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Faculdades Integradas do Tapajós Graduação em Medicina Veterinária AVES EXÓTICAS Gildo Gabriel Scotti 3º MDV

AVES EXÓTICAS

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Faculdades Integradas do Tapajós

Graduação em Medicina Veterinária

AVES EXÓTICAS

Gildo Gabriel Scotti

3º MDV

Santarém – Pa

2010

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GILDO GABRIEL SCOTTI

AVES EXÓTICAS

Trabalho apresentado com o objetivo de obter nota parcial na matéria de

Economia Rural

Santarém

2010

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INTRODUÇÃO

A área rural brasileira não se restringe mais àquelas atividades relacionadas à agropecuária e agroindústria. Nas últimas décadas esta vem ganhando novas funções agrícolas e não-agrícolas e oferecendo novas oportunidades de trabalho e renda para famílias. A agropecuária moderna e a agricultura de subsistência dividem espaço com um conjunto de atividades ligadas ao lazer e prestação de serviços, reduzindo cada vez mais os limites entre o rural e o urbano no País.

Um exemplo de atividade adotada no campo cita-se a criação de “aves nobres” como a criação de o avestruz em cativeiro, cujos principais produtos comercializados são a carne (que é vermelha e tem baixo teor de gordura) o couro e pena.

Uma fazenda na região de Ribeirão Preto trocou a produção de leite pela criação de aves nobres e exóticas, cujas matrizes são importadas da Europa, da Ásia. Ao todo, são criadas cerca de 22 mil aves ornamentais de 230 raças diferentes e mias 70 mil faisões, perdizes e codornas gigantes francesas para corte. As aves de corte são vendidas a supermercados e restaurantes, além das agroindústrias, principalmente a Perdigão, que desde 1989 comercializa essa linha de aves raras. (Folha de São Paulo,1997).

O ramo de atividade que se dedica à criação de aves (galinhas, codornas, patos, perus, faisões, marrecos, cisnes, gansos, pavões, etc.) denomina-se avicultura. Constitui hoje uma técnica muito complexa, dada a maneira muito científica como se procede à criação, tanto intensiva ou semi-intensiva. Criações domésticas e lazer podem ser isentas das legislações, embora, não pode-se esquecer as questões sanitárias, principalmente em áreas urbanas onde a legislação deve ser obedecida. A criação de galinha é, sem dúvida, a que está mais especializada e, por isso, a que é efetuada com mais rigor; pode dedicar-se à produção de ovos ou à produção de carne em grande escala, com investimentos maiores.

Nos sistemas mais evoluídos de produção, quer de ovos, quer de carne, a criação é exercida por empresas inteiramente especializadas, constituindo uma verdadeira indústria com todos os seus requisitos e aparatos industriais. Assim, certas empresas encarregam-se de manter os núcleos selecionados dos progenitores, procedem à incubação dos ovos e vendem os chamados pintos do dia; compete-lhes selecionar bem as aves progenitoras (matrizes), para poderem garantir boas produções a partir dos pintos que vendem. No Brasil, a avicultura atingiu elevado grau de desenvolvimento, exportando milhares de toneladas. Nas áreas rurais, onde a agricultura familiar e de subsistência, incluem criações de aves, com instalações simples, que contribuem com um percentual considerável na questão comercial, pois, rolam receitas em suas regiões, tais como: compra de rações, medicamentos, equipamentos diversos e de assistência técnica.

Para os que incluem em suas criações ou que pretende iniciar, a aves consideradas exóticas ou ornamentais é sempre importante salientar que estão sujeitas a legislação específica e sob a fiscalização do IBAMA, órgão ao qual compete autorizar as criação e

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comercialização, por isso todos os interessados devem solicitar autorização daquele órgão federal, é o melhor caminho para atingir seus objetivos e não ter problemas com a lei, um dos caminhos é filiando-se a um clube de criadores, ou preferencialmente, as federações de abrangência nacional ou até mesmo cooperativas.

Dessas, uma das mais atrativas, sem duvidas, é a criação de Faisão (Phasianus colchicus L.), por sua beleza na plumagem e seu alto valor comercial, tanto para abate (pela apreciação do sabor da carne), tanto para exposições. Das 49 espécies de faisões, das quais 46 são criadas em cativeiro e mais de 165 variedades, o Faisão dourado é o mais adorado, por sua imponência nas cores e sua característica, pois muitos o apelidam de Faraó.

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1 – AVES EXÓTICAS ORNAMENTAIS

1.1 – Apresentação do negócio

A criação de animais silvestres em cativeiro no Brasil é uma prática cultural que remonta aos tempos do descobrimento, e é sabido que os índios apresentavam grande admiração pela beleza de algumas aves, como papagaios e araras.

