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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A Exercício: 2012 Processo: 00218001229201349 Município: Rio de Janeiro - RJ Relatório nº: 201307767 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/RJ, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201307767, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada por FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 23/05/2013 a 28/06/2013, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a não conformidade com o inteiro teor das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU– 119/2012 e 124/2012, tendo sido adotadas, por ocasião dos trabalhos de auditoria conduzidos junto à Unidade, providências que estão tratadas em itens específicos deste relatório de auditoria.

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Unidade Auditada: FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A Exercício: 2012 Processo: 00218001229201349 Município: Rio de Janeiro - RJ Relatório nº: 201307767 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

_______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/RJ,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201307767, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada por FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A.

1. Introdução

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 23/05/2013 a 28/06/2013, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

2. Resultados dos trabalhos

Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a não conformidade com o inteiro teor das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–119/2012 e 124/2012, tendo sido adotadas, por ocasião dos trabalhos de auditoria conduzidos junto à Unidade, providências que estão tratadas em itens específicos deste relatório de auditoria.

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Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-124/2012, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item consideraram-se as seguintes questões de auditoria: (i) A unidade jurisdicionada elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de referência? (ii) As peças contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU n.º 119/2012, da DN TCU n.º 124/2012 e da Portaria-TCU n.º 150/2012?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise censitária dos itens que compõem o Relatório de Gestão.

A partir dos exames referentes ao Processo n.º 00218.001229/2013-49 e Relatório de Gestão encaminhado à Corte de Contas, concluímos que Furnas elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2012. Além disso, as peças contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU n.º 119/2012 e n.º 124/2012 e da Portaria-TCU n.º 150/2012, exceto quanto a um item de conteúdo específico do Relatório de Gestão, tratado no item 2.15 deste Relatório, e às deliberações do TCU Atendidas no Exercício – item 10.1.1, pois a Empresa não apresentou adequadamente informações requeridas no âmbito dos Acórdãos n.º 576/2012 – Plenário e n.º 1089/2012 – Plenário. ##/Fato##

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item consideraram-se as seguintes questões de auditoria: (i) Os resultados quantitativos e qualitativos estão sendo atingidos? (ii) A relação Finalidade da Ação x Objeto do Gasto apresenta coerência?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise da ação relacionada ao negócio “Transmissão” de Furnas, Ação 20OJ – Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (responsável por 3,3% da execução financeira do Programa finalístico 2033 – Energia Elétrica – execução calculada a partir das informações contidas na Portaria DEST n.º 01, de 29/01/2013), resultante de auditoria inserida no âmbito do Acompanhamento Permanente da Gestão realizada do exercício 2012.

Quadro: Execução Financeira da Ação 20OJ - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica

910811 – Furnas Centrais Elétricas S.A.

Programa 2033 – Energia Elétrica

Meta Financeira

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Ação Orçamento Inicial

Orçamento Final

Despesa Executada

Previsão/Execução (%)

20OJ - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia

Elétrica

444.641.195 235.757.021 199.833.780 85%

Fonte: Relatório de Auditoria n.º 201216527 OBS: A Ação20OJ é classificada como Atividade e caracterizada pela implantação contínua de projetos de transmissão com intensa multiplicidade de atividades e, por isso, não possui unidade de medida e meta física.

Consideramos que a execução financeira atingiu índice satisfatório. A parcela não executada decorreu de atraso no fornecimento de equipamentos já contratados para diversas subestações, bem como de cancelamentos e de reprogramações de desligamentos solicitados.

Entendemos que os esclarecimentos apresentados para o não atingimento pleno do resultado financeiro da ação sob análise mostram-se pertinentes.

Em nossas análises, verificamos que Furnas executou despesas compatíveis com a finalidade da ação analisada. ##/Fato##

2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item considerou-se a seguinte questão de auditoria: Os indicadores da unidade jurisdicionada atendem aos seguintes critérios: (i) Completude (capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a situação que a UJ pretende medir e de refletir os resultados das intervenções efetuadas na gestão)? (ii) Comparabilidade (capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas)? (iii) Confiabilidade (confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo do indicador, avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à unidade)? (iv) Acessibilidade (facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos resultados pelo público em geral)? (v) Economicidade (razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a melhoria da gestão da unidade)?

Com objetivo de responder à questão de auditoria foram analisados três indicadores do Contrato de Metas de Desempenho Operacional – CMDE (dois relacionados à área finalística da Empresa, os quais estão apresentados no quadro seguinte:

Quadro – Indicadores Analisados Nome do Indicador

Área da Gestão

Relacionado ao Macroprocesso Finalístico

Descrição do Indicador

Fórmula de Cálculo

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Parcela Variável Descontada em Transmissão

(1)

Resultados Quantitativos e Qualitativos

Sim Afere a Parcela Variável a ser descontada por indisponibilidade dos ativos de transmissão de Furnas.

���� ��1440 �� ����

��

���� ��1440 ����

��

������

Índice de Disponibilidade de Geração(2)

Resultados Quantitativos e Qualitativos

Sim Mede o desempenho das unidades geradoras da Empresa.

DISPGR� �1 � !�"#$%�1 ��1 � !�"&'($%�1 � !��&'(

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Resultados Quantitativos e Qualitativos

Sim Revela quanto a empresa teve de resultado para cada Real de capital próprio

)*+,�)í.*/0��#1,/2ô4/�)í.*/0�56*71#0�

Fonte: CMDE (1) PB: Pagamento base (corresponde à disponibilização plena da linha de transmissão) Σ DVDP: Somatório da duração verificada de desligamento programado Σ DVOD: Somatório da duração verificada de outros desligamentos KP : Fator multiplicador para desligamento KO: Fator multiplicador para outros desligamentos D: Número de dias do mês da ocorrência NP: Número de Desligamento Programado NO: Número de Outros Desligamentos (2) TEIFa: Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada TEIP: Taxa Equivalente de Indisponibilidade Programada TEIFref: Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada de Referência TEIPref: Taxa Equivalente de Indisponibilidade Programada de Referência

Todos os indicadores acima estão sendo medidos desde 2010. Quanto ao indicador rentabilidade do patrimônio líquido, observamos que seu valor vem decrescendo. Em 2010, teve resultado positivo de 4,8, em 2011, positivo de 1,9 e, em 2012, resultado negativo de 11,2. Esse resultado negativo foi decorrente dos ajustes contábeis em virtude da renovação das concessões por conta da Medida Provisória 579, de 11/09/2012. Isto quer dizer que o novo marco regulatório resultou em efeito negativo para a Empresa ainda no exercício de 2012. Quanto aos demais indicadores, em 2012, apresentaram resultados inferiores aos do exercício anterior.

Verificamos que os indicadores selecionados possuem capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas. Constatamos confiabilidade das fontes de dados utilizados para o cálculo dos indicadores e que a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à unidade. Os indicadores Parcela Variável Descontada em Transmissão e Índice de Disponibilidade de Geração são fruto de informações obtidas no Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e na área de Comercialização da Empresa e o indicador Rentabilidade do Patrimônio Líquido tem como fonte primária de dados a Demonstração do Resultado do

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Exercício – DRE. Identificamos que há facilidade na obtenção dos dados, na elaboração dos indicadores e na compreensão dos resultados e não identificamos custos associados à obtenção dos indicadores analisados. No entanto, constatamos que os indicadores do CMDE não são úteis para a gestão da Empresa.

O Quadro abaixo apresenta o resumo da avaliação da equipe em relação aos indicadores analisados.

Quadro – Análise dos Indicadores Selecionados Nome doIndicador

Completude Comparabilidade Acessibilidade Confiabilidade Economicidade

Parcela Variável Descontada em Transmissão

Não Sim

Sim

Sim

Sim

Índice de Disponibilidade de Geração

Não Sim

Sim

Sim

Sim

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Não Sim

Sim

Sim

Sim

Fonte: Análises realizadas.

##/Fato##

2.4 Avaliação dos Indicadores dos Programas Temáticos

Considerando que, na Lei n.º12.593/2012, os indicadores são exigidos apenas para os programas temáticos, que, durante a gestão 2012, o Decreto de Gestão do PPA 2012-2015 (Decreto n.º 7.866/2012) foi publicado no DOU apenas em 20/12/2012, que, mesmo nesse normativo, as atribuições quanto à atualização dos indicadores dos programas recai sobre o Ministério do Planejamento, que a responsabilidade sobre os órgãos inicia-se a partir dos Objetivos (nível inferior ao nível dos programas), a avaliação do item 4 do anexo IV da DN 124/2012 restou prejudicada.

Quanto aos indicadores das ações que não são citados ou mencionados, nem na Lei n.º 12.593/2012, nem no Decreto nº 7.866/2012, já estão sendo avaliados nos resultados quantitativos e qualitativos da ação atendendo, assim, ao estabelecido na Portaria SOF n.º 103, de 19/10/2012. Dessa forma, o controle interno se abstém de emitir opinião sobre o item 4 na gestão 2012.

##/Fato##

2.5 Avaliação da Gestão de Pessoas

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item, consideraram-se as seguintes questões de auditoria: (i) A gestão de pessoas realizou estudos que buscam a adequabilidade da força de trabalho da unidade frente às suas atribuições? (ii) O(s) setor(es) responsável(eis) observou(aram) a legislação aplicável à remuneração e cessão

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de pessoal? (iii) O(s) setor(es) responsável(eis) observou (aram) a legislação aplicável à admissão de pessoal e procedimentos relacionados a aposentadorias? (iv) Os registros no SISAC estão sendo lançados de forma tempestiva?

A metodologia da equipe de auditoria foi diferenciada conforme o item. Foram realizadas análises: dos estudos realizados por FURNAS visando a adequar a força de trabalho às suas atribuições; da atuação de FURNAS no acompanhamento da regularização dos débitos a vencer de cessionários; e, das atividades da Auditoria Interna com escopos que englobassem aspectos relativos à remuneração e à analise de procedimentos afetos a aposentadorias, além do acompanhando das providências adotadas para implementação das recomendações da Auditoria Interna com relação a esses pontos.

Quanto aos registros no sistema corporativo, foi realizada uma análise censitária dos registros de admissão no SISAC.

Força de Trabalho

De acordo com informações extraídas do Relatório de Gestão de 2012 e com as informações prestadas pela empresa, o quadro de pessoal de FURNAS estava assim constituído no final do exercício de 2012:

Quadro – Empregados por Lotação

Tipologias dos Cargos Lotação Efetiva Ingressos no

Exercício Egressos no Exercício

Empregados de Carreira 4.242 164 447

Empregados sem Vínculo com a Administração Pública

16 4 1

Total de Empregados 4.258 168 448

Fonte: Superintendência de Gestão de Pessoas (RH.G) / Departamento de Suporte a Gestão de Pessoas (DAP.G).

Quadro – Empregados por Faixa Etária

Tipologias dos Cargos

Quantidade de Servidores por Faixa Etária

Até 30 anos

De 31 a 40 anos

De 41 a 50 anos

De 51 a 60 anos

Acima de 60 anos

Empregados de Carreira 273 1.012 1.116 1.537 304

Grupo Direção e Assessoramento Superior

1 2 1 5 11

Funções Gratificadas 0 34 75 171 31

Totais 274 1.048 1.192 1.713 346

Fonte: Superintendência de Gestão de Pessoas (RH.G) / Departamento de Suporte a Gestão de Pessoas (DAP.G).

Dimensionamento da Força de Trabalho

O dimensionamento da força de trabalho da UJ é objeto de estudos no âmbito do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ, o qual contempla, ainda, a renovação do efetivo, considerando o número significativo de empregados já aposentados ou em condições de aposentadoria até 2013, e a compatibilização do perfil profissional com as novas exigências do Plano de Transformação do Sistema Eletrobras.

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O Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ constitui-se em um conjunto de programas e ações que objetivam a renovação de quadro de empregados de FURNAS, incluindo desligamento de aposentados com repasse de conhecimentos e admissão de novos empregados, com foco na adequação às necessidades decorrentes de projetos em desenvolvimento na Empresa e às novas exigências do mercado de energia.

Com relação à substituição dos terceirizados, em 2012, FURNAS negociou junto ao Ministério Público do Trabalho e a Federação Nacional dos Urbanitários um novo acordo sobre desmobilização da mão-de-obra terceirizada. O desligamento compreenderá 1.305 terceirizados no período de 2014 a 2018.

No que tange ao preenchimento de vagas existentes, serão convocados 550 concursados do cadastro constante do concurso público 01/2009, na proporção de 110 candidatos por ano, a partir de 2013 até 2017.

Em nossa análise verificamos diversas ações voltadas à gestão do conhecimento acumulado. De maneira geral, estas iniciativas encontram-se consolidadas no Plano Diretor de Gestão do Conhecimento. O Plano identifica estratégias, diretrizes, metodologias e ferramentas para coleta, registro, retenção e disseminação do conhecimento produzido na Empresa.

Foi desenvolvido um produto denominado "quadro qualiquantitativo" por uma consultoria contratada que traz o "quantitativo" (número de colaboradores) em cada unidade da atual estrutura organizacional e o "qualitativo" de pessoal necessário em cada unidade, ou seja, a qualificação em cada função, descrita em termos de cargos, formações acadêmicas e níveis de complexidade de cada função, para a estrutura atual e para a estrutura otimizada, proposta no trabalho fruto da otimização de macroprocessos empresariais.

Remuneração de Pessoal

Para a análise da conformidade dos pagamentos e procedimentos relacionados à aposentadoria, verificamos trabalhos realizados pela Auditoria Interna de Furnas ao longo do exercício de 2012.

Foi efetuado levantamento das recomendações constantes dos Relatórios de Auditoria Interna n.º 20/2012, 23/2012, 61/2012 e 63/2012, assim como, das medidas adotadas para implementá-las. A seguir apresentamos uma síntese dos assuntos tratados nos mencionados relatórios:

a) análise da remuneração paga a Administradores e Conselheiros,

b) verificação da aplicação dos índices de reajuste dos saldos das contas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS para os valores sacados das contas individuais de cada empregado que aderiu ao PBDV, com a finalidade de calcular os 40% referentes ao processo indenizatório de desligamento do quadro de empregados desta Empresa.

c) análise das quantidades de horas extras realizadas nos meses de dezembro de 2011 a abril de 2012 para verificar o estrito cumprimento do disposto nos artigos 59, 61 e 66 do Decreto-Lei nº 5.452 – Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

d) avaliar a aplicação das determinações contidas na Circular Geral 021.2011, de 22.12.2011 que trata da implantação do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal (PREQ).

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Descrição da ocorrência Quantidade de empregados relacionados

Quantidade de ocorrências acatadas totalmente pelo gestor

Ocorrência 1 – Remuneração de Administradores e Conselheiros sem definição quanto aos custos com incidências sociais (INSS e FGTS) e auxílio moradia.

3 3

Ocorrência 2 - Inconsistência entre os índices utilizados pelo DAP.G para cálculo do reajuste do saldo de FGTS e aqueles divulgados pela CEF resultando atualizações de saldo e consequentes recolhimentos de Contribuição Social a menor.

230 230 (implementação em andamento)

Ocorrência 3 - Realização de significativas quantidades de horas extras por funcionários lotados na Usina de Serra da Mesa – USSM.O.

16 16 (implementação em andamento)

Ocorrência 4 - Dívida financeira para com FURNAS, no montante de R$ 73,1 mil, não liquidadas quando da rescisão contratual

8 8 (implementação em andamento)

Ocorrência 5 - Pagamento de homologação de rescisão trabalhista fora da folha de pagamento, sendo que a respectiva contabilização foi realizada cinco meses após o ato.

1 1

Fonte: Relatórios de Auditoria Interna n.º 20/2012, 23/2012, 61/2012 e 63/2012

Cessão

No âmbito dos procedimentos adotados pela Empresa relacionados à cessão de empregados, constatamos que FURNAS efetua acompanhamento dos débitos junto aos órgãos/entidades cessionárias inadimplentes e vem adotando as medidas necessárias à obtenção dos valores a receber.

Sistema Corporativo (SISAC)

Quanto à atuação na gestão de pessoal relacionada à admissão de empregados, observamos que a Unidade não cumpriu os prazos previstos para cadastramento no SISAC dos atos emitidos em 2012. A IN TCU n.º 55/2007, no art. 7º, estabelece que as informações pertinentes aos atos de admissão deverão ser cadastradas no SISAC e disponibilizadas pela Unidade Jurisdicionada para o respectivo órgão de controle interno no prazo de 60 dias, tendo sido observada a desconformidade apresentada no quadro a seguir: Quantidade de atos de admissão emitidos em 2012 analisados.

Quantidade de atos cujo prazo do art.7º da IN 55 foi atendido.

139 9 Fonte: Extração do sistema SISAC

Controles Internos Administrativos

Com base nas informações prestadas e obtidas nos sistemas corporativos, concluímos serem suficientes os quesitos “Ambiente de Controle”, “Procedimento de Controle”, “Informação e Comunicação” e “Monitoramento” no âmbito da Gestão de Pessoas.

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O quesito “Avaliação de Risco”, no entanto, mostrou-se insuficiente. A deficiência, porém, já foi diagnosticada pela própria Empresa que está adotando as medidas necessárias ao seu saneamento. ##/Fato##

2.6 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item foram consideradas as seguintes questões de auditoria: (i) os processos licitatórios e as contratações e aquisições feitas por inexigibilidade e dispensa de licitação foram regulares? (ii) os critérios de sustentabilidade ambiental foram utilizados na aquisição de bens e na contratação de serviços e obras? (iii) os controles internos administrativos relacionados à atividade de compras e contratações estão instituídos de forma a mitigar os riscos?

A metodologia empregada pela equipe de auditoria foi diferenciada conforme o item.

Realizamos avaliação, por amostragem não probabilística por julgamento, da regularidade dos processos licitatórios realizadas por FURNAS, com base nos critérios de materialidade, relevância e criticidade, dos contratos associados à ação 20OJ, contemplando os seguintes elementos: Motivo da contratação; Modalidade, objeto contratado.

Realizamos avaliação, por amostragem não probabilística por julgamento, da regularidade das Dispensas e Inexigibilidades realizadas por FURNAS, com base nos critérios de materialidade, relevância e criticidade, contemplando os seguintes elementos: Enquadramento da dispensa ou inexigibilidade e verificação da devida instrução processual (justificativas do preço contratado, razão da escolha do fornecedor, pareces jurídico e técnico).

Quadro - Licitação – Geral (Valores em R$ mil)

Quantidade total Processos Licitatórios

Volume total de recursos dos processos licitatórios (R$)

Quantidade avaliada

Volume de recursos avaliados (R$)

Quantidade em que foi detectada alguma irregularidade

Volume dos recursos em que foi detectada alguma irregularidade

962 523.847 4 12.399 0 0 Fonte: Superintendência de Tecnologia da Informação

Quadro - Dispensa de Licitação (Valores em R$ mil) Quantidade total Dispensas*

Volume total de recursos de dispensas(R$)*

Quantidade avaliada

Volume de recursos avaliados (R$)

Quantidade em que foi detectada alguma irregularidade

Volume dos recursos em que foi detectada alguma irregularidade

90 86.460 4 52.175 0 0 Fonte: Superintendência de Tecnologia da Informação *Não foram consideradas as dispensas de pequeno vulto.

Quadro - Inexigibilidade de Licitação(Valores em R$ mil)

Quantidade total Inexigibilidade

Volume total de recursos de inexigibilidade (R$)*

Quantidade avaliada

Volume de recursos avaliado

Quantidade em que foi detectada alguma

Volume dos recursos em que foi detectada

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s (R$) irregularidade

alguma irregularidade

46 47.791 3 38.225 0 0 Fonte: Superintendência de Tecnologia da Informação

Quadro - Compras sustentáveis

Área

Quantidade de processos de compra na gestão 2012

Quantidade de processos de compra selecionados para avaliação

Quantidade de processos (dos avaliados) em dispensados de aplicar a legislação de compras sustentáveis

Quantidade de processos (dos avaliados) em conformidade com a legislação de compras sustentáveis

Quantidade de processos(dos avaliados) em desconformidade com a legislação de compras sustentáveis

TI 0 0 0 0 0 Obras 0 0 0 0 0 Fonte: SIASG

Sustentabilidade Ambiental na aquisição de bens

Em nossa análise não foi identificada nenhuma conduta específica de Furnas associada a estabelecimento de critérios, nos procedimentos licitatórios de TI e Obras, objetivos e pontuais, ligados à sustentabilidade ambiental.

Cabe registrar que nenhuma contratação foi marcada como sustentável no banco de dados do SIASG.

Furnas não tem rotina específica que permita a inserção de critérios de sustentabilidade e não promoveu ou estimulou a capacitação em sustentabilidade de membros das equipes de licitação em 2012, embora afirme que os membros das equipes de licitação são instruídos a incluir nos editais de licitação cláusulas referentes à sustentabilidade.

Em contrapartida, a atuação da Empresa na área ambiental é bastante presente, conforme podemos observar em relatórios associados à sustentabilidade e gestão ambiental disponíveis.

