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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Outubro 2014 Deus é Amor 21 Nunca Desista 27 Centros de Saúde Comunitários Estabelecendo Eu Também Tenho um Sonho 12 Revista Internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Aw october 2014 portuguese

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AW October 2014 Portuguese

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Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Outubro 2014

Deusé Amor

21 NuncaDesista

27

Centros de Saúde Comunitários

Estabelecendo

Eu Também Tenhoum Sonho

12

R e v i s t a I n t e r n a c i o n a l d a I g r e j a A d v e n t i s t a d o S é t i m o D i a

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 10, Nº- 10, Outubro de 2014.

www.adventistworld.orgOn-line: disponível em 11 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

A R T I G O D E C A P A

16 Estabelecendo Centros de

Saúde Comunitários Andrew McChesneySete histórias de vários países.

8 V I S Ã O M U N D I A L

A Autoridade da Voz de Deus Ted N. C. Wilson Sim, Ele ainda está falando.

12 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Eu Também Tenho um Sonho Willie Edward Hucks A manhã da ressurreição está chegando.

21 D E V O C I O N A L

Deus é Amor Bruce Manners Seu amor incondicional é eterno.

22 V I D A A D V E N T I S T A

Graça Pródiga Evelyn Sayler Algo muito difícil para o ser humano entender.

24 A R T I G O E S P E C I A L Deus, o Projetista (Designer) Ronny Nalin O que os padrões da vida nos dizem sobre Deus.

11 S A Ú D E N O M U N D O

Cada Igreja, um Centro de Saúde Comunitário

14 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Conforto e Ajuda

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Rituais e Cerimônias

27 E S T U D O B Í B L I C O

Nunca Desista

28 T R O C A D E I D E I A

S E Ç Õ E S

Outubro 2014

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial 10 Igreja de um Dia

Capa: Garoto recebe refeição quente no Ashbury Adventist Center em Bloemfontein, África do Sul. f o t o : J u n n e g r e

2 Adventist World | Outubro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S ■ Você está familiarizado com o hashtag #rpsp do Twitter? Se você mora na América do Sul e é ativo nessa mídia social, há

chances de que conheça o que representa Reavivados por Sua Palavra. Vários milhares de adventistas do sétimo dia, que falam português e

espanhol, têm tuitado suas ideias sobre o plano de leitura diária da Bíblia desde que foi lançado pela igreja, em 2012. Seus esforços fizeram do hashtag #rpsp um dos mais populares no continente. De fato, o hashtag chegou ao topo da lista dos assuntos mais discutidos no Twitter – no Brasil e em vários outros países da Divisão Sul-Americana.

“Foi muito animador ver como a igreja reagiu positivamente ao Rea-vivados por Sua Palavra e a quantidade de tuítes diários que tivemos nos últimos dois anos”, declarou Magdiel E. Pérez Schulz, que supervisiona a mídia social local como secretário executivo da Divisão Sul-Americana.

O projeto Reavivados por Sua Palavra foi laçado no dia 17 de abril de 2012, com o revezamento da leitura de Gênesis 1 entre os presidentes das treze divisões do mundo durante uma reunião na sede mundial da igreja, em Silver Spring, Maryland, EUA. Ao mesmo tempo, foi lançada a página na Internet, reavivadosporsuapalavra.org.br, em que as pessoas

Esquerda: PORQUE O TWITTER FUNCIONA: Magdiel E. Pérez Schulz diz que os adventistas locais abraçaram a ideia de tuitar por três razões: qualquer um pode participar, é necessário pouco tempo por dia e pode ser feito em qualquer lugar. Direita: LANÇAMENTO DO PLANO: Presidentes de cada uma das 13 divisões do mundo leram uma porção de Gênesis 1 para lançar o Reavivados por Sua Palavra, no dia 17 de abril de 2012, na sede mundial da igreja em Silver Spring, Maryland (EUA).

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De Todo o Mundo

Toda equipe de nível mundial reúne talentos do mundo todo. Os milhares

de leitores da Adventist World não devem, de forma alguma, esperar menos do que isso.

Nos últimos cinco meses, nossa equipe editorial foi fortalecida pelo trabalho de dois jornalistas. Suas habilidades e seu compromis-so com nossa fé estão sendo demonstrados em quase todas as edições.

Andrew McChesney, que até pouco tempo era editor-chefe do Moscow Times, maior jornal diário no idioma inglês da Rússia, uniu-se à nossa equipe em maio, como Editor de Notícias. Nascido nos Estados Unidos, Andy viveu 17

anos na Rússia. Ele começou como jornalista de rua e, mais tarde, se tornou o principal editor do jornal mais influente entre os leitores da língua inglesa, em uma nação com mais de 140 milhões de habitantes. Sua coluna mensal, Dateline Moscow, o tornou amado pelos leitores da Adventist Review (revista irmã da Adventist World) por mais de sete anos. Seu compromis-so com a missão da igreja Adventista do Sétimo Dia é visível em cada artigo.

Em julho, demos boas-vindas ao Dr. John M. Fowler como editor, agora “oficialmente” apo-sentado após 52 anos de contínuo serviço para a Igreja Adventista. John serviu por 21 anos como colportor e pastor e, mais tarde,

como editor-chefe da Oriental Watchman Publishing House (Casa Publicadora da Índia), em Pune, Índia. Atuou, também, como diretor de educação e secretário associado da Divisão Sul-Asiática, antes de ser chamado para a sede mundial da igreja como editor associado da revista Ministry e diretor associado do depar-tamento de Educação para a igreja mundial. Hoje, morando em Hosur, Tamil Nadu, Índia, ele oferece valiosa assistência na compreensão das Escrituras e de eventos mundiais.

Esses dois grandes jornalistas, integrados a uma equipe que já possui membros da Alema-nha, Guiana, Suíça, Trinidad, Singapura, Canadá

e Estados Unidos, torna verdadeiro nosso compromisso de oferecer a você,

todos os meses, uma revista de nível realmente “mundial”.

Adventistas da América do Sul Fazem da Bíblia

“Tema Comentado” no Twitter

Outubro 2014 | Adventist World 3

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N O T í C I A S D O M u N D O

podem ler todos os 1.189 capítulos da Bíblia, comprometendo-se a ler um capítulo por dia até o início da assembleia da Associação Geral, em San Antonio, Texas, EUA, em julho de 2015, e dois capítulos ao dia, durante os dez dias das reuniões. A leitura diária, disponível em vários idiomas, combina cada capítulo com uma reflexão escrita por um líder da igreja adventista ou membro leigo. Até agora, cerca de cem blogueiros continuam a contribuir e espera-se que outros 50 se unam ao time até o fim do projeto.

Os líderes adventistas expressaram sua esperança de que pelo menos meta-de da igreja de 18 milhões de membros esteja envolvida no Reavivados por Sua Palavra, uma quantidade um pouco maior do que a estimativa de que 47% dos adventistas no mundo liam a Bíblia todos os dias, quando o programa começou.

Embora o número total de leitores não esteja disponível imediatamente, cada capítulo na versão em inglês do site atrai de 200 a 400 comentários diários e milhares de leitores, diz Derek Morris, que ajuda a supervisionar o projeto e é secretário associado da Asso-ciação Ministerial para a igreja mundial.

Mas a Divisão Sul-Americana – es-pecialmente o Brasil, em que há mais de 1,4 milhões de membros adventistas – aparenta ser a campeã no compar-tilhamento da Bíblia via mídia social. “Magdiel está fazendo um maravilhoso trabalho no Twitter com o Reavivados por Sua Palavra”, enfatizou Morris.

Magdiel E. Pérez Schulz disse que isso foi natural. “Os membros da igreja local começaram a tuitar os conheci-mentos bíblicos para suas comunidades. Usamos essas redes sociais para manter contato com velhos amigos e a família, e usamos o Twitter para aprender mais e nos manter informados”, explicou Magdiel, em entrevista. “Por que não

iniciativa, vá adiante e envolva alguém. Temos que participar! O evangelho deve ser pregado por todos os meios possíveis.”

Nepal: Doado o milionésimo dólar em bolsa de estudos

■ Uma estudante nepalesa, chamada Sunita, tornou-se a destinatária do dó-lar correspondente a um milionésimo, destinado à bolsa escolar, proveniente dos recursos adquiridos com a venda da meditação matinal da mulher.

Aquele milionésimo de dólar estava incluído na bolsa de estudos de 500 dólares oferecida à Sunita durante a reunião da comissão de Fundos para Bolsas Escolares do Ministério da Mulher, no dia 23 de julho, na sede mundial da igreja, em Silver Spring, Maryland, EUA. O dinheiro ajudará Sunita a pagar seu estipêndio na Universidade Adventista Spicer, Índia, onde faz o curso de Educação.

usaríamos essa mídia como ferramenta para compartilhar o evangelho e para manter outros atualizados sobre o que aprendemos ou o que nos impressionou durante a leitura diária?” Esse tipo de pensamento viu o número de tuítes #rpsp sair do zero, em abril de 2012, para cerca de três mil por dia, em julho de 2014. Segundo as estatísticas do Twitter, cerca de 6.530 participantes enviaram aproximadamente cem mil tuítes com a hashtag nos últimos onze meses, chegando o número de visualiza-ção dos tuítes a 8,5 milhões de pessoas e um total de 197 milhões de vezes (im-pressões). A frequência do Reavivados por Sua Palavra no Facebook também é alta. “Isso mostra que nossos membros estão comprometidos com o projeto e se dispõem a usar seus talentos e tempo nessa área”, comentou o pastor Magdiel.

Os líderes locais fazem um esforço para retuitar mensagens dos jovens, desbravadores e outros membros. “Os retuítes mostram aos nossos membros que valorizamos seus comentários e que aprendemos com eles”, observou o pastor Magdiel.

Ele ressaltou que o pastor Erton Köhler, presidente da Divisão Sul- Americana, que tem respeitáveis 30.500 seguidores, e outros líderes adventistas locais tuítam regularmente sobre os capítulos da Bíblia.

“Lembre-se de que se os líderes fazem isso, os que nos seguem nos imitarão”, ponderou Magdiel. “Por isso precisamos ser os primeiros. Deus nos chamou para fazer isso.”

Embora o final desse projeto esteja previsto para acontecer em menos de um ano, os adventistas de todo o mundo podem e devem encontrar maneiras de promover o Reavivados por Sua Palavra, seja pelo Twitter ou por outros meios, estimulou o pastor Magdiel. “Deixe sua imaginação trabalhar”, incentivou ele. “Mas, se você quiser participar dessa

$1 MILHÃO: Raquel Arrais, diretora associada do Ministério da Mulher, à cabeceira da mesa, dirigindo a reunião do fundo de bolsas escolares, em Silver Spring, Maryland, dia 23 de julho. O fundo doou o milionésimo dólar durante a reunião.

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“Ao ajudar Sunita, estamos forta-lecendo nossa igreja no Nepal”, disse Heather-Dawn Small, diretora mundial do Departamento do Ministério da Mulher. “Nosso desejo é fortalecer a igreja em todo o mundo, capacitando mulheres e ajudando-as a cursar o ensino superior.”

Originalmente mantida com os rendimentos da meditação matinal da mulher, ao longo dos anos esse recurso ofereceu 2.164 bolsas de estudos a mulheres adventistas que frequentam universidades em 124 países. As líderes do departamento dizem que o recurso ajuda a fortalecer a Igreja Adventista em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento.

Heather-Dawn comemora a marca de um milhão como “uma grande conquista” para o ministério da mulher. “A educação é um dos nossos principais objetivos. Acredito que este seja o único departamento da igreja que dá bolsas de estudos para mulheres”, declarou ela.

O recurso começou em 1993, oriundo dos direitos autorais da Medi-tação da Mulher que deveria retornar ao departamento. A primeira mulher a receber o benefício foi May-Ellen Colon, que hoje é diretora-assistente do Departamento de Escola Sabatina e Ministério Pessoal da igreja mundial.

“Foi um incentivo, uma afirmação”, disse May-Ellen sobre sua bolsa de estudos, a única oferecida naquele ano.

Atualmente, a comissão oferece bol-sas anuais, totalizando de 75 a 125 mil dólares, informou Raquel Arrais, diretora associada do Departamento do Minis-tério da Mulher. Cada uma das treze divisões mundiais da Igreja Adventista recebe o mesmo valor em bolsas.

Para doar ou se candidatar a uma bolsa do Fundo de Bolsas de Estudos do Ministério da Mulher, visite a página adventistwomensministries.org. – Ansel Oliver, ANN

verão estimulou conversas sobre Jesus com muitos dos clientes e provou ser altamente efetiva para atingir todos os tipos de pessoas, resultando em estudos bíblicos com ateus e muçulmanos.

Safi, um jovem muçulmano, estava no shopping center participando de um projeto islâmico quando viu a exposição e decidiu olhá-la mais de perto. A equi-pe do QI fez uma turnê pela exposição com ele, despertando-lhe a curiosidade sobre o cristianismo e o estimulando a pedir estudos bíblicos para aprender mais, disse Blyden.– Equipe da British Union Conference e Adventist Review

Vanuatu: Casal doa telhado para cem igrejas

■ O que se pode fazer com 35 dólares? Nas ilhas Vanuatu, no sul do Pacífi-

co, pode-se cobrir uma igreja adventista do sétimo dia inteira, com um telhado durável de ferro.

Os adventistas em Vanuatu são gratos ao casal australiano aposentado, Hery e Hanni Rusterholz, por doarem telhados de ferro para dezenas de igrejas na última década. Durante um almoço especial, Nos Terry, presidente da Missão Vanuatu, presenteou o casal com

Grã-Bretanha: Fé é exibida em vitrine de loja

■ Como hoje em dia os shoppings ficam mais lotados do que as igrejas, um grupo de jovens adventistas na Grã-Bretanha, dotados de mente criativa, decidiu mostrar sua fé na vitrine de uma loja.