As pessoas que habitam os grandes centros urbanos têm uma necessidade cada vez maior de se aproximar do campo e da natureza,

muitas vezes como hobby em suas horas vagas. A criação de aves ornamentais é uma alternativa para favorecer este processo.

Aspectos relacionados às técnicas de cuidado e criação, bem como as licenças e autorizações para a criação de aves ornamentais já estão evoluídos, não representando riscos de descumprimento das leis de proteção aos animais, assim como as normas do IBAMA para criação de animais exóticos.

As pessoas de modo geral buscam companhia e realização pessoal na atividade relacionada a cuidar de bichos de estimação. Segundo vários terapeutas, é uma excelente forma de manter o equilíbrio entre a saúde física e mental, reduzindo os níveis de stress e depressão.

Aspectos como a grande variedade das espécies e suas diferenças nas cores, tamanhos e formas, acabam gerando um senso de competição entre os criadores, sejam eles admiradores que se dedicam a cuidar de poucas aves, ou mesmo os criadores em escala, que buscam aperfeiçoamento constante das técnicas de manejo e reprodução das espécies. E esta competição acaba promovendo eventos em que os animais são expostos e cativam a atenção e interesse de novos adeptos, tornando o negócio de criação de aves ornamentais interessante sob o aspecto financeiro.

1.2 – Mercado

O principal mercado associado à demanda por animais deste tipo está relacionado a outro mercado que se apresenta em franca expansão, que é a grande quantidade de pequenas chácaras que vem sendo criadas próximas aos centros urbanos.

Buscando refúgio da agitação do dia-a-dia, as pessoas estão estruturando pequenas chácaras onde podem levar seus filhos e netos para proporcionar um contato maior com a natureza. Este cenário é perfeito para a introdução de aves ornamentais, tanto terrestres quanto aquáticas.

O prazer que proporciona às pessoas, o sentimento de cuidar destes animais, alimentá-los, montar estruturas adequadas para sua permanência e exibição, acaba conquistando-as e tornando-as grandes admiradoras da beleza dos animais.

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Não existem estatísticas muito confiáveis a respeito do tamanho deste mercado, uma vez que é desconhecido o número de pessoas que praticam esta atividade como hobby e comercializam informalmente os animais.

O comércio informal pode estar relacionado com tráfico de animais silvestres, o qual se configura como o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Estima-se que o mercado ilegal de animais silvestres em todo o Mundo movimente uma quantia superior a 15 Bilhões de Dólares. A rentabilidade deste negócio é inversamente proporcional ao imenso prejuízo causado a diversas espécies animais. Estudos comprovam que para cada animal comercializado fora das normas, ilegalmente, outros dez perecem.

O Brasil participa desse mercado ilegal com aproximadamente US$ 2 bilhões ao ano. Estes dados demonstram a grande oportunidade que existe para o desenvolvimento de negócios associados à criação de aves ornamentais, que ao serem devidamente legalizados, podem tomar o espaço que vem sendo ocupado de forma clandestina.

1.3 – Da localização e criadouro

A escolha do local adequado é fator chave para o sucesso deste negócio. Recomenda-se que o espaço a ser ocupado para a criação das aves ornamentais seja amplo, tranqüilo e não muito afastado dos grandes centros urbanos.

De preferência deve ser uma pequena chácara, com acesso facilitado, que possa ser visitada pelos clientes a qualquer dia e hora.

Um fato que deve ser levado em conta no momento da escolha do local diz respeito à vizinhança, pois locais muito barulhentos tendem a dificultar a realização de diversas práticas fundamentadas na criação dos animais.

Outro aspecto que diz respeito à localização da empresa é que, se não estiver de acordo com as normas da prefeitura quanto ao que rege o plano diretor para o exercício da atividade econômica, acaba inviabilizando seu registro.

1.4 – Exigências legais específicas

O empreendedor que está disposto a constituir uma criação de aves ornamentais deve requerer os registros e licenças necessárias à implantação do negócio, tais como:

a) Registro da empresa nos seguintes órgãos:

-IBAMA;

-Junta Comercial;

-Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

-Secretaria Estadual de Fazenda;

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-Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;

-Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”.

-Corpo de Bombeiros Militar.

b) Visita a prefeitura da cidade onde pretende montar a sua criação para fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial.

Além do registro da empresa que pode ou não adotar o regime da lei geral das micro e pequenas empresas, qualquer atividade econômica deve respeitar o código de defesa do consumidor (CDC - Lei nº 9.870/1999), pois ele estabelece uma série de direitos e obrigações ao fornecedor e ao consumidor.

