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AVIVAMENTO SEMINÁRIO

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Informações sobre o Avivamento Cristão

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AVIVAMENTO1

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Quando precisamos de um avivamento?

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO QUANDO… AS CADEIRAS ESTÃO CHEIAS E O ALTAR ESTÁ VAZIO. Que não vejamos somente os pecadores caminharem em direção ao altar com lágrimas, mas que nós também nos acheguemos ao altar com lágrimas.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO OS VISITANTES ELOGIAM E OS DA CASA CRITICAM. Se os visitantes elogiam minha igreja e eu a critico, estou precisando de um avivamento. Porque eles conseguem ver o que há de melhor e eu não?

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO TEMOS MUITO PARA AGRADECER E NÃO O FAZEMOS. A cada dia que passa tenho sido mais abençoado por Deus. Todavia tenho sido mais ingrato. Preciso de um avivamento.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO ESCOLHEMOS IR A IGREJA COMO ESCOLHEMOS IR A QUALQUER OUTRO LUGAR. Quando a Casa de Deus não é uma prioridade em minha vida… preciso de um avivamento. O salmista disse no salmo 27 – uma coisa pedi ao Senhor e sempre a buscarei que eu possa habitar na casa do Senhor…

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO OS NOSSOS FILHOS COMECAM A PERGUNTAR PORQUE NÃO TEMOS IDO A IGREJA COM MAIS FREQUÊNCIA. Eles sente falta, mas eu não. Preciso de um avivamento.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO PENSAMOS QUE CONHECEMOS A DEUS MAIS DO QUE OS OUTROS. Se você conhece muito de Deus, você deveria adorar mais do que os outros.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO OS NOSSOS JOVENS NÃO VEEM EM NÓS UM EXEMPLO PARA QUE POSSAM SERVIR A DEUS. Por isto muitos deles tem buscado seu “modelo” de vida no mundo.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO O PECADO NÃO NOS CAUSA TEMOR DE DEUS. Vivemos no pecado e isso já não nos incomoda mais.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO AS COISAS ESPIRITUAIS NOS INCOMODAM. Outro jejum, outro culto de avivamento, outra vez chamando para o altar, sete dias de culto, outra vez tirando oferta para missões… se isto me incomoda, preciso de um avivamento.

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO… QUANDO OS ANOS DE CRENTE NOS ROUBA O FOGO PARA SERVIR A DEUS.Se com o tempo de crente meu fogo e zelo de servir ao Senhor tem se esfriado, preciso de um avivamento.

O que é avivamento?

Avivamento é o clamor que brota do coração da Igreja apaixonada de Jesus nos quatro cantos da terra e que é expresso quer em melodias de adoração, quer no derramar de corações, quer na palavra proferida dos púlpitos, quer no conversar dos que se

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edificam e partilham os assuntos do Reino.

“Avivamento” ou “avivar”, em hebraico significa: preservar, manter vivo, corrigir, purificar, proteger do mal.

No Velho Testamento a expressão “avivar” aparece 250 vezes, 55 das quais com o sentido de que avivamento é gerado em Deus e é Ele que intervém de forma ativa e intensiva. O profeta Habacuque ao entender a condição do seu povo, clamava por avivamento; que Deus aplicasse a Sua misericórdia intervindo ativa e intensivamente na sua geração - 3:2 "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e sinto-me alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia". Mas o seu clamor ia além da sua geração pois ele diz “no decurso dos anos”. Parece que ele desejava que fosse traçada uma linha que jamais se apague, uma chama que jamais se extinga. É necessário que cada geração viva o avivamento, se mova em avivamento, preserve o avivamento, passe o testemunho do avivamento.

No Novo Testamento, a expressão “avivamento” aparece 7 vezes, com o sentido de uma chama que se apaga aos poucos e se reacende ou, de uma planta que refloresce.Será que o avivamento suplicado pelos profetas era mais necessário nos dias da antiguidade do que nos dias de Pedro e Paulo? Certamente não. Os primeiros abrangiam várias épocas, várias gerações na história bíblica, enquanto que os segundos reportam apenas a uma geração, à Igreja que recebeu a essência do avivamento, a plenitude do Espírito Santo, que os levou a desfrutar de um profundo nível de vida espiritual e cujos resultados conhecemos e por eles fomos alcançados.

Wesley Duewel, no seu livro "O Fogo de Reavivamento" descreve o avivamento assim: A presença e o poder de Deus operam de forma tão poderosa e intensa durante o reavivamento, que Ele realiza mais em horas ou dias do que em anos de ministério fiel onde não há reavivamento... Durante o reavivamento, as pessoas se movem em direção a Cristo, pessoas que não podem ser movidas de qualquer outra forma. Muitas orações que não foram respondidas durante anos são gloriosamente respondidas. A atmosfera frequentemente fica cheia do poder majestoso de Deus. Os cristãos reconhecem isso com a presença santa de Deus. Os pecadores têm uma percepção reverente da presença de Deus e de sua própria pecaminosidade. Deus pode revelar a Sua presença de maneiras inesperadas. Ocorrências surpreendentes podem acompanhar Sua obra profunda na alma. Pode haver uma tal sensação da presença e do poder divino que alguns indivíduos tremem. Outros podem chorar diante de Deus; alguns caem ao chão por se sentirem fisicamente enfraquecidos. Outros podem sentir-se quase irresistivelmente atraídos a comparecer aos cultos de reavivamento ou a reunirem-se antes de algum culto ser anunciado.

Para ampliarmos o conceito de “avivamento” reconheçamos o que ele não é para depois mais concretamente entendamos o que ele é, se é que podemos “entender” teoricamente.

O que o Avivamento não é:

- um programa agendado pela Igreja- uma mudança doutrinária- uma mudança litúrgica com mais entretenimento, melhor louvor técnico - não é efervescência carismática- não é um modismo, uma inovação movido na capacitação do homem - não é uma campanha de evangelismo bem elaborada- não é somente curas, sinais, prodígios, maravilhas

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- não é ser conhecido pelos dons do Espírito- não é algo com dia e hora marcada, etc- não é para conformados e confortados

O que é Avivamento

- é ação de Deus - é obra soberana, sobrenatural e livre do Espírito Santo - é mudança de vida pelo temor a Deus- é choro, quebrantamento e arrependimento pelos pecados- é o que não gera adoração, mas gera adoradores- é a responsabilização da Igreja em preparar o caminho da Sua chegada- é o despertar do povo adormecido- é permanecer vivendo com ênfase em santidade- é buscar noite e dia a presença de Deus- é a conscientização profunda da chamada e missão inegociáveis- é para todos os dias, 24h por dia, sem hora e local marcado- é para quem ama o Reino de Deus, a sua nação e as nações da terra

O avivamento sai da Igreja levando-a para o mundo e traz o mundo convertido para a Igreja. Por outras palavras, a igreja obedece ao que Jesus lhe ordenou que foi pregar o Evangelho fora e, de graça dar o que de graça recebeu e depois Ele cumpre a Sua promessa de estar com ela todos os dias e de operar a seu favor. O avivamento parece ser, ao mesmo tempo, algo que nós buscamos através da oração, mas também algo que Deus derrama soberanamente, sem nenhum merecimento de nossa parte.

O resultado do verdadeiro avivamento sempre tem um impacto na sociedade. Historiadores como William Lecky disseram que o avivamento liderado pelo John Wesley no século dezoito ajudou a Inglaterra evitar uma revolução sangrenta como aquela que assolou a França. Muitos avivamentos, como aqueles no país de Gales em 1905, Zaire em 1976 e Pensacola - Florida (EUA) em 1995, causaram uma diminuição perceptível nos índices de criminalidade nas suas comunidades. Outros avivamentos, como o Exército da Salvação liderado pelo William Booth no século 19, contribuíram com avanços sociais como a abolição do trabalho infantil e a prostituição infantil da Inglaterra, e inspiraram outros pioneiros como o Dr Thomas Barnado que trabalhou com as crianças de rua de Londres, resolvendo completamente o problema durante a sua vida.

Por que então precisamos do avivamento?

A palavra 'avivamento' (ou 'reavivamento', como está traduzida do Inglês) significa a entrada de nova vida em um corpo que já está morrendo. Quando a igreja de Cristo no mundo para de ser o verdadeiro sal e luz da sociedade, quando não vemos mais as verdadeiras obras de Jesus em nosso meio, quando a igreja parece ter muita fumaça mas pouco fogo, está na hora de pedir por um novo avivamento dos Céus.

Somos uma geração que apesar de estarmos tecnicamente equipados, estarmos restaurados em tanta revelação bíblica dos princípios, do carácter de Deus, porém ainda nos falta conquistar algo mais profundo no mundo espiritual para que possamos receber, experimentar e sermos mergulhados na presença de Deus, no esperado avivamento.

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John White, no seu inspirado e inspirador livro "Quando o Espírito Vem com Poder" (ABU Editora, 1998) escreveu:

No tempo de seca espiritual, apesar de ser um tempo que nos ensina lições de grande valor, há ainda mais problemas. Pecados secretos são abundantes em tempos de seca espiritual. A frieza e a formalidade tomam o lugar de uma fé viva. O poder eclesiástico penetra no vazio deixado pela ausência do poder espiritual. A igreja cresce com frieza, com mundanismo e pecado, enquanto que no mundo a iniquidade e a anarquia crescem cada vez mais. Assim é o tempo em que vivemos. Avivamento? Sim, há sinais dele por todo o mundo. Mas há sinais, também, de que a "grande cólera" do diabo evidencia-se contra a humanidade como nunca antes. Chamas de fúria consomem a terra. Terrorismo e opressão, fome, guerra e morte são apenas sintomas dos propósitos sádicos do diabo contra a raça humana. A rebeldia dos homens torna as leis decentes em lixo e anula os padrões de Deus completamente. Seres humanos por todo o mundo são capturados pela armadilha do pecado. Um suga o sangue do outro, e tem prazer em fazer isso, ficando cada vez mais surdo e cego diante da angústia dos oprimidos.

Temos, então, que orar. Num tempo como este, a resposta de Deus tem sempre sido derramar o seu Espírito sobre o seu povo. Temos que nos achegar a ele. Temos que permitir que o seu próprio pesar e a sua própria ira despertem uma agonia em nossos espíritos, uma agonia que não cesse até clamarmos: "Envia o teu Espírito, Senhor! Batiza-nos de novo com o teu poder! Batiza-me pessoalmente! Capacita-me para a guerra e que o teu reino venha sobre a terra!"

Nestes dias, quando o nome de Jesus está jogado no lixo por tele-evangelistas gananciosos, políticos "evangélicos" corruptos e uma igreja enfraquecida e irrelevante, Ele precisa "limpar seu nome". Ele precisa mostrar que Ele é quem a sua palavra diz que Ele é: o único e verdadeiro Deus, soberano e bondoso, todo-poderoso e misericordioso, completamente santo e completamente apaixonado por sua criação: a raça humana. Ele vai revelar de novo a sua verdadeira natureza através do avivamento, uma invasão Divina de nossa sociedade em nossos dias. E ele tem preparado uma geração, a sua geração, para ser o instrumento deste avivamento.

Como se parece um verdadeiro avivamento?

É bem verdade que pode haver muito tumulto sem avivamento. Mas, à luz do ensino bíblico e da história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto. - Leonard Ravenhill - Por que tarda o pleno avivamento?

Contudo, não os achando, arrastaram Jasom e alguns outros irmãos para diante dos oficiais da cidade, gritando: "Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui" - Atos 17:6

Um avivamento é, acima de tudo, uma invasão Divina nos afazeres do homem. É comum o avivamento ser acompanhado por sinais sobrenaturais na terra e nos céus. Avivalistas como Charles Finney, George Whitfield e John Wesley tiveram pessoas caindo e tremendo no poder do Espírito Santo. No avivamento da Rua Azusa era comum ouvir anjos cantando junto com o povo. No avivamento atual em Moçambique, e em outros ministérios como o David Hogan no México e o Reinhard Bonke na África, mortos têm sido ressuscitados. Às vezes até sinais maravilhosos no céu tem acompanhado verdadeiros avivamentos.