Os nove adventistas fizeram uma ex-posição pública de arte na vitrine de uma loja em um dos shoppings centers mais frequentados em Birmingham, a maior cidade britânica depois de Londres, com mais de um milhão de habitantes.

A exposição, intitulada “QI: As Perguntas Mais Íntimas”, mostrava peças de arte feitas pelos nove adventistas sobre perguntas não respondidas acerca da vida, como a existência da humani-dade e a origem da mortalidade.

“Meu desejo com o projeto QI era usar todas as habilidades criativas que temos na igreja para levar o evangelho para fora das paredes da igreja, até o povo”, ponderou com entusiasmo o coordenador Daniel Blyden, membro da igreja Aston-Newtown Community. Ele aproveitou a oportunidade de fazer a exposição quando um amigo abriu uma loja com vitrine no Square Shopping Center, em fevereiro.

Daniel disse que a abordagem evangelística não convencional desse

u n i ã o a s s o c i a ç ã o B r i t â n i c a

Esquerda: DENTRO DA VITRINE: Um membro da equipe QI discute a obra de arte da vitrine com um transeunte do shopping center de Birmingham. Acima: A vitrine expõe artes de nove jovens adventistas que organizaram a exposição para chamar a atenção.

Outubro 2014 | Adventist World 5

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feira de manhã. Ele me disse: ‘Se você fizer esse itinerário, irá viajar no sábado. Não vá!’”

“Deus ainda fala conosco todos os dias, se ficarmos em silêncio e estiver-mos dispostos a ouvir Sua voz”, disse ela em entrevista. “Ainda dou graças a Ele, a cada momento do dia, por Sua orientação e Suas bênçãos.”

A conexão na Indonésia Frieda, que é membro da igreja

adventista do sétimo dia desde os 20 anos de idade, disse que nunca viajou durante o sábado em suas muitas viagens pela Unrepresented Nations and Peoples Organization (UNPO) [Organização para Povos e Nações Não Representadas], organização que procu-ra soluções não violentas para resolver conflitos que afetam povos indígenas, minorias e territórios não reconhecidos oficialmente.

“Em todas as minhas missões pela UNPO, não importa aonde eu tenha ido, tenho guardado o sábado. Nunca coloquei o pé em um avião nesse dia”, disse ela.

Frieda, que é membro da comissão executiva da União Holandesa e anciã da sua igreja no norte de Rotterdam, aposentou-se de suas atividades profissionais no governo holandês,

PRESENTE EM AGRADECIMENTO: Nos Terry, esquerda, oferece uma tigela feita da madeira do coqueiro para Henry e Hanni Rusterholz.

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uma tigela feita da madeira do coqueiro, como gesto de gratidão.

“Isso não é nada comparado à contribuição que vocês deram à Missão e aos membros da igreja em Vanuatu”, disse Terry. “Sem seu apoio, não teríamos conseguido responder positiva e adequadamente aos muitos pedidos de telhados de ferro que recebemos todos os anos.”

Desde 2001, os Ruzterholzs gastaram mais de um milhão de vatus (10.700 dólares americanos) em doações de telhados de ferro para mais de cem igrejas adventistas em Vanuatu e Papua-Nova Guiné. Um telhado de ferro medindo 3.600 metros custa cerca de 35 dólares.

Atualmente, perto dos 80 anos de idade, os Rusterholzs não sabem quanto tempo mais poderão contribuir doando os telhados para as igrejas.

A primeira visita do casal às ilhas foi em resposta ao pedido do pastor para construir uma igreja. “Assim que vimos o povo congregando em cabanas simples cobertas com folhas de arbustos, ficamos tocados”, disse Henry Rusterholz. “Pensamos que se, de um modo simples, pudéssemos ajudar o povo a adorar pelo menos sob um telhado decente, ficaríamos felizes. Desde então, esse tem sido nosso ministério.”– Simon Luke, registro do Sul do Pacífico.

Uma mulher adventista da Holanda, que quase viajou no avião da Malaysia Airlines

derrubado na Ucrânia, disse que mudou sua passagem na última hora porque não queria viajar durante o sábado. Frieda Souhywat-Tomasoa, 67, comprou passagem no voo do dia 17 de julho para fazer uma viagem de emergência a Ambon, Indonésia, onde estava organizando uma grande conferência, que estava a ponto de ser cancelada.

Porém, três dias antes do voo, logo após fazer o culto matinal com o esposo Max, Frieda percebeu em seu itinerário que teria de viajar no sábado, 19 de julho, para chegar ao seu destino. O voo 17 da Malaysia Airlines, que partiu de Amsterdam em direção a Kuala Lum-pur, capital da Malásia, foi derrubado por um míssil, na quinta-feira, 17 de julho, quando voava sobre território controlado por rebeldes no leste da Ucrânia. Todas as 298 pessoas a bordo do avião morreram.

“Na sexta-feira, quando soube do o acidente, chorei enquanto falava ao telefone com Max. Fiquei emocionada por ter sido poupada dessa tragédia”, disse Frieda.

“O Espírito Santo falou comigo durante nosso devocional, na segunda-

Ela Perdeu o Voo 17

SábadoFrieda Souhuwat-Tomasoa conta porque mudou sua passagem do voo que foi derrubado na Ucrânia.

Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist Review

Por Causa do

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N O T í C I A S D O M u N D O

mas continua ativa na UNPO, onde trabalha desde 1991. Ela é representante do povo das Ilhas Maluku onde, em 1999, surgiu um conflito entre cristãos e muçulmanos na capital regional, Ambon. A violência sectária se estendeu até 2003, queimando vilas inteiras até o chão e matando aproximadamente dez mil pessoas.

Frieda estava presente em Ambon durante esse período violento e usou seu cargo na UNPO para enviar vários contêineres de alimento e roupa da ADRA, agência humanitária adventista, para os que necessitavam de assistência. Ela também ajudou a facilitar um acordo de paz que interrompeu o combate, e se envolveu nos esforços para reconstruir a região atingida, trabalhando mais uma vez com a filial holandesa da ADRA. Ela disse que quatro anos de combate resultaram em muitos órfãos e pessoas com a doença do estresse pós-traumático.

Quando um estudo de vários anos descobriu que as Ilhas Maluku são a segunda província mais pobre entre as 34 da Indonésia, e que seus habitantes estão entre os menos escolarizados do país, a UNPO decidiu organizar uma grande conferência para conscientizar acerca dos problemas locais e ajudar a modelar a política da província. Frieda

decidiu trabalhar na organização da conferência em parceria com as três maiores universidades de Ambon.

“Infelizmente, tem sido uma jornada longa e difícil devido a muitos e diferentes fatores, incluindo as objeções do governo central em Jakarta e do governo local”, disse ela. “O que complica muito mais as coisas é a alta escala de corrupção na província.”

Os dias antes do acidente Em junho, tudo parecia estar bem.

O programa da conferência estava pronto. O horário e os oradores já estavam determinados e o evento estava marcado para acontecer nos dias 1º a 5 de agosto. Mas, em 8 de julho, Frieda recebeu uma mensagem de texto em seu telefone, vinda de Ambon: A conferência teria que ser cancelada. Os líderes das três universidades colabo-radoras estavam sofrendo ameaças de exoneração.

A UNPO realizou uma reunião de emergência no dia 12 de julho e decidiu que Frieda deveria retornar a Ambon para procurar uma forma de salvar a conferência. Na reunião, Frieda concordou em pegar o voo do dia 17 de julho, da Malaysia Airlines. “Quando cheguei em casa, contei ao meu esposo. Ele respondeu: ‘Essa é sua

missão e você precisa fazer isso.’” Mas, depois de fazerem seu culto matinal no dia seguinte, ela disse a Max que preferia viajar um dia antes, 16 de julho. “Se eu for na quinta-feira, vou passar o sábado viajando para Ambon, e nunca em minha vida viajei durante o sábado”, disse ela.

Com o apoio do esposo, Frieda entrou em contato imediatamente com sua agência de viagens e transferiu seu bilhete para a Emirates Airlines.

“Normalmente, voo pela Malaysia Airlines ou KLM”, comentou ela. “Tinha feito uma viagem pela Malaysia Airlines em junho.”

Ela informou a UNPO sobre a mudança no dia 15 de julho, confirmou o novo voo no mesmo dia e deixou Amsterdam em 16 de julho. O que aconteceu com o voo da Malaysia Airli-nes a deixou chocada. “Estou aqui para testemunhar que Deus poupou minha vida porque preciso continuar minha missão em Ambon e estar disponível para ajudar as pessoas que necessitam de apoio em nosso mundo”, disse ela.

“Neste momento, ainda estou traba-lhando incessantemente para resolver os problemas relacionados à conferência e continuarei a ouvir a voz de Deus, não importam as consequências. Que seja feita a Sua vontade, não a minha.” ■

O AVIÃO: Boeing 777 da Malaysian Airlines, que caiu no leste da Ucrânia, visto no Aeroporto de Roma Fiumicino em

outubro de 2011. Direita: Frieda Souhuwat-Tamasoa.

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Nota do Editor: Este artigo foi extraído de um discurso apresentado pelo Pr. Wilson na Conferência Internacional sobre Bíblia e Ciência, em St. George, Utah, EUA, em 15 de agosto de 2014. O texto completo está disponível na página www. adventistreview.org/affirming-creation/ ‘god’s-authoritative-voice’.

Que privilégio estar nesta extraordinária Conferência Internacional sobre Bíblia e

Ciência! Os educadores, professores, cientistas, teólogos, diretores de departamentos, editores, administradores, pastores e membros, todos compartilhamos a crença comum na autoridade da voz de Deus como o Criador. Cremos que o relato bíblico da Criação, em Gênesis 1 e 2, foi um evento literal que aconteceu em seis dias literais, consecutivos e recentes, contrário aos milhões de anos. Foi realizado pela autoridade da voz de Deus e aconteceu quando Ele falou e trouxe o mundo à existência.

O Salmo 33:6, 9 proclama: “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus. E os corpos celestes, pelo sopro de Sua boca […] pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou e tudo surgiu.” Essa é a autoridade da voz de Deus!

A palavra de Deus é poderosa A palavra de Deus era poderosa e é

igualmente poderosa hoje. Temos Sua palavra escrita e o relato da Palavra que Se tornou carne em Jesus Cristo, que confirmou o poder criativo da Trindade para criar e recriar. Nossa crença nas origens não só depende disso, como também nossa crença de que, no processo de salvação da justiça de Cristo – a justificação e a santifica-ção – Deus pode recriar algo novo no coração do ser humano. Sem essa cren-ça intrínseca no poder de Deus, nem as origens nem o futuro têm qualquer significado verdadeiro.

como um elemento definidor, acurado historicamente e, portanto, veem-na como pouco confiável para servir como contribuição científica ou teológica. Mas o Espírito de Profecia aponta de volta para a Bíblia, o único fundamento absoluto da nossa fé. Estou aqui hoje para declarar que tanto a Bíblia como o Espírito de Profecia são absolutamente confiáveis e inspirados pelo próprio Criador. Confie na Bíblia e no Espírito de Profecia como a base de nossa com-preensão das origens.

O sábado do sétimo dia é essencial à semana de seis dias da criação, pois ele é o memorial da semana literal da criação e oferece conexão direta com o Criador.

Deus fala claramenteNo livro Testemunhos para Minis-

tros lemos: “Declara a filosofia humana ter sido tomado um período indefinido de tempo na criação do mundo. […] O engano quanto a ser o mundo criado em um período de tempo indefinido é uma das falsidades de Satanás.

“Deus fala à família humana em lin-guagem que eles podem compreender. Não deixa a questão tão indefinida que os seres humanos possam manejá-la segundo suas teorias. Quando o Senhor

Em relação às origens, no poderoso e inspirado livro Patriarcas e Profetas, a autora escreveu: “A admissão de que os acontecimentos da primeira semana exigiram milhares de milhares de anos, fere diretamente a base do quarto mandamento. Representa o Criador a ordenar aos homens observarem a semana de dias literais em comemoração de períodos vastos, indefinidos. Isso não está conforme Seu método de tratar com Suas criaturas. Torna indefinido e obscuro o que Ele fizera muito claro. É a incredulidade em sua forma mais traiçoeira e, portanto, mais perigosa; seu verdadeiro caráter se acha tão disfarçado que tal opinião é mantida e ensinada por muitos que professam crer na Bíblia [...] A Bíblia não admite longas eras em que a Terra vagarosa-mente tivesse evoluído do caos. De cada dia consecutivo da criação, declara o registro sagrado que consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram.”1

Acurado e digno de confiança Como podemos ver, o Espírito de

Profecia oferece excelente conselho e luz sobre esse assunto. Atualmente, a maio-ria dos que não creem na criação bíblica não creem no Espírito de Profecia

A

Ted N. C. Wilson

Ele Ainda está Falando

daVoz de DeusAUTORIDADE

V I S Ã O M U N D I A L

8 Adventist World | Outubro 2014

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declarou que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, quis dizer o dia de vinte e quatro horas, que Ele assinalou pelo nascer e o pôr do sol.”2

Dá para ser mais claro? Os adven-tistas do sétimo dia em todo o mundo creem e aceitam a criação deste mundo em seis dias literais, sendo o sétimo dia o memorial da criação, e proclamamos isso com o poder do Espírito Santo. Quem não aceita a criação recente de seis dias, compreendemos que na verdade não é adventista do “sétimo dia”, pois o sábado do sétimo dia não teria absolutamente nenhum significado histórico nem teológico; e a maior parte de nossa doutrina que é fundamentada na Bíblia, centrada em Cristo e na auto-ridade de Sua voz, também se tornaria sem sentido.