É importante lembrar que o empreendedor está sujeito a fiscalização sanitária e ambiental do estabelecimento e dos serviços e deve estar de acordo com a Lei 5.197 de 3 de janeiro de 1967, a qual dispõe proteção da fauna brasileira.

Existem diversas portarias regulamentando o comércio de animais silvestres e exóticos, algumas específicas, e outras mais genéricas.

Todas elas mencionam a obrigatoriedade da venda de animais criados, em criadouros registrados como comerciais com as devidas notas fiscais, e dados pertinentes para comprovarem a origem.

Existem dois organismos que regulamentam e disciplinam a criação de aves ornamentais no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o IBAMA "Instituto Brasileiro do Meio Ambiente".

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 56, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2007. Estabelece os Procedimentos para Registro, Fiscalização e Controle de Estabelecimentos Avícolas de Reprodução e Comerciais.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 07 DE ABRIL DE 2006. Aprovar, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 91, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003. Aprovar os Requisitos Zoossanitários do Brasil para a Importação de Aves Ornamentais de Gaiola.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 78, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2003. Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium.

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-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 02 DE JUNHO DE 2003. Dispõe sobre a autorização para importação de material genético avícola, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, além das exigências de ordem sanitária estabelecidas no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, obedecerá às condições zootécnicas.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA Nº 2, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2003. Aprova o Regulamento Técnico para Registro, Fiscalização e Controle Sanitário dos Estabelecimentos de Incubação, de Criação e Alojamento de Ratitas.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 67, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2002. As autorizações para importação de animais, vegetais, seus produtos, derivados e partes, subprodutos, resíduos de valor econômico e dos insumos agropecuários constantes do Anexo desta Instrução Normativa deverão ser objeto de solicitação prévia aos setores técnicos competentes do órgão central do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou da Delegacia Federal de Agricultura na jurisdição do interessado.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 60, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2002. As importações de ovos férteis de avestruzes serão permitidas somente de países habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) e de estabelecimentos criadores habilitados pelo Serviço Veterinário Oficial do país exportador, reconhecidos pelo MAPA.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 24 DE JULHO DE 2002. As importações de avestruzes de um dia serão permitidas somente de países habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) e de estabelecimentos criadores e incubatórios habilitados pelo Serviço Veterinário Oficial do país exportador e reconhecidos pelo MAPA.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 23 DE AGOSTO DE 2001. Aprova as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum, M.synoviae e M. melleagridis).

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 31 DE JULHO DE 2000. Adota os Requisitos Zoossanitários para a importação de animais, sêmen, embriões e ovos férteis de países extra-regionais.

-PORTARIA Nº 542, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998. Dispõe sobre Normas de Higiene e Segurança Sanitária para Habilitação de Estabelecimentos Avícolas de Criação de Aves e Incubatórios Avícolas para Intercâmbio no MERCOSUL.

-DECRETO Nº 94959, DE 24 DE SETEMBRO DE 1987. Dispõe sobre a importação de aves matrizes, do gênero Palmípedes, para reprodução e dá outras providências. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA:

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-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 02 DE MARÇO DE 2001. Determina a identificação individual de espécimes da fauna silvestre e de espécimes da fauna exótica mantidos em cativeiro nas seguintes categorias de registro junto ao IBAMA: jardim zoológico, criadouro comercial de fauna silvestre e exótica, criadouro conservacionista, criadouro científico e mantenedouro de fauna exótica.

-INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 15 DE ABRIL DE 1999. Estabelece os critérios para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades que envolvam de fauna silvestre exótica e de fauna silvestre brasileira em cativeiro.

-PORTARIA Nº 102, DE 15 JULHO OUTUBRO 1998. Normaliza o funcionamento de criadouros de animais da fauna silvestre exótica com fins econômicos e industriais.

-PORTARIA Nº 93, DE 08 JULHO OUTUBRO 1998. Dispõe sobre a exportação e importação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira e fauna silvestre exótica.

-PORTARIA Nº 118N, DE 15 DE OUTUBRO 1997. Normaliza o funcionamento de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira com fins econômicos e industriais.

-PORTARIA NORMATIVA Nº 117, DE 15 DE OUTUBRO 1997. Normaliza a comercialização de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre brasileira com finalidade econômica e industrial e jardins zoológicos registrados junto ao IBAMA.

-PORTARIA Nº 28, DE 25 DE SETEMBRO 1992. Consolida as disposições regulamentares da política brasileira de exportação de acordo com o sistema integrado de comércio exterior – SISTOMEX.

-PORTARIA Nº 19, DE 17 DE JANEIRO 1990. Fica proibida a permuta de animais entre zoológicos, criadouros científicos e comerciais que não estejam regularizados junto ao IBAMA.