Controles Internos Administrativos da Gestão de Compras

Com base nas análises realizadas, constantes de item específico deste relatório, concluímos que os controles implementados na Gestão de Compras e Contratações de Furnas contribuem para mitigar os riscos do processo de contratação de Furnas. ##/Fato##

2.7 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item consideraram-se as seguintes questões de auditoria por tema: Tema 1 - PDTI [(i) O PDTI abrange o conjunto mínimo de itens definido no modelo de referência do Guia de Elaboração de PDTI do SISP? (ii) O PDTI está sendo efetivo para direcionar as ações de TI? (iii) O PDTI está alinhado com os objetivos do negócio do órgão definidos no Plano Estratégico Institucional (PEI)?]; Tema 2 - Recursos Humanos [ O órgão mantém

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independência em relação aos empregados das empresas contratadas?]; Tema 3 - Política de Segurança da Informação [O órgão/entidade definiu e documentou a Política de Segurança da Informação e Comunicação - POSIC, com apoio da alta gestão da UJ, em conformidade com as recomendações do GSI e normas aplicáveis?]; Tema 4 - Desenvolvimento de Software[O órgão/entidade definiu, documentou e implantou um processo de desenvolvimento software, utilizando padrões de gestão para o monitoramento dos projetos de desenvolvimento e adotando métricas para mensuração de esforço e custo relacionadas a entrega de produtos?]; Tema 5 - Contratações de TI [(i) As contratações de Soluções de TI, realizadas no período de exame, foram baseadas nas necessidades reais do órgão/entidade, estão alinhadas com o PDTI ou documento similar e estão em conformidade com a IN04 2010 da SLTI? (ii) Os processos licitatórios para contratação de Soluções de TI foram baseados em critérios objetivos, sem comprometimento do caráter competitivo do certame, e realizados preferencialmente na modalidade pregão, conforme dita a IN04 2010 da SLTI? (iii) Os controles internos adotados para gestão do contrato foram suficientes e adequados para garantir, com segurança razoável, a mensuração e o monitoramento dos serviços efetivamente prestados, segundo a IN04 2010 da SLTI?]

Para cada tema estabeleceu-se a seguinte metodologia de análise constante no quadro abaixo considerando inclusive os resultados já obtidos no Acompanhamento Permanente da Gestão 2012.

Tema Metodologia

PDTI Avaliação do PDTI ou documento equivalente.

Recursos Humanos Avaliação de amostra dos editais, contratos e ordens de serviços de TI vigentes em 2012.

Política de Segurança da Informação

Avaliação da Política de Segurança da Informação e Comunicação e/ou outros documentos correlatos; e de documentos que comprovassem a participação da alta direção nas decisões relacionadas a POSIC.

Desenvolvimento de Software

Avaliação do processo de desenvolvimento de Software utilizado tanto por FURNAS como pela contratada.

Contratações de TI Avaliação dos processos de formalização e de pagamento das contratações realizadas pela UJ no exercício em análise.

A partir dos registros constantes do tópico "Achados de Auditoria" pode-se chegar às seguintes conclusões por tema.

Tema 1 - PDTI

Constatamos a inexistência de Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação -PETI e de Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI, o qual está sendo providenciado pela Empresa, com previsão de conclusão para setembro do corrente ano.

Destacamos, no entanto, a existência de Política de Informática, a qual estabelece os princípios de planejamento, desenvolvimento de soluções, e de obtenção e utilização de tecnologias e recursos de informática na Empresa. O documento não substitui, porém, o PETI ou o PDTI, pois contém orientações gerais e primárias.

Como aspecto positivo, permaneceu ativo o Comitê de Informática da Empresa, o qual possui como atribuição a definição de alocação de recursos e priorização de projetos, garantindo o permanente alinhamento às necessidades de negócio e propondo eventuais mudanças

Tema 2 – Recursos Humanos de TI

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FURNAS possuía, em 31/12/2012, 122 servidores próprios e 66 terceiros. Analisando as atividades desempenhadas pela equipe, evidenciamos que não há atividades críticas à gestão executadas por empregados contratados, estando a distribuição adequada.

No exercício de 2012, houve a contratação de serviços, tendo sido verificados contratos correspondentes a 14,4% do total contratado e 0,71% do total pago, não tendo sido identificada relação de dependência destes empregados junto à FURNAS nos contratos e editais afetos às contratações.

Tema 3 - Política de Segurança da Informação

Em FURNAS, as atribuições da Coordenação de Segurança da Informação - SI.P encontram-se incorporadas à Diretoria da Presidência com a denominação de Segurança Institucional. A Empresa possui, ainda, Comitê de Segurança da Informação, vinculado à Diretoria de Gestão Corporativa – DG e composto pelo Chefe da Coordenação de Organização e Informática - OI.G, e por um representante de cada uma das demais Diretorias da Companhia, em nível de chefia de Superintendência.

A Política de Segurança da Informação de FURNAS, aprovada mediante a 2.384ª Reunião de Diretoria, de 17/04/2007, permaneceu vigente no exercício de 2012 sem a ocorrência de alterações. A Política apresenta conceitos e princípios adotados, além de conter o desenvolvimento das diretrizes quanto: à dinâmica da própria Política, aos Colaboradores, e à Gestão da Informação. Estabelece, ainda, as normas complementares associadas, sobre Correio Eletrônico, uso de Rede Corporativa, uso de Internet, uso de Assinatura Digital entre outros, e a periodicidade de revisão da norma.

Pela análise do documento, constatamos que são contempladas as diretrizes da instituição quanto ao tratamento da segurança da informação, constituindo-se como linha mestra a partir da qual são tratadas as especificidades. Foi comprovada, ainda, a divulgação da Política aos Empregados da Empresa.

Tema 4 - Desenvolvimento de Software

A metodologia de desenvolvimento de sistemas utilizada pela Empresa encontra-se estruturada em plataforma web, sendo denominada “Processo de Desenvolvimento de Sistemas FURNAS” – PDSF. O PDSF contém um conjunto de práticas organizadas em disciplinas, fluxos de trabalho, artefatos e papéis, agrupadas por natureza e especifica as disciplinas: arquitetura, análise e projeto; garantia qualidade processo; gerência de projeto; gestão de configuração e mudança; implantação; implementação; medição; requisitos; verificação, validação & teste.

Consideramos que a metodologia em uso contém orientações detalhadas relacionadas à atividade de desenvolvimento de sistema e gerência de mudanças apresentando-se adequada.

Evidenciamos, ainda, que são estabelecidas ferramentas adequadas para a gestão do monitoramento dos projetos em desenvolvimento, utilizando métricas para mensuração de esforço e custo relacionadas à entrega de produtos.

Tema 5 – Contratações de TI

A Empresa faz uso do processo denominado “Processo de Tecnologia”, Sub-processo “Operações de TI”, onde são previstos os procedimentos relacionados ao gerenciamento e acompanhamento dos contratos relacionados a TI assinados.

Os procedimentos adotados nas aquisições analisadas, correspondentes a 14,4% do total contratado e 0,71% do total pago, abordaram o planejamento (com levantamento da necessidade, de soluções disponíveis no mercado, confecção do termo de referência e planilha de custos), seleção do fornecedor (definição do modelo de aquisição e realização do processo licitatório) e gerenciamento do contrato (definição de gestor responsável e acompanhamento do atendimento ao nível de serviço estabelecido).

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Avaliamos o nível de participação de terceirização nas soluções de Tecnologia da Informação da unidade, em relação ao desenvolvimento interno da própria UJ, com base na extração dos percentuais das soluções de TI desenvolvidas e mantidas por terceiros em relação ao total apresentado e verificamos que 12,5% das soluções foram desenvolvidas por terceiros. ##/Fato##

2.8 Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário

De acordo com o Relatório de Gestão referente ao exercício 2012, item 7.2, o item não se aplica à UJ. ##/Fato##

2.9 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias

De acordo com o Relatório de Gestão referente ao exercício 2012, item 5.5, o item não se aplica à UJ. ##/Fato##

2.10 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do

TCU

O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação do cumprimento dos acórdãos para a UJ considerando a seguinte questão de auditoria: caso haja uma determinação específica do TCU à CGU para ser verificada na AAC junto à UJ, a mesma foi atendida?

A metodologia consistiu no levantamento de todos os acórdãos que haja determinação para a UJ e seja citada a CGU com posterior verificação do atendimento do mesmo.

O Quadro abaixo mostra os resultados da análise.

Quadro - Acórdãos

Qtde de Acórdãos com determinações à UJ em 2012

Qtde de Acórdãos de 2012 com determinações à UJ em que foi citada a CGU

Qtde de acórdãos de 2012 em houve menção para a atuação da CGU atendidos integralmente

Qtde de acórdãos de 2012 em houve menção para a atuação da CGU atendidos parcialmente

Qtde de acórdãos de 2012 em houve menção para a atuação da CGU não atendidos

6 0 0 0 0

Fonte:site TCU * pendentes de verificação por parte do Órgão de Controle Interno

Nenhum dos acórdãos listados acima continha determinação específica à Controladoria Geral da União para serem verificados na Auditoria Anual de Contas junto à Empresa. No entanto, constatamos o atendimento às determinações dos Acórdãos n.º 4047/2012 – Primeira Câmara e n.º 5832/2012 – Segunda Câmara.

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No exercício de 2013, porém, foi emitido o Acórdão TCU n.º 100/2013 – Plenário com determinação expressa para a Controladoria-Geral da União no Estado do Rio de Janeiro. Informamos que verificaremos seu atendimento por meio da Ordem de Serviço n.º 201308789, ainda não planejada.

Quanto aos controles internos implementados por Furnas, muito embora o inciso VII do artigo 3º do Regimento Interno da Auditoria Interna estabeleça que “compete à Auditoria Interna avaliar o cumprimento, pelas áreas, das recomendações ou determinações feitas pela auditoria interna, pelos órgãos de controle interno e externo ou por outro órgão competente”, verificamos que há somente uma rotina para prestação de informações aos órgãos externos que fica a cargo do Comitê Permanente de Atendimento a Organismos Externos de Fiscalização – CAOEF, regulada pela IN.001.2002. Tal fato, já foi apontado no Relatório de Auditoria n.º 201211774.

Face ao exposto, concluímos que os controles implementados pela Auditoria Interna para a verificação da implementação das recomendações/determinações do TCU são insuficientes. ##/Fato##

2.11 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação do cumprimento das recomendações emitidas por ele considerando a seguinte questão de auditoria: A UJ mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações emanadas pela CGU especialmente quanto: à instauração de TCE, à apuração de responsabilidade, ao fortalecimento do controle interno administrativo?

A metodologia consistiu no levantamento de todas as recomendações existentes que estão pendentes relativas aos Relatórios de Auditoria de Contas referentes aos exercícios 2010 e 2011 e as emitidas durante a gestão 2012 com posterior verificação do atendimento das mesmas.

O Quadro abaixo mostra os resultados da análise.

Quadro - Situação das Recomendações Qtde de Recomendações Pendentes (saldo inicial: 01/01/2012)

Qtde de Recomendações Emitidas em 2012

Qtde de Recomendações atendidas integralmente

Qtde de Recomendações atendidas parcialmente

Qtde de Recomendações Pendentes de Verificação* (saldo final: 31/12/2012)

02 06 03 01 04 Fonte:Monitor Web * Furnas informou pelo PPP que já implementou as recomendações, mas serão necessárias ações in loco para confirmar o atendimento.

Diante do exposto, observamos que 50% das recomendações estão, ainda, pendentes de atendimento. No entanto, há que se destacar que a Empresa manifestou-se pelo atendimento de seis recomendações, pendentes de verificação pela CGU, e solicitou prorrogação de uma delas. As recomendações pendentes de atendimento, portanto, serão monitoradas via Plano de Providências Permanente.

Quanto aos controles internos implementados pela Empresa, muito embora, o inciso VII do artigo 3º do Regimento Interno da Auditoria Interna estabeleça que “compete à

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Auditoria Interna avaliar o cumprimento, pelas áreas, das recomendações ou determinações feitas pela auditoria interna, pelos órgãos de controle interno e externo ou por outro órgão competente”, verificamos que há definido somente uma rotina para prestação de informações aos órgãos externos, a cargo do Comitê Permanente de Atendimento a Organismos Externos de Fiscalização – CAOEF, regulada pela IN.001.2002. Tal fato, já foi apontado no Relatório de Auditoria n.º 201211774.

Face ao exposto, concluímos que os controles implementados pela Auditoria Interna para a verificação da implementação das recomendações/determinações da CGU são insuficientes. ##/Fato##

2.12 Avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão

O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão considerando a seguinte questão de auditoria: A unidade possui carta de serviço ao cidadão nos moldes do Decreto n.º 6932/2009?

A metodologia consistiu na avaliação da Carta de Serviço ao Cidadão, conforme prescreve o Decreto n.º 6932/2009.

A partir dos exames aplicados, concluímos que o Decreto n.º 6932/2009 não é aplicável à Empresa e que, portanto, não instituirá Carta de Serviço ao Cidadão. ##/Fato##

2.13 Avaliação do CGU/PAD

O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação do Sistema de Correição considerando as seguintes questões de auditoria: Existe unidade de correição específica em Furnas? A UJ utiliza o sistema CGU-PAD para registrar as informações referentes aos procedimentos disciplinares instaurados na Empresa?

A metodologia consistiu na avaliação das informações obtidas por solicitação de auditoria.

A partir dos exames aplicados concluímos que Furnas não possui unidade de correição e nem utiliza o sistema CGU-PAD, mas vem fazendo tratativas junto à Corregedoria-Setorial do Ministério de Minas e Energia com o objetivo de passar a utilizá-lo. ##/Fato##

2.14 Avaliação do Parecer da Auditoria Interna

Verificamos que a Unidade de Auditoria Interna é vinculada ao Conselho de Administração, em conformidade com o artigo 15, parágrafo 3º do Decreto n° 3.591/2000 e que o parecer da Auditoria Interna que consta no Processo de Contas n.º 00218.001229/2013-49 contemplou de forma suficiente os elementos exigidos na DN TCU n° 124/2012. ##/Fato##

2.15 Avaliação do Conteúdo Específico do Relatório de Gestão

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O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação do conteúdo específico considerando a seguinte questão de auditoria: A UJ inclui os conteúdos específicos conforme determina a DN TCU n.º 119/2012?

A metodologia consistiu na avaliação do Conteúdo Específico do Relatório de Gestão encaminhado no processo de contas 00218.001229/2013-49.

A DN TCU n.º 119/2012 estabeleceu conteúdo específico para a UJ que por sua vez não inclui no Relatório de Gestão todos itens solicitados. Constatamos a ausência do item 31 - Avaliação sobre o andamento dos projetos e programas financiados com recursos externos, uma vez que a Empresa possui projetos financiados com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. ##/Fato##

2.16 Avaliação dos Controles Internos Administrativos

A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item considerou-se a seguinte questão de auditoria: (i) Os controles internos administrativos instituídos garantem o atingimento dos objetivos estratégicos?

A metodologia da equipe de auditoria consistiu na avaliação de todas as áreas de gestão auditadas (já avaliadas nos itens anteriores) e do principal macroprocesso finalístico “Transmissão”. A partir da avaliação comparada entre os controles internos por área de gestão e o macroprocesso finalístico emitimos uma opinião sobre os componentes: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação, monitoramento.

Relação entre o Macroprocesso Finalístico (objetivos estratégicos) e Controles Internos Administrativos

De todas as áreas avaliadas, observamos que os componentes: ambiente de controle, procedimentos de controle e informação e comunicação estão consistentes em todas. Quanto ao componente avaliação de risco do macroprocesso analisado, verificamos que ainda está em aprimoramento.

O componente monitoramento apresentou fragilidades nas áreas de gestão de compras e pessoas. Tais fragilidades já foram apontadas em ações de controle anteriores.

Identificamos, também, ser insuficiente o componente “Avaliação de Risco” na área de recursos humanos, muito embora, não esteja diretamente relacionada ao principal macroprocesso finalístico examinado.

Diante do exposto, podemos afirmar, com razoável certeza, que há suficiência de controles internos para atingimento dos objetivos estratégicos. ##/Fato##

2. 17 Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário. 3. Conclusão

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Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Rio de Janeiro/RJ, 12 de Agosto de 2013.

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________ Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Rio De Janeiro

______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201307767 1 Programa de Gestão e Manutenção de Infraestrutura de Empresas Estatais

Federais

1.1 Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e

Teleprocessamento

1.1.1 ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO

1.1.1.1 INFORMAÇÃO Informação Básica da Ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento. Fato

Trata-se da Ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento, cuja finalidade é realizar despesas com manutenção e adequação e aquisição de bens nas áreas de informática, informação e teleprocessamento que prolonguem a vida útil dos ativos das respectivas áreas e proporcionem melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários, e a forma de execução se dá por meio de aquisição de bens e serviços de manutenção e adequação de equipamentos das áreas de informática, informação e teleprocessamento de propriedade das empresas estatais que sejam contabilizados no imobilizado. O montante de recursos

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executados nesta Ação por FURNAS, no exercício de 2012, está discriminado no quadro abaixo:

Quadro: Despesas Executadas – Ação 4103

Ação Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas do

Programa

4103 R$ 4.281.145,36 0,0973% ##/Fato##

1.1.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS

1.1.2.1 INFORMAÇÃO Inexistência de Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e de Plano Diretor de Tecnologia da Informação. Fato Desde a realização da auditoria anual de contas referente ao exercício de 2010, foi evidenciado que não existiam, na Empresa, Planejamento Estratégico Institucional – PEI implementado, Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação – PETI e Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI. Naquela oportunidade, foi expedida recomendação a FURNAS, no intuito de que fosse elaborado o PETI.

Ao longo dos exercícios de 2011 e 2012, não foi possível para a Empresa implementar a recomendação exarada em sua totalidade. Conforme acompanhamento do Plano de Providências Permanente - PPP de FURNAS.

Por intermédio do Documento GCN.A.I.021.2013, de 04/06/2013, apresentado pelo Gerente da GCN.A – Gerência de Soluções Corporativas e de Negócios, CPF n.º ***.483.287-**, foi informado:

“Furnas, com apoio de consultoria especializada, iniciou em setembro de 2012 seu Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI, com previsão de conclusão em setembro de 2013. Também informamos que permaneceu em vigor, em 2012, a Política de Informática, conforme Módulo 1.7 do Manual de Organização.”

Quanto aos normativos relacionados às responsabilidades pela elaboração e aprovação do PDTI, por intermédio do documento anteriormente mencionado, foi informado que não existe documento formal definindo esses papeis e responsabilidades e que a Superintendência de Tecnologia da Informação, em função de suas atribuições institucionais, é o órgão gestor desse processo.

No exercício de 2012, permaneceu em vigor o documento Política de Informática, Módulo 1.7 do Manual de Organização, o qual tem por objetivo “estabelecer os princípios que orientarão o planejamento, o desenvolvimento de soluções, a obtenção e utilização de tecnologias e recursos de informática na Companhia”, contendo orientações gerais e primárias, não substituindo o PETI ou o PDTI.

O Comitê de Informática da Empresa permaneceu ativo no exercício de 2012, permanecendo como seus componentes os empregados nomeados conforme a Circular

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Geral n.º 047/2011, de 28/11/2011. O Módulo 3.3 do Manual de Organização estabelece a estrutura do Comitê, a qual contempla o Superintendente da OI.G, que atua como Coordenador do Comitê e representante da Diretoria de Gestão Corporativa, e por um representante de cada uma das demais Diretorias da Companhia, em nível de chefia de Superintendência. Também há a definição de suas atribuições, dentre as quais a de definição de alocação de recursos e priorização de projetos, garantindo o permanente alinhamento às necessidades de negócio e propondo eventuais mudanças. Foram disponibilizadas atas de quatro reuniões ocorridas no exercício de 2012.

##/Fato##

1.1.2.2 CONSTATAÇÃO Falhas quanto à adequada gestão do Contrato n.º 8500000052. Fato

Da análise do contrato em questão, verificamos que foram fixados critérios de aceitação dos serviços prestados, por meio de acordo de níveis de serviço estabelecidos para a prestação dos serviços, a fim de resguardar Furnas quanto ao não cumprimento de padrões mínimos de qualidade, especificando os níveis pretendidos em termos do tempo de entrega do serviço. Verificamos, também, a existência de previsão de aplicação de penalidades, caso os níveis de serviços acordados não fossem alcançados mensalmente pela contratada, com previsão, inclusive, de carência de três meses para início de aplicação das penalidades, caso ocorresse.

O percentual de abatimento do valor mensal a ser pago para a empresa contratada é definido pela fórmula PPA=IRea – Percentual de chamados reabertos + IPra – Percentual de incidentes de hardware , conforme tabela abaixo.