A pessoa pode pretender ser “ad-ventista”, mas, na realidade, sem a clara compreensão bíblica da doutrina do sábado fundacional e da autoridade de Deus como Criador e Soberano do Universo, é impossível organizar uma linha teológica significativa que aceite ou leve à crença da segunda vinda literal de Cristo. Peço a todos que se encontram nesse dilema que renovem sua ligação com Deus por meio do estudo da Bíblia, do estudo do Espírito de Profecia e da

sidades, e líderes da igreja de Deus, por meio do Seu poder, permaneçam firmes à criação literal recente e absolutamente rejeitem a teoria da evolução teísta e geral. Peço-lhes que sejam defensores da criação com base no relato bíblico e reforçado tão explicitamente pelo Espírito de Profecia e conforme votado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, na Sessão da Associação Geral de 2010.

Não deveria existir nos púlpitos das igrejas, nem nas escolas adventistas professores que ensinam a teoria evolucionista teísta ou pura. Seja leal à verdade bíblica de Deus, não porque você é empregado pela igreja nem porque pensa que essa é a atitude politicamente correta a ser tomada, mas porque você crê nela com todo o coração. Do contrário, a atitude corre-ta a ser tomada – e digo isso com toda bondade – seria a pessoa pedir demissão de seu cargo de confiança. Tão importante é o assunto para a missão final de Deus!

Métodos de interpretação Nossa igreja tem se mantido fiel

ao método histórico-bíblico de in-terpretação, que permite que a Bíblia interprete a si mesma. Um dos maiores ataques contra a Bíblia e a criação vem do método histórico-crítico, que é influenciado pela abordagem não bíblica da “alta crítica”. Essa abordagem é inimiga mortal de nossa teologia e missão. Ela coloca o indivíduo acima da abordagem simples das Escrituras e concede uma licença inapropriada para decidir o que ele ou ela pensa ser ver-dade com base nos recursos e educação do crítico. Rejeite essa abordagem, pois é autocentrada e inspirada pelo

oração e que se submeta humildemente ao Espírito Santo, que nos guiará em toda a verdade. Cristo veio para nos redimir e para revelar Seu amor e auto-ridade como Criador e Redentor.

Aceitando plenamente aautoridade da voz de Deus

O relato bíblico sobre nossas origens ressalta o poder de Deus para salvar, Sua habilidade de recriar em nós um novo coração e Sua habilidade de fazer novas todas as coisas, no futuro.

Este não é o tempo para uma fé indiferente; é o tempo para pedir ao Senhor um reavivamento genuíno que resulte na chuva serôdia do Espírito Santo e uma aceitação completa da autoridade contida na voz de Deus. Essa não é uma iniciativa legalista, mas con-centrada em Cristo e unicamente nEle.

As preciosas verdades bíblicas sobre a criação literal recente, inclusive o sábado como comemoração da semana da criação, chegaram até aqui sob fer-renho ataque de humanistas seculares e incrédulos e, inclusive, por alguns que afirmam ser adventistas do sétimo dia. Não creia neles, nem participe dessa manipulação das verdades bíblicas no que diz respeito à criação e à visível comemoração da criação, o sábado.

A evolução é parte doespiritualismo

A evolução, em sua essência, não é ciência – é uma forma falsa de religião e parte do espiritualismo. “O espiritismo ensina ‘que o homem é criatura sus-ceptível de progresso; que é seu destino progredir desde o nascimento até a eternidade em direção à Divindade’.”3

Professores das Escolas Adventistas do Ensino Médio faculdades e univer-

Este não é o tempo para uma fé indiferente.

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V I S Ã O M U N D I A L

inimigo. Tal crença não leva o povo a confiar em Deus e em Sua Palavra e destruirá sua compreensão da correta teologia da Bíblia e nossa preciosa missão adventista.

Essa missão adventista está com-pletamente ligada ao fundamento da autoridade da voz de Deus na criação e no sábado, que nos lembra de onde viemos. De idêntica maneira que “sétimo dia” nos lembra de onde viemos, “adventistas” nos diz para onde estamos indo. Estamos esperando o iminente retorno de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual esperamos ansiosamente, como a culminação da história da Terra. É a abençoada esperança à qual nos apegamos e que foi anunciada pela autoridade da voz de Deus.

Essa autoridade de Sua voz estava presente no princípio da criação onde Moisés, em Gênesis 1, registrou as palavras: “E disse Deus.” O apóstolo João registrou a autoridade da voz de Deus em Apocalipse 22:20, o último capítulo da Bíblia, dizendo: “Sim, venho em breve.”

A autoridade da voz de Deus é real e está em todos os lugares!

Que privilégio compartilhar nossa altamente relevante mensagem bíblica que proclama e defende Cristo como nosso Criador, Redentor, Sumo Sacer-dote, Rei Vindouro e Melhor Amigo! Graças a Deus pela autoridade de Seu poder na criação e Seu poder recreativo que nos transformará em novas criaturas por toda a eternidade! ■

1 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 111, 112.2 Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 135, 136.3 Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 554.

Ted N.C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Foi uma festa! Após vários anos de

espera, finalmente as partes se juntaram: uma antiga igreja de estacas cobertas com sapé e uma “igreja de um dia” de aço; um forno cheio de tijolos prontos para completar a igreja. Então, uma carroça com o equipamento de perfurar poço parou ao lado da igreja. O motor fazia um barulho ensurdecedor, quando batia no solo duro de granito.

Toda a comunidade estava lá, cerca de duzentas pessoas. Alguns para provar da água do novo poço, outros para construir as paredes de tijolos da igreja, ou para ajudar a preparar o almoço, ou para ficar olhando sobre os montes cinzentos formados pelos formigueiros. Organizado pelos 35 membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Runyararo, perto de Karoi, Zimbábue, esse foi o evento do ano. Até o chefe da aldeia e a esposa compareceram.

A equipe do Maranatha deu boas-vindas a dezenas de irmãs Dorcas. Lucy, a líder do grupo, segurou nossas mãos e alegremente anunciou: “Jesus está voltando! Jesus está voltando logo!”

O forno de tijolos foi aberto e os homens rapidamente começaram a levantar as paredes da igreja. As mulheres carregavam água, acendiam o fogo para cozinhar e me-xiam grandes tachos com sadza e cebolas debaixo da rústica cabana, a “antiga” igreja.

Lucy apontou para o caminhão branco da ADRA e anunciou: “Hoje, nós teremos uma nova igreja e um poço de água em Runyararo.”

A broca de 67 metros ainda engasgava para atravessar o granito. Após um breve intervalo para o almoço, os técnicos concordaram em cavar um pouco mais para o fundo. Isso motivou em Lucy e nas outras irmãs Dorcas mais cânticos, orações e até “apelos para arrependimento”.

Ao chegar aproximadamente aos 80 metros de profundidade, a broca alcançou cascalho encharcado e a grande comemoração começou. A velha igreja se tornou então em um “salão de festas”. A nova igreja estava quase pronta para a instalação de janelas e portas. E o novo poço já havia se transformado no “local de encontro” de Runyararo.

Lucy permaneceu ao lado do poço, apontando em direção ao céu. “Jesus está voltando”, exclamava ela. “Jesus está voltando logo!”

ASI* e Maranatha Volunteers International colaboram financiando e facilitando projetos de Igrejas de um Dia e Escolas de um Dia. Desde que esse projeto foi

lançado em agosto de 2009, já foram construídas mais de 1.600 dessas igrejas em todo o mundo. História por Dick Duerksen.*Associação de Empresários da Divisão Norte-Americana

f o t o s : d i c k d u e r k s e n

Acima: ANTIGA E NOVA: À medida em que as paredes da nova igreja sobem, o antigo prédio se prepara para assumir nova função: salão de festas. Abaixo: LIDERANÇA EXUBERANTE: Lucy não apenas lidera a Sociedade de Dorcas, mas desenvolve uma liderança entusiasta para todo o projeto.

Igreja de um DiaA Igreja de Runwyararo, Zimbábue

10 Adventist World | Outubro 2014

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S A Ú D E N O M U N D O

Peter N. Landless e Allan R. Handysides

vida podem mudar tão drasticamente o curso das doenças não transmissíveis, que até seja necessário reduzir alguns medi-camentos, porém essa decisão só pode ser tomada pelo profissional de saúde. Não há nada mais emocionante do que ver pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial significativa tendo a possibilidade de reduzir a medicação e desfrutar uma saúde melhor.

No entanto, precisamos ser bem claros ao afirmar que não assumimos responsabilidades para as quais não somos formados nem licenciados.

Porém, essas “regras domésticas” não devem nos deixar hesitantes nem preju-dicar nosso entusiasmo em compartilhar o dom precioso da mensagem de saúde adventista. Por Sua graça, podemos ser condutores do amor que Jesus tem por todos os Seus filhos queridos e da salvação que Ele oferece a cada um, individualmente.

Ellen G. White afirmou de forma tão profunda e inspirada: “Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra médico- missionária.”*

Que o Senhor abençoe ricamente você e sua equipe ao servi-Lo nesse ministério especial. ■

*Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 425.

Quando as equipes estiverem treinadas e os programas da igreja forem apresentados, é imperativo que cada programa seja votado e registrado pela comissão da igreja. Isso é neces-sário para obter a cobertura do seguro pela Adventist Risk Management (ARM). O seguro é necessário caso surja algum processo legal decorrente dos programas apresentados pelas igrejas locais e pelos membros da igre-ja. Sem a documentação e tais ações da comissão, a ARM não poderá dar assistência às pessoas ou congregações locais, o que poderá resultar em con-sequências financeiras devastadoras. O planejamento adequado e agendamen-to de reuniões para o futuro facilitarão a proposta de cada uma dessas iniciati-vas para a comissão da igreja, e garantirá a proteção adequada.

Além disso, quer se trate de um programa para deixar de fumar ou de uma iniciativa para ajudar as pessoas a se recuperar da depressão, devemos sempre declarar, de forma verbal ou por escrito, que tudo o que for ensi-nado não tem a intenção de substituir o tratamento ou as instruções dadas por um profissional de saúde. Todos os nossos programas têm o propósito de ser instrutivos e, em sua maioria, preventivos. Nunca devemos interferir nos medicamentos das pessoas ou tratamentos agendados. Se algum exame revelar problemas que possam ser perigosos para a saúde de uma pessoa, precisamos encorajá-la a se consultar com seu médico. É verdade que algumas mudanças no estilo de

Ficamos entusiasmados com a ideia de cada igreja ser um centro de saúde comunitário. Agradecemos todo o material disponível para a execução dos vários programas de saúde. No entanto, gostaríamos de saber: Poderia haver alguma implicação legal, se alguém achar que estamos agindo além de nossa qualificação e deduzir que estamos “tratando” pacientes?

Como vemos, o ministério da saúde integral está crescendo em todo o mundo, o que nos deixa otimistas

e entusiasmados com a perspectiva de cada igreja ser um centro de saúde comunitário. Você está correto ao dizer que somos abençoados por ter excelentes programas de saúde e materiais que podemos compartilhar com a comunidade. Há, entretanto, alguns cuidados que devem ser tomados ao abraçarmos esse maravilhoso ministério e missão.

Primeiramente, nossos materiais sobre saúde devem ser confiáveis e bem pesqui-sados. Os Regulamentos Eclesiásticos da Associação Geral deixam bem claro que as práticas de saúde em nossas instituições e nossos materiais sobre saúde devem ser consistentes com os princípios bíblicos e do Espírito de Profecia. É também imprescindível que sejam revisados cui-dadosamente na literatura científica com base em evidências. Esses princípios nos garantem oferecer informações de saúde com a mais alta integridade e credibilida-de, dentro e fora da igreja.

É sempre muito útil envolver os pro-fissionais de saúde de nossas congregações na seleção e apresentação dos programas de saúde. Também é importante envolvê- los no treinamento dos membros da igreja para a apresentação dos programas e princípios de saúde, de modo que cada membro possa realmente se tornar um médico-missionário e promotor de saúde. Não podemos nos esquecer de que aliviar o sofrimento físico e cuidar da pessoa como um todo são práticas inseparáveis; foi Jesus, nosso “Homem Modelo”, quem planejou esse ministério especial.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Allan R. Handysides, médico ginecologista aposentado, é ex-diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Centro de SaúdeComunitário

Cada Igreja, umIgreja de um Dia

Outubro 2014 | Adventist World 11

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Sonho

Martin Luther King Jr. fez o que é considerado por muitos um dos grandes discursos do

século vinte, na escadaria do Memorial Lincoln, em Washington, DC, EUA, no dia 28 de agosto de 1963. O que originalmente foi escrito como uma breve conversa se tornou um poderoso sermão, pontuado até o fim pela repetição da frase: “Eu tenho um sonho.” Naquele “sonho” ele falou de sua esperança para as crianças e para a sociedade.

Compartilhando meu sonho Eu também tenho um sonho. Não

consigo transmiti-lo tão graciosamente como Martin Luther King. No entanto, compartilho meu sonho enraizado na promessa de Deus sobre o fim do pecado com a volta de Cristo e o início do milênio. Sei que este sonho não é exclusivamente meu; ao contrário, é o sonho de muitos.

Minha esposa e eu temos muita coisa em comum, e uma delas é nosso desejo de que Jesus volte logo. Como

milhões de outras pessoas, vemos Seu retorno como uma alegria eterna e ininterrupta – destacando o privilégio de viver para sempre em Sua presença. Ansiamos pelo dia em que não enfrentaremos mais as tentações, pois o milênio marcará o início desse descanso eterno.

Há, entretanto, outro elemento dos mil anos na Nova Jerusalém que tam-bém aguardo ansiosamente. “Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar” (Ap 20:4). O milênio me oferece a opor-tunidade de participar do processo de julgamento, concedendo-me o acesso à revisão dos livros para que eu compre-enda as realidades “das coisas desta vida” (1Co 6:3). Eu necessito desse período de mil anos porque agora, enquanto vivo minha existência míope, tenho muitos questionamentos, e, às vezes, sou ten-tado a duvidar de que Deus realmente esteja no controle. Sei que Deus permite muitas coisas que Ele não aprova. Mas quero saber por que Ele permite.