-PORTARIA Nº 3319, DE 21 DE MARÇO 1973. Dispõe sobre o comércio e a industrialização de espécimes provenientes de criadouros.

1.5 – Infra-estrutura do criadouro

É de extrema importância a correta instalação da infra-estrutura básica para a criação e comercialização das aves ornamentais.

A propriedade deve dispor de galpões adaptados às exigências de cada criação, separados para evitar conflitos entre as aves.

Também são fundamentais todas as instalações para promover o acasalamento e a incubação dos ovos e filhotes.

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No caso de grandes criações, as áreas de visitação e contemplação devem estar devidamente sinalizadas.

Também é importante que o empresário forneça boas condições de trabalho aos seus colaboradores, fato este que se reflete positivamente na satisfação e produtividade.

1.6 – Da Mão-de-obra

A necessidade por contratação de mão-de-obra cresce de acordo com o aumento da demanda, mas por se tratar de atividade altamente especializada, é muito importante que o empresário esteja atento ao processo de recrutamento, seleção e capacitação constantes exigidos pelo negócio.

Por se tratar de atividade que envolve um relacionamento muito próximo entre a equipe e as aves que são criadas e comercializadas, o empresário deve conduzir com grande habilidade a sua relação com os funcionários, oferecendo sempre as condições mais justas de trabalho e remuneração.

Como estimativa para analisar a operação de uma criação de aves ornamentais, considera-se a necessidade inicial de um profissional habilitado, dois funcionários treinados para o manejo das aves e um no administrativo além da presença em tempo integral do empresário.

1.7 - Equipamentos

É muito importante que o empresário, antes de iniciar suas atividades, visite outras criações semelhantes e também peça para ver os equipamentos dos fornecedores em funcionamento. Estes cuidados iniciais são de grande utilidade para a escolha dos melhores e mais apropriados equipamentos (segundo as condições financeiras) para iniciar o novo negócio.

É necessário definir com clareza as especificações técnicas, modelos, marcas, capacidades do processo para depois escolher os equipamentos, instalações e materiais diversos bem com as principais técnicas a serem adotadas.

Os equipamentos essenciais para a instalação de uma criação de aves ornamentais são os seguintes:

• Alimentadores;

• Bebedouros;

• Incubadoras e estufas;

• Gaiolas e viveiros;

• Equipamentos gerais de apoio.

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Para a administração são necessários computador, móveis, impressora, telefone/fax e se possível internet.

1.8 – Matéria-prima/mercadoria

A principal matéria-prima para este negócio está relacionada à qualidade das matrizes, ou seja, das aves reprodutoras. As principaisespécies a serem criadas e comercializadas para um criatório de aves ornamentais são:

• Faisão (25 espécies);

• Pavão (5 espécies);

• Galinhas (31 espécies);

• Galinhas Bantan (9 espécies);

• Aves aquáticas (97 espécies);

• Pássaros (35 espécies);

• Periquitos (48 espécies);

• Outras (41 espécies).

Além das aves, os insumos para o preparo da ração devem ser de ótima qualidade e balanceados de acordo com a técnica de criação de cada espécie.

1.9 – Organização do processo produtivo

A criação de amimais ornamentais é uma prática antiga, mas que só recentemente foi reconhecida e aprovada pelo órgão regulamentador oficial – IBAMA. Através das autorizações, hoje é possível a criação para fins comerciais de diversas espécies de aves e animais.

Cada espécie a ser criada pela empresa vai apresentar os detalhes técnicos específicos, e o produtor deve estudar e dominar estas informações para depois iniciar a criação.

As principais etapas do processo são semelhantes, mudando os detalhes em função das características reprodutivas de cada espécie.

Basicamente têm-se os processos de:

• Separação das matrizes (onde são escolhidos ou adquiridos os animais perfeitos para a reprodução);

• Fase do acasalamento (cada ave tem seu período e seu comportamento próprio de acasalamento);

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• Seleção dos ovos para incubação ou preparação das condições para a criação natural dos filhotes. Cada variedade de ave tem um período diferente de chocagem, que pode variar de 21 a 35 dias.

• Separação dos filhotes e manejo adequado para o seu crescimento.

• No período de incubação as aves são levadas para as criadeiras, que são gaiolas com aquecimento, onde receberão alimentação balanceada apropriada e muita água fresca. Também serão vacinadas contra a Bouba Aviária, New Castle, além de serem vermifugadas.

