (53 e 57% de
desempenhos predominantemente positivos, respectivamente).
6.1.1.2 Serviços Administrativos
QUADRO 37 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIA36 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
B C D Deficiente
2. Serviços administrativos crianças/alunos: processos individuais pautas livros de termos diplomas e certidões
pessoal docente e não docente: processos individuais classificação do pessoal não docente avaliação do desempenho dos docentes conformidade controlo da assiduidade e pontualidade critérios de distribuição de serviço
correcto correcto correcto correcto
correcto
correcto
correcto correcto
correcto
B
82,7 83,5 64,9 77,3
88,8
85,7
95,9 92,9
89,8
37,8
– – – –
– –
– – –
51,0
– – – – – –
– – –
9,2
16,3 5,2
20,6 12,4
11,2
14,3
3,1 6,1
7,1
1,0
36 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
92
No que se refere ao funcionamento dos serviços administrativos, cujos itens são apreciados se-
gundo o critério de correcto/deficiente, todos os campos de observação se identificam como
pontos fortes, registando situações de correcção em 64% a 96% das escolas observadas. Toda-
via, encontram-se situações deficientes: na organização e actualização dos processos individuais
dos alunos (16%), dos livros de termos (20%), do processo de emissão de diplomas e certidões
(12%), dos processos individuais do pessoal docente e não docente (11%), bem como do pro-
cesso de classificação do pessoal não docente (14%).
6.1.1.3 Gestão de Recursos Financeiros
QUADRO 38 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIA37 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
B C D Deficiente
3. Recursos financeiros processo de elaboração do orçamento receitas adequação dinâmica de obtenção
despesas processo de realização conformidade orçamental razoabilidade
correcto B B
correcto correcto
B
78,6 29,9 24,5
77,6 95,9 27,6
–
52,6 34,7
– –
64,3
–
15,5 34,7
– –
7,1
20,4 1,0 5,1
21,4 1,0 –
No que concerne à gestão dos recursos financeiros, observam-se pontos fortes nos três campos
de observação, nomeadamente relativamente ao processo de elaboração do orçamento (79% de
situações observadas como correctas), à realização da despesa, quer em termos de processo de
realização, quer em termos de conformidade (respectivamente 78% e 96% de situações cor-
rectas), bem como na apreciação que é feita da razoabilidade das aquisições (92% de situações
muito correctas ou correctas) e na dinâmica da escola na gestão dos recursos financeiros (81%).
37 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
93
6.1.1.4 Apoios Socioeducativos
QUADRO 39 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIA38 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
3
B C D Deficiente
1
4. Apoios socioeducativos auxílios económicos seguro escolar atribuição de subsídios divulgação da informação privacidade de atendimento formas de tratamento de situações especiais funcionamento da cantina • organização e prestação do
serviço • vigilância e
acompanhamento dos alunos
correcto correcto correcto
A B B
B
3 3
89,8 95,9 96,9 60,2 44,9 44,9
44,9
57,7
56,7
– – –
29,6 30,6 44,9
33,7
– – –
9,2 12,2 7,1
13,3
6,1 4,1 – –
12,2 –
–
1,0
8,2
Na apreciação dos apoios socioeducativos, sete dos oito itens de observação constituem pontos
fortes da gestão das escolas observadas: a organização dos processos de auxílios económicos e
do seguro escolar, o processo de atribuição de subsídios, as formas de tratamento de situações
especiais e o modo como a divulgação da informação se faz são considerados correctos em
cerca de 9 em cada 10 escolas. Também nos outros casos, a percentagem de situações de cor-
recção identificadas se revela bastante elevada, atingindo mais de 76% no que se refere à priva-
cidade de atendimento aos alunos e famílias e, ainda, ao funcionamento da cantina.
38 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
94
6.1.1.5 Recursos Físicos
QUADRO 40 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIA39 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
3
B C D Deficiente
1
5. Recursos físicos gestão dos espaços gestão dos espaços organização dos espaços • espaços de convívio
qualidade do espaço segurança • controlo de entradas e
saídas aprazibilidade • limpeza
biblioteca/centro de recursos acessibilidade • horário • regras de consulta • localização apoio a utilizadores • actividades • permanências apetrechamento • critérios de aquisições • iniciativas de melhoria
equipamentos informáticos acessibilidade rentabilização • frequência de utilização • diversidade de utilizações
equipamentos desportivos rentabilização • frequência de utilização • diversidade de utilizadores
B B 3
B 3 B 3
B 3 3 3 B 3 3 B 3 3
B B 3 3
B 3 3
27,6 26,5 53,6
26,5
63,9 27,6 57,7
46,4 66,0 70,1 63,9 41,8 53,6 58,8 38,8 55,7 50,5
35,7 30,6 60,8 52,6
30,6 68,0 62,9
64,3 42,9
41,8
37,8
35,1
29,6
35,7
42,9 44,9
45,9
7,1 26,5
27,6
30,6
14,4
24,5
21,4
15,3 18,4
16,3
1,0 3,1
15,5
3,1
11,3 4,1 5,2
1,0 3,1 2,1 3,1 2,0 3,1 3,1 3,1 6,2 5,2
4,1 4,1 7,2 6,2
– 3,1 1,0
Os recursos físicos são considerados muito bem geridos e organizados (92% das situações
observadas).
No que concerne à qualidade dos espaços escolares, 7 em cada 10 escolas revelam cuidados
com a segurança (69%) e a aprazibilidade (66%), nomeadamente, no controlo de entradas e
saídas da escola (64% de situações predominantemente positivas) e na limpeza (58%).
Todos os outros aspectos específicos, como a vigilância, o acompanhamento das crianças nos
recreios, a conservação, o embelezamento ou os níveis de ruído, são mencionados como consti-
tuindo situações predominantemente positivas apenas em 3 ou 4 escolas de cada 10 observa-
das.
39 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
95
Quanto ao funcionamento das bibliotecas/centros de recursos – cujos itens e subitens de opera-
cionalização registam, na totalidade, medianas de nível B e nível 3, significando correcção e
desempenhos predominantemente positivos em pelo menos metade das situações observadas –,
destacam-se os seguintes aspectos:
a sua acessibilidade (81%);
o horário de funcionamento (66%);
regras para consulta ou requisição de livros (70%);
localização dos equipamentos (64%);
os apoios prestados aos utilizadores (72%), em termos de actividades desenvolvidas e horas
de permanência dos responsáveis;
o apetrechamento (75%), quer quanto ao critério de aquisições, quer quanto a iniciativas de
melhoria do acervo.
6.1.1.6 Organização Pedagógica
No que diz respeito a outros equipamentos educativos, desportivos e informáticos, a sua gestão
é igualmente identificada como ponto forte, sobretudo no que se refere à sua acessibilidade e
rentabilização, como se verificou em 7 de cada 10 escolas.
No referente à área-chave organização pedagógica, em cada nível de educação e ensino, é de
notar que nenhum item nos campos em análise – constituição de grupos/turmas, distribuição do
serviço docente, oferta curricular e organização dos semanários horários dos alunos – se pode
classificar como ponto forte. Medianas de nível B são encontradas em sete dos onze itens relati-
vos às escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico, cuja apreciação indica que 6 a 7 escolas em
cada 10 apresentam desempenho muito correcto ou correcto, de acordo com o estipulado no
quadro normativo. É o caso da:
oferta curricular adequada ao contexto (68%), nomeadamente tendo em conta os recursos
humanos da escola (57% de situações predominantemente positivas) e os interesses dos alu-
nos (40% predominantemente positivo);
consistência e eficiência dos critérios de constituição de turmas (69%);
adequação dos critérios de distribuição do serviço docente (63%);
distribuição do crédito global (52%);
distribuição da carga horária semanal dos horários dos alunos (66%);
organização da respectiva mancha horária (59%).
Avaliação Integrada das Escolas
96
6.1.1.7 Plano de Acção Educativa
QUADRO 41 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS40 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
7. Plano de acção educativa Projecto educativo/Plano de actividades princípios orientadores diagnóstico
Projectos de desenvolvimento educativo complementar adequação ao contexto participação dos alunos • número de alunos
envolvidos projectos nacionais/ internacionais capacidade mobilizadora rentabilização de recursos
B B
B B
3
B B B
27,6 26,5
32,7 32,7
58,8
35,0 32,7 25,5
27,6 37,8
55,1 39,8
33,8 34,7 43,9
28,6 27,6
11,2 18,4
12,5 16,3 12,2
6,1 2,0
– 6,1
8,2
–
3,1 4,1
No que se refere à área-chave Plano de Acção Educativa identificam-se como pontos fortes a
definição de princípios orientadores (56%) e a elaboração do diagnóstico de escola (66%), con-
ducente à elaboração do Projecto Educativo de Escola (PEE). Em relação aos campos projectos
de desenvolvimento educativo complementar e projectos nacionais e internacionais, destacam-
se os itens relativos à sua adequação ao contexto (88%), o grau de participação dos alunos
(73%), a capacidade de mobilização (68%) e a rentabilização de recursos 70%).
Outros aspectos que, não sendo pontos fortes, podem ser considerados pontos positivos no
desempenho, apresentando situações de correcção em pelo menos metade das escolas (media-
nas de nível B), são nomeadamente:
no relativo à elaboração do Projecto Educativo de Escola e do Plano de Actividades, o que
refere a definição de prioridades (57%), a selecção de estratégias de actuação (58%) e a
tipificação de acções a desenvolver (67%).
no que diz respeito ao planeamento do ensino e das aprendizagens, a nível do conselho de
docentes ou dos departamentos curriculares, destaca-se a gestão de conteúdos programáti-
cos (52%) e a definição de critérios de avaliação (67%).
40 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
97
6.1.2 Agrupamentos
Depois de analisados os pontos fortes da organização e gestão das escolas singulares, procede-
-se à mesma análise para o caso dos agrupamentos. Os quadros 42, 43, 44, 45, 46, 47, e 48
apresentam, para cada área-chave, as tabelas de frequências dos itens que, em cada campo de
observação, constituem pontos fortes nos agrupamentos intervencionados. A itálico, são identi-
ficados os respectivos subitens de operacionalização que registam medianas de nível 3 (de-
sempenhos predominantemente positivos).
6.1.2.1 Estruturas Organizativas
QUADRO 42 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS41 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis
Mediana
A Correcto
3
B C D Deficiente
1
1. Órgãos de administração e gestão Direcção executiva: democraticidade • composição
B 3
27,1 75,5
58,3
14,6
–
4,1
A análise das classificações do desempenho das estruturas organizativas dos agrupamentos
mostra algumas diferenças importantes relativamente às escolas singulares. Assim, apenas foi
identificado um ponto forte no desempenho da direcção executiva, ainda que sejam assinalados
desempenhos muito correctos e correctos num elevado número de situações observadas, relati-
vas ao funcionamento das diferentes estruturas.
Tal como observado nas escolas singulares, o funcionamento da assembleia de escola, no que
concerne à democraticidade, é predominantemente positivo, se se tiver em conta a composição,
percentualmente em maior número de situações do que nas escolas singulares (em 76% dos
agrupamentos e em 68% das escolas singulares). Porém, se se considerarem níveis mais exigen-
tes do funcionamento democrático, como a participação dos seus diferentes membros na identi-
ficação de questões para discussão e decisão relativas a assuntos da sua competência, ou a au-
dição regular dos diferentes sectores e parceiros, em apoio da tomada de decisão, a percenta-
gem de agrupamentos com desempenhos predominantemente positivos é bem menor – 37 e
29% respectivamente em cada um destes subitens.
41 Nem sempre a soma totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
98
O mesmo se verifica relativamente à função de articulação que compete a este órgão, nomea-
damente entre as diferentes unidades que integram o agrupamento, questão onde se assinalam
89% de não-respostas, por não-ocorrência.
No que diz respeito à direcção executiva, o único ponto forte que se identifica refere-se à demo-
craticidade do seu funcionamento – 85% das situações observadas e apreciadas como muito
correctas ou correctas – sendo que essa apreciação tem em conta a composição e a colegiali-
dade interna na tomada de decisões. Em todos os outros subitens apresenta avaliações muito
semelhantes às que são feitas para as escolas singulares (desempenhos predominantemente
positivos em menos de 5 agrupamentos em cada 10).
Relativamente aos outros itens, a sua apreciação global, em termos de correcção, é mais elevada
do que a que se apresenta para as escolas singulares, embora o número de situações considera-
das muito correctas (nível A) seja sempre inferior ao observado nas escolas singulares.
Escolas Singulares Agrupamentos
democraticidade 85% 85%
função de articulação 71% 79%
operacionalidade 91% 83%
exercício da liderança 74% 84%
Duas observações devem ser feitas ainda, relativamente ao funcionamento desta estrutura: a sua
menor democraticidade e operacionalidade em todos os subitens considerados, quando compa-
rada com as escolas singulares, e o melhor desempenho no que se refere à função de articulação
e na mobilização dos actores, como aspectos específicos da liderança.
No que se refere ao conselho pedagógico, apenas a democraticidade, no que diz respeito à sua
composição, é mencionada como positiva.
Relativamente às estruturas de orientação educativa, não se registam pontos fortes, apresen-
tando a intervenção pedagógica do conselho de docentes uma mediana de nível B. Deve notar-
-se que, nos campos da coordenação de turma, coordenação de ano, ciclo ou curso e professor-
-tutor, o número de não-respostas é muito elevado (entre 69% e 96%), o que não surpreende,
tendo em conta o número de situações, onde estes itens não se aplicam, nos níveis de educação
e ensino observados.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
99
6.1.2.2 Serviços Administrativos
QUADRO 43 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS42 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
B C D Deficiente
2. Serviços administrativos crianças/alunos processos individuais pautas livros de termos diplomas/certidões
pessoal docente e não docente processos individuais classificação do pessoal não docente avaliação do desempenho dos docentes conformidade controlo da assiduidade e pontualidade critérios de distribuição de serviço
correcto correcto correcto correcto
correcto
correcto
correcto correcto
correcto
B
81,3 31,9 31,3 45,8
83,3
87,5
87,5 87,5
77,1
29,2
– – – –
– – – – –
47,9
– – – – – – – – –
12,5
12,5 2,143
-44 -45
12,5
10,4
10,4 6,3
12,5
–
No que se refere ao funcionamento dos serviços administrativos, e tal como acontece na avalia-
ção das escolas singulares, todos os campos de observação são identificados como pontos for-
tes, embora com uma menor percentagem de situações de correcção.
Regista-se uma elevada percentagem de não-respostas no que se refere à organização de pau-
tas, livros de termos, diplomas e certidões, em virtude da forte representação, nos agrupamen-
tos, dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, onde estes
critérios de observação não se aplicam.
42 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas. 43 Este item teve 66% de não-respostas, correspondendo aos estabelecimentos onde não existem pautas. 44 Este item teve 69% de não-respostas, correspondendo aos estabelecimentos onde não existem livros de termos. 45 Este item teve 54% de não-respostas, correspondendo aos estabelecimentos onde não são passados diplomas.
Avaliação Integrada das Escolas
100
6.1.2.3 Gestão de Recursos Financeiros
QUADRO 44 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS46 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
B C D Deficiente
3. Recursos financeiros orçamento: processo de elaboração
receitas: adequação
despesas: processo de realização conformidade orçamental razoabilidade
correcto
B
correcto correcto
B
72,9
25,0
68,8 83,3 25,0
–
35,4 – –
62,5
–
10,4
– –
4,2
14,6
4,2
22,9 4,2 –
A gestão dos recursos financeiros constitui um ponto forte em vários campos de observação, tal
como nas escolas singulares, embora registando, aqui também, percentagens inferiores de si-
tuações de correcção:
os processos de elaboração do orçamento e de realização de despesas, considerados cor-
rectos em cerca de 8 por cada 10 agrupamentos;
a razoabilidade das aquisições efectuadas (88% de situações de correcção);
a adequação das receitas à execução de projectos (83% de situações de correcção);
a conformidade dos montantes gastos com a previsão orçamental, considerada correcta em
cerca de 8 em cada 10 agrupamentos.
6.1.2.4 Apoios Socioeducativos
QUADRO 45 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS47 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A Correcto
B C D Deficiente
4. Apoios socioeducativos auxílios económicos seguro escolar atribuição de subsídios divulgação da informação privacidade de atendimento formas de tratamento de situações especiais
correcto correcto correcto
B B
B
79,2 85,4 79,2 44,7 27,1
25,0
– – –
38,3 39,6
43,8
– – –
4,3 18,8
8,3
2,1 –
2,1 –
2,1
–
46 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas. 47 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
101
Tal como na avaliação das escolas singulares, embora também neste caso com percentagens
inferiores, seis itens referentes à apreciação dos apoios socioeducativos são identificados como
pontos fortes da gestão dos agrupamentos:
a organização dos processos de auxílios económicos (79%) e do seguro escolar (85%);
o processo de atribuição de subsídios (79%);
a divulgação da informação necessária ao acesso aos apoios (82%);
a privacidade do atendimento às famílias (59%);
as formas de tratamento de situações especiais (69%).
6.1.2.5 Recursos Físicos
QUADRO 46 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS48 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis
Mediana
A Correcto
3
B C D Deficiente
1
5. Recursos físicos gestão dos espaços qualidade dos espaços: aprazibilidade • limpeza
B
B 3
27,1
25,0 57,1
54,2
50,0
14,6
22,9
2,1
– –
Os espaços e o modo como são geridos de acordo com as actividades desenvolvidas, são consi-
derados um ponto forte (81%), ainda que menos frequentemente do que nas escolas singulares,
sendo claro que a organização do próprio agrupamento não o facilita.
No que se refere à sua qualidade, menciona-se a vigilância e o acompanhamento das crian-
ças/alunos durante os recreios e a limpeza como subitens que registam medianas de nível 3,
denotando situações predominantemente correctas.
Ao contrário das escolas singulares, a gestão dos equipamentos educativos não é considerada
um ponto forte dos agrupamentos, seja no que se refere à biblioteca/centro de recursos, seja no
que concerne aos equipamentos informáticos e desportivos, sendo de registar o elevado número
de não-respostas, significando não-observado em cerca de 30 a 40% de casos, por inexistência.
48 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
102
6.1.2.6 Organização Pedagógica
QUADRO 47 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS49 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
6. Organização pedagógica Escolas do 1.º CEB constituição das turmas • continuidade pedagógica • equilíbrio na distribuição de
alunos com NEE
B 3 3
25,0 69,4
51,0
60,4
12,5
–
4,1
6,1
No referente à organização pedagógica por nível de ensino, regista-se um elevado número de
não-respostas, o que de certo modo se justifica, pelo predomínio das escolas muito pequenas,
que integram o agrupamento. É de referir a identificação de um ponto forte no caso nas escolas
do 1.º CEB no que respeita a constituição das turmas (85% de correcção ou muita correcção),
cujos subitens de operacionalização – continuidade pedagógica e equilíbrio na distribuição de
alunos com necessidades educativas especiais – registam medianas de nível 3, significando de-
sempenhos predominantemente positivos.