Tenho muitas perguntas: Por que o Senhor permitiu que indústrias desenvolvessem “tetos de vidro”? Por que o Senhor permitiu que organi-zações usassem padrões diferentes ao lidar com as pessoas? Por que o Senhor permitiu que certos líderes exigissem o dobro de trabalho de alguns empregados, pagando-lhes metade do salário? Por que o Senhor permitiu que partidos governamentais brigassem por coisas mesquinhas do partido, enquanto o povo era quem realmente sofria? Por que o Senhor permitiu que a fome existisse em terras onde o povo não tinha a habilidade de cuidar de si mesmo? Por que o Senhor permitiu o abuso de autorida-de e por que os administradores não apenas saíram ganhando, mas foram elogiados e recompensados apesar do que fizeram? Por que o Senhor permi-tiu que gente sincera e trabalhadora fosse vítima de tal abuso, enquanto muitas vezes seus colegas de trabalho e superiores podiam viver com muito

Aguardando ansiosamente aquele grande dia

Eu Também Tenho um

N Ú M E R O 2 7

Willie Edward Hucks

f o t o : d i c k d e m a r s i c o

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mais conforto? Por que o Senhor permitiu o sofrimento e a morte de pessoas inocentes?

O milênio será o tempo determinado por Deus para que eu obtenha as respostas, que, por sua vez, confirmarão porque eu confiei nEle o tempo todo, mesmo quando não conseguia entender tudo e também não conseguia compreendê-Lo.

O sonho da minha avóMinha avó materna, Lula Mae John-

son Hill, era mais do que a maior cristã que conheci durante minha infância e adolescência. Ela era minha melhor amiga e, por preceito e exemplo, conse-guiu incutir em meu coração amor pela sua igreja, além de me ensinar muitas lições preciosas de vida. Ela sonhou com o dia em que eu trabalharia para a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Outro sonho que ela acalentava e que a motivava cada dia a esperar pacientemente pela segunda vinda de Cristo era o milênio e o fim do pecado. Um ano após ter se casado com meu avô, nasceu seu filho primogênito. Infe-lizmente, com apenas alguns meses de vida, ele adoeceu e morreu.

Certo dia, quando minha avó e eu visitamos sua sepultura, ela me contou a história de sua curta enfermidade. Mas o que aconteceu em seguida, sempre permaneceu em minha mente

e tem me inspirado. No meio de sua tristeza, uma angústia que só as mães que perderam um filho conhecem, ela era confortada por um pensamento: que na manhã da ressurreição o anjo da guarda de seu bebê tomará seu filhinho e o colocará de volta nos seus braços, e ela terá a alegria de vê-lo crescer no início do período dos mil anos.

Meu sonho pessoal Por aproximadamente 50 anos,

minha avó acalentou esse sonho, até sua morte em 1987. Meu avô, atingido pela tristeza, ao perder a bondosa e alegre companheira, faleceu apenas nove meses depois.

Em um cemitério de Augusta, Georgia, estão meus avós, bisavó (mãe de minha avó, que sobreviveu a todos os seus descendentes já falecidos), o tio preferido de minha bisavó (guardo lembranças dele desde a minha infância), e muitos outros parentes, incluindo meu tio bebê. Todas as vezes que visito aquele cemitério, me recordo da histó-ria contada por minha avó e me lembro de que Deus “destruirá a morte para sempre. O Soberano, o Senhor, enxuga-rá as lágrimas de todo rosto” (Is 25:8). Sonho em passar o milênio com eles e outros queridos, e me sinto feliz por saber que, no milênio, o mal e todos os seus efeitos devastadores serão desarraigados para sempre.

Meu sonho principal Em um artigo da Adventist World,

tão eloquentemente escrito por Frank Hasel sobre o tema da segunda vinda de Cristo, ele declarou: “Porque Deus é amor, Ele vencerá a morte e dará vida – e vida eterna!”* Sabemos que “Aquele que tem o Filho tem a vida” (1Jo 5:12), mas a plenitude dessa vida não acontecerá durante nossa existência amaldiçoada pelo pecado.

Em vez disso, com esperança aguardamos o cumprimento da última declaração de Cristo nas Escrituras: “Certamente, venho sem demora” (Ap 22:20). Sua volta dará início ao milênio e eliminará o pecado, junta-mente com todas as suas consequências dolorosas.

E por isso, repito as palavras de João, o revelador: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20). ■

* Frank M. Hasel, “Manhã da Ressurreição: Quando o último inimigo for vencido”, Adventist World, maio de 2014, p. 14.

Fim do PecadoO Milênio

e o

Willie Edward Hucks é secretário ministerial associado na Associação Geral dos Adventistas do

Sétimo Dia e editor associado da revista internacional para pastores Ministry, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

O milênio é o reinado de mil anos de Cristo com Seus santos

no Céu, entre a primeira e a segunda ressurreições. Durante

esse tempo, serão julgados os ímpios mortos, a Terra estará

completamente desolada, sem habitantes humanos com

vida, mas ocupada por Satanás e seus anjos. No fim desse

período, Cristo com Seus santos e a Cidade Santa descerão

do Céu à Terra. Os ímpios mortos serão então ressuscitados

e, com Satanás e seus anjos, cercarão a cidade; mas fogo

de Deus os consumirá e purificará a Terra. O Universo ficará

assim eternamente livre do pecado e dos pecadores

(Ap 20; 1Co 6:2, 3; Jr 4:23-26; Ap 21:1-5; Ml 4:1; Ez 28:18, 19).

Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº- 27

Outubro 2014 | Adventist World 13

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E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Precisamos aprender valiosas lições dos métodos de trabalho de Cristo. Ele não seguiu meramente

um método. Ele procurou chamar a atenção da multidão de várias maneiras e, quando tinha sucesso, proclamava-lhes as verdades do evangelho. Sua principal obra consistia em ministrar aos pobres, necessitados e ignorantes. Com simplicidade, abria diante deles as bênçãos que deviam receber e, assim, despertava-lhes a fome pela verdade, pelo pão da vida.

A vida de Cristo é um exemplo para todos os Seus seguidores. Jesus mostrou que o dever dos que aprenderam sobre o caminho da vida é ensinar a outros o significado de crer na Palavra de Deus. Há muitos que estão no vale da sombra da morte e necessitam ser instruídos nas verdades do evangelho. […]

O Senhor quer homens e mulheres sábios que possam agir na qualidade de enfermeiros, confortando e ajudando os doentes e os que sofrem. Possam todos os que estão aflitos ser ministrados por médicos e enfermeiros cristãos que os ajudem a colocar, pela fé, seus corpos atormentados pela dor aos cuidados do grande Médico, esperando pela restauração! Se por meio da ministração judiciosa o paciente é conduzido a entregar a vida a Cristo e se submeter em obediência à vontade de Deus, obtém-se grande vitória.

Em nossas ministrações diárias, vemos muitos rostos aflitos e tristes. O que a tristeza desses rostos mostra? Mostra quanto a pessoa necessita da paz de Cristo. Homens e mulheres almejam algo que eles não têm e procuram suprir sua necessidade nas cisternas rotas desta Terra. […]

ConfortoAjudae

a confiança no homem. Mas apreciam atos de simpatia e de solidariedade. Seu coração é tocado quando observam a atitude de alguém que não busca com-pensação nem louvores terrenos ao ir aos seus lares para ministrar ao doente, para alimentar o faminto, vestir o nu, confortar o triste e, carinhosamente, apontar para Aquele cujo amor e pie-dade o trabalhador humano é apenas o mensageiro. Brota a gratidão e surge a fé. Eles percebem que Deus cuida deles e são preparados para ouvir os ensinos de Sua Palavra.

Quer seja nas missões de além-mar ou próximo à nossa casa, todos os missionários, homens ou mulheres, ganharão muito mais acesso às pessoas, e revelarão uma utilidade muito maior se ministrarem aos doentes. Mulheres que vão como missionárias para terras pagãs podem encontrar a oportunidade de levar o evangelho às mulheres nessas terras, quando todas as outras portas de acesso se encontram fechadas. Todos os obreiros do evangelho deveriam saber como prestar tratamentos simples que aliviam a dor e curam doenças.

Em quase todas as comunidades, há muitos que não darão ouvidos aos ensinos da Palavra de Deus nem fre-quentarão algum culto religioso. Porém, ao serem alcançados pelo evangelho, compartilharão a mensagem em seus lares. Muitas vezes, as necessidades espirituais das pessoas são o único meio que as torna acessíveis a uma aborda-gem religiosa.

Procure oportunidadespara orar

Os enfermeiros missionários que cuidam dos doentes e aliviam o sofri-mento dos pobres encontrarão muitas oportunidades para orar com eles, ler a Palavra de Deus para eles e lhes falar sobre o Salvador. Eles podem orar por e com aqueles que não têm força de vontade para controlar os apetites e paixões degradados. Podem levar um raio de esperança aos derrotados e desa-nimados. A revelação do amor altruísta e a manifestação de atos desinteressados permitirão que esses sofredores creiam no amor de Cristo.

Muitos têm fé em Deus e perderam

Os seguidores de Cristo são responsáveis

pelos doentes e sofredores.

Ellen G. White

14 Adventist World | Outubro 2014

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Não apenas para obreirosmédicos

Os obreiros do evangelho também devem ser capazes de dar instruções sobre os princípios de uma vida sau-dável. Há doenças em todos os lugares, e muitas delas podem ser prevenidas se for dada a devida atenção às leis de saúde. As pessoas precisam ver a influ-ência dos princípios de saúde sobre seu bem-estar presente e eterno. Precisam ser alertadas sobre sua responsabilidade pelo seu próprio corpo, que foi provido por seu Criador como morada do Espírito Santo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6:19, ARA).

Milhares necessitam de esclareci-mentos e alegremente receberiam as instruções sobre os métodos simples de tratar o doente, métodos que estão tomando o lugar do uso de drogas venenosas. Há grande necessidade de instruções sobre a reforma dietética. Hábitos de alimentação errados e o uso de alimentos não saudáveis são,

saudável é parte de seu trabalho, pois há grande necessidade desse trabalho e o mundo está aberto para ele.

Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual, uma obra que não pode ser feita por procuração. O mi-nistério em favor do pobre e do doente, bem como a tarefa de levar o evangelho ao perdido, não podem ser deixados sob a responsabilidade de instituições de caridade. Responsabilidade e esforço individuais e sacrifício próprio são as exigências do evangelho.

“Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar”, Cristo ordena, “para que a Minha casa fique cheia” (Lc 14:23) Ele leva os homens a entrar em contato com aqueles que precisam ser atendidos em suas necessidades. Ele diz: “E, vendo o nu, o cubras” (Is 58:7), “[…] Imporão as mãos sobre os doen-tes, e estes ficarão curados” (Mc 16:18).

As bênçãos do evangelho devem ser comunicadas por meio do ministério pessoal e do contato direto.

Os que assumirem a obra que rece-beram não apenas abençoarão outros, mas serão eles mesmos abençoados. A consciência do dever cumprido terá influência refletida em sua própria vida. O desanimado se esquecerá de seu desânimo, o fraco se tornará forte, o ignorante inteligente, e todos perce-berão que sempre encontram grande ajuda nAquele que os chamou. ■

Ajudaem grande medida, responsáveis pelo crime da intemperança e a miséria que amaldiçoa o mundo.

Ao ensinar princípios de saúde, mantenha em mente o grande objetivo da reforma: manter maior desenvolvi-mento do corpo, da mente e da alma. Mostre que as leis da natureza, sendo as leis de Deus, existem para nosso bem: que a obediência a elas promove felici-dade nesta vida e auxílio na preparação para a vida futura.

Anime as pessoas a estudar esse maravilhoso organismo, o corpo humano, e as leis pelas quais ele é regi-do. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que compreendem um pouco da sabedoria e beneficência de Suas leis e os resultados da obediência, considerarão seus deveres e obrigações por um ponto de vista totalmente diferente. Em lugar de olhar para a observância das leis de saúde como uma questão de sacrifício e negação própria, irão considerá-la como real-mente é: uma bênção inestimável.

Cada obreiro evangélico deve sentir que ensinar os princípios de um viver

As pessoas precisam ver a influência dos princípios de saúde sobre seu bem-estar presente e eterno.

O texto “Enfermeiros Missionários” foi publicado pela primeira vez na Review and Herald, em 24 de dezembro de 1914. A Igreja Adventista do Sétimo Dia acredita que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante 70 anos de ministério público.

Ellen G. White

Outubro 2014 | Adventist World 15

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A R T I G O D E C A PA

Um preparador físico dirige curso de ginástica na Grã-Bretanha.

Profissionais de saúde discutem estilo de vida saudável em programa de rádio semanal na Indonésia.

Voluntário de 73 anos de idade alimenta diariamente 350 crianças pequenas e pessoas idosas na África do Sul.

Bomba de água manual atrai dezenas de pessoas a uma igreja em Moçambique.

Esses são alguns dos centros de saúde comunitários ad-ventistas mais ativos no mundo.

Os centros de saúde, alguns novos e outros já em fun-cionamento há uma década ou mais, seguem o exemplo de Cristo e procuram oferecer uma mescla de cura física e men-tal às comunidades locais. A experiência desses centros pode inspirar você no momento em que sua igreja busca iniciativas para expandir seus esforços evangelísticos.

Líderes adventistas têm priorizado os planos para tornar cada igreja adventista um centro de saúde comunitário, e a iniciativa ganhou impulso no mês de julho deste ano, quando 1.150 pessoas de 81 países, participaram da conferência organizada pelo Departamento do Ministério da Saúde, em Genebra, Suíça, para aprender a maneira de se iniciar o programa em suas respectivas comunidades.