Pontos Perdidos pelo Atendimento (PPA)

Pontos Perdidos Percentual de abatimento do valor mensal

0 a 3 0%

4 a 7 5%

8 a 11 10%

12 a 15 15%

Acima de 15 20%

Logo, para verificarmos se Furnas está utilizando os critérios de fixação de aceitação dos serviços prestados, examinamos as notas fiscais e os Relatórios do Atendimento do ANS, sendo observado que Furnas não efetuou o abatimento previsto em cláusula contratual a partir do 4º mês do início de prestação de serviço, embora tenha calculado os pontos perdidos pelo atendimento - PPA, vejamos:

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Relatório de Atendimento ANS

Pontos Perdidos

Nota Fiscal

Descriminação do Serviço

Valor Valor a ser descontado

Mês novembro/2012

6 201321 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

11.160,00 -

201320 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

2.388,00

Mês dezembro/2012

6 201323 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

39.060,00 -

201322 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

8.358,00

Mês janeiro/2013

6 201336 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

39.060,00 -

201335 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

8.358,00

Mês fevereiro/2013

6 201364 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

39.060,00 2.370,90

201365 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

8.358,00

Mês março/2013

8 2013108 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

39.060,00 4.741,80

2013107 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

8.358,00

Mês abril/2013 6 2013122 Prestação de Serviço de Segundo Nível de Software

39.060,00 2.370,90

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Relatório de Atendimento ANS

Pontos Perdidos

Nota Fiscal

Descriminação do Serviço

Valor Valor a ser descontado

2013121 Prestação de Serviço de Suporte de Microcomputador ou Notebook

8.358,00

Fonte: análises realizadas

##/Fato##

Causa Ausência de procedimento periódico de verificação da adequação dos níveis de serviços dos contratos vigentes às necessidades da Empresa. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

O Superintendente de Tecnologia da Informação, CPF ***.452.357-**, por intermédio de documento anexo à Correspondência Interna ST.A.I.014.2013, apresentou a seguinte manifestação:

“O termo contratual 8500000052 refere-se a prestação de serviços de manutenção de hardware (microcomputador e notebooks) e de suporte de segundo nível de software.

Dentre as cláusulas vigentes, foi estabelecida uma expectativa mensal de interações e incidentes a serem recebidos pela central de serviços, conforme tabela a seguir:

Expectativa de Interações e Incidentes

Descrição

Software e outros Hardware Usuários Comuns

Usuários VIPs

Usuários Comuns

Usuários VIPs

Média mensal de registro de interações e incidentes 6.000 200 300 100 No Escopo de Solução da Contratação (2º Nível) 1.200 200 300 100

Consta ainda no contrato que

"...Caso a quantidade de incidentes mensal definida no item 2.2.5. Expectativa de Interações e incidentes, seja ultrapassada em 20% e se esta situação persistir por mais de três meses consecutivos, as partes deverão apurar as causas desta

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situação, envidando esforços para solucioná-las ou traçando as soluções de contorno viáveis.

A qualquer tempo, no decorrer da vigência do TERMO CONTRATUAL, os

acordos de níveis de serviços poderão ser revistos, mediante acordo entre

FURNAS e a CONTRATADA..."

Ao longo dos últimos meses tem ocorrido diversos incidentes que tem contribuído para elevar a quantidade de incidentes registrados, bem como tem elevado sobremaneira a complexidade de atendimento, a ponto de impactar os tempos previstos originalmente para soluções destes incidentes (ex. diversas indisponibilidades de canal de comunicação externo da Embratel). Adicionalmente, o processo de reestruturação organizacional por que passa a Empresa provoca mudanças não planejadas, que igualmente colaboram para que os acordos de nível de serviço originalmente previstos sejam afetados, tendo em vista o novo contexto organizacional (ex. recertificação de todas as caixas postais). Estas considerações tem sido apontadas nos relatórios técnicos disponibilizados mensalmente.

Em alguns casos, quando o incidente depende da intervenção de outras áreas solucionadoras (Terceiro Nível), após o tratamento este incidente retorna para a empresa de atendimento de segundo nível (Solutis) com o prazo já violado. A ferramenta para tratamento de incidentes, atualmente usada não identifica onde este prazo foi violado, penalizando sempre a última área solucionadora, no caso a empresa Solutis.

Existe um projeto, já em curso, visando a substituição da atual ferramenta por outra, com recursos suficiente para atender as diversas demandas de relatórios, com informações mais precisas para as evidências contratuais

Portanto, diante deste cenário, e conforme possibilidade prevista em contrato e grifada acima, dado que o cenário previsto à época da contratação modificou-se sobremaneira, FURNAS e a CONTRATADA estão negociando uma alteração nos acordos de níveis de serviço. Ate que esta revisão se conclua, as penalidades previstas estão sendo analisadas e, caso constatada a responsabilidade de mau desempenho da CONTRATADA, estas penalidades serão aplicadas.

Cabe ressaltar que FURNAS tem se esmerado em administrar seus termos contratuais de forma fiel ao que regem suas clausulas. Como exemplo, podemos citar a recente penalização da empresa responsável pelo serviço de atendimento de primeiro nível (Help-desk) quando do descumprimento de acordo de nível de serviço.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Observamos que deveria ter sido descontado da empresa contratada, no período de fevereiro a abril de 2013, o valor total de R$ 9.483,60 (nove mil, quatrocentos e oitenta e três reais e sessenta centavos).

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Ademais, apesar de constarem seis indicadores de ANS, todos eles medidos por Furnas, apenas três deles apresentam como consequência o desconto da fatura. Considerando que a medição da cláusula de ANS traz um dispêndio para a administração pública para a medição, não se justifica, portanto, a existência de três indicadores medidos que não trazem nenhuma consequência à contratada.

Destacamos que, na documentação apresentada, não constam os relatórios técnicos com os diversos incidentes que contribuíram para elevar a quantidade de incidentes registrados, conforme afirma o Superintendente na manifestação apresentada. Constatamos, somente, no Relatório - Resumo de Atendimento referente ao mês de março de 2013, registro de que houve aumento substancial de chamados ao longo do mês devido a problemas internos de infraestrutura do NOTES e que não deviam ser considerados os descumprimentos de ANS.

Certo é que o serviço está sendo prestado desde novembro de 2012 e, após quase nove meses de execução, ainda não foram alterados os acordos de níveis de serviço, considerando as situações relatadas acima pelo gestor da área.

A situação demonstra que o assunto não está sendo tratado adequadamente.

##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Efetuar a revisão nos acordos de níveis de serviço considerando o novo cenário de Furnas. Recomendação 2: Criar procedimento periódico de verificação da adequação dos níveis de serviços dos contratos vigentes atualizando os acordos tempestivamente, quando necessário. 2 GESTÃO OPERACIONAL

2.1 Programação dos Objetivos e Metas

2.1.1 ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO

2.1.1.1 INFORMAÇÃO Informação básica da Ação de Governo 20OJ - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica". Fato

Trata-se da Ação 20OJ – Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica, que tem por finalidade a implantação de reforços e melhorias em subestações e linhas de transmissão voltados à adequação do suprimento de energia elétrica em função do aumento da demanda no país visando adequar o sistema elétrico, em concordância com o Programa de Expansão da Transmissão (PET), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e as indicações do PAR (Plano de Ampliação e Reforços) do ONS. Esta Ação se insere no contexto do Programa de Governo 2033 – Energia Elétrica.

A implementação da Ação se dá mediante despesas que compreendem os reforços e melhorias autorizados pela Aneel nas instalações que compõem o sistema de transmissão de Furnas.

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Para avaliação da Ação 20OJ foi efetuada amostragem não probabilística, considerando o critério de materialidade dos contratos celebrados em 2012, além de vinculação finalística à missão da UJ, com extensão correspondendo a 4,93% do total as despesas executadas na Ação no exercício de exame. Os exames realizados foram voltados para a verificação da regularidade dos processos licitatórios, sendo que a profundidade contemplou os seguintes elementos:

- Motivação da contratação;

- Modalidade, objeto e valor da contratação;

- Oportunidade e conveniência das licitações; e

- Cadastramento dos contratos no SIASG. ##/Fato##

2.2 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

2.2.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

2.2.1.1 INFORMAÇÃO Análise da execução financeira da Ação 20OJ - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica inserida no processo Transmissão e Avaliação dos Controles Internos Administrativos do negócio "Transmissão". Fato

O Quadro a seguir apresenta a execução financeira da Ação 20OJ – Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica inserida na área de negócio “Transmissão”, no exercício de 2012:

Quadro: Execução Orçamentária da Ação 20OJ Execução Orçamentária da Ação

Orçamento (R$) Despesa

Realizada (R$) %

Inicial Final

444.641.195 235.757.021 199.833.780 85%

Fonte: Superintendência de Implantação de Empreendimentos – SI.E.

Observamos que a execução financeira atingiu índice satisfatório. O Superintendente de Implantação de Empreendimentos - SI.E, CPF ***.080.108-**, informou, por intermédio de e-mail datado de 03/04/2013, que houve atraso no fornecimento de equipamentos já contratados para diversas subestações, tais como: disjuntores, chaves seccionadoras, painéis e cabos, bem como cancelamentos e reprogramações de desligamentos solicitados, impedindo a plena realização financeira no exercício. Consideramos os esclarecimentos apresentados para o não atingimento do resultado físico da ação sob análise pertinentes.

Relacionamos, no quadro abaixo, os cinco maiores desembolsos ocorridos em 2012 na execução da referida ação governamental, correspondendo a 31% do valor total realizado no período.

Quadro: Desembolsos correspondentes a 31% do valor executado na Ação 20OJ n.º

Contrato Objeto Valor Pago

em 2012 800001268 Prestação de serviços técnicos e administrativos para 21.993.374,33

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n.º Contrato

Objeto Valor Pago em 2012

Diretoria de Construção. 800004411 Contratação de serviços de obras civis e montagem

eletromecânica para as SE Samambaia 10A, Brasília Sul 19A e 20A e Itumbiara 10A e 11A.

11.940.006,17

8000004581 Contratação de serviços para execução de obras civis e montagem eletromecânica para a subestação de Tijuco Preto – 17A e 19A ampliações (reforços).

9.937.745,34

8000001461 Serviços de modernização das unidades geradoras 1 a 6 e a capacitação para operação remota da UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho

9.417.844,33

8000004485 Contratação de serviços de obras civis e montagem eletromecânica da 4A, 5A, 6A, 8A e 9A da SE Mascarenha de Moraes

8.721.098,12

Fonte: DOIN.F - Divisão de Orçamento de Investimento e Relação dos contratos vigentes extraída do SAP

A seguir, ressaltamos aspectos qualitativos e quantitativos da gestão do negócio “Transmissão” da Empresa no exercício de 2012. Preliminarmente, cabe informar que identificamos que o negócio “Transmissão” de Furnas é desenvolvido por meio de um conjunto de 10 serviços e/ou produtos oferecidos ao mercado interno e externo, são eles: Transporte de Energia Elétrica, Estudos e Projetos de Engenharia e P&D, Gerenciamento de Obras, Comissionamento de instalações, Operação e manutenção de sistemas elétricos, Aferição/ensaios em equipamentos e instrumentos, Serviços de engenharia do proprietário, Transmissão de dados e voz (Telecomunicação) e Capacitação e desenvolvimento de pessoal.

Transmissão

O Quadro a seguir retrata a situação, em 31/12/2012, de Furnas Centrais Elétricas S.A. e sua Holding quanto à capacidade total de transmissão e transformação, considerando a Rede Básica, as Demais Instalações de Transmissão (DIT) e a participação proporcional em SPE’s.

Quadro: Linha de Transmissão e Capacidade de Transformação de Furnas e do Sistema Eletrobras (posição em dezembro de 2012)

Instalações Furnas Sistema Eletrobras

Rede Básica

Linhas de Transmissão (km) 15.439 49.563

Subestações (quantidade) 49 195

Capacidade de Transformação (MVA) 102.761 145.920

DTI’s

Linhas de Transmissão (km) 3.981 8.820

Subestações (quantidade) 5 33

Capacidade de Transformação (MVA) 4.225 19.365

Subtotal LT (km) 19.420 58.383

Subtotal Capacidade de Transformação (MVA) 106.986 165.285

SPE (% correspondente)

Linhas de Transmissão (km) 122 2.602

Capacidade de Transformação (MVA) 796 1.092

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Total de Linha de Transmissão (Km) 19.542 60.985,2

Total de Capacidade de Transformação (MVA) 107.782 166.377 Fonte: Gerência de Comercialização de Transmissão - GCT.N

Do quadro anterior, verificamos que a Empresa possui 19.542km de linhas de transmissão, ou seja, 32% do total de linhas de transmissão (km) do Sistema Eletrobras, superando a marca de 19.419 km do ano anterior. Em termos da capacidade de transformação, o índice é ainda mais representativo. Furnas tem uma participação de 65% da capacidade de transformação de todo o Sistema Eletrobras.

O empregado da Superintendência de Escritório de Projetos - EP.E, CPF ***.985.977-**, disponibilizou planilha contendo todas as obras de reforços e melhorias no sistema de transmissão de Furnas previstas para o exercício de 2012, com status de concluídas e em andamento. Identificamos que, em 2012, foram energizados 30 empreendimentos e 22 empreendimentos estão com atraso em sua execução, sendo informadas, para esses empreendimentos, as dificuldades que ensejaram o atraso de cada um deles. Abaixo, segue manifestação do empregado da EP.E, CPF ***.985.977-**, acerca das medidas preventivas e mitigadoras adotadas:

"Além de ações corretivas aplicadas conforme a especificidade de cada ocorrência em cada projeto e diante do porte do conjunto de projetos vinculados a Ação 20OJ - Reforços e Melhorias no sistema de Transmissão de Energia Elétrica, Furnas vem estruturando sua gestão por projeto tendo como foco o atingimento das metas referentes a escopo, custo, prazo e qualidade.

A base da gestão empresarial é a implementação desde 01/01/2010 do sistema SAP ERP 6.0.

Dando sequência na busca da melhoria contínua, através da Resolução de Diretoria RD Nº015/2649 em 16/05/2012, foi aprovada a designação de Gestores para os projetos ou grupo de projetos integrantes do Plano Geral de empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação - PGET.

Em 02/04/2013 através da Resolução de Diretoria RD Nº 020/2696, resolveu criar a função de “Gestor de Projetos” considerando que é de confiança, cujo principal objetivo é aplicar conhecimentos, habilidades técnicas para planejar, desenvolver, controlar e adequar atividades que visem atingir os objetivos de Projetos de Engenharia e Corporativos.

Furnas vêm passando por uma reestruturação organizacional e através da Resolução de Diretoria RD Nº019/2696 em 02/04/2013 criou a Superintendência de Escritório de Projetos- EP.E.

Encontra- se em fase de aquisição até junho/2013 um aplicativo para dar suporte à gestão de riscos para os projetos.

Com isso Furnas espera atenuar de forma sensível as causas de atraso que tem origem interna na empresa e buscar formas de atuar nas causas de origem externa."

Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET)

O empregado da Superintendência de Escritório de Projetos - EP.E, CPF ***.985.977-**, disponibilizou, mediante e-mail datado de 21/05/2013, o Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET), da mesma data, agrupados em quatro conjuntos:

I - Plano de Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico, relativo a melhorias nas instalações integrantes da Rede Básica e demais instalações do SIN;

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II - Plano de Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico, relativos a reforços;

III - Reforços indicados no documento "Consolidação de Obras de Rede Básica de Fronteira", emitido pelo MME, baseado no Programa de Ampliações e Reforços (PAR elaborado pelo ONS) e no Programa de Expansão da Transmissão (PET elaborado pela EPE), necessários ao adequado desempenho do Sistema Interligado Nacional;

IV - Plano de Revitalização da Transmissão.

Operação do Sistema

O Sistema de Transmissão de Furnas é supervisionado, de forma geral, pelo Centro de Operação do Sistema, localizado no Escritório Central, no Rio de Janeiro, em articulação com os Centros de Operação Regionais.

O gerente do Departamento de Operação do Sistema - DOS.O, CPF ***.617.888-** informou, por intermédio de e-mail datado de 20/05/2013, que, em março de 2012, entrou em operação o Sistema para Controle de Intervenções, Indisponibilidades e Restrições Operativas (SIRO), cujo objetivo é controlar intervenções, indisponibilidades e restrições operativas nos sistemas eletroenergéticos e de telecomunicações da Empresa. O SIRO substituiu o Sistema de Apoio à Operação (SIAO) e o Sistema de Intervenções em Equipamentos no Sistema Elétrico (SIESE); segundo a Empresa, aumentando a precisão e a rapidez no trâmite de informações em segurança na execução da operação durante o processo de intervenção.

É oportuno informar que o Superintendente de Estratégia e Sustentabilidade – ES.P, CPF ***.907.286-**, informou, por intermédio de e-mail 22/05/2013, que a última versão do Plano de Negócios de Furnas data de agosto de 2012. Informou, ainda, que, em virtude dos fortes impactos econômico-financeiros e regulatórios derivados da prorrogação das concessões de geração e transmissão, ocorridas em dezembro de 2012, Furnas está efetuando a revisão do seu Plano de Negócios, para adaptação da gestão da Empresa à nova realidade regulatória e financeira.

Avaliação dos Controles Internos Administrativos no negócio “Transmissão”

Apresentamos, a seguir, a conclusão a respeito dos aspectos do sistema de controle interno de Furnas relacionados ao negócio “Transmissão”, considerando todas as informações obtidas durante a execução deste trabalho e as informações apresentadas, por intermédio do e-mail datado de 03/04/2013, encaminhado pelo Superintendente de Implantação de Empreendimentos – SI.E, CPF ***.080.108-**. Foram objeto desta avaliação os quesitos inerentes ao ambiente de controle, à avaliação de risco, aos procedimentos de controle, à informação e comunicação, ao monitoramento.

Antes de efetuarmos quaisquer análises, transcrevemos os seguintes esclarecimentos apresentados pelo gestor acima.

“visando ao aprimoramento da gestão de Furnas, por meio da Resolução de Diretoria n.º 001/2664, datada de 5 de setembro de 2012, a Diretoria Colegiada de Furnas aprovou a constituição da equipe e as diretrizes gerais para implantação do projeto de reestruturação organizacional desta Concessionária – PRO-Furnas, que está em implantação pela consultoria da empresa Roland Berger Strategy Consultants Ltda.[...]. Nesta reestruturação está sendo dado um enfoque específico na criação de área de negócio com responsabilidades por “gestão do negócio e geração de resultados”.

Maiores detalhes poderão ser obtidos no sítio eletrônico de Furnas - Furnasnet (http://furnasnet/profurnas/index.htm).”

Ambiente de Controle

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Verificamos que a Empresa possui vários atos normativos, disponíveis na sua intranet, que contém os níveis de aprovação e os procedimentos sobre as autorizações e aprovações nos diversos processos de negócio. O Manual de Organização estabelece os níveis de autoridade vigentes e formaliza a Estrutura Organizacional de Furnas, possuindo o organograma e as atribuições de todos os órgãos formais da Companhia, desde a Direção Superior até o nível de Divisão. No entanto, esses documentos estão desatualizados, uma vez que a empresa atualmente passa por uma reestruturação organizacional – Projeto PRO-Furnas. Identificamos que o negócio “Transmissão” envolveu, no exercício de 2012, três diretorias: Diretoria de Expansão, Diretoria de Operação e a Diretoria de Planejamento, Gestão de Negócios e de Participações de Furnas.

Constatamos, ainda, a existência dos seguintes documentos relacionados ao negócio “Transmissão” da Empresa, são eles: Plano de Negócios de Furnas – versão agosto 2012, Plano Diretor de Negócios do Sistema Eletrobrás 2011-2015, Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET).

Há que se destacar, também, o conjunto de leis, decretos e resoluções normativas que dão forma ao atual marco regulatório da Transmissão. A legislação básica relativa à Transmissão de Energia Elétrica no Brasil estabelece e regula suas características fundamentais. Destacamos os seguintes normativos: Concessões e Permissões (Lei n.º 9.074/1995), Planejamento e Estudos da Rede Básica (Resolução Normativa ANEEL n.º 67/2004), Coordenação e Controle da Operação (Lei n.º 9.648/1998), Qualidade do Serviço Público de Transmissão de Energia (Resolução Normativa n.º 270/2007).

Concluímos, portanto, suficiente o quesito “Ambiente de Controle” no âmbito do negócio “Transmissão”. Enfatizamos, no entanto, que o processo de transformação pelo qual passa a Empresa trará alterações significativas na governança da Empresa, o que acabará por se refletir em seu ambiente de controle.

Avaliação de Risco

Segundo informação da Diretoria de Expansão, encaminhada pelo Superintendente de Implantação de Empreendimentos – SI.E, CPF ***.080.108-**, mediante e-mail de 03/04/2013, historicamente, a Empresa se utiliza do acompanhamento do cronograma e dos orçamentos dos empreendimentos. Quanto às medidas preventivas, Furnas adota procedimentos setorizados tais como: Aquisição de Equipamentos (normas técnicas e check-lists de inspeção); Construção e Montagem (banco de dados e Curva S); etc.

Acrescentou, ainda, que, recentemente, no bojo da reestruturação de Furnas, prevê-se que as atividades relacionadas aos riscos de implantação de empreendimentos de transmissão serão monitoradas e controladas a partir da implantação de uma metodologia de Gestão de Riscos, cujo objetivo é o monitoramento e a eliminação/redução das ameaças relacionadas aos riscos inerentes aos empreendimentos de transmissão. A condução desse processo será posta em prática por um grupo de apoio ao escritório de projetos, a ser implementado após a reestruturação de Furnas, que terá a responsabilidade pela realização das análises individuais e conjuntas dos riscos dos empreendimentos e apresentação dos resultados à alta administração.