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O verdadeiro avivamento sempre vem acompanhado com alguma coisa que escandaliza a natureza humana e os preconceitos do dia. Os pregadores do Wesley foram desprezados por serem 'leigos'. Os evangelistas Dwight L. Moody e Smith Wigglesworth foram atacados por terem uma formação escolar precária. O avivamento da Rua Azusa foi criticado por causa da integração racial que o acompanhava, e por suas poderosas manifestações sobrenaturais, incluindo o dom de línguas e o cair no Espírito. O mover atual de Toronto, Brownsville e além, tem sido criticado por causa de algumas manifestações, incluindo o riso no Espírito Santo.

Avivamento bíblico

Ao esquadrinharmos as Escrituras percebemos que a chama da presença de Deus que trouxe o povo a uma mudança de atitude nunca se apagou no traçado da História, o avivamento tem-se reacendido ao longo de anos, no decorrer de gerações. Nas páginas da Bíblia encontramos variados exemplos de avivamento e em diferentes épocas:

- Enos - Gen 4:26 “E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR.” Enos, significa “fraco, doente”; na verdade ele vinha de um histórico em que os seus antepassados foram expulsos do Paraíso, Caim matou Abel, foi desterrado, o pecado alastrava-se na terra e Enos clamou pelo nome do Senhor e houve manifestação de Deus no meio do caos.

- Jacó - Gênesis 35:1-15 - “Depois disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste da face de Esaú teu irmão.” Teve um encontro profundo com Deus e foi transformado junto com a sua casa e dele saíram as 12 tribos de Israel.

- Moisés e Israel - na primeira Páscoa e na entrega da Lei - Êxodo 12, 19, 35.

- Josué - na travessia do Jordão se santificaram, em Siquém onde tiveram que escolher quem servir (Josué 3,7,24).

- Período dos Juízes - em cada tempo de opressão o povo se arrepende, clama ao Senhor e se aviva, Deus responde e o livra dos inimigos.

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- Samuel, o profeta avivalista - I Sam 7:1-17 “Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao SENHOR, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao SENHOR, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus.” E assim foi avivamento.

- David - trazendo a arca para Jerusalém tem ingredientes de avivamento.

- Salomão - ao consagrar o 1º Templo, a presença de Deus o invadiu e não deixou ninguém de pé.

- Reis Asa, Josafá, sacerdote Joiaida, Ezequias, Josias que descobre a Palavra.

- Zorobabel, Esdras, Neemias na edificação de Jerusalém e do Templo. Joel, Habacuque, Malaquias registam clamor por avivamento e promessas de Deus.

- João Batista nasceu do avivamento - no ventre foi cheio do Espírito, trazia as multidões ao arrependimento. Jesus - revela-se no apogeu do avivamento, é batizado e começa o Seu ministério. Viveu em avivamento “cheio do Espírito Santo” (Lucas 4). Ensinou aos 12 sobre avivamento - “a promessa do Pai”. Os discípulos de Jesus e a primeira Igreja - Atos 2:147 - rebenta novamente o avivamento em Israel mas desta vez estende-se às nações da terra.

Comparação entre dois Avivamentos Bíblicos:

Carmelo e Pentecostes

No Antigo Testamento nós temos a história do profeta Elias enfrentando a nação de Israel, seu rei Acabe e o seu deus falso, Baal, no Monte Carmelo. Esse evento é exemplo de um forte avivamento que, num só dia, levou uma nação desviada a voltar para Deus. Acabe convocou então todo o Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo. Elias dirigiu-se ao povo e disse: "Até quando vocês vão oscilar para um lado e para o outro? Se o SENHOR é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no". O povo, porém, nada respondeu. Disse então Elias: "Eu sou o único que restou dos profetas dos SENHOR, mas Baal tem quatrocentos e cinquenta profetas. Tragam dois novilhos. Escolham eles um, cortem-no em pedaços e o ponham sobre a lenha, mas não acendam fogo. Eu prepararei o outro novilho e o colocarei sobre a lenha, e também não acenderei fogo nela. Então vocês invocarão o nome de seu deus, e eu invocarei o nome do SENHOR. O deus que responder por meio do fogo, esse é Deus". Então todo o povo disse: "O que você disse é bom". Elias disse aos profetas de Baal: "Escolham um dos novilhos e preparem-no primeiro, visto que vocês são tantos. Clamem pelo nome do seu deus, mas não acendam o fogo." Então pegaram o novilho que lhes foi dado e prepararam. E clamaram pelo nome de Baal desde a manhã até o meio-dia. "O Baal, responde-nos", gritavam. E dançavam em volta do altar que haviam feito. Mas não houve nenhuma resposta: ninguém respondeu.

Ao meio-dia Elias começou a zombar deles. "Gritem mais alto!" dizia, "já que ele é um deus. Quem sabe está meditando, ou ocupado, ou viajando. Talvez esteja dormindo e precise ser despertado". Então passaram a gritar ainda mais alto e ferir-se com espadas e lanças, de acordo com o costume deles, até sangrarem. Passou o meio-dia, e eles continuavam profetizando e em transe até a hora do sacrifício da tarde. Mas não houve resposta alguma; ninguém respondeu, ninguém deu atenção.

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Então Elias disse a todo o povo: "Aproximem-se de mim". O povo aproximou-se, e Elias preparou o altar do SENHOR que estava em ruínas. Depois apanhou doze pedras, uma para cada tribo dos descendentes de Jacó, a quem a palavra do SENHOR tinha sido dirigida, dizendo-lhe: "Seu nome será Israel". Com as pedras construiu um altar em honra ao nome do SENHOR e cavou ao redor do altar uma valeta no qual poderiam ser semeadas duas medidas de sementes. Depois arrumou a lenha, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre a lenha. Então lhes disse: "Encham de água quatro jarras grandes e derramem-na sobre o holocausto e sobre a lenha". "Façam-no novamente", disse, e eles o fizeram de novo. "Façam-no pela terceira vez", ordenou, eles o fizeram pela terceira vez. A água escorria do altar, chegando a encher a valeta.

À hora do sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente do altar e orou: "Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua. Responde-me, ó SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó SENHOR, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para ti". Então o fogo do SENHOR caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, a também secou totalmente a água na valeta. Quando o povo viu isso, todos caíram prostrados e gritaram: "O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!" - 1 Reis 18:20 – 39

O Dia de Pentecoste é um exemplo de avivamento alcançando uma cidade no Novo Testamento. Além de ser um evento escatalógico1, a primeira vez nas escrituras que a frase "os últimos dias" foi utilizada no sentido do presente, quando Pedro explicou que "isto é o que foi predito pelo profeta Joel: nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito"2, os acontecimentos deste dia também marcaram um grande avivamento que abalou a cidade de Jerusalém.

Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele. Chegando o dia de Pentecoste3, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.

Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. Ouvindo-se o som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna? Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judeia e Capadócia, do Ponto e da província de Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!" Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: "Que significa isto?" Alguns, todavia, zombavam deles e diziam: "Eles beberam vinho demais".

Então Pedro levantou-se com os Onze e, em alta voz, dirigiu-se à multidão: "Homens da Judéia e todos os que vivem em Jerusalém, deixem-me explicar-lhes isto! Ouçam com atenção; estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são nove horas de manhã! Ao contrário, isto é o que foi predito pelo profeta Joel: “Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão..." "Portanto,

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que todo o Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo".

Quando ouviram isso, ficaram aflitos em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos?" Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar". Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: "Salvem-se desta geração corrompida!" Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Atos 1: 12 – 14, 2:1-18, 36-41. O avivamento que começou no dia de Pentecoste continuou e teve um impacto em toda a cidade de Jerusalém.

Vamos resumir algumas similaridades entre estes dois avivamentos:

Elias era um homem de oração (1 Reis 18: 36, 42; Tiago 5:17); a igreja primitiva era um povo de oração (Atos 1:14).

Elias obedeceu a palavra do SENHOR de enfrentar Acabe (1 Reis 18:1-2), a igreja primitiva obedeceu a palavra do Senhor Jesus de esperar em Jerusalém (Atos 1:4).

Elias não teve um "plano B", para ele era "ou confiar em Deus ou morrer" (1 Reis 18:4). A igreja primitiva não tinha outra alternativa a não ser receber a "promessa do Pai" (Atos 1:13-14, 2:1).

No Monte Carmelo, o poder de Deus manifestou-se numa forma sobre-natural que convenceu a multidão da realidade de Sua existência e poder (1 Reis 18:38-39). No dia de Pentecoste, as manifestações sobrenaturais do Espírito de Deus chamaram a atenção da multidão (Atos 2:6, 12).

Elias pregou uma mensagem de arrependimento ao povo (1 Reis 18:21), bem como o apóstolo Pedro (Atos 2:38).

Houve mudança imediata e radical no clima espiritual da nação de Israel (1 Reis 18:39) e da cidade de Jerusalém (Atos 2:47).

O avivamento do Monte Carmelo acabou com a seca sobre a nação de Israel que foi um julgamento de Deus (1 Reis 17:1, 18:45). Eu acho provável que o avivamento do dia de Pentecoste adiou por quarenta anos, uma geração, a destruição da cidade de Jerusalém profetizada pelo Senhor Jesus (Mateus 23:37-38, 24:1-2, Lucas 23:28-30), que aconteceu em AD 70.

O verdadeiro avivamento terá todas estas características: a oração, a obediência, o compromisso, manifestações sobrenaturais, o arrependimento, uma mudança nítida no clima espiritual da área do avivamento, e, como consequência do avivamento, o adiamento ou cancelamento dos juízos de Deus sobre a nação, região ou povo.

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Avivamentos Contemporâneos

John Wesley

John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.

John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra. Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar. Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.

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Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro dos Salmos como apostila. John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.

Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravianos cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus)e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.

Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres, Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus. No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados. No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário: "Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia". Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

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Charles Finney

A maior necessidade de nossos dias é poder do alto.

O milagre do avivamento é bem semelhante ao de uma colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heroicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer - e, se for necessário, vencer e morrer. 'O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.

Charles Grandison Finney nasceu no dia 29 de agosto de 1792, um ano após o falecimento do John Wesley, na cidade de Warren, no estado de Connecticut, EUA. A sua família não era religiosa, e o jovem Finney foi criado sem nenhuma formação cristã. Aos 26 anos ele começou a trabalhar num escritório de advogacia na cidade de Adams, e frequentou uma igreja, apesar de achar que as orações daqueles crentes não estavam sendo respondidas.

No dia 10 de outubro de 1821, enquanto ele orava sozinho num matagal, Finney experimentou uma poderosa conversão. Mais tarde no mesmo dia, ele foi batizado no Espírito Santo. A notícia da conversão de Finney espalhou-se rapiamento na cidade, e na noite seguinte ele deu seu testemunho na igreja, começando assim um avivamento naquela cidade. Finney começou reuniões de oração com os jovens da igreja, e todos foram convertidos. Depois ele foi visitar seus pais, e ambos foram tocados poderosamente por Cristo. Finney continuou tendo experiências poderosas e sobrenaturais com Deus, e passou a gastar muito tempo a sós com Ele em oração e jejum. Ele começou a pregar, primeiro nas pequenas cidades e aldeias, e depois nos grandes metrópoles, e muitos foram poderosamente convertidos. Ele entendeu a necessidade de comunicar o evangelho com simplicidade, usando ilustrações e linguagem apropriadas ao povo. Seu estilo de pregação atraiu muito oposição dos outros ministros.

A 5 de outubro de 1824, Finney casou-se com Lydia. Ele a deixou para ir buscar seus pertences em Evan Mills, esperando estar de volta em uma semana. No outono anterior, Finney pregara várias vezes em Perch River. Um mensageiro foi procurá-lo, pedindo para pregar mais uma vez em Perch River porque Deus estava dando um reavivamento. Finney prometeu visitá-los na noite de terça-feira. Deus operou tão poderosamente que Finney prometeu outro culto na noite de quarta-feira, depois na de quinta, e outros mais...