“Gostaríamos de ver a igreja mundial abraçando o conceito de cada igreja se tornar um centro de saúde comunitário.

Ao promover saúde física e principal-mente espiritual, as igrejas se tornam relevantes nas comunidades em que vive-mos”, disse Peter Landless, diretor do De-partamento do Ministério da Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Dessa maneira, cada membro se torna um médico missionário”, complementou ele.

Segundo profissionais de saúde e líderes de igreja, os passos para a criação de um centro de saúde comunitário são simples:

a) identifique a necessidade de sua comunidade;b) encontre membros de igreja qualificados e planeje

programas que supram essas necessidades;c) elabore uma planilha de despesas e também uma estra-

tégia para arrecadar os recursos necessários;d) pratique o que você prega;e) ore. O centro de saúde comunitário deve oferecer, no próprio

prédio, cursos para deixar de fumar e de culinária vegetariana. Mas muitos membros da igreja descobriram que participar pode ser tão simples quanto organizar um dia de sopa para os pobres, um grupo de apoio, ou uma clínica gratuita. O serviço deve ser oferecido uma vez por semana, em semanas alternadas, ou uma vez ao mês.

“O desafio para uma igreja fundar um centro de saúde comunitário em prédio separado é: Onde conseguir os

Centros de Saúde ComunitáriosEstabelecendo

Andrew McChesney

Sete histórias de várias partes do mundo

f o t o s : J u n n e g r e16 Adventist World | Outubro 2014

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recursos?”, ponderou o Dr. Jun Negre, diretor do ministério da saúde da União Associação da África do Sul, formada pela África do Sul, Namíbia, Suazilândia e Lesoto.

Pode ser em um prédio exclusivo ou de serviço comuni-tário, não há como dar errado a criação e operação de um centro comunitário de saúde, desde que sejam seguidos os princípios do “método de Cristo”, declararam em entrevista pessoas envolvidas nesses programas em cinco continentes.

O princípio, como descrito por Ellen G. White, cofunda-dora da Igreja Adventista, no livro A Ciência do Bom Viver (p. 143), é simples: “O Salvador Se misturava com as pessoas como Alguém que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por elas, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava-lhes então: Sigam-Me!”*

Landless também argumentou que os centros devem garantir que todos os programas sejam fundamentados em evidências e que estejam dentro dos parâmetros das melhores práticas de saúde.

Como, então, você pode tomar a iniciativa de abrir um centro comunitário de saúde? Aqui estão sete histórias.

África no Sul: refeições e muito mais O Centro Adventista Ashbury, localizado em Bloemfontein,

África do Sul, foi inaugurado em 1999 quando seis adventistas compraram uma casa em más condições, em um bairro pobre, e a transformaram em uma cozinha de sopa para os pobres. À medida que os beneficiados aumentavam, o centro decidiu se associar com a Meals on Wheels (Refeições Sobre Rodas), uma organização sem fins lucrativos que alimenta a população mais carente da África do Sul e está ligada à ADRA, agência humanitária adventista.

Até hoje, formam-se longas filas quando a diretora do centro, Violet Grobbelaar, 73, e outros três voluntários servem as refeições quentes.

“Todos os dias, no centro de saúde, mais de 350 crianças pequenas e pessoas idosas são alimentadas com refeição vegetariana balanceada”, disse Lincoln de Waal, pastor de uma pequena capela no centro comunitário e de uma igreja maior, na cidade. Os custos são mantidos baixos porque os voluntá-rios fazem todo o trabalho e o centro não gasta dinheiro em propaganda.

“Há uma placa em frente à propriedade para identificar o centro de saúde”, disse Waal. “Cartazes, convites e a informa-ção pessoal são os métodos mais eficazes de propaganda sobre os cursos e seminários.”

Quando o centro foi inaugurado, os membros da igreja cobriam 80% dos 425 dólares do orçamento mensal e os em-presários locais completavam o restante, informa Waal. Hoje, as despesas mensais totalizam 1.180 dólares e são divididas entre os membros da igreja e um subsídio de 710 dólares do escritório regional do Meals on Wheels.

“O recurso é um problema ainda não solucionado, e não podemos apresentar nem implementar uma série de progra-mas ou suprir a necessidade de equipamento para podermos

Centros de Saúde ComunitáriosSete histórias de várias partes do mundo

LUTANDO CONTRA A FOME: SharonMiddleton serve alimento quente para cerca de 350 crianças e idosos no Ashbury Adventist Center, em Bioemfontein, África do Sul.

REFEIÇÕES SOBRE RODAS: Violet Grobbelaar, 73, posa perto de um carro usado para entregar refeições no Centro (ao fundo).

Outubro 2014 | Adventist World 17

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A R T I G O D E C A PA

fazer mais pela comunidade”, disse Waal.Além da cozinha para a sopa, o centro oferece programas

de Escola Cristã de Férias, uma palestra semanal sobre saúde e seminários sobre violência doméstica. Duas vezes ao ano, cerca de trinta pessoas enlutadas se reúnem para assistir o seminário de um psicólogo sobre maneiras de superar a morte de um ente querido causada por HIV/AIDS ou uso de drogas. Waal dirige os cultos de sábado e realiza casamentos na capela. Quatro pessoas foram batizadas.

O Centro Adventista de Ashbury, um dos poucos em insta-lações autônomas no sul da África, não depende de nenhuma pessoa, mas de Deus, disse Waal. “Em 1999, seis pessoas come-çaram o centro de saúde sem um pastor”, disse ele. “O centro é administrado pelos membros da igreja e, com a ajuda de Deus, continuará a servir a comunidade enquanto houver voluntários.”

Livros e DVDs na Nova Zelândia O Balance Wellness Center foi inaugurado em Invercargill,

Nova Zelândia, após os três membros fundadores – Dra. Amy Mullen, clínica geral, Dr. Kimball Chen, psiquiatra e o Pr. Victor Kulakov – terem consultado a prefeitura e várias agências comunitárias para determinar as necessidades locais.

Com base no que apuraram, o centro foi inaugurado em 2007 com uma biblioteca emprestada contendo os melhores livros, os DVDs mais recentes e um computador desktop em que as pessoas podem procurar os sites aprovados pelo centro para mais informação sobre os assuntos selecionados. O centro também oferece workshops, seminários e conferências abordando temas sobre saúde física, mental, emocional e espiritual. “Essas reuniões cresceram muito”, disse Kulakov.

“No início, o centro fazia propaganda no jornal local e na sua página da internet. Mas hoje, muitas pessoas nos visitam por recomendação de amigos ou agências locais”, comentou Kulakov. “Várias agências locais estão indicando nossos serviços a seus clientes, e as próprias agências nos procuram em busca de livros e outros materiais”, disse ele.

O orçamento mensal do centro é de 2.125 a 2.835 dólares, dependendo do número de programas, e o recurso vem de do-ações da igreja local, da ADRA, da associação local, entre outras fontes. Mais de cem pessoas foram batizadas como resultado desse trabalho, embora Kulakov reforce que o objetivo era “ge-nuinamente ajudar as pessoas a viver mais saudavelmente”, sem intenção de proselitismo. A conversão foi uma vitória adicional.

“Mantemos bem clara a separação entre a igreja e o cen-tro”, disse ele. “Quando as pessoas vêm aos nossos seminários, sabem que não estamos propagando o adventismo. Ao mes-mo tempo, ficam animadas com o que temos a dizer e estão abertas para ouvir sobre espiritualidade.”

No início, o objetivo de desenvolver relacionamentos em vez de batizar dificultou estimular os membros da igreja ao voluntariado. “Somos acostumados a ajudar as pessoas se temos um bom relatório para enviar para a associação”, disse Kulakov.

Clubes britânicos de ginásticaA igreja adventista na Grã-Bretanha e Islândia passou o

último ano treinando os membros para a realização de vários programas de saúde, inclusive aulas de culinária. Em 2015, planejam inaugurar centros de saúde comunitários em mui-tas igrejas locais, disse Sharon Platt-McDonald, diretora do Ministério da Saúde da União Britânica.

Mas, enquanto isso, alguns membros de igreja tomaram as rédeas em suas mãos.

Joni Blackwood, conselheira em estilo de vida, em Londres, começou um curso de ginástica em sua igreja há vários anos, com o apoio das autoridades locais da cidade. O programa cresceu tanto que já não podia ser realizado em salões da prefeitura e teve que ser transferido para um prédio maior.

“Essa ideia foi extremamente bem-sucedida e nossa reputa-ção é sólida, tanto que fui chamada duas vezes como testemunha especializada pela Comissão de Comunidades Saudáveis”, disse Blackwood. A comissão é formada por vereadores da cidade.

Blackwood disse que está treinando mais “evangelistas da boa forma” para abrir centros de saúde comunitários em outras regiões de Londres como também nas cidades de Reading, Luton, Bristol e Manchester.

EQUIPE DE MINISTÉRIO: O Pr. Victor Kulakov com outros confundadores do Centro de Equilíbrio e

Bem-Estar, os doutores Kimball Chen e Amy Muller, em Invercargill, Nova Zelândia.

O futuro do Balance Wellness Center não depende de um pastor, mas de encontrar voluntários qualificados, explicou ele. Após ajudar na fundação do centro, Kulakov deixou sua atividade pastoral para trabalhar como diretor do ministério da família para a União do Pacífico Nova Zelândia. “Eu saí, mas o centro continua se fortalecendo porque tínhamos uma boa equipe de líderes”, disse Kulakov.

f o t o s : v i c t o r k u l a k o v18 Adventist World | Outubro 2014

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Bombas de água em MoçambiqueCentenas de igrejas em Moçambique são centros de saúde

comunitários graças às bombas de água manuais.A Maranatha Volunteers Internacional, organização adven-

tista sem fins lucrativos, está no processo de construção de mil igrejas simples naquele país e, no esforço de tornar as igrejas mais úteis às suas comunidades, os líderes decidiram cavar poços com bombas de água manuais em cada igreja.

“Isso pode soar muito simples para as pessoas de lugares em que a água está sempre disponível, bastando apenas abrir uma torneira”, disse Alex Llaguno, diretor do ministério da saúde da Divisão África Oceano-Índico. “Porém, em muitos lugares em Moçambique e na África é necessário caminhar cerca de dez quilômetros ou mais para conseguir água em quantidade básica necessária nas casas.” Mais de 700 igrejas foram equipadas com bombas de água de baixo custo.

“Essas bombas de água são um tremendo sucesso, suprindo as necessidades das comunidades”, disse Llaguno. “Ao mesmo tempo em que esses poços fornecem água física, são também o meio pelo qual as pessoas são apresentadas a Jesus, a Água da Vida.”

Bolos e iogurte no Quênia Após cuidar de pessoas com HIV/AIDS por uma década,

membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia Kingeero, no Quê-nia, perceberam a necessidade de um centro de saúde na comuni-dade para dar assistência aos órfãos e viúvas vítimas da AIDS.

Desde 2002, a igreja em Wangige Town, a 17 quilômetros de Nairóbi, administra um centro de treinamento para o Adventist AIDS International Ministry (Ministério Internacional Adventista para AIDS), apoiando centenas de pessoas com HIV/AIDS e mais de 600 órfãos de vítimas da doença. Assim, os membros da igreja inauguraram um centro comunitário em 2012.

Diariamente é feito pão, bolos e iogurte no centro, informou Gabriel Maina Gathungu, coordenador do programa

HIV/AIDS na igreja de Kingeero. Ela também oferece vários serviços, como clínicas gratuitas, aconselhamento e encaminhamento.

Embora a demanda seja alta, o dinheiro é escasso. “Ainda temos grandes problemas com nosso projeto”, disse Gathungu. “O plano era que as atividades gerassem renda para que o projeto fosse autossustentável, mas ainda não conseguimos alcançar esse alvo.”

O centro tem orçamento mensal de 910 dólares e é mantido pela igreja local, pelo Adventist AIDS International Ministry e por um empresário asiático de Nairóbi. As pessoas ficam sabendo do centro por meio de propagandas nas escolas e igrejas. Ali também é mantido um banco de dados dos membros da igreja e esses irmãos podem ser chamados para ajudar como voluntários.

“O centro estará ali enquanto houver necessidade”, disse Gathungu. “Ainda há demanda e necessidade.”

Alimentos saudáveis e massagem na Indonésia Um grupo de adventistas de cinco igrejas, em Jakarta, se

reuniu em 2008 e abriu o Club Sehat, ou o Clube de Saúde, em um prédio alugado. Hoje, há quatro Clubes Sehats em funcio-namento na capital da Indonésia e outros em planejamento. Cada Clube Sehat oferece seminários de saúde, check-ups simples de saúde, tratamentos hidroterápicos simples, mas-sagem sueca e consultas sobre estilo de vida. Há ainda uma capela e uma loja de alimentos saudáveis.

Os centros provaram ser um sucesso entre os moradores, disse Arlaine Djim, líder local. “As pessoas que vão ao nosso centro falam a nosso respeito o tempo todo aos familiares e ami-gos”, comentou ela. Elas também visitam o Clube Sehat quando ouvem a seu respeito no programa de rádio semanal apresen-tado pelos profissionais de saúde associados ao centro. Cada seminário de saúde atrai entre 30 e 100 pessoas não adventistas,

MENSAGEM POSITIVA: O Pr. Victor Kulakov dirige seminário no Centro de Bem-Estar, em Invergill, Nova Zelândia.

Outubro 2014 | Adventist World 19

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A R T I G O D E C A PA

disse Kjim, e muitos permanecem para assistir a uma palestra espiritual de trinta minutos, que é apresentada em seguida.

O aluguel é a maior despesa, e cada centro custa de 715 a 860 dólares ao mês. Quando inauguramos um centro, a Associa-ção Jakarta da igreja subsidia o aluguel por doze meses. Depois disso, o propósito é que o centro sobreviva por si. No segundo ano, o centro pretende levantar um terço de suas despesas com doações, um terço com a loja de alimentos saudáveis e um terço com ofertas especiais doadas na capela. No terceiro ano, 50% do orçamento provém da loja e 50% da capela, disse Djim.