• Período de passagem para as recrias (acontece em média três meses após a fase de crescimento) o qual se caracteriza por ambientes parecidos com o habitat natural, sem aquecimento e com parte coberta e parte ensolarada;

• Classificação das aves segundo sua finalidade – Reposição de matrizes ou comercialização. Esta técnica utiliza a alimentação para definir a finalidade das aves;

• Preparação para a comercialização

Além destas atividades, a anotação de todos os detalhes do processo de criação permite ao produtor registrar e obter certificado de qualidade da raça (pedigree), aumentando o valor de mercado das aves.

1.10 – Canais de Distribuição

O principal canal de distribuição está relacionado com os pet shops, as lojas de artigos para o agronegócio e os aviários.

O transporte correto dos animais até estes locais é condição imposta pelas portarias do IBAMA (citadas anteriormente), e deve ser realizado de forma a causar o mínimo de stress às aves. Sua comercialização deve seguir os mesmos princípios.

A venda pela internet é outro canal de comercialização e distribuição cada vez mais empregado pelas empresas.

A participação em feiras e exposições acaba sendo uma boa alternativa para a comercialização das aves.

Além destes, a venda direta na propriedade acaba sendo a preferida pelos clientes, uma vez que é sempre prazeroso visitar estes locais e poder escolher as aves que se pretende comprar.

1.11 - Investimentos

A decisão de iniciar as atividades de uma criação de aves ornamentais passa necessariamente por um correto levantamento de quanto dinheiro e esforço o empresário irá gastar. Este fato é decisivo para que os riscos de ocorrerem problemas

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financeiros sejam menores. O empresário deve pesquisar o preço dos equipamentos e acessórios a serem adquiridos para o início das atividades.

Deve-se ressaltar que cada situação é particular, e o empreendedor vai definir quais os equipamentos pretende adquirir para iniciar suas atividades.

A fim de exemplificar a estruturação dos investimentos apresenta-se a seguir uma lista dos principais equipamentos a serem adquiridos para a operação de um criatório de aves ornamentais capacitado para a criação de cinco espécies incluindo uma espécie aquática:

• Alimentadores – R$ 1.000,00;

• Bebedouros – R$ 4.000,00;

• Incubadoras e estufas – R$ 5.000,00;

• Gaiolas e viveiros – R$ 10.000,00;

• Equipamentos gerais de apoio – R$ 500,00;

• Casais de matrizes para reprodução – R$ 20.000,00

Perfazendo um total aproximado de R$ 40.500,00, além da estimativa de outros R$ 10.000,00 para reforma de estrutura do imóvel a ser ocupado, instalações, ajustes, etc

2 – AVES EXÓTICAS DE CORTE

2.1 - Avestruz

O avestruz, Struthio camelus, é a maior das aves vivas, com uma altura de 2,4m e 150kg. É originário da África (Namíbia Botswana, África do Sul), e também em certas zonas da Arábia. É a única que pertence à família Struthioniformes. São aves polígonas e não migratórias. Adapta-se com facilidade e vive em áreas montanhosas, savanas ou planícies arenosas desérticas. Seus hábitos alimentares são onívoros, o avestruz come ervas, folhagem de árvores, arbustos e todo pequeno vertebrado e invertebrado que consiga capturar.

Embora não voe, por ter asas atrofiadas, as longas, fortes e ágeis pernas, permitem que ele atinja até a velocidade de 120 km/h com vento favorável (média de 65 km/h), pois em uma só passada cobre 4 a 5 metros. Tem o pescoço longo, a cabeça pequena, e tem dois dedos muito grandes (em cada pata) que se assemelham a cascos.

2.1.1 - Produtividade

O avestruz alcança o peso de abate por volta de 12 meses. São muito resistentes a doenças, e têm uma ótima capacidade de adaptação (criados com sucesso no Canadá,

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Estados Unidos, Europa e Israel), suportando altas e baixas temperaturas. Alimenta-se de ração (1,5 kg/dia) e pasto verde (2 a 5 kg/dia).

Vida longa (média de 50 anos de vida), contando de 20 a 30 anos de vida reprodutiva. O início da vida reprodutiva é com 2 a 3 anos; no Brasil há avestruzes em zoológicos que iniciaram a postura com 18 meses.

Cada fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano, e os ovos pesam de 1.200 a 1.800 g e são incubados por 42 dias.

2.1.2 - O Mercado

Os três principais produtos para comércio são:

Pena;

Couro;

Carne.

2.1.3 - Plumas

As plumas do avestruz ainda representam objeto de comércio, e é um dos motivos pelos quais o homem caça essa ave. Tem dimorfismo sexual marcado: nos adultos, o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, porém tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade. As fêmeas são em geral presa fácil e suas plumas podem sem arrancadas sem feri-las.