O reavivamento estendeu-se até uma grande cidade chamada Brownsville. O povo dali insistiu para que Finney passasse o inverno. No começo da primavera, Finney preparou-se para voltar para a esposa. Ele teve de parar para ferrar o cavalo em Rayville. As pessoas o reconheceram e correram ao seu encontro, insistindo para que pregasse pelo menos uma vez ali. Finney anunciou então uma reunião à uma hora da tarde. Uma multidão se formou ao seu redor. O Espírito Santo veio em poder e eles suplicaram que Finney passasse a noite na cidade. Ele pregou naquela noite e o fogo de reavivamento continuou queimando. Pregou então na manhã seguinte e teve de permanecer mais uma noite, já que Deus estava operando tão profundamente. Finney pediu a um irmão cristão que levasse seu cavalo e trenó à sua esposa e lhe contasse os fatos. Eles estivam separados há seis meses. Finney continuou pregando em Rayville mais algumas semanas e a maioria do povo se converteu. Até sua morte em 16 de agosto de 1875, aos 82 anos, Finney continuou sendo usado por Deus como um poderoso instrumento de avivamento nos Estados Unidos e na Inglaterra.

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De 1851 a 1866 ele foi diretor do Oberlin College, onde ele ensinou 20 mil estudantes.

William Booth

Enquanto as mulheres chorarem, como choram agora, eu lutarei;

Enquanto criancinhas passarem fome, como passam agora, eu lutarei;

Enquanto homens passarem pelas prisões, entrando e saindo, entrando e saindo,

Como eles o fazem agora, eu lutarei;Enquanto há um bêbado remanescente,

Enquanto há uma pobre menina perdida nas ruas,Enquanto restar uma alma que seja nas trevas, sem a luz

de Deus - eu lutarei,Eu lutarei até ao último instante.

General William Booth, na sua última pregação, junho de 1912

William Booth nasceu na cidade de Nottingham, na Inglaterra, no dia 10 de abril de 1827. Seu pai era um construtor que acabou perdendo tudo, e com treze anos de idade William começou a trabalhar na loja de um penhorista. Seu pai morreu logo depois, e William precisava ajudar a sustentar a sua mãe e irmãs com o pouco que ganhava. Aos quinze anos de idade, William, que não tinha sido criado em lar cristão, começou a frequentar a Capela da Igreja Metodista de Nottingham, onde ele teve uma forte experiência de conversão: "Como um jovem irresponsável de quinze anos, eu fui levado a frequentar a Capela Wesley de Nottingham, eu não me lembro de ninguém ter me orientado sobre a necessidade de uma rendição pessoal para Deus. Eu fui convencido, independentemente de esforço humano, pelo Espírito Santo, que criou dentro de mim uma grande sede por uma vida nova."

Imediatamente depois da sua conversão, Booth começou a pregar nas áreas pobres da sua cidade, junto com outros adolescentes. Mas quando ele levou um grupo de jovens pobres para a igreja, a congregação de classe média-alta ficou escandalizada. Depois de mudar-se para a grande cidade de Londres em busca de emprego, William continuou sua associação com a Igreja Metodista e teve oportunidades de pregar. Em 1850 ele foi aceito como pregador leigo num grupo de Metodistas dissidentes, e assim começou seu ministério de evangelista e avivalista. Booth foi usado poderosamente nas igrejas Metodistas, e em 1852 foi ordenado como pregador. Ele se casou com Catherine Mumford em 16 de Junho de 1855. Inicialmente ligado a uma igreja em Londres, nesse mesmo ano de 1855 Booth foi liberado para exercer o ministério de evangelista itinerante.

Em 1858 Booth foi consagrado como Ministro mas também obrigado a assumir o pastoreado de uma igreja local. Ele sentiu que seu chamado era mais evangelístico que pastoral e em 1861 saiu da Igreja Metodista para seguir o ministério evangelístico. Com filhos pequenos e sem sustento financeiro, os anos que se seguiram foram difíceis para a família Booth. Em 1865 a família Booth mudou-se para a cidade de Londres. Andando um dia pelo lado oeste da cidade, William foi chocado em ver a pobreza e miséria dos seus moradores. "Naquela noite", disse o General, "o Exército de Salvação nasceu." Booth fundou um ministério, a Missão Cristã, para ministrar a essas pessoas. Desde o início, seus métodos – e os resultados – foram nada convencionais. Sediada inicialmente em uma tenda, que foi destruída por uma gangue de baderneiros, mais tarde a missão se mudou para um salão de dança. Reuniões ao ar livre também sempre foi uma estratégia importante para a missão. Mais tarde, bandas marchando nas ruas foram utilizadas para atrair as multidões para ouvir a pregação do Evangelho. Um forte mover do Espírito Santo impulsionou o crescimento do avivamento. A missão continuou a crescer, mesmo sofrendo

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muita oposição. No Natal de 1878 o nome da Missão Cristã mudou para "O Exército de Salvação", e William Booth foi chamado de seu General (um título que ele resistiu, no início, por achar pretensioso). Por causa das suas táticas de invadir as ruas e áreas pobres com a pregação do Evangelho, o Exército de Salvação foi, nos primeiros anos, muito perseguido.

Num só ano – 1882 – 669 soldados do Exército de Salvação foram atacados ou brutalmente assaltados. Sessenta prédios foram quase demolidos pelas multidões. Até 1.500 policiais de plantão todo domingo, pareciam ser incapazes de proteger as tropas do Booth. Mas, no mesmo tempo, seu crescimento fenomenal não pode ser negado, e até a Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana) propôs uma parceria com o Exército de Salvação. No início de 1882, o Arcebispo de York, Dr William Thomson, sugeriu uma mudança radical: a amalgamação do Exército de Salvação com a Igreja da Inglaterra. Houve pessoas, ele confessou, que a sua Igreja não conseguiu alcançar; uma pesquisa feita numa noite de semana em Londres mostrou quase 17.000 adorando nos quarteis do Exército contra 11.000 nas igrejas comuns... Seu crescimento não foi limitado ao país da Inglaterra.

O Exército se estendeu aos EUA e Austrália em 1880, e à França no ano seguinte. Divisões na África do Sul e Nova Zelândia começaram em 1883. Catherine Booth, a "Mãe do Exercito de Salvação" faleceu no dia 4 de outubro de 1890. Nesse ano, o Exército já tinha alcançado um sucesso inimaginável desde seu início, vinte e cinco anos antes: Agora eles estavam operando quase 2.900 centros – mais que £775.000 de imóveis, a maioria hipotecada. Levantaram £18.750.000 para ajudar homens para quem o mundo negou uma segunda chance. A bandeira "Sangue e Fogo" estava levantada em trinta e quatro países. Na Sede Internacional, o assunto da salvação agora envolveu 600 telegramas, 5.400 cartas cada semana. Mas Booth tinha ganho mais que território e fundos: ele ganhou os olhos e os ouvidos do mundo. Cada semana seus 10.000 oficiais, a maioria com menos de vinte e cinco anos, pregaram o Evangelho à multidões em 50.000 reuniões. Somente na Inglaterra, visitaram 54.000 lares cada semana. Seus vinte e sete jornais alcançaram trinta e um milhões de leitores.

Em 1909 o Booth, agora com oitenta anos mas sempre um evangelista, começou suas "Campanhas Motorizadas" onde ele viajou pela Inglaterra de carro, evangelizando.William Booth faleceu no dia 20 de agosto de 1912. Em sessenta anos como evangelista, Booth viajou cinco milhões de milhas, pregando quase 60.000 sermões – e seu espírito hipnótico atraiu 16.000 oficiais para seguir a bandeira em cinquenta e oito países, para pregar o evangelho em trinta e quatro línguas. Em 1881, quando Booth mudou-se para a Rua Queen Vitória, os obreiros da Sede se sentiram sobrecarregados abrindo mil cartas cada semana. Agora eles estavam afundados numa enchente de mil cartas cada dia. O Exército de Salvação ficou muito conhecido por causa das suas muitas obras sociais, mesmo que essas tenham sido o resultado de um verdadeiro avivamento e uma paixão pelas almas perdidas.

É difícil medir o impacto do Exército de Salvação, que certamente marcou profundamente o Século 19. Sua luta por justiça social e a favor dos excluídos e menos favorecidos da sociedade levou Booth a escrever um livro "In Darkest England and the Way Out" ("Na Mais Tenebrosa Inglaterra e a Saída") que foi muito discutido na Inglaterra, e incentivou o crescimento das obras sociais do Exército.

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Evan Roberts e o avivamento no país de GALES

Eu estendi minha mão e toquei a chama. Agora eu estou queimando e esperando por um sinal. – Evan Roberts, pregando na Capela de Moriah, Dezembro de 1903. Eu não sou a fonte deste avivamento. Eu sou apenas um agente entre o que vai ser uma multidão... Eu não sou aquele que está tocando os corações de homens e mudando as vidas dos homens. Não sou eu, mas o Deus que opera em mim. – Evan Roberts

O avivamento de Gales foi um dos mais impressionantes moveres de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor do mundo. O avivamento começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan Roberts, um jovem de 26 anos. Wesley Duewel conta sobre o início do avivamento no seu livro "O Fogo do Reavivamento":

Os historiadores geralmente se referem ao reavivamento que começou na aldeia de Loughor no País de Gales como o ponto inicial do reavivamento. Evan Roberts foi o instrumento usado por Deus para inaugurar o reavivamento de 1904. Em 1891, aos treze anos de idade, Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas coisas importantes: (1) para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e (2) para que Deus enviasse o reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior investimento no banco de oração de Deus a favor do reavivamento que o Senhor desejava enviar. E talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a onda internacional de reavivamentos no País de Gales – através de Evan Roberts.

Evan Roberts tinha acabado de começar a cursar o seminário quando teve uma visão na qual Deus o chamava para voltar à sua pequena cidade e pregar para os jovens da sua igreja. Roberts já tivera outras experiências com Deus e estava convencido que Ele estava prestes a derramar um poderoso avivamento sobre o país de Gales. Mesmo assim, podemos imaginar que não foi fácil para ele voltar para casa depois de apenas quinze dias no seminário. Mas, na noite de domingo, 30 de outubro de 1904, durante o culto, Roberts teve uma visão dos seus amigos de infância e entendia que Deus estava falando para ele voltar para casa e evangelizar-los. No dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igreja e começou a passar a sua visão para o avivamento. Ele ensinou que o povo orasse uma oração simples: "Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo". Roberts também enfatizou quatro pontos fundamentais para o avivamento:

A confissão aberta de qualquer pecado não confessado O abandono de qualquer ato duvidoso A necessidade de obedecer prontamente tudo que o Espirito Santo ordenasse A confissão de Cristo abertamente

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Os cultos continuavam todos os dias e o fogo do avivamento começou a espalhar-se pela região. Desse pequeno começo, um grande avivamento começou a varrer o norte do país de Gales. Cultos de avivamento começaram espontaneamente, muitas vezes antes da chegada do avivalista. Evan Roberts tinha apenas vinte e seis anos de idade quando irrompeu o avivamento. Sua irmã, Mary, que foi uma parte tão importante da obra, tinha dezesseis. Seu irmão Dan e o futuro marido de Mary, Sydney Evans, estavam ambos com cerca de vinte anos. Milhares de jovens se converteram e eram imediatamente enviados por toda a terra testificando da glória de Deus. Criancinhas tinham suas próprias reuniões de oração e testemunhavam ousadamente aos pecadores mais endurecidos.

O avivamento resultou na conversão de muitos jovens, que logo se empenharam na obra de evangelização. Crianças também foram usadas poderosamente no avivamento, ganhando muitos almas para Jesus. Novos convertidos lideravam grandes reuniões de oração e estudos Bíblicos. Durante o avivamento os cultos continuavam quase sem parar, e a presença de Deus foi manifesta de uma forma especial. Grandes congregações, de até milhares de pessoas, foram movidos pelo Espírito a "cair aos pés simultaneamente para adorar em uníssono"; às vezes a glória do Senhor brilhava dos púlpitos com uma luz tão forte que "os evangelistas ou pastores fugiam dela para não serem completamente arrebatados".