No âmbito do Sistema Eletrobras, identificamos, no Plano Diretor de Negócios do Sistema Eletrobrás 2011-2015, as oportunidades, ameaças, forças e fraquezas para o Negócio “Transmissão” do Sistema Eletrobras, conforme descrito na tabela a seguir:

Quadro – Oportunidades, Ameaças, Forças e Fraquezas do negócio “Transmissão” Oportunidades Ameaças Forças Fraquezas

Expansão do sistema de transmissão

Fim da maioria das atuais concessões

Infraestrutura e sistemas instalados

Dificuldade na implantação do planejamento estratégico

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Oportunidades Ameaças Forças Fraquezas

Ambiente propício à atuação proativa na busca da eliminação/minimização de restrições legais e burocráticas

Interferências políticas Elevada qualificação do quadro técnico

Gestão de conhecimento incipiente

Disponibilidades de recursos para investimentos

Acirramento da Concorrência

Imagem empresarial positiva

Evasão de talentos

Existência de Players predispostos a parcerias (fornecedores, clientes e concorrentes)

Atrasos na obtenção de licenças ambientais

Grande atratividade para formação de parcerias

Rentabilidade do negócio Transmissão incompatível com o mercado

Perspectiva de investimentos nos mercados latino-americano e africano

Redução de receita por revisão tarifária e inexistência de garantia para reforços e ampliações

Experiência internacional

Articulação institucional inadequada

Perspectiva de repontencialização e recapacitação de linhas e subestações

Forte demanda pela mão de obra qualificada

Competência em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

Obsolescência de ativos

Perspectiva de utilização de instalações para telecomunicações

Restrições Orçamentárias Capacidade para novos desafios tecnológicos

Estrutura organizacional inadequada

Inovações tecnológicas e de gestão

Obtenção de dados atualizados,

Visão de negócios com pouco foco no resultado financeiro

Futuras interligações com países vizinhos

Formação de cartéis de fornecedores

Gerenciamento de projetos incipiente

Demanda crescente para prestação de serviços

Restrições/limitações de empresas estatais decorrentes da legislação

Comunicação corporativa deficiente

Oferta de ativos de transmissão (Brasil e exterior)

Alteração de disposições da Resolução Normativa 270/07 (Parcela Variável)

Fonte: Plano Diretor de Negócios do Sistema Eletrobrás 2011-2015

Com base na Matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) para a Transmissão e considerando as oportunidades, ameaças, forças e fraquezas do negócio Transmissão, indicadas no quadro acima, foi feita uma série de análises para o negócio Transmissão, descritas no Plano Diretor de Negócios do Sistema Eletrobrás 2011-2015.

De acordo com o Plano de Negócios de Furnas, o ambiente de negócios da transmissão é bastante regulado e os riscos envolvidos estão diretamente relacionados com mudanças da regulamentação promovidas pela ANEEL. Podemos citar, como exemplo, a Resolução Normativa n.º 443/2011, que estabelece a distinção entre melhorias e reforços em instalações de transmissão. Segundo a Empresa, a referida resolução estabelece que a Transmissora deverá implantar novos módulos de conexão de linhas para futuros acessantes (concessionária ou permissionária de distribuição, concessionária ou autorizada de geração, autorizada de importação e/ou exportação de energia elétrica, bem como consumidor livre – Resolução Normativa ANEEL n.º 67/2004) sem a definição do valor da receita para remunerar este investimento. O valor

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deste encargo será definido pela ANEEL no reajuste tarifário subsequente à sua entrada em operação, trazendo uma indefinição quanto à adequada remuneração de investimentos para o Plano de Negócios da empresa.

Concluímos, portanto, estar em aprimoramento o quesito “Avaliação de Risco” no âmbito do negócio “Transmissão”.

Procedimento de Controle

No âmbito da Construção, o Superintendente de Implantação de Empreendimentos – SI.E, CPF ***.080.108-**, informou que as medidas corretivas são adotadas de acordo com a especificidade de cada caso e que há priorização nas atividades relacionadas à área de negócio “Transmissão” que sejam mais sensíveis. Destacou que, a partir de maio de 2012, por decisão da Diretoria Colegiada de Furnas, foi aprovada a gestão por projetos, sendo uma das atribuições dos gestores o acompanhamento do cronograma de obras e a tomada de decisão para assegurar a tempestividade das atividades.

No âmbito da Operação, destacamos o Siro, anteriormente mencionado, tendo como objetivo melhorar o controle de intervenções, indisponibilidades e restrições operativas nos sistemas eletroenergéticos e de telecomunicações de Furnas.

A supervisão do Sistema de transmissão efetivada pelo Centro de Operação do Sistema em articulação com os Centros Regionais de Operação utiliza sistemas computacionais de tempo real e tecnologias de última geração videowall.

Concluímos, portanto, ser suficiente o quesito “Procedimento de Controle” no âmbito do negócio “Transmissão”.

Informação e Comunicação

Identificamos a fórmula abaixo para medição da disponibilidade operacional da transmissão:

DISPL = Disponibilidade das Linhas de Transmissão (LT), por 100 Km de transmissão; HDi = Nº de horas disponíveis da LT no período; HPi = Nº total de horas de existência da LT no período; extLTi = Extensão Total da LT “i”, em Km; N = Número Total das LT; i = contador do número de LT.

Por intermédio de e-mail datado de 17/05/2013, o Gerente da Divisão de Estudos Elétricos e Programação Energética – DEEP.O, CPF ***.848.127-**, informou que, no ano de 2012, a taxa de disponibilidade operacional de transmissão acumulada foi de 99,85%, superando a marca de 99,82% de disponibilidade do exercício de 2011, demonstrando a alta disponibilidade do sistema de transmissão da Empresa.

No entanto, no que se refere à qualidade dos serviços de transmissão das empresas do Sistema Eletrobras, relativo ao ano de 2012, medida através da taxa de desconto da Receita Anual Permitida – RAP, Furnas apresentou menor desempenho comparado com as demais empresas do grupo Eletrobras, vejamos:

Quadro: Desconto da RAP em 2012

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Empresa Taxa de desconto da RAP (%)

Furnas 1,71

Chesf 1,30

Eletronorte 0,79

Eletrosul 0,17

Fonte: Gerência de Comercialização de Transmissão - GCT.N

No entanto, temos que destacar que Furnas, dentre as empresas do Grupo, possui 19.542 km de linhas de transmissão, representando 32% do total de linhas de transmissão (km) do Sistema Eletrobras e que o desconto da RAP depende dos índices de indisponibilidade programada e não programada. Essa última depende da frequência e do tempo das falhas dos ativos de transmissão, classificadas em falhas permanentes (por exemplo, queda de torre, falhas nos equipamentos) e transitórias (por exemplo, descarga elétrica). Nas últimas, os ativos retornam à operação pela atuação de acionamento manual ou automático, enquanto que, nas primeiras, é necessária a intervenção da equipe de manutenção. Então, nas falhas permanentes, dependendo de sua localização, o tempo de indisponibilidade costuma ser maior e consequentemente o desconto da RAP.

De acordo com o Plano Diretor de Negócios do Sistema Eletrobrás 2011-2015 – Volume 2 – Transmissão de Energia Elétrica, o uso da parcela variável (desconto da RAP) no Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão (CPST) tem sido amplamente aceito como sinalizador da qualidade dos serviços de transmissão, visando à maximização da disponibilidade dos equipamentos e instalações. A Receita Anual Permitida (RAP) é a remuneração que as transmissoras recebem para disponibilizar o sistema ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e prestar o serviço público de transmissão aos usuários. Logo, quanto menor for a indisponibilidade dos ativos da Empresa, menor será o desconto da RAP, funcionando como um incentivador para se buscar um menor patamar de indisponibilidade possível.

Concluímos, portanto, ser suficiente o quesito “Informação e Comunicação” no âmbito do negócio Transmissão.

Monitoramento

A rotina de acompanhamento (monitoramento) das ações tomadas no exercício de 2012, em atendimento das determinações e recomendações dos órgãos de controle (TCU e CGU), fica a cargo do Comitê Permanente de Atendimento a Organismos Externos de Fiscalização – CAOEF, ligado diretamente à Presidência de Furnas. Após encaminhamento às áreas diretamente vinculadas ao(s) assunto(s) identificado(s), o atendimento é monitorado pela respectiva Diretoria, que, ao final, presta contas da implementação das ações ao Presidente.

De acordo com o inciso VII do artigo 3º do Regimento Interno da Auditoria Interna, compete à Auditoria Interna avaliar o cumprimento, pelas áreas, das recomendações ou determinações feitas pela auditoria interna, pelos órgãos de controle interno e externo ou por outro órgão competente”. Conforme constatado no Relatório de Auditoria n.º 201211774, verificamos ausência de formalização de ações da auditoria interna voltadas ao acompanhamento das ações destinadas ao atendimento efetivo às recomendações expressas pela CGU e às determinações expedidas pelo TCU.

Há que se destacar que, muito embora não haja uma avaliação por parte da Auditoria Interna acerca do atendimento efetivo às determinações e/ou recomendações dos órgãos de controle externo, não houve, nos últimos dois anos, determinações e nem recomendações relacionadas especificamente à área de transmissão da Empresa.

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Portanto, somos de opinião que o quesito “Monitoramento”, em 2012, foi suficiente no âmbito do negócio de “Transmissão” no que diz respeito à prestação de informações relacionadas ao macroprocesso finalístico “Transmissão”.

Face ao exposto, concluímos que os controles implementados no negócio “Transmissão” são suficientes para garantir um desempenho satisfatório, estando a avaliação de risco em aprimoramento, e contribuem para mitigar os riscos do negócio. ##/Fato##

2.2.2 RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL

2.2.2.1 CONSTATAÇÃO Ausência de evidência quanto à utilidade (completude) dos indicadores relacionados no Contrato de Metas de Desempenho Empresarial - CMDE, no exercício de 2012. Fato

No âmbito das ações decorrentes do Plano de Transformação do Sistema Eletrobras, cujo objetivo é consolidar uma estrutura de gestão corporativa integrada e transparente, foi assinado, em 2009, entre Furnas e a Holding, o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial - CMDE, período 2010 a 2014, no qual foram estabelecidos indicadores de desempenho econômico-financeiro, operacional e socioambiental.

Destes, selecionamos três indicadores que estão evidenciados no Relatório de Gestão para análise: Parcela Variável Descontada em Transmissão, Índice de Disponibilidade de Geração e a Rentabilidade do Patrimônio Líquido. Foram realizadas análises a respeito da Utilidade (Completude) e Mensurabilidade (Comparabilidade, Confiabilidade, Acessibilidade e Economicidade).

O Gerente da Divisão de Planejamento Financeiro e Controle Consolidado – DPFC.F, CPF ***.163.867-**, por intermédio de e-mail datado de 27/05/2013, disponibilizou o Relatório Executivo do CMDE. Este relatório é uma planilha contendo a execução das metas estabelecidas no CMDE para os anos de 2010, 2011 e 2012. Sendo que, para o exercício de 2012, há informação detalhada por trimestre. Ocorre que, na aba “Indicadores” dos indicadores selecionados para análise, somente há um comentário sucinto do desempenho do indicador Rentabilidade do Patrimônio Líquido, quanto aos demais, não houve qualquer registro. Já na aba “Comentários Finais”, não há registro das análises econômica-financeira, operacional e socioambiental requeridas. Cabe destacar que, na aba “Ajuda” da referida planilha, há instruções para o devido preenchimento do documento: o item 5 estabelece que “o comentário final sobre a performance da empresa (Nível 2, Diretoria e Conselho) deve ser feito na aba “Comentários” e o item 6 estabelece que “todos os comentários (por indicador e comentário final) sobre a performance da empresa serão publicados no Relatório Final do CMDE, publicado trimestralmente, enviado para o Conselho de Administração da Holding e Órgãos de Controle da União (quando solicitados)”. O Diretor Financeiro, CPF ***.075.570-**, por meio de e-mail datado de 20/06/2013, informou que o relatório do CMDE disponibilizado, não apresenta os comentários do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva na aba "Ajuda" em função de não ter sido assinado o 2º aditivo ao contrato de meta que ainda está em discussão entre as partes. O aditivo ao contrato do CMDE, relativo ao exercício 2012, está sendo preparado com base no novo Plano Diretor de Furnas, já alinhado com as significativas transformações impostas ao setor elétrico pela Lei n.º 12.783/2013.

Constatamos, ainda, uma série de descumprimento de cláusulas contratuais tanto por Furnas quanto pela Eletrobrás na qual citamos algumas:

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“Cláusula Terceira: Das Obrigações da Controlada [....] 3.1.7 utilizar os indicadores relacionados, sem prejuízo de outros utilizados, nos Anexos I, II e III para nortear seu desempenho; 3.1.8 encaminhar mensalmente à Eletrobras os relatórios gerenciais de atividades, na forma definida pelas partes, para a avaliação de desempenho, sem prejuízo do encaminhamento do relatório trimestral previsto no §2º da cláusula 5ª e do item 3.1.22; 3.1.9 assegurar estrutura de gerenciamento necessária à realização das atividades voltadas ao acompanhamento e à avaliação do cumprimento deste CMDE; 3.1.10 avaliar periodicamente a pertinência e a consistência dos indicadores de desempenho constantes dos Anexos I, II e III, propondo à Eletrobrás alterações e inclusões que entender necessárias, com as devidas justificativas; [...] Cláusula Terceira: Das Obrigações da Eletrobrás 4.1.1. proceder a supervisão, orientação e acompanhamento do desempenho da Controlada e a avaliação da execução deste CMDE 4.1.2 apresentar, trimestralmente, relatório de acompanhamento deste CMDE ao seu Conselho de Administração; [...] 4.1.4 avaliar periodicamente a pertinência e a consistência dos indicadore de desempenho constantes dos Anexos I, II e III, solicitando à Controlada alterações e inclusões que entender necessárias; [....] 4.1.6 rever as metas em caso de haver impacto decorrente de medidas, diretrizes ou iniciativas emanadas por órgãos normativos ou governamentais sobre a estrutura e o funcionamento do setor elétrico que venham a afetar os resultados ora propostos, bem como nos casos fortuitos ou de força maior [...]”

Quanto ao aspecto da Mensurabilidade, verificamos que os indicadores selecionados possuem capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas. Constatamos confiabilidade das fontes de dados utilizadas para o cálculo dos indicadores e que a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à unidade. Os indicadores Parcela Variável Descontada em Transmissão e Índice de Disponibilidade de Geração são fruto de informações obtidas no Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e na área de Comercialização da Empresa e o indicador Rentabilidade do Patrimônio Líquido tem como fonte primária de dados a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.

Identificamos que há facilidade na obtenção dos dados, na elaboração dos indicadores e na compreensão dos resultados e não identificamos custos associados à obtenção dos indicadores analisados.

Controles Internos Administrativos do CMDE

Quanto aos Controles Internos do CMDE, o Diretor Financeiro, CPF ***.075.570-**, por intermédio do e-mail datado de 20/06/2013, informou que, atualmente, não há rotina de utilização dos indicadores, porém há rotina de elaboração dos indicadores do CMDE. Trimestralmente, ocorre o levantamento, o qual será reavaliado em função das modificações derivadas da Lei n.º 12.783/2013. No entanto, informou rotina adotada anterior a edição da Lei n.º 12.783/2013,qual seja:

“Superintendência de Contabilidade (SC.F)

• Fecha os demonstrativos contábeis e encaminha para a Divisão de Planejamento Financeiro e Controle Consolidado (DPFC.F); Divisão de Planejamento Financeiro e Controle Consolidado DPFC.F

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• Insere os números dos demonstrativos contábeis na planilha de indicadores do CMDE; • Confere os números da planilha do CMDE com os demonstrativos contábeis; • Com relação aos indicadores operacionais e de sustentabilidade, solicita à área responsável o cálculo do indicador de sua responsabilidade; • Analisa os indicadores que ficaram fora da meta e descreve as justificativas; • Para os indicadores não financeiros solicita à área responsável a justificativa para os indicadores que ficaram fora da meta;”

Observamos que não há uma área específica para tratar dos assuntos relacionados ao CMDE. As informações eram consolidadas pela DPFC.F, divisão subordinada à Diretoria Financeira. O Diretor Financeiro, ***.075.570-**, por intermédio do e-mail datado de 20/06/2013, também, informou que não há normativos internos que tratem sobre a necessidade de a UJ elaborar indicadores para suas atividades, bem como definição de responsabilidades no processo relativo de elaboração e de utilização de indicadores de desempenho.

Identificamos a existência de indicadores para os macroprocessos de Geração e de Transmissão. Na Transmissão, o indicador Parcela Variável Descontada em Transmissão e na Geração, o Índice de Disponibilidade de Geração, que estão sendo reavaliados a luz das modificações do marco regulatório. ##/Fato##

Causa

Inércia da Eletrobras no que tange à supervisão, orientação e acompanhamento do desempenho de Furnas, bem como a falta de priorização de Furnas e da holding quanto à avaliação da execução do CMDE. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada O Diretor Financeiro, CPF ***.075.570-**, por intermédio do e-mail datado de 20/06/2013, assim justificou:

“Reafirmamos que os indicadores relacionados no CMDE 2012 não estão sendo utilizados em função do 2º aditivo ao contrato do CMDE estar em processo de preparação, com base no novo Plano Diretor de Furnas, já alinhado com as significativas transformações impostas ao setor elétrico pela Lei 12.783.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Concluímos que não há evidências de que os indicadores do CMDE são úteis para a gestão da Empresa. Corrobora esse entendimento a informação fornecida pelo Diretor Financeiro, CPF ***.075.570-**, por intermédio do e-mail datado de 20/06/2013, de que os indicadores definidos no CMDE não estão sendo utilizados para a tomada de decisões gerenciais. Informou, ainda, que os indicadores do CMDE, no que diz respeito ao exercício de 2012, não estão alinhados com as transformações do marco regulatório do setor elétrico, que demandarão alterações, também, nos indicadores derivados do plano diretor de Furnas, ainda em fase de elaboração.

A Lei n.º 12.783, de 11/01/2013, citada pelo Diretor Financeiro, foi decorrente da conversão em lei da Medida Provisória n.º 579, de 11/09/2012, que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais e sobre a modicidade tarifária. De fato, a Empresa sentiu os efeitos deste novo marco regulatório ainda no exercício de 2012. No entanto, já

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decorreram nove meses desde a edição desta MP sem que tenha sido celebrado aditivo ao contrato do CMDE contemplando as mudanças impostas ao setor elétrico.

A situação demonstra que o assunto não está sendo tratado com a importância devida tanto por Furnas e principalmente pela Holding. O item 5.1 da Cláusula Quinta: Do Monitoramento e da Avaliação afirma que, para o cumprimento das obrigações estabelecidas no CMDE, a Eletrobras terá a responsabilidade de exercer as atividades de supervisão, orientação e acompanhamento do desempenho da Controlada e à avaliação da execução deste CMDE. Reafirmamos que não evidenciamos atuação da Holding neste sentido. Destacamos, ainda, o parágrafo primeiro da mesma cláusula, que estabelece que Furnas e Eletrobras deverão promover, periodicamente, a avaliação da execução do CMDE, com expedição dos relatórios trimestrais de acompanhamento, o que, conforme abordado anteriormente, não ocorreu.

Portanto, face ao exposto, entendemos que os indicadores relacionados no CMDE, no exercício de 2012, não foram úteis para gestão da Empresa e muito menos para a gestão da holding e que, muito embora, os controles implementados no CMDE estejam suficientes, eles não contribuíram para avaliar o desempenho operacional da Empresa, no exercício de 2012. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Reavaliar, junto a holding, a necessidade de manter o CMDE vigente. Recomendação 2: Para os próximos relatórios de gestão, implementar e informar indicadores aptos a avaliar o desempenho da Empresa. Recomendação 3: Finalizar o Plano Diretor de Furnas com os indicadores próprios da Empresa para nortear seu desempenho. 3 CONTROLES DA GESTÃO

3.1 CONTROLES INTERNOS

3.1.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

3.1.1.1 INFORMAÇÃO Furnas não possui uma unidade de correição específica e não utiliza o sistema CGU-PAD. Fato O Assistente da Diretoria, CPF ***.895.947-**, por intermédio de e-mail datado de 27/05/2013, informou que não existem normativos internos que regulem o registro de informações no sistema CGU-PAD, porque FURNAS não o utiliza.

Apresentou, ainda, a relação dos processos administrativos instaurados na Empresa, encerrados ou em curso, totalizando quatro processos, sendo dois instaurados em 2011, mas encerrados em 2012, e dois instaurados em 2012.

Por não possuir uma unidade de correição específica, o Assistente citado acima, por intermédio de e-mail datado de 04/07/2013, informou que não há uma área específica responsável por receber, tratar e apurar as denúncias envolvendo empregados da

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Empresa, ficando a cargo da Ouvidoria, Comissão de Ética ou pela Alta Administração quando a ela dirigida. Dependendo do caso, pode ser instituída Comissão de Sindicância para apuração.