2.2 - Codornas

Os especialistas no assunto apontam: Uma das principais vantagens da coturnicultura, ou criação de codornas, é a facilidade do manejo. Além disso, a atividade pode ser uma boa alternativa econômica, principalmente quanto voltada para a produção de ovos, que sempre apresentou uma boa aceitação no mercado.

A comercialização dos ovos ocorre até hoje por algumas razões interessantes. Em primeiro lugar, seu sabor semelhante ao da galinha; em segundo devido à produção elevada ao mês de 23 a 25 ovos, (desde que as aves sejam bem alimentadas com ração balanceada), e em terceiro; pelo grande número de pessoas curiosas em consumir um produto que poucos tem a oportunidade de apreciar.

Desde 1963, quando foi lançada uma marchinha carnavalesca, com o nome "Ovo de Codorna", de Severino Ramos de Oliveira, houve um grande impulso no consumo de ovos que continuou após a regravação da canção, pelo rei do Baião, Luiz Gonzaga, que exaltou e muito as qualidades afrodisíacas do produto. Na verdade, houve um grande impulso no consumo e anos mais tarde calcula-se que a produção de ovo de codornas em 1992 tenha sido algo próximo a 34 milhões de dúzias, o que significa quase 3% da produção da avicultura industrial no mesmo período.

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As codornas conhecidas cientificamente como Coturnix coturnix japonica, são pequenas aves originárias da Europa e da Ásia. Os primeiros dados históricos sobre a procedência da codorna datam do século XI, porém, a criação das aves para a produção de carne e ovos teve início em 1910 no Japão, China e Coréia.

Após vários cruzamentos e muitos estudos realizados por japoneses e chineses, conseguiram uma ave doméstica. Desta seleção e cruzamento entre espécies silvestres se originou linhagens altamente produtivas, com uma agressividade reduzida e, praticamente, impossibilitadas de voar, quando em liberdade - por possuir asas curtas - contribuíram para a criação em cativeiro e estabeleceu-se assim uma pequena criação.

As codornas são aves resistentes e se adaptam a diversas condições ambientais, mas se desenvolvem bem melhor em clima estável, com temperatura de 25 graus. Elas não gostam de ventos de sol e quando vivem soltas, tem o hábito de ficarem escondidas.

A criação pode ser iniciada com apenas 100 aves, para o consumo familiar. "Com mil ou duas mil aves, a lucratividade é pequena, mas é um bom número para começar e é a quantidade recomendada para uma pequena granja. Neste caso, é aconselhável formar uma pequena clientela na região antes de comprar as aves, para não haver encalhe dos ovos. É possível também adquirir aves ainda pequenas (a partir de um dia) fazer a recria até ficarem prontas para a postura.

Ao longo dos anos, a granja vem investindo muito em tecnologia e sanidade para melhorar a qualidade, aperfeiçoando-se, principalmente no fornecimento de codorna de um dia.

A ave é precoce, inicia a postura por volta dos 40 dias de idade. Também é bastante produtiva. Um lote de cem aves, por exemplo, rende aproximadamente 95 ovos por dia. Comercialmente, as codornas ficam em postura por um ano. Depois são descartadas.

2.2.1 - Alternativas de criação

"Qualquer das atividades dentro da coturnicultura pode dar bons lucros desde que, na criação, sejam adotados manejos adequados e que as aves (pintinhos de um dia) sejam adquiridos somente de criadores idôneos", dizem os especialistas. Sem estes requisitos, todos os esforços no sentido de obter uma boa produção poderão resultar em desperdício de recursos financeiros. Hoje no mercado é possível encontrar criadores com longa experiência no ramo e especializados em cada uma das atividades.

"O mercado também está aberto para todos. Porém, o sucesso da coturnicultura dependerá, por exemplo, por quanto o criador poderá vender seu produto. No passado, o que mais se encontrou foram pessoas desesperadas para comercializar a produção e não encontrando baixaram os preços. Outras preocupações do mercado são: o preço e as crises pelas quais passam as commodities. Anos atrás muitos criadores tiveram problemas com o abastecimento, com isto alguns não conseguiram se recuperar e terminaram 'quebrando'.

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Recriar a codorna para vender a produtores é uma alternativa que muitas vezes se torna mais rentável que a produção de ovos. É uma atividade que exige muita responsabilidade e experiência, pois a garantia de cliente fixo é justamente o bom desempenho dos lotes recriados.

As codornas de um dia podem ser adquiridas sexadas ou mistas. No segundo caso, o custo de aquisição por ave é menor, mas para quem não tem interesse em criar os machos para abate, não é uma alternativa vantajosa, pois terá que aguardar no mínimo 21 dias para descobrir os machos e eliminá-los ou criá-los até 45 dias para a venda de abate. Portanto, e preferível já adquirir somente as fêmeas.