Os efeitos do avivamento estenderam-se muito além dos cultos e reuniões de oração. Os bares e cinemas fecharam, as livrarias evangélicas venderam todos os seus estoques de Bíblias. O avivamento tornou-se manchete nos principais jornais do país. A presença de Deus "parecia ser universal e inevitável", invadindo não somente as igrejas e reuniões de oração, mas se manifestando também "nas ruas, nos trens, nos lares e nas tavernas". Evan Roberts trabalhou sem parar no avivamento. Ele não queria que as pessoas olhassem para ele, e muitas vezes ficava calado durante os cultos, preferindo que o Espírito Santo os dirigisse. Ele raramente falava com os jornalistas que vinham para escrever sobre o avivamento, e não permitia que tirassem fotografias dele.

Infelizmente, Evan, o "catalisador principal" do avivamento, não cuidou da sua própria saúde, tirando o tempo necessário para descansar. Ele começou a se sentir fisicamente exausto, vindo finalmente a ter um colapso, e em abril de 1906 retirou-se para a casa do Sr. e Sra. Penn-Lewis na Inglaterra. Evan nunca mais exerceu seu ministério de avivalista, e sem sua liderança, o avivamento logo se apagou. Depois de sair da liderança do avivamento, com sua saúde bastante enfraquecida, Evan Roberts viveu uma vida de intercessão, escrevendo matérias para revistas evangélicas, e recebendo visitas. Alguns anos depois, junto com a Jesse Penn-Lewis, ele escreveu o livro "War on the Saints" (Guerra contra os Santos), em qual ele criticou o avivamento. Menos que um ano depois do lançamento do livro, Roberts o descreveu como sendo uma "arma falhada que tinha confundido e dividido o povo do Senhor." O avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo marcou o mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma pesquisa feita seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos convertidos continuavam sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se convertido. Porém, isso não significa que os outro 20% tivessem se desviado, porque muitos se mudaram para missões independentes ou novas denominações.

O avivamento da Rua Azusa - William Seymour

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O avivamento da Rua Azusa, na cidade de Los Angeles - EUA, tem marcado profundamente o Cristianismo dos últimos cem anos. Hoje, dos 660 milhões de cristãos protestantes e evangélicos no mundo, 600 milhões pertençam a igrejas que foram diretamente influenciadas pelo avivamento da Rua Azusa (Pentecostais, Carismáticos, Terceira-Onda etc).

O início do avivamento começou com o ministério do Charles Fox Parham. Em 1898 Parham abriu um ministério, incluindo uma escola Bíblica, na cidade de Topeka, Kansas. Depois de estudar o livro de Atos, os alunos da escola começaram buscar o batismo no Espírito Santo, e, no dia 1° de janeiro de 1901, uma aluna, Agnes Ozman, recebeu o batismo, com a manifestação do dom de falar em línguas estranhas. Nos dias seguintes, outros alunos, e o próprio Parham, também receberam a experiência e falaram em línguas.

Nesta época, as igrejas Holiness ("Santidade"), descendentes da Igreja Metodista, ensinaram que o batismo no Espírito Santo, a chamada "segunda benção", significava uma santificação, e não uma experiência de capacitação de poder sobrenatural. Os dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas, não fizeram parte da sua teologia do batismo no Espírito. A mensagem do Parham, porém, foi que o batismo no Espírito Santo deve ser acompanhado com o sinal miraculoso de falar em línguas.

Parham, com seu pequeno grupo de alunos e obreiros, começou pregar sobre o batismo no Espírito Santo, e também iniciou um jornal chamado "The Apostolic Faith" (A Fé Apostólica). Em Janeiro de 1906 ele abriu uma outra escola Bíblica na cidade de Houston, Texas.

Um dos alunos esta escola foi o William Seymour. Nascido em 1870, filho de ex-escravos, Seymour estava pastoreando uma pequena igreja Holiness na cidade, e já estava orando cinco horas por dia para poder receber a plenitude do Espírito Santo na sua vida. Seymour enfrentou as leis de segregação racial da época para poder frequentar a escola. Ele não foi autorizado ficar na sala de aula com os alunos brancos, sendo obrigado a assistir as aulas do corredor. Seymour também não pude orar nem receber oração com os outros alunos, e consequentemente, não recebeu o batismo no Espírito Santo na escola, mesmo concordando com a mensagem.

Uma pequena congregação Holiness da cidade de Los Angeles ouviu sobre Seymour e o chamou para ministrar na sua igreja. Mas quando ele chegou e pregou sobre o batismo no Espírito Santo e o dom de línguas, Seymour logo foi excluído daquela congregação.

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Sozinho na cidade de Los Angeles, sem sustento financeiro nem a passagem para poder voltar para Houston, Seymour foi hospedado por Edward Lee, um membro daquela igreja, e mais tarde, por Richard Asbery. Seymour ficou em oração, aumentando seu tempo diário de oração para sete horas por dia, pedindo que Deus o desse "aquilo que Parham pregou, o verdadeiro Espírito Santo e fogo, com línguas e o amor e o poder de Deus, como os apóstolos tiveram."

Uma reunião de oração começou na casa da família Asbery, na Rua Bonnie Brae, número 214. O grupo levantou uma oferta para poder trazer Lucy Farrow, amiga de Seymour que já tinha recebido o batismo no Espírito Santo, da cidade de Houston. Quando ela chegou, Farrow orou para Edward Lee, que caiu no chão e começou falar em línguas estranhas. Naquela mesma noite, 9 de abril de 1906, o poder do Espírito Santo caiu na reunião de oração na Rua Bonnie Brae, e a maioria das pessoas presentes começaram falar em línguas. Jennie Moore, que mais tarde se casou com William Seymour, começou cantar e tocar o piano, apesar de nunca tiver aprendido a tocar. A partir dessa noite, a casa na Rua Bonnie ficou lotado com pessoas buscando o batismo no Espírito Santo. Dentro de poucos dias, o próprio Seymour também recebeu o batismo e o dom de línguas.

Sabendo que a casa na Rua Bonnie Brase estava ficando pequena demais para as multidões, Seymour e os outros procuravam um lugar para se reunir. Eles acharam um prédio, na Rua Azusa, número 312, que tinha sido uma igreja Metodista Episcopal mas, depois de ser danificado num incêndio, foi utilizado como estábulo e depósito. Depois de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Azusa no dia 14 de abril de 1906.

Muitos cristãos na cidade de Los Angeles e cidades vizinhas já estavam esperando por um avivamento. Frank Bartleman e outros estiveram pregando e intercedendo por um avivamento como aquilo que Deus estava derramando sobre o país de Gales. O interesse nas reuniões na Rua Azusa aumentou depois do terrível terremoto do dia 18 de abril, que destruiu a cidade vizinha de San Francisco. Duras críticas das reuniões nos jornais da cidade também ajudavam a espalhar a noticia do avivamento. Como no avivamento de Gales, as reuniões não foram dirigidas de acordo com uma programação, mas foram compostos de orações, testemunhos e cânticos espontâneos. No jornal da missão, também chamado "The Apostolic Faith", temos a seguinte descrição dos cultos:

"As reuniões foram transferidas para a Rua Azusa, e desde então as multidões estão vindo. As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus. As pessoas estão buscando no altar três vezes por dia, e fileiras e mais fileiras de cadeiras precisam ser esvaziadas e ocupadas com os que estão buscando. Não podemos dizer quantas pessoas têm sido salvas, e santificadas, e batizadas com o Espírito Santo, e curadas de todos os tipos de enfermidade. Muitos estão falando em novas línguas e alguns estão indo para campos missionários com o dom de línguas. Estamos buscando mais do poder de Deus."Notícias sobre as reuniões na Rua Azusa começaram a se espalhar, e multidões vierem para poder experimentar aquilo que estava acontecendo. Além daqueles que vierem dos Estados

Unidos e da Canadá, missionários em outros países ouvirem sobre o avivamento e visitavam a humilde missão. A mensagem, e a experiência, "Pentecostal" foi levada para as nações. Novas missões e igrejas Pentecostais foram estabelecidas, e algumas denominações Holiness se tornaram igrejas Pentecostais. Em apenas dois anos, o movimento foi estabelecido em 50 nações e em todas as cidades nos Estados Unidos com mais de três mil habitantes.

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A influência da missão da Rua Azusa começou a diminuir à medida que outras missões e igrejas abraçaram a mensagem e a experiência do batismo do Espírito Santo. Uma visita de Charles Parham à missão, em outubro de 1906, resultou em divisão e o estabelecimento de uma missão rival. Parham não se conformava com a integração racial do movimento, e criticou as manifestações que ele viu nas reuniões.

Em setembro de 1906 a Missão da Rua Azusa lançou o jornal "The Apostolic Faith", que foi muito usado para espalhar a mensagem Pentecostal, e continuou até maio de 1908, quando a mala direta do jornal foi indevidamente transferida para a cidade de Portland, assim efetivamente isolando a missão de seus mantenedores.

O avivamento da Rua Azusa durou apenas três anos, mas foi instrumental na criação do movimento Pentecostal, que é o maior segmento da igreja evangélica hoje. William H. Durham recebeu seu batismo no Espírito Santo em Azusa, formando missionários na sua igreja em Chicago, como E. N. Bell (fundador da Assembleia de Deus dos EUA), Daniel Burg (fundador da Assembleia de Deus no Brasil) e Luigi Francescon (fundador da Congregação Cristã no Brasil).

As Ilhas Hébridas - Duncan Campbell

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O avivamento é nem mais nem menos que o impacto da personalidade de Jesus Cristo sobre uma igreja ou comunidade. A área inteira se torna consciente de Deus. - Duncan Campbell

Em 1949, o presbitério local emitiu uma proclamação que deveria ser lida em certo domingo em todas as Igrejas Livres das Ilhas Lewis. Esta proclamação convocava o povo a “considerar o baixo estado vital da religião... naquela terra... e a dispensação presente de desagrado divino... devido a crescente falta de cuidado com relação a adoração pública... e a crescente influência do espírito de prazer que estava tomando conta da geração jovem”.

Eles convocavam as igrejas a “considerar estas questões em seus corações e buscar seriamente qual seria o fim disto se não houver arrependimento. Conclamamos a todo indivíduo a que examine seu próprio coração diante de Deus, à luz desta responsabilidade que atinge a todos nós e para que possamos ser visitados na misericórdia divina com um espírito de arrependimento e nos voltemos, mais uma vez, ao Senhor, o qual nós temos entristecido”.

Peggy Smith tinha 84 anos de idade e era cega. Sua irmã Christine, era 2 anos mais jovem, era quase totalmente dobrada com artrite. Ainda assim na madrugada do inverno de 1949, em sua pequena cabana perto da vila Barvas nas Ilhas Lewis, nas Hébridas Escocesas, elas se encontravam em sincera oração. Naquela manhã, Deus as visitou, de maneira especial, dando a elas uma certeza inabalável que o avivamento pelo qual elas e outros estavam orando por quatro meses, estava perto. Peggy, falando em gaélico (elas não falavam inglês) disse a sua irmã: “Isto é o que Deus prometeu ‘derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca’, e nós estamos tratando com um Deus que guarda o seu pacto”.

Alguns meses antes, Peggy tinha tido um sonho de Deus no qual lhe foi mostrado que o avivamento estava vindo e a igreja ficaria lotada novamente com jovens. Naquele momento, isto parecia impossível. Havia acontecido um movimento definido do Espírito de

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Deus pouco antes da Segunda Guerra Mundial, mas a guerra tinha provocado sua perda.

Em 1949, a geração jovem estava se desviando de Deus. Depois de seu sonho, Peggy disse ao seu ministro, James Murray MacKay, o que ela cria ser uma revelação de Deus. Ela lhe pediu que convocasse os líderes da igreja para orarem. Este homem de Deus concordou, e por meses ele e outros se encontravam com Deus três noites por semana em verdadeira oração. A esposa deste ministro, também teve um sonho no qual ela viu a igreja cheia de pessoas que estavam obviamente preocupados com sua alma, e um estranho estava no púlpito.