Os procedimentos são instaurados por decisão da Diretoria Executiva, que atua como supervisora e designa a criação das Comissões de Sindicância. O Assistente da Diretoria acima identificado informou, adicionalmente, que não são emitidos pareceres prévios ao julgamento dos procedimentos disciplinares. É responsabilidade da própria Comissão de Sindicância a emissão de relatório conclusivo com as devidas recomendações, sendo a Diretoria Executiva da Empresa responsável pelo julgamento dos procedimentos disciplinares.

Quanto à não utilização do Sistema CGU-PAD, o referido Assistente, por intermédio de e-mail datado de 04/07/2013, informou o que segue:

“Porque FURNAS não foi submetida ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos pela Lei 8112, de 11.12.1990, que estabelece o PAD-Processo Administrativo Disciplinar, por esta razão, não estaria obrigada à sua utilização.

[...]

FURNAS solicitou reunião com a CGU/Corregedoria-Setorial do Ministério de Minas e Energia/Brasília-DF, que se realizou no dia 11 de junho de 2013, com o Corregedor-Setorial, [...], o seu Substituto, [...]. Na referida oportunidade, foi feita apresentação do sistema CGU-PAD e prestados esclarecimentos sobre o mesmo, além do TCA e tratados outros temas. Foi uma reunião muito produtiva e que nos permitiu conhecer e avaliar o que o sistema representa como um todo e que resultará numa submissão a alta administração para aprovação de sua utilização.

Cabe ressaltar, ainda, que a CGU submeteu à Eletrobrás a utilização do CGU-PAD para todas as estatais e, que, até a presente data, não encaminhou qualquer orientação nesse sentido à esta subsidiária.”

Por fim, constatamos a normatização interna da IN n.º 01.2012 estabelecendo critérios e procedimentos para a apuração, por meio de Sindicância Disciplinar, de ato de irregularidade praticado por empregado, sendo encaminhado à Corregedoria-Setorial do Ministério de Minas e Energia por intermédio da Correspondência Externa DP.E.290.2012, 11/07/2012. ##/Fato##

3.2 Planos de Auditoria

3.2.1 Planos de Auditoria

3.2.1.1 INFORMAÇÃO A UJ não incluiu todos os conteúdos específicos conforme determina a DN TCU n.º 119/2012. Fato

Verificamos que, embora a DN TCU n.º 119/2012 tenha estabelecido conteúdo específico para Furnas, a empresa somente incluiu em seu Relatório de Gestão os itens 3 e 36 da parte B – Conteúdo Específico. Constatamos, portanto, ausência de informação

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quanto ao item 31, uma vez que a empresa possui projetos financiados com recursos externos, sendo informados a seguir:

1. Contrato de Empréstimo BID 2549/OC-BR - modernizações das UHE`s Furnas e Luiz Carlos Barreto.

Avaliação sobre o andamento dos projetos e programas financiados com recursos externos, contemplando:

a) Os efeitos (positivos ou negativos) na taxa interna de retorno decorrentes da variação cambial, atraso na execução do cronograma físico, alterações contratuais e etc - – informações encaminhadas por e-mail datado de 04/07/2013 pelo Gerente de Gestão de Financiamentos e Seguros - GFS.F, CPF ***.940.407-**.

“Considerando a desvalorização da moeda Real frente ao Dólar, no período compreendido entre a data de assinatura do contrato celebrado junto ao BID em 22.12.2011 e o final do exercício de 2012, de aproximadamente 10%; o atraso na execução do cronograma físico original; e as respectivas alterações contratuais, pode-se afirmar que houve um impacto negativo na TIR deste Programa. No entanto, em face ao montante exposto da dívida em 31.12.2012, correspondente a US$ 64 Milhões, entende-se que a materialização dessas contingências é inexpressiva vis a vis a Receita Operacional Líquida da Companhia no ano de 2012, da ordem de R$ 7,6 Bilhões/ano.”

b) Os impactos sobre o fornecimento dos bens e serviços objetos dos contratos -informações encaminhadas por e-mail datado de 04/07/2013 pelo Gerente de Construção Sul – GCS.E, CPF ***.402.517-**.

“Resumo dos Impactos nas Modernizações da UHE Furnas e UHE Luiz Carlos

Barreto de Carvalho

Ao se deparar com o ineditismo deste tipo de projeto, principalmente desse vulto, constatou-se que os prazos prognosticados no Edital mostraram-se inadequados e insuficientes para tratar a gama de peculiaridades acerca do complexo das Usinas, cujos detalhes construtivos, níveis de desgaste e deformidade, entre outras particularidades, somente tiveram condições de ser conhecidos quando da desmontagem das máquinas, seus componentes, partes e peças, inviáveis de serem conjeturados na fase de projeto básico e visitas técnicas.

Este cenário, além de impedimentos operacionais, trouxe fortes impactos na linha de caminho crítico do planejamento global do empreendimento, dentre os quais destacamos:

• Atrasos na liberação de desligamento de unidades geradoras, decorrentes da não autorização pelo Operador Nacional do Sistema do Sistema Elétrico (ONS);

• Diversidade na solução técnica de projetos de modernização de cada UG, exigindo tratamentos peculiares e adicionais durante a fase executiva;

• Atividades imprevisíveis, conhecidas apenas durante a execução de cada etapa dos serviços, após a desmontagem das máquinas;

• Atividades de testes e ensaios que serviram como registro das condições da unidade geradora antes da modernização, o chamado descomissionamento, realizado com o intuito de avaliar práticas a serem adotadas (impossíveis de serem previstas sem essas verificações iniciais) e de se obter parâmetros de referência para avaliação dos serviços executados;

• Surgimento de serviços imprevistos no decorrer da obra, essenciais à perfeita execução do empreendimento em questão, e que geraram a necessidade de adequações e adaptações técnicas, complementações e melhorias de projeto,

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incremento de atividades e rotinas técnicas;

• Busca por alternativas e soluções técnicas, que requeriam, previamente à sua aplicação, a execução de ensaios e testes, bem como a submissão à análise e aprovação de FURNAS, cuja demanda somente foi constatada na fase executiva da obra; e,

• Adequações não contempladas no escopo original do fornecimento, cuja necessidade foi constatada posteriormente à elaboração do edital, durante as manutenções e revisões periódicas da usina.

Dessa forma, no curso da execução da obra, surgiram fatos e circunstâncias, conforme acima descrito, que obrigaram FURNAS a promover modificações no projeto e especificações, de modo a adequar a solução técnica ou tecnológica empregada aos objetivos da contratação.

Assim, aos Fornecedores foram solicitadas modificações dos métodos e da planificação dos trabalhos de forma a compatibilizá-los com as alterações do projeto e das especificações.

Tais alterações/modificações, somadas aos impedimentos de desligamentos de unidades geradoras pelo ONS, acarretaram impactos nos prazos nos fornecimentos, conforme demonstrado nos gráficos a seguir.”

Modernização UHE Furnas

Principais Etapas: Previsto x Realizado Atualização:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

16/12/2003 16/12/2004 P

01/09/2004 01/06/2005 R

17/12/2004 16/08/2005 P

02/06/2005 29/03/2007 R

17/08/2005 16/03/2006 P

30/03/2007 20/02/2008 R

17/03/2006 16/10/2006 P

21/02/2008 30/10/2009 R

17/10/2006 16/05/2007 P

31/10/2009 25/11/2010 R

17/05/2007 16/12/2007 P

26/11/2010 20/01/2012 R

17/12/2007 16/07/2008 P

02/07/2012 01/07/2013* R

17/07/2008 30/10/2008 P

02/07/2013* 01/02/2014* R

31/10/2008 13/02/2009 P

02/02/2014* 01/09/2014* R

02

01

07

08

* Datas Previstas

03

2009 2010 2011 2012

Mobili

zação

06

05

04

29/06/2013

UG Início Término2004 2005 2006 2007 2008 20152013 2014

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2. Cooperação Técnica BID Não-Reembolsável nº ATN/FI-13220-BR Avaliação sobre o andamento dos projetos e programas financiados com recursos externos – informação prestada pelo Assistente da Presidência de Furnas, CPF ***.393.377-**, por intermédio de e-mail datado 04/07/2013:

“A prestação de serviços de consultoria especializada para implantação do Projeto de Reestruturação Organizacional de FURNAS (PRO-Furnas) é objeto do contrato nº TC-8000005485, firmado em 12.09.2012 entre Furnas Centrais Elétricas S.A. e a Consultora Roland Berger Strategy Consultants Ltda (Pessoa JURÍDICA de CGC nº 46.546.479/0001-67), com prazo de execução dos serviços de 30 (trinta) semanas, e vigência de 34 (trinta e quatro) semanas, no valor total de R$ 3.987.987,46 (três milhões, novecentos e oitenta e sete mil, novecentos e oitenta e sete reais e quarenta e seis centavos) conforme quadro abaixo:

Objeto Valor

Global

Valor dos Serviços 3.616.487,46

Despesas Reembolsáveis 371.500,00

Valor do Contrato Original 3.987.987,46

A contratação foi autorizada e feita no âmbito da Cooperação Técnica Não-Reembolsável nº ATN/FI-13220-BR, de 09.08.2012, entre FURNAS e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com vigência até 08.08.2013, cuja participação financeira é de US$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares norte-americanos), conforme estabelecido em seu próprio preâmbulo e os trabalhos se desenvolvem dentro dos prazos previstos.

Não se aplica a análise de variação da Taxa Interna de Retorno do projeto por variação cambial, atrasos e alterações contratuais.

O principal impacto sobre os serviços prestados foi a edição da Medida Provisória 579 de 11.09.12, que tornou mais urgente a reestruturação organizacional de Furnas em busca de eficiência, agilidade e modernidade.”

##/Fato##

UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho

Principais Etapas: Previsto x Realizado Atualização:

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

11/05/2005 30/06/2006 P

11/05/2005 26/12/2006 R

01/07/2006 28/02/2007 P

27/12/2006 20/02/2008 R

01/03/2007 30/09/2007 P

21/02/2008 21/11/2008 R

01/10/2007 30/04/2008 P

22/11/2008 04/09/2009 R

01/05/2008 30/11/2008 P

05/09/2009 03/08/2010 R

01/12/2008 30/06/2009 P

04/08/2010 09/06/2011 R

01/07/2009 30/01/2010 P

10/06/2011 29/04/2012 R

Início Término2005 2006

04

06

29/06/2013

2013

Mobili

zação

01

02

03

05

2007 2008 2009 2010 2011 2012

UG

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4 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

4.1 MOVIMENTAÇÃO

4.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL

4.1.1.1 INFORMAÇÃO Avaliação da gestão de pessoas de Furnas quanto à adequabilidade da força de trabalho da Empresa frente às suas atribuições. Fato

FatoAvaliação da Composição do Quadro

No ano de 2012, houve um total de 161 ingressos (concursos 2002, 2005 e 2009), e 440 egressos em função do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal. O Plano consiste no desligamento voluntário de colaboradores, com a condição de repasse de conhecimentos e com benefícios financeiros à época do desligamento.

O quadro de 4.971 profissionais encontra-se abaixo do limite estabelecido na Portaria DEST n.º 05/2006, de 5.135 profissionais.

O dimensionamento da força de trabalho da UJ é objeto de estudos no âmbito do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ, o qual contempla, ainda, a renovação do efetivo, considerando o número significativo de empregados já aposentados ou em condições de aposentadoria até 2013.

Contextualização – Quadro de Pessoal

As mudanças institucionais ocorridas, a partir do início da década de 90, provocaram significativas alterações na estrutura e na visão organizacional de FURNAS, principalmente em seu quadro de empregados efetivos que, em dezembro de 1990, era de 9.435 empregados, chegando a, em dezembro de 2002, 3.446, segundo informações constantes do Programa de Readequação do Quadro de Pessoal.

A partir da inclusão de FURNAS no Plano Nacional de Desestatização – PND, do Governo Federal, a empresa foi proibida de realizar concurso público e estimulada a oferecer programas de desligamento, com o intuito de enxugar o quadro de pessoal. Somente em 15/03/2004 (Lei n.º 10.848, art. 31) FURNAS foi retirada do PND.

Nos anos de 1996 e 1997, FURNAS foi autorizada a realizar concursos públicos para atender a necessidades específicas nas áreas de operação e processamento de dados.

Em 2002 e 2005, foram realizados concursos para formação de cadastro reserva, mas somente a partir de 2004 foi iniciado o processo de admissão de um número mais significativo de novos empregados.

Para cumprir sua missão e atender aos compromissos assumidos em razão da ampliação do parque de geração e transmissão, FURNAS necessita readequar sua força de trabalho.

Dimensionamento da força de Trabalho

Desde 2010, Furnas identificou a necessidade de planejar e adequar o quadro de profissionais quanto ao dimensionamento e competências, tornando-o capaz de enfrentar novos desafios. Em 2011, implantou o PREQ, cujo objetivo é o de renovação do efetivo, através do desligamento voluntário de empregados aposentados, com repasse de conhecimentos, e admissão de novos empregados com perfil compatível com as novas exigências do setor elétrico. Tal situação decorre de mudanças do modelo de atuação e readequação do corpo de empregados à nova realidade, em função do desenho

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do novo Planejamento Estratégico de FURNAS, ainda em confecção, e dos projetos de transformação do Sistema ELETROBRAS, da implantação do sistema ERP (Enterprise Resource Planning), da submissão à SOX (lei Sarbanes-Oxley), da utilização da GED (Gestão Eletrônica de Documentação), como também à necessidade de aumento da eficiência da Empresa e redução de custos.

Em 2012, Furnas iniciou o projeto de Restruturação Organizacional ( PRO-Furnas) com o objetivo de desenhar e implementar o quadro quali-quantitativo ideal para a empresa. Também no ano de 2012, Furnas deu inicio a redução da mão de obra terceirizada através do Acordo para Desmobilização dos Terceirizados.

Programa de Renovação

Em consonância com os objetivos do PREQ, a renovação do quadro de pessoal visa a possibilitar a admissão de empregados com perfil compatível com as novas necessidades de FURNAS, com as exigências atuais do mercado de energia, bem como atender às diretrizes do novo modelo de atuação do setor.

Respeitado o limite autorizado pelo DEST, FURNAS pretende realizar concursos públicos para preenchimento de vagas disponíveis no seu Quadro de Pessoal e para formação de Cadastro de Reserva, como forma de dispor de fonte de mão-de-obra para suprir os postos de trabalho que virão a vagar em decorrência não só da adesão de empregados ao PREQ como, ainda, da substituição de terceirizados estabelecida no Termo de Conciliação Judicial celebrado entre FURNAS e o Ministério Público do Trabalho.

Segundo informações constantes do PREQ, um estudo da Diretoria de Gestão Corporativa - DG, com aval da Diretoria Colegiada, deverá definir o quadro ideal de empregados de FURNAS, estimado, preliminarmente, em 4.500 profissionais. Segundo informações contidas no Plano, o desenvolvimento desse estudo aguarda a finalização dos projetos do sistema integrado de gestão - ERP, Planejamento Estratégico de FURNAS, transformação do sistema ELETROBRAS, SOX e GED, e que, somente após a análise dos impactos da implantação desses projetos, bem como da saída dos empregados desligados através do PREQ, será possível definir um quadro que atenda às necessidades da Empresa, bem como identificar demandas para novos concursos.

Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ

Os principais objetivos estabelecidos no PREQ são:

- renovação do efetivo, através do desligamento voluntário de empregados aposentados, com repasse de conhecimentos, e admissão de novos empregados com perfil compatível com as novas exigências do setor elétrico, em função de mudanças do modelo de atuação;

- readequação do corpo de empregados à nova realidade, em função da implantação do Planejamento Estratégico de FURNAS e dos projetos de transformação do Sistema ELETROBRÁS, ERP (Enterprise Resource Planning), SOX (lei Sarbanes-Oxley), GED (Gestão Eletrônica de Documentação), como também à necessidade de eficientização da Empresa e redução de custos;

- desenvolver ações visando à implantação de ambiente, política e práticas de Gestão do Conhecimento em FURNAS para que, no futuro, dificuldades ora verificadas sejam evitadas.

O PREQ compõe-se dos seguintes programas:

- Programa de Bônus para o Desligamento Voluntário – PBDV

Visa possibilitar a renovação do quadro de pessoal, através do desligamento voluntário de empregados aposentados.

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- Programa de Repasse de Conhecimentos – PRC

Visa possibilitar a retenção e disseminação dos conhecimentos para garantia da continuidade dos serviços com qualidade e confiabilidade.

- Programa de Preparação para a Aposentadoria – PPA

Visa estimular a reflexão dos aposentados e aposentáveis sobre a importância de um projeto de vida e contribuir para o bem-estar do empregado em processo de desligamento.

- Programa de Renovação e Desenvolvimento do Quadro de Pessoal

Visa permitir a renovação do quadro adequando-o a uma nova realidade, com admissão e desenvolvimento de empregados para atender às necessidades atuais de FURNAS e às exigências do mercado de energia.

O PREQ, implantado em julho de 2011, é uma das principais iniciativas voltadas para a redução do quadro de empregados e dos custos de pessoal.

Aderiram ao PREQ 1.759 empregados e, desse total, 633 foram desligados de outubro de 2011 até 31 de dezembro de 2012. O período de desligamento vai até agosto de 2013.

O valor investido com os desligamentos realizados foi de R$ 172.298,9 milhões e a economia acumulada com gastos de pessoal no período de outubro de 2011 a dezembro de 2012 foi da ordem de R$ 139.109,8 milhões. A estimativa de redução do custo será de cerca de R$ 200 milhões a partir de setembro de 2013.

De acordo com informações repassadas, por e-mail, em 14/06/2013, pela Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, CPF ***.334.747-**, os impactos dos desligamentos por meio do PREQ já podem ser percebidos na relação do custo da folha de pagamento com a receita operacional líquida, evidenciando o alcance do aumento de eficiência pretendida com as iniciativas de readequação do quadro de pessoal. Por intermédio do mesmo documento acrescenta:

“Nos gráficos abaixo estão demonstradas a evolução do número de empregados efetivos e dos custos da folha de pagamento, a partir da implantação do PREQ, considerando as admissões e demissões do período e o custo das parcelas fixas da remuneração, sem encargos.

Evolução de números de empregados

O impacto financeiro, considerando o investimento e a economia gerada com o PREQ pode ser aferida na tabela a seguir:

4.300

4.400

4.500

4.600

4.700

4.800

4.900

5.000

5.100

Ef etivo 5.049 4.896 4.901 4.860 4.776 4.731 4.770 4.796 4.753 4.723 4.702 4.692 4.676 4.656 4.648 4.567

set/ 11 out/ 11 nov/ 11 dez/ 11 jan/ 12 f ev/ 12 mar / 12 abr / 12 mai / 12 jun/ 12 jul / 12 ago/ 12 set/ 12 out/ 12 nov/ 12 dez/ 12

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Obs.:

- O somatório das economias mensais representa a redução mensal na folha de pagamento subsequente, considerando todos os desligamentos já realizados.

- Para cálculo da economia mensal, foi considerada a última remuneração de cada empregado desligado acrescida de percentual de encargos.

- O somatório das economias acumuladas representa a economia total do período.A estimativa de redução do custo com efetivo é de cerca de R$ 200 milhões a partir de setembro de 2013.

Situação do PREQ em dezembro de 2012:

Adesões Desligamentos Desistências Adesões Ativas

1.759 633 340 786

Este cenário de iminência saída de empregados enfatizou a urgência do tratamento do conhecimento em FURNAS de uma forma estruturada e condizente com as melhores práticas observadas no mercado.”

Nos tópicos a seguir tratamos da Política de Gestão do Conhecimento adotada por Furnas.

Acordo para Desmobilização dos Terceirizados

Em 2011, Furnas negociou, junto ao Ministério Público do Trabalho e a Federação Nacional dos Urbanitários, um novo acordo sobre desmobilização da mão-de-obra terceirizada, firmado em 16/02/2012, sob a égide do Supremo Tribunal Federal e homologado pela Advocacia Geral da União e Tribunal de Contas da União. No Acordo, o cronograma de desligamentos repetirá os valores estabelecidos no quadro geral de substituição paulatina da mão-de-obra terceirizada, integrante da Cláusula Terceira.

O desligamento paulatino compreenderá, aproximadamente, 1.305 terceirizados no período de 2014 a 2018. Com base no Acordo firmado, Furnas ofereceu a Proposta de Acordo Individual na qual, mediante adesão, os profissionais farão jus ao recebimento de 72% do montante referente ao Adicional por Tempo de Serviço, Participação nos

Mês DesligamentoQuantidadeInvestimento

R$Economia Mensal

R$Economia Acumulada

R$

Out/2011 154 39.707.127,35 4.332.604,20

Nov/2011 10 3.237.960,53 303.185,95 4.332.604,20

Dez/2011 29 8.652.996,57 782.473,20 4.635.790,15

Jan/2012 84 21.023.143,22 1.903.406,89 5.418.263,35

Fev/2012 46 12.830.909,58 1.171.649,60 7.321.670,24

Mar/2012 46 11.396.073,09 1.064.719,87 8.493.319,84

Abr/2012 0 0,00 0,00 9.558.039,71

Mai/2012 44 14.004.048,14 1.255.433,75 9.558.039,71

Jun/2012 29 8.009.091,99 717.165,73 10.813.473,46

Jul/2012 27 7.806.696,41 746.304,24 11.530.639,19

Ago/2012 22 6.857.394,01 735.530,06 12.276.943,43

Set/2012 17 4.922.657,64 470.235,33 13.012.473,49

Out/2012 28 7.414.316,58 681.618,85 13.482.708,82

Nov/2012 15 3.915.933,58 347.180,66 14.164.327,67

Dez/2012 82 22.520.506,60 2.078.505,84 14.511.508,33

Total 633 172.298.855,29 16.590.014,17 139.109.801,59

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Lucros, Gratificação de Férias e abonos correspondentes ao período de março de 2007 a fevereiro de 2012, apurados nos mesmos moldes utilizados por Furnas para pagamento desses benefícios aos seus empregados. De acordo com as informações repassadas pela Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, CPF ***.334.747-**,, tal medida visa a contribuir para a diminuição de passivo trabalhista já existente e futuro.

