Avanço manual Era uma vez um veado que tinha em grande apreço as suas hastes recortadas, que lhe...
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Avanço manual
Avanço manual Era uma vez um veado que tinha em grande apreço as suas hastes recortadas, que lhe davam à cabeça um ar de majestade. Quando ia dessedentar-se
Era uma vez um veado que tinha em grande apreo as suas hastes
recortadas, que lhe davam cabea um ar de majestade. Quando ia
dessedentar-se no lago, tanto bebia como se mirava. - Que gloriosos
chifres os meus! Nenhum animal de cornos os tem to formosos! Em
contrapartida, as patas delgadinhas desgostavam-no. Debruado para a
gua, comparava-as com a volumosa e artstica cornadura e dizia: - As
minhas pernas esto desproporcionadas com os outros extremos do meu
corpo. No fossem elas assim to estreitas e eu seria o mais elegante
dos animais. Nisto, o veado ouviu, no longe, o uivo de trompas de
caa. Ele sabia o que aquela msica significava. Fugiu. Caadores a
cavalo perseguiram-no. Corriam os cavalos a galope e corria o
veado, com quantas pernas tinha. geis, as pernas, no arremesso do
medo, saltavam barrancos, venciam precipcios, quase voavam. O veado
s pedia que o vigor das pernas no o abandonasse. Avano manual
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Mas, num tnel de ramos, os galhos do veado embaraaram-se nos
troncos e suspenderam-lhe a corrida. J se aproximavam os
cavaleiros. Os belos chifres estavam a deit-lo a perder.
Sentindo-se perdido, o veado deu um saco ao corpo e metade de um
chifre, que estava preso, partiu-se. Deix-lo. O veado livrou- se.
As pernas retomaram a fogosa carreira da salvao e o veado conseguiu
escapar dos caadores. J livre de perigo, o veado ps-se a pensar no
que lhe sucedera. As pernas, que ele h pouco desprezava, tinham-no
salvo. As hastes da sua vaidade por pouco que no o atraioavam.