No que se refere ao itens relativos à razoabilidade de critérios de constituição de grupos, nos
jardins de infância, e de distribuição do serviço docente, quer nestes estabelecimentos, quer nos
do 1.º ciclo do ensino básico, registam-se apreciações que relevam a predominância de cor-
recção dos desempenhos.
6.1.2.7 Plano de Acção Educativa
QUADRO 48 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FORTES – TABELA DE FREQUÊNCIAS50 (%)
Campo de observação, item e subitem
Níveis Mediana
A 3
B C D 1
7. Plano de acção educativa projectos nacionais/ internacionais adequação participação • número de alunos
envolvidos • assiduidade dos alunos
B B 3 3
29,2 31,3
51,0 51,0
37,5 37,5
8,3 8,3
2,1 2,1
–
2,0
49 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas. 50 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
103
Como se pode constatar, a avaliação dos agrupamentos permite identificar um menor número
de pontos fortes do que nas escolas singulares. Assim, e ao contrário destas, não se regista
qualquer ponto forte no que se refere à elaboração do Projecto Educativo e do Plano de Activi-
dades, nem ao planeamento do ensino e das aprendizagens.
A realização de projectos de desenvolvimento educativo complementar, nacionais e internacio-
nais, é considerada muito correcta ou correcta nos agrupamentos, à semelhança do que acon-
tece nas escolas singulares, embora evidenciando menor capacidade de mobilização ou de ren-
tabilização de recursos.
6.2 Pontos fracos
6.2.1 Escolas singulares
Como se pode observar nos quadros 49, 50 e 51 são relativamente poucos os itens de de-
sempenho que se podem considerar pontos fracos, quer nas escolas singulares, quer nos agru-
pamentos, embora a incidência seja, de certa forma, coincidente. Assim, verificaram-se pontos
fracos apenas em três das sete áreas-chave: estruturas organizativas, organização pedagógica e
plano de acção educativa.
Identificam-se, porém, outros aspectos que, não sendo pontos fracos, podem ser considerados
pontos negativos no desempenho.
6.2.1.1 Estruturas Organizativas
QUADRO 49 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS51 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Orgãos de administração e gestão conselho pedagógico integração comunitária
C
10,2
37,8
41,8
8,2
2. Estruturas de orientação educativa conselho de docentes/ departamentos curriculares intervenção pedagógica apoio e enquadramento monitorização educativa
coordenação de ano, ciclo ou curso coordenação entre docentes
C C C
C
4,1 7,1 4,1
2,0
31,6 35,7 35,7
37,8
55,1 52,0 48,0
37,8
9,2 4,1
10,2
4,1
51 Na maioria dos casos a soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
104
Na área-chave Estruturas Organizativas, encontram-se itens considerados pontos fracos nos dois
campos de observação. No campo órgãos de administração e gestão, apenas no que se refere ao
conselho pedagógico a integração comunitária das escolas singulares pode ser considerada
como ponto fraco, dado registar situações de correcção aceitável e não aceitável em metade das
unidades de gestão observadas, e em maior número do que as situações de correcção.
No que se refere ao campo estruturas de orientação educativa, na maioria das escolas regista-se
um número elevado de situações de correcção aceitável e de não aceitável, a nível do funciona-
mento dos conselhos de docentes/departamentos curriculares, nomeadamente, no que se refere
à intervenção pedagógica (64%), ao apoio e enquadramento dos docentes (56%), à monitoriza-
ção educativa (58%). Tal significa que constituem aspectos menos conseguidos no funciona-
mento das escolas os que, no âmbito do funcionamento dos departamentos curriculares do
conselho de docentes, na intervenção pedagógica, se referem à gestão do currículo.
Também a coordenação de ano, ciclo ou curso, no que se refere especificamente à coordenação
entre docentes, nos 2.º e 3.º ciclos e no ensino secundário, é considerada como maioritaria-
mente pouco correcta. Por sua vez, a função de professor-tutor não foi implementada em 93%
das escolas observadas.
6.2.1.2 Organização Pedagógica
QUADRO 50 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS52 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
7. Organização pedagógica – (EB 2, 3) oferta curricular – integração da componente regional e local
C
6,2
22,7
23,7
12,4
Na área-chave Organização pedagógica, e no que se refere à oferta curricular nas escolas do 2.º
e 3.º ciclos do ensino básico, regista-se um ponto fraco em termos da integração da compo-
nente regional e local – mediana nível C. Deve ainda sublinhar-se que este item apresenta um
elevado número de não-respostas (35%), por não ocorrência da situação em análise.
A análise dos subitens que operacionalizam os itens nestes campos de observação não revela
registos de medianas de nível 1 (desempenhos predominantemente negativos em mais de me-
52 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
105
tade das situações). Porém, subitens com mais de 20% de apreciações de nível 1, denotando
situações predominantemente negativas, são encontrados nos seguintes casos:
funcionamento dos conselhos de docentes/departamentos curriculares, nomeadamente no
que se refere:
à intervenção pedagógica, tendo em vista a promoção da articulação curricular e
o desenvolvimento da actividade interdisciplinar;
às funções de apoio e enquadramento dos docentes, no que respeita à organiza-
ção da formação e actualização no âmbito científico, didáctico e metodológico;
à monitorização educativa, tendo em conta a regularidade de análise e reflexão
sobre processos e resultados educativos;
ao funcionamento das estruturas de coordenação de docentes, no que respeita à
gestão curricular e à atenção à consistência dos resultados escolares;
à qualidade dos espaços escolares no item da segurança, sinalização e à indicação
dos procedimentos, em caso de sinistro.
6.1.2.3 Plano de Acção Educativa
QUADRO 51 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: ESCOLAS SINGULARES
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS53 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
7. Plano de acção educativa Projecto educativo/Plano de actividades avaliação e acompanhamento do processo educativo
Planeamento do ensino e das aprendizagens definição de objectivos e estratégias avaliação e acompanhamento do planeamento
C
C
C
9,2
5,1
6,1
25,5
24,5
34,7
48,0
45,9
52,0
13,3
22,4
4,1
O Plano de Acção Educativa é considerado como aceitável ou não aceitável no que concerne à
avaliação e acompanhamento do processo educativo previstos no Projecto Educativo e/ou no
Plano de Actividades, em pelo menos 61% das situações observadas. Além disso, dois dos qua-
tro itens do campo de observação planeamento do ensino e das aprendizagens são igualmente
identificados como pontos fracos, tendo registado medianas de nível C, desempenho aceitável,
nomeadamente no que se refere à definição de objectivos e estratégias, com vista à articulação
curricular (68%) e à avaliação e acompanhamento do processo de planeamento (56%).
53 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
106
Nenhum subitem foi avaliado como sendo de desempenho predominantemente negativo (me-
diana de nível 1). Porém, situações que apresentam mais de 20% de desempenhos negativos são
encontradas nos seguintes casos, onde, em simultâneo, também existem classificações de de-
sempenho predominantemente positivo:
elaboração do Projecto Educativo de Escola/Plano de Actividades no que se refere à hierarqui-
zação das prioridades de intervenção, tendo em conta as necessidades locais (22% de casos
de desempenhos predominantemente negativos versus 30% de desempenhos predominan-
temente positivos);
planeamento a nível do conselho de docentes/departamentos curriculares, no que respeita à
definição de objectivos e estratégias com vista à articulação curricular entre áreas disciplina-
res (37% de casos de desempenho predominantemente negativo, versus 16% predominan-
temente positivos) e entre anos de escolaridade (44% de casos de desempenho predominan-
temente negativos versus 13% de casos predominantemente positivos).
Este contraste sinaliza áreas de desempenho problemático, na medida em que, sendo predomi-
nante o desempenho negativo, existem casos exemplares de boas práticas.
6.2.2 Agrupamentos
QUADRO 52 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS54 (%)
Campo de observação e item Níveis
Mediana A B C D
1. Orgãos de administração e gestão conselho pedagógico integração comunitária
C
14,6
25,0
54,2
–
2. Estruturas de orientação educativa conselho de docentes/ departamentos curriculares apoio e enquadramento monitorização educativa
C C
8,3 6,3
29,2 20,8
52,1 50,0
8,3 18,8
No campo de observação órgãos de administração e gestão, no que se refere ao funcionamento
do conselho pedagógico dos agrupamentos, registam-se situações de incorrecção no que con-
cerne à integração comunitária. Outros itens, não podendo estatisticamente ser considerados
pontos fracos, constituem áreas de debilidade organizacional e pedagógica, na medida em que
se observam desempenhos correctos num número reduzido de escolas. Assim, apenas em cerca
de 20 a 25% das escolas se observa a preocupação relativa à constituição de um projecto educa-
54 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
107
tivo de agrupamento integrado com a comunidade local e outras escolas, bem como a intenção
de mobilizar as famílias e a comunidade.
No que se refere às estruturas de orientação educativa, identifica-se um número elevado de
situações de correcção aceitável e não aceitável no funcionamento dos conselhos de docen-
tes/departamentos curriculares, nomeadamente, em relação à gestão do currículo e à promoção
da articulação curricular no agrupamento, no que respeita ao apoio e enquadramento dos do-
centes e à monitorização educativa, quer no que se refere à recolha de informação, quer à sua
análise. A função de professor-tutor não foi implementada em 96% dos agrupamentos observa-
dos.
Noutras áreas-chave, uma análise dos subitens que operacionalizam os itens observados, revela
desempenhos predominantemente negativos (medianas de nível 1) apenas num caso, no que se
refere às condições de segurança, à sinalização e aos procedimentos em caso de sinistro. Outras
situações com mais de 20% de apreciações de nível 1, denotando um conjunto de desempenhos
predominantemente negativos, são semelhantes às que foram identificadas para as escolas sin-
gulares.
6.2.2.2 Plano de Acção Educativa
QUADRO 53 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO: AGRUPAMENTOS
PONTOS FRACOS – TABELA DE FREQUÊNCIAS55 (%)
Campo de observação/Item Níveis
Mediana A B C D
7. Plano de acção educativa Projecto educativo/Plano de actividades Avaliação e acompanhamento do processo educativo
Planeamento do ensino e das aprendizagens Definição de objectivos e estratégias Avaliação e acompanhamento do planeamento
C
C
C
10,6
8,3
8,3
14,9
35,4
16,7
48,9
39,6
45,8
10,9
12,5
22,9
É possível concluir que escolas singulares e agrupamentos apresentam pontos fracos em algu-
mas áreas semelhantes:
na avaliação e acompanhamento do processo educativo previstos no Projecto Educativo e/ou
no Plano de Actividades;
na definição de objectivos e estratégias com vista à articulação curricular;
55 A soma não totaliza 100% por causa das não-respostas.
Avaliação Integrada das Escolas
108
na avaliação e acompanhamento do processo de planeamento.
Nenhum dos subitens foi avaliado como sendo de desempenho predominantemente negativo.
No entanto, assinalam-se mais de 20% de situações de desempenho predominantemente nega-
tivo (apreciações de nível 1) em casos semelhantes aos das escolas singulares, nomeadamente
no que se refere ao planeamento a nível do conselho de docentes/departamentos curriculares –
definição de objectivos e estratégias, com vista à articulação curricular entre áreas disciplinares
(27% de situações de desempenho predominantemente negativos versus 20% positivos) – e
entre anos de escolaridade (35% de situações predominantemente negativas versus 18% positi-
vas).
6.3 Síntese
A avaliação da dimensão Organização e Gestão nas unidades de gestão, sejam escolas singulares
ou agrupamentos, permite registar a ocorrência de situações, de muita correcção ou correcção,
semelhantes na maior parte das áreas-chave e campos de observação considerados.
Destaca-se a maior consolidação de funcionamento das estruturas organizativas, nomeada-
mente, dos órgãos de administração e gestão, que apresentam maior número de pontos fortes,
nas escolas singulares. Nos agrupamentos, apenas a direcção executiva é relevada como tal.
Sublinha-se, todavia, que são considerados mais frequentemente muito correctos ou predomi-
nantemente positivos os aspectos do funcionamento que decorrem do disposto no normativo –
conformidade legal – do que da contextualização. Na avaliação que é feita das estruturas de
orientação educativa, nos dois modelos organizativos das escolas, apenas merece destaque a
direcção de turma nas escolas singulares, em especial no desempenho das suas funções adminis-
trativas.
As funções de orientação pedagógica no caso dos agrupamentos ficam, na larga maioria das
situações observadas, indeterminadas. Nas escolas singulares, constituem a incidência maioritá-
ria dos pontos fracos, com destaque para o funcionamento dos conselhos de docentes, no caso
dos jardins de infância, e das escolas do 1.º ciclo, e dos departamentos curriculares, nos outros
níveis de ensino.
No que se refere ao funcionamento dos serviços administrativos e à gestão de recursos financei-
ros, observam-se níveis elevados de correcção de procedimentos, ainda que com maior frequên-
cia de correcção nas escolas singulares. No que se refere ao desempenho na área dos apoios
socioeducativos, destacam-se os níveis de correcção formal nos dois modelos de escola e a
maior frequência de comportamentos muito correctos ou correctos, relativos à capacidade de
resposta – divulgação de informação, atendimento, tratamento de situações especiais, funcio-
namento de serviços sociais – nas escolas singulares.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
109
No que diz respeito aos recursos físicos, o único ponto forte comum é a aprazibilidade dos espa-
ços, especificamente a limpeza, e o modo como são geridos. Em quase todos os itens relativos a
equipamentos educativos nos agrupamentos, verifica-se um grande número de não-avaliações –
entre 30 a 40%.
O que se refere à gestão e organização pedagógicas contextualizadas, à integração comunitária
e à oferta curricular, integrando componentes regionais e locais, constitui um ponto fraco, quer
nas escolas singulares quer nos agrupamentos.
Relativamente ao Planeamento da Acção Educativa, verifica-se que, nos Agrupamentos, existe
frequentemente desconhecimento de um projecto educativo aglutinador.
Nas escolas singulares, a correcção do Projecto Educativo e do Plano de Actividades incide mais
na definição de princípios orientadores e na apresentação do diagnóstico do desempenho local
do que na programação e definição de metas de desenvolvimento, ou na programação especí-
fica do ensino e das aprendizagens.
Escolas singulares e Agrupamentos mobilizam-se igualmente para participar em projectos de
desenvolvimento educativo e complementar, nacionais ou internacionais, como forma de dina-
mização interna e de fruição e rentabilização de recursos.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
111
C A P Í T U L O 7 — D E S E M P E N H O G L O B A L D A S E S C O L A S
Depois de se ter apresentado os resultados das avaliações integradas, tendo como enfoque o
desempenho em cada área-chave, campo de observação, item e subitens de desempenho, suma-
rizam-se agora os resultados registados, tendo como enfoque o desempenho global dos esta-
belecimentos que ministram os diferentes níveis de educação e ensino. Nesse sentido, neste
capítulo, apresentam-se os resultados globais das avaliações integradas em cada nível de educa-
ção e ensino – educação pré-escolar, 1.º ciclo do ensino básico, 2.º e/ou 3.º ciclo do ensino bá-
sico e ensino secundário – nas dimensões relativas, respectivamente:
aos resultados dos alunos no final do ensino básico – 9.º ano – e do ensino secundário – 12.º
ano – em termos de valor acrescentado e sua distribuição por níveis de IDS;
ao processo de ensino e aprendizagem;
ao clima e ambiente educativos em cada nível de educação e ensino;
à organização e gestão das escolas sede de unidades de gestão, sejam escolas singulares ou
sedes de agrupamento.
Para tal, em cada nível de ensino e para cada uma das três últimas dimensões de avaliação,
identifica-se a pontuação máxima possível (cujo valor é calculado a partir do número de itens de
observação em cada roteiro multiplicado por 4 pontos – correspondentes à avaliação de nível A
– muito correcto). A essa classificação faz-se corresponder 100%.
A partir daí, reporta-se a pontuação máxima e mínima registadas e, ainda, as pontuações cor-
respondentes ao percentil 25 (valor abaixo do qual se encontram 25% das instituições educati-
vas com desempenhos menos positivos); à mediana e ao percentil 75 (valor acima do qual se
encontram 25% das instituições educativas com desempenhos mais positivos).
Todos os valores de pontuação foram convertidos em percentagens, para facilidade de com-
preensão.
Estabelece-se, ainda, o valor mínimo aceitável a partir do qual se pode considerar globalmente
menos correcto o desempenho registado. Este valor obtém-se a partir do número de itens de
cada roteiro multiplicado por 2 pontos, correspondentes à avaliação de C (aceitável), o que
significa a existência de algumas incorrecções importantes, ou de várias menos importantes, no
Avaliação Integrada das Escolas
112
conjunto dos itens observados. Para efeitos estatísticos, fez-se corresponder ao nível C o valor 2,
como se explica no capítulo 2 – Metodologia.
No caso do roteiro Organização e Gestão, 15 itens eram de resposta alternativa: cor-
recto/deficiente. Neste caso, e para efeitos de tratamento estatístico, fez-se corresponder o valor
4 à avaliação de correcto, para a equiparar ao nível A e fez-se corresponder o nível 1 à avaliação
de deficiente, para a equiparar ao nível D ou seja, predominância de grandes incorrecções no
conjunto dos itens observados. Assim, no cálculo do valor mínimo aceitável para estes itens utili-
zou-se a fórmula número de itens x 1. No cálculo da pontuação máxima possível a correspon-
dência de nível A à avaliação de correcto permitiu utilizar a mesma fórmula de cálculo em todos
os casos.
7.1 Resultados dos alunos
No capítulo 3 apresentou-se o conjunto de indicadores de resultados que foram trabalhados a
partir da informação disponibilizada pelas escolas, relativa ao desempenho dos alunos.
Um dos indicadores mais ricos na leitura dos resultados dos alunos e da sua relação com a capa-
cidade das escolas em contribuir para melhores aprendizagens/melhores resultados é o valor
acrescentado. Como se refere na pág. 37 o valor acrescentado é um indicador que traduz a dife-
rença entre o sucesso alcançado pelos alunos de uma escola e o sucesso que seria de esperar, se
esses alunos tivessem um sucesso idêntico ao da população de referência. De certa forma, este
indicador mostra até que ponto umas escolas criaram as condições para ultrapassar dificuldades
nas aprendizagens e outras não.
Entre outros, os factores contextuais são muitas vezes invocados para justificar essa menor ca-
pacidade.
Os gráficos de dispersão que abaixo se apresentam mostram a relação do valor acrescentado em
cada escola que ministra, respectivamente, o 9.º ano e o 12.º ano, cursos gerais e tecnológicos,
com o Índice de Desenvolvimento Social56 local respectivo. Estes gráficos ilustram, em ambos os
casos, a existência de uma correlação praticamente nula entre estas variáveis, r < 0,17, o que é
confirmado pelos respectivos valores do coeficiente de determinação (R2). Verifica-se, também,
nestes gráficos que, em cada intervalo de IDS (0,95; 0,9; 0,85; 0,8; 0,75), coexistem os melhores
e os piores valores acrescentados.