De acordo com informações repassadas por e-mail, em 24/05/2013, pela Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, CPF ***.334.747-**, a partir de 2013, os ajustes na força de trabalho de Furnas serão significativamente impactados pelos efeitos do Acordo para Desmobilização dos Terceirizados anteriormente mencionado, nos autos do Mandado de Segurança 27.066, que resultarão em expressiva redução no quantitativo de pessoal.

O Acordo prevê o desligamento paulatino dos terceirizados, no período entre 2014 e 2018, e a convocação de concursados, conforme cronograma a seguir:

Quadro: Cronograma de desligamentos de terceiros

Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 TOTAL

Desligamentos 0 130 196 196 391 392 1.305

Convocações 110 110 110 110 110 0 550 Fonte: E-mail, de 24/05/2013.

Consta, ainda, no acordo, o ingresso, no quadro próprio de Furnas, de aproximadamente 233 terceirizados com início de lotação anterior a 21/12/1993, com base nos termos do Enunciado 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

De acordo com as informações repassadas pela Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, com o desligamento paulatino dos terceirizados a partir de 2013, quando deverão deixar a Empresa aproximadamente 195 profissionais, com custo mensal de R$ 2.337,0 mil, a tendência é que se verifique uma inversão na curva dos custos a partir de 2014, até a extinção dessa despesa em 2018. A economia anual estimada, a partir de 2019, é de, aproximadamente, R$ 246.000,0 mil em valores atuais.

De acordo com informações repassadas, por e-mail, em 14/06/2013, pela Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, CPF ***.334.747-**, considerando apenas essas medidas já adotadas por FURNAS, estima-se uma redução na força de trabalho de aproximadamente 35%.

Por intermédio do Acórdão n.º 576/2012 – Plenário, o Tribunal de Contas da União determinou à FURNAS que informasse “nos relatórios de gestão de suas contas anuais, em seção específica, já a partir do exercício de 2012 até 2018, sobre as medidas adotadas visando ao cumprimento dos acordos judiciais pactuados no âmbito do MS STF 27.066, em especial, quanto ao cronograma de substituição de terceirizados”.

Não detectamos, no Relatório de Gestão, seção específica com as informações solicitadas, as quais apresentamos no presente relatório. Por meio da Carta DP.E.266.2012, encaminhada pelo Presidente de Furnas, CPF ***.681.116-**, foi informado:

“Informamos que, em cumprimento ao Acordo estabelecido em 16.02.2012, entre Furnas, Ministério Público do Trabalho e a Federação Nacional dos Urbanitários, a Empresa cumprirá e respeitará, tempestivamente, o cronograma estipulado(...)

No que tange ao preenchimento de vagas existentes, serão convocados 550 concursados do cadastro constante do concurso público 01/2009, na proporção de 110 candidatos por ano, a partir de 2013 até 2017.

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Os concursados convocados a partir da data da assinatura dos Acordos 16/02/2012 serão contabilizados para o quantitativo estabelecido no item 3.

Tais informações foram prestadas à Eletrobrás por intermédio da carta DP.E.261.2012, em atendimento a CTA-PR-3725/2012 que, por sua vez encaminhou ofício n.º 249/2012-GM-MME...”

Convocação de candidatos aprovados no concurso público

Em 2012, foram desligados 26 terceirizados e foram convocados 238 concursados.

No que tange ao preenchimento das vagas, a Empresa, após a definição do Quadro de Referência de Furnas e aprovação pelo Conselho de Administração, convocará 550 concursados do cadastro constante do concurso público 01/2009, na proporção de 110 candidatos por ano, a partir de 2013 até 2017, conforme informações repassadas pela RH.G.

Foi assinado, em 12/09/2012, contrato com a consultoria Roland Berger Strategy Consultants (contrato padrão TC 8000005485), financiado, parcialmente, por intermédio da "Cooperação Técnica Não-Reembolsável" ATN/FI-13220-BR, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para a elaboração do desenho do quadro qualiquantitativo para todos os órgãos da empresa, apontando o perfil profissional e a quantidade necessária de empregados para cada função.

Quanto ao produto "quadro qualiquantitativo", o Assistente da Presidência, CPF ***.393.377-**, por intermédio de e-mail enviado em 11/06/2013, informou que foi desenvolvido na etapa 3, subitem 3.5, do projeto, tendo sido revisado na etapa 3A, entregue pela consultoria em 10/05/2013 e, então, submetido à análise da diretoria executiva de Furnas.

O produto "quadro qualiquantitativo" traz o "quantitativo" (número de colaboradores) em cada unidade da atual estrutura organizacional e o "qualitativo" de pessoal necessário em cada unidade, ou seja, a qualificação em cada função, descrita em termos de cargos, formações acadêmicas e níveis de complexidade de cada função, para a estrutura atual e para a estrutura otimizada, proposta no trabalho fruto da otimização de macroprocessos empresariais.

Política de Gestão do Conhecimento

O desenvolvimento da Gestão do Conhecimento - GC em FURNAS faz parte de uma estratégia que estabelece como a Empresa deseja nutrir o seu conhecimento, os processos, práticas e ferramentas que deseja utilizar e o momento em que cada um deles será implementado.

Sendo assim, FURNAS inseriu a GC em seu Planejamento Estratégico, visando ajudar os empregados nos desafios que surgem na realização de seus processos de negócio. Para que a institucionalização da GC ocorresse de forma estruturada, a Empresa desenvolveu um modelo de Aprendizado Organizacional que integra a gestão do conhecimento e a educação corporativa.

Para implantar a GC, FURNAS optou por realizar uma Pesquisa de Maturidade, de modo a garantir um diagnóstico que contemplasse a percepção de gerentes e empregados sobre a situação da GC na Empresa.

Projeto de Mapeamento de Conhecimentos

Este Projeto, que integra o Plano Diretor de Gestão de Conhecimento – PDGC, tem como objetivo fomentar e gerenciar ações referentes à Gestão do Conhecimento - GC. Ele permite identificar os conhecimentos críticos e estratégicos, diagnosticar gaps e elaborar planos de retenção e transferência. Conta também com um sistema para armazenamento e gestão das informações obtidas.

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O PDGC, aprovado em 2011 pela Diretoria de Administração - DA, define quatro diretrizes estratégicas que guiam a Empresa nesse processo de elevação do seu nível de maturidade em Gestão do Conhecimento, visando implementar a GC conforme o Planejamento Estratégico de FURNAS.

- Institucionalizar a Gestão do Conhecimento, promovendo uma cultura de compartilhamento e valorização do aprendizado informal e colaborativo;

- Potencializar a integração de Gestão do Conhecimento aos processos de negócio;

- Explicitar e disponibilizar os conhecimentos através de ambientes que propiciem a aceleração da aprendizagem e a inovação;

- Constituir e dinamizar as redes de relacionamento interna e externa por meio da colaboração e cocriação.

Sistema de Mapeamento de Conhecimentos

Como uma das ações do Projeto de Mapeamento de Conhecimentos, destacamos o Sistema de Mapeamento de Conhecimentos, que tem como finalidade facilitar o planejamento e o acompanhamento das ações de aquisição, criação, retenção e disseminação dos conhecimentos existentes em FURNAS. A Empresa está mapeando os conhecimentos ligados aos seus processos estratégicos para, a partir daí, desenvolver programas de retenção do conhecimento, transferência de conhecimentos e as ações correspondentes.

Programa de Repasse de Conhecimentos – PRC

O Programa de Repasse de Conhecimentos – PRC visa propiciar a retenção e transferência de conhecimentos dos profissionais que se desligarão de FURNAS no período de dois anos, garantindo alinhamento com a Educação Corporativa.

O PRC foi criado devido à iminência da saída de empregados aposentados e enfatiza a urgência do tratamento do conhecimento em FURNAS de forma estruturada e condizente com as melhores práticas observadas no mercado.

O Programa tem o objetivo de possibilitar a retenção e a transferência dos conhecimentos de empregados com possibilidade de desligamento a curto e médio prazos, como garantia da permanência desses conhecimentos na Empresa e a preparação de substitutos – quando for o caso - sem perda de continuidade e confiabilidade. O PRC tem, também, como objetivo garantir o repasse de conhecimentos dos empregados que participam do recrutamento interno e passam a exercer suas atividades em outra área. O Número de PRC’s realizados até Maio de 2013 é de 428. ##/Fato##

4.1.2 PROVIMENTOS

4.1.2.1 INFORMAÇÃO Cadastramento de pessoal no SISAC em desacordo com o artigo 7º da IN 55/2007. Fato

Em análise aos processos referentes aos atos de pessoal para fins de registro no SISAC, foram analisados 139 atos de admissão ocorridos em 2012.

Nesse sentido, informamos que o gestor não observou o prazo disposto no arts. 7° da IN/TCU n.°55/2007 para cadastramento dos atos de pessoal.

Constatamos que, dos 139 atos de admissão analisados, referentes ao exercício de 2012, apenas nove atos foram devidamente cadastrados no SISAC, respeitando o prazo de 60 dias consignado na IN/TCU n.º 55/2007.

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O assunto foi considerado falha de natureza formal, sem impacto à gestão, tratada mediante a Nota de Auditoria n.º 201307767/01. ##/Fato##

4.2 REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

4.2.1 CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS

4.2.1.1 INFORMAÇÃO Avaliação da gestão de pessoas de Furnas quanto à observância da legislação sobre remuneração, cessão e requisição de pessoal. Fato

Folha de Pagamento

Trata-se de uma síntese dos trabalhos da Auditoria Interna de Furnas, cujo escopo se relaciona à Análise de Gastos com Folha de Pessoal. Destacamos quatro trabalhos confeccionados pela Auditoria Interna, cujo resultado apresentamos a seguir:

Relatório 20/2012

Escopo

Verificação dos valores pagos aos Administradores e Conselheiros de FURNAS. A Assembléia Geral Ordinária - AGO, realizada em 15/06/2011, aprovou o valor global de R$ 5.160,0 mil para o período compreendido entre abril de 2011 e março de 2012.

Resultado

A remuneração global estabelecida para os Administradores e Conselheiros, no período de análise, respeitou o limite fixado pela Assembléia Geral Ordinária, realizada em 15/06/2011.

Contudo, foi constatado que não houve definição quanto aos custos com incidências sociais (INSS e FGTS). Para os Diretores matrículas 48012 e 1003, funcionários da Eletronuclear e Eletronorte, respectivamente, o Departamento de Suporte à Administração de Pessoal - DAP.G considerou o honorário mensal fixado para a Diretoria, e não os valores efetivamente reembolsados às mencionadas empresas de origem, valores esses superiores aos apresentados à Auditoria Interna. De igual modo, não foram consideradas, na planilha citada, as despesas com auxílio moradia do Diretor matrícula n.º 1002.

Em função das falhas formais detectadas, foi solicitado, pela Auditoria Interna, que a planilha apresentada na correspondência DG.I.019.2012 fosse refeita, com os ajustes necessários, de forma que as informações ali contidas refletissem, efetivamente, os valores pagos aos Administradores e Conselheiros de FURNAS.

Foi recomendado que fossem criados mecanismos de controles objetivando evitar as ocorrências mencionadas.

Através da correspondência DAP.G.I.217.2012, de 22/03/2012, a área auditada informou os ajustes efetuados. Em 2013, foi realizada nova auditoria (RAU 011.2013) onde foi verificado que o apontamento anterior não teve nova ocorrência.

Relatório 23/2012

Escopo

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Verificação da aplicação dos índices de reajuste dos saldos das contas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS estipulados pela Caixa Econômica Federal - CEF para os valores sacados das contas individuais de cada empregado que aderiu ao PBDV – Programa de Bônus para Desligamento Voluntário, com a finalidade de calcular os 40% referentes ao processo indenizatório de desligamento do quadro de empregados da Empresa.

Foi realizado confronto dos índices utilizados para cálculo pelo DAP.G e aqueles divulgados pela CEF para os empregados desligados no período de 29/07/2011 a 31/03/2012 e que tiveram saques em suas contas de FGTS.

Resultado

Foi identificada inconsistência entre os índices utilizados pelo DAP.G para cálculo do reajuste do saldo de FGTS e aqueles divulgados pela CEF. Esta inconsistência resultou atualizações de saldo e consequentes recolhimentos de Contribuição Social a menor.

Foi constatada a inserção manual dos respectivos índices para cálculo do reajuste do saldo de FGTS no sistema SisFGTS – Sistema de Controle de Saques do FGTS acarretando a inclusão de dados incorretos no sistema.

A seguir, apresentamos as recomendações da Auditoria Interna, acompanhadas das providências que serão adotadas para cada subitem e os respectivos prazos de conclusão com o objetivo de sanar os problemas identificados.

- Efetuar o levantamento de todos os processos de atualização de FGTS buscando identificar a existência de valores calculados incorretamente, e, conforme o caso, realizar os ajustes;

Status: Em andamento. Os índices já foram atualizados no sistema SisFGTS e foi iniciado o trabalho de identificação dos valores calculados incorretamente.

Prazo de conclusão: 28/09/2012

- Efetuar os ajustes dos valores atualizados e os consequentes recolhimentos de Contribuição Social, caso sejam identificados cálculos incorretos, e, conforme o caso, realizar os ajustes;

Status: Não iniciado.

Prazo de conclusão: 19/10/2012

- Encaminhar à Auditoria Interna os resultados do levantamento e consequentes valores a serem regularizados para acompanhamento;

Status: Não iniciado.

Prazo de conclusão: 11/10/2012

- Adotar procedimentos de importação automática dos índices por meio download diretamente do site da Caixa Econômica Federal; e adotar procedimentos de revisão dos dados inseridos nos sistema por pessoa independente daquela responsável pelo cadastramento. Status: Em andamento. Não localizamos no site da Caixa Econômica Federal local para baixa do arquivo contendo os índices de correção. Dessa forma, adotaremos a partir do próximo mês o procedimento de uma pessoa inserir manualmente no sistema o índice de correção e outra pessoa conferir, ambas apondo assinatura após execução.

Prazo de conclusão: 11/10/2012

Em relação às inconsistências detectadas, nos trabalhos da Auditoria Interna, entre os índices utilizados pelo DAP.G para cálculo do reajuste do saldo de FGTS e aqueles divulgados pela CEF resultzando em atualizações de saldo e consequentes recolhimentos de Contribuição Social a menor, o Gerente de Suporte à Gestão de

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Pessoas, CPF ***.623.887-**, por intermédio da Correspondência Interna GAP.A.I.389.2013, de 24/06/2013, informou que:

“os índices apontados pela Auditoria Interna foram corrigidos no sistema utilizado por esta GAP.A para atualização dos saldos rescisórios do FGTS, de acordo com a tabela de índices de JAM fornecida pela Caixa Econômica Federal - CEF, tão logo recebemos o Relatório de Auditoria 023.2012. Entretanto, considerando que a média dos valores a serem corrigidos estão na ordem de R$ 40,00 por empregado em relação à multa de 40% sobre o saldo FGTS e de R$ 10,00 por empregado a título de contribuição social. Associado ao fato de que estamos desde outubro de 2011 trabalhando no desligamento mensal de um número considerável de empregados, em função do Plano de Readequação de Quadro de Empregados, ainda não efetuamos as correções devidas. Dessa forma, nossa prioridade tem sido a de realizar os cálculos das verbas rescisórias dos desligamentos de cada mês, nos impossibilitando de efetuar os ajustes necessários daqueles que já se desligaram durante a vigência PREQ que se encerrará em 31/08/2013, onde daremos início às devidas correções.”

Relatório 61/2012

Escopo

Análise das quantidades de horas extras realizadas nos meses de dezembro de 2011 a abril de 2012 para verificar o estrito cumprimento do disposto nos artigos 59, 61 e 66 do Decreto-Lei n.º 5.452 – Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Resultado

Foi constatada, pela Auditoria Interna de Furnas, a realização de significativas quantidades de horas extras por funcionários lotados na Usina de Serra da Mesa – USSM.O.

As justificativas para a realização das horas extras foram apresentadas pela Subestação por meio da Correspondência Interna USSM.O.I.043.2012, de 13.08.2012.

Foram efetuadas as seguintes recomendações:

- Atender às recomendações emitidas pela Controladoria-Geral da União – CGU através do seu Relatório de Auditoria nº. 224591, implementando os mecanismos de gerenciamento e controle, necessários à restrição das horas extras realizadas no âmbito de Furnas, com vistas a atender o disposto do art. 66º do Decreto-Lei CLT. A excepcionalidade prevista no art. 61 do Decreto Lei n.º 5.452 – CLT, somente deve ser praticada quando, tal como previsto no texto legal, houver necessidade imperiosa, que deverá ser formalmente caracterizada e documentada.

- Atender às determinações contidas na Circular-Geral n.º 025.09, de 08/05/2009, observando maior rigor no gerenciamento e controle das horas-extras, especialmente quanto ao limite legal de duas horas e do descanso mínimo de 11 horas consecutivas entre jornadas sucessivas no âmbito de FURNAS no cumprimento do disposto no Decreto Lei n.º 5.452 – CLT; que as excepcionalidades, de acordo com o art. 61 do Decreto Lei n.º 5.452 – CLT, só devem ser autorizadas em situações de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto e, nestes casos, estar formalmente caracterizadas e documentadas; e, sempre que possível, devem as gerências optar pelo rodízio de turmas de empregados, de forma que nenhum deles pratique, por um longo período, horas-extras além das duas horas diárias.

Apresentamos, a seguir, um quadro com a evolução do quantitativo de horas extras realizadas no período de 2010 a 2012, bem como o dispêndio no período.

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Quadro: Evolução de horas-extras. Ano 2010 2011 2012 Total

Quantitativo Horas Extras

832.469,87 1.439.604,48 1.761.449,04 4.033.523,39

Dispêndio R$ 33.046.404,83 R$ 42.151.075,30 R$ 51.216.834,21 R$ 126.414.314,34 Fonte: Gerência de Suporte à Gestão de Pessoas - GAP.A / Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas – RH.A

Tendo em vista as recomendações da CGU, foi emitida a Circular Geral 005.2012, no âmbito de FURNAS, que reitera restrições a horas-extras e observação de intervalo mínimo entre jornada, e comunica a determinação da Diretoria Executiva para que se tenha maior rigor no gerenciamento e controle de horas extras. O referido documento encontra-se publicado em ambiente eletrônico para ampla divulgação na empresa.

Além da emissão da Circular Geral 005.2012, o Gerente de Suporte à Gestão de Pessoas, CPF ***.623.887-**, por intermédio da Correspondência Interna GAP.A.I.389.2013, de 24/06/2013, informou qual medida operacional efetiva com vistas a redução da realização de horas extras, na qual transcrevemos a seguir:

“informamos que seguindo as orientações contidas na Circular Geral 005.2012 que orienta sobre o maior rigor no gerenciamento e controle das horas extras, esta GAP.A solicitou a superintendência ST.A o desenvolvimento de um email que será emitido mensalmente, informando aos gerentes os empregados de sua área com horas extras superiores a 40 horas mensais.

Este relatório tem o objetivo de permitir uma melhor gestão da força de trabalho das unidades organizacionais da Empresa.”

Relatório 63/2012

Escopo

Avaliar a aplicação das determinações contidas na Circular Geral n.º 021.2011, de 22/12/2011 que trata da implantação do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal.

Exames dos bônus pagos aos empregados que aderiram ao PREQ cujos desligamentos ocorreram no período de 29/07/2011 a 31/03/2012, compreendendo 368 empregados, no tocante à:

a. cálculo do bônus pago; b. existência de dívida não quitada na rescisão de contrato; c. empregados que exerceram a função de diretor nos últimos 24 anos e se

aposentaram; d. limite do valor do bônus pago; e. limite do valor total pago: Somatório do Bônus PBDV + Verbas Rescisórias

+ Verbas Indenizatórias; f. confronto da relação de aposentados fornecida pelo DAP.G com o

pagamento efetuado no Sistema ERP/SAP 6.0 - Sistema Integrado de Gestão Empresarial; e,

g. cálculo das férias (integrais e proporcionais).

Resultados

Foi constatada dívida financeira para com FURNAS, no montante de R$ 73,1 mil, não liquidadas quando da rescisão contratual, devida por oito ex-empregados.

O DAP.G informou que as dívidas foram lançada no Sistema de Contas a Receber, da Divisão de Contas a Receber – DCRF.F.

