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Como é um avião de carga (avião cargueiro) por dentro? Os supercargueiros são usados para fins civis e militares e se constituem hoje como um dos meios de transporte mais rápidos e robustos do planeta. Verdadeiros monstros, que dormem e se alimentam em terra, capazes de transportar toneladas e mais toneladas de carga em pleno ar. Pode-se dizer que os aviões cargueiros impressionam não só pelas suas dimensões e capacidade de transporte. Estes colossos são autênticas máquinas dignas de admiração. Atualmente, várias aeronaves realizam serviços de transporte e falaremos sobre algumas delas. O espaço destinado ao armazenamento de cargas está localizado nos decks (níveis) superior ou inferior destes tipos de aviões. O uso destas aeronaves é feito por civis e militares e a produção delas não conta com tiragens massivas, isto é, poucos cargueiros são construídos.

Aviões de carga

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Como é um avião de carga (avião cargueiro) por dentro?

Os supercargueiros são usados para fins civis e militares e se constituem hoje como um dos meios de transporte mais rápidos e robustos do planeta.

Verdadeiros monstros, que dormem e se alimentam em terra, capazes de transportar toneladas

e mais toneladas de carga em pleno ar. Pode-se dizer que os aviões cargueiros impressionam

não só pelas suas dimensões e capacidade de transporte. Estes colossos são autênticas

máquinas dignas de admiração.

Atualmente, várias aeronaves realizam serviços de transporte e falaremos sobre algumas delas.

O espaço destinado ao armazenamento de cargas está localizado nos decks (níveis) superior ou

inferior destes tipos de aviões. O uso destas aeronaves é feito por civis e militares e a produção

delas não conta com tiragens massivas, isto é, poucos cargueiros são construídos.

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O maior do mundo é ucraniano

Sim, apesar de ouvirmos que o poderio bélico e tecnológico norte-americano é o mais temível

do planeta, o maior avião cargueiro do mundo é ucraniano. O Antonov An-225 Mriya (mais

conhecido como An-225 Mriya) foi desenvolvido para transportar outros aviões dentro de si

(como Jumbos e Boeings sem asas, e até a nave espacial russa já “apanhou uma boleia” em cima

deste monstro).

Especificações:

Propulsão: 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T (com 229,50 kN de empuxo cada);

Peso máximo de carga suportado: 253 toneladas (253 000 Kg);

Envergadura de asa: 88,4 m;

Comprimento: 84 m;

Velocidade: 865 km/h;

Altura do cargueiro: 18,1 metros (excluindo o trem de aterragem);

Dimensões de cargas suportadas: 35,97 m de comprimento; 6,4 m de largura e 4,39 m de

altura;

Autonomia de voo com carga máxima (tempo que pode estar a voar sem aterrar): 4.500

km;

Tripulação: 7 pessoas.

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Dizem que até o piloto escolhido para pilotar este colosso duvidou das capacidades de voo deste

avião. “Isto não pode voar. Um avião deste tamanho não consegue sair do chão” - disse.

Há, no mundo todo, apenas dois Antonovs. Eles foram construídos no final da década de 1980

como parte do programa espacial russo. O An-225 utiliza mais de 95.000 litros de combustível

para percorrer uma distância de pouco mais de 4 mil quilómetros. O local de armazenamento

de carga fica localizado no nariz do avião.

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Grandes volumes e “pouco” peso

O Airbus A300-600st, conhecido como Beluga, não possui tanto poder de suporte de carga como

o An-255. A especialidade deste gigante é o transporte de peças e de fuselagem de aviões. A

construção do Beluga foi feita em três anos e seu primeiro voo foi feito em 1994.

Especificações:

Propulsão: 2 motores GE CF6-80C2A8, com empuxo de até 120 kN;

Peso máximo de carga suportado: 47 toneladas (47 000);

Área de asa: 122,4 m²;

Distância entre os eixos: 11,05 m;

Autonomia de voo (com carga total): 1.666 km;

Comprimento da cabine: 37,7 m;

Diâmetro de fuselagem: 7,31 m.

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A iluminação do compartimento de carga é feita por lâmpadas fixadas no chão do Beluga. Para

que este gigante possa ser totalmente carregado, rampas especiais precisam de ser usadas.

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Um cargueiro militar robusto

Criado para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), o Boeing C-17 Globemaster III ficou em

desenvolvimento durante cerca de dez anos (entre meados da década de 1980 até o início da

de 1990). As funções desta aeronave concentram-se em desempenhar serviços militares, tais

como transporte aéreo tático de tropas e de cargas, evacuação médica e lançamentos aéreos.

Especificações:

Comprimento: 53 m;

Envergadura de asas: 52 m;

Propulsão: quatro motores Pratt & Whitney F117-PW-100 turbofan com cerca de 180 kN

de empuxo;

Tripulação de operadores: 3 pessoas (piloto, copiloto e loadmaster);

Peso de carga máximo suportado: 77,5 toneladas (77 500Kg);

Medidas do compartimento de carga: 26,82 m de comprimento por 5,49 m de largura e

3,76 m de altura;

Velocidade aproximada: 833 km/h.

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Uso exclusivo no transporte de peças

Devido à demora no transporte de peças via terra e mar para a construção do Boeing 787, a

Boeing Commercial Airplanes decidiu montar, em 2003, um cargueiro capaz de carregar boa

parte do esqueleto do 787. Surgiu assim o Boeing 747 Dreamlifter (ou Large Cargo Freighter),

capaz de levar as partes do avião comercial por todo o planeta.

Especificações:

Propulsão: quatro motores PW 4062;

Tripulação suportada: 2 pessoas;

Comprimento: 71,68 m;

Envergadura de asas: 64,4 m;

Peso máximo suportado: cerca de 18 toneladas (18 000kg);

Capacidade máxima de tanque de combustível: 199.550 litros;

Atura do cargueiro: 21,54 m.

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Depois de três anos de montagem, o Boeing 747 Dreamlifter ficou pronto em 2006. Depois de

realizar mais de 400 horas de voo de testes e passar cerca de 650 horas em terra também sob

avaliação, o cargueiro foi finalmente certificado em 2007.