No mesmo dia que Deus deu àquelas irmãs anciãs a certeza sobre a vinda do avivamento, havia um grupo orando com o Rev. MacKay em torno das 10 horas das manhã em um celeiro em Barvas (cerca de 12 milhas de distância de Stornoway). Enquanto ajoelhado sobre a palha eles imploravam com o Deus Onipotente. Um jovem da Igreja Livre se colocou em pé Salmos 24: “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”. Ele leu esta passagem novamente e depois desafiou o grupo de oração: “Irmãos, nós temos orado por semanas esperando em Deus, mas eu gostaria de perguntar agora, vossas mãos estão limpas? Vossos corações estão puros?” Enquanto eles continuavam a esperar diante de Deus, a Sua impressionante presença varreu o celeiro. As 4 horas da manhã, eles (nas palavras de Duncan Campbell) “moveram-se para fora do campo do natural e entraram na esfera do sobrenatural e isto é avivamento”.

O Rev. MacKay sentiu de convidar a Duncan Campbell para reuniões especiais em Barvas. Esta direção foi confirmada por Peggy Smith. Ela lhe falou que em “uma noite, em uma visão, o Senhor revelou a ela não apenas que o avivamento estava vindo, mas que a identidade do instrumento escolhido para ser usado era: Duncan Campbell”. No início, Duncan Campbell recusou o convite e agendou para o ano seguinte. Quando as duas irmãs (de oração) ouviram isto, elas simplesmente disseram: “isto é o que o homem disse. Deus disse que este homem estava vindo, e ele estará aqui em duas semanas”. E assim aconteceu! Ainda que havia um espírito de grande expectativa no primeiro encontro, e ainda que havia liberdade do Espírito, nada de muito extraordinário aconteceu. Depois da reunião, foi sugerido que algo em torno de 30 dentre eles se retirassem em uma cabana próxima para passar a noite em oração.

Duncan Campbell descreveu o que aconteceu: “Deus começou a mover-se, os céus estavam abertos. Nós estávamos lá com nossas faces diante de Deus, às 3 horas da manhã, Deus moveu-se. Cerca de doze homens e mulheres caíram no chão sem poder falar. Algo tinha acontecido. Nós sabíamos que as forças das trevas retrocederiam e homens seriam libertos. Saímos da cabana por volta das 3 da manhã para descobrirmos homens e mulheres buscando a Deus. Eles saíram andando em uma estrada do campo e encontraram três homens prostrados, clamando a Deus por misericórdia. Havia luz em cada lar, parecia que ninguém pensara em dormir”.

Quando Duncam e seus amigos se reuniram, mais tarde pela manhã, na igreja, o lugar estava lotado. Pessoas vieram de toda parte da Ilha, mas não se pode descobrir quem lhes convidou. Um açougueiro trouxe em sua van sete homens de uma distância de 27 quilômetros. Todos os sete se converteram gloriosamente. Agora o avivamento estava realmente a caminho. O Espírito de Deus estava operando. Em toda igreja, homens e mulheres estavam clamando por misericórdia. Em toda igreja, os homens e mulheres estavam chorando por misericórdia. Aquele culto foi até as 4 da madrugada na próxima manhã.

Isto continuou por cinco semanas com cultos desde manhã cedo até tarde da noite ou cedo da manhã seguinte. Então se espalhou pelas congregações vizinhas. O que aconteceu em Barvas repetiu-se seguidamente. A sagrada presença de Deus estava em todo lugar. Pecadores se encontravam incapazes de escapar. Antes do avivamento,

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Stornoway tinha uma dos mais altos índices de embriagues da Escócia, e bêbados e lugares que vendiam bebida ilegal e sem licença floresciam. Depois do avivamento, um publicano lamentou “o negócio de bebidas na Ilha está arruinado”.

Ainda que o pico do avivamento foi entre 1949 e 1952, as bênçãos continuaram a fluir por muitos anos. Mesmo em 1957, Deus manifestou seu poder, desta vez, para o grande regozijo de Duncan Campbell, foi na Ilha de North Uist. Era um fato reconhecido que Uist nunca conhecera um avivamento. Os ministros locais testificaram que o mover em Uist foi ainda maior que o que o mover anterior em Lewis. Mais uma vez, o mover do Espírito de Deus foi trazido através da oração em fé, e da pregação fiel da Palavra de Deus. Houve contudo, uma nota diferente, Deus escolheu como seu instrumento em Uist, 4 irmãs peregrinas da missão da fé.

Os encontros eram lotados e noite após noite, pessoas eram encontradas clamando a Deus por salvação. Muitos jovens do avivamento de Hebridian ouviram o chamar de Deis e entraram para o ministério. Outros responderam ao chamado do campo missionário.

Certa vez Duncan Campbell escreveu “Aqueles que buscam a Deus por um avivamento, devem estar preparados para que Deus opera de Sua própria maneira, e não de acordo com seus programas. Sua soberania não libera o homem de responsabilidades. Deus é o Deus de avivamento, mas o homem é o agente humano através do qual o avivamento é possível. Desejo por avivamento é uma coisa, uma antecipação confiante que seu desejo se realizará é outra coisa”.

O Movimento Jesus

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O Movimento Jesus (Jesus Movement ou Jesus People Movement) começou no ano de 1967 em Califórnia – EUA, e continuou até aproximadamente 1973. O movimento foi um avivamento focalizado principalmente nos adolescentes e jovens da "contra cultura" Norte-Americana que surgiu no fim da década de 1960. A década de 60, e principalmente os anos de 1967 a 1969, foram anos de grandes mudanças sociais, nos Estados Unidos e no mundo. Numa matéria sobre o ano de 1968, lemos na Revista Época:

Quarenta anos depois, 68 continua enigmático, estranho e ambíguo como um adolescente em crise existencial. Ele foi o ano da livre experimentação de drogas. Das garotas de minissaia. Do sexo sem culpa. Da pílula anticoncepcional. Do psicodelismo. Do movimento feminista. Da defesa dos direitos dos homossexuais. Do assassinato de Martin Luther King. Dos protestos contra a Guerra do Vietnã. Da revolta dos estudantes em Paris. Da Primavera de Praga. Da radicalização da luta estudantil e do recrudescimento da ditadura no Brasil Da Tropicália do cinema marginal brasileiro. Mas essa época marcou, também, o início de um avivamento significante, que até hoje influencia o Cristianismo. Como podemos ver na história dos avivamentos, tempos de transtornos sociais são oportunidades para verdadeiros despertamentos espirituais, e a década dos anos de 60 não foi nenhuma exceção a essa regra.

Embora o descontentamento social estava crescendo desde a morte de Presidente John F. Kennedy em 1963, foi em 1967 que a América do Norte começou a desmoronar. Sentimentos contra a guerra continuaram a crescer nos Estados Unidos com 400.000 manifestantes em Nova Iorque mostrando o seu desprezo marchando do Parque Central ao edifício das Nações Unidos. Manifestações contra o serviço militar obrigatório refletiram a dissensão difundida. Um estudo sobre drogas indicou que a experimentação com a maconha e LSD tinha dobrado no ano de 1966 a 1967. Apesar do ano ser anfitrião ao "verão do amor", 1967 foi a última celebração do movimento hippie antes das drogas mais pesadas levar as comunidades relativamente calmas para a violência...

Desafeiçoados e crescentemente alienados pelos desdobramentos na sociedade, muitos começaram a buscar assuntos religiosos mais profundos. No meio deste caos social, grupos evangelísticos informaram grandes sucessos em conversões e recrutamento. Atividades de ativistas estudantis desiludidos, hippies, ex-viciados, e adolescentes Cristãos que buscaram colocar a sua fé em ação foram todos levados por uma onda de entusiasmo, crendo que o Espírito de Deus tinha os reunido. Aqueles que participaram em evangelismo durante este tempo testemunharam que multidões enormes poderiam ser reunidas tocando um violão na esquina de a rua. Por causa da tremenda resposta para a mensagem de evangelho, este período marca o que alguns simpatizantes evangélicos dublaram uma "colheita de almas".

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A condição geral era um de declínio. Somente os Metodista Unidos (United Methodists) perderam centenas de milhares de membros, e as estatísticas das outras denominações principais retrataram tendências desencorajadores semelhantes. As pessoas citaram muitas razões. Elas estavam enfadados com a políticas na igreja. Ou elas estavam entediadas com o mesmo ritual de formas inanimadas repetido semanalmente. Ou elas não estavam obtendo muita ajuda espiritual dos sermões. Elas disseram que se sentiam nenhum senso de comunhão genuíno, de membros que se preocupam um com o outro. A fé não parecia ter muita relevância depois do meio-dia no domingo. Enquanto isso, um número crescente de nossos lares estavam desmoronando, e alguns de nós também. Na capa da Revista Time de 8 de abril, 1966 foi escrito a pergunta: "Será que Deus está morto?"

O movimento Jesus começou com "Coffee Houses" (cafés) que foram utilizados como meios de evangelismo dos hippies, e comunidades e casas de recuperação de viciados em drogas. O Estado de Califórnia foi o ponto da maior concentração dos hippies, e consequentemente o berço do movimento, porém este espalhou-se rapidamente pela América do Norte. Pela maioria dos relatos, o "Jesus People Movement" (Movimento do Povo de Jesus) começou em 1967 dentro do Distrito Height-Ashbury de São Francisco. Nesta primeira fase, o conjunto de pioneiros independentes de hippies evangélicos foi chamado de "cristãos da rua" e "os evangelistas psicodélicos", só depois sendo chamado os "Jesus freaks" (Doidos para Jesus) ou o "Jesus People" (Povo de Jesus). Embora rotulado o "Jesus Movement" (Movimento Jesus) pela revista "Look" em fevereiro de 1971, o evento é melhor explicado como sendo um avivamento Cristão clássico que teve seu impacto mais profundo em vidas individuais e não na sociedade em geral.

Dentro de poucos anos, esse mover do Espírito Santo literalmente capturou e transformou milhares de jovens e adolescentes, rebeldes, alienados da sociedade, muitos dos quais eram usuários e viciados em drogas. As poucas igrejas se abriram as portas paras estes jovens experimentaram crescimento fenomenal, como no caso da Calvary Chapel, de Costa Mesa, Califórnia. Estima-se que em um período de dois anos, em meados dos anos 70, a Calvary Chapel de Costa Mesa realizou mais de oito mil batismos. Durante esse mesmo período, colaboramos para a realização de 20 mil conversões à fé cristã. Nossa taxa de crescimento por década foi calculada por especialistas que concluíram ser de dez mil por cento. Talvez outro fator ainda mais surpreendente é que no início da Calvary Chapel em Costa Mesa, em 1965, havia apenas vinte e cinco pessoas no primeiro culto realizado no domingo de manhã. Agora, coloque isso em perspectiva. Aquela igreja de vinte cinco membros não só estabeleceu mais de quinhentas igrejas filiais da Calvary Chapel por todo o mundo, mas também atingiu um grande número de pessoas que a consideram como sua igreja: mais de trinta e cinco mil! É listada em terceiro lugar com relação ao número de pessoas que frequentam os cultos aos domingos (dentre as dez maiores igrejas dos Estados Unidos); e é a primeira entre as dez maiores igrejas protestantes da Califórnia.

Em junho de 1971 a revista "Time" publicou uma figura de Jesus na capa, com uma matéria sobre o movimento, parte da qual dizia: Há um frescor matinal neste movimento, uma atmosfera flutuante de esperança e amor unido a um típico zelo rebelde. Alguns convertidos gostam de traduzir sua nova fé para a vida diária, como aqueles que atendem o telefone com 'Jesus ama você' e vez de 'alô'. Mas seu amor parece mais sincero que um slogan, mais profundo que os sentimentos de uma onda passageira... o que surpreende quem está de fora é o extraordinário senso de alegria que eles são capazes de comunicar... Se há uma característica, que claramente os identifica, é sua crença total num Jesus Cristo terrível e sobrenatural, não apenas um homem maravilhoso que viveu há 2.000 anos, mas um Deus vivo que é tanto Salvador como Juiz. Suas vidas giram em torno da necessidade de um intenso relacionamento pessoal com este Jesus, e a crença de que tal relacionamento deve ser a condição de toda vida humana. Agem como se a

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intervenção divina guiasse cada momento de suas vidas e com a certeza de que pode resolver cada problema...