Foi constatado pagamento de homologação de rescisão trabalhista fora da folha de pagamento, sendo que a respectiva contabilização foi realizada cinco meses após o ato, na folha de agosto de 2012.

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Foram efetuadas as seguintes recomendações:

- Acompanhar a liquidação das cobranças feitas pela Divisão de Contas a Receber – DCRF.F e, para aquelas não liquidadas, solicitar à Consultoria Jurídica – CJ.P a imediata cobrança judicial.

- Efetuar tempestivamente o cadastro dos valores decorrentes de dívidas de empregados que porventura estejam em processo de desligamento visando à liquidação dos valores quando do pagamento da rescisão contratual.

- Efetuar todo e qualquer pagamento de rescisão contratual dentro da folha de pagamentos, visando à imediata contabilização dos valores.

O Gerente de Suporte à Gestão de Pessoas, CPF ***.623.887-**, por intermédio da Correspondência Interna GAP.A.I.389.2013, de 24/06/2013, informou qual medida adotada visando a implementação das recomendações contidas no relatório de Auditoria Interna n.º63/2012, vejamos:

“informamos que da relação de matrículas contida no Relatório de Auditoria Interna 063.2012, apenas as matrículas 14893 e 20438 continuam com saldo devedor registrado, conforme relatório fornecido pela GTE.F, Aposentados e Pensionistas Inadimplentes no Contas a Receber. Adotaremos o procedimento de consultar a Divisão de Operações de Tesouraria - DDOT.F, a fim de verificar a existência de dívidas com Furnas, sempre que houve qualquer necessidade de pagamento para ex-empregados.

Com esta ação entendemos que cobrimos todos os procedimentos para quitação de dívidas, que estão sob nossa competência.”

Regularidade dos atos de cessão

Segundo informações repassadas pela Gerência de Suporte à Gestão de Pessoas - GAP.A / Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas – RH.A, foram cedidos, sem ônus para FURNAS, 38 funcionários para outras entidades. Cabe destacar que a maioria destas cessões, 22 delas, foi para a Eletrobras holding. Quanto aos funcionários cedidos por outras entidades à Furnas, estes totalizam 18 empregados.

FURNAS conta em seus quadros, ainda, com 15 funcionários anistiados, sendo que 13 deles foram cedidos a outras entidades.

Solicitamos a situação mensal dos ressarcimentos/pagamentos recebidos/efetivados em 2012, indicando o saldo dos valores porventura em atraso por mais de 90 dias, por órgão/entidade, em 31/12/2012. Assim como a demonstração das providências adotadas em relação aos cessionários inadimplentes. A Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoal, CPF ***.334.747-**, por e-mail em 24/05/2013, encaminhou informações obtidas junto a Divisão de Operações de Tesouraria - DDOT.F/Gerência de Tesouraria - GTE.F, em síntese, o que segue:

- Eletrobrás Termonuclear S/A – Eletronuclear – Pendente pagamento de R$ 198,81, glosa em análise pelo RH.

- CAEFE – Caixa de Assistência dos Empregados de Furnas – Pendente pagamento no valor de R$ 1.843,2 mil. A pendência refere-se à cobrança de valores das remunerações de dois Diretores, determinada por decisão liminar do TCU (Acórdão nº 2053/2010). A cobrança foi questionada pela CAEFE junto ao Supremo Tribunal Federal – STF e comunicada à Furnas na correspondência externa DP.E.348.2010, de 30/11/2010.

- Ministério da Educação – Colégio Pedro II – Pendente o pagamento de R$ 34,6 mil. O funcionário retornou à FURNAS em virtude da inadimplência e o assunto está sendo conduzido pelo RH.A como órgão sucessor da APC.G. Em 29/01/2013, o Ministério foi registrado no CADIN, como inadimplente do setor Público.

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- Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região – Pendente o pagamento de R$ 131,5 mil. O funcionário retornou à FURNAS em virtude da inadimplência e o assunto está sendo conduzido, pelo RH.A. A pendência refere-se aos valores glosados pelo Tribunal, referente às rubricas Reembolso Médico-Hospitalar, Indenização – Acordo Coletivo de Trabalho e PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O reembolso de tais rubricas, segundo o TRT-1ª Região, contraria o disposto em legislações que norteiam a matéria.

- Departamento de Polícia Federal – Pendente o pagamento de R$ 377,0 mil, referente a valores correspondentes às remunerações e encargos sociais de quatro empregados, integrantes de processos de Revisão das Anistias, em cumprimento ao disposto no art. 5º do Decreto n.º 6.077, de 10/04/2007. Segundo o órgão cessionário, existem dificuldades de natureza administrativa para quitação dos débitos pendentes. Segundo a Divisão de Operações de Tesouraria - DDOT.F/Gerência de Tesouraria - GTE.F, FURNAS tem mantido contato com o órgão cessionário a fim de equacionar a pendência.

- Ministério Público do Trabalho - MPT - Procuradoria Regional do Trabalho. Pendente o pagamento de R$ 57,6 mil, referente às cobranças das remunerações e encargos sociais de empregado, integrante do processo de Revisão das Anistias, em cumprimento ao disposto no art. 5º do Decreto n.º 6.077, de 10/04/2007, relativo ao exercício de 2010. Conforme OFÍCIO OF/ DRH Nº 947/2011, datado de 01/06/2011, expedido pelo MPT, os valores relativos ao exercício de 2010 não foram repassados por não constarem da previsão orçamentária para o referido exercício.

Segundo a Divisão de Operações de Tesouraria - DDOT.F/Gerência de Tesouraria - GTE.F, FURNAS tem mantido contato com o órgão cessionário a fim de equacionar a pendência. Em 20/09/2011, foi emitida a CE DRF.F.E.502.2011 e, em 04/08/2012 o Ministério foi registrado no CADIN, como inadimplente do setor Público.

Com base nas informações prestadas por FURNAS, constatamos que a Empresa efetua acompanhamento dos débitos junto aos órgãos/entidades cessionárias inadimplentes e vem adotando as medidas necessárias à obtenção dos valores. ##/Fato##

4.2.1.2 INFORMAÇÃO Análise dos Controles Internos Administrativos relacionados à Gestão de Recursos Humanos. Fato Apresentamos, a seguir, a conclusão a respeito dos aspectos do sistema de controle interno de FURNAS, relacionados à Gestão de Recursos Humanos, considerando as informações, entrevistas e documentos apresentados. Foram objeto desta avaliação os quesitos inerentes ao ambiente de controle, à informação e comunicação e ao monitoramento.

Ambiente de Controle

A Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas é responsável pela Gestão da Política de Recursos Humanos no âmbito de FURNAS, e tem como competência planejar, coordenar, controlar e propor planos e metas para as atividades de gestão de pessoas, abrangendo: seleção e avaliação; carreiras e remuneração; administração de pessoas; educação corporativa; segurança do trabalho e higiene industrial; bem-estar e saúde.

A Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas está estruturada em quatro departamentos: Departamento de Educação Corporativa (DUC.G);

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Departamento de Suporte à Gestão de Pessoas (DAP.G); Departamento de Gestão de Carreiras, Remuneração e Documentação (DCR.G); Departamento de Prestação de Serviços de Recursos Humanos (DPH.G).

Observamos, em nossas análises, a existência de diversos instrumentos normativos que norteiam os procedimentos das atividades referentes à Gestão de Recursos Humanos.

No Manual de Pessoal, disponível na intranet, constam normativos, formulários e orientações relativos aos mais diversos atos e fatos relacionados à Gestão de Recursos Humanos, divididos nos seguintes tópicos: Duração do Trabalho, Apuração de Frequência nas Áreas Regionais e no Escritório Central, Alterações Funcionais, Afastamentos, Férias, Dependente de Empregado, Viagens, Disciplina, Cessão de Empregados, Bolsa de Transferência, Adicional por Tempo de Serviço, Adicional de Periculosidade, Função Acessória, Auxílio e Adicionais de Transferência, Vale-Transporte, Salário-substituição, Auxílio-Creche, etc..

Especificamente quanto aos atos de admissão, de cessão e requisição, verificamos a existência de diversos formulários, documentos e orientações.

Tais instruções, orientações, manuais e formulários servem para nortear as rotinas de Recursos Humanos visando a assegurar o cumprimento das condicionantes legais vigentes, de forma a preservar a lisura dos atos praticados na Gestão de RH, além de facilitar e agilizar a prática destes atos.

Com base nas informações prestadas e obtidas nos sistemas corporativos, concluímos, portanto, suficiente o quesito “Ambiente de Controle” no âmbito da Gestão de Pessoas.

Avaliação de Risco

Solicitamos a Furnas informações a respeitos dos instrumentos utilizados para a identificação de riscos e pontos críticos e de medidas de prevenção, aplicados na Gestão de Recursos Humanos, quanto ao não atingimento de metas estabelecidas.

Segundo informações encaminhadas pela Gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas, CPF ***.334.747-**, no momento, a área de gestão de pessoas da empresa não tem metas estabelecidas relacionadas a riscos. Esta lacuna está sendo trabalhada por intermédio do projeto de implementação do novo modelo de gestão de pessoas, sendo o prazo para criação das metas até 2013 e monitoramento destas a partir de 2014.

Com base nas informações prestadas e obtidas nos sistemas corporativos, concluímos, portanto, insuficiente o quesito “Avaliação de Risco” no âmbito da Gestão de Pessoas. A deficiência, no entanto, já foi diagnosticada pela própria Empresa que está adotando as medidas necessárias ao seu saneamento.

Procedimento de Controle

Segundo a Superintendência de Gestão de Pessoas, não foram adotadas medidas corretivas no caso de desvios no cumprimento das metas estabelecidas pela UJ, uma vez que, de acordo com o já informado anteriormente, a área de gestão de pessoas da empresa não tem metas estabelecidas.

Com relação ao procedimento de priorização de atividades, a Superintendência de Gestão de Pessoas orienta os gestores das áreas subordinadas na execução processos e dos projetos prioritários definidos pela Diretoria de Gestão, a partir das estratégias do planejamento.

Especificamente no Departamento de Suporte à Gestão de Pessoas – DAP.G, área responsável pelos processos de cadastro, folha de pagamento e obrigações legais, para a priorização, tem sido utilizada a ferramenta GUT – Gravidade, Urgência e Tendência.

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A Superintendência de Gestão de Pessoas utiliza, para controle dos projetos, a ferramenta Project, que monitora as ações e o cumprimento dos prazos.

O Superintendente mantém acompanhamento contínuo dos projetos e processos através de reuniões semanais com a equipe, e a ferramenta Notes é usada para acompanhamento de pendências.

O Superintendente de RH.G se reúne semanalmente com os gestores das áreas subordinadas para definição de critérios, acompanhamento dos projetos e atividades. Além disso, são realizadas reuniões específicas com os departamentos para acompanhamento dos projetos e processos.

Com base nas informações prestadas e obtidas nos sistemas corporativos, em que pese a ausência de metas estabelecidas no âmbito da Gestão de Pessoas ter comprometido, em parte, a avaliação deste quesito, consideramos razoavelmente suficiente o “Procedimento de Controle” no âmbito da Gestão de Pessoas.

Informação e Comunicação

No âmbito da Gestão de Recursos Humanos, existem mais de 50 indicadores de eficiência e eficácia, formulados para o acompanhamento de 13 macroprocessos. Os macroprocessos acompanhados são: Recrutamento e Seleção de Pessoal; Benefícios; Pagamento de Pessoal; Recolhimentos; Plano de Saúde; Saúde Ocupacional; Segurança do Trabalho; Carreira; Remuneração; Reconhecimento; Educação Corporativa; Gestão do Conhecimento e Gestão do Clima Organizacional.

A gerente da Superintendência de Gestão Estratégica de Pessoas, CPF ***.334.747-**, por intermédio de e-mail datado de 21/06/2013, apresentou, para os quatro indicadores selecionados (Índice de rotatividade; Taxa de frequência e taxa de gravidade de acidentes de trabalho; Nível de maturidade de Furnas em GC; e Índice de clima organizacional – ICO), quando aplicável, a fórmula de cálculo, o método de coleta dos dados de origem, o objetivo e os resultados em 2010, 2011 e 2012, vejamos:

“a) Índice de rotatividade:

- Método de coleta dos dados de origem:

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- Objetivo: Acompanhar a rotatividade de pessoal é importante subsídio para obtenção de informações de interesse da empresa, como custo (despesas de rescisão de contrato de trabalho, recrutamento e seleção, treinamento e outras despesas variáveis) bem como satisfação dos empregados com benefícios, salários, clima organizacional etc. Além de acompanhar esse indicador, Furnas aplica entrevista de desligamento como forma de identificação mais precisa dos motivos que norteiam a rotatividade de pessoal na empresa.

- Resultado nos últimos 3 anos

Ano 2010 2011 2012

Índice 2,27 4,35 6,74

Observação: Importante ressaltar que, desde de outubro de 2010, estão acontecendo desligamentos através do Programa de Bônus para o Desligamento Voluntário – PBDV, do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ, implicando num aumento expressivo dos desligamentos em relação aos anos anteriores, e consequentemente, no aumento do índice de rotatividade da empresa.

b) Taxa de frequência e taxa de gravidade de acidentes de trabalho;

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A referência de 1.000.000 horas é utilizada no Brasil e diversos outros países. Nos EUA é utilizada a referência de 200.000 horas.

No denominador da fórmula está o nº de horas humanas de exposição ao risco, também denominada anteriormente nº de horas homens trabalhadas, que é o total de horas trabalhadas pela mão-de-obra da empresa no mês ou ano, conforme a taxa seja mensal ou anual. Nas empresas do grupo Eletrobras adota-se o total de 2000 horas por ano, ou 2000/12 horas por mês, para cada trabalhador, conforme NBR 14280.

Na taxa de gravidade, dias perdidos é o nº de dias de afastamento (não se considera o dia do acidente e nem o dia da alta médica) do acidentado, e dias debitados é o nº de dias que se considera em caso de morte ou invalidez permanente, total ou parcial, do acidentado, conforme tabela constante na NBR 14280.

c. Nível de maturidade de Furnas em GC

Para que Furnas implementasse, de forma estruturada e corporativa, a Gestão do Conhecimento, foi realizado um diagnóstico com base na Pesquisa de Maturidade, em 2011.

O diagnóstico realizado em Furnas foi desenvolvido a partir de um modelo customizado denominado Knowledge Check-up. O Knowledge Check-up é um processo realizado nas organizações com o objetivo de auxiliá-las na criação de um plano de ação para guiar a implantação de práticas de Gestão do Conhecimento.

[...]

A avaliação foi feita utilizando-se por base um questionário auto preenchível contendo uma série de afirmativas organizadas em escala para que os respondentes se posicionassem em relação às suas áreas chave pesquisadas. Parte das perguntas representa uma prática de gestão em GC. As práticas são derivadas da revisão da literatura existente para cada uma das áreas-chave. Cada afirmativa pode ser avaliada usando-se uma escala que vai desde “1” (Discordo Totalmente) a “5” (Concordo Totalmente). Esses valores são depois transformados linearmente para uma escala que mede o Grau de Adequação de

3,01

2,05

3,6

2010 2011 2012N

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Período

Taxa de Gravidade de Acidentes Anual

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cada aspecto avaliado, em uma escala que vai de 0% a 100%. Uma mesma pergunta pode fazer parte de mais de uma área-chave.

Para calcular a maturidade da organização, além da pesquisa respondida pelos empregados da organização, foram realizados workshops com gestores e empregados das áreas, bem como com representantes do Comitê de Educação Corporativa. Também foram entrevistados gestores das áreas relacionadas à GC: recursos humanos, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento, dentre outras.

[...]

A tabela a seguir apresenta os níveis de maturidade do Modelo de Gestão do Conhecimento:

Nível Descrição

1 - Inicial Pouca ou nenhuma intenção de utilizar o conhecimento organizacional.

2 - Intencional

Organização está preocupada e tem a intenção de gerenciar o seu conhecimento organizacional, mas não sabe exatamente como fazer.

3 - Estabelecido

Organização colocou em prática uma estrutura básica para suportar a Gestão do Conhecimento.

4 - Intensivo Iniciativas de Gestão do Conhecimento estão bem estabelecidas na organização.

5 - Otimizado

Gestão do Conhecimento está fortemente integrada na organização e é continuamente melhorada. Ela é um componente automático de qualquer processo organizacional.

Após análise dos dados recolhidos nos formulários da pesquisa realizada em Furnas com análise em todas a áreas chaves da Empresa, verificou-se que a Empresa encontra-se no nível 2 de maturidade - Intencional - em relação a Gestão do Conhecimento.

d) / e)- Índice de Clima organizacional -ICO

O índice de favorabilidade (satisfação) dos empregados de Furnas tem sido medido através de Pesquisas de Clima Organizacional desde 2005, com participação espontânea e sigilosa.

A partir de 2010, as pesquisas de clima das Empresas do Sistema Eletrobras foram unificadas, mas a metodologia utilizada se manteve.

A Pesquisa de Clima é uma ferramenta de Gestão de Pessoas, e a realização deste levantamento é parte do Sistema de Gestão de Clima Organizacional, um processo integrado ao Modelo de Gestão de Pessoas das Empresas Eletrobras, que tem por objetivo monitorar e aprimorar continuamente a qualidade do ambiente organizacional das Empresas.

Furnas realizou pesquisa em 2010 e 2011 não tendo aplicado em 2012.

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O Índice de Clima Organizacional-ICO, que é o percentual de satisfação dos empregados com o clima da organização, foi de 70,16% em 2010 e de 67,84% em 2011.”

Consideramos que os indicadores contribuem para a análise da Gestão de Recursos Humanos.

Com base nas informações prestadas e obtidas nos sistemas corporativos, em que pese termos identificado atraso na cadastramento de informações relativas a admissão no SISAC, fato este considerado meramente formal, sem impacto, e tratado em item específico deste relatório, concluímos ser suficiente o quesito “Informações e Comunicação” no âmbito da Gestão de Pessoas de FURNAS.

Monitoramento

A mediação de FURNAS, junto aos órgãos externos de fiscalização, é realizada através do Comitê Permanente de Atendimento aos Órgãos Externos de Fiscalização- CAOEF, ligado à Diretoria da Presidência.

Na ocorrência de determinações do TCU e / ou recomendações da CGU recebidas por FURNAS, a documentação (ofício) é encaminhada ao CAOEF que analisa, verifica a qual órgão cabe o cumprimento da demanda e o encaminha com correspondência interna da Diretoria da Presidência para a respectiva Diretoria.

Especificamente em relação à gestão de pessoas, a demanda é dirigida à Diretoria de Gestão Corporativa da qual a Superintendência de Gestão de Pessoas- RH.G faz parte.

O monitoramento das ações para cumprimento das determinações e/ ou recomendações é de responsabilidade da Diretoria e gerências superiores.

De acordo com o inciso VII do artigo 3º do Regimento Interno da Auditoria Interna compete à Auditoria Interna avaliar o cumprimento, pelas áreas, das recomendações ou determinações feitas pela auditoria interna, pelos órgãos de controle interno e externo ou por outro órgão competente”. Conforme constatado no Relatório de Auditoria n.º 201211774, verificamos ausência de formalização de ações da auditoria interna voltadas ao acompanhamento das ações destinadas ao atendimento efetivo às recomendações expressas pela CGU e às determinações expedidas pelo TCU.

Há que se destacar que, muito embora, não haja uma avaliação por parte da Auditoria Interna acerca do atendimento efetivo às determinações e/ou recomendações dos órgãos de controle externo, a Auditoria Interna de Furnas executa, regularmente, auditorias relacionadas à área de recursos humanos na empresa.

Em face do exposto, somos de opinião que o quesito “Monitoramento” é passível de aprimoramento, no âmbito da Gestão de Recursos Humanos.

Concluímos que os controles implementados, na Gestão de Recursos Humanos de Furnas, contribuem para mitigar os riscos da Gestão Auditada. ##/Fato##

5 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS

5.1 PROCESSOS LICITATÓRIOS

5.1.1 OPORTUNIDADE DA LICITAÇÃO

5.1.1.1 INFORMAÇÃO

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Análise dos processos licitatórios, contratados em 2012, cujas despesas estão vinculadas à Ação Governamental 20OJ - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica". Fato Realizamos avaliação, por amostragem não probabilística por julgamento, da regularidade dos processos licitatórios realizados por FURNAS, com base nos critérios de materialidade, relevância e criticidade, contemplando os seguintes elementos:

a) motivo da contratação;

b) modalidade, objeto e valor da contratação;

c) identificação do Contratado (nome/razão social e CPF/CNPJ).

d) se a natureza do material, serviço e obra é compatível com as atividades típicas da área requisitante, com o objetivo de confirmar se a licitação efetuada atendeu às reais necessidades da Unidade;

e) se a quantidade e especificações do objeto contratado fundamentaram-se em requisição de área competente, série histórica ou estudos de necessidade.

f) se a compra realizada está de acordo ou guarda relação com o objetivo/finalidade do Programa/Ação de Governo utilizado para realização da despesa.

Foram selecionados, para análise, os processos CO.DAQ.G.00009.2011, PE.DAQ.G.00281.2011, CO.DAQ.G.00001.2011 e PE.DAQ.G.00272.2011, no valor total contratado de R$ 12.399.827,06 (doze milhões, trezentos e noventa e nove mil, oitocentos e vinte e sete reais e seis centavos).