56 Índice, por concelhos, composto com base nos índices: esperança de vida à nascença; nível educacional; conforto e
saneamento. Portaria n.º 995/98, publicada no D.R. n.º 273 – I série de 25/11/98. O índice de Desenvolvimento Social de Portugal é 0,878, oscilando o valor por concelho entre 0,639 e 0,935.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
113
0,75
0,8
0,85
0,9
0,95
-35% -30% -25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20%
Valor acrescentado
IDS
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
-20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
Valor acrescentado
IDS
GRÁFICO 4 – DISPERSÃO DO VALOR ACRESCENTADO NO 9.º ANO DO ENSINO BÁSICO POR ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,0009
GRÁFICO 5 – DISPERSÃO DO VALOR ACRESCENTADO NO 12.º ANO DOS CURSOS GERAIS POR ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,027
Avaliação Integrada das Escolas
114
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
-25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
Valor acrescentado
IDS
GRÁFICO 6 – DISPERSÃO DO VALOR ACRESCENTADO NO 12.º ANO DOS CURSOS TECNOLÓGICOS POR ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,001
Aquele coeficiente demonstra a independência entre estas variáveis e permite afirmar que o
índice de desenvolvimento social não explica as diferenças de valor acrescentado entre escolas.
Tal constatação, sugere que outros factores, dos alunos, das próprias escolas ou do processo
educativo, actuam com maior influência no sucesso e nas aprendizagens do que a variável
referida.
7.2 Educação, Ensino e Aprendizagem e Clima e Ambiente Educativos
Nos capítulos 4 e 5 apresentam-se os dados recolhidos na avaliação do desempenho das escolas
nas dimensões Educação, Ensino e Aprendizagem e Clima e Ambiente Educativos, tendo apre-
sentado os factores identificados como pontos fortes e pontos fracos em cada nível de ensino.
Nos quadros e gráficos que se seguem apresenta-se, por nível de ensino, o desempenho das
escolas de forma a sintetizar a avaliação atribuída a cada escola e a permitir, numa distribuição
percentil, a identificação dos grupos de escola cuja pontuação corresponde aos 25% de escolas
pior classificadas e aos 50% que se distribuem um intervalo de classificação média.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
115
Esta análise permite, por um lado, identificar a homogeneidade ou a heterogeneidade dos de-
sempenhos, conforme a amplitude de distribuição em cada categoria e no conjunto das escolas
que ministram cada um dos níveis de ensino ministrado; por outro lado, indica-nos a proporção
de escolas cujo desempenho foi avaliado acima do percentil 75, e que constitui uma fronteira
distintiva entre escolas com um desempenho bom e as escolas com desempenho muito bom.
7.2.1 Educação pré-escolar
Os quadros 44 e 45 apresentam, respectivamente, os resultados da avaliação dos jardins de in-
fância nas dimensões Educação, Ensino e Aprendizagem e Clima e Ambiente Educativos. A pon-
tuação máxima referida na coluna 1 do quadro 44 corresponde a uma pontuação total de 140
(4x35 itens). No quadro 45 essa coluna corresponde a uma pontuação total de 60 (4x15 itens).
QUADRO 44 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS JARDINS DE INFÂNCIA: EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% JI com desempenhos de valor igual ou inferior ao valor mínimo
aceitável
100% 87% 21% 47% 56% 66% 50% 30%
QUADRO 45 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS JARDINS DE INFÂNCIA: CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% JI com desempenhos de valor igual ou inferior ao valor mínimo
aceitável
100% 90% 35% 58% 67% 75% 50% 9%
Avaliação Integrada das Escolas
116
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 20 40 60 80 100 120 140
JI (122)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 20 40 60 80 100 120 140
JI (122)
Para melhor visualizar a informação condensada nos quadros, apresenta-se, nos gráficos 7 e 8, a
respectiva representação.
GRÁFICO 7 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS JARDINS DE INFÂNCIA: EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
GRÁFICO 8 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS JARDINS DE INFÂNCIA: CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
117
No que se refere à dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, as pontuações oscilam num
intervalo de 66%, ou seja, entre 21 e 87%. 25% dos jardins de infância com desempenhos me-
nos positivos, nesta dimensão, tem avaliação inferior a 47%; por sua vez, o total de 25% de
jardins de infância com desempenhos mais positivos registam pontuações acima de 66%. Estes
dois valores significam que metade dos jardins de infância apresentam um desempenho ava-
liado entre 47% e 66%, intervalo que define o que se pode considerar um desempenho de nível
médio, nestes estabelecimentos.
Há, no entanto, cerca de 30% de jardins de infância cujo desempenho, pela avaliação global
registada na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, pode ser considerado deficiente, se se
considerar as pontuações negativas que lhes foram atribuídas.
No que se refere à dimensão Clima e Ambiente Educativos, as pontuações oscilam num intervalo
de 55%, ou seja, entre 35% e 90%. 25% de jardins de infância com desempenhos menos positi-
vos nesta dimensão têm avaliação inferior a 58%; por sua vez, o global de 25% de jardins de
infância com desempenhos mais positivos registam pontuações acima de 75%. Estes dois valores
significam que metade dos jardins de infância apresentam um desempenho avaliado entre 58%
e 75%, intervalo que define, neste caso, o valor do desempenho de nível médio, nos estabeleci-
mentos de educação pré-escolar.
Há, no entanto, cerca de 9% de jardins de infância cujo desempenho, pela avaliação global re-
gistada na dimensão Clima e Ambiente Educativos, pode ser considerado com especiais incor-
recções, se se atender às pontuações negativas atribuídas.
7.2.2 1.º ciclo do ensino básico
Os quadros 46 e 47 apresentam, respectivamente, os resultados da avaliação dos 231 estabele-
cimentos que ministram o 1.º ciclo do ensino básico nas dimensões Educação, Ensino e Aprendi-
zagem e Clima e Ambiente Educativos. O valor máximo possível, referido na coluna 1 do quadro
46 corresponde a uma pontuação total de 132 (4x33 itens). No quadro 47, essa coluna cor-
responde a uma pontuação total de 64 (4x16 itens).
QUADRO 46 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 1.º CEB:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% EB1 com desempenhos
iguais ou inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 100% 27% 58% 64% 73% 50% 12%
Avaliação Integrada das Escolas
118
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 50 100 150 200 250
Escolas (231)
QUADRO 47 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 1.º CEB:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% EB1 com desempenhos
iguais ou inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 100% 0% 64% 72% 78% 50% 4%
Para melhor visualizar a informação condensada nos quadros, apresenta-se nos gráficos de dis-
persão 9 e 10 a respectiva representação.
GRÁFICO 9 – RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 1.º CEB:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
119
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 50 100 150 200 250
Escolas (231)
GRÁFICO 10 – RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 1.º CEB:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
No que se refere à dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, as pontuações oscilam num
intervalo de 73%, ou seja, entre 27% e 100%. 25% das escolas com desempenhos menos positi-
vos nesta dimensão têm avaliação inferior a 58%; por sua vez, o conjunto dos 25% de estabele-
cimentos mais bem cotados registam pontuações acima de 73%. Estes dois valores significam
que metade dos estabelecimentos do 1.º ciclo apresentam um desempenho avaliado entre 58%
e 73%, intervalo que define, neste caso, um desempenho de nível médio nos estabelecimentos
que ministram o 1.º ciclo.
Há, no entanto, cerca de 12% por cento de estabelecimentos que ministram o 1.º ciclo cujo
desempenho na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, pela avaliação global registada, se
pode considerar com especiais incorrecções, tendo em conta as pontuações negativas atribuí-
das.
No que se refere à dimensão Clima e Ambiente Educativos, as pontuações oscilam num intervalo
de 100%, ou seja, entre 0% e 100%57. 25% de escolas com desempenhos menos positivos nesta
dimensão, têm avaliação inferior a 64%; por sua vez, o total de 25% de estabelecimentos mais
bem cotados registam pontuações acima de 78%. Estes dois valores significam que metade dos
estabelecimentos do 1.º ciclo apresentam um desempenho avaliado entre os 64% e os 78%,
57 Em duas escolas do 1.º ciclo que integram dois agrupamentos diferentes (um vertical, outro horizontal) não foram
registadas observações feitas nesta dimensão do desempenho. Os respectivos relatórios referem genericamente o observado relativamente ao Clima e Ambiente Educativos, e com detalhe apontam apenas o que se refere à escola sede.
Avaliação Integrada das Escolas
120
intervalo que define, neste caso, um desempenho de nível médio nos estabelecimentos que
ministram o 1.º ciclo.
Há, no entanto, cerca de 4% destes estabelecimentos, cujo desempenho, pela avaliação global
registada na dimensão Clima e Ambiente Educativos, se pode considerar negativo, pelas pon-
tuações que lhes foram atribuídas.
7.2.3 2.º e/ou 3.º ciclo do ensino básico
Os quadros 48 e 49 apresentam, respectivamente, os resultados da avaliação dos 90 estabeleci-
mentos que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclo nas dimensões Educação, Ensino e Aprendizagem e
Clima e Ambiente Educativos. A pontuação máxima referida na coluna 1 do quadro 48 cor-
responde a uma pontuação total de 112 (4x28 itens). No quadro 49 essa coluna corresponde a
uma pontuação total de 80 (4x20 itens).
QUADRO 48 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 2.º E/OU 3.º CICLO EB:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% EB2,3 com desempenhos
iguais ou inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 96% 46% 60% 70% 74% 50% 4%
QUADRO 49 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 2.º E/OU 3.º CICLO EB:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Valor mínimo aceitável
% EB2,3 com desempenhos
iguais ou inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 99% 41% 63% 70% 79% 50% 6%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
121
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Escolas (90)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Escolas (90)
Para melhor visualizar a informação condensada no quadro, apresenta-se, nos gráficos de dis-
persão 11 e 12, a respectiva representação gráfica.
GRÁFICO 11 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 2.º E/OU 3.º CEB:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
GRÁFICO 12 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O 2.º E/OU 3.º CEB:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
Avaliação Integrada das Escolas
122
No que se refere à dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, as pontuações oscilam num
intervalo de 50%, ou seja, entre 46% e 96%. A avaliação do conjunto de 25% de estabelecimen-
tos menos bem cotados nesta dimensão é inferior a 60%; por sua vez, o total de 25% de esta-
belecimentos mais bem cotados registam pontuações acima de 74%. Estes dois valores signifi-
cam que metade dos estabelecimentos que ministram o 2.º e/ou 3.º CEB apresentam um de-
sempenho avaliado entre 60% e 74%, intervalo que se pode considerar, no caso destes ciclos,
um desempenho de nível médio.
Há, no entanto, cerca de 4% de estabelecimentos que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclo do ensino
básico cujo desempenho na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, pela avaliação global
registada, se pode considerar negativo, pelas pontuações que lhes foram atribuídas.
No que se refere à dimensão Clima e Ambiente Educativos, as pontuações oscilam num intervalo
de 58%, ou seja, entre 41% e 99%. A avaliação do conjunto de 25% de estabelecimentos menos
bem cotados nesta dimensão é inferior a 63%; por sua vez, o global de 25% de estabelecimen-
tos mais bem cotados registam pontuações acima de 79%. Estes dois valores significam que
metade dos estabelecimentos que ministram o 2.º e/ou 3.º CEB apresentam um desempenho
avaliado entre os 63% e os 79%, o que se pode considerar, no caso destes ciclos, um de-
sempenho de nível médio.
Há, no entanto, cerca de 6% de estabelecimentos que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclo do ensino
básico, cujo desempenho na dimensão Clima e Ambiente Educativos, pela avaliação global regis-
tada, se pode considerar negativo.
7.2.4 Ensino secundário
Os quadros 50 e 51 apresentam, respectivamente, os resultados da avaliação das 51 escolas que
ministram o ensino secundário nas dimensões Educação, Ensino e Aprendizagem e Clima e Am-
biente Educativos. A pontuação máxima referida na coluna 1 no quadro 50 corresponde a uma
pontuação total de 104 (4x26 itens). No quadro 51 essa coluna corresponde a uma pontuação
total de 84 (4x21 itens).
QUADRO 50 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O ENSINO SECUNDÁRIO:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Pontuação mínima aceitável
% ES com
desempenhos iguais ou
inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 88% 40% 59% 64% 70% 50% 4%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
123
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 10 20 30 40 50 60
Escolas (51)
QUADRO 51 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O ENSINO SECUNDÁRIO:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Pontuação mínima aceitável
% ES com
desempenhos iguais ou
inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 92% 45% 63% 70% 79% 50% 2%
Para melhor visualizar a informação condensada no quadro, apresenta-se, nos gráficos de dis-
persão 13 e 14, a respectiva representação gráfica.
GRÁFICO 13 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O ENSINO SECUNDÁRIO:
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
Avaliação Integrada das Escolas
124
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0 10 20 30 40 50 60
Escolas (51)
GRÁFICO 14 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS ESTABELECIMENTOS QUE MINISTRAM O ENSINO SECUNDÁRIO:
CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS
No que se refere à dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, as pontuações oscilam num
intervalo de 48%, ou seja, entre 88% e 40%. A avaliação dos 25% de estabelecimentos de ensino
menos bem cotados nesta dimensão é inferior a 59%; por sua vez, os 25% de estabelecimentos
mais bem cotados registam pontuações acima de 70%. Estes dois valores significam que metade
dos estabelecimentos que ministram o ensino secundário apresentam um desempenho avaliado
entre 59% e 70%, intervalo que se pode considerar, para estas escolas, um desempenho de nível
médio.
Há, no entanto, cerca de 4% de estabelecimentos cujo desempenho, pela avaliação global regis-
tada na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, se pode considerar negativo, isto é, com
incorrecções de acordo com o critério estabelecido.
No que se refere à dimensão Clima e Ambiente Educativos, as pontuações oscilam num intervalo
de 47%, ou seja, entre 45% e 92%. A avaliação dos 25% de estabelecimentos de ensino menos
bem cotados nesta dimensão é inferior a 63%; por sua vez, a globalidade dos 25% de estabele-
cimentos mais bem cotados registam pontuações acima de 79%. Estes dois valores significam
que metade dos estabelecimentos que ministram o ensino secundário apresentam um de-
sempenho avaliado entre 63% e 79%, o que se pode considerar, para estas escolas, um de-
sempenho de nível médio.
Há, no entanto, cerca de 2% de estabelecimentos cujo desempenho, pela avaliação global regis-
tada na dimensão Clima e Ambiente Educativos, se pode considerar com especiais incorrecções.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
125
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
0% 25% 50% 75% 100%
Pontuação
IDS
Para cada nível de educação e ensino procurou-se ainda saber da relação entre o desempenho
global nas dimensões que têm vindo a ser analisadas e os factores de contexto local, medidos
pelo respectivo índice de desenvolvimento social – IDS58.
Os gráficos de dispersão que abaixo se apresentam, confrontam estas duas variáveis e mostram
que a correlação entre elas é praticamente nula, no caso dos jardins de infância (r = 0,13), e
muito baixa (r < 0,35) nas escolas dos restantes níveis de ensino. A análise estatística sustenta a
indicação de independência entre estas variáveis (R2 < 0,12), embora com gradações diferentes,
de acordo com o nível de ensino ministrado nas escolas.
No que se refere aos jardins de infância, verifica-se que os desempenhos abaixo do valor da me-
diana, gráfico 15, tendem a distribuir-se de forma equivalente nos estabelecimentos que se lo-
calizam em concelhos de índices intermédios (0,8 a 0,9). No que se refere aos jardins de infância
cujo desempenho se situa acima da mediana, em especial acima do percentil 75.º, a sua dis-
tribuição é independente da localização geográfica e do seu desenvolvimento social.
GRÁFICO 15 – DISTRIBUIÇÃO DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS JARDINS DE INFÂNCIA NAS DIMENSÕES EDUCAÇÃO,
ENSINO E APRENDIZAGEM E CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVO, POR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,019
Valor da mediana da Pontuação = 60%
58 Ver nota n.º 56.
Avaliação Integrada das Escolas
126
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
0% 25% 50% 75% 100%
Pontuação
IDS
Relativamente às escolas do 1.º ciclo, a correlação entre estas duas variáveis é positiva, mas
muito baixa, o que significa que pode existir uma débil tendência para que as escolas com
melhor pontuação estejam associadas aos IDS mais elevados e vice-versa.
O gráfico 16, relativo ao desempenho das escolas que ministram o 1.º ciclo, mostra ainda que os
valores extremos não correspondem a IDS extremos, embora se possa observar uma maior con-
centração de desempenhos acima do percentil 75 nas escolas localizadas em concelhos mais
desenvolvidos.
GRÁFICO 16 – DISTRIBUIÇÃO DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS ÀS ESCOLAS DO 1.º CICLO EB, NAS DIMENSÕES
EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM E CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVO, POR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
(IDS)
R2 = 0,075
Valor da mediana da Pontuação = 67%
Em relação às escolas dos 2.º e 3.º ciclos, o significado estatístico da correlação existente entre
as variáveis é semelhante ao que foi referido para as escolas do 1.º ciclo59. O baixo valor do
coeficiente R2 indica que não há dependência linear entre estas duas variáveis.
O gráfico 17 mostra que a larga maioria do desempenho das escolas se distribui num padrão
relativamente equivalente, independentemente do índice de desenvolvimento local, apesar de se
59 Embora o valor da correlação seja mais elevado do que o que foi identificado para o 1.º ciclo, o número de escolas a
que se refere é muito inferior.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
127
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
0% 25% 50% 75% 100%
Pontuação
IDS
poder identificar uma maior concentração de desempenhos acima do percentil 75, nos con-
celhos de IDS acima de 0,90.
GRÁFICO 17 – DISTRIBUIÇÃO DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS ÀS ESCOLAS QUE MINISTRAM OS 2.º E 3.º CICLOS DO
EB NAS DIMENSÕES EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM E CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVO, POR ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,053
Valor da mediana da Pontuação = 68%
Relativamente às escolas que ministram o ensino secundário, o significado estatístico da cor-
relação existente (r = 0,34) entre as variáveis é ligeiramente melhor, ainda que, igualmente
baixo. Nestas escolas, parece acentuar-se, um pouco mais, a influência do contexto social nos
níveis de desempenho que foram observados pelos inspectores. Todavia, como o próprio coefi-
ciente de determinação (R2) sugere, apenas cerca de 11% da pontuação do desempenho são
explicados pela variável IDS.