Uma grande curiosidade da coturnicultura está na abrangência de fatores que podem ser comercializados, um exemplo, é a venda de esterco de aves.

2.2.2 - Instalações: Tratamento Especial

Além de ter um galpão disponível, é preciso adquirir equipamentos básicos, como: gaiolas, bebedouros, comedouros, e uma chocadeira elétrica, pois as aves não chocam. Preferencialmente, o local de implantação deve ser pesquisado e atender aos seguintes requisitos: ser suficientemente afastado de centros urbanos e outras explorações avícolas, no entanto, com vias de acesso fácil, condições climáticas, dotados de energia elétrica e água de boa qualidade.

Cada gaiola (100 centímetro por 50 centímetros) comporta cerca de 36 aves. As codornas destinadas à reprodução devem ser mantidas em gaiolas coletivas, neste caso o ideal é utilizar um macho para 2 a 3 fêmeas. Pode-se utilizar o sistema de bateria, ou o piramidal (estrutura no formato de pirâmide), que apresenta grande facilidade de limpeza e de fornecimento de ração. Em um galpão de 30 metros de comprimento e cinco metros de largura, por exemplo, cabem até dez mil codornas.

2.2.3 - Comercialização

Os ovos são, sem dúvida, o objetivo mais visado dentro de uma criação de codorna. Ele é um produto muito apreciado e apresenta características muito interessantes. Possui as vitaminas A, D, F as vitaminas do Complexo B e a vitamina C, que não existe no ovo de galinha. Além disso, são ricos em proteínas e os níveis de colesterol são baixos.

Estima-se que o consumo de ovo de codorna per capita do brasileiro seja de apenas 9,5 ovos. A produção de seis milhões de aves a 75% de produtividade equivale a 1,62 bilhões de ovos/ ano. Supondo que nossa população seja de 170 milhões de pessoas, temos, portanto, 9,5 ovos /habitantes.

Mesmo com esta porcentagem o ovo ainda é um produto considerado supérfluo. Somente com o crescimento de churrascarias e restaurantes, os ovos de codorna tornaram-se bastante divulgados à população. Na região Sul do País, por exemplo, é bastante comum encontrar os ovos em forma de conserva.

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Em geral, o comércio do ovo de codorna, acontece de duas formas: O produtor vende os ovos em forma 'in natura' para o consumidor. E em segundo, vende os ovos para as indústrias que beneficiam o ovo para vendê-los descascados.

Somente a exploração de codorna para corte no Brasil ainda é pequena. Apesar da procura estar aumentando, o preço ainda é alto. Para o pequeno produtor, os custos de instalação são elevados e é necessário seguir as normas exigidas pelo Ministério da Saúde. Todo o processo de abate precisa seguir um padrão, com câmara frigorífica, por exemplo.

2.3 – Faisão

Originários da Ásia, os faisões tornaram-se aves de grande valor comercial pela beleza da plumagem e pelo sabor requintado de sua carne. A criação de faisões exige cuidados especiais. Por possuírem comportamento agressivo, devem permanecer em instalações adequadas, onde não haja superpopulação. Assim é possível evitar o canibalismo entre as aves.

Bonitos e exóticos, os faisões nunca deixaram de ser uma das aves mais cobiçadas por criadores experientes e até por curiosos. Eles se adaptam a qualquer tipo de clima, dos mais quentes aos mais gélidos do mundo. Seu nome foi dado em homenagem ao Rio Fases, na Rússia. Não foi por acaso que variadas espécies desta ave se espalharam pelos continentes causando confusão quanto aos seus países de origem.

Originários do Tibete e da Índia, o faisão foi levado aos Estados Unidos e Europa para ser usado como caça. Porém, a ave se proliferou de tal forma que hoje existem mais de 20 milhões de faisões soltos nessas regiões e já é considerado uma ave nativa do local. Em todo o mundo há aproximadamente 49 espécies do animal. Dessas, 46 são criadas em cativeiros e possuem mais 100 variedades, e é a ave com maior número de espécies domesticadas.

Assim como o pavão, os faisões têm uma diferenciação sexual muito grande que pode ser notada aos 90 dias de vida quando a ave troca sua plumagem. Os machos são maiores, com penas bem mais coloridas e brilhantes que a fêmea. Na época do acasalamento, os machos realizam grandes exibições para chamar a atenção da faisoa e neste período, geralmente, apresentam um comportamento agressivo e polígamo. Classificados como aves de grande valor comercial, principalmente quando são destinados ao ornamento, alguns casais de faisões chegam a custar US$ 2.500. Assim já dá para Ter uma idéia de como este tipo de criação pode se tornar uma atividade altamente lucrativa para o produtor rural.