A revolução de Jesus rejeita não somente os valores materiais da América convencional, mas também a sabedoria dominante da teologia americana... O Cristianismo tem enfatizado - pelo menos - o tipo pregado nos púlpitos e seminários de prestígio nas últimas décadas - um Deus presente na natureza e no movimento social, não o Deus pessoal e transcendental do novo movimento, que vem para a terra na pessoa de Jesus, na vida de indivíduos, milagrosamente. A revolução de Jesus, em resumo, nega as virtudes das Cidade Secular e amontoa desprezo sobre a mensagem de que Deus sempre esteve morto."

Um dos mais famosos dos "pregadores hippies" foi Lonnie Frisbee, um se converteu aos 17 anos de idade. Poderosamente ungido, ele foi instrumental em trazer ao mover do Espírito a três denominações: a Calvary Chapel, a Vineyard e "Jesus People USA". Tragicamente - e existem versões divergentes sobre os fatos - Lonnie morreu de AIDS em 1993. Mudanças socais e culturais nos Estados Unidos, e o desaparecimento da "hippie" contra-culturas, resultaram na assimilação dos frutos movimento Jesus no cristianismo evangélico. David Di Sabatino descreveu os efeitos do movimento no livro "The Jesus People Movement":

A influência do avivamento ainda está sendo sentida apesar de ter desvestido muita de sua aparência contra-cultural. Seus efeitos mais profundos e mais perceptíveis foram sentidos como um agente da renovação espiritual. Pelo menos quatro denominações novas - a Calvary Chapel, a Gospel Outreach, a Hope Chapel e o movimento Vineyard - traçam sua linhagem ao evento. A indústria da música cristã contemporânea (Contemporary Christian Music) comanda agora mais que oito por cento de todas as vendas na América do Norte, vendendo mais que a música clássica e jazz.

Milhares de igrejas locais foram fundadas ou experimentaram renovação devido ao influxo de membros. Organizações para-eclesiásticas existentes, como a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo (Campus Crusade for Christ), Os Navegadores (The Navigators), a Mocidade para Cristo (Youth For Christ) e Jovens Com Uma Missão (Youth With a Mission), para nomear somente alguns, tiraram proveito do grande número de convertidos espirituais que foram canalizados em seus programas. A renovação igualmente gerou suas próprias organizações para-eclesiásticas, tais como Last Days Ministries, Christ is the Answer Ministries, and the Holy Ghost Repair Shop... Muitos dos aderentes de avivamento, alguns dos quais estão entrando agora em posições de autoridade dentro das organizações das igrejas, igualmente mencionam suas experiências espirituais formativas como sendo durante o movimento. A tremenda ênfase contemporânea na música da adoração e em práticas litúrgicas - emanando de grupos como Maranatha! Music, Vineyard Music Group, e Integrity Hosanna - traçam seus impulsos originais ao avivamento.

Aeroporto de Comunhão Cristã de Toronto - Randy Clark

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Em janeiro de 1984, Randy Clark conheceu John Wimber (fundador do movimento Vineyard). John orou por ele e profetizou muitas palavras encorajadoras. Dentre essas palavras, que Randy nunca tem esquecido, estavam: “Você é um príncipe no Reino de Deus.” Embora desanimado antes de receber esta profecia, Randy foi grandemente animado/encorajado logo após. Alguns meses apos, Randy descobriu que Deus falou de forma audível com John aquela noite. Quando Randy perguntou por que ele foi colocado na Liderança do Conselho do Vineyard quando ele tinha menos de 50 pessoas na nova igreja que ele estava iniciando, e todos no conselho tinham igrejas de 500 a 5.000, um amigo de confiança de John Wimber contou para ele, "John não te convidou ao conselho pelo que você fez, mas pelo que Deus falou com ele de forma audível do que você fará. Você viajará ao redor do mundo e imporá suas mãos sobre pastores e líderes para o derramamento do Espírito Santo, e você provocará e entregará os dons do Espírito.”

Dez anos muito difíceis passaram antes que esta palavra de Deus fosse cumprida. Alguns dias após do derramamento do Espírito Santo no Aeroporto de Vineyard em Toronto, agora chamado de o Aeroporto de Comunhão Cristã de Toronto (Toronto Airport Christian Fellowship), John Wimber chamou a Randy. Ele disse, “Este é cumprimento do que Deus me mostrou sobre tua vida dez anos atrás.” A última vez que Randy se encontrou com John Wimber, John disse para ele pessoalmente que, “Deus me falou de forma audível que você e (um outro) eram os dois pastores da Vineyard que iriam ao redor do mundo, impondo mãos sobre os pastores e lideres para entregar os dons do Espírito Santo para eles e para entregar o Espírito Santo neles.”

De todas as coisas que Randy dá valor, este ministério de "revelação" é o mais importante para ele. Ele ama ver as pessoas serem curadas, libertas, salvas e re-dedicadas a Jesus. Não entanto, ele sabe que o Reino de Deus será impactado com muito mais poder ao ministrar para os pastores, líderes, e a seu povo para receber uma revelação nova do Espírito ou dos dons do Espírito. O número de pessoas que serão curadas, libertas, salvas ou re-dedicadas através deles serão muitas mais se os líderes e leigos recebem uma revelação mais poderosa.

O Avivamento Mundial (Global Awakening) nasceu através de Randy Clark em janeiro de 1994, como resultado de ser usado por Deus para trazer o fogo do avivamento para o Aeroporto de Comunhão Cristã de Toronto (Toronto Airport Christian Fellowship). Este ministério nasceu no maior movimento de avivamento da última parte do século XX, um mover de Deus que resultou na reunião mais longa na história da América do Norte. Durante o primeiro ano a "Bênção", como chegou a ser conhecida, se espalhou para 55.000 igrejas ao redor do mundo. Mais de três milhões de pessoas visitaram a igreja durante os primeiros anos, com milhares sendo re-dedicados e salvos, e milhares mais

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foram outorgados com poder e foram equipados para ministrar com mais efetividade.

Hoje em dia, uma década mais tarde, como resultado do ministério de Randy em Toronto e ao redor do mundo, entre 6.000 e 7.000 igrejas foram iniciadas em Moçambique. Isto resultou em aproximadamente 1.000.000 de novos convertidos ao Reino de Deus. O avivamento em Moçambique nasceu através de uma palavra profética que Randy entregou a Heidi Baker em Toronto, acompanhada por uma revelação poderosa do Espírito Santo. O fogo deste mover de Deus em Toronto se espalhou através de Rolland e Heidi Baker para o campo de missões de Moçambique, De lá já se espalhou para mais de dez nações africanas, e está rapidamente se espalhando para muitas mais.

Além do avivamento em Moçambique, outras nações estão sendo tocadas através do fogo deste mover de Deus. Em 1995, Randy orou e profetizou sobre Leif Hetland, um pastor norueguês, outro ministro que mudou sua vida radicalmente. Uma poderosa revelação do Espírito Santo veio sobre Leif no momento da palavra profética que ele recebeu de Randy. Desde então Leif tem sido usado para trazer 500.000 muçulmanos ao do Reino de Deus, e ele ajudou a estabelecer mais de milhares de "Casas de Luz de Amor" (Lighthouses of Love) no Oriente Médio.

Muitos críticos deste mover de Deus e de seu primeiro fogo recusaram de chamar-lo de avivamento porque eles não viram as multidões vir ao Senhor através dele na América do Norte. O problema é que eles não conheceram os efeitos deste mover em outros lugares do mundo. Apenas através do ministério de Roland e Heidi Baker e do ministério de Leif Hetland, já houve 1.5 milhões de novas almas nascidas dentro do Reino de Deus.

A notícia empolgante é que "há mais"; não só mais poder, mais paixão, mais propósito, e mais prazer em Deus, mas mais fruto do ministério do Espírito Santo trabalhando através dos vasos de barro quebrantados de Randy Clark e do Avivamento Mundial (Global Awakening). Em 1999 Randy ministrou para o pastor Henry Madava, um jovem líder apostólico em Kiev, Ucrânia. Esta foi uma época tão poderosa de grande revelação de fé e de unção para cura para Henry e sua igreja, que Henry começou a dirigir cruzadas de cura em outras cidades. Ele e equipes de sua igreja viram 300.000 pessoas nascer de novo através destas cruzadas de cura e chegando a outras cidades (outreaches). Deus já tinha dado a Henry esta estratégia, mas não foi até a forte visita do Espírito Santo através do ministério de Randy que Henry teve fé para começar a colocar a estratégia em pratica.

O Randy ministrou para 1.000 pastores e plantadores de igrejas de vários países da antiga União Soviética no primeiro congresso Pegando Fogo (Catch the Fire) em 1995. Entre aqueles que estavam presentes estava Rabbi Boris Grisenko e seu melhor amigo Oleg Scherbakov da Ucrânia. Os ministérios de ambos foram poderosamente tocados e mudados. Boris aumentou sua congregação Messiânica para mais de 1.000, agora a maior do mundo. Ele e ela estão cheios do novo vinho e o fogo deste mover de Deus. A revelação que Oleg recebeu em Moscou o mudou e sua congregação também. Tornou-se a maior na sua cidade e ele plantou várias igrejas. Oleg é agora é o Bishop pro forma da região, servindo a todas as outras congregações protestantes de Nikoalaev. O que Deus fez no congresso em Moscou foi tão poderoso que um dos pastores na viagem, Russ Purcello de Knoxville, Tenessee, continuou a retornar para Rússia e dirigiu congressos similares em quase todos os prefeitos da Rússia. Muitos milhares foram trazidos ao Reino através destes congressos e do outorgar destes poderes que ocorrem com os pastores que estão presentes.

Então o Brasil, "a terra da unção" de Randy, onde Randy e Global Awakening (Avivamento Mundial) tem achado o maior favor. Em aproximadamente quatro anos (1999-2004) 100.000 curas ocorreram quando Randy e os times de Global Awakening oraram pelos doentes. Verdadeiramente os cegos têm visto, os surdos têm ouvido, os paralíticos têm caminhado, e aqueles morrendo de AIDS foram curados. Milhares nasceram de novo. Mas possivelmente a coisa mais frutífera para o Reino de Deus são os milhares de

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pastores e líderes que receberam uma forte revelação, e como resultado o evangelismo em suas igrejas se multiplicou, com milhares sendo guiados dentro do Reino.

Em 2004, o principal líder da igreja Quadrangular em Belém falou para Randy que as duas coisas que foram mais responsáveis para o crescimento miraculoso das igrejas foi o ministério de Randy e o ministério de células. O favor de Deus abriu a nação inteira do Brasil para o ministério de Global Awakening. Começando com uma reunião de aproximadamente 1.000 pastores em São Paulo. Hoje, Randy tem convites para falar nos maiores estádios de futebol da nação.

O Avivamento Mundial (Global Awakening) existe para cumprir as comissões de Jesus. A criação da Rede Apostólica do Global Awakening é planejada para ajudar a cumprir estes mesmos mandamentos de Jesus, e par ajudar a Randy a ser fiel ao chamado de Deus na sua vida. Randy está criando uma companhia de homens e mulheres que o ajudarão a responder ao chamado vindo de muitos líderes nas nações. Alguns destes ajudarão primeiramente através de suporte financeiro, e outros ajudarão a ministrar com Randy através das nações. Estes homens e mulheres que receberam uma forte revelação do Espírito Santo agora ajudarão a Randy alcançar 50 nações por ano, algo que ele nunca poderia fazer sozinho. Eles o estão ajudando a cumprir os mandamentos de Jesus:

Estamos criando esta rede de igrejas e ministérios para facilitar melhor a revelação do Apóstolo Paulo com respeito ao propósito dos cinco ministérios em Efésios 4:11-13: E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos ã unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, ã medida da estatura da plenitude de Cristo.