O maior desafio dos centros é encontrar voluntários qualificados. “Acabamos de realizar um treinamento de quatro meses em evangelismo urbano, mas ainda não temos pessoas suficientes”, disse ela.

Aulas de culinária nos Estados Unidos. A Cozinha de Kristina, um pequeno café vegetariano,

loja de alimentos saudáveis e padaria em uma área rural em Kentucky, foi inaugurada em junho de 2014. Mas foram cinco anos de planejamento e construção. As raízes da Cozinha de Kristina remontam a 2009, quando sua proprietária, Kristina McFeeters, começou a dar um curso mensal de culinária no centro comunitário público.

A notícia sobre a moça adventista que cozinhava apenas com frutas e vegetais se espalhou rapidamente, e Kristina logo recebeu pedidos para ministrar as mesmas aulas em várias cidades. O próprio dono da loja de alimentos saudáveis se ofereceu para financiar o curso em sua loja, e o departamento de saúde do governo local solicitou o curso.

Em junho o curso de culinária foi transferido para a Cozi-nha de Kristina, em Whitley City, cuja população é de apenas 1.100 habitantes. “O curso foi criado especialmente para

ajudar as pessoas a descobrir que os alimentos saudáveis são realmente saborosos, para fazer amizade com a comunidade e para ser usado como um centro de evangelismo”, disse Kristina, que trabalha como diretora do departamento de saúde em sua igreja adventista local.

A Cozinha de Kristina está localizada na rua principal de Whitley City, próxima ao fórum, e tem uma grande placa luminosa para atrair clientes. O capital para o início foi ofere-cido por Kristina McFeeters, seu esposo e seus pais. Duas igrejas adventistas locais custeiam a literatura, oferecida gratuitamente no estabelecimento e os alimentos para as aulas de culinária.

“Graças a Deus, fora o custo inicial, o centro parece estar pagando suas despesas básicas, pois não tem empregados assa-lariados”, acrescentou Kristina. Embora apenas 10 a 20 pessoas compareçam ao curso de culinária, o curso sobre saúde quebrou todos os recordes em uma comunidade conhecida como uma das menos saudáveis do estado, disse ela.

“O departamento de saúde nos abordou várias vezes per-guntando qual é nosso segredo para manter a participação de tantas pessoas por tanto tempo”, lembrou Kristina. Os resultados dos cinco anos de curso também são mensuráveis. Pelo menos seis famílias se tornaram vegetarianas e mais de 20 outras fizeram mudanças significativas no seu estilo de vida, disse ela. Além disso, dez pessoas pediram estudos bíblicos e a maioria dos interessados que compareceram à série evangelísti-ca na igreja local havia participado das aulas de culinária.

Cinco anos de evangelismo da amizade e do curso de saúde pavimentou o caminho para a inauguração da Cozinha de Kristina, que teve a presença de 50 pessoas, entre elas os alunos do curso de culinária, líderes das cidades e membros da câmara do comércio local. “As barreiras foram derrubadas, pontes construí-das, e grande número de pessoas da comunidade ficou entusias-mado quando anunciamos nossos planos”, exclamou ela. ■

ABERTO AO PÚBLICO: Direita: A Cozinha de Kristina está localizada na rua principal de Whitley City, Kentucky,

próxima ao fórum. Abaixo: A proprietária Kristina McFeeters corta a fita inaugural, no mês de junho.

f o t o s : k r i s t i n a m c f e e t e r s

Andrew McChesney é editor de notícias para a Adventist World.

20 Adventist World | Outubro 2014

Page 21: Aw october 2014 portuguese

é

Deus me ama e não há nada que eu possa fazer para mudar isso, pois Deus é amor.

Deus é amor. Deus não tem amor. Deus não demonstra amor. Deus não dá amor. Deus é amor. Essa é a essência do que Ele é. É como Ele revela a Si mesmo e como Se identifica.

Imagine se a única coisa que soubés-semos sobre Deus é que Ele existe, que há um Deus e que fomos deixados para acrescentar a descrição do que é Deus. Deus é... Claro que poderíamos começar dizendo que Deus é onipotente (Todo- poderoso); Deus é onisciente (sabe todas as coisas); e Deus é onipresente (está em todos os lugares). Mas sem o fator amor, esse seria um Deus assustador.

Tome, por exemplo, a onisciência. Isso quer dizer: “Estou vigiando você; Eu sei tudo sobre você!” Provavelmente, assumiríamos que Ele estaria de olho em nós para ver o que estamos fazendo de errado – para nos julgar. Por isso é assustador. Mas porque Deus é amor, e porque nos ama tanto, não consegue tirar os olhos de nós.

Deus é amor.É visível. Um beijo trouxe Adão à vida.

O amor enviou Abraão para uma terra distante. O amor trouxe Moisés de volta ao Egito. Os mandamentos e as Escrituras – um escrito à mão e o outro soprado pelo Espírito – são cartas de amor.

O segundo livro da lei, Deuteronômio, tem 34 capítulos, onde “amor” é mencio-nado 29 vezes (NVI). É onde Deus decla-ra que os israelitas foram escolhidos não devido à sua habilidade, suas realizações ou seu tamanho. Mas foi simplesmente “porque o Senhor os amou” (Dt 7:7-9).1

Nos Salmos há 73 referências ao infalí-vel amor de Deus e 36 à fidelidade do Seu amor (26 vezes somente no Salmo 136).2 O Antigo Testamento termina, em Mala-quias, com fortes palavras de condenação a Israel. Mas começa com “Eu sempre os amei, diz o Senhor”(Ml 1:2).

Deus é amor. Jesus é a maior demonstração desse

amor. Deus falou por meio de Seus pro-fetas, mas no Novo Testamento Ele falou por meio de Seu Filho. Não mais conten-te com palavras, Ele enviou a Palavra.

O Evangelho conta a história. As cartas de Paulo dão um significado teológico à história. A cruz demonstra o coração de Deus por Sua criação. O desamparo sentido por Jesus significa que nunca precisamos nos sentir desam-parados. O clamor “Está consumado!” sinaliza a derrota do inimigo.

“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4:10). Mas há ainda mais, a promes-sa de Jesus permanece no ar: “Virei outra vez”. Alegria será para muitos filhos de Deus! Tristeza será para outros que não amaram a Sua vinda! Deus Se alegra ao vir para os Seus. Porém, sente grande tristeza ao ter que lidar com aqueles que O rejeitaram, pois Ele é amor.

Deus é amor.No primeiro século, essa declaração

não tinha sentido: “A simples frase ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira […]’ teria confundido até os pagãos mais edu-cados. E a ideia de que os deuses se impor-tam com nossa maneira de tratar uns aos outros seria rejeitada como absurda.”3

O mundo pagão nunca fala de seu panteão de deuses: “os deuses são amor”. De qualquer modo que olhemos para eles, seus deuses simplesmente não se importam com os seres humanos. A descoberta do único Deus com “D” maiúsculo que é amor mudou o mundo.

O fato de que Deus é amor tem pouco sentido para muitos em nosso século. No tempo em que vivemos, a religião é menosprezada, é sofisticado ser ateu e há muitas religiões presas a regras na tentativa de chegar a Deus. Outras crenças procuram encontrar

D E V O C I O N A L

Ninguém é igual a Ele

Bruce Manners

Deus Amorum deus interior. A descoberta do Deus que é amor transformará seu mundo.

Deus é amor.Esse é um bom ensino adventista.

Ellen G. White escreveu sua série de cinco livros, O Grande Conflito, cujo primeiro livro, Patriarcas e Profetas, começa com “Deus é amor”. O último livro, O Grande Conflito, termina com “Deus é amor”. O armamento de Deus e a força com que dirige o conflito cósmico é o amor, por-que Ele é amor. Em outro livro, Caminho a Cristo, Ellen G. White começa com estas palavras: “A natureza e a revelação dão testemunho do amor de Deus.”

Deus é amor.É revelado na oração “Pai, perdoa

lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23:34) que foi dito por amor pelos soldados diante da cruz, pelos sacerdotes que induziram a multidão a um frenesi de ódio, pelos membros do Sinédrio que burlaram a lei para assassinar seu Messias. Mas ela ecoa pelos séculos sem-pre que o mal é personificado nos Adolf Hitlers, Idi Amins e Osama bin Ladens.

Estranho como possa parecer, são todos amados por Deus. Deus é o Pai de cada filho pródigo, não importando quão longe estejam de seu lar. Seu amor é incondicional e nunca acaba. Nunca acabou e jamais acabará.

Deus me ama. Deus ama você. Deus os ama – sejam “eles” quem forem. E não há nada, absolutamente nada que possamos fazer para mudar isso, pois Deus é amor. ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional 2 Os números foram extraídos da New Living Translation da Bíblia.3 Rodney Stark, The Rise of Christianity (San Francisco: Harper Collins, 1997), p. 211.

Bruce Manners é pastor titular da Igreja Adventista Lilydale, em Melbourne, Victoria, Austrália.

Outubro 2014 | Adventist World 21

Page 22: Aw october 2014 portuguese

Por favor, leve este suco de uva para fora e derrame no solo; e pegue o que sobrou deste pão, leve para casa

e queime”, disse-me a chefe das diaconisas quando acabamos a limpeza após a Santa Ceia em nossa igreja.

Era a primeira vez que eu tinha o privilégio de servir como diaconisa e, sabendo que esse era o procedimento normal, peguei o suco e saí pela porta de trás da igreja. Mas enquanto derramava o suco de uva no solo, comecei a me questionar sobre o porquê daquele procedimento. Às vezes os “porquês” podem ser perigosos e nos levam à dúvida e até mesmo à rebelião. Porém, se nossas interrogações se ori-ginam de um desejo genuíno de compreender a vontade de Deus, elas podem nos levar a uma experiência mais profunda e ser uma grande bênção.

A razão usual para destruir o que sobra do pão e do suco de uva é que esses emblemas foram abençoados, portanto não podem ser usados comumente como alimento. Eu nunca discor-dei dessa explicação, mas, no íntimo, sentia que poderia haver outra razão mais profunda. Afinal, Jesus abençoou o alimento que miraculosamente ofereceu às cinco mil pessoas, mas também disse aos discípulos: “Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiça-do” (Jo 6:12). Fui criada com o princípio do “não desperdício”, e jogar fora alimentos bons é contrário à minha natureza.

Naquela manhã, eu havia ajudado a encher os cálices com suco de uva e arrumado os pães nas bandejas. Calculamos uma quantidade que seria suficiente para todos os que estavam presentes e acrescentamos uma quantidade generosa para visitantes inesperados. Nenhuma igreja quer passar pelo constrangimento da falta dos emblemas do sacrifício de Cristo na cerimônia da Santa Ceia. Assim, ao continuar pensando sobre essa prática, gradualmente comecei a per-ceber que ela tinha um significado muito mais profundo do que apenas o da boa hospitalidade.

Significado mais profundo O sacrifício de Cristo foi suficiente não apenas para todos

os que aceitaram essa bênção; teve que ser suficiente para

f o t o : J o H n s n y d e r

Reflexões sobre a Santa Ceia

Evelyn Sayler

GraçaPródiga

todos na Terra. Ele teria que experimentar a morte em favor de todos (Hb 2:9). Ele deu a seguinte certeza a todo pecador arrependido: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9).

Ellen G. White comentou muito bem o assunto na citação: “A expiação por um mundo perdido devia ser plena, abun-dante, completa. A oferenda de Cristo foi inexcedivelmente abundante para abranger toda pessoa que Deus criou. Não se podia restringir, de modo a não exceder o número dos que haviam de aceitar o grande Dom. Nem todos os seres

V I D A A D V E N T I S T A

22 Adventist World | Outubro 2014

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humanos são salvos; entretanto, o plano da salvação não é um desperdício pelo fato de não realizar tudo que foi provido por sua liberalidade. Há o suficiente, e sobeja ainda.”1 Ela também escreveu: “A justiça exigia os sofrimentos de um homem. Cristo, um com Deus, ofereceu o sacrifício de um Deus.”2

Mas eu ainda não tinha uma resposta satisfatória para a questão do desperdício. Enquanto continuava a ponderar sobre isso, pensei que, se o suco representa o sangue que Jesus verteu para oferecer expiação pela nossa salvação, por que o estávamos derramando no chão?

De repente a verdade brotou em minha mente, e compre-endi a magnitude do que realmente estava sendo desperdi-çado. Não era apenas um bocado de suco de uva – aquele era só um símbolo! Na realidade, era o sangue derramado por Cristo, Sua morte pelos nossos pecados. Isso realmente foi um desperdício! Se cada copinho de suco e cada pedacinho de pão é um símbolo do Seu sacrifício por nós, então cada copo de sobra do suco representa alguém que escolheu não participar das bênçãos oferecidas gratuitamente. Para eles, Seu sacrifício foi em vão; não por causa de alguma falta de Sua parte, mas simplesmente porque eles não abriram seu coração para recebê-las. Que desperdício pródigo! Como essa perda deve ferir mais uma vez o coração do Salvador!

Jesus sabia desde o princípio que bem poucos aceitariam a oferta da salvação, mas Ele não limitou a provisão neces-sária para salvar apenas uns poucos. O sacrifício devia ser suficiente para salvar cada um dos pecadores perdidos, quer aceitassem ou não! Nenhum pecador poderá dar a desculpa de que o sacrifício de Cristo não foi grande o suficiente para cobrir seus pecados. A intenção de Deus nunca foi deixar alguém fora do grande plano da salvação. “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo”(1 Jo 2:2).