Avaliação Integrada das Escolas
128
GRÁFICO 18 – DISTRIBUIÇÃO DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS NAS DIMENSÕES EDUCAÇÃO, ENSINO E APRENDIZAGEM
E CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVO, ÀS ESCOLAS QUE MINISTRAM O ENSINO SECUNDÁRIO, POR ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL (IDS)
R2 = 0,116
Valor da mediana da Pontuação = 68%
O gráfico 18, relativo às escolas que ministram o ensino secundário, ilustra como as escolas se
distribuem pelos diferentes níveis IDS, verificando-se alguma concentração, ainda que reduzida,
de melhores desempenhos em localizações de desenvolvimento social mais favorável.
7.3 Organização e Gestão
7.3.1 Escolas singulares
Para finalizar, apresentam-se os quadros referentes aos resultados da avaliação das unidades de
gestão. O quadro 52 refere-se às 97 escolas singulares. A percentagem de 100% que se apre-
senta na coluna 1 deste quadro corresponde a um valor total de 388 (4x97 itens). No entanto,
este valor nunca pode ser completamente alcançado, na medida em que o roteiro da gestão e
organização foi aplicado a unidades de gestão de níveis de ensino diferentes, pelo que nem
todos os itens podem ser sempre respondidos igualmente em todas as situações. No caso da
coluna relativa à pontuação mínima aceitável nos quadros 52 e 53, o valor não é igual a 50%,
como nos quadros anteriores, porque do roteiro de Organização e Gestão constam 15 itens de
resposta alternativa (Correcto/Deficiente), cuja pontuação mínima possível é sempre 1 (e não 2).
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
0% 25% 50% 75% 100%
Pontuação
IDS
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
129
0%
25%
50%
75%
100%
0 20 40 60 80 100 120
Escolas (97)
Daí que o valor total seja 179 (2x82 itens avaliados em C) + (1x15 itens avaliados como Defi-
ciente). Este valor, traduzido em termos percentuais, equivale a 46% da pontuação máxima pos-
sível (388).
QUADRO 52 – AVALIAÇÃO GLOBAL DAS ESCOLAS SINGULARES: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Pontuação mínima aceitável
% escolas singulares com
pontuações iguais ou
inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 89% 40% 60% 67% 72% 46% Para as EB1:
37%
1.0%
Para melhor visualizar a informação condensada no quadro, apresenta-se, no gráfico de disper-
são 19, a respectiva representação.
GRÁFICO 19 – AVALIAÇÃO GLOBAL DAS ESCOLAS SINGULARES: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
As pontuações oscilam num intervalo de 49%, ou seja, entre 40% e 89%. A avaliação dos 25%
de escolas singulares com desempenhos menos positivos é inferior a 60%; por sua vez, o total
dos 25% de escolas singulares com desempenhos mais positivos registam pontuações acima de
72%. Estes dois valores significam que metade das escolas singulares apresentam um de-
Avaliação Integrada das Escolas
130
sempenho avaliado entre 60% e 72%, intervalo que se pode considerar, nestes casos, um de-
sempenho de nível médio.
Há, no entanto, cerca de 1% de estabelecimentos de ensino cuja organização e gestão, pela
avaliação global registada, se pode considerar negativa.
7.3.2 Agrupamentos
O quadro 53 apresenta a mesma análise para os 49 agrupamentos avaliados.
QUADRO 53 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS AGRUPAMENTOS: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
MÁXIMO, MÍNIMO E DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS
Pontuação máxima possível
Pontuação máxima obtida
Pontuação mínima obtida
Pontuação do
percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do
percentil 75
Pontuação mínima aceitável
% agrupamentos
com pontuações
iguais ou inferiores ao valor mínimo
aceitável
100% 96%
16% 42% 51% 63% 46% Para as EB1:
37%
10%
Para melhor visualizar a informação condensada no quadro, apresenta-se, no gráfico de disper-
são 20, a respectiva representação gráfica.
GRÁFICO 20 – AVALIAÇÃO GLOBAL DOS AGRUPAMENTOS: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
0%
25%
50%
75%
100%
0 10 20 30 40 50 60
Agrupamentos (49)
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
131
As pontuações oscilam num intervalo de 80%, ou seja, entre 16% e 96%. A avaliação dos 25%
de agrupamentos com desempenhos menos positivos é inferior a 42%. Por sua vez, os 25% de
agrupamentos com desempenhos mais positivos registam pontuações acima de 63%. Estes dois
valores significam que metade dos agrupamentos apresentam um desempenho avaliado entre
42% e 63%.
É, pois, nos agrupamentos que se regista um conjunto de avaliações menos positivas, medidas
pela pontuação do 1.º quartil. Além disso, o desempenho de cerca de 10% dos agrupamentos,
pela avaliação global registada, pode-se considerar negativo, se se considerar as pontuações
atribuídas.
7.4 Análise comparada do desempenho global das escolas
Uma análise comparativa dos resultados do desempenho global dos estabelecimentos de educa-
ção e ensino que foram intervencionados permitiu construir os quadros que a seguir se apresen-
tam:
QUADRO 55 – AMPLITUDE DAS DIFERENÇAS DE DESEMPENHO GLOBAL
(INTERVALO ENTRE PONTUAÇÕES MÍNIMAS - < E MÁXIMAS - >)
Educação, Ensino e Aprendizagem
Clima e Ambiente Educativos
Organização e Gestão
Ampl. Pontuações < >
Ampl. Pontuações < >
Ampl. Pontuações < >
Jardins de Infância 66 21 – 87 55 35 – 90 –
1.º CEB 73 27 – 100 100 0(1) – 100 –
2,3 CEB 50 46 – 96 58 41 – 99 –
Secundário 48 40 – 88 47 45 – 92 –
Escolas Singulares – – 49 40 – 89
Agrupamentos – – 80 16 – 96
Da análise do desempenho global pode deduzir-se que, quanto maior o intervalo entre pontua-
ções mínimas e máximas em cada dimensão, maior a heterogeneidade dos desempenhos entre
escolas. Assim, do que se sintetiza no quadro 55, é nas escolas que ministram o 1.º ciclo que se
observa a maior heterogeneidade de desempenhos, quer na dimensão Educação, Ensino e
Aprendizagem, quer no Clima e Ambiente Educativos. As escolas que ministram o ensino secun-
dário, pelo contrário, apresentam maior homogeneidade de desempenhos nas duas dimensões,
Avaliação Integrada das Escolas
132
onde apresentam intervalos de amplitude semelhante numa distribuição de pontuações equiva-
lentes (40-88 e 45-92).
Algumas escolas que ministram o 1.º ciclo apresentam os valores máximos de desempenho quer
na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem quer na dimensão Clima e Ambiente Educativos
(100%), logo seguidas de algumas escolas que ministram o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (96
e 99%).
Alguns jardins de infância apresentam os desempenhos mais negativos na dimensão Educação,
Ensino e Aprendizagem (21%), embora os que atingem o máximo da pontuação (90%) apresen-
tem um desempenho menos pontuado, comparativamente com os outros estabelecimentos que
ministram outros níveis de ensino.
No que se refere ao desempenho na dimensão Organização e Gestão a maior amplitude
observa-se nas pontuações dos agrupamentos a que foi atribuído o valor mínimo e máximo
nesta dimensão (16 e 96%).
QUADRO 56 – AMPLITUDE DAS DIFERENÇAS DE DESEMPENHO MÉDIO: INTERVALO ENTRE PONTUAÇÕES DOS
PERCENTIS 25 E 75 (% DE ESTABELECIMENTOS)
Educação, Ensino e Aprendizagem
Clima e Ambiente Educativos Organização e Gestão
Ampl. P.25.º / p.75.º Ampl. p.25.º / p.75.º Ampl. p.25.º / p.75.º
Jardins de Infância 19 47 / 66 17 58 / 75 –
1.º CEB 15 58 / 73 14 64 / 78 –
2,3 CEB 14 60 / 74 17 60 / 77 –
Secundário 11 59 / 70 16 63 / 79 –
Escolas Singulares – – 12 60 / 72
Agrupamentos – – 21 42 / 63
Os níveis de desempenho médio são calculados a partir da diferença das pontuações das escolas
que recaem entre os percentis 25.º e 75.º das classificações, em cada dimensão. A maior am-
plitude, ou heterogeneidade, de desempenho médio, de acordo com o que se sintetiza no qua-
dro 56, verifica-se nos jardins de infância nas suas dimensões. Ainda que apresentem um inter-
valo semelhante, 19% e 17% respectivamente, os seus desempenhos médios correspondem a
diferenças qualitativas entre dimensões, da ordem de cerca de 10%.
Nos jardins de infância, como em todos os outros estabelecimentos, o desempenho médio na
dimensão Clima e Ambiente Educativos corresponde a pontuações mais elevadas.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
133
A amplitude do desempenho médio é muito variável de escola para escola, mas são as escolas
que ministram o ensino secundário que apresentam um desempenho médio mais homogéneo,
num intervalo de 11% na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, onde as pontuações
máximas não são muito elevadas. Esta homogeneidade contrasta com os valores da amplitude
do desempenho médio na dimensão Clima e Ambiente Educativos.
No que se refere à dimensão Organização e Gestão, os agrupamentos apresentam um de-
sempenho médio mais heterogéneo do que as escolas singulares, cujo valor corresponde a um
intervalo equivalente a quase metade do dos agrupamentos.
QUADRO 57 – DESEMPENHOS ABAIXO DO MÍNIMO ACEITÁVEL (% DE ESTABELECIMENTOS)
Educação, Ensino e Aprendizagem
Clima e Ambiente Educativos
Organização e Gestão
Ampl. p.25.º / p.75.º Ampl. p.25.º / p.75.º Ampl. p.25.º / p.75.º
Jardins de Infância 30 9 –
1.º CEB 12 4 –
2,3 CEB 4 6 –
Secundário 4 2 –
Escolas Singulares – – 1%
Agrupamentos – – 10%
Ao fixar-se em 50% o mínimo de pontuação para qualificar um desempenho de aceitável, se-
guiu-se um critério estatístico que, do ponto de vista educativo e social não corresponde às exi-
gências de um serviço de educação de qualidade. Entendeu-se, porém, que, antes de fixar metas
de exigência educativa, seria importante conhecer como se distribuem os desempenhos das
escolas em diferentes dimensões, para poder diferenciar estratégias de melhoramento das esco-
las que contemplem os seus pontos de partida. A fixação de 50% como o mínimo de pontuação
para desempenho aceitável leva à identificação de diversas situações críticas em estabelecimen-
tos de todos os níveis de ensino.
Assim, o quadro 57 mostra que 30% dos jardins de infância revelaram um desempenho abaixo
do mínimo aceitável na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, e que 9% têm um de-
sempenho muito negativo no que se refere ao Clima e Ambiente Educativos. Valores igualmente
negativos observam-se, também, nalgumas escolas que ministram o 1.º ciclo (12%) na dimensão
Educação, Ensino e Aprendizagem, e nalguns agrupamentos (10%) na dimensão Organização e
Gestão.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
135
C A P Í T U L O 8 — C O N C L U S Õ E S E R E C O M E N D A Ç Õ E S
A apresentação das conclusões deste Relatório encontra-se organizada, de forma sucinta, em
três secções. A primeira refere-se aos resultados dos alunos, sendo destacadas algumas implica-
ções das análises que foram feitas. A segunda apresenta as conclusões mais relevantes da aná-
lise detalhada do desempenho das escolas, tal como foi observado nas três dimensões da avalia-
ção em termos de pontos fortes e pontos fracos. A terceira refere-se às conclusões da análise
global do desempenho.
Na sequência das conclusões apresentam-se as recomendações consideradas mais pertinentes,
quer do ponto de vista da melhoria da qualidade do desempenho das escolas observadas, quer
do ponto de vista do aperfeiçoamento do próprio processo de avaliação integrada.
8.1 Conclusões
8.1.1 Análise dos resultados das aprendizagens
A análise dos resultados das aprendizagens dos alunos não pode deixar de ser vista em conjunto
com as condições que são criadas para promover o sucesso, tendo em conta o observado no
desempenho das escolas em diferentes dimensões.
Pode, porém, afirmar-se:
a) as medidas do sucesso que se utilizam como referência para a comparação e avaliação do
desempenho individual das escolas apresentam valores muito baixos;
b) a percentagem de retenções que se observa logo nos primeiros anos de escolaridade é pro-
gressiva fazendo subir os índices de desperdício e baixar a eficácia interna das escolas;
c) os alunos mais carenciados, em geral, apresentam desempenhos mais baixos, verificando-se
que os apoios socioeconómicos aos alunos podem influir no seu desempenho;
d) os alunos mais novos tendem a apresentar índices de desempenho mais elevado do que os
mais velhos;
e) os índices de valor acrescentado sugerem que algumas escolas – básicas e secundárias –
apresentam um desempenho significativamente abaixo do esperado, tendo em conta as ca-
Avaliação Integrada das Escolas
136
racterísticas dos alunos, ao mesmo tempo que outras, em menor número, apresentam um
desempenho significativamente acima do esperado;
f) o desempenho das escolas, ajustado às características dos alunos, não tem correlação
significativa com o índice de desenvolvimento social do concelho onde se localizam, o que
indica que outros factores – dos alunos, das escolas, dos processos educativos – são mais
significativos no desempenho escolar do que o contexto local.
8.1.2 Análise do desempenho nas outras dimensões
1 – A análise dos pontos fortes e fracos no desempenho das escolas que ministram os diferentes
níveis de ensino é indicativa de que em todos os níveis de ensino se regista maior incidência de
pontos fortes na dimensão Clima e Ambiente Educativos do que na dimensão Educação, Ensino
e Aprendizagem:
a) nos jardins de infância, os pontos fortes incidem em parte restrita de duas áreas chave na
dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem, nomeadamente no que respeita à organiza-
ção do espaço, ou ambiente educativo e à formação pessoal e social no que se refere ao
campo curricular. Na dimensão Clima e Ambiente Educativos, são pontos fortes os que se
referem ao relacionamento interpessoal e à interacção com o meio. No seu conjunto estes
pontos fortes representam 14% dos 50 itens de observação especificados nos respectivos
roteiros.
São pontos fracos dois campos que se referem à realização do trabalho educativo e das
aprendizagens, especificamente no campo curricular, o que é relativo à área de expressão e
comunicação e à área de conhecimento do mundo, e o campo da avaliação do desenvolvi-
mento da criança. 30% dos jardins de infância apresentam desempenhos, nesta dimensão,
abaixo de aceitável – 50% de correcção. A participação dos encarregados de educação nos
diferentes aspectos do processo de educação e as actividades de articulação com outras es-
colas, tendo em vista a continuidade educativa, constituem pontos fracos na dimensão
Clima e Ambiente Educativos. No conjunto dos 50 itens de observação, 17% são identifica-
dos como pontos fracos.
b) nas escolas que ministram o 1.º ciclo do ensino básico são pontos fortes apenas certos itens
relativos ao relacionamento interpessoal, na dimensão Clima e Ambiente Educativos, tradu-
zindo o peso dos pontos fortes em 8% do total dos 17 itens. Na dimensão Educação, Ensino
e Aprendizagem, a ausência de pontos fortes significa um reduzido número de observações
classificadas de muito correcto.
Em contrapartida, identificam-se pontos fracos nesta dimensão, nomeadamente, no que se
refere à avaliação dos alunos, quer na fase do planeamento das aprendizagens e na gestão
do currículo, quer nas práticas de avaliação. São ainda pontos fracos aspectos específicos
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
137
do desenvolvimento das aprendizagens e o envolvimento das famílias no processo avalia-
tivo e nas decisões daí decorrentes. O conjunto dos pontos fracos corresponde a 8% do to-
tal dos itens.
Não são identificados pontos fracos na avaliação do Clima e Ambiente Educativos.
c) nas escolas que ministram o 2.º e 3.º ciclos, os pontos fortes registam-se na preocupação
com o desenvolvimento de capacidades e competências e na boa postura dos alunos na
sala de aula, na actuação dos serviços de psicologia e orientação, no relacionamento inter-
pessoal, na articulação com a autarquia e em certos atributos da liderança, nomeadamente,
na abertura à mudança e na capacidade de resolver conflitos e de tomar decisões. No con-
junto das duas dimensões que abrangem um total de 48 itens de observação, os pontos
fortes representam 27% desses itens.
d) nos estabelecimentos que ministram o ensino secundário registam-se pontos fortes no que
se refere à relação pedagógica e ao desenvolvimento de competências sociais, aos proces-
sos de orientação educativa, à atitude dos actores face à escola e em alguns atributos da li-
derança, nomeadamente, a capacidade de resolver conflitos e tomar decisões. No total, o
peso dos pontos fortes representa 19% dos 47 itens de observação. Esta percentagem re-
presenta o dobro dos pontos fortes identificados na dimensão Educação, Ensino e Aprendi-
zagem.
e) tanto nas escolas que ministram o 2.º e 3.º ciclos, como nas que ministram o ensino
secundário, os pontos fracos são comuns e recaem predominantemente na dimensão Edu-
cação, Ensino e Aprendizagem.
São pontos fracos as actividades de articulação curricular; a reflexão sobre a avaliação e o
uso dos seus dados para reformular estratégias; a eficácia dos apoios educativos; o desen-
volvimento da formação centrada na escola, bem como o desenvolvimento de processos de
auto-regulação com vista a uma cultura da auto-avaliação. No ensino secundário, a avalia-
ção efectuada permite identificar outros pontos fracos no âmbito da interacção com a co-
munidade. No seu conjunto, os itens que constituem pontos fracos representam 19% nas
escolas do ensino básico e 21% nas do ensino secundário, sendo que a larga maioria se
concentra na dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem.
2 – Na avaliação das unidades de gestão verifica-se que, na dimensão Organização e Gestão,
tanto nas escolas singulares como nos agrupamentos, se encontram, principalmente, pontos
fortes, com relevância para o funcionamento dos órgãos de administração, para a gestão e or-
ganização dos serviços administrativos, dos recursos físicos e financeiros e dos apoios socioedu-
cativos:
a) no respeitante ao Plano de Acção Educativa, destacam-se como pontos fortes a concepção
de projectos de desenvolvimento educativo. No conjunto dos 97 itens relativos à organiza-
Avaliação Integrada das Escolas
138
ção, gestão e planeamento educativo, os pontos fortes representam, nas unidades escolas
singulares, 44% desses itens e nos agrupamentos 26%.
b) os pontos fracos, quer para as escolas singulares, quer para os agrupamentos, incidem
sobretudo na falta de integração comunitária no Conselho Pedagógico; no funcionamento
dos conselhos de docentes e departamentos curriculares; na falta de previsão de formas de
avaliação e acompanhamento do projecto educativo, plano de actividades e do processo
educativo. Representam, no total, 9% dos itens de observação nas escolas singulares e 7%
nos agrupamentos.
c) da síntese apresentada, é possível concluir que são os aspectos pedagógicos, relacionados
com a função de articulação – curricular, institucional, entre docentes –, e de avaliação que
apresentam um desempenho mais deficiente. Os aspectos de conformidade com o estipu-
lado legalmente registam, na generalidade, situações de correcção. Os aspectos do compor-
tamento de ordem cívica, social e relacional parecem constituir um ponto forte da generali-
dade das escolas avaliadas.