Obs. Alimentação: um faisão de porte médio consome até os 150 dias de vida cerca de 10,5 quilos de ração ou, em media 70 gramas diárias. Já a faisoa, consome até os 180 dias 12,6 quilos e pesa 200 gramas a menos que o macho. Aos 5 meses, o macho pesa 1,2 quilo, enquanto a fêmea, aos 6 meses de idade peso apenas 1 quilo.

2.3.1 - Abate

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Se tratadas adequadamente, as espécies para abate atingem em 7 meses o peso ideal, que é de 900 a 1200 gramas, limpo.

As formas de abate são basicamente as mesmas utilizadas para os frangos: degolamento externo ou interno, deslocamento do pescoço e decepamento da cabeça.

Depois de sacrificada e limpa, a ave deverá ser congelada ou resfriada imediatamente, a uma temperatura de -20ºC, sua validade mínima para consumo é de 3 meses.

O depenamento dos faisões é feito da mesma forma que o dos frangos. As penas mais longas da cauda devem ser retiradas com a mão, com cuidado para não arrancar a pele, e guardadas, pois têm valor comercial.

2.3.2 - Principais técnicas de depenamento:

- com cera

- por escaldamento ( água a 90ºC)

- por semi-escaldamento (água a 53ºC)

- a seco ( com a ave quente, antes da rigidez muscular)

- à máquina (escala industrial)

A retirada dos órgãos internos do faisão é feita com 3 cortes: um na altura do "ombro", para retirar o papo; o seguinte ao redor do ânus e o último, na parte traseira, para retiras as vísceras.

2.3.3 - Aspectos econômicos/comerciais/gerencias

Existe no Brasil uma grande demanda por faisões, tanto os destinados para o abate ( hotéis, restaurantes e particulares), quanto os destinados à ornamentação ou ao mercado rendoso de reprodutores.

Os faisões são adquiridos pelos restaurantes abatidos, limpos, congelados ou resfriados, prontos para o preparo.

No Brasil, é comum a venda por unidade, e não por peso, que deve ficar entre 900 e 1200 gramas.

Os preços podem variar de acordo com a época do ano e maior oferta ou procura.

Os faisões oferecem também, além da carne, vários subprodutos, que alcançam ótimos valores de mercado, como as penas ( para fantasias de carnaval e adubo), esterco, detritos (ossos, vísceras, patas, cabeça para adubo, farinha de carne e óleos para fabricação de sabão).

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Existe também um outro tipo de atividade econômica que é inexplorada no Brasil: o esporte da caça.

Na Europa e Estados Unidos existem muitos criadores que se dedicam à exploração da caça, preferindo para este esporte o faisão coleira.

É um esporte popular entre os amantes da caça esportiva e resulta num excelente negócio para o criador.

Este segmento de mercado tem grande potencial, em se tratando da grande atividade de lazer que se desenvolve nos finais de semana próximo aos grandes centros urbanos.

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CONCLUSÃO

E essa pluriatividade (de atividades), tanto agrícolas como não agrícolas, tem mudado a paisagem do país, tornando a economia rural mais dinâmica e diversificada, criando alternativas de sobrevivência, para que o homem do campo permaneça no meio rural, sem ter que migrar para a cidade e viver na periferia sem emprego e fazer parte saturação dos centros urbanos.

A pluriatividade tem se mostrado de extrema importância, pois, possibilita a manutenção das propriedades rurais, além do mais tem levado aos produtores a proporcionarem empregos para a população rural, mas também uma alternativa de emprego para a própria população urbana, mostrando a importância da agricultura e das propriedades rurais para a economia do país.

Considerando todos os fatos expostos entende-se que a criação de aves exóticas é um negócio altamente lucrativo, uma vez que este é um mercado relativamente novo no Brasil e em processo de expansão. Observou-se também que este é um negócio com um custo baixo mas com um lucro bem elevado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PERIÓDICOS

FOLHA DE S.PAULO. “Fazenda troca leite por aves nobres”. São Paulo, 24/04/96, Cad. Agrofolha, p.1.

_________ . “Grupo quer popularizar avestruz”. São Paulo, 20/06/97, Cad.Agrofolha, p.3.

SITES

http://www.criareplantar.com.br/pecuaria/lerTexto.php?categoria=98&id=208 acessado em novembro de 2010

http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2005/artigos/rev90_codorna.htm acessado em novembro de 2010

http://www.webciencia.com/14_avestruz.htm acessado em novembro de 2010