Difícil de compreender Nossa natureza humana egoísta tem dificuldade para

entender essa abundante efusão do amor de Deus. Quando Maria derramou seu amor e gratidão por Jesus, ungindo Sua cabeça e pés com unguento perfumado e muito caro, Judas ficou profundamente indignado e protestou, dizendo: “Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres?” (Jo 12:5). Para a natureza avarenta de Judas, o presente generoso de Maria parecia um desperdício extravagante.

Satanás estava sempre disponível para tentar Jesus com o pensamento de que Seu sacrifício seria inútil, porque apenas poucos reconheceriam e apreciariam seu valor, e que Seu sangue seria derramado no solo e desperdiçado. Mas o presente pródigo de Maria foi um meio usado por Deus para garantir a Seu amado Filho que Seu sacrifício seria aceito e apreciado por muitos e que, no fim, “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito” (Is 53:11, ARA).

Paulo também compreendeu a magnitude do presente oferecido quando escreveu: “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente” (Gl 2:21). Há duas maneiras de ignorarmos ou de “frustrar-mos” o sacrifício de Cristo por nós. Uma é nos esforçando para salvar a nós mesmos por nossas obras, como explicado por Paulo no texto anterior. Outra maneira, ainda mais comum, é simplesmente ignorar ou rejeitar Sua morte expiatória por nós e continuar em pecado. Essa atitude é descrita em Mateus 22 na parábola da festa de casamento. O rei havia preparado uma grande e dispendiosa festa, e enviado servos a convidar muitos para celebrarem com ele. “Mas eles não lhes deram atenção e saíram, um para o seu campo, outro para os seus negócios” (Mt 22:5). Para ambas as classes, Sua morte foi inútil – como o suco de uva que desperdicei derramando no solo.

Não deixe que o sofrimento de Jesus por seus pecados – Seu cálice da comunhão tão graciosamente oferecido – seja desperdiçado porque você está muito ocupado com as coisas terrenas para se importar em participar da cerimônia da Santa Ceia. Por amor a Deus e a si mesmos, “provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nEle se refugia!”(Sl 34:8).

“Bebam dele todos vocês” (Mt 26:27). ■

1 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações (Casa Publicadora Brasileira), p. 565, 566.2 Ellen G. White, na Review and Herald, 21 de setembro de 1886.

*A menos que indicado, todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional

Pródiga

Nossa natureza humana egoísta tem dificuldade para compreender essa abundante efusão do amor de Deus.

Evelyn Sayler é dona de casa, gosta de jardinagem, ama a natureza e é escritora do Creation Illustrated (Criação Ilustrada).

Outubro 2014 | Adventist World 23

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A R T I G O E S P E C I A L

ProjetistaO que os padrões de vida nos dizem sobre o Criador

Deus,o

pensam que o Universo e seus habitantes sejam apenas o resultado de uma concatenação aleatória de eventos, regida por leis naturais que simplesmente são do jeito que são. Essa teoria, conhecida como naturalismo, elimina a ideia de que a realidade é uma manifestação do plano de Deus.

Uma Criação planejada? A questão das origens está intimamente ligada à busca

pelo significado da existência humana. Há uma diferença radical entre ver a vida como um acidente ou subproduto e considerá-la o resultado de um planejamento intencional. A Bíblia não apenas indica Deus como Criador do mundo, mas também sugere que essa criação seguiu o padrão de um projeto muito bem planejado.

A sugestão implícita de um design é evidente na estrutura do relato da Criação no primeiro capítulo de Gênesis. A condição inicial da Terra é relatada como tohû (sem forma) e bohû (vazia) (Gn 1: 2). A narração continua: Deus, ordenada-mente, transformou esse estado original primeiro “formando” um ambiente estruturado (1º- dia: luz; 2º- dia: céu e mares;

Objetos projetados são construídos de acordo com um padrão pré-existente desenvolvido pelo projetista (designer). Pode-se ter certeza de que um objeto foi realmente planejado se não for possível construí-lo num processo natural, sem supervisão. Para esclarecer esse conceito, tomemos o exemplo da pirâmide. Suponhamos que um arquiteto egípcio planeje construir uma estrutura no formato de uma pirâmide. Se-guindo as instruções do arquiteto, é construída uma pirâmide atual, feita com tijolos. O modelo preexiste na mente do designer. O padrão preexistente na mente do designer é a pirâmide abstrata, a execução do projeto é o edifício piramidal construído. Vários séculos mais tarde, um turista que visita o prédio pode ter certeza de que ele foi projetado, porque nada na natureza requer tijolos que se empilhem sozinhos, no formato de uma pirâmide.

Como a pirâmide para o turista, algumas das características que observamos no mundo natural estão em conformidade com os padrões que levam a impressão digital de um Designer. Considere, por exemplo, os elementos químicos, os átomos, que formam compostos e substâncias. As propriedades

Ronny Nalin

A vida é preciosa; sem ela não há existência nem experiência. Porém, ela só parece natural quando os seres humanos fazem a pergunta fundamental sobre

como chegamos a esse estado notável das coisas. Por que você e eu existimos?

A Bíblia responde a essa pergunta de maneira muito sim-ples. Não apenas nós, mas também o mundo em que vivemos é resultado de um plano divino. Deus tomou a iniciativa de criar os céus e a Terra (Gn 1:1; 2:4), e decidiu fazer a humani-dade (Gn 1:26, 27).

Os adventistas do sétimo dia abraçam a mensagem de uma atividade divina criativa. No entanto, há muitos que

3º- dia: terra com sua vegetação), e em seguida, “enchendo” as partes estabelecidas nos primeiros três dias (4º- dia: luminares; 5º- dia: criaturas que voam e as criaturas da água: 6º- dia: criaturas da terra e o ser humano). A correlação interna entre os dias da Criação e a abordagem metódica descrita no texto transmite claramente a mensagem de uma atividade divina planejada.

Digitais do DesignerSe a Bíblia é clara na revelação de que a criação foi origi-

nada pela deliberada vontade de Deus, qual é o testemunho da própria natureza?

f o t o : t o m i s l a v a l a B e g

(Designer)

24 Adventist World | Outubro 2014

Page 25: Aw october 2014 portuguese

dos elementos são determinadas pelas leis da física. Mas, por que essas leis agem de tal forma que determinam a agregação da matéria em elementos discretos que apresentam proprie-dades ordenadas, previsíveis e periódicas?

As digitais do Designer também podem ser identificadas nos organismos vivos. Considere o DNA, por exemplo. Essa molécula contém a informação necessária para construir as partes que nos fazem funcionar. Como as sentenças deste artigo, que são legíveis porque consistem de uma sucessão específica de letras, a sequência de “letras” no DNA age como instruções precisas. Nenhuma lei natural requer que as “letras” do DNA sejam originalmente arrumadas de um modo que faça sentido. No entanto, as nossas células contêm páginas e mais páginas de “texto”, permitindo que sejamos seres vivos maravilhosos e complexos.

Abordagens alternativasMesmo que o estudo da natureza leve alguns a reconhecer

a existência de um Designer, outros interpretam os mesmos padrões observáveis de maneiras diferentes.

Em lugar de ver a complexidade e a organização detectadas nos sistemas naturais como fruto de uma intencionalidade, alguns os atribuem às propriedades intrínsecas da matéria. Alguns sistemas físicos, tais como a rede regular de um cristal, têm na verdade a capacidade de se auto-organizar espontane-

amente e de produzir estruturas ordenadas. Além disso, os processos observados na natureza também podem ser regulares e previsíveis devido à constância das leis da física.

Entretanto, quando as leis naturais trazem arranjos inte-ligentes à existência, ainda somos levados a imaginar por que as leis naturais são do modo que são. Quando a montagem de um sistema não requer o envolvimento direto de um designer, as regras que regulam a montagem também podem ser o produto de um projeto.

Outro mecanismo usado para explicar por que as coisas existem sem a ação de um designer é o acaso. Essa teoria vê o Universo como um teatro de inúmeros eventos aleatórios, que resultam de combinações casuais de processos e mate-riais. Uma dessas combinações foi responsável pela origem da vida no planeta Terra. Os defensores dessa tese reconhecem quanto é pequena a probabilidade de a vida ter emergido dessa maneira. No entanto, o problema é atenuado pela imensidão de tempo e espaço.

Uma escolha razoável Vivemos em uma sociedade onde é dado grande valor às

observações científicas do mundo físico. Para alguns, a con-templação desse mundo sugere uma explanação estritamente naturalista para a questão da nossa existência. Por outro lado, o crente tem a fé fortalecida quando considera os padrões reve-lados pelo estudo da natureza, porque confirma que a revela-ção bíblica de Deus como Designer é uma escolha razoável. ■

A sugestão implícita de um projeto é evidente na estrutura do relato da criação, em Gênesis 1.

Ler Mais1

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Se Você Quiser

Ronny Nalin, PhD, é cientista associado do Instituto de Pesquisa em Geociência da Asso-ciação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Ele vive com a família (esposa e filha)

em Mentone, Califórnia, EUA.

Sobre a estrutura e intento do relato da criação em Gênesis: R. M. Davidson, “The Biblical Account of Origins,” Journal of the Adventist Theological Society 14, nº- 1 (2003): 4-43. Disponível onli-ne na página www.andrews.edu/~davidson/Publications/ Creation/Biblical%20Account.pdf.

Sobre as implicações do design na tabela periódica: B. Wiker and J. Witt, A Meaningful World (Downers Grove, Ill: InterVarsity, 2006), p. 111-193.

3. Sobre interferência no design: W. A. Dembski, “Signs of Intelligence: A Primer on the Discernment of Intelligent Design,” no W. A. Dembski and J. M. Kushiner, eds., Signs of Intelligence:

Understanding Intelligent Design (Grand Rapids: Brazos, 2001), p. 171-192.

Sobre as evidências de um design na natureza: T. G. Standish, “What Is the Evidence for a Creator?” in L. J. Gibson and H. M. Rasi, eds., Understanding Creation: Answers to Questions on Faith and Science (Nampa, Idaho: Pacific Press Pub. Assoc., 2011), p. 57-68.

Materiais adicionais online: www.grisda.org http://grisda.wordpress.com/ www.facebook.com/Geoscienceresearchinstitute

Outubro 2014 | Adventist World 25

Page 26: Aw october 2014 portuguese

R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

No hebraico a frase yad samak‘al significa “pressionar a mão so-bre” vítimas sacrificais,

e é usada primariamente em casos de cultos e,

algumas vezes, fora dos cultos. Examinemos ambos os

casos. A ideia de que a imposição de mãos significa propriedade é praticamente irrelevante porque o ritual assume que os pecadores tinham que trazer

seus próprios animais para o santuário. Deveríamos manter em mente que o ritual podia conter diferentes significados dependendo do contexto e do propósito do ritual maior do qual ele fazia parte.

1. Uso não sacrificial: O primeiro caso é encontrado em Levítico 24:14. Os que ouviam uma pessoa blasfemando o nome do Senhor colocavam as mãos sobre a pessoa antes de apedrejá-la. O significado do ritual não é declarado, mas podemos supor que, como testemunhas, eles estivessem identificando o culpado antes da execução. Mas isso também podia ser, conforme é sugerido em Levíticos 5:1, que, os que ouviam a blasfêmia, se envolviam com o ato pecaminoso arriscando a própria vida, e, a menos que testemunhassem contra o blasfemo, também seriam culpados de seu pecado (cf. Lv 24:15). Nesse caso, estariam simbolicamente trans-ferindo para a pessoa culpada a culpa que, de outra forma, seria deles. Durante a posse de Josué, Moisés impôs as mãos sobre ele para dar-lhe “parte de sua autoridade [de Moisés]” (Nm 27:20, NVI). Nesse caso, a ideia de substituição pode estar presente porque Josué tomaria o lugar de Moisés como líder dos israelitas.

Em Números 8:10, o povo impôs as mãos sobre os levitas quando eles foram separados para oficiar no taber-náculo. Eles foram escolhidos pelo Senhor para servi-Lo no lugar dos primogênitos dos israelitas (veja Nm 3:12). Temos aqui uma transferência de responsabilidade e o conceito de substituição.

Concluindo, várias ideias parecem ser expressas no ritual: Um relacionamento é estabelecido entre a pessoa e o objeto (testemunha/acusado; líder/sucessor/substituto; primogênito/ substituto). Algo é transferido de um para o outro; e, em alguns casos, a ideia de substituição está presente.

2. Uso no culto: A imposição das mãos era requerida para o holocausto (Lv 1:4), paz (Lv 3:2), pecado (Lv 4:4, 15, 33) e, muito provavelmente, nas ofertas pela culpa (Lv 7:7). Foi parte do ritual de ordenação de Arão e seus filhos (Lv 8:14, 18, 22). É discutido se as duas mãos eram sempre usadas. Quando o sujeito está no plural, é empregado o plural “mãos”; e “mão”, quando o sujeito está no singular. É difícil ser definitivo nessa questão. O significado do ritual não é explicitamente decla-rado, exceto em um caso: o bode expiatório durante o Dia da Expiação (Lv 16:21). Arão usava ambas as mãos, confessava os pecados de Israel e os transferia para o bode vivo. Nesse caso, a ideia de transferência é claramente expressa, mas não há substi-tuição. O que não é claro é quando esse significado também se aplica à imposição de mãos sobre os sacrifícios, porque o bode expiatório não era uma vítima sacrifical.