8.1.3 Análise do desempenho global das escolas
Uma análise comparada do desempenho global das escolas que ministram os diferentes ciclos
da escolaridade básica e secundária, permite concluir que:
a) o desempenho das escolas nas dimensões Clima e Ambiente Educativos e Educação, Ensino
e Aprendizagem, bem como o valor acrescentado das escolas, não apresenta correlação
com os índices de desenvolvimento social dos concelhos onde se localizam as escolas, à
excepção das escolas secundárias, onde se verificam, embora baixos, coeficientes de cor-
relação com algum significado;
b) os valores máximos de pontuações atribuídas, oscilam entre 100% em algumas escolas que
ministram o 1.º ciclo, quer no que se refere à dimensão Educação, Ensino e Aprendizagem,
quer no que se refere ao Clima e Ambiente Educativos, e 87% na dimensão Clima e Am-
biente Educativos em alguns jardins de infância;
c) os valores mínimos registados oscilam entre 0% na dimensão Clima e Ambiente Educativos
em duas escolas que ministram o 1.º CEB e integram agrupamentos, 16% na dimensão Or-
ganização e Gestão no caso dos agrupamentos e 46% na dimensão Educação, Ensino e
Aprendizagem nas escolas que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclos;
d) as escolas que ministram o 1.º ciclo apresentam a maior heterogeneidade de desempenhos,
como mostra a diferença entre a pontuação máxima e mínima. As escolas que ministram o
ensino secundário apresentam a maior homogeneidade;
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
139
e) a definição do critério de valor mínimo aceitável permite identificar uma percentagem redu-
zida de estabelecimentos cujo desempenho deve ser considerado crítico nas diferentes di-
mensões:
Educação, Ensino e Aprendizagem
4% das escolas que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclo
4% das escolas que ministram o ensino secundário
Clima e Ambiente Educativos
9% dos jardins de infância e escolas que ministram o 1.º ciclo
6% das escolas que ministram o 2.º e/ou 3.º ciclos
2% das escolas que ministram o ensino secundário
Organização e Gestão
1% das unidades de gestão – escolas singulares
f) se destacam, ainda, pelo volume de situações de incorrecção identificadas nas dimensões:
Educação, Ensino e Aprendizagem
30% de jardins de infância
12% de escolas que ministram o 1.º ciclo
Organização e Gestão
10% das unidades de gestão – agrupamentos
8.2 Recomendações
8.2.1 Apesar da prudência com que toda a informação de avaliação deve ser lida, a constância
de alguns elementos descritivos do desempenho das escolas, os juízos que sobre eles foram
emitidos e o universo a que se referem e, ainda, a amplitude das diferenças entre escolas, no
que diz respeito aos desempenhos dos alunos e ao seu desempenho institucional global, nas
diferentes dimensões, considera-se que deve ser recomendado às escolas que se procure:
a) maiores níveis de exigência quanto à qualidade do trabalho dos alunos em ordem a garan-
tir melhores aprendizagens e níveis mais elevados de sucesso, porque melhores aprendiza-
gens são um direito e uma obrigação;
b) maior atenção à necessidade de coordenação e enquadramento dos docentes, ao
desenvolvimento do trabalho de cooperação e articulação em cada escola, utilizando cor-
rectamente o tempo de trabalho dos professores e as estruturas de orientação educativa e
de gestão intermédia existentes;
Avaliação Integrada das Escolas
140
c) maiores níveis de exigência quanto ao trabalho dos professores no que se refere à
programação das actividades de aprendizagem, em todos os níveis de educação e ensino, o
que, necessariamente implica:
atenção acrescida à gestão do currículo e à articulação entre as suas diversas
componentes;
diversificação de práticas de ensino que respondam às diferenças dos alunos – em esti-
los de aprendizagem, em capacidades individuais e em níveis de realização de aprendi-
zagens anteriores – e que estimulem o seu desenvolvimento;
entendimento da avaliação das aprendizagens como instrumento formativo intrínseco
ao próprio processo de aprendizagem, que se programa e se realiza em simultâneo.
d) recurso a diferentes estratégias internas de monitorização do desempenho, com enfoques
específicos ou globais, que tenham como objectivo reforçar a auto-estima institucional e
melhorar as aprendizagens;
e) procura de formação profissional centrada em problemas do quotidiano das escolas, a
começar pelo trabalho em sala de aula.
Os dados que se apresentam mostram que 50% das escolas têm um desempenho que recai num
intervalo de pontuações que se chamou de nível de desempenho médio. Esse posicionamento
central na distribuição da avaliação das escolas sugere que esta metade das escolas avaliadas
podem desenvolver acções concertadas, orientadas para a sua própria melhoria, e dispõem de
recursos mínimos necessários, incluindo a energia e a capacidade de decisão, para o conseguir.
O objectivo de todas estas escolas deverá ser, progressivamente, deslocar o nível do seu de-
sempenho para valores cada vez mais próximos do percentil 75.º. Tal significa que o valor médio
do desempenho deve tender para um intervalo mais reduzido de pontuações mais elevadas. O
próprio conceito de valor mínimo de desempenho aceitável deve ser, progressivamente, revisto e
corrigido.
8.2.2 Algumas escolas parecem necessitar de apoio para ultrapassar os níveis de desempenho
negativo.
Por isso é de recomendar à administração educativa:
a) o fomento do ordenamento, articulação e desenvolvimento de serviços e acções de apoio às
escolas e professores, tendo em vista o seu enquadramento, a entreajuda na melhoria das
aprendizagens e a criação de termos de referência para maiores níveis de exigência, bem
como a permuta de boas práticas organizacionais e pedagógicas relativas ao trabalho de
aprendizagem, que constituam formas de reconhecimento, de incentivo e de dinamização
educativa;
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
141
b) a definição de critérios que identifiquem a existência de equipamentos didácticos mínimos
por estabelecimento e consequente apetrechamento de cada jardim de infância e escola
com os materiais que facilitem o trabalho de educadores e professores e estimulem o
desenvolvimento de crianças e jovens;
c) a identificação de áreas/indicadores-chave na análise do desempenho que sejam obrigató-
rias para todas as escolas na sua prestação de contas à comunidade educativa, à comuni-
dade e aos interesses locais, e ao Ministério da Educação.
8.2.3 A própria Inspecção-Geral da Educação procurará que:
a) seja acelerada a realização de intervenções inspectivas sequenciais da avaliação integrada,
que possam estimular a actividade de auto-avaliação e o seu enfoque em prioridades da
comunidade educativa e, assim, tornar consequente a própria avaliação integrada;
b) seja aperfeiçoado o processo inspectivo de avaliação externa, nomeadamente no que se
refere a:
depurar os instrumentos em uso, tornando-os mais precisos no seu enfoque, face às
debilidades do funcionamento das escolas;
desenvolver instrumentos complementares dos Roteiros que garantam maior validade à
informação recolhida e garantam a qualidade da intervenção inspectiva;
melhorar a formação dos inspectores nas áreas do desempenho escolar em avaliação;
rever os critérios de organização e produção dos relatórios de escola, de modo a
constituírem instrumentos indispensáveis na gestão da qualidade;
articular-se com os serviços responsáveis pela administração dos estabelecimentos de
educação e ensino, responsáveis pela garantia de qualidade educativa.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
147
Síntese das avaliações efectuadas
PERCENTAGEM DE PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS RELATIVA AO NÚMERO DE ITENS EM CADA DIMENSÃO
AVALIADA, POR NÍVEL DE ENSINO, E MODELO DE GESTÃO
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Escolas N.º
Nível
N.º de
itens
Educação, Ensino e
Aprendizagem
Clima e Ambiente Educativos
Organização e Gestão
Educação, Ensino e
Aprendizagem
Clima e Ambiente Educativos
Organização e Gestão
Pré-Escolar 122 50 6% 8% 8% 9%
1.º ciclo 231 49 – 8% 8% –
EB 2,3 90 48 10% 17% 15% 4%
Secundário 51 47 6% 13% 15% 6%
Escolas Singulares
98 7% 44% 4% 5%
Agrupamentos 48
97
4% 26% 4% 3%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
149
A N E X O I I
Resumo do desempenho das esco las nas d imensões
aval iadas
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
151
Nota Introdutória
Neste anexo II apresenta-se, em síntese, os dados do desempenho das escolas avaliadas nas
quatro dimensões abrangidas pela Avaliação Integrada: Resultados das Aprendizagens; Educa-
ção, Ensino e Aprendizagem; Clima e Ambiente Educativos; e Organização e Gestão.
Nos quadros que se seguem, por nível de educação e ensino e por ciclo, todas as escolas são
identificadas por código de agrupamento e/ou de escola, por Direcção Regional de Educação e
caracterizadas no seu contexto pelo índice de desenvolvimento social (IDS) do concelho onde se
localizam.
No que se refere à educação pré-escolar e ao 1.º ciclo do ensino básico os estabelecimentos de
educação e ensino estão ordenados por código de agrupamento. Cada agrupamento é consti-
tuído por escolas que são identificadas pelo seu código de estabelecimento. Os estabelecimen-
tos integrados (ex.: EBI) ou associados (ex.: EB1/JI) têm um único código e constituem unidades
de gestão.
Os dados que se apresentam são relativos às dimensões Educação, Ensino e Aprendizagem,
Clima e Ambiente Educativo e Organização e Gestão, de acordo com os registos que foi possível
obter na intervenção inspectiva. A informação sobre Organização e Gestão é mencionada ape-
nas nas escolas que são sede de agrupamento, ou que sendo escolas singulares constituem uni-
dades de gestão.
Nos restantes ciclos, relativamente aos quais foi feita a recolha de informação quantificada so-
bre os resultados das aprendizagens, apresenta-se também um conjunto de indicadores de
resultados que abrange taxas de sucesso, valor acrescentado e eficácia interna.
As escolas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico são ordenadas por ordem decrescente do valor
acrescentado, que se apresenta na coluna a “negrito”. As escolas do ensino secundário são
ordenadas por ordem decrescente do valor acrescentado obtido nos cursos gerais, que são
leccionados em todas as escolas. Esta coluna apresenta-se igualmente a “negrito”.
A ordenação das escolas segundo o valor acrescentado justifica-se pelo facto deste indicador ser
calculado tendo em conta variáveis caracterizadoras dos alunos, apresentando-se, por isso,
como uma medida ajustada do sucesso obtido pelos alunos da escola. Os restantes indicadores,
apresentados em paralelo, são outras medidas quantitativas indispensáveis a uma análise neces-
sariamente complexa do desempenho das escolas.
Esta ordenação pelo valor acrescentado permite visualizar como varia o desempenho em cada
um dos diferentes indicadores, mostrando, por um lado, que a qualidade não é um valor abso-
luto e necessita de medidas complementares que reflictam diferentes aspectos do desempenho.
Avaliação Integrada das Escolas
152
A ordenação permite, assim, comparar o desempenho entre escolas, bem como o desempenho
dentro de cada escola.
Por outro lado, em termos de planeamento estratégico, coloca as quatro dimensões da Avalia-
ção Integrada em paralelo, permitindo identificar as que constituem áreas de acção prioritária,
numa perspectiva sistémica.
No final deste anexo apresenta-se a informação de referência que foi utilizada, e contra a qual
se podem avaliar os desempenhos individuais por escola.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
153
Síntese do desempenho dos Estabelecimentos de Educação Pré-escolar
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos Organização e
gestão
100316 605335 DREN 0,896 64% 75%
100316 606546 DREN 0,896 45% 75%
100316 607307 DREN 0,896 57% 75%
100316 615511 DREN 0,896 62% 62%
100316 616679 DREN 0,896 58% 67%
100316 622151 DREN 0,896 54% 72%
101308 604458 DREN 0,843 39% 42%
101308 622590 DREN 0,843 27% 35%
101308 623337 DREN 0,843 30% 42%
101308 637956 DREN 0,843 42% 43%
101321 606121 DREN 0,843 52% 62%
101321 609766 DREN 0,843 72% 75%
101321 629297 DREN 0,843 53% 62%
101345 611293 DREN 0,884 47% 62%
101345 622837 DREN 0,884 31% 52%
101345 627677 DREN 0,884 67% 65%
101345 638614 DREN 0,884 54% 68%
101370 621092 DREN 0,912 48% 63%
101370 633355 DREN 0,912 67% 73%
101503 638456 DREN 0,903 72% 88%
101503 640426 DREN 0,903 72% 88%
101503 640440 DREN 0,903 66% 90%
101503 640451 DREN 0,903 73% 82%
101552 604641 DREN 0,899 69% 77%
101552 604653 DREN 0,899 69% 77%
101552 640827 DREN 0,899 68% 67%
101576 616059 DREN 0,899 57% 65%
101576 624093 DREN 0,899 54% 58%
101576 639187 DREN 0,899 51% 65%
101631 602930 DREN 0,862 62% 68%
101631 620877 DREN 0,862 71% 75%
101631 635625 DREN 0,862 49% 65%
101631 639515 DREN 0,862 21% 47%
108157 636289 DREN 0,879 54% 67%
108157 636290 DREN 0,879 56% 72%
108200 616151 DREN 0,847 70% 75%
108200 616552 DREN 0,847 44% 77%
108200 624603 DREN 0,847 55% 65%
108339 609160 DREN 0,891 65% 75%
108339 616199 DREN 0,891 46% 80%
108339 620385 DREN 0,891 36% 58%
108339 621407 DREN 0,891 61% 83%
Avaliação Integrada das Escolas
154
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos Organização e
gestão
108339 638675 DREN 0,891 36% 42%
108339 640050 DREN 0,891 41% 58%
108339 640062 DREN 0,891 27% 45%
108388 603727 DREN 0,883 47% 65%
108388 636368 DREN 0,883 52% 70%
108388 636370 DREN 0,883 49% 65%
108455 613800 DREN 0,879 53% 70%
108455 623430 DREN 0,879 56% 68%
108455 632399 DREN 0,879 54% 65%
108509 613149 DREN 0,813 44% 52%
108509 625504 DREN 0,813 38% 43%
108509 626144 DREN 0,813 44% 50%
110012 603480 DREC 0,877 58% 70%
110012 603491 DREC 0,877 62% 75%
110012 636733 DREC 0,877 60% 63%
110061 623325 DREC 0,871 63% 83%
110073 625218 DREC 0,864 72% 85%
110073 639114 DREC 0,864 73% 85%
113207 631541 DREC 0,917 55% 68%
113311 603132 DREC 0,844 67% 82%
113311 618652 DREC 0,844 75% 72%
120923 619504 DREL 0,923 87% 87%
120947 601860 DREL 0,935 84% 90%
120947 639333 DREL 0,935 81% 90%
130000 602097 DREA 0,825 51% 55%
130000 636642 DREA 0,825 60% 65%
130140 601767 DREA 0,804 44% 57%
130140 622631 DREA 0,804 56% 58%
130140 625681 DREA 0,804 47% 55%
130140 629730 DREA 0,804 40% 50%
130163 604926 DREA 0,832 38% 53%
130163 623660 DREA 0,832 50% 62%
130163 633069 DREA 0,832 45% 47%
130163 637063 DREA 0,832 48% 53%
130254 617088 DREA 0,85 65% 67%
130254 628682 DREA 0,85 50% 53%
130254 632971 DREA 0,85 54% 58%
135010 604379 DREA 0,848 65% 87%
135033 609092 DREA 0,841 79% 75%
135033 611992 DREA 0,841 44% 57%
135033 629170 DREA 0,841 53% 60%
135094 630822 DREA 0,823 65% 87%
135161 615262 DREA 0,816 61% 62%
135161 619012 DREA 0,816 56% 58%
135161 621729 DREA 0,816 63% 57%
135290 603326 DREA 0,792 66% 83%
135290 620889 DREA 0,792 61% 60%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
155
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos Organização e
gestão
135290 630032 DREA 0,792 66% 72%
135290 634645 DREA 0,792 77% 78%
135318 607721 DREA 0,863 64% 77%
135318 621079 DREA 0,863 74% 77%
145038 623120 DREALG 0,884 71% 57%
145269 600751 DREALG 0,837 59% 78%
145269 602851 DREALG 0,837 58% 67%
145269 626417 DREALG 0,837 44% 63%
150265 600416 DREN 0,896 63% 73%
150265 602711 DREN 0,896 61% 63%
150265 629145 DREN 0,896 50% 57%
150265 638110 DREN 0,896 66% 77%
160064 601100 DREC 0,806 66% 90%
160064 617799 DREC 0,806 25% 63%
160076 205606 DREC 0,826 39% 45%
160076 620002 DREC 0,826 46% 53%
160076 627148 DREC 0,826 39% 43%
160386 601937 DREC 0,887 41% 68%
160386 620476 DREC 0,887 51% 65%
160386 620488 DREC 0,887 42% 62%