Com relação às contratações, acima listadas, verificamos a regularidade das licitações analisadas no que diz respeito ao motivo da contratação, modalidade e objeto contratado. Verificamos que a natureza do material, serviço e obra contratados são compatíveis com as atividades típicas da área requisitante, estando de acordo com as reais necessidades da empresa.

Verificamos, também, que as quantidades e especificações do objeto contratado fundamentam-se em estudos e requisições das áreas competentes.

Constatamos que a compra de material, serviço e obra contratados são decorrentes do orçamento de investimento. Entretanto, detectamos falhas quanto à finalidade do Programa/Ação de governo utilizado para realização da Despesa. Furnas confirmou a inconsistência levantada e informou que esta sendo providenciado um aditamento contratual para sanar a falha detectada. ##/Fato##

5.1.2 LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

5.1.2.1 INFORMAÇÃO Análise das contratações, especialmente no que diz respeito à utilização de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e na contratação de serviços e obras.

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Fato O Gerente da Divisão de Cadastro e Avaliação de Fornecedores, CPF ***.905.647-** informou, por intermédio de e-mail encaminhado à equipe em 05/06/2013, o que segue:

“Os Princípios e Normas de Conduta Empresarial na relação de Furnas com os seus Fornecedores (www.furnas.com.br, opção “Fornecedores”) e Código de Ética das Empresas Eletrobras (www.furnas.com.br, opção “A Empresa”), os quais são partes integrantes dos editais de licitação e dos contratos de Furnas, estabelecem os compromissos entre as partes. Caso o Fornecedor venha a violar um dos itens mencionados acarretará na aplicação das sanções administrativas previstas nos Instrumentos Contratuais e na legislação em vigor.

Furnas entende que o documento se aplica às empresas com as quais mantém relações comerciais, no sentido de que adotem uma postura ética compatível com princípios, valores e normas que promovem a cidadania e o desenvolvimento humano, visando contribuir para uma sociedade mais justa, solidária, em equilíbrio com a natureza e economicamente viável, ou seja, que adotem uma postura sustentável.”

Na resposta apresentada, não foi apontada nenhuma conduta específica de Furnas associada a estabelecimento de critérios, nos procedimentos licitatórios, objetivos e pontuais, ligados a sustentabilidade ambiental.

Cabe registrar que nenhuma contratação foi marcada como sustentável no banco de dados do SIASG.

Segundo informações encaminhadas, no mesmo e-mail acima mencionado, FURNAS não tem rotina específica que permita a inserção de critérios de sustentabilidade e não promoveu ou estimulou a capacitação em sustentabilidade de membros das equipes de licitação em 2012, embora afirme que é instruído aos membros das equipes de licitação a incluir nos editais de licitação cláusulas referentes à sustentabilidade.

Em que pese não terem sido identificadas atuações específicas da empresa no estabelecimento de critérios ambientais em suas contratações, destacamos que a atuação da empresa na área ambiental é bastante presente, conforme podemos observar em diversos relatórios associados à sustentabilidade e gestão ambiental.

Em sua atuação, FURNAS se compromete a prevenir e reduzir impactos socioambientais, tendo a sustentabilidade como objetivo. Sua atuação é pautada por diretrizes estabelecidas em seis principais políticas: Ambiental, de Recursos Florestais, de Educação Ambiental, de Recursos Hídricos, de Gestão de Resíduos e de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras.

Para concretizar os princípios das políticas mencionadas, critérios e procedimentos são observados nos processos de tomada de decisão, no planejamento dos projetos e nas atividades de construção e operação dos empreendimentos. Verificamos, na análise dos relatórios de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, diversas atuações da empresa associadas aos assuntos, abaixo listados, que refletem a postura de Furnas na Gestão Ambiental:

Licenciamento Ambiental

Gestão de Recursos Hídricos

Participação em Fóruns e Comitês Ambientais

Outorgas para o Uso de Recursos Hídricos

Sistema de Gerenciamento de Outorgas e Recursos Hídricos

Usos Múltiplos dos Recursos Hídricos

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Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água

Monitoramento de Efluentes e da Qualidade da Água Potável

Captação e Aproveitamento de Águas Pluviais

Gestão da Biodiversidade e das Atividades em Áreas Protegidas

Compensação Ambiental

Viveiros para a Produção de Mudas

Espécies Ameaçadas de Extinção

Monitoramento e Conservação da Ictiofauna

Gestão de Resíduos (Descarte e Substituição de Ascarel (Bifenilas Policloradas – PCB), Materiais Não Renováveis, Materiais Perigosos, Lâmpadas Fluorescentes, Baterias, Sucatas Óleo Vegetal, Lixo – Programa de Coleta Seletiva

Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR)

Derramamentos

Educação Ambiental

Conservação de Energia

Projetos de Iluminação Pública

Diagnósticos Energéticos

Consumo de Energia por Fonte Primária

Consumo de Combustíveis em 2011

Controle de Emissões Atmosféricas (Usinas Termelétricas, Gás Hexafluoreto de Enxofre (SF6), Inventário Anual de Gases de Efeito Estufa (GEE), Emissões de CO2 Equivalente em 2011

Gastos e Investimentos em Proteção Ambiental (R$ Mil) ##/Fato##

5.2 CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS

5.2.1 CONTRATOS SEM LICITAÇÃO

5.2.1.1 INFORMAÇÃO Análise da regularidade nas contratações feitas por dispensa de licitação. Fato

Analisamos, considerando os critérios de materialidade e criticidade, os seguintes processos enquadrados como Dispensa de Licitação: Processo DL.DCT.E.0017.2012, DL.DCT.E.0006/2012, DL.AAE.E.0002.2012 e DL.AAE.E.0008.2012, totalizando, aproximadamente, R$ 52,2 milhões em contratação.

Quadro – Dispensas analisadas Nº da Dispensa Objeto Valor (R$) DL.DCT.E.0017.2012

Execução do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento intitulado “Concreto Fibroso de Alta Performance em Estruturas de Usina Hidrelétricas: modelagem,

2.851.065,00

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experimentação e recomendações para o projeto”

DL.DCT.E.0006/2012 Execução do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento intitulada “Sistema de Gerenciamento de Riscos em Empreendimentos de Geração”

599.940,00

DL.AAE.E.0002.2012 Serviços de escavação e tratamento de taludes entre o km 152+050 e o km 153+350 da Rodovia BR 393, localizado no município de Três Rios/RJ, compreendendo a execução de todos os serviços associados à escavação a fogo, tratamento do talude, pavimentação, obras de contenção, sinalização básica, paisagismo, meio ambiente, com o fornecimento dos materiais, transporte, equipamento e ferramentas.

7.741.260,15

DL.AAE.E.0008.2012

Pré-Contrato – tem como finalidade estabelecer compromissos entre as partes para a futura contratação do fornecimento dos equipamentos, materiais, sistemas, comissionamento, teste, treinamentos, ensaios de operação, Projetos Básico Preliminar da ANEEL, Básico de Engenharia e Executivo, bem como serviços de construção, obras civil e de montagem eletromecânica, referente a ampliação da SE Zona Oeste 500/138kV, conforme requisitos técnicos estabelecidos no Edital de Leilão ANEEL n2/2012 _LOTE E.

40.983.367,00

Somos de opinião que as contratações analisadas, feitas por dispensa de licitação, encontram-se regulares. Constatamos que os referidos processos foram instruídos adequadamente, com justificativas do preço contratado, razão da escolha do fornecedor, bem como suportado por pareces jurídico e técnico. Além disso, há consonância da contratação, Processo DL.AAE.E.0002.2012, no valor de R$ 7,7 milhões com os objetivos da ação 1G98 – Implantação do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Simplício, as demais contratações foram alocadas como custeio ou não possuíam funcionais programáticas associadas. ##/Fato##

5.2.1.2 INFORMAÇÃO Análise da regularidade nas contratações feitas por inexigibilidade de licitação. Fato

Analisamos, considerando os critérios de materialidade e criticidade, os seguintes processos enquadrados como Inexigibilidade de Licitação: Processo IL.DAT.O.00004.2011, IL.DAQG.O.00006.2012 e IL.DSC.P.0002.2012, totalizando, aproximadamente, R$ 38,2 milhões em contratação.

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Quadro – Inexigibilidades analisadas Nº da Inexigibilidade Objeto Valor (R$) IL.DAT.O.00004.2011 Contratação dos Serviços de Revitalização

dos Transformadores da subestação de Foz do Iguaçu, da Subestação de Ibiúna.

29.781.004

IL.DAQG.O.00006.2012 Fornecimento de buchas para SE Blindada e Isolada à gás SF6.

8.324.438

IL.DSC.P.0002.2012 Elaboração de parecer jurídico no que tange a aquisição pela Odebrecht Energia do Brasil, sob a condição suspensiva, da totalidade das contas de titularidade da Maple Leaf Financial Corporation na Madeira Energia S.A, Sociedade de propósito especifico, da qual Furnas é acionista.

120.000

As contratações analisadas, feitas por inexigibilidade de licitação, encontram-se regulares. Constatamos que os referidos processos de inexigibilidade foram instruídos adequadamente, com justificativas do preço contratado, razão da escolha do fornecedor, bem como suportado por pareces jurídico e técnico. Além disso, há consonância da contratação, Processo IL.DAT.O.00004.2011, no valor de R$ 29,8 milhões com os objetivos da ação 4478 – Manutenção do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as demais contratações foram alocadas como custeio. ##/Fato##

5.2.1.3 INFORMAÇÃO Controles Internos na atividade de compras e contratações. Fato

Neste item é realizada uma análise dos Controles Internos Administrativos relacionados à Gestão de Compras e Contratações de FURNAS. Apresentamos, a seguir, a conclusão a respeito dos aspectos do sistema de controle interno da empresa relacionados à Gestão de Compras e Contratações, considerando as informações e os documentos apresentados, por intermédio de e-mails, encaminhados em 21/05/2013 e em 07/06/2013 pelo Superintendente de Gestão de Suprimentos , CPF ***.067.907-**. Foram objeto desta avaliação os quesitos inerentes ao ambiente de controle, à avaliação de risco, aos procedimentos de controle, à informação e comunicação e ao monitoramento.

Ambiente de Controle

A Superintendência de Logística de Suprimentos – SRG, tem como competência estabelecer as diretrizes para a função suprimento em FURNAS e planejar, coordenar e controlar as seguintes atividades: Planejamento da Logística de Suprimento; Gestão de fornecedores; Aquisição de bens e contratação de serviços; Administração do fornecimento de bens e Administração de material. A Superintendência de Logística de Suprimento - SR.G está estruturada em quatro departamentos:

DEPARTAMENTO DE AQUISIÇÃO - DAQ.G

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE FORNECEDORES - DGF.G

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DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL - DAM.G

DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - DSG.G

O Departamento de Aquisição - DAQ.G é responsável pela contratação de materiais, equipamentos, obras e serviços. As áreas regionais de FURNAS tem delegação para realizar compras para seu próprio consumo até o limite estipulado na Instrução Normativa 019.85.

Observamos, em nossas análises, a existência de diversos instrumentos normativos que norteiam os procedimentos das atividades referentes ao processo licitatório. Tais instruções servem para orientar as rotinas de compras visando a assegurar o cumprimento das condicionantes legais vigentes de forma a preservar a lisura do processo e prevenir questionamentos, impugnações e recursos que possam comprometer o certame. Observamos a existência de um fluxograma referente à compra de materiais.

No organograma do DAQ.G, existem duas divisões de aquisição, uma direcionada para aquisição geral (materiais e serviços comuns) e outra para aquisições especiais (equipamentos e contratação de obras).

Segundo informações repassadas pela DAQ.G, sempre que acontece alguma alteração na legislação, a informação é encaminhada à SR.G pela Auditoria Interna e/ou pela Consultoria Jurídica de FURNAS.

Com base nas informações prestadas, concluímos, portanto, suficiente o quesito “Ambiente de Controle” no âmbito da Gestão de Compras e Contratações de Furnas.

Avaliação de Risco

A Eletrobras, em função do interesse em aumentar o grau de investimento de suas ações na NYSE (New York Stock Exchange), contratou uma consultoria para realizar a implementação do processo de Gestão Integrada de Riscos em todas as suas subsidiárias.

Furnas participou desse processo e, no que se relaciona ao processo de compras e contratações, realizou Mapeamento de Riscos para demonstrar o seu grau de exposição ao risco de “Indisponibilidade de Suprimentos Críticos”.

Como fruto desse trabalho, foram identificados 13 fatores e riscos e, associados a esses, 66 controles para mitigação dos riscos. De acordo com as informações repassadas pelo e-mail de 07/06/2013 anteriormente mencionado:

“...a maioria desses controles já estão implementados. Foi preparado um plano de ação, validado no nível de superintendência, para implementação dos controles remanescentes. Além disso, foi constituído um Grupo de Trabalho, nomeado pela diretoria executiva, que levantou os principais pontos críticos do processo de contratação, e elaborou um conjunto de sugestões para melhoria do processo em termos de agilidade e segurança.”

Segundo informações repassadas pelo Superintendente, no mesmo email, um dos pontos que já foram implementados é a utilização do edital padrão que, para casos específicos, utiliza modelos de edital previamente aprovados pelo jurídico, ganhando agilidade nesse processo, e acrescenta que outra medida de grande impacto foi a intensificação da contratação por meio de registro de preços, resultando numa redução no número de processos licitatórios e agilizando o processo de contratação.

Além dessas ações já implementadas, está em fase de desenvolvimento um sistema informatizado de acompanhamento do processo de contratação que, além de monitorar os pontos de controle, ajudará a trazer maior uniformidade e transparência ao processo.

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Com base nas informações prestadas, considerando as medidas em processo de implementação, concluímos, portanto, razoável o quesito “Avaliação de Risco” no âmbito da Gestão de Compras e Contratações de Furnas.

Procedimento de Controle

Com relação aos procedimentos realizados, relativos à descrição do objeto licitado, os descritivos dos itens a serem licitados são analisados e cadastrados no sistema corporativo e recebem codificação única. O requisitante solicita ao Departamento de Administração de Material a codificação do objeto caso esse ainda não seja cadastrado no sistema, de acordo com o Fluxograma Classificação de Material.

A Divisão de Controle da Aquisição – DCAQ.G, subordinada ao Departamento de Aquisição, analisa a conformidade e consistência da requisição antes de iniciar o processo licitatório, conforme informações repassadas pela DAQ.G.

Para a realização da análise do quesito “Procedimento de Controle”, Furnas disponibilizou, ainda, vários check-lists utilizados pela área como rotina para assegurar o cumprimento das condicionantes legais nas contratações, os quais consideramos adequados e suficientes.

Com vistas a levantar informações adicionais relativas aos procedimentos de controle adotados na área de contratação, solicitamos que FURNAS informasse quais são as medidas corretivas utilizadas por Furnas, no caso de serem detectados desvios em relação às metas estabelecidas.

O Superintendente de Gestão de Compras, CPF ***.067.907-**, por intermédio do e-mail encaminhado dia 07/06/2013, informou que, eventualmente, quando há desvios em relação aos procedimentos operacionais estabelecidos, ocorre o envolvimento direto dos níveis hierárquicos superiores que convocam reuniões com todas as áreas participantes do processo para identificar as causas dos desvios identificados e prover soluções que realinhem o processo, evitando os resultados indesejáveis. Caso seja necessário, são providenciadas alterações nos procedimentos operacionais para formalizar as mudanças no processo e, paralelamente, podem ser tomadas medidas de contingência para aumentar o grau de segurança das soluções propostas.

As atividades mais críticas ou que possuam prazos ou condições especiais são acompanhadas diretamente pelo gerente responsável pelo processo, através de cronograma atualizado semanalmente pela equipe de compras. Em casos especiais de fornecimentos com prazos extremamente críticos, é feita uma força-tarefa incluindo membros dos órgãos técnico, jurídico e de compras.

Com base nas informações prestadas, concluímos, portanto, ser suficiente o quesito “Procedimento de Controle” no âmbito da Gestão de Compras e Contratações de FURNAS.

Informação e Comunicação

Furnas informou que há três indicadores para acompanhar o processo de contratação: o indicador Tempo Médio de Aquisição (por modalidade), o Percentual de Economia na Contratação e o Índice de Sucesso nas Contratações.

O Superintendente de Gestão de Compras, CPF ***.067.907-**, por intermédio do e-mail encaminhado em 20/06/2013, apresentou, para os três indicadores selecionados (Tempo Médio de Aquisição – por modalidade, Percentual de Economia na Contratação e Índice de Sucesso nas Contratações), sua fórmula de cálculo, informou que os dados são obtidos através de controle implementado na Gerência de Compras – GCM.A e só se referem às aquisições realizadas por este órgão. Adicionalmente, informou que tais indicadores foram estabelecidos pelo Grupo de Trabalho - GT Aquisição, subordinado ao Comitê Estratégico de Logísitca de Suprimento das Empresas Eletrobras – CELSE,

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com objetivo de padronizar, no setor elétrico, os dados do processo aquisição. A seguir, são apresentadas as formulas de cálculo e os resultados em 2010, 2011 e 2012 para os três indicadores selecionados, segundo informação disponibilizada pelo Superintendente citado acima.

a) Tempo Médio de Aquisição – por modalidade Este índice é obtido através da diferença, em dias corridos, da data de recebimento da requisição correta e completa (data do aceite) e da data de conclusão do processo de contratação (assinatura do contrato) no período.

'2H�0'5.*/7/çã� � ∑� & � 5:$M

Onde DTR é a Data do Aceite da Requisição pelo órgão de compra DAC é a Data da Assinatura do contrato N é o Total de licitações de cada tipo encerradas com sucesso no período

Indicador Realização trimestral em 2012

1º trim 2º trim 3º trim 4º trim

ITA1 – Tempo Médio de Atendimento – Pregão Material

142 115 101 87

ITA2 – Tempo Médio de Atendimento – Pregão Serviço

168 107 167 187

ITA3 – Tempo Médio de Atendimento – Concorrência

235 206 313 244

ITA4 – Tempo Médio de Atendimento – Tomada de Preços

208 158 117 143

b) Percentual de Economia na Contratação

O índice é obtido através da diferença percentual entre o valor total das contratações e o valor total dos orçamentos básicos (valor total das requisições) no período. Este índice não é aplicável aos processos de dispensa e inexigibilidade de licitação nos quais não tenha havido disputa de preços.

Indicador Realização trimestral em 2012

1º trim 2º trim 3º trim 4º trim

IEC – Índice de Economia na Contratação 26,3% 40,7% 17,0% 9,6%

c) Índice de Sucesso nas Contratações

Mede o percentual de sucesso nas licitações. O índice é obtido através do percentual das licitações concluídas com sucesso, ou seja, que tiveram o pedido gerado em relação ao número total de licitações realizadas no período.

Indicador Realização trimestral em 2012

1º trim 2º trim 3º trim 4º trim

IEC – Índice de Sucesso das Licitações - Aquisição

77,2% 78,6% 79,3% 83,3%

Destaque-se que FURNAS faz uso de um sistema informatizado, o SAP, por meio do qual todos os servidores envolvidos visualizam todas as aquisições em andamento e concluídas no âmbito de FURNAS.

Com base nas informações apresentadas, concluímos, portanto, ser suficiente o quesito “Informação e Comunicação” no âmbito da Gestão de Compras e Contratações de Furnas.

Monitoramento

A rotina de acompanhamento (monitoramento) das ações tomadas no ano de exercício de 2012 em atendimento às determinações e recomendações dos órgãos de controle

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(TCU e CGU) fica a cargo do Comitê Permanente de Atendimento a Organismos Externos de Fiscalização – CAOEF, ligado diretamente à Presidência de Furnas. Após encaminhamento às áreas diretamente vinculadas ao(s) assunto(s) identificado(s), o atendimento é monitorado pela respectiva Diretoria, que, ao final, presta contas da implementação das ações ao Presidente.

No entanto, de acordo com o inciso VII do artigo 3º do Regimento Interno da Auditoria Interna compete à Auditoria Interna avaliar o cumprimento, pelas áreas, das recomendações ou determinações feitas pela auditoria interna, pelos órgãos de controle interno e externo ou por outro órgão competente”. Conforme constatado no Relatório de Auditoria n.º 201211774, verificamos ausência de formalização de ações da auditoria interna voltadas ao acompanhamento das ações destinadas ao atendimento efetivo às recomendações expressas pela CGU e às determinações expedidas pelo TCU.

Há que se destacar que, muito embora, não haja uma avaliação por parte da Auditoria Interna acerca do atendimento efetivo às determinações e/ou recomendações dos órgãos de controle externo, a Auditoria Interna de Furnas executa regularmente auditorias relacionadas à área de aquisições na empresa.

Com base nas informações prestadas, concluímos, portanto, ser passível de aprimoramento o quesito “Monitoramento” no âmbito da Gestão de Compras e Contratações de FURNAS.

Face ao exposto, concluímos que os controles implementados na Gestão de Compras e Contratações de Furnas são adequados, porém, ainda passíveis de aprimoramento quanto ao quesito de monitoramento. ##/Fato##

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