Ministério Arco-Iris - Heidi e Rolland Baker

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Heidi e Rolland Baker são os líderes do Ministério Arco-Iris e Igrejas Comunhão na Colheita, com sede em Moçambique, mas agora operando em vários países do mundo, e com uma rede de talvez milhares de igrejas. Seu ministério começou na cidade de Maputo, Moçambique com um orfanato para crianças de rua.

Uma matéria na revista 'O Pregador', Ano II Número 3, traduzida de uma matéria escrita por Randy Clark no jornal Power Evangelism Today! conta o que aconteceu depois de Heidi ter visitado a igreja de Toronto em 1996:

Rolland e Heidi Baker iniciaram duas igrejas em 1995 enquanto cuidavam de 300 órfãos que viviam próximo a um depósito de lixo, e nas ruas de Maputo, Moçambique. Heidi foi a Toronto, onde eu estava pregando em 1996, com pneumonia galopante, determinada a se encher do Espírito de Deus lá.

"Eu estava tão desencorajada antes de ir a Toronto," diz Heidi. "Nós estávamos tão desgastados e cansados, que eu pensei, 'Eu vou trabalhar no K-mart." Heidi, uma missionária loirinha, com doutorado em teologia sistemática, foi imediatamente curada nos encontros e então levada em uma visão com Jesus.

Heidi testifica que seu tempo em Toronto em 1996 foi de morte total e rendição a Jesus Cristo, enquanto ela descansava no chão sob o poder de Deus. Heidi olhou dentro dos amorosos olhos em chamas de Jesus em uma visão, e então viu ela mesma rodeada por milhares de crianças. 'Não, não; elas são tantas!" Heidi chorava.

Jesus tirou parte de Seu próprio corpo quebrado e um copo cheio de sangue e água de Sua lateral, e disse a ela que desse isso às crianças. Seu corpo se transformou em pão nas mãos dela, e após distribuí-lo a todas as crianças, o próprio Jesus profetizou a ela palavras que iriam carregá-la através de alegrias e triunfos pelos anos que se seguiram. Ele disse, 'Porque eu morri, sempre haverá o suficiente.'

Voltando para Moçambique, Heidi e Rolland enfrentavam grandes dificuldades, até

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perdendo o prédio do seu orfanato. Randy Clark conta o que aconteceu quando Heidi voltou para Toronto em janeiro de 1998:

Após eu pregar sobre o fogo de Deus, Heidi caiu debaixo do poder de Deus. Heidi diz, "Randy continuava gritando, 'Fogo! Fogo! Fogo de Deus! Mais fogo!' e eu literalmente estava prestes a morrer queimada. Então eu ouvi o Senhor dizendo, 'Bom, eu quero você morta!'" De repente eu disse a Heidi, "Deus quer saber se você quer a nação de Moçambique?" "Sim," ela exclamou. "Então Deus vai dá-la a você!" eu respondi.

Desde então o Ministério Arco-Iris tem expandido muito, tanto com o seu ministério com órfãos e crianças em situações de risco, tanto com a implantação de igrejas, em Moçambique e outros países. Muitos sinais e maravilhas têm acompanhado o ministério, incluindo curas e até relatos de ressurreição de mortos.

No seu livro "Sempre haverá o suficiente", Heidi e Rolland relatam o mover do Espírito Santo entre as crianças em agosto de 1998:

As crianças têm sido especialmente tocadas pelo Espírito Santo nas últimas semanas. Nossa equipe reconhece que o coração delas tem sido "marcado" pelo Senhor, e que há um novo espírito de bondade, amor e cooperação entre elas. As crianças oram umas pelas outras e são curadas. Deus está dando sonhos e visões diariamente.

Um garotinho chamado Paulo foi transformado da noite para o dia quando Jesus apareceu-lhe em um sonho e lhe disse para parar de roubar e de se comportar mal. Ele fez a oração mais bonita e urgente na igreja no dia seguinte e exortou com autoridade as outras crianças para que deixassem seus pecados e seguissem Jesus. Amélia, umas das mulheres que cuidam de nossas crianças pequenas, viu-se em uma visão em que estava em pé em um grande e refrescante rio, transbordando da alegria do Senhor. Crianças que passaram pelas piores experiências de abuso e dor no passado agora riem de alegria. Elas foram libertadas dos espíritos maus que as oprimiam. Sheila, por exemplo, que é retardada, e mal consegue falar, e está grávida por ter sido vítima de um estupro enquanto fugiu por aluns dias, está cheia de paz. Por intermédio do Espírito Santo, ela ora com graça e unção, citando a Oração do Senhor em um português claro e correto.

Nossas crianças estão descobrindo a glória de sentir o toque direto de Deus em suas vidas. Acabamos de batizar 29 crianças depois de três meses de ensino, e cada uma delas foi cheia do Espírito Santo e orou em línguas após emergir das águas à imagem de Jesus! Algumas se encheram de alegria nas águas e Heidi mal podia ficar em pé, sorrindo e chorando de gratidão ao Senhor por coisas assim estarem confirmando a presença de Deus

Hoje o Ministério Arco-Iris continua a se expandir e Rolland e Heidi Baker ministram em conferências ao redor do mundo, quando não estão liderando o ministério na África.

O novo avivamento – sem rostos, sem nomes...

"Paul Cain foi bem conhecido como um evangelista durante o avivamento de cura dos anos de cinquenta nos EUA, e demostrava dons espirituais extraordinários. No auge do seu ministério ele sentiu o chamado de Deus para retirar-se para "atrás do deserto" e esperar até que o ministério dos últimos dias começasse. Depois de quase trinta anos de obscuridade, Paul tem emergido com voz profética à igreja, reconhecida internacionalmente, que insta um retorno à humildade, integridade e uma devoção apaixonada ao Senhor". Paul tem tido uma visão profética recorrente, em que ele vê estádios lotados e pessoas sendo curadas por uma nova geração de ministros, uma geração "sem nome, sem rosto" que, ungida com o poder do Espírito Santo, não busca fama para si mesmo, mas devolve toda a honra e glória ao Senhor Jesus:

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Não seria muito bom se você ligasse o jornal nacional e todos os apresentadores estivessem dizendo "Senhores e Senhoras, não temos notícias para anunciar hoje à noite. Aparentemente, somente notícias boas. Não temos nenhuma atividade desportiva para anunciar, também, porque parece que todos os campos de esportes, os campos de futebol estão superlotados com centenas e milhares de pessoas", e estão anunciando pelos alto-falantes "temos uma ressurreição de um morto aqui" e alguém pula de um leito de hospital, logo que chega no necrotério, e está vivo de novo. Imagine como isso iria atrair uma multidão! E pessoas estão saindo andando de cadeiras de rodas, e as pessoas que estão no palco, nós não sabemos quem são esses ministros, nós não os conhecemos: homens, mulheres, jovens, não sabemos quem são. São pessoas quase sem rosto. E, mesmo que pareça tão absurdo, haverá um dia, quando trocaremos a respeitabilidade por tanta unção que o nome de Deus, o nome do seu Filho, será tão famoso em nosso dias como foi no ano de 33 AD, e ainda mais famoso, por causa de seus atos de misericórdia, e a demostração do seu poder e a sua glória. Nós veremos este dia. Alguns de nós não viverão para vê-lo, mas alguns de nós poderão viver para ver aquele dia. Amém.

Nessa mesma conferência em Nova Zelândia em 1991, Paul falou mais sobre a promessa que o Senhor deu durante seus anos silenciosos. Enquanto jovem, Paul era um dos evangelistas do movimento chamado "A Voz da Cura", mas ele viu muitos dos famosos ministros daquela época caírem na desgraça: alguns na imoralidade, outros no alcoolismo, outros em escândalos financeiros. O maior evangelista do movimento, William Branham, morreu em um acidente de carro, depois de ter ensinado heresias que levaram à formação de uma seita de "Branhamismo", ativa até hoje. Apesar de vários avisos, Branham não quis voltar a exercer seu verdadeiro ministério de um evangelista profético, e preferiu ensinar as suas "revelações" extra-Bíblicas, mesmo depois de ser advertido que tal atitude levaria à sua morte precoce. Com seu coração entristecido com as coisas que ele viu dentro do movimento, Paul Cain retirou-se do ministério para um período de quase trinta anos. Durante esse tempo ele recebeu a promessa de Deus de que Ele iria levantar uma nova geração, uma geração "sem nome, sem rosto" que seria ungida para fazer grandes milagres e maravilhas, mas que não buscaria a glória para si mesmo. Como sinal do surgimento dessa geração, o Senhor deu um sinal para Paul: a sua mãe não morreria até que aquela geração estivesse no mundo. Naquela conferência em Nova Zelândia em 1991, Paul anunciou que a sua mãe tinha acabado de falecer, e que aquela geração já estava surgindo no mundo. É a sua geração, essa nova geração, a geração "sem nome, sem rosto". Infelizmente, o próprio Paul Cain teve uma queda moral e tem passado alguns anos fora do ministério. Porém, em maio de 2008, ele foi convidado a ministrar uma noite num mover extraordinário de cura em Lakeland, Flórida – EUA, que estava acontecendo dentro de um estádio e cujos líderes acreditavam ser o início do cumprimento desta profecia.

O tempo da tua visitação

Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados. Derrubar-te-ão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem. Não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo da tua visitação. - Lucas 19:41 a 44

Neste trecho do Evangelho de Lucas, nós vemos o Senhor Jesus chorando sobre a cidade de Jerusalém, que não tinha percebido o tempo da visitação do seu Rei, e consequentemente sofrerá os juízos de Deus.

Se voltarmos neste mesmo capítulo de Lucas, nós vemos que o Senhor Jesus tinha acabado de entrar na cidade montado num jumentinho (Lucas 19:29 a 40). Este ato foi o

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cumprimento de profecias do Antigo Testamento, em Salmo 118:

Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. Ó Senhor, salva-nos; ó Senhor, concede-nos prosperidade. Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor vos bendizemos. - Salmo 118:24 a 26 e do profecia de Zacarias:

Alegra-te muito, ó filha de Sião! Exulta, ó filha de Jerusalém! Vê! O teu rei virá a ti, justo e Salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, filho de jumenta. - Zacarias 9:9

Vamos ler o relato deste dia no Evangelho de Mateus, capítulo 21 versículos 1 a 17: Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia aí em frente, e logo encontrareis uma jumenta presa, e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mas. Se alguém vos disser alguma coisa, dizei-lhe que o Senhor necessita deles, e imediatamente os enviará. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Olha, o teu Rei aí te vem, manso, e montado em jumento, num jumentinho, filho de animal de carga.

Os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara. Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes e Jesus assentou-se sobre elas. E grande multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho. As multidões que iam adiante, e as que seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? E as multidões responderam: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia. Entrou Jesus no templo, e expulsou a todos os que aí vendiam e compravam, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração, mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

Vieram ter com ele no templo, cegos e coxos, e ele os curou. Vendo então os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e as crianças clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, ficaram indignados. E perguntaram-lhe: Ouves o que estes dizem? Respondeu-lhes Jesus: Sim. Nunca lestes: Da boca de crianças e pequeninos tiraste perfeito louvor? E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite.

Se compararmos Salmo 118:24 a 26 com este trecho de Mateus, podemos ver como a profecia se cumpria:

a. "Este é o dia que o Senhor fez" - versículo 24a

"Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta..." - versículo 4. Aquele dia foi um dia profética, um dia "que o Senhor fez", um "tempo de visitação" que tinha sido agendado no calendário dos Céus. Nas palavras do próprio Senhor Jesus, aquele dia foi, para a cidade de Jerusalém, "teu dia."

b. "regozijemo-nos e alegremo-nos nele." - versículo 24b

"E grande multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho." - versículo 8 Quando já chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto - Lucas 19:37 O povo de Jerusalém celebrava a entrada do Seu Rei, o Messias.

c. "Senhor, salva-nos; ó Senhor, concede-nos prosperidade. Bendito aquele que vem

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em nome do Senhor. Bendito aquele que vem em nome do Senhor." - versículos 25 e 26a "As multidões que iam adiante, e as que seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de

Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!" - versículo 9 A palavra "hosana" no hebraico significa "salva-nos." O povo estava reconhecendo a entrada do Seu Rei, usando as próprias palavras do Salmo 118.