160507 330190 DREC 0,742 79% 77% 64%
160507 623362 DREC 0,742 79% 77%
160623 602670 DREC 0,833 56% 67%
160623 613563 DREC 0,833 69% 73%
203993 DREL 0,92 45% 53% 40%
239276 DREL 0,923 55% 60% 45%
241015 DREL 0,922 66% 68% 61%
249488 DREL 0,92 66% 90% 64%
251616 DREL 0,922 59% 78% 52%
252207 DREL 0,922 70% 67% 49%
277319 DREL 0,92 40% 55% 55%
330620 DREA 0,833 68% 70% 58%
639485 DREC 0,864 71% 85%
Avaliação Integrada das Escolas
156
Síntese do desempenho das Escolas do 1.º ciclo
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos
Organização e gestão
(escola sede)
100316 216495 DREN 0,896 68% 72%
100316 243668 DREN 0,896 60% 73%
100316 243814 DREN 0,896 58% 73%
100316 248721 DREN 0,896 60% 73%
100316 250090 DREN 0,896 60% 73%
100316 250200 DREN 0,896 67% 83% 44%
100316 260642 DREN 0,896 70% 77%
100444 206283 DREN 0,879 83% 95% 63%
100444 215065 DREN 0,879 89% 95%
100444 216227 DREN 0,879 89% 95%
100444 228783 DREN 0,879 86% 95%
101308 206910 DREN 0,843 53% 70%
101308 209960 DREN 0,843 53% 70%
101308 260289 DREN 0,843 59% 69%
101308 261476 DREN 0,843 52% 72%
101308 270994 DREN 0,843 66% 73% 40%
101321 209314 DREN 0,843 71% 73%
101321 217876 DREN 0,843 55% 64%
101321 245458 DREN 0,843 66% 81% 33%
101321 253704 DREN 0,843 67% 72%
101321 273211 DREN 0,843 64% 70%
101321 284981 DREN 0,843 58% 80%
101345 243000 DREN 0,884 46% 67%
101345 250247 DREN 0,884 42% 53%
101345 250284 DREN 0,884 51% 70% 48%
101345 254113 DREN 0,884 54% 63%
101345 260587 DREN 0,884 55% 61%
101345 269189 DREN 0,884 55% 56%
101370 224947 DREN 0,912 65% 69%
101370 238820 DREN 0,912 43% 73%
101370 246360 DREN 0,912 58% 77% 42%
101370 249890 DREN 0,912 95% 88%
101370 251008 DREN 0,912 80% 73%
101503 243255 DREN 0,903 67% 77% 57%
101503 243656 DREN 0,903 60% 70%
101503 251963 DREN 0,903 83% 81%
101503 251999 DREN 0,903 77% 84%
101552 207159 DREN 0,899 56% 61%
101552 237887 DREN 0,899 68% 64%
101552 240072 DREN 0,899 62% 61% 38%
101552 245549 DREN 0,899 60% 53%
101552 247546 DREN 0,899 61% 61%
101552 250764 DREN 0,899 61% 61%
101576 210110 DREN 0,899 74% 78% 54%
101576 227420 DREN 0,899 73% 72%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
157
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos
Organização e gestão
(escola sede)
101576 241246 DREN 0,899 70% 64%
101576 248678 DREN 0,899 77% 72%
101576 251689 DREN 0,899 75% 77%
101631 204705 DREN 0,862 67% 70%
101631 225691 DREN 0,862 59% 59%
101631 233602 DREN 0,862 58% 56%
101631 261750 DREN 0,862 64% 70% 36%
101631 266358 DREN 0,862 61% 61%
101631 273892 DREN 0,862 53% 55%
101631 282480 DREN 0,862 61% 64%
101795 262559 DREN 0,787 47% 64%
101795 284762 DREN 0,787 49% 58%
101904 243826 DREN 0,884 61% 72%
101904 246402 DREN 0,884 83% 92% 48%
101904 254411 DREN 0,884 69% 84%
108133 243218 DREN 0,903 65% 75% 48%
108133 243231 DREN 0,903 61% 67%
108133 253996 DREN 0,903 64% 66%
108157 235106 DREN 0,879 67% 66%
108157 238790 DREN 0,879 61% 72% 47%
108157 240590 DREN 0,879 68% 78%
108157 246347 DREN 0,879 53% 67%
108157 248060 DREN 0,879 51% 70%
108157 265433 DREN 0,879 62% 64%
108157 277265 DREN 0,879 64% 78%
108200 218650 DREN 0,847 57% 83%
108200 218662 DREN 0,847 46% 72%
108200 219423 DREN 0,847 63% 80%
108200 226762 DREN 0,847 61% 81%
108200 226798 DREN 0,847 64% 73%
108200 227894 DREN 0,847 58% 77%
108200 228710 DREN 0,847 58% 78%
108200 262146 DREN 0,847 39% 61% 43%
108297 239586 DREN 0,901 62% 70% 40%
108297 251203 DREN 0,901 71% 77%
108297 274574 DREN 0,901 65% 66%
108339 220541 DREN 0,891 66% 75%
108339 230730 DREN 0,891 45% 70%
108339 232890 DREN 0,891 67% 70%
108339 238480 DREN 0,891 60% 75%
108339 246104 DREN 0,891 89% 94% 61%
108388 206003 DREN 0,883 72% 75%
108388 242100 DREN 0,883 72% 75% 51%
108388 249518 DREN 0,883 74% 75%
108388 252906 DREN 0,883 73% 75%
108388 253480 DREN 0,883 77% 75%
108455 210675 DREN 0,879 58% 69%
108455 211254 DREN 0,879 69% 67%
108455 217633 DREN 0,879 58% 69% 51%
Avaliação Integrada das Escolas
158
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos
Organização e gestão
(escola sede)
108455 236676 DREN 0,879 62% 69%
108455 261725 DREN 0,879 59% 67%
108492 202060 DREN 0,796 70% 75%
108492 216306 DREN 0,796 70% 75%
108492 219745 DREN 0,796 75% 70%
108492 226245 DREN 0,796 73% 78%
108492 227730 DREN 0,796 67% 75%
108492 270039 DREN 0,796 75% 69%
108492 272991 DREN 0,796 75% 75%
108492 278555 DREN 0,796 61% 75%
108509 217750 DREN 0,813 41% 45%
108509 227675 DREN 0,813 42% 63%
108509 261178 DREN 0,813 40% 45%
108509 265470 DREN 0,813 45% 56% 36%
108509 282261 DREN 0,813 44% 50%
110012 233705 DREC 0,877 60% 55%
110012 254800 DREC 0,877 68% 66%
110012 254873 DREC 0,877 66% 61% 39%
110012 254939 DREC 0,877 61% 67%
110012 257849 DREC 0,877 55% 56%
110061 231186 DREC 0,871 32% 0%
110061 255920 DREC 0,871 64% 72% 51%
110061 257205 DREC 0,871 66% 83%
110073 214498 DREC 0,864 72% 80%
110073 224364 DREC 0,864 57% 67%
110073 256328 DREC 0,864 61% 70% 47%
110073 258441 DREC 0,864 65% 70%
110073 264969 DREC 0,864 55% 67%
110073 270945 DREC 0,864 70% 73%
113207 259433 DREC 0,917 78% 86% 63%
113207 275943 DREC 0,917 60% 69%
113311 202526 DREC 0,844 55% 59%
113311 205011 DREC 0,844 64% 78%
113311 214875 DREC 0,844 70% 66%
113311 255658 DREC 0,844 64% 73% 44%
113311 260666 DREC 0,844 61% 78%
113311 286710 DREC 0,844 64% 64%
120248 202230 DREL 0,904 81% 84%
120248 226440 DREL 0,904 86% 83%
120248 234515 DREL 0,904 88% 92%
120248 242834 DREL 0,904 87% 83% 64%
120923 231370 DREL 0,923 77% 81% 61%
120923 249567 DREL 0,923 77% 83%
120947 242196 DREL 0,935 74% 78%
120947 245604 DREL 0,935 75% 81% 59%
120947 249592 DREL 0,935 75% 81%
130000 203166 DREA 0,825 61% 63% 44%
130000 284002 DREA 0,825 52% 70%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
159
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos
Organização e gestão
(escola sede)
130140 202903 DREA 0,804 64% 70%
130140 234102 DREA 0,804 59% 69%
130140 260411 DREA 0,804 67% 61%
130140 265720 DREA 0,804 61% 61% 42%
130163 207573 DREA 0,832 36% 39%
130163 262134 DREA 0,832 41% 45%
130163 271986 DREA 0,832 45% 53%
130163 284531 DREA 0,832 51% 61% 39%
130163 284543 DREA 0,832 52% 59%
130254 204730 DREA 0,85 53% 59% 32%
130254 227948 DREA 0,85 58% 64%
130254 272310 DREA 0,85 48% 53%
130254 277526 DREA 0,85 41% 59%
130254 285419 DREA 0,85 52% 55%
135010 206702 DREA 0,848 85% 84%
135033 214772 DREA 0,841 63% 66%
135033 219940 DREA 0,841 66% 69%
135033 225198 DREA 0,841 72% 69%
135033 235647 DREA 0,841 45% 45%
135033 270106 DREA 0,841 68% 75%
135094 273272 DREA 0,823 93% 88%
135094 274860 DREA 0,823 91% 95%
135094 274872 DREA 0,823 100% 100%
135094 274884 DREA 0,823 95% 100%
135094 281694 DREA 0,823 78% 95%
135161 226002 DREA 0,816 73% 69%
135161 230583 DREA 0,816 41% 53%
135161 235155 DREA 0,816 56% 59%
135290 205280 DREA 0,792 64% 80%
135290 233640 DREA 0,792 68% 72%
135290 277137 DREA 0,792 62% 73%
135290 280069 DREA 0,792 59% 67%
135318 212039 DREA 0,863 70% 81%
135318 233985 DREA 0,863 78% 80%
135318 265664 DREA 0,863 78% 78%
135318 282078 DREA 0,863 74% 78%
140065 223270 DREALG 0,85 73% 75% 49%
140065 267442 DREALG 0,85 76% 72%
145038 215508 DREALG 0,884 72% 75%
145038 261166 DREALG 0,884 67% 69%
145038 269463 DREALG 0,884 73% 77%
145038 280999 DREALG 0,884 64% 66%
145269 201121 DREALG 0,837 65% 75%
145269 204535 DREALG 0,837 67% 69%
145269 263825 DREALG 0,837 57% 63%
150216 228011 DREN 0,813 75% 75%
150216 229891 DREN 0,813 73% 73%
150216 236925 DREN 0,813 75% 75%
150216 244648 DREN 0,813 76% 78%
Avaliação Integrada das Escolas
160
Código do agrupamento
Código da escola
Direcção Regional
Índice D. Social
Educação, ensino e
aprendizagem
Clima e ambiente
educativos
Organização e gestão
(escola sede)
150265 200610 DREN 0,896 94% 83%
150265 239124 DREN 0,896 77% 80%
150265 245707 DREN 0,896 85% 86%
150265 246610 DREN 0,896 97% 86%
150265 251070 DREN 0,896 63% 73%
150265 252542 DREN 0,896 96% 88%
150265 273399 DREN 0,896 83% 80%
160064 201832 DREC 0,806 47% 48%
160064 214528 DREC 0,806 44% 55%
160064 255579 DREC 0,806 56% 64%
160064 283149 DREC 0,806 27% 0%
160076 205606 DREC 0,826 73% 72%
160076 232282 DREC 0,826 74% 63%
160076 268148 DREC 0,826 48% 61%
160386 202990 DREC 0,887 69% 84%
160386 255750 DREC 0,887 82% 84%
160386 257825 DREC 0,887 83% 84%
160507 203580 DREC 0,742 50% 72%
160507 221399 DREC 0,742 52% 66%
160507 256080 DREC 0,742 65% 80%
160507 274471 DREC 0,742 48% 73%
160507 286539 DREC 0,742 68% 72%
160507 330190 DREC 0,742 68% 72% 64%
160623 200761 DREC 0,833 62% 67%
160623 202691 DREC 0,833 55% 63%
160623 204286 DREC 0,833 75% 81%
160623 255464 DREC 0,833 66% 84%
203993 DREL 0,92 48% 58% 40%
237188 DREL 0,915 78% 94% 57%
239276 DREL 0,923 68% 56% 45%
239446 DREL 0,92 68% 72% 48%
241015 DREL 0,922 72% 83% 61%
244880 DREL 0,915 58% 73% 43%
249488 DREL 0,92 81% 88% 64%
251616 DREL 0,922 83% 80% 52%
252207 DREL 0,922 64% 67% 49%
277319 DREL 0,92 65% 73% 55%
287167 DREL 0,901 67% 73% 45%
330620 DREA 0,833 58% 56% 58%
345131 DREC 0,823 42% 41% 46%
REL
ATÓ
RIO
NA
CIO
NA
L. A
no
lec
tivo
20
00
-20
01
1
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stão
1350
10
3304
49
DRE
A
0,84
8 10
0%
89%
32
32
10
0%
83%
17
%
0,75
73
%
73%
75
%
34
0832
D
REL
0,87
6 91
%
96%
60
60
10
0%
85%
15
%
0,92
54
%
49%
54
%
1600
64
3451
18
DRE
C
0,84
1 99
%
96%
52
52
10
0%
86%
14
%
0,94
50
%
49%
53
%
34
0765
D
REA
0,
804
85%
89
%
54
53
98%
85
%
13%
0,
86
65%
73
%
64%
34
4485
D
REN
0,
896
97%
95
%
111
106
95%
83
%
12%
0,
89
84%
69
%
62%
33
0620
D
REA
0,
833
87%
86
%
17
16
94%
83
%
11%
0,
87
61%
58
%
58%
34
0777
D
REL
0,90
5 84
%
88%
10
5 10
3 98
%
87%
11
%
0,85
76
%
74%
61
%
1452
69
3448
01
DRE
ALG
0,
837
89%
82
%
95
90
95%
85
%
10%
0,
73
65%
71
%
60%
40
1675
D
REN
0,
899
88
%
87
80
92%
83
%
9%
69
%
70%
72
%
34
1368
D
REN
0,
884
92%
93
%
164
158
96%
88
%
9%
0,85
70
%
63%
69
%
40
1389
D
REN
0,
898
82
%
153
144
94%
86
%
8%
0,82
71
%
84%
67
%
1350
94
3304
13
DRE
A
0,82
3 94
%
88%
52
49
94
%
87%
7%
0,
88
93%
89
%
89%
34
1575
D
REN
0,
906
98%
94
%
160
153
96%
88
%
7%
0,92
85
%
93%
80
%
40
1778
D
REL
0,90
8
68%
19
17
89
%
82%
7%
0,
53
51%
54
%
54%
34
5295
D
REL
0,87
9 85
%
87%
81
74
91
%
85%
7%
0,
84
66%
60
%
64%
34
2610
D
REN
0,
899
83%
82
%
176
157
89%
83
%
6%
0,73
79
%
81%
85
%
34
2543
D
REN
0,
846
93%
71
%
84
77
92%
86
%
6%
0,73
67
%
73%
68
%
34
4278
D
REN
0,
896
84%
84
%
159
145
91%
86
%
5%
0,86
82
%
79%
69
%
40
1432
D
REN
0,
773
81
%
96
83
86%
82
%
5%
0,78
47
%
56%
55
%
40
2205
D
REN
0,
896
82
%
149
132
89%
84
%
4%
0,76
75
%
66%
68
%
34
3195
D
REA
LG
0,86
7 89
%
80%
12
2 10
7 88
%
83%
4%
0,
78
85%
99
%
83%
1351
61
3306
32
DRE
A
0,81
6 78
%
86%
25
22
88
%
84%
4%
0,
82
62%
64
%
63%
1353
18
3406
37
DRE
A
0,86
3 94
%
90%
10
7 99
93
%
89%
4%
0,
93
71%
71
%
71%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
161
Avaliação
Integ
rada d
as Escolas
2
Taxa de sucesso
Valor acrescentado
Indicadores de funcionamento
Código do
agrupamento
Código da escola
Direcção
Regional
Índice D
. Social
2.º ciclo
3.º ciclo
Alunos
inscritos (9.ºano)
Alunos
aprovados (9.ºano)
Taxa de sucesso (9.ºano)
Valor
esperado (9.º ano)
Valor
acrescentado (9.º ano)
Eficácia interna
Educação, ensino e
aprendizagem
Clim
a e am
biente educativos
Organização e gestão
402023
DREN
0,93
86%
114
103 90%
87%
4%
0,82
96%
96%
83%
401535
DREN
0,843
87%
143
125 87%
84%
4%
0,77
59%
64%
60%
402886
DREC
0,861
92%
141
126 89%
86%
3%
0,88
59%
64%
59%
401006
DREN
0,901
81%
132
113 86%
83%
3%
0,77
58%
63%
69%
403787
DREN
0,883
80%
133
116 87%
85%
2%
0,81
69%
65%
70%
402242
DREL
0,925
80%
122 106
87%
85%
2%
0,78 76%
90%
76%
343158
DREN
0,898
93%
90%
113 103
91%
89%
2%
0,90 96%
98%
81%
403842
DREC
0,897
68%
76
64 84%
82%
2%
0,65
58%
46%
55%
341307
DREL
0,922 92%
84%
184
160 87%
85%
2%
0,87
62%
75%
71%
342300
DREL
0,905 90%
84%
87
74 85%
83%
2%
0,85
68%
71%
69%
402138
DREN
0,849
79%
83
70 84%
83%
1%
0,76
85%
90%
84%
340194
DREL
0,904 79%
76%
182
154 85%
84%
1%
0,73
53%
66%
61%
150216 345702
DREN
0,813
73%
68%
58 49
84%
84%
1%
0,68 64%
70%
73%
344205
DREN
0,901
91%
83%
250 216
86%
87%
0%
0,84 86%
88%
76%
344205
DREN
0,901
91%
83%
250 216
86%
87%
0%
0,84 86%
88%
76%
344540
DREL
0,864 81%
78%
69
56 81%
82%
-1%
0,80
62%
66%
68%
342660
DREL
0,92 80%
81%
120
99 83%
84%
-2%
0,75
52%
56%
59%
402096
DREL
0,908
78%
112 93
83%
86%
-3%
0,76 68%
74%
61%
160076 346354
DREC
0,826
77%
70%
75 60
80%
83%
-3%
0,72 46%
58%
61%
340595
DREC
0,865
92%
81%
114 94
82%
86%
-3%
0,84 89%
83%
89%
145038 344886
DREA
LG
0,884 96%
77%
35
28 80%
83%
-3%
0,85
46%
73%
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RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
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4
Taxa de sucesso
Valor acrescentado
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Regional
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3.º ciclo
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Avaliação Integrada das Escolas
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46,1
%
-2,3
%
49
11
22,4
%
31,4
%
-9,0
%
0,52
53
%
63%
59
%
40
0130
D
REL
0,89
4 46
%56
%16
6 84
50
,6%
53
,0%
-2
,4%
55
21
38
,2%
38
,5%
-0
,3%
0,
41
56%
69
%
62%
40
0282
D
REC
0,
907
63%
76%
206
99
48,1
%
51,7
%
-3,6
%
64
30
46,9
%
34,4
%
12,5
%
0,40
84
%
79%
78
%
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
165
Avaliação
Integ
rada d
as Escolas
6
Taxa de sucesso
Valor acrescentado nos C
ursos Gerais
Valor acrescentado nos C
ursos Tecnológicos Indicadores de funcionam
ento
Código
agrup. C
ódigo da escola
Direcção
Regional
Índice D
. Social 10.º
ano 11.º ano
Alunos
inscritos (12.ºano)
Alunos
aprovados(12.ºano)
Taxa de sucesso
da escola (12.ºano)
Valor
esperado (12.º ano)
Valor
acrescentado (12.º ano)
Alunos
inscritos (12.ºano)
Alunos
aprovados(12.ºano)
Taxa de sucesso
da escola (12.ºano)
Valor
esperado (12.º ano)
Valor
acrescentado (12.º ano)
Eficácia interna
Educação, ensino e
aprendizagem
Clim
a e am
biente educativos
Organizaçãoe gestão
401780
DREN
0,903 41%
57%76
38 50,0%
53,9%
-3,9%
94
27 28,7%
32,5%
-3,8%
0,34
88%
87%
86%
402023
DREN
0,93
58%90%
101 58
57,4%
61,5%
-4,0%
18 9
50,0%
36,0%
14,0%
0,67 87%
92%
83%
403842
DREC
0,897 70%
93%125
59 47,2%
51,5%
-4,4%
13
2 15,4%
34,0%
-18,6%
0,57
53%
45%
55%
401286
DREL
0,875 59%80%
94 47
50,0%
54,9%
-4,9%
44 17
38,6%
38,4%
0,3%
0,43 64%
85%
75%
403532
DREL
0,887 77%87%
185 88
47,6%
52,6%
-5,0%
46 16
34,8%
35,5%
-0,7%
0,45 60%
62%
48%
402138
DREN
0,849 75%
93%259
125 48,3%
54,4%
-6,1%
46
24 52,2%
38,5%
13,7%
0,61
83%
92%
84%
401821
DREC
0,87
57%63%
242 100
41,3%
48,2%
-6,9%
33 10
30,3%
34,2%
-3,9%
0,46 69%
74%
74%
346202
DREN
0,906 57%
85%31
13 41,9%
49,9%
-8,0%
0,51 65%
77%
72%
403477
DREL
0,915 62%78%
220 86
39,1%
47,8%
-8,8%
68 12
17,6%
34,0%
-16,3%
0,41 57%
60%
56%
150216345702
DREN
0,813 58%
67%73
28 38,4%
47,7%
-9,4%
0,42 61%
70%
73%
400749
DREA
0,824 49%
75%101
41 40,6%
51,0%
-10,4%
7
3 42,9%
29,4%
13,4%
0,47
83%
76%
66%
403787
DREN
0,883 63%
79%80
33 41,3%
52,2%
-11,0%
48
19 39,6%
40,9%
-1,3%
0,72
71%
65%
70%
400622
DREL
0,92 60%
48%455
109 24,0%
36,0%
-12,1%
60
15 25,0%
28,4%
-3,4%
0,50
68%
76%
65%
403647
DREC
0,823 65%
92%79
30 38,0%
50,4%
-12,5%
12
5 41,7%
30,8%
10,8%
0,41
62%
85%
71%
403878
DREA
0,858 67%
83%99
34 34,3%
50,4%
-16,0%
5
2 40,0%
29,2%
10,8%
0,50
63%
69%
73%
401432
DREN
0,773 64%
59%60
17 28,3%
44,6%
-16,3%
0,31 58%
56%
55%
160386403570
DREC
0,881
69%
74%
73%
160507330190
DREC
0,742
46%
64%
64%
400476
DREA
LG
0,884
66%
74%
68%
401511
DREN
0,839
68%
67%
67%
401754
DREL
0,922
70%
76%
66%
402114
DREL
0,935
82%
90%
70%
402461
DREL
0,908
63%
54%
54%
402692
DREN
0,839
57%
56%
71%
403404
DREN
0,912 43%
95%
58%
65%
64%
N
ota: Os dados em
branco dizem respeito a escolas que não têm
o ano de escolaridade em causa ou que não disponibilizaram
a informação necessária.