3. Significado do ritual: Um significado parece predo-minar: a transferência. Seria mais lógico assumir que esse também é o caso com as vítimas sacrificais. Vários argumen-tos apoiam essa sugestão. Primeiro, cada sacrifício tinha uma função expiatória, o que implica que, por meio dele, o pecado era removido. Segundo, os pecadores iam ao santuário levando consigo seus pecados/impurezas (Lv 5:1), que eram removidos por meio de um sacrifício expiatório que resultava em perdão (verso 10) ou purificação (Lv 12:8; 14:19) e, assim, libertava os pecadores de seus fardos (cf. Is 5:6, 11, 12). Nas Escrituras, vemos que Deus (Êx 34:7) ou o sacerdote, carrega o pecado do povo (Lv 10:17; Êx 28:38). Terceiro, o pecado/impureza era removido do santuário uma vez ao ano, suge-rindo que, de alguma forma, o pecado/impureza do povo era transferido para ele. Era por meio da imposição das mãos que o pecado era transferido dos pecadores, por meio do sacrifí-cio, para o santuário. A ideia de substituição também parece estar presente na imposição das mãos. O ritual é explicado em termos da aceitação divina da oferta que é, ao mesmo tempo, a aceitação do ofertante (Lv 1:4; 7:18). A experiência de um é a experiência do outro. ■

RituaisCerimôniase

Antes de se aposentar, Ángel Manuel Rodríguez serviu como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral.

Qual é o significado da

imposição das mãos sobre os animais

sacrificiais?

26 Adventist World | Outubro 2014

Page 27: Aw october 2014 portuguese

E S T U D O B Í B L I C O

Há muitos anos, o orador e estadista inglês Winston Churchill, fez um discurso na Harrow, uma das escolas de elite só para meninos, na Inglaterra. Alunos

e professores aguardavam ansiosamente seu discurso. Eles falavam sobre ele nas aulas, nos corredores e nas quadras esportivas. O entusiasmo aumentou quando Churchill chegou, no dia do seu discurso. Enquanto caminhava para o pódio, conta-se que ele parou. Imóvel e em silêncio, olhou para os presentes com olhos penetrantes. A princípio um pouco devagar, e construindo um crescendo trovejante, pronunciou as palavras pelas quais se tornou mundialmente famoso: “Nunca desista, nunca, nunca, nunca, ... nunca desista!”

Churchill compreendeu essa verdade fundamental sobre a vida: Jamais obteremos sucesso se desistirmos facilmente. Muitas vezes, o caminho para o sucesso está muito próximo do caminho para a derrota. Isso é especialmente verdade na vida cristã. O alvo de Satanás é nos desanimar para que, ao desistirmos, sintamos rejeitados e derrotados. Nesta lição, estudaremos como perseverar até o fim da jornada.

1 Em Seu sermão sobre os eventos finais e os sinais do Seu breve retorno, como Jesus enfatiza a importância de nunca desistir? Leia Mateus 24:13.Jesus reconheceu que, à medida que Seu povo enfrentasse os desafios do tempo do fim, seriam tentados a desistir. Muitos seriam tentados a abandonar a fé. Foi por isso que o Salvador enfatizou: “Aquele que perseverar até o fim será salvo.”

2 Que título é dado a Jesus em Hebreus 12:2? Que conselho essa passagem nos dá sobre a perseverança até o fim da jornada? Se concentrarmos nosso olhar no passado, seremos agarrados pela culpa dos nossos muitos erros. Se mantivermos o olhar em nosso coração, seremos consumidos ao reconhecer nossa incapacidade e fraqueza. Se olharmos muito longe, no futuro, para considerar todas as possibilidades do que poderá acon-tecer, a preocupação se tornará nossa constante companheira. Se fixarmos nosso olhar em Jesus, seremos preenchidos com uma sensação de calma e segurança pela alegria da Sua presença. Olhando para Jesus, encontraremos força para a jornada da vida.

3 Que certeza o apóstolo Paulo dá aos crentes de Filipos sobre o envolvimento ativo de Deus na vida deles? Leia Filipenses 1:6, 7.Paulo garantiu a esses novos crentes que, tendo Deus começa-do uma boa obra na vida deles, iria terminá-la. Deus não deixa inacabada Sua obra em nossa vida. Ele não começa algo em nós, para deixar que terminemos por nós mesmos. Se Deus começou alguma coisa em nossa vida, temos que crer que Ele completará o que começou.

4 Onde Jesus encontrava força para perseverar nas provas do final de Sua vida? Leia Mateus 26:36-39.

5 Como podemos encontrar essa mesma força? Compare com Mateus 24:42; 26:41 e 1 Coríntios 16:13.Em todo o Novo Testamento, “vigiar” está muitas vezes asso-ciado com estar alerta em oração. Essa vigilância constante para manter o relacionamento com Cristo nos capacita a perseverar durante as provas da vida. Se conhecermos a Cristo, saberemos que Ele nos conduzirá durante qualquer tempestade que precisarmos enfrentar.

6 Analise Filipenses 3:12-16. Que conselho o apóstolo dá sobre perseverar na vida cristã? Preste atenção especialmente em duas coisas: o que Paulo não fez e o que o motivava a nunca desistir?

7 Que promessa maravilhosa Jesus faz àqueles que se comprometem a segui-Lo aonde quer que Ele os levar? Leia João 10:26-29.Que notícia incrível! Jesus prometeu que nos levará até o fim. Todos os poderes do mal e as tentações do inimigo não poderão nos arrancar de Suas mãos. Os períodos mais desafia-dores de nossa vida não poderão nos separar do Seu amor. Se mantivermos nossa vida nas mãos de Jesus e não desistirmos, Ele nos guiará até o Céu. ■

Nunca Desista

Mark A. Finley

f o t o : r o g e r P r i c e Outubro 2014 | Adventist World 27

Page 28: Aw october 2014 portuguese

Zelândia a porcentagem é de 1 a 2% dos cânceres de mama, e homens também morrem com essa doença.

Eu tive câncer de mama em 2012 e, por ter sido diagnosticado precocemente, me recuperei muito bem da mastectomia, seguida por radiação. Estou sendo tratado com hormônio Tamoxifen.

Seria muito útil se os autores Peter N. Landless e Allan R. Handysides mencionassem esse tipo de câncer no próximo artigo.

Allan MorsePaeroa, Nova Zelândia

Gratidão e pedido Sou adventista desde criança e aprecio muitíssimo a revista Adventist World com suas reportagens, comentários, reflexões e ideias criativas. Gosto tam-bém de ler os agradecimentos e pedidos de oração de meus irmãos de todo o mundo. E eu oro por eles.

Estou muito preocupada com minha família e peço que orem para que meus filhos se reconciliem e que as notas do meu neto melhorem. Por fa-vor, orem também por meu neto caçula

Revistas danificadasDurante a última semana de julho de 2014, recebemos um exemplar da Adventist World “mutilado”. Consegui colar com fita adesiva a contracapa, mas as pontas das páginas da revista inteira estavam como se tivessem sido masca-das por uma máquina. Mesmo assim, foi possível lê-la.

Várias outras vezes, pelo menos 3 ou 4, nos últimos dois anos, nossa Adventist Review chegou danificada e pensamos que poderia ser culpa de nosso correio, mas depois nos questionamos se isso não tem acontecido na hora da impres-são. Nunca nossas correspondências chegaram danificadas. Não sei se alguém pode fazer algo a respeito, mas pensei em dar essa informação a vocês.

Assinamos a Adventist Review há mais de cinquenta anos e somos gratos por recebê-la, como também a

Adventist World, que nos mantém em contato com nossos irmãos e irmãs adventistas de todo o mundo.

Donna TonnTexas, Estados Unidos

Não temos conhecimento de nenhum problema com nossa gráfica que possa ter causado os danos que nos descreveu. En-tretanto, o peso (espessura) do papel pode ter alguma relação com as pontas rasga-das quando a correspondência é separada nas agências do correio. Sentimos muito pela inconveniência, mas estamos gratos que o conteúdo pôde ser lido!

– Os Editores

Câncer de mama em homens A coluna de saúde sobre o “Câncer de Mama”, na Adventist World de junho de 2014 foi muito bem escrita e informati-va. No entanto, como em outra publica-ção sobre o assunto, não houve nenhuma menção ao fato de que homens também contraem câncer de mama. Sem dúvida, o número é muito menor em compara-ção ao de mulheres, mas, mesmo assim, o fato deveria ser informado. Na Nova

Cartas

Por favor, orem por mim. Estou me graduando em Marketing pela Universi-dade Solussi. Há oito anos procuro um emprego.

Leonard, Zimbábwe

Eu estava procurando um emprego e Deus me deu um. O problema é que estou trabalhando em outro estado e de domingo a sexta-feira fico sozinho. Por favor, orem por minha esposa e por mim.

Paulo, Brasil

Por favor, orem por meu amigo que sofre de terríveis dores de cabeça. Orem por cura.

Martha, Alemanha

Solicitaram-me que enviasse um pedido especial de oração pelo programa Missão nas Cidades, planejado para a Islândia. Por favor, orem!

Unnur, Islândia

T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOraçãow

Aprecio muitíssimo a revista Adventist World com suas reportagens, comentários, reflexões e ideias criativas.

– Gitta Leunig, Hemmingen, Alemanha

28 Adventist World | Outubro 2014

Page 29: Aw october 2014 portuguese

Como enviar cartas: letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

que frequentará as aulas de religião em nossa Igreja Adventista local.

Louvo o Senhor, do fundo do coração, por este círculo de oração que abençoa tantas pessoas em todo o mundo!

Gitta LeunigHemmingen, Alemanha

Necessitando de mais informação Sou grato por poder entrar em contato com vocês da revista Adventist World. Conheci uma voluntária adventista por meio de um ministério da prisão. Ela está realizando um trabalho maravilho-so, e eu gostaria de saber mais sobre sua revista e a Igreja Adventista.

A voluntária doou uma revista para mim e nela eu li um artigo sobre o Quênia, meu país. Por favor, enviem-me mais informação sobre sua organização.

Shabani JumaGênova, Itália

A Adventist World é produzida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia e é distribuída gratuitamente para seus membros. Estamos também na Internet, na página www.adventistworld.org. Somos gratos que a revista esteja suprindo essa necessidade.

– Os Editores

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

Orem por mim, pois estou procurando um emprego. Todos os que consigo acabam exigindo que eu trabalhe aos sábados. Estou sem trabalho desde 2012.

Paul, África do Sul

Por favor, orem por paz e segurança em nosso país.

Becky, Quênia

Por favor, orem pelo meu tio que foi baleado acidentalmente por um amigo. Ore por sua cura tanto física como espiritual.

Champoumei, Índia

12

4

5

3

Com base na porcentagem de pessoas que doam dinheiro, tempo de voluntariado e ajuda a estranhos, o povo mais generoso do mundo vive nos seguintes países:

1. Estados Unidos 2. Canadá3. Myanmar

4. Nova Zelândia5. IrlandaFonte: World Giving Index

maıs

Uma jornada de descobertas pela BíbliaDeus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros, em mais de 180 países, que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:

1º- DE NOVEMBRO DE 2014 • malaquias 4

ReavivadosSua Palavrapor

Outubro 2014 | Adventist World 29

Page 30: Aw october 2014 portuguese

Seco. Sede de chuva.Assim está meu coração, Ansiando pela fé.Eu anseio pela fé.Estou seco.

Minha alma tem chorado Por uma gota de chuva.Uma gota da chuva da fé.Eu não preciso de muito,Só uma gota pequena, Como a semente de mostarda.

Oh, veja! Posso ver a chuva chegando.Posso sentir seu odor.As florezinhas estão abrindo suas pétalas.

Sim, choveu um pouco.Posso ver o brilho do arco-íris. Eu tenho fé!

– Cebisa Funde George, África do Sul

FéPoema de

Em 16 de outubro de 1928, Henry M. Porter e sua filha Dora Porter Mason doaram

330 mil dólares para a construção do que se tornou conhecido como Sanatório e Hospital Porter,

Colorado, Estados Unidos. Naquele tempo, foi a maior doação feita a uma instituição adventista.

Porter havia sido paciente do Sanatório Glendale naquele ano, e ficou impressionado com o tratamento que recebeu e pelo fato de um fun-cionário ter se recusado a receber uma gorjeta. Mais tarde, após ter sido paciente do Sanatório Valley Paradise, Porter recebeu um cheque de 45 centavos, valor que ele havia pago a mais em virtude de um erro contábil.

A doação de Porter foi destinada à compra de um lote de quinze hectares (40 acres) e pagou as despesas de construção de um hospital com 75 leitos. O hospital, inaugurado em 1930, continuou a ser beneficiado pela generosidade da família Porter. Quando William, o filho de Porter, morreu em 1959, parte de sua herança, no valor de um milhão de dólares, foi doada ao hospital que hoje é conhecido como Hospital Adventista Porter.

anos86

Esse é o número de células nervosas que se

encontram em 6,45 cm2 (centímetros quadrados)

da mão humana. Fonte: Smithsonian

Comer apenas 28,5 gramas de nozes por dia (14 metades) tem contribuído na diminuição

do risco de doenças cardíacas.

Fonte: Men’s Health/Journal of Nutrition

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f o t o : s a n J a g J e n e r o

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Page 31: Aw october 2014 portuguese

RESPOSTA: Essa igreja Aventista, na aldeia de Malagaya, Filipinas, foi reconstruída depois da disputa Typoon Hayan. Atente para o alicerce e o altar.

Esse é o número de vidas salvas pelo esforço global para controlar e erradicar a malária, desde o ano 2000. A Organização Mundial da

Saúde (OMS) estima que o aumento de recursos e maior comprometimento contribuíram

para diminuir os casos de malária em 29%, reduzindo à metade a mortalidade infantil na África, onde são

registrados quatro óbitos entre cinco casos. Fonte: The Rotarian

f o t o s : c o r t e s i a d e J o H n e t i n a J e l l e m a

3,3milhões

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor-ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoPyung Duk Chun

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Jairyong Lee, presidente; Akeri Suzuki, Kenneth Osborn, Guimo Sung, Pyung Duk Chun, Suk Hee Han

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores assistentes), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Kimberly Luste Maran, Andrew McChesney

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Editor On-lineCarlos Medley

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Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Website: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 10, nº- 10

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Outubro 2014 | Adventist World 31

Page 32: Aw october 2014 portuguese

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OUTUBRO 1844–O UTUBRO 2014

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