Mas houve mais um trecho desta profecia que não se cumpria: "Da casa do Senhor vos bendizemos" (versículo 26b).

Para que a profecia se cumprisse completamente, era necessário que aqueles que estavam na "casa do Senhor" - o templo - também recebeste o Seu Rei. Mas aqueles líderes do povo que tomavam conta da casa do Senhor, não O receberam:

"Vendo então os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e as crianças clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, ficaram indignados." - versículo 15 O resultado desta atitude foi que o Rei saiu da cidade e o cumprimento da profecia foi abortado, cumprindo-se assim versículo 22 do mesmo Salmo:

A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular;

Jesus citou este versículo em Mateus 21:42 e 43: Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a pedra angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será entregue a um povo que produza os seus frutos.

Em Mateus capítulo 23 o Senhor Jesus voltou a citar o Salmo 118, explicando que a cidade de Jerusalém não O verá até que se cumprisse esta profecia:

Jerusalém, Jerusalém! que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste! Agora a vossa casa vos ficará deserta. Pois eu vos digo que desde agora não me vereis mais, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor. - Mateus 23:37 a 39

Nós não podemos repetir o mesmo erro e perder o nosso dia de visitação! Precisamos entender quando o Rei está chegando e abençoar-lo "da casa do Senhor." Muitos avivamentos têm sido abortados exatamente por causa desta falta de discernimento pelos líderes da Igreja de Cristo.

Mas por que os líderes espirituais dos Judeus não reconhecerem seu Rei? Eu gostaria de propor quatro possibilidades que poderiam ter impedido a maioria dos fariseus, saduceus, escribas e sacerdotes de reconhecer o seu Messias:

a. Um espírito partidário

Jesus não fazia parte de sua denominação e por isso eles não o reconheceu. Eles imaginavam que o Messias seria do seu partido, que a visitação começará dentro da sua igreja!

b. A humildade do Rei

O Rei veio de uma forma "humilde, montado em jumento" - e o orgulho espiritual dos líderes os impediu de reconhecê-lo.

c. A confusão que acompanhava Sua entrada

O avivamento é sempre bagunçado! A alegria do povo ao receber seu Rei - e até os

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excessos da carne que podem resultar - sempre ofende o espírito religioso.

Quando já chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto - Lucas 19:37

d. A imaturidade de muitos dos Seus seguidores

As crianças reconhecerem o Rei - e os líderes espirituais do povo ficaram escandalizados com isso! Vendo então os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e as crianças clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, ficaram indignados. E perguntaram-lhe: Ouves o que estes dizem? Respondeu-lhes Jesus: Sim. Nunca lestes: Da boca de crianças e pequeninos tiraste perfeito louvor? - versículos 15 a 16

Não podemos rejeitar um genuíno mover de Deus simplesmente por causa da imaturidade - natural ou espiritual - de alguns dos seus aderentes - ou até dos seus líderes. Precisamos ter olhos para poder ver o Rei no meio das crianças. A minha oração é que nós reconheceremos e receberemos o Rei quando Ele vier em nossos dias!

As fases do avivamento:

"Vede, eu envio o meu mensageiro que preparará o caminho diante de mim. De repente virá ao seu templo o Senhor, a quem buscais, o mensageiro da aliança, a quem desejais; ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata. Então eles trarão ao Senhor ofertas em retidão, e as ofertas de Judá e de Jerusalém serão aceitáveis ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos. Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos." - Malaquias 3:1 a 5

Neste trecho em Malaquias capítulo 3 nós temos uma profecia sobre a visitação divina - uma profecia que se cumpriu com a primeira vinda de Jesus, que se cumprirá na Sua segunda vinda, mas que também se cumpra nas “vindas” do Senhor através do Seu Espírito (João 14: 16 e 18).

Estas "vindas" ou derramamentos do Espírito Santo são chamados de renovação, despertamento, avivamento etc... Podemos ver neste trecho em Malaquias as fases destas visitações do Espírito Santo.

a. O Mensageiro

"Vede, eu envio o meu mensageiro que preparará o caminho diante de mim..." - versículo 1

Antes do avivamento, sempre há uma "voz", como no exemplo de João Batista antes da primeira vinda do Senhor Jesus:

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"Este é aquele de quem o profeta Isaías falou, ao dizer: Voz do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas." - Mateus 3:3 Antes de cada grande avivamento do passado, Deus enviou os seus mensageiros para preparar o povo para a Sua visitação, como, por exemplo, Evan Roberts no País de Gales, Frank Bartleman na Rua Azusa, Peggy e Christine Smith (de 84 e 82 anos de idade) nas Ilhas Hébridas, etc...

Hoje Deus está levantando muitas vozes nesta nação!

b. A Busca

"De repente virá ao seu templo o Senhor, a quem buscais..." - Versículo 1b

"O Senhor a quem bucais" não é "o Senhor que ignorais" nem "o Senhor que virá se Ele quiser!" A resposta à voz do mensageiro tem que ser que nós buscamos ao Senhor até que Ele cumprisse a Sua promessa de visitação. "se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." - 2 Crônicas 7:14

Nós temos o exemplo de Daniel que, quando ele percebeu que o tempo tinha chegado para o cumprimento da profecia da restauração de Jerusalém, começou a buscar ao Senhor:

"no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de transcorrer sobre as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, pano de saco e cinza." - Daniel 9:2 e 3

"Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora do sacrifício da tarde." - versículos 20 – 21

Quando ouvimos a voz do mensageiro, precisamos responder "venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6:10). O avivamento do País de Gales foi liderado por Evan Roberts, que orou desde os 13 anos de idade, até os 26 anos para o avivamento individual e nacional. William Seymour, que liderou o Avivamento da Rua Azusa, estava orando cinco horas por dia quando o Senhor o falou que isso não foi o suficiente e que ele precisava orar para sete horas por dia. Quando ele obedeceu esta direção de Deus o avivamento começou.

c. A Visitação

"De repente virá ao seu templo o Senhor..." - Versículo 1b

Mesmo que o mensageiro está preparando o povo de Deus, o avivamento sempre vem "de repente."

De repente, no dia do ano novo de 1739 o Espírito caiu sobre John e Charles Wesley, George Whitefield e outros membros do "Clube Santo", começando o avivamento Wesleyano.

De repente, no dia 31 de outubro de 1904, depois de ter tido uma visão no dia anterior, Evan Roberts reuniu os jovens da sua igreja local, que oraram "Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo", e o avivamento do País de Gales começou.

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De repente, no dia 9 de abril de 1906, o Espírito Santo caiu numa pequena reunião de oração na Rua Bonnie Brae, número 214, em Los Angeles, EUA, e o avivamento da Rua Azusa começou.

Avivamento sempre tem um lugar e uma data de começo, de visitação. Precisamos estar prontos para reconhecer o "onde" e o "quando" do "de repente."

d. O mensageiro que desejamos

"o mensageiro da aliança, a quem desejais; ele vem, diz o Senhor dos Exércitos." - versículo 1c

Um dos propósitos do avivamento é de restaurar o nosso entendimento, nossas expectativas e experiências sobre a Nova Aliança. Na Nova Aliança há cura, salvação, batismo no Espírito Santo, a adoção como filhos e filhas de Deus, e a transformação na imagem do Filho etc... O “mensageiro da aliança” vem para restaurar nosso entendimento da aliança: vemos pessoas sendo salvas, curadas, libertas, transformadas, batizadas no

Espírito Santo e lembramos que estas coisas estão na Nova Aliança.

É possível buscar o Senhor até que Ele vem, mas não desejá-lo quando Ele vier. Isso foi o problema dos Fariseus e outros líderes religiosos dos Judeus – eles querem o Messias, mas não queriam aquele Messias! O Rei sempre vem montado num jumentinho. Ele sempre vem para ofender a mente humana, nosso entendimento humano de como Ele opera. Como o Pastor John Arnott fala, “Ele ofende nossa mente para revelar nosso coração.”

"Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que ninguém se glorie perante ele." - 1 Coríntios 1:28-29

e. A purificação do povo de Deus

"Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata. Então eles trarão ao Senhor ofertas em retidão, e as ofertas de Judá e de Jerusalém serão aceitáveis ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos." - versículos 2 a 4

O primeiro propósito de avivamento é de restaurar a Igreja, o povo de Deus, os "filhos de Levi."

"Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" - 1 Pedro 4:17

O avivamento vem não porque nós o merecemos mas, sim, porque precisamos dele; não porque nós somos santos, mas, sim, para nos santificar. Ele vem para refinar e preparar a Sua noiva, a Sua Igreja.

"Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, a fim de apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." - Efésios 5:25-27

f. A transformação da sociedade

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"Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos" - versículo 5.

A fase final do avivamento é a restauração da sociedade ao padrão da Palavra de Deus, com justiça, retidão e compaixão, gerando uma benção que pode continuar através de gerações.

Conclusão

Hoje, carecemos que o clamor de Habacuque faça novamente eco nos nossos corações para se tornar o nosso clamor, a nossa paixão, a nossa urgência: “…aviva a tua obra oh Senhor no decorrer dos anos, dos nossos anos” Não podemos deixar passar por nós o tempo da Sua visitação, sem percebermos que esta é a hora.

Hoje carecemos novamente de um confronto da Palavra de Deus, do fogo purificador do seu Espírito, de vivermos aliançados para que perseveremos e busquemos, para que façamos algo que nunca fizemos. Precisamos de buscá-lo para que nos abra os olhos, o nosso coração e prioridades mudem. Precisamos de ter uma postura, linguagem e visão de Reino de Deus em avivamento. Precisamos de acordar e pensar em avivamento, caminhar no dia a dia e desejar avivamento, conversar sobre avivamento, chorar por avivamento, deitar e sonhar com avivamento, ir em busca de avivamento. Abrir os olhos e ver que a pequena nuvem como um punhado da mão de um homem está já sobre nós. Aproxima-se o cheiro da chuva, o avivamento sem precedentes, uma enxurrada do mover de Deus que encherá os nossos celeiros da colheita da última hora antes que o Rei volte.

Por isso, hoje clamo como alguém que tendo um coração zeloso e ávido pelo mover do Espírito Santo, orava em seus difíceis dias: “Oh! Deus, tenho saudade do que nunca conheci. Dá-me avivamento!”.

Bibliografia

Estes livros e outros recursos foram utilizados ou citados nas elaboração desta apostila

Por que tarda o pleno AVIVAMENTO? - Leonard Ravenhill ("Why Revival Tarries" - 1959 Bethany Fellowship Inc), Editora Betânia S/C, 1989

O Fogo do Reavivamento - Wesley L Duewel ("Revival Fire" - 1995), Editora e Distribuidora Candeia, 1995

Sempre haverá o suficiente - Rolland e Heidi Baker ('There Is Always Enough'), 2003, Danprewan Editora Ltd

Heróis da Fé - Orlando Boyer, 2002, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, RJ Memórias de Charles G. Finney - Charles G. Finney, no site www.gospeltruth.net,

Copyright 2002 Gospel Truth Ministries Um General Perto de Deus (condensação de "The General Next To God") por Richard

Collier, Exército de Salvação, São Paulo, 2003 A Igreja do Século XX - A História que Não Foi Contada, por John Walker e Outros,

2002, Editora Vida Estudos bíblicos da Prª Carla Melo - Ministério Internacional Kairos

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Créditos

As matérias apresentadas nesta apostila foram disponibilizadas gratuitamente pelo Ministério Avivamento Já, com o propósito de edificar a Igreja do Senhor Jesus Cristo, e portanto, podem ser redistribuídas livremente para fins não-lucrativos. Portanto pedimos a gentiliza de citar a sua fonte, sendo o site www.avivamentoja.com, e o nome do autor da matéria e do Ministério Avivamento Já – Pr Paul David Cull.

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