Avaliação Integrada das Escolas
166
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
167
Informação de referência
Valor acrescentado60
9.º ano
TAXAS DE SUCESSO POR CATEGORIAS E GLOBAL
<=13 anos 14 anos 15 anos >=16 anos Global
c/ SASE (s) 89,9% 86,4% 78,6% 76,8% 82,7%
s/ SASE (ns) 93,5% 90,8% 77,0% 73,6% 85,7%
Taxa de sucesso de referência: 84,8%
N.º de escolas: 196
12.º ano – Cursos Gerais
TAXAS DE SUCESSO POR CATEGORIAS E GLOBAL
<=17 anos 18 anos 19 anos >=20 anos Global
c/ SASE (s) 60,2% 36,5% 27,0% 18,8% 47,5%
s/ SASE (ns) 64,0% 45,6% 36,4% 31,0% 51,5%
Taxa de sucesso de referência: 51,1%
N.º de escolas: 99
60 Estes quadros apresentam as taxas de sucesso obtidas pelos alunos das escolas da amostra seleccionada para
intervenção em 2000-2001, em cada categoria. Para a sua elaboração, foram, previamente, definidas as categorias nível etário e situação socioeconómica dos alunos no final do ciclo de estudos, e determinadas as percentagens de alunos com sucesso em cada uma delas. Os valores apresentados foram utilizados como referência no cálculo do sucesso “expectável” (valor esperado) de cada escola, ponderada a distribuição dos alunos pelas categorias que nelas se verificaram. A taxa de sucesso de referência é um valor que as escolas podem utilizar para comparar com o seu próprio valor “expectável” (esperado) e permite apreciar o tipo de expectativa (baixa, média, alta), relativamente à população escolar.
Avaliação Integrada das Escolas
168
12.º ano – Cursos Tecnológicos
TAXAS DE SUCESSO POR CATEGORIAS E GLOBAL
<=17 anos 18 anos 19 anos >=20 anos Global
c/ SASE (s) 48,5% 31,1% 22,2% 28,6% 38,3%
s/ SASE (ns) 46,5% 31,6% 29,8% 24,9% 34,5%
Taxa de sucesso de referência: 35,1%
N.º de escolas: 62
Eficácia interna ou rendimento interno61
Valor no percentil 5
Valor no percentil 25
Valor na mediana (50%)
Valor no percentil 75
Valor no percentil 95
0,65 0,75 0,80 0,91 0,95
a) Varia entre 0 e 1. Melhor 1; pior 0.
Dimensão Educação, ensino e aprendizagem
Pontuação62 mínima obtida
Pontuação do percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do percentil 75
Valor mínimo aceitável
46% 60% 70% 74% 50%
Dimensão Clima e ambiente educativos
Pontuação mínima obtida
Pontuação do percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do percentil 75
Valor mínimo aceitável
41% 63% 70% 79% 50%
61 Eficácia interna (EI) ou rendimento interno de uma escola é a proporção de alunos que conclui um ciclo de estudos,
tomando com referência o número médio de alunos inscritos em cada ano de escolaridade ao longo desse ciclo de estudos. A proporção é obtida a partir da seguinte fórmula: EI = n . Σ Ac / Σ Ti , em que n é o número de anos do ciclo, Σ Ac é o somatório dos alunos que concluíram o ciclo e Σ Ti é o somatório de inscritos ao longo dos anos do ciclo e da “folga” de 2 anos. A eficácia interna óptima (EI=1) ocorre quando todos os alunos, inscritos pela primeira vez no início do ciclo, o concluem no número de anos do ciclo, o que significa que todos os novos inscritos transitam sem itinerários de repetência e/ou de abandono. Nas situações mais comuns observadas nas escolas avaliadas, o insucesso e o abandono escolares reduzem o valor do indicador que na pior das hipóteses é nulo (EI=0).
62 A pontuação obtida parte das classificações atribuídas pelo inspector em cada item do roteiro. Todos os resultados foram convertidos em percentagens, para facilitar a compreensão.
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
169
Dimensão Organização e gestão: escolas singulares
Pontuação mínima obtida
Pontuação do percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do percentil 75
Pontuação mínima aceitável
40% 60% 67% 72% 46%63
Dimensão Organização e gestão: agrupamentos
Pontuação mínima obtida
Pontuação do percentil 25
Pontuação da mediana
Pontuação do percentil 75
Pontuação mínima aceitável
16% 42% 51% 63% 46%
Para as EB1: 37%64
63 Neste caso, o valor não é igual a 50%, como nos quadros anteriores, porque do roteiro de organização e gestão
constam 15 itens de resposta alternativa (Correcto/Deficiente), cuja pontuação mínima possível é sempre 1 (e não 2). Daí que o valor total seja (2x82 itens avaliados em C) + (1x15 itens avaliados como Deficiente) = 179. Este valor, traduzido em termos percentuais, equivale a 46% da pontuação máxima possível (388).
64 No caso das escolas básicas do 1.º ciclo, há 16 itens que não podem ser avaliados, por se dirigirem especificamente aos outros graus de ensino, daí que o valor total não seja de 179 (correspondente a 46%), mas sim (2x64 itens avaliados em C) + (1x15 itens avaliados como Deficiente) = 143. A este valor corresponde a percentagem de 37% da pontuação máxima possível (388.)
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
171
A N E X O I I I
Mapa dos concelhos por índices de desenvolv imento
soc ia l
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
173
Distribuição dos concelhos por índice de desenvolvimento social65
65 O Índice de Desenvolvimento Social (IDS) é composto com base nos índices: a) Esperança de vida à nascença; b) Nível
educacional; c) Conforto e saneamento. (Vd. Portaria n.º 995/98, de 25 de Novembro, publicada no DR, n.º 273, I Série, de 25-11).
CONTINENTE
CONCELHOS
1998
0,639 0,8
0,8 0,856
0,856 0,9
0,9 0,935
−
−
−
−
Fonte: DAPP
IDS 0,878−
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
175
A N E X O I V
Lis ta das esco las intervenc ionadas em cada Delegação Regional da
Inspecção-Geral da Educação
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
177
Lista das escolas intervencionadas em 2000/2001
Delegação Regional do Norte – Escolas Singulares
Código Nome Tipologia
310098 Escola básica do 2.º ciclo D. Manuel de Faria e Sousa EB2
340704 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos D. António Ferreira Gomes EB2,3
341368 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Egas Moniz – Guimarães EB2,3
341472 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Fernando Pessoa EB2,3
341575 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Frei Bartolomeu dos Mártires EB2,3
342233 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Monsenhor Jerónimo do Amaral EB2,3
342350 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Nogueira da Maia EB2,3
342543 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Paulo Quintela EB2,3
342610 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Penalves EB2,3
343158 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Sofia de Mello Breyner EB2,3
344126 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Baltar EB2,3
344205 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Senhora da Hora EB2,3
344278 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Maia EB2,3
344424 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Leça da Palmeira EB2,3
344485 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Tadim EB2,3
345556 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Urgezes EB2,3
346202 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos com ensino secundário Barroselas EB2,3/S
346287 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos com ensino secundário S. João da Pesqueira EB2,3/S
400683 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Abel Salazar ES/3
400932 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Arcos de Valdevez ES/3
401006 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Leça da Palmeira ES/3
401183 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Castelo de Paiva ES/3
401389 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Diogo de Macedo ES/3
401432 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Dr. Bento da Cruz ES/3
401468 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves ES/3
401511 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Dr. João de Araújo Correia ES/3
401535 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Dr. Júlio Martins ES/3
401675 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Eça de Queirós ES/3
401780 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Fontes Pereira de Melo ES/3
401882 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Henrique Medina ES/3
402023 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico João da Silva Correia ES/3
402138 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Marco de Canaveses ES/3
402205 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Maximinos ES/3
402400 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Padre Benjamim Salgado ES/3
402692 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Rodo ES/3
Avaliação Integrada das Escolas
178
402898 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Sé ES/3
403155 Escola secundária de Valença ES
403180 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Monção ES/3
403404 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de São Pedro da Cova ES/3
403787 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Barcelinhos ES/3
Delegação Regional do Norte – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
100316 Escolas da Encosta do Sameiro
250090 Escola básica do 1.º ciclo n.º 21 de Braga (Calçada) Tenões EB1
243814 Escola básica do 1.º ciclo de Braga n.º 19 (Boavista) EB1
250200 Escola básica do 1.º ciclo n.º 25 de Braga EB1
243668 Escola básica do 1.º ciclo de Braga n.º 17 (Igreja) EB1
216495 Escola básica do 1.º ciclo de Codeçosa EB1
248721 Escola básica do 1.º ciclo Salgueiral n.º 2 (Costa) EB1
260642 Escola básica do 1.º ciclo de Outeiro (Sobreposta) EB1
606546 Jardim de Infância de Cachada JI
616679 Jardim de Infância de Igreja (Sobreposta) JI
607307 Jardim de Infância de Cangosta JI
605335 Jardim de Infância de Boavista – Fraião JI
622151 Jardim de Infância de Nogueiró (R. da Liberdade) JI
615511 Jardim de Infância de Gulmeira – Pedralva JI
108157 Escolas das Aves
240590 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Ponte EB1
248060 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Ponte EB1
238790 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Giestal EB1
265433 Escola básica do 1.º ciclo de Pombinhas EB1
277265 Escola básica do 1.º ciclo de St.º António EB1
235106 Escola básica do 1.º ciclo de Mourinha EB1
246347 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Giestal EB1
636290 Jardim de Infância de Vila das Aves n.º 2 – Cense JI
636289 Jardim de Infância de Vila das Aves n.º 1 – Ponte JI
108133 Escolas de Aldoar
243218 Escola básica do 1.º ciclo n.º 52 do Porto EB1
243231 Escola básica do 1.º ciclo n.º 53 do Porto EB1
253996 Escola básica do 1.º ciclo n.º 26 do Porto EB1
101576 Escolas de Amorim/Beiriz/Terroso
227420 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (Beiriz) EB1
210110 Escola básica do 1.º ciclo de Cadilhe EB1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
179
248678 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de S. Salvador EB1
241246 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de S. Salvador EB1
251689 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de S. Salvador (Terroso) EB1
616059 Jardim de Infância de Igreja (Beiriz) JI
639187 Jardim de Infância de Sejães JI
624093 Jardim de Infância de Paçô JI
150265 Escolas de Apúlia
345593 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Apúlia EB2,3
273399 Escola básica do 1.º ciclo de St.ª Marinha EB1
239124 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Igreja (Apúlia) EB1
252542 Escola básica do 1.º ciclo n.º 4 de Igreja (Apúlia) EB1
246610 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Igreja (Apúlia) EB1
251070 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de Igreja (Apúlia) EB1
200610 Escola básica do 1.º ciclo de Agra EB1
245707 Escola básica do 1.º ciclo de Criás EB1
602711 Jardim de Infância de Igreja (Apúlia) JI
600416 Jardim de Infância de Agra JI
638110 Jardim de Infância de Criaz JI
629145 Jardim de Infância de St.ª Marinha JI
Delegação Regional do Norte – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
150216 Escolas de Baião
345702 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos com ensino secundário Baião EB2,3/ES
244648 Escola básica do 1.º ciclo de Baião Sede n.º 2 EB1
228011 Escola básica do 1.º ciclo de Ingilde EB1
229891 Escola básica do 1.º ciclo de Loivos do Monte EB1
236925 Escola básica do 1.º ciclo de Baião Sede n.º 1 EB1
101345 Escolas de Belos Ares
254113 Escola básica do 1.º ciclo n.º 7 de Guimarães EB1
243000 Escola básica do 1.º ciclo n.º 12 de Guimarães (Belos Ares) EB1
250284 Escola básica do 1.º ciclo de Guimarães n.º 25 (Cruz de Argola) EB1
269189 Escola básica do 1.º ciclo de Retorta EB1
260587 Escola básica do 1.º ciclo de Outeiro EB1
250247 Escola básica do 1.º ciclo de Guimarães n.º 24 (Monte Largo) EB1*
622837 Jardim de Infância de Outeiro JI
611293 Jardim de Infância Cruz de Argola JI
638614 Jardim de Infância de Belos Ares JI
627677 Jardim de Infância de Retortas JI
Avaliação Integrada das Escolas
180
101631 Escolas de Campeã
282480 Escola básica do 1.º ciclo de Vendas de Cima EB1
273892 Escola básica do 1.º ciclo de Sapiões EB1
266358 Escola básica do 1.º ciclo de Pousada EB1
233602 Escola básica do 1.º ciclo de Mondrões n.º 2 EB1
261750 Escola básica do 1.º ciclo de Parada de Cunhos EB1
225691 Escola básica do 1.º ciclo de Goutães EB1
204705 Escola básica do 1.º ciclo de Arrabães EB1
635625 Jardim de Infância de Vendas de Cima JI
620877 Jardim de Infância de Mondrões n.º 1 JI
639515 Jardim de Infância de Mondrões n.º 2 JI
602930 Jardim de Infância de Arrabaes – Autarq. JI
101321 Escolas de Chaves
253704 Escola básica do 1.º ciclo n.º 6 de Chaves EB1
245458 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Chaves EB1
209314 Escola básica do 1.º ciclo de Bustelo EB1
217876 Escola básica do 1.º ciclo de Couto EB1
284981 Escola básica do 1.º ciclo de Vilarelho da Raia EB1
273211 Escola básica do 1.º ciclo de St.ª Cruz (Outeiro Seco) EB1
609766 Jardim de Infância de Chaves JI
606121 Jardim de Infância de Bustelo JI
629297 Jardim de Infância de Santa Cruz JI
101503 Escolas de Falcão/Corujeira
251999 Escola básica do 1.º ciclo n.º 13 do Porto EB1
243255 Escola básica do 1.º ciclo n.º 6 do Porto EB1
243656 Escola básica do 1.º ciclo n.º 7 do Porto EB1
251963 Escola básica do 1.º ciclo n.º 12 do Porto EB1
640440 Jardim de Infância do Bairro de S. Roque da Lameira JI
638456 Jardim de Infância de Corujeira JI
640451 Jardim de Infância Senhora de Campanhã JI
640426 Jardim de Infância da Rua do Falcão JI
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
181
Delegação Regional do Norte – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
101308 Escolas de Freiriz
209960 Escola básica do 1.º ciclo de Cachada EB1
206910 Escola básica do 1.º ciclo de Barreiro EB1
270994 Escola básica do 1.º ciclo de S. José EB1
260289 Escola básica do 1.º ciclo de Ordem EB1
261476 Escola básica do 1.º ciclo de Palmaz EB1
637956 Jardim de Infância de Carreiras de S. Miguel JI
622590 Jardim de Infância de Ordem JI
604458 Jardim de Infância de Barreiro JI
623337 Jardim de Infância de Palmaz JI
108388 Escolas de João Carreira – Vila do Conde
249518 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Vila do Conde EB1
252906 Escola básica do 1.º ciclo n.º 4 de Vila do Conde EB1
206003 Escola básica do 1.º ciclo de Azurara EB1
253480 Escola básica do 1.º ciclo n.º 5 de Vila do Conde EB1
242100 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Vila do Conde EB1
603727 Jardim de Infância de Azurara JI
636370 Jardim de Infância n.º 2 de Vila do Conde JI
636368 Jardim de Infância n.º 1 de Vila do Conde JI
108297 Escolas de Matosinhos (2)
274574 Escola básica do 1.º ciclo de Sendim EB1
239586 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Matosinhos EB1
251203 Escola básica do 1.º ciclo Bairro dos Pescadores EB1
108492 Escolas de Moinhos do Vez
278555 Escola básica do 1.º ciclo de Torre EB1
227730 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (Aguiã) EB1
202060 Escola básica do 1.º ciclo de Alemparte EB1
226245 Escola básica do 1.º ciclo de Grova EB1
219745 Escola básica do 1.º ciclo de Eirado EB1
216306 Escola básica do 1.º ciclo de Cimo de Vila EB1
270039 Escola básica do 1.º ciclo de Rodelas EB1
272991 Escola básica do 1.º ciclo de Sanfins EB1
262766 Escola básica do 1.º ciclo de Paço EB1
101552 Escolas de Navais/Estela/Aguçadoura
240072 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Outeiro (Navais) EB1
247546 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Outeiro (Navais) EB1
250764 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de Codicheira EB1
245549 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Codicheira EB1
237887 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Codicheira EB1
Avaliação Integrada das Escolas
182
207159 Escola básica do 1.º ciclo de Barros EB1
604641 Jardim de Infância n.º 1 de Barros JI
604653 Jardim de Infância n.º 2 de Barros JI
640827 Jardim de Infância de Teso JI*
Delegação Regional do Norte – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
101904 Escolas de Oliveira do Castelo
254411 Escola básica do 1.º ciclo n.º 8 de Guimarães EB1
243826 Escola básica do 1.º ciclo n.º 19 de Guimarães EB1
246402 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Guimarães EB1
101370 Escolas de S. Cosme
224947 Escola básica do 1.º ciclo de Gandra EB1
249890 Escola básica do 1.º ciclo de Taralhão EB1
251008 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de Gondomar EB1
246360 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Gondomar (Crasto) EB1
238820 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Gondomar (Souto) EB1
633355 Jardim de Infância Taralhão JI
621092 Jardim de Infância de Monte Crasto JI
100444 Escolas de Santiago do Bougado
206283 Escola básica do 1.º ciclo de Bairros EB1
215065 Escola básica do 1.º ciclo de Cedões EB1
216227 Escola básica do 1.º ciclo de Cidai EB1
228783 Escola básica do 1.º ciclo de Lagoa EB1
108339 Escolas de St.ª Maria da Feira
246104 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 da Feira EB1
238480 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 da Feira EB1
220541 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (Espargo) EB1
232890 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Milheirós EB1
230730 Escola básica do 1.º ciclo de Macieira EB1
640050 Jardim de Infância de Igreja n.º 2 (Espargo) JI
621407 Jardim de Infância de Montinho JI
638675 Jardim de Infância de Macieira JI
616199 Jardim de Infância de Igreja n.º 1 (Espargo) JI
620385 Jardim de Infância de Milheirós JI
640062 Jardim de Infância de Cruz JI
609160 Jardim de Infância de Cavaco JI
108455 Escolas de Vale do Leça
210675 Escola básica do 1.º ciclo de Campinhos EB1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
183
236676 Jardim de Infância de Arcozelo – Água Longa EB1
261725 Escola básica do 1.º ciclo de Parada EB1
217633 Escola básica do 1.º ciclo de Costa EB1
211254 Escola básica do 1.º ciclo de Cantim EB1
623430 Jardim de Infância de Parada JI
613800 Jardim de Infância de Fonte d'Ana JI
632399 Jardim de Infância de S. José JI
Delegação Regional do Norte – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
101795 Escolas de Vinhais – Norte
284762 Escola básica do 1.º ciclo de Vilar de Lomba EB1
209661 Escola básica do 1.º ciclo de Cabeça de Igreja EB1
262559 Escola básica do 1.º ciclo de Passos EB1
108200 Escolas do Cávado
218662 Escola básica do 1.º ciclo de Cruzeiro EB1
262146 Escola básica do 1.º ciclo de Pardelhas EB1
227894 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja Nova EB1
228710 Escola básica do 1.º ciclo de Ajuda (Lagido) EB1
226762 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (Ferreiros) EB1
218650 Escola básica do 1.º ciclo Cruzeiro EB1
226798 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (S. João de Rei) EB1
219423 Escola básica do 1.º ciclo de Devesa (Verim) EB1
616151 Jardim de Infância de Igreja (Covelas) JI
616552 Jardim de Infância de Igreja (Rendufinho) JI
624603 Jardim de Infância de Penedo Novo JI
108509 Escolas do Lima
227675 Escola básica do 1.º ciclo de Igreja (Nogueira) EB1
217750 Escola básica do 1.º ciclo de Coto EB1
282261 Escola básica do 1.º ciclo de Veiguinha EB1
265470 Escola básica do 1.º ciclo de Ponte da Barca EB1
261178 Escola básica do 1.º ciclo de Padim EB1
613149 Jardim de Infância de Felgueiras JI
625504 Jardim de Infância de Ponte da Barca JI
626144 Jardim de Infância de Poça Nova JI
* Estas escolas, actualmente, não se encontram em nenhum agrupamento.
Avaliação Integrada das Escolas
184
Delegação Regional de Centro – Escolas Singulares
Código Nome Tipologia
310232 Escola básica do 2.º ciclo de Pêro da Covilhã EB2
340250 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos António Dias Simões EB2,3
340595 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Cidade de Castelo Branco EB2,3
343468 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Ílhavo EB2,3
344953 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos da Lousã EB2,3
345131 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de S. Pedro do Sul EB2,3
400282 Escola secundária de Jaime Cortesão ES
401821 Escola secundária Frei Heitor Pinto ES
402886 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico da Sé ES/3
403647 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Tábua ES/3
403842 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico da Lousã ES/3
Delegação Regional do Centro – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
113207 Escolas Aveiro (Norte)
275943 Escola básica do 1.º ciclo de Solposto EB1
259433 Escola básica do 1.º ciclo n.º 4 de Aveiro EB1
631541 Jardim de Infância de Solposto JI
110012 Escolas de Anadia n.º 1
254873 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Anadia EB1
254939 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Avelãs de Caminho EB1
257849 Escola básica do 1.º ciclo de Moita EB1
233705 Escola básica do 1.º ciclo de Monsarros EB1
254800 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Aguim EB1
603480 Jardim de Infância de Avelãs de Caminho JI
603491 Jardim de Infância de Avelãs de Cima JI
636733 Jardim de Infância de V. Nova de Monsarros JI
160064 Escolas de Ferreira de Aves
345118 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Ferreira das Aves EB2,3
283149 Escola básica do 1.º ciclo de Vila Boa (Ferreira de Aves) EB1
201832 Escola básica do 1.º ciclo de Aldeia Nova EB1
255579 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Lamas EB1
214528 Escola básica do 1.º ciclo de Castelo EB1
601100 Jardim de Infância de Aldeia Nova JI
617799 Jardim de Infância de Lamas JI
160623 Escolas de Figueiró dos Vinhos
310300 Escola básica do 2.º ciclo de Figueiró dos Vinhos EB2
202691 Escola básica do 1.º ciclo de Almofala de Baixo EB1
200761 Escola básica do 1.º ciclo de Aguda EB1
204286 Escola básica do 1.º ciclo de Arega EB1
255464 Escola básica do 1.º ciclo de Figueiró dos Vinhos EB1
602670 Jardim de Infância de Arega JI
613563 Jardim de Infância de Figueiró dos Vinhos JI
113311 Escolas de Louriçal e Almagreira
202526 Escola básica do 1.º ciclo de Almagreira EB1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
185
205011 Escola básica do 1º ciclo de Assanha da Paz EB1
286710 Escola básica do 1.º ciclo de Casais do Porto EB1
214875 Escola básica do 1.º ciclo de Cavadas EB1
255658 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Louriçal EB1
260666 Escola básica do 1.º ciclo de Outeiro do Louriçal EB1
603132 Jardim de Infância de Assanha da Paz JI
618652 Jardim de Infância de Louriçal JI
Delegação Regional do Centro – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
160076 Escolas de Mêda
346354 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos com ensino secundário de Mêda EB2,3/ES
232282 Escola básica do 1.º ciclo de Mêda EB1
205606 Escola básica do 1.º ciclo de Aveloso EB1
268148 Escola básica do 1.º ciclo de Rabaçal EB1
627148 Jardim de Infância de Rabaçal JI
620002 Jardim de Infância de Mêda JI
160386 Escolas de Mira de Aire e Alvados
403570 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Mira de Aire ES/EB3
310128 Escola básica do 2.º ciclo Dr. Luciano Justo Ramos – Mira de Aire EB2
257825 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Mira de Aire EB1
202990 Escola básica do 1.º ciclo de Alvados EB1
255750 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Mira de Aire EB1
620488 Jardim de Infância de Mira de Aire n.º 2 JI
601937 Jardim de Infância de Alvados JI
620476 Jardim de Infância de Mira de Aire JI
110061 Escolas de Oliveira do Bairro (Palhaça)
257205 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Bustos EB1
231186 Escola básica do 1.º ciclo de Mamarrosa EB1
255920 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Palhaça EB1
623325 Jardim de Infância de Palhaça JI
160507 Escolas de Pampilhosa da Serra – Escalada
330190 Escola básica integrada de Pampilhosa da Serra EBI
286539 Escola básica do 1.º ciclo de Dornelas do Zêzere EB1
221399 Escola básica do 1.º ciclo de Fajão EB1
256080 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Porto de Vacas EB1
203580 Escola básica do 1.º ciclo de Amoreira Cimeira EB1
274471 Escola básica do 1.º ciclo de Seladinhas EB1
623362 Jardim de Infância de Pampilhosa da Serra JI
110073 Escolas de Santa Comba Dão
258441 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de St.ª Comba Dão EB1
214498 Escola básica do 1.º ciclo de Castelejo EB1
270945 Escola básica do 1.º ciclo de S. Joaninho EB1
264969 Escola básica do 1.º ciclo de Pinheiro de Ázere EB1
256328 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de St.ª Comba Dão EB1
224364 Escola básica do 1.º ciclo de Treixedo EB1
625218 Jardim de Infância de Pinheiro de Ázere JI
639114 Jardim de Infância de Santa Comba Dão JI
634268 Jardim de Infância de Treixedo JI
Avaliação Integrada das Escolas
186
Delegação Regional de Lisboa – Escolas Singulares
Código Nome Tipologia
203993 Escola básica do 1.º ciclo de Apelação EB1
237188 Escola básica do 1.º ciclo Sacadura Cabral – Brandoa EB1
239276 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Laranjeiro EB1
239446 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Loures EB1
241015 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Rinchoa EB1
244880 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Brandoa EB1
249488 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Unhos EB1
251616 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de Rinchoa EB1
252207 Escola básica do 1.º ciclo n.º 4 de Agualva EB1
277319 Escola básica do 1.º ciclo de St.º António dos Cavaleiros EB1
287167 Escola básica do 1.º ciclo de Sesimbra EB1
340194 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Ana de Castro Osório EB2,3
340339 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Aristides de Sousa Mendes EB2,3
340560 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Caxias EB2,3
340777 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de D. João I EB2,3
340832 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos D. Manuel I – Pernes EB2,3
341307 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos do Dr. Rui Grácio EB2,3
342300 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Mouzinho da Silveira EB2,3
342660 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos dos Pombais EB2,3
343110 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Sesimbra EB2,3
344540 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos do Maxial EB2,3
344620 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Ramada n.º2 EB2,3
344734 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Pataias EB2,3
345295 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Pontével EB2,3
400130 Escola secundária Damião de Goes ES
400191 Escola secundária do Forte da Casa ES
400622 Escola secundária de S. João da Talha ES
401286 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de D. Inês de Castro de Alcobaça ES/3
401754 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Ferreira Dias ES/3
401778 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Fonseca Benevides ES/3
402096 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Machado de Castro ES/3
402114 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Manuel Cargaleiro ES/3
402242 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Miraflores ES/3
402461 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Pedro Nunes ES/3
403313 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Alcanena ES/3
403477 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico Mães de Água – Falagueira ES/3
403532 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico José Cardoso Pires – St.º António dos Cavaleiros
ES/3
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
187
Delegação Regional de Lisboa – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
120248 Escolas de João dos Santos
226440 Escola básica do 1.º ciclo de Gâmbia EB1
202230 Escola básica do 1.º ciclo de Algeruz (Casa do Gaiato) EB1
234515 Escola básica do 1.º ciclo de Montinho EB1
242834 Escola básica do 1.º ciclo n.º 11 de Setúbal EB1
120923 Escolas de Sebastião da Gama
249567 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Vale de Figueira EB1
231370 Escola básica do 1.º ciclo de Marco Cabaço EB1
619504 Jardim de Infância de Marco Cabaço JI
120947 Escolas de Sophia de Melo Breyner
245604 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Corroios EB1
249592 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Vale de Milhaços EB1
242196 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Vale de Milhaços EB1
639333 Jardim de Infância de Vale Milhaços JI
601860 Jardim de Infância do Alto do Moinho JI
Delegação Regional do Alentejo – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
130000 Escolas de Alvito
284002 Escola básica do 1.º ciclo de V. Nova de Baronia EB1
203166 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Alvito EB1
602097 Jardim de Infância de Alvito JI
636642 Jardim de Infância de V. Nova de Baronia JI
130254 Escolas de Arraiolos
285419 Escola básica do 1.º ciclo de Vimieiro EB1
277526 Escola básica do 1.º ciclo de S. Pedro da Gafanhoeira EB1
204730 Escola básica do 1.º ciclo de Arraiolos EB1
227948 Escola básica do 1.º ciclo de Igrejinha EB1
272310 Escola básica do 1.º ciclo de Sabugueiro EB1
632971 Jardim de Infância de S. Pedro da Gafanhoeira JI
617088 Jardim de Infância de Igrejinha JI
628682 Jardim de Infância do Sabugueiro JI
135010 Escolas de Barrancos
330449 Escola básica integrada de Barrancos EBI
206702 Escola básica do 1.º ciclo de Barrancos EB1
604379 Jardim de Infância de Barrancos JI
135033 Escolas de Castro Verde
343699 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Castro Verde EB2,3
219940 Escola básica do 1.º ciclo de Entradas EB1/JI
225198 Escola básica do 1.º ciclo de Geraldos EB1
235647 Escola básica do 1.º ciclo de Namorados EB1
270106 Escola básica do 1.º ciclo de Almeirim EB1
214772 Escola básica do 1.º ciclo de Castro Verde EB1
611992 Jardim de Infância de Entradas JI
609092 Jardim de Infância de Castro Verde JI
Avaliação Integrada das Escolas
188
629170 Jardim de Infância de St.ª Bárbara de Padrões JI
135318 Escolas de Cristóvão Falcão (N.º 2 de Portalegre)
340637 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Cristovão Falcão EB2,3
265664 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Portalegre EB1
212039 Escola básica do 1.º ciclo de Carreiras EB1
233985 Escola básica do 1.º ciclo de Monte Carvalho EB1
282078 Escola básica do 1.º ciclo de Vargem EB1
607721 Jardim de Infância de Carreiras JI
621079 Jardim de Infância de Monte Carvalho JI
135290 Escolas de Monforte
330619 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Monforte EB2,3
205280 Escola básica do 1.º ciclo de Assumar EB1
280069 Escola básica do 1.º ciclo de Vaiamonte EB1
233640 Escola básica do 1.º ciclo de Monforte EB1
277137 Escola básica do 1.º ciclo de St.º Aleixo EB1
620889 Jardim de Infância de Monforte JI
603326 Jardim de Infância de Assumar JI
630032 Jardim de Infância de St.º Aleixo JI
634645 Jardim de Infância de Vaiamonte JI
Delegação Regional do Alentejo – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
135161 Escolas de Mourão
330632 Escola básica integrada de Mourão EBI
226002 Escola básica do 1.º ciclo de Granja EB1/JI
235155 Escola básica do 1.º ciclo de Mourão EB1
230583 Escola básica do 1.º ciclo de Luz EB1
619012 Jardim de Infância de Luz JI
621729 Jardim de Infância de Mourão JI
615262 Jardim de Infância de Granja JI
130140 Escolas de Portel
202903 Escola básica do 1.º ciclo de Alqueva EB1
234102 Escola básica do 1.º ciclo de Monte do Trigo EB1
260411 Escola básica do 1.º ciclo de Oriola EB1
265720 Escola básica do 1.º ciclo de Portel EB1
601767 Jardim de Infância de Alqueva JI
622631 Jardim de Infância de Oriola JI
625681 Jardim de Infância de Portel JI
629730 Jardim de Infância de Santana JI
135094 Escolas de Serpa
330413 Escola básica do 2.º e 3.º Ciclos Abade Correia da Serra EB2,3
274884 Escola básica do 1.º ciclo n.º 3 de Serpa EB1
274860 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Serpa EB1
274872 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Serpa EB1
281694 Escola básica do 1.º ciclo de Vales Mortos EB1
273272 Escola básica do 1.º ciclo de St.ª Iria EB1
630822 Jardim de Infância de Serpa JI
130163 Escolas de Vila Viçosa
271986 Escola básica do 1.º ciclo de S. Romão EB1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
189
207573 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de Bencatel EB1
284543 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de V. Viçosa EB1
284531 Escola básica do 1.º ciclo n.º 1 de V. Viçosa EB1
262134 Escola básica do 1.º ciclo de Pardais EB1
604926 Jardim de Infância de Bencatel JI
633069 Jardim de Infância de S. Romão JI
637063 Jardim de Infância de Vila Viçosa JI
623660 Jardim de Infância de Pardais JI
Delegação Regional do Algarve – Escolas Singulares
Código Nome Tipologia
343195 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos Poeta Bernardo de Passos EB2,3
400300 Escola secundária de João de Deus ES
400476 Escola secundária de Tomás Cabreira ES
330620 Escola básica Integrada com Jardim de Infância de Alcáçovas EBI/JI
340765 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Portel EB2,3
342579 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Alcácer do Sal EB2,3
400749 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de Alcácer do Sal ES/3
402862 Escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico de S. Lourenço ES/3
403878 Escola secundária de Aljustrel ES
Delegação Regional do Algarve – Agrupamentos
Código Nome Tipologia
145269 Escolas de Armação de Pera
344801 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Armação de Pêra EB2,3
201121 Escola básica do 1.º ciclo de Alcantarilha EB1
204535 Escola básica do 1.º ciclo de Armação de Pera EB1
263825 Escola básica do 1.º ciclo de Pera EB1
602851 Jardim de Infância de Armação de Pera JI
600751 Jardim de Infância de Alcantarilha JI
626417 Jardim de Infância de Pêra JI
145038 Escolas de Paderne
344886 Escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Paderne EB2,3
261166 Escola básica do 1.º ciclo de Paderne EB1
215508 Escola básica do 1.º ciclo de Cerro do Ouro EB1
269463 Escola básica do 1.º ciclo de Ribeira de Alte EB1
280999 Escola básica do 1.º ciclo de Vale de Pegas EB1
623120 Jardim de Infância de Paderne JI
140065 Escolas de S. Pedro do Mar (Quarteira)
223270 Escola básica do 1.º ciclo de Fonte Santa EB1
267442 Escola básica do 1.º ciclo n.º 2 de Quarteira EB1
RELATÓRIO NACIONAL. Ano lectivo 2000-2001
191
A B R E V I A T U R A S
IGE Inspecção-Geral da Educação
SASE Serviço de Acção Social Escolar
IDS Índice de Desenvolvimento Social
Va Valor acrescentado
JI Jardim de Infância
EB1 Escola Básica do 1.º Ciclo
EBI Escola Básica Integrada
EB1/JI Escola Básica do 1.º Ciclo, com Jardim de Infância
EBI/JI Escola Básica Integrada, com Jardim de Infância
EB2/3 Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos
EB2 Escola Básica do 2.º Ciclo
EB2/3/S Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos, com Ensino Secundário
ES Escola Secundária
SPO Serviço de Psicologia e Orientação
CEB Ciclo(s) do Ensino Básico
NEE Necessidades Educativas Especiais
PEE Projecto Educativo de Escola
Tse Taxa(s) de sucesso da escola
Ve